quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Vasco planeja comprovar nesta sexta pagamentos a Bernardo

Após quitar salários de janeiro na última quinta, clube deve se antecipar ao prazo dado pela Justiça para apresentar documentos

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
bernardo vasco x volta redonda (Foto: Rudy Trindade/Agência Estado)Bernardo ainda briga com o Vasco na Justiça
(Foto: Rudy Trindade/Agência Estado)
A Justiça determinou que até a próxima segunda-feira o Vasco precisa entregar os comprovantes que mostram que o clube está em dia com os pagamentos a Bernardo. No entanto, o departamento jurídico do clube planeja fazê-lo nesta sexta, contestando os atrasos alegados pelo jogador no processo movido na 17ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro.
- Tudo já foi quitado e ainda vamos decidir quando entregaremos os comprovantes à Justiça. Mas provavelmente será nesta sexta-feira - afirmou Aníbal Rouxinol, vice-presidente jurídico do Vasco.
Enquanto o processo caminha, Bernardo segue afastado dos treinos do Vasco, embora tenha assinado contrato até 2015. O advogado do jogador prefere ainda não dizer se ele pretende retirar o processo contra o clube caso a Justiça do Trabalho aceite a comprovação de que a dívida de salários, luvas e Fundo de Garantia foram quitados.
- Não conversei com o Bernardo sobre isso, até porque os desdobramentos serão na semana que vem, já que o prazo do Vasco se esgota na segunda. Dependendo do que acontecer nesse dia, vamos pensar no próximo passo - afirmou João Marcos Siqueira.
Na última quinta-feira, a diretoria do Vasco depositou os salários de jogadores e funcionários do clube. O pagamento, referente a janeiro, deixou em dia os vencimentos do clube.

Mano Menezes libera Dedé para jogar a decisão da Taça Guanabara

Após o clássico de domingo, zagueiro do Vasco viaja direto para a Suíça e se apresenta para jogo contra Bósnia. Lucas deve desfalcar o São Paulo

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Dedé vasco comemoração (Foto: Ivo Gonzalez / O Globo)Dedé comemora classificação do Vasco para a final
da Taça Guanabara (Foto: Ivo Gonzalez / O Globo)
A torcida do Vasco ganhou uma boa notícia na tarde desta quinta-feira. O técnico da Seleção Brasileira, Mano Menezes, liberou o zagueiro Dedé para jogar a final da Taça Guanabara, que será disputada no próximo domingo, às 16h, contra Fluminense ou Botafogo. Os dois clubes decidem a vaga ainda nesta noite, no Engenhão.

Com isso, Dedé viajará depois do jogo direto para a Suiça, aonde se apresenta na cidade de St. Gallen e se junta aos outros jogadores da Seleção Brasileira para o amistoso contra Bósnia. Perguntado sobre Lucas, do São Paulo, que tem o clássico diante do Palmeiras no mesmo dia, Rodrigo Paiva, diretor de Comunicação da CBF, disse que a situação do meia tricolor é bem diferente, pois ele não participará de uma final.

Brasil e Bósnia se enfrentam na terça-feira, em St. Gallen, às 16h (de Brasília). Segundo o site da CBF, o restante da delegação com jogadores e integrantes da comissão técnica que moram no Brasil viaja para a Suiça no sábado, dia 25 de fevereiro, dividida em dois grupos.

Os jogadores que atuam na Europa participam das partidas de domingo pelos seus clubes e se apresentam na segunda-feira em St. Gallen. A Seleção Brasileira treinará na segunda-feira, 27 de fevereiro, na AFG Arena.
 
Loco Abreu perde pênalti decisivo, e Fluminense vai à final contra o Vasco
Jogo no Engenhão termina 1 a 1, e Diego Cavalieri torna-se o herói, defendendo duas cobranças e mantendo o Tricolor vivo na Taça GB
 
CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
Em outra semifinal de muita emoção, no Engenhão, o Fluminense superou o Botafogo nos pênaltis e fará a final da Taça Guanabara contra o Vasco, domingo, no mesmo palco. Coube ao ídolo alvinegro Loco Abreu o papel de vilão, após empate em 1 a 1 no tempo normal. O uruguaio, a exemplo de Lucas, parou nas mãos de Diego Cavalieri na última cobrança e a disputa acabou 4 a 3. Os gols do Clássico Vovô, em que o Tricolor foi superior em boa parte da partida, foram de Elkeson e Leandro Euzébio.
O resultado não acaba com o jejum de vitórias do clube das Laranjeiras em clássicos, mas pelo menos deixa para trás dois tabus recentes: a marca de empacar nas semifinais - nas últimas quatro vezes, não passou em nenhuma delas - e não superar o Botafogo em jogos decivos - perdera os últimos quatro duelos (três semifinais e uma final de turno). Já o Alvinegro, único grande carioca fora da Libertadores, amarga sua segunda Taça Guanabara direta sem êxito e terá de correr atrás da vaga no segundo turno.
Diego Cavalieri Fluminense (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)Jogadores abraçam Cavalieri após goleiro pegar cobrança de Abreu (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)
Equilíbrio e muitos erros
Com esquemas semelhantes, era de se esperar que as jogadas não fossem muito distintas. O primeiro tempo se baseou em velocidade pelas pontas, quase sempre terminando em cruzamento. A bola aérea, no entanto, não estava nada afiada em ambos os lados. Isso se deveu, claro, ao desempenho apagado das duas estrelas ofensivas: Fred, vigiado de perto por Antônio Carlos, e Loco Abreu, sumido, mas que eventualmente via Leandro Euzébio como sombra.
O ritmo do clássico foi frenético e pegado no começo, mas diferententemente da semifinal de quarta-feira, entre Vasco e Flamengo, a qualidade técnica decepcionou. O erro no último passe prevaleceu e brecava a empolgação. Participativos, Elkeson e Thiago Neves armaram boas tentativas, com dribles importantes no meio, mas não conseguiram dar sequência nas tabelas.
Até as armas recentes de Oswaldo de Oliveira e Abel Braga, Herrera e Wellington Nem, também falharam. A dupla, bem marcada, quando tocou na bola, acertou pouco. Do lado do Botafogo, a marcação era frouxa até a intermediária. Os tricolores, por sua vez, optaram por uma pressão maior. E, pouco a pouco, quem contribuiu para a cadência do jogo foi a arbitragem de Péricles Bassols, que apontava falta em qualquer contato, irritando ainda mais os já nervosos times.
No geral, Jefferson teve mais trabalho do que Diego Cavalieri na etapa inicial. Em sequência, duas das bolas mais perigosas pararam nas mãos dos goleiros. Primeiro, Elkeson, aos 12, bateu com efeito e viu a chance ser espalmada para o alto. Depois, Fred e Deco esbarram no camisa 1 do Glorioso, em arremates de dentro da área - a segunda defesa foi de pura coragem.
Gols incendeiam
O equilíbrio era marcante e só perdia para a falta de capricho. Mesmo antes do intervalo, o duelo já tinha cheiro de disputa de pênaltis. Parecia que seria preciso um erro fatal ou uma mudança efetiva. Nada disso acontecia, porém. Precavidos, os treinadores pagaram para ver e mantiveram o "espelho": um time parecia a imagem refletida do outro, até nas características dos jogadores.
O Flu, ainda assim, voltou mais aceso e mostrava que poderia dominar. Foi capaz de acuar o Botafogo e criar três oportunidades em 15 minutos. A melhor delas em cabeçada certeira de Thiago Neves, que fez Jeffeson praticar belíssima defesa, aos 13. A insistência no jogo aéreo tinha Fred como alvo, mas Antônio Carlos seguia soberano nesta briga. Os tricolores reclamaram de pênalti num lance polêmico, já que Nem foi levemente tocado por Márcio Azevedo.
Passada a parada técnica, nada de substituições. Da arquibancada, ansiasos por uma jogadinha individual correta que fosse, os torcedores começavam a inflamar as equipes da arquibancada. Abel, então, pôs Araújo em campo. Antes que pudesse ter resultado, o alvinegro Lucas lançou Herrera, o sistema defensivo errou ao fazer linha de impedimento, e o argentino deixou Elkeson livre para escorar e abrir o placar para o Botafogo, aos 28.
leandro euzébio fluminense x botafogo (Foto: Dhavid Normando/Photocamera)Festa entre reservas e titulares, após gol de Leandro Euzébio (Foto: Dhavid Normando/Photocamera)
A movimentação mexeu com o jogo, que não parou mais nos minutos posteriores. O Fluminense não se abateu e foi de Rafael Moura no lugar do lateral Bruno. O empate amadurecia, até que, também numa linha de impedimento que Azevedo não acompanhou, Leandro Euzébio recebeu na área, aos 34, e só escolheu o canto para balançar as redes e igualar tudo de novo.
O panorama, assim, tornou a mudar: Oswaldo de Oliveira desfez a troca e mandou Caio a campo, na vaga do volante Marcelo Mattos, atendendo aos gritos da galera. O lá e cá continuou, a semifinal crescia em emoção. O Botafogo assustou em jogada ensaiada, mas nada feito. Chances claras, mesmo, não aconteceram, e os goleiros seguraram a onda quando exigidos, acalmando os companheiros.
Não teve jeito. Péricles Bassols deu três de acréscimos, mas com 47 minutos encerrou a partida, jogando para a marca da cal a definição do adversário do Vasco no domingo.
A lista de batedores dos técnicos indicava o atacante Loco Abreu e o zagueiro Anderson para fechar. O Flu venceu o cara e coroa para começar a série. Fred marcou; na sequência, Andrezinho também fez o seu; Jean destoou e bateu muito mal, para a defesa de Jefferson; Herrera deu sua pancada tradicional e empatou; Thiago Neves também fez; Lucas desperdiçou; Renato e Rafael Moura anotaram os seus; e, no fim, Loco Abreu, logo o ídolo, parou em Cavalieri. Fluminense na final da Taça Guanabara.
Palmeiras não passa do empate com o Oeste e cai para a terceira posição
Time de Felipão joga mal, é dominado em parte do jogo e fica no 1 a 1 às vésperas de clássico contra o São Paulo. Corinthians sai lucrando...
 
 
A CRÔNICA
por Daniel Romeu e Diego Ribeiro
O Palmeiras ficou bem longe do seu melhor, mas ao menos ampliou a invencibilidade que já dura 14 jogos oficiais – vindos desde o ano passado. Diante do surpreendente Oeste, nesta quinta-feira, no Pacaembu, o Verdão sofreu para empatar em 1 a 1. A equipe do interior paulista marcou muito, anulou o meio-campo de Luiz Felipe Scolari e conseguiu controlar por boa parte do tempo um jogo que teve duas novidades para os palmeirenses: a estreia do zagueiro paraguaio Román e a entrada do goleiro Bruno no lugar de Deola, por opção técnica.
O Oeste abriu o placar com um gol de pênalti de Mazinho, e Maikon Leite empatou no fim do primeiro tempo. O problema para o Palmeiras foi que, com Daniel Carvalho bem marcado, faltou criação no meio-campo. Sobrou dependência das bolas paradas de Marcos Assunção, que desta vez não conseguiu brilhar.
O empate derruba o Palmeiras para a terceira posição com 21 pontos, atrás de Corinthians (23) e Guarani (22), que bateu o XV de Piracicaba também nesta quinta. Já o Oeste fica com oito pontos, perto da zona de rebaixamento.
Na próxima rodada, o Palmeiras pega o São Paulo no clássico de domingo, às 16h (de Brasília), em Presidente Prudente. No mesmo dia, o Oeste recebe o Mogi Mirim às 18h30m.
Barcos Palmeiras x Oeste (Foto: LÉO BARRILARI / Ag. Estado)O argentino Barcos passou em branco diante do Oeste (Foto: Léo Barrilari / Ag. Estado)
Surpresa de Itápolis
O Oeste começou o jogo sem se trancar na defesa, como normalmente fazem os adversários do Palmeiras no Pacaembu. Com um sistema de marcação bem definido, a equipe de Roberto Cavalo surpreendeu e comandou as ações nos primeiros minutos. De volta ao Verdão, Cicinho teve problemas na marcação pela direita. Por ali, Mazinho recebeu lançamento perfeito de Roger e foi tocado por Márcio Araújo. Pênalti convertido pelo próprio Mazinho, aos 11.
Só assim para o Palmeiras acordar, ou pelo menos tentar. Muito marcado, Daniel Carvalho esteve sumido, e isso fez o time de Luiz Felipe Scolari apostar mais na ligação direta, com o estreante zagueiro Adalberto Román tentando encontrar Maikon Leite e Barcos no ataque. A torcida se irritava a cada passe errado, e o nervosismo se refletia nos jogadores.
O jogo foi franco, com o Oeste sem medo de apostar no contra-ataque. E Roger seguiu dando trabalho a Bruno, a Leandro Amaro, a Román... O paraguaio foi até entortado pelo meia em um lance. À beira do gramado, Felipão gritava para Daniel fugir da marcação de Paulo Vitor, sem sucesso.
Hernán Barcos foi o melhor do Palmeiras no primeiro tempo, aquele que esteve mais próximo do gol. Depois de assustar o goleiro Zé Carlos em duas oportunidades, ele decidiu aos 40 minutos, girando em cima do zagueiro e soltando o petardo de pé esquerdo. Maikon Leite, esperto, aproveitou o rebote e empatou a partida.
Adriano do Oeste e Maikon Leite do Palmeiras (Foto: Cesar Greco / Ag. Estado)Adriano, do Oeste, e Maikon Leite, do Palmeiras (Foto: Cesar Greco / Ag. Estado)
Tudo amarrado
O panorama seguiu igual, já que o Oeste não se intimidou com a pressão dos pouco mais de nove mil torcedores no Pacaembu. Não foi um dos melhores dias do Palmeiras, que teve meio-campo quase nulo graças à ótima marcação da equipe do interior. O Verdão teve mais volume de jogo, mas isso não se traduziu em perigo.
Pelo contrário. Foi o Oeste que criou mais, já que a defesa alviverde ficou exposta. Mazinho ficou na cara do gol de Bruno por duas vezes, em uma delas quase desempatou. O clima ficou tenso, e Felipão perdeu a paciência: lançou Vinícius na vaga de Daniel Carvalho, e João Vitor na de Patrik. O lateral artilheiro Artur também entrou para tentar resolver, e o Palmeiras ficou ainda mais ofensivo.
Mas há dias em que nem mesmo a garantia funciona. Sem criação no meio, o time passou a apostar na costumeira bola aérea. Marcos Assunção, o especialista, errou faltas que não costuma errar. E quando acertou, Zé Carlos salvou. A maior chance foi de Román, que apareceu por trás da zaga, aproveitou o cruzamento, fez o movimento perfeito para cabecear... Mas o goleiro do Oeste garantiu o empate.
Na frente, os atacantes queriam mais. O fim do jogo teve até pressão da equipe do interior. Consciente, o time treinado por Roberto Cavalo trocou passes e se aproveitou do nervosismo alviverde. Pela direita, Vanderson exigiu defesa espetacular de Bruno. No fim, o empate virou lucro. Melhor pensar no clássico contra o São Paulo.

Após levar goleada no treino, Adriano sofre para achar brinco no gramado

Imperador e membros da comissão técnica ficaram no campo depois da atividade até encontrar o brilhante: 'Parei. Desta vez aprendi', disse ele

Por Anderson Rodrigues e Carlos A. Ferrari São Paulo
Adriano foi o responsável por uma cena inusitada no treino do Corinthians, nesta quinta-feira à tarde, no CT Joaquim Grava. Depois de seu time ser goleado por 4 a 1 no coletivo, o Imperador precisou permanecer no gramado por mais alguns minutos. Não para fazer exercícios complementares no processo de melhora do condicionamento físico, mas, sim, para tentar encontrar um de seus brincos de brilhantes.
O centroavante iniciou a atividade com uma joia em cada orelha. Não demorou muito para ele perceber que aquilo lhe traria problemas. Após uma trombada com um adversário, o camisa 10 do Timão passou a sentir dores no local. Imediatamente, retirou o brinco do lado esquerdo e o entregou no banco de reservas.
No segundo tempo da atividade, mais dor de cabeça. Com poucos minutos de bola rolando, o brilhante da orelha direita se soltou e caiu no gramado. Como o treino continuou e a chuva apertou, o jogador não conseguiu encontrá-lo rapidamente. Enquanto todos os atletas voltavam para os vestiários, ele e membros da comissão técnica passaram a procurar a joia no centro do gramado.
Parei. Desta vez aprendi. Nunca mais uso eles (brincos) no treino. Já imaginou perder?"
Adriano
Ao achar, o Imperador mostrou alívio:
– Parei. Desta vez aprendi. Nunca mais uso eles (brincos) no treino. Já imaginou perder? – disse.
O jogador só não encontrou a tarraxa que fixa o brilhante na orelha.
– Vamos embora. Larga isso aí. Achamos o principal.
A quinta-feira foi difícil para Adriano. Fora da partida contra a Portuguesa, ele foi colocado no coletivo para ganhar mais mobilidade, seu ponto fraco contra o São Caetano. O desempenho, contudo, não foi dos melhores. Ele sentiu dificuldades para sair da marcação e não teve nenhuma grande oportunidade para marcar. Além disso, errou muitos passes e mostrou que precisa ganhar potência no arranque.
Um bom desempenho seria fundamental para coloca-lo na partida contra o Botafogo-SP, sábado, às 18h30m, no Pacaembu, pelo Campeonato Paulista. O técnico Tite vai anunciar os jogadores relacionados no treino de sexta-feira pela manhã, no CT Joaquim Grava. Na mesma situação está o meia Douglas, outro que está acima do peso.
A meta da comissão técnica é colocar Adriano em boas condições para enfrentar o Nacional-PAR, dia 7 de março, em São Paulo, pela segunda rodada da Taça Libertadores. Caso não enfrente o Botafogo, o Imperador só terá mais os jogos contra Grêmio Catanduvense e Santos, ambos pelo estadual, para ganhar ritmo.
Adriano perde o brinco em treino do Corinthians (Foto: Anderson Rodrigues / globoesporte.com)Adriano perde o brinco em treino do Corinthians (Foto: Anderson Rodrigues / globoesporte.com)

Guarani vence o XV, mantém 100% em casa e assume vice-liderança

Domingos e Wellington Monteiro fazem os gols que mantém o Bugre nas primeiras posições do Campeonato Paulista. XV está na zona da degola

Por Bernardo Medeiros Campinas, SP
A campanha surpreendente do Guarani no Campeonato Paulista teve uma nova faceta nesta quinta-feira à noite. Em casa, fez 2 a 0 no XV de Piracicaba, acumulou a quinta vitória seguida, manteve os 100% de aproveitamento no Brinco de Ouro da Princesa e alcançou a vice-liderança do torneio. O zagueiro Domingos, de cabeça, e Wellington Monteiro, em belo chute da entrada da área, marcaram os gols da partida.
A equipe, montada às pressas para o estadual, chegou a dormir na liderança na oitava rodada, mas apenas porque os adversários pela ponta ainda não haviam atuado. Desta vez, porém, a equipe consolida a segunda posição, ao ultrapassar o então líder Palmeiras, que apenas empatou com o Oeste nesta quinta-feira e soma 21 pontos, um a menos do que o Bugre. O Corinthians se deu bem na rodada e com a vitória de 2 a 0 sobre a Portuguesa e o vacilo do rival chegou à liderança, com 23 pontos.
Já o time piracicabano acumula quatro derrotas seguidas e não marca há três jogos. Nenhum dos nove gols marcados pela equipe foi marcado por atacantes. Durante a semana, três jogadores foram contratados. Outros devem chegar até segunda-feira, último dia para inscrições na Federação Paulista de Futebol. O time tem apenas cinco pontos e caiu mais uma posição na tabela. Agora, figura na 18ª posição.
No domingo, O XV busca a reabilitação. Joga em casa, a partir das 16h, contra o Ituano. O Guarani joga no mesmo dia e horário, contra o Guaratinguetá.
Campo molhado e poucas chances
O técnico Estevam Soares demorou para divulgar a escalação do XV e, assim como fez na partida contra a Portuguesa, surpreendeu. O meia Diguinho, que foi apresentado no clube na terça-feira e teve sua situação regularizada somente na tarde desta quinta-feira, foi escalado como titular.
Ele entrou no lugar de Glauber e mudou o esquema tático do time, então escalado no 3-5-2. Com o meia, Estevam deixou o time com três armadores no meio - André Cunha pela direita, Ricardinho na região central e Diguinho na esquerda - e Adilson isolado no ataque.
Ronaldo protege bola durante partida entre Guarani e XV de Piracicaba, pelo Paulistão (Foto: Rodrigo Villalba / Memory Press)Ronaldo protege bola durante a vitória do Guarani pelo Paulistão (Foto: Rodrigo Villalba / Memory Press)
Com o gramado pesado por conta da forte chuva que atingia Campinas, o começo do duelo foi de muita pegada no meio e pouca criação. Com exceção do chute cruzado de Edu Silva, bem defendido pelo goleiro bugrino Emerson, os primeiros 20 minutos não tiveram lances ofensivos produtivos.
Quem tentou se valer da bola molhada foi o lateral-direito bugrino Bruno Peres, em chutes de longa distância. Ao aproveitar invertida de bola, ele dominou com estilo e mandou uma bomba. A bola triscou o ângulo direito de Wanderson. Na sequência, o lateral tentou outro arremate, mas o chute foi sem direção.
O XV também teve duas chances. Ricardinho cobrou falta da intermediária, à esquerda do gol de Emerson. Em outro lance, o arqueiro bugrino ficou só na torcida para evitar o gol de Diguinho. O estreante chutou da intermediária e a bola desviou na cabeça de Domingos. A bola saiu por cima do gol, com muito perigo.
A melhor oportunidade, contudo, foi do time da casa, aos 40 minutos. Bruno Recife cruzou da esquerda, o centroavante Ronaldo se antecipou ao zagueiro Diego Borges e cabeceou firme. Wanderson salvou o XV no reflexo.
Bugre garante quinta vitória seguida
Diguinho tenta avançar observado pro Danilo Sacramento, durante partida entre Guarani e XV de Piracicaba (Foto: Rodrigo Villalba / Memory Press)Diguinho tenta avançar observado pelo meia bugrino
Danilo (Foto: Rodrigo Villalba / Memory Press)
O Guarani abriu o caminho para a vitória no início do segundo tempo. A equipe foi ao ataque e Danilo Sacramento quase fez um gol olímpico. Wanderson salvou. Em outra cobranca de escanteio, no entanto, o Bugre abriu o marcador. Fumagalli bateu da esquerda e o zagueirão Domingos subiu muito para cabecar com estilo para as redes.
A maré de azar do XV só aumentou. Aos 10 minutos, o time já tinha feito duas alterações, por contusões. O zagueiro Diego Borges e o meia Diguinho deixaram o time, para as respectivas entradas de Alcir e Gustavo Savoia.
Ronaldo quase ampliou, ao se livrar do zagueiro Marcus Vinícius dentro da área e bater com estilo, de perna esquerda. Ricardinho tentou igualar o marcador, em cobrança de falta. Mas quem fez a diferença mesmo foi o capitão bugrino Wellington Monteiro. Max Pardalzinho, que acabara de entrar, pedalou na ponta esquerda e cruzou para trás. A defesa do Nhô Quim ficou parada e, livre, o volante fez um golaço, ao mandar um petardo no ângulo esquerdo de Wanderson, aos 27 minutos.
O Nhô Quim se lançou ao ataque e teve uma chance de ouro para descontar. Adilson meteu entre as pernas de Domingos, escapou pela esquerda e cruzou na medida para André Cunha, que bateu de chapa. A bola só não entrou porque desviou em Bruno Recife, que jogara na bola

Sport vence o Central por 2 a 1 e assume a vice-liderança do Estadual

Leão marca com Rivaldo e Jael, que fez seu primeiro gol com a camisa rubro-negra. Patativa desconta com Valdson

Por Franco Benites Recife
Diferentemente do Náutico e do Santa Cruz, que perderam seus jogos para times do interior após o carnaval, o Sport não quis saber de ressaca depois da folia. Na noite desta quinta-feira, na Ilha do Retiro, o Leão venceu o Central por 2 a 1 e saltou da quarta colocação para a vice-liderança, com 23 pontos. Desta maneira, o Rubro-negro fica com um ponto a mais que o Timbu e dois a menos que o líder Salgueiro.
Os gols do Sport foram marcados por Rivaldo e Jael, que assinou seu primeiro tento com a camisa vermelha e preta. O Central descontou com Valdson. A partida não foi a melhor do time rubro-negro em casa como o técnico Mazola Júnior havia dito que seria esta semana, mas fez valer o ingressos dos torcedores do Leão. A derrota deixa a Patativa distante apenas um ponto da Zona do Rebaixamento no fim do primeiro turno. A equipe está na nona colocação, com 12 pontos, e pode cair para a área de degola já no fim de semana.
Na próxima rodada, Sport e Central voltarão a se enfrentar na abertura do segundo turno do Campeonato Pernambucano. O jogo será no domingo, às 16h, e o mando de campo será da Patativa, no estádio Lacerdão.

Sport - Central - Marquinhos Paraná (Foto: Aldo Carneiro)Sport encontrou "ferrolho" do Central e teve trabalho para furar bloqueio (Foto: Aldo Carneiro)
Retranca e gol único marcam primeiro tempo

Sport e Central entraram em campo com esquemas de jogo bem diferentes. Jogando diante de sua torcida, o Rubro-negro apostou no 4-4-2, com um time reforçado no setor defensivo e acreditando no faro de gol de Jheimy e Jael na frente. A Patativa veio com uma equipe bastante fechada, no modelo 3-6-1, com Valdson sendo o único homem no ataque.

O Sport teve dificuldades de furar o bloqueio do alvinegro caruaruense. Como vem sendo regra, o jogador de melhor atuação no início do primeiro tempo foi Marcelinho Paraíba. Ele foi responsável por alguns bons lançamentos na tentativa de encontrar Jael, Jheimy e Marquinhos Paraná.

Apostando na retranca, o Central só atacou por volta dos 15 minutos, quando Cleber roubou a bola de Diogo Goiano e arriscou. O chute saiu fraco. Um minuto depois quem teve a chance de abrir o placar foi Jael, mas o chute do atacante rubro-negro parou na zaga da Patativa.

Rivaldo - Sport (Foto: Aldo Carneiro)Rivaldo marcou o primeiro (Foto: Aldo Carneiro)
De tanto tentar furar a retranca do Central, o Sport conseguiu. E o caminho para o gol rubro-negro saiu dos pés de Rivaldo. Ele recebeu a bola no setor direito do campo e mandou uma bomba sem defesa para o goleiro Rodrigão. Pouco tempo depois, quase a torcida leonina comemora o segundo gol com Moacir, mas ele chutou por cima da barra após receber bom passe de Jael.

Aos 32 minutos, o Sport teve outra chance de ampliar o placar. Eduardo Teles quase fez contra. Depois desse lance, a partida caiu de produção e seguiu sem maiores emoções até o fim do primeiro tempo.

Jael amplia logo no início da etapa complementar
Jael - Sport (Foto: Aldo Carneiro)Após o gol, Jael mostrou o leão tatuado e fez média
com a torcida do Sport (Foto: Aldo Carneiro)
O Sport voltou para o segundo tempo com uma mudança na equipe. Moacir sentiu dores e não retornou ao campo, cedendo espaço para Renato. Assim como na etapa inicial, o Leão foi para o ataque com tudo na tentativa de superar o bloqueio do Central. E a torcida pôde comemorar o segundo gol logo aos dois minutos. Renato cruzou a bola e Jael marcou seu primeiro com a camisa rubro-negra.

Parecia que o jogo ficaria fácil para o Sport, mas aos seis minutos Valdson aproveitou uma falha da zaga rubro-negra e mandou a bola para o fundo das redes. Aos 13 minutos, a Patativa teve outra chance, dessa vez com Lenilson. De frente para o gol, o meia perdeu a chance de empatar graças a uma defesa milagrosa de Magrão.

Ligeiramente melhor após marcar o primeiro gol, o Central começou a dar trabalho ao Sport e obrigou o técnico Mazola Júnior a fazer duas substituições. Saíram Jheimy e Diogo Goiano para a entrada de Milton Júnior e Diogo Goiano respectivamente. A mudança não ficou apenas nas peças, mas também no esquema tático, com o recuo de Hamilton e o avanço de Marcelinho Paraíba para o setor ofensivo.

A alteração permitiu que o Sport equilibrasse o jogo e evitasse outros sustos. A Patativa não teve forças para igualar o placar.
Sport x Central (Foto: Aldo Carneiro)Sport levou sufoco do Central no segundo tempo (Foto: Aldo Carneiro)

Bahia vence Fluminense de Feira e assume a liderança do Baianão: 4 a 0

Com três assistências, Gabriel é o destaque do Tricolor no duelo contra o Touro do Sertão

Por Thiago Pereira Salvador, BAB
O Campeonato Baiano 2012 tem um novo líder. Em noite inspirada do meia atacante Gabriel, o Bahia venceu o Fluminense de Feira pelo placar de 4 a 0 no Estádio de Pituaçu e assumiu a ponta do estadual, com dois pontos a frente do Bahia de Feira, que liderou a competição por nove rodadas consecutivas e foi derrotado pelo Juazeirense por 1 a 0 nesta quinta.

Apesar do resultado, a partida trouxe problemas para o técnico Paulo Roberto Falcão. O lateral Coelho, titular absoluto, se machucou no início do primeiro tempo e pode desfalcar o time nas próximas rodadas.

Com o triunfo, o Tricolor chegou aos 23 pontos, sete a mais que o Atlético-BA, primeiro time fora do G-4. Já o Flu de Feira, estacionado nos 10 pontos, caiu para a 9ª colocação.

No próximo domingo, pela 11ª rodada do Baianão, o Bahia encara o Camaçari no Estádio Armando Oliveira. O Flu de Feira, por sua vez, recebe o lanterna Itabuna no Joia da Princesa.
Júnior Bahia x Fluminense de Feira de Santana (Foto: Felipe Oliveira / Ag. Estado)Júnior protegeu bem a bola e fez o trabalho de pivô no ataque (Foto: Felipe Oliveira / Ag. Estado)
Ritmo alucinante e falta de pontaria
O Bahia iniciou a partida em velocidade máxima. Com pressão na saída de bola e passes rápidos, o time do técnico Paulo Roberto Falcão envolveu facilmente a equipe do Fluminense de Feira, que pouco fez para conter o domínio tricolor. Com bela atuação, o meia atacante Gabriel foi o autor do primeiro lance de perigo do confronto. O camisa 8 invadiu a área pela direita e cruzou rasteiro. O zagueiro Jadson precisou se esticar todo para impedir que a bola chegasse aos pés de Júnior.

O ritmo alucinante, no entanto, custou caro ao Bahia. Com dez minutos de partida, Coelho deixou o campo se queixando de dores na coxa. O jogador precisou ser substituído por Diones, que atuou improvisado na lateral. A suspeita dos médicos é de que o ala sofreu uma lesão muscular.

Após a modificação, o Tricolor se perdeu em campo e viu o Flu de Feira equilibrar a partida. Com a queda de rendimento, as jogadas de bola parada e cruzamentos passaram a ser a válvula de escape do time de Falcão. Aos 41 minutos, Ciro desperdiçou a melhor chance do Bahia na etapa inicial. O atacante recebeu belo passe de Gabriel, chutou forte e acertou o travessão do goleiro Rodolfo.
Gabriel, o garçom
Na volta para o segundo tempo, as duas equipes mostraram que estavam dispostas a tirar o zero do placar. Logo no primeiro minuto, Titi ficou livre, demorou demais e acabou desarmado pela defesa do Fluminense de Feira. No lance seguinte, Thiaguinho mandou uma bomba da entrada da área e por pouco não surpreendeu o goleiro Omar.

Mais organizado em campo, o Bahia conseguiu chegar ao gol após bela jogada de Gabriel. O jovem jogador arrancou da intermediária e passou em profundidade para Magno, que invadiu a área e tocou na saída do goleiro Rodolfo.

Pouco tempo depois, o Flu de Feira quase chegou ao empate. Titi e Rafael Donato não se entenderam e a bola sobrou para Baco, que chutou forte para boa defesa de Omar.

Por muito pouco, o Bahia não ampliou com Titi. Rodolfo sai mal e o zagueiro tentou de cabeça, mas a bola encobriu a meta do Touro do Sertão. No minuto seguinte, Fahel ampliou o placar em mais uma assistência do garçom Gabriel. O meia cobrou falta na área e o volante só teve o trabalho de desviar para o fundo das redes do goleiro Rodolfo.

Hélder marcou o terceiro gol do Bahia. O volante pegou uma sobra de bola na entrada da área do Flu de Feira e acertou uma bomba na gaveta de Rodolfo.

O Fluminense teve a oportunidade de diminuir a vantagem do Bahia em um pênalti sofrido por Baco. Thiaguinho cobrou e marcou, mas o árbitro Ademilson Carijé mandou voltar a cobrança, alegando invasão da área. Na segunda chance, Omar voou no canto direito e defendeu o chute do atacante da equipe feirense.

O quarto gol do Bahia nasceu no lance seguinte, e mais uma vez dos pés de Gabriel. O meia apareceu livre na direita e cruzou na medida para Lenine marcar seu primeiro gol como profissional. Após o apito final, os jogadores foram até a arquibancada para agradecer aos torcedores.

Garoto de 13 anos vive expectativa
de ser chamado pelo Real Madrid

Luiz Henrique dos Santos, o 'Pety', que hoje treina em Ribeirão Preto, foi aprovado pela comissão técnica do time merengue e aguarda convocação

Por GLOBOESPORTE.COM Ribeirão Preto, SP
Garoto de 13 anos faz testes no Real Madrid (Foto: Arquivo pessoal)Pety, de 13 anos, já sentindo-se em casa no Real
Madrid. Falta o chamado (Foto: Arquivo pessoal)
Luiz Henrique dos Santos, mais conhecido como "Pety", tem apenas 13 anos e já vive uma grande expectativa: ser convocado para defender o Real Madrid. Após um período de testes na Espanha, ele foi aprovado pela comissão técnica do clube merengue e agora aguarda o aval do departamento de finanças para que a transação seja concretizada.
E de acordo com o seu empresário, Fabrício Zanello, a chance é grande.
- Ele foi aprovado por toda a comissão técnica e pelo próprio diretor de captação do Real Madrid, mas isso requer investimento muito alto. Eles estão fazendo o possível e o impossível para transferi-lo. É necessário muita responsabilidade, porque (o clube) precisa transferir a família toda. O pai, a mãe, os irmãos. Eles têm que calcular o custo benefício dessa operação - explicou.
O garoto, que é alagoano, foi parar em Ribeirão Preto após um vídeo publicado no Youtube. O pai dele, Amaro dos Santos, acreditou no sonho do filho e precisou fazer um pequeno investimento para vê-lo chegar à Espanha.
 - Quando vi o talento dele, fiz uma aposta. Comprei a filmadora com o intuito de ajudar o meu filho a desenvolver seu talento. Tive essa ideia e coloquei no Youtube. O pessoal viu, apostou e hoje ele está aqui. Deixei emprego, família e casa em Alagoas para apostar no futuro do meu filho - disse o pai, que também mora em Ribeirão Preto.
Ainda tímido e sem jeito com as câmeras, Pety acredita que foi bem no período de testes e espera o contato espanhol.
- Treinei bem. Os meninos de lá são rápidos, bons tecnicamente. Quanto à língua, é complicado, mas dá para entender. Acho que consegui mostrar meu futebol, com ousadia e alegria - disse.
Garoto de 13 anos faz testes no Real Madrid (Foto: Arquivo pessoal)No vestiário do clube merengue, durante período
de testes na Espanha (Foto: Arquivo pessoal)
Real Bétis x Real Madrid
A princípio, Pety seria contratado pelo Real Bétis. Porém, o time de Sevilha, mesmo tendo aprovado o jogador, não concretizou o negócio por problemas financeiros. Ainda na Espanha, o empresário do garoto recebeu uma ligação de um diretor do Real Madrid, o convidando para fazer um teste no time merengue.
- Chegamos no hotel meio tristes, mas aí recebemos ligação do diretor de captação do Real Madrid. Ele falou: "Fiquei sabendo que vocês estão na Espanha, que o Pety é um fenômeno. Ele nos interessa muito. Gostaria que você o encaminhasse para o Real Madrid imediatamente para prestar prova aqui" - lembrou Zanello.
Pety, a família e o empresário ainda aguardam a convocação do Real Madrid. Porém, no dia 5 de março, a jovem promessa terá que se apresentar ao Cruzeiro.
Recentemente ele foi aprovado numa peneira das categorias de base do clube mineiro. Junto com a família, Pety está de malas prontas para morar em Belo Horizonte.

Pé-quente, menino cego vira xodó e comemora: 'O Vasco é a minha vida'

Aos sete anos, Hugo 'previu' gol de Alecsandro, que dedicou feito ao garoto com diferente comemoração

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
Após deixar sua marca no clássico contra o Flamengo, Alecsandro comemorou de um jeito diferente. No lugar da tradicional careta que homenageia o pai, Lela, o artilheiro vascaíno, acompanhado de Diego Souza e Wiliam Barbio, levou uma mão aos olhos e esticou a outra (veja vídeo ao lado). Depois da partida que garantiu o Vasco na decisão da Taça Guanabara, o atacante explicou o novo gesto. Trata-se de outra bonita homenagem. Desta vez, a um menino de apenas 7 anos: Hugo.
- Ele falou que eu iria fazer o gol, mas tinha uma exigência, comemorar com uma mão no rosto e a outra pra frente. Então fiquei feliz por marcar num momento importante do clássico e dedicá-lo a um menino tão especial. Hugo, é para você - disse Alecsandro no intervalo.
Hugo torcedor do Vasco deficiente visual Alecsandro (Foto: Gustavo Rotstein / GLOBOESPORTE.COM)Ao lado dos pais, Hugo repete o gesto feito por Alecsandro (Foto: Gustavo Rotstein / GLOBOESPORTE.COM)
Morador do bairro de Bento Ribeiro e vascaíno fanático, o pequeno torcedor é deficiente visual desde o primeiro ano de vida. Mas o problema originado de um câncer (já curado) na retina, gerado ainda no útero, não o impede de ir a todos os jogos do time do coração. Seja na Colina histórica ou no Engenhão, Hugo sempre entra em campo de mãos dadas com Fernando Prass e já mostrou que é pé-quente. A primeira vez que acompanhou o time coincidiu com a ascensão do Vasco, que voltou a ser campeão ao conquistar a Copa do Brasil e passou a brigar também pelo Brasileirão. Contra o Fluminense, Hugo estava lá, e Alecsandro marcou duas vezes. Nessa quarta-feira, o menino deu mais uma prova de que dá mesmo sorte. Antes de a bola rolar, ele foi levado até Alecsandro por Fernando Prass e falou que o atacante marcaria. Orgulhoso, Hugo comemorou a homenagem.
Hugo torcedor do Vasco deficiente visual Alecsandro (Foto: Gustavo Rotstein / GLOBOESPORTE.COM)Com a camisa que ganhou de Alecsandro, Hugo
retribui homenagem imitando a careta do
atacante (Foto: Gustavo Rotstein)
- Pedi ao Alecsandro para fazer um gol e comemorar daquele jeito. Fiquei muito feliz quando soube que ele festejou assim. O Vasco é a minha vida, e os jogadores gostam de mim - celebrou.
O gesto do atacante emocionou também a família de Hugo. A mãe, Vania, disse que o garoto dedicou o gol a todas as crianças do Instituto Benjamin Constant, onde estuda. Segundo ela, sempre que Hugo pede gol, Alecsandro balança as redes rivais.
- Ver a comemoração é muito emocionante. Os jogadores têm um carinho muito grande pelo meu filho. Hugo me disse que, toda vez que ele pede gol, o Alecsandro faz. Então ele pediu uma homenagem caso ele marcasse. Na final ele quer três do Alecsandro - contou a mãe.
Responsável pelo coração cruz-maltino de Hugo, já que o pai, o policial militar Hamilton é tricolor, Vania disse que a ligação dele com o Vasco se intensificou no ano passado, quando pediu para conhecer São Januário.
- A paixão pelo Vasco veio por mim, já que o pai é Fluminense. Quando ele completou seis anos, no ano passado, pediu para conhecer São Januário e foi muito bem recebido. Conheceu tudo, até mesmo o vestiário, e todos se encantaram por ele.
alecsandro vasco x flamengo (Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)Alecsandro leva a mão aos olhos em homenagem a Hugo (Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)
Sem poder ver o que acontece dentro das quatro linhas, Hugo usa o radinho para acompanhar as partidas.
- É difícil ver meu filho brincando na rua e não poder correr como os outros. O futebol é o nosso refúgio, e ele é fundamental no desenvolvimento do Hugo porque estimula os outros sentidos dele. Ele aprendeu a esperar o momento de entrar no campo e também passou a conviver melhor com sons altos. Antes ele se assustava com os gritos. Hoje, se emociona no estádio e até discute com os torcedores do Vasco que falam mal dos jogadores durante as partidas. Depois que ele sai do campo, vai para a arquibancada e fica ouvindo rádio. Então ele acompanha a narração da partida e sente a vibração da torcida - disse Vania.
E mesmo sem ter visto a homenagem de Alecsandro, Hugo já conseguiu o mais importante, sentir que já é parte da história que o Vasco começa a escrever neste Campeonato Carioca.

Sem se esconder, Deivid diz: ‘Não sou jogador frouxo, covarde e otário’

Atacante lamenta gol perdido contra o Vasco, diz que é culpado pela eliminação, mas confia na volta por cima: ‘Isso nunca vai me fazer pedir para sair do Flamengo’

Por Janir Júnior e Richard Souza Rio de Janeiro
Deivid pediu a palavra. Tomou a iniciativa e se escalou para ser um dos o entrevistados do Flamengo na coletiva da tarde desta quinta-feira, no Ninho do Urubu. Como de hábito, não se escondeu e não deixou perguntas sem resposta. O gol perdido na derrota por 2 a 1 para o Vasco, em uma das semifinais da Taça Guanabara, foi o único tema (assista ao lance no vídeo ao lado). Assim como no intervalo e no fim da partida, manteve-se sereno e lamentou o erro. Foi além. Assumiu a culpa pelo resultado e a eliminação.
- Por toda a repercussão que tenho acompanhado, não teria motivo para me esconder. É a minha profissão. Não sou jogador frouxo, covarde e otário. Isso nunca vai me fazer pedir para sair do Flamengo. Tenho contrato até dezembro e vou cumprir. Tenho acompanhado o noticiário, vi que colocaram o Ronaldo como o pior do jogo. A culpa não foi dele, não foi do Joel (Santana). Só tem um culpado. Eu fui o culpado. Se tivesse feito o gol, iríamos para o intervalo com 2 a 1, mas é uma coisa que acontece. Gostaria de estar aqui falando da boa atuação, do gol que fiz, do passe para o gol do Love. Poderia estar falando como herói da classificação, mas falo como vilão. Se tivesse feito o gol, a história seria outra.
O jogador disse que só conseguiu dormir às 8h. Além do apoio da família, recebeu mensagens de incentivo de amigos que fez ao longo da carreira.
deivid coletiva flamengo (Foto: Janir Junior/Globoesporte.com)Deivid durante coletiva no Ninho do Urubu
(Foto: Janir Junior/Globoesporte.com)
- Foram ligações de jogadores do Santos, pessoal do Cruzeiro, de presidentes de clubes. Fico feliz, mostra que sou querido, que tenho feito as coisas certas no futebol. Disseram que tenho uma história muito bonita para ser apagada por conta de um gol perdido. Quem mais sofre é a família, né? Fica escutando gracinha, piadinha. Eu já sou cascudo, tenho casco de tartaruga. Momento mais difícil da minha vida foi quando quebrei a perna e perdi minha mãe, há três anos. Isso não é nada perto do que passei. O Joel me deu força no intervalo, os jogadores. Isso é o mais importante. Fico triste porque a torcida vai, paga R$ 50, R$ 60. Temos muita coisa lá pela frente, jogos decisivos pela Libertadores, Carioca.
O jogador disse que reviu o lance mais de uma vez e também custou a acreditar no erro.
- Fui tão convicto de que faria o gol que bati e saí para comemorar. Naquela fração de segundo, numa desatenção, acabou acontecendo dessa forma. Até meu filho, de cinco anos, faria. Pensei nele quando aconteceu. Ele já entende essas coisas, sabia que ele estava vendo o jogo. Vou tentar recuperar. Tenho que levantar a cabeça. Minha vida sempre foi de desafios, obstáculos.
Fui tão convicto de que faria o gol que bati e saí para comemorar. Naquela fração de segundo, numa desatenção, acabou acontecendo dessa forma. Até meu filho, de cinco anos, faria. "
Deivid
O jogador entrou e saiu da sala de imprensa com um sorriso tímido no rosto, mas não escondeu o abatimento.

- Por mais experiente e cascudo que seja, você acaba ficando abalado. A maior virtude do homem é saber quando errou. Minha filha acordou e disse: "você perdeu o gol". Disse que estava com pena de mim, mas falei que ela não tem que ter pena do papai. Quando você achar que alguém tem que ter pena de você, está morto. Claro que vai ficar uma mancha até fazer um gol de título, ser artilheiro. Só cabe a mim dar a volta por cima. É a primeira vez que acontece dessa forma. Se pegar todos os clubes por onde passei, não tive essa coisa de perder gols. É um lance inédito, que fica marcado por ser numa semifinal, pela rivalidade. O mais importante é ficar com a cabeça erquida, tranquila.

O camisa 9 ouviu vaias quando foi substituído no segundo tempo, mas disse que também foi aplaudido por uma pequena parte.
- Quando você joga mal, a torcida vai cobrar. Quando joga bem, vai apoiar. É normal. Até eu se estivesse na arquibancada iria vaiar. Mas também ouvi aplausos. Estão vendo que estou correndo, tentanto ajudar o time, jogando bem. É trabalhar, tentar jogar bem e fazer os gols.

O lateral-esquerdo Junior Cesar foi o segundo entrevistado e reforçou o apoio do grupo ao companheiro.
- A culpa não é só do Deivid. Ele está se sentindo culpado pelo gol perdido, mas isso é um grupo. Já nos ajudou em muitos jogos, já fez gols em muitos jogos. Ele está ali para fazer o gol, mas a responsabilidade é de todo o grupo. Estamos apoiando ele nesse momento.

Gol perdido por Deivid frustra Fla e é ironizado nas redes por vascaínos

Lance desperdiçado na semifinal da Taça GB é comentado por jogadores e pela imprensa em Portugal, na Espanha e na Itália: 'Falha incrível'

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Léo Moura não podia acreditar no que havia acontecido. Joel Santana, também não. Muito menos a torcida do Flamengo. Depois de uma jogada perfeita do lateral-direito, Deivid, a um passo do gol, chutou a bola na trave aos 35 do primeiro tempo. Era o lance que deixaria o Rubro-Negro à frente no placar e poderia mudar a história do clássico. Mas o camisa 9 perdeu. No segundo tempo, o Vasco virou para 2 a 1 e encerrou um jejum de quase três anos sem vitórias sobre o rival, com direito à vaga na final da Taça Guanabara.
- Foi o gol mais perdido da minha vida - lamentou Deivid, ao deixar o campo para o intervalo da partida.
No Engenhão, ouvia-se um misto de gargalhadas da torcida do Vasco, que, na saída de Deivid no segundo tempo, o aplaudiu, com uma sensação de frustração dos rubro-negros. No banco de reservas, o clima era de perplexidade. Joel Santana contou que já havia virado para comemorar com os jogadores quando estranhou o som que veio das arquibancadas.
- Só quem está dentro de campo sabe o que acontece. Uma coisa tão simples, ele foi na bola com simplicidade. Eu não vi o lance direito, quando vi a jogada do Léo virei para o outro lado para comemorar. Eu não sei explicar, é inacreditável. O jogador que tem que explicar - disse Joel.
Deivid flamengo perde gol (Foto: Ivo Gonzalez / O Globo)Batido no lance, goleiro Fernando Prass nem olha mais para o lance. Livre, a dois passos da rede, Deivid perde, segundo ele próprio, o gol mais feito de sua carreira (Foto: Ivo Gonzalez / O Globo)
Companheiro de ataque de Deivid, Vagner Love acredita que o jogador abusou da confiança na jogada.
- Acho que ele chegou muito confiante no lance. Já estava querendo comemorar o gol. Infelizmente, acontece, e aconteceu com ele - afirmou o camisa 99.
Já Renato lamentou a perda do gol, mas lembrou que o momento é de apoiar o atacante.
- Acho que o Deivid é bem capacitado, acontece. Jogador que está na frente o tempo todo, vai estar diante ao gol o tempo todo, uma hora vai errar. Aconteceu, não foi porque ele quis. Houve vários jogos de outros times que erraram gols piores que esses. Agora é a hora de dar força - concluiu.
Willians seguiu a mesma linha do volante.
- Ele perdeu o gol, mas já fez muitos outros. Deivid tem nossa confiança. O importante é ter tranquilidade neste momento - finalizou.
Quem ficou feliz com o lance inacreditável de Deivid foi a torcida do Vasco. Provocações como “urubu cego do Flamengo” e “burro” lotaram as redes sociais. Na imprensa estrangeira, o erro também teve repercussão. Jornais portugueses, italianos e espanhóis chamaram o lance de “falha incrível”.
- Na Quarta-Feira de Cinzas, Deivid pregou uma partida de mau gosto aos milhares de adeptos do Flamengo - escreveu o jornal português “A Bola”.
Torcida do Vasco ironiza Deivid (Foto: Reprodução)Provocação da torcida do Vasco nas redes sociais
(Foto: Reprodução)
No elenco do Vasco, porém, as ironias ficaram longe do repertório ao fim da partida. Alecsandro creditou o erro à falta de sorte do atacante.
- Foi um lance de jogo normal e um gol perdido, mas o Deivid merece respeito por tudo o que já fez e o que conquistou no futebol. O que eu diria para defendê-lo é que ele caprichou demais para fazer o gol e foi traído pela trave. Levou azar - disse o camisa 9.
Cristóvão Borges também comentou a jogada.
- Quando a bola veio, achei que seria gol e nem olhei. Depois, não entendi nada. Foi um lance importante do jogo e uma infelicidade do Deivid - afirmou.
O resultado desta quarta-feira deixou o Flamengo fora da final da Taça Guanabara. Botafogo e Fluminense duelam nesta quinta para definir quem enfrentará o Vasco na decisão de domingo, às 16h. Já o Rubro-Negro voltará a campo somente no dia 1°, às 22h, contra o Boavista, na estreia na Taça Rio.

Marta recebe camisa 100, chora e diz estar feliz por voltar à 'segunda casa'

Craque assina por 2 anos com Tyresö, time que conta com a espanhola Verónica Boquete, e diz que abriu mão de dinheiro para voltar à Suécia

Por Rafael Maranhão Direto de Estocolmo, Suécia
Desde o início de fevereiro a Suécia sabia que Marta estava retornando ao país que a projetou para o futebol. A dúvida era se ela jogaria no Tyresö FF, da capital Estocolmo, ou Goteborg FC, de Gotemburgo. A resposta apareceu na manhã desta quarta-feira, quando o Tyresö anunciou a apresentação de um reforço de peso. Mesmo sem dizer o nome da jogadora, todos sabiam de quem se tratava. Marta apareceu sorridente, falando sueco e mostrando-se surpresa com a quantidade de câmeras à sua espera. Chamou o país de "segunda casa", disse que abriu mão de dinheiro para estar ali e não conseguiu segurar as lágrimas.
- Eu disse a todos quando eu saí daqui para ir para os Estados Unidos que a Suécia é a minha segunda casa. Eu tenho muitos amigos aqui, ótimas lembranças do futebol e das pessoas que me receberam, que mostraram que gostam de mim pelo que eu faço nos campos e fora dele - disse a craque, passando a mão direita nos olhos para enxugar as lágrimas.
Marta assinou contrato de dois anos com o Tyresö onde irá jogar com a camisa 100 e terá como companheira da equipe a espanhola Verónica Boquete e a sueca Caroline Seger, ambas contratadas recentemente, além da amiga Elaine, companheira de seleção brasileira e com quem atuou no Umea.
Marta chorando durante apresentação no Tyreso (Foto: EFE)Marta chora durante apresentação no Tyresö (Foto: EFE)
Em entrevista coletiva, Marta garantiu que seu retorno ao país escandinavo não teve nada a ver com o fim da liga profissional americana, a WPS.
- Vocês talvez estejam se perguntando se eu estou aqui porque a WPS não existe mais, mas minha decisão foi bem clara desde o começo de que eu iria jogar na Suécia. Dinheiro não é tudo. Se fosse pelo dinheiro, eu não estaria de volta aqui - afirmou.
A jogadora disse estar muito feliz por voltar ao campeonato onde iniciou sua carreira profissional e que agora começa uma nova fase.
- Minha carreira começou na Suécia e agora eu quero escrever um novo capítulo. Estou feliz e orgulhosa por estar de volta aqui. Eu tenho muito a agradecer à Suécia.
Marta é apresentada no Tyreso (Foto: EFE)Marta é apresentada no Tyresö (Foto: EFE)
Carinho pelo Umea
Marta atuou no Umea entre 2004 e 2008, conquistando quatro Campeonatos Suecos, uma Copa da Suécia e uma Liga dos Campeões. O clube do norte do país também fez proposta por ela, mas desistiu por considerar o preço muito alto.
- Claro que eu tenho um sentimento muito forte pelo Umea, mas, infelizmente, não chegamos a um acordo. Eles mostraram interesse, mas não recebemos nenhuma proposta.
Na apresentação de Marta, o Tyreso anunciou também uma parceria com as ONU-Mulheres, órgão das Nações Unidas para igualdade de gênero. O clube da brasileira, que desde 2010 é embaixadora da ONU contra a pobreza, irá apoiar campanhas contra a violência contra mulheres e um projeto da organização na República Democrática do Congo.
‘Folião’, Neymar mostra disposição e Santos bate o Comercial, em Barueri
Primeiro gol do Peixe tem a marca registrada do craque: arranque, dr


A CRÔNICA
por Daniel Romeu
Neymar é mesmo incansável. Sábado, esteve em campo na vitória sobre o Mirassol. Em seguida, viajou para curtir o carnaval baiano. Pulou, cantou, voltou a Santos, dividiu seu tempo entre treinamentos e aparições nos desfiles da Marquês de Sapucaí, no Rio, até voltar a jogar nesta quarta-feira, na Arena Barueri. Nada de cansaço, ressaca pela folia. Inspirado como de costume, teve fôlego para transformar em cinzas as esperanças do Comercial em reagir no Paulistão. Deixou seis marcadores para trás no gol de Ibson e foi decisivo na vitória por 2 a 0. Deu tempo até de agradecer o companheiro.

- Se o Ibson não marcasse, essa jogada nem seria lembrada. Teve uma mistura do carnaval da Bahia com o do Rio (risos) – disse, no intervalo.

A vitória foi a quarta consecutiva do Santos, que sobe na classificação e chega aos 18 pontos. Mais uma vez, Ganso deu razão às palavras do técnico Muricy Ramalho na última semana: o camisa 10 do Santos está de volta, assim como o próprio time – que mostra estar completamente recuperado das férias estendidas após a decepção no Mundial de Clubes, no fim do ano passado. Nos últimos quatro jogos, foram 13 gols marcados – Durval marcou o segundo contra o Comercial, de cabeça.

O técnico Márcio Fernandes, do Bafo, provou um pouco do potencial do “monstro” que ajudou a criar. Em 2009, o treinador, que comandava o time de cima do Peixe, subiu Neymar ao profissional e deu a primeira chance ao craque. Antes do jogo destas quarta, ganhou um abraço carinhoso do santista. O Comercial não vence há cinco jogos e pode terminar a rodada pela primeira vez na zona do rebaixamento. O treinador já balança no cargo.
O próximo jogo do Santos é sábado, contra a Ponte Preta, às 18h30m, também na Arena Barueri - a Vila Belmiro, cujo gramado está sendo reformado, será reaberta apenas no dia 4, em clássico contra o Corinthians. Já o Comercial recebe o Mirassol, domingo, às 18h30m, no estádio Palma Travassos, em Ribeirão Preto.
ibson santos x comercial (Foto: Fernando Coca/Agência Estado)Ibson marca o primeiro gol santista, após jogada linda de Neymar (Foto: Fernando Coca/Agência Estado)

Gol de Ibson, mas com a assinatura de Neymar
Márcio Fernandes levou de Ribeirão Preto para Barueri um paredão para tentar parar o ataque santista. Tentar, apenas. Mesmo com o adversário compacto, o Peixe demorou, mas mostrou paciência para furar o bloqueio e, aos poucos, assustar. Na primeira boa chance, Neymar cobrou escanteio, Edu Dracena subiu livre para cabecear e a bola bateu caprichosamente na trave.
No ritmo em que andava a partida, ficou fácil para o meio de campo santista se impor. Arouca e Ibson tinham grande liberdade para ajudar Ganso na armação. E o camisa 10, ligado, mostrava seu melhor: visão de jogo, inversões de bola e até botes no campo de defesa. Enquanto isso, o Comercial era nulo. Só assustou em um lance, quando Rossato bateu falta com perigo e acertou a trave. O goleiro do Peixe, que esperava a batida de Carlos Magno, ficou parado e quase buscou a bola no fundo da rede.
Com dificuldade para chegar ao gol adversário na troca de passes, o Santos precisava de uma jogada individual para abrir o placar. De Neymar, claro. Aos 28 minutos, o craque fez linda jogada, bem ao seu estilo: arrancou com a bola dominada do campo de defesa, deixou seis marcadores pelo caminho e rolou para Ibson, sozinho, de cara para o gol. O camisa 7 só teve o trabalho de mandar para o gol e agradecer ao companheiro. Justíssimo pelo que os dois times apresentaram na primeira etapa, mais justo ainda pela disposição de Neymar, que não se intimidou com as pancadas. Foi o jogador mais caçado em campo, sofrendo dez das 19 faltas a favor do Peixe.
Sem inspiração, mas com a vitória
O segundo tempo começou igual para o Comercial, mas truncado para o Peixe. O Bafo mantinha a postura: evitar uma goleada e, se desse, arrancar um empate no contra-ataque. No entanto, o time santista já não tinha mais o domínio absoluto no meio e o rodízio de faltas do adversário atravancava os avanços de Neymar, Ganso e Arouca. Fucile dividiu com o zagueiro Leandro Camilo, ficou de cara para o goleiro, mas protagonizou lance inusitado: tropeçou sozinho e caiu de cara no gramado.
Logo na jogada seguinte, no entanto, a dupla de craques do Santos mostrou categoria e quase ampliou. Neymar cobrou falta pela direita com perfeição na cabeça de Ganso, o meia cabeceou firme e carimbou a trave. Pela segunda vez, o goleiro Alex agradeceu à sorte. O atacante Henan não podia dizer o mesmo. Sozinho no ataque, sofria com a falta de inspiração dos meias Carlos Magno e Luis Augusto.
O Peixe seguia em cima. Ibson lançou Neymar e o atacante chutou em cima do goleiro. Ibson foi caindo de produção e Elano entrou para dar um pouco de vivacidade ao setor ofensivo do Peixe, apagado. E que estrela mostrou o meia. Aos 36, ele cobrou com perfeição na cabeça de Durval, que subiu livre para escorar e ampliar o placar. Alan Kardec ainda chegou a carimbar a trave minutos depois. Mas a chance perdida nem fez falta.
Estão deixando o Peixe chegar...
Superior, Grêmio vence o Inter no Beira-Rio e avança na Taça Piratini
Comandado interinamente por Roger, Tricolor aplica 2 a 1, com gols de Léo Gago e Kleber Gladiador, está nas semifinais
 
 
A CRÔNICA
por Eduardo Cecconi e Diego Guichard
Em um Gre-Nal repleto de ingredientes, o Grêmio venceu o Inter por 2 a 1 na noite desta quarta-feira, no Beira-Rio. Com a vitória, ganhou o direito de enfrentar o Caxias pela semifinal da Taça Piratini.

Autor de um dos gols, Kleber Gladiador foi o nome do Gre-Nal. Léo Gago também marcou e consolidou a vitória gremista. Leando Damião descontou. Foi a primeira partida em que a defesa titular colorada foi vazada em Porto Alegre.

O confronto pela semifinal será domingo, às 17h, no Centenário, já que o Caxias soma melhor campanha.
No Inter, o tempero girou em torno do nome de Oscar. O Grêmio ameaçava ingressar na justiça alegando irregularidade na inscrição do jogador. Pelo lado vermelho, o clube se baseava no setor jurídico colorado. O camisa 16 não só foi a campo, como surgiu como um dos atletas mais ovacionados pela torcida, no anúncio oficial da equipe.
Do lado azul, as atrações estavam dentro e fora de campo. O interino Roger escalou Gilberto Silva na zaga, na vaga de Douglas Groli, realocado ao banco. No meio, Souza iniciava pela primeira vez como titular. Recém contratado, o técnico Vanderlei Luxemburgo optou por não ir ao Beira-Rio e assistira o clássico pela TV, embora tenha participado da preleção, horas antes na concentração gremista.
- A conversa com o Luxemburgo foi bastante motivadora para todo o grupo. Vamos levar a campo tudo o que ele falou, ao pé da letra - entregou Marcelo Moreno, na chegada ao estádio.
Instantes antes do início da bola rolar, o clima que se apresentava era de um Gre-Nal da paz. Dorival Júnior cumprimentou Roger e depois o preparador físico Paulo Paixão. Em pauta, brincadeiras e sorrisos sobre o resultado do carnaval carioca.
kleber rodrigo moledo internacional x grêmio (Foto: Wesley Santos/Futura Press)Kleber incomodou a zaga colorada neste Gre-Nal (Foto: Wesley Santos/Futura Press)
Tricolor ferve
Vitaminado pela alteração no comando, o Grêmio iniciou fervendo na partida, postando a equipe no campo adversário. Por sua vez, os colorados pareciam em ressaca na quarta-feira de cinzas. Com a saída de bola lenta, o time falhava na marcação e mostrava dificuldade na armação ofensiva.
gre-nal 391 beira-rio grêmio inter gol de léo gago (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)Grêmio abriu o placar ( Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
Gilberto Silva esteve perto de marcar aos sete minutos, quando surgiu entre os zagueiros e testou rente ao poste. Melhor na partida, o Tricolor gaúcho seguia no ataque e conseguiu abrir o marcador aos 17.

Marco Antônio cobrou falta no ângulo esquerdo, e Muriel cedeu o rebote. A bola sobrou adocicada dentro do bolo de jogadores para Léo Gago encher o pé: 1 a 0.


Damião encerra jejum

O gol de empate saiu aos 27 minutos, quando o Grêmio ainda controlava as ações. Fernando errou na saída de bola e entregou o doce para Dagoberto. Nesse instantes, eram dois contra dois. Com boa visão, o camisa 20 não só lançou como deixou Leandro Damião livre na área. O centroavante partiu em direção a Victor e se livrou do goleiro com um toque sutil. Encerrava-se naquele momento um jejum de cinco partidas sem marcar.
Auxiliado por Souza, o atacante Kleber era a principal figura gremista. Era quem chamava a responsabilidade e apimentava a partida. Aos 33, recebeu na frente da área e bateu de canhota, com perigo.
gre-nal 391 beira-rio grêmio inter leandro damião (Foto: Alexandre Lops/Divulgação Inter)Damião desencantou justamente no Gre-Nal (Foto: Alexandre Lops/Divulgação Inter)
Apimentou...
O clima amistoso de Gre-Nal foi aos poucos se esvaindo e sumiu de vez quando Sandro Silva foi calçado na frente da grande área, e o juiz mandou seguir. D’Alessandro saiu para reclamar com o árbitro estreante em clássicos Fabríco Neves Corrêa e acabou empurrado por Kleber.
- É sacanagem com os nossos jogadores - bradou o capitão colorado.
Aos 45, Marco Antônio ainda exigiu boa defesa de Muriel. O primeiro tempo encerrava quente, em ebulição, com bons lances em campo e o tradicional empurra-empurra entre azuis e vermelhos. Um Gre-Nal, enfim, com cara de Gre-Nal.
A segunda etapa iniciou da mesma forma. A diferença é que o Inter igualou o Grêmio no quesito vontade. Kleber Gladiador jogava como nunca. Aos 13, arriscou da frente da grande área. A bola passou perto.

Kleber tem garra recompensada

A resposta colorada foi com Damião, aos 18, com um disparo sem ângulo que passeou rente ao travessão. Mas Kleber estava endiabrado, ligado, enfurecido. Conseguiu recolocar o Tricolor na frente aos 20, quando recebeu bola de Marco Antônio e chutou na saída de Muriel.

Revigorado pelo gol, o Tricolor se impôs, se mantendo ao ataque. Aos 23,
Fernando bateu de fora da área. Instantes depois, Souza desperdiçou dentro da grande área. Instantes depois, Léo Gago testou Muriel, em cobrança de falta.

Insatisfeito, Dorival alterou a receita, mexendo nas peças. Dagoberto e Sandro Silva saíram para as entradas de Jô e João Paulo. Dessa forma, Oscar passava a atuar como volante. Por questões físicas, Souza e Kleber também tiveram de deixar o gramado. Foram substituídos por Vilson e André Lima.

Parecia que não haveria tempo para mais nada. Mas, aos 41 minutos, Damião achou uma brecha na pequena área e concluiu. Victor, com um tapa de puro reflexo, reduziu a pó as críticas que se acumular há tantos Gre-Nais. A bola não foi às redes, mas rendeu comemorações dignas de golaço por parte do goleiro e de seus companheiros. Era só o início da festa. Oscar ainda jogaria pela linha de fundo a última chance, nos acréscimos, mas era tarde demais. O Grêmio está na semifinal da Taça Piratini.

Petrolina vence, e Santa Cruz fica
fora do G-4 no fim do primeiro turno

Souza e Anderson marcam, e Fera Sertaneja derrota oTricolor no Sertão

Por GLOBOESPORTE.COM Recife
 Petrolina e Santa Cruz entraram em campo nesta quarta-feira com um único objetivo: vencer para garantir um lugar no G-4 do Campeonato Pernambucano. Em campo, no estádio Paulo Coelho, no Sertão, o planejamento foi seguido à risca pelos donos da casa. O Tigre venceu por 2 a 1, manteve a invencibilidade dentro de casa e manteve-se entre os quatro mais bem colocados do estadual, enquanto o Tricolor deixou de integrar o grupo. Souza e Anderson fizeram os gols dos anfitriões, e Carlinhos Bala descontou. A partida teve 4.785 espectadores.
Com a vitória, o Petrolina chega a 21 pontos e passa ocupar a terceira colocação, mas pode perdê-la para o Sport, que joga nesta quinta-feira. O Santa Cruz continua com 17 pontos, na quinta colocação, e amarga a sua segunda derrota consecutiva. Unanimidade em 2011, quando levou o time ao título do estadual e à Série C do Brasileirão, o técnico Zé Teodoro pode não ter respaldo para continuar no cargo.
As duas equipes voltam a se enfrentar no próximo fim de semana, mas em território diferente. Sábado, a partir das 18h, será a vez de o Santa Cruz receber o Petrolina, no Arruda, na partida de abertura do segundo turno do Pernambucano.

Zaga vacila, e Petrolina aproveita
Leandro Souza - Santa Cruz (Foto: Divulgação/CoralNet)Leandro Souza (à esq.) vacilou e permitiu primeiro
gol do Petrolina (Foto: Divulgação/CoralNet)
Mesmo com um esquema menos ofensivo do que aquele que foi colocado em campo diante do Sport, o Santa Cruz procurou tomar a iniciativa do jogo logo nos primeiros toques de bola. No entanto, a equipe coral foi surpreendida aos dois minutos da partida. Em um vacilo do zagueiro tricolor Leandro Souza, que saiu jogando errado no campo de defesa, Souza roubou a bola e estufou as redes do goleiro Diego Lima. O camisa 9 fez nesta quarta-feira a sua segunda partida como titular, substituindo Tiago Cardoso.

Apesar de tomar um gol logo no início do jogo, o Santa Cruz não se desesperou e começou a atuar de maneira mais organizada. Aos sete, Carlinhos Bala cruzou para Luciano Henrique, que foi interceptado pela zaga do Petrolina. Na cobrança da falta, Memo acertou a barreira. Um minuto depois foi a vez de Dênis Marques cruzar na cabeça de Léo. Dentro da área, o volante subiu mais do que a zaga e mandou a bola perto da trave da Fera Sertaneja.

O Petrolina parecia satisfeito com o placar mínimo e quase não ia ao ataque. Pelo lado do Santa Cruz, Diogo e Dutra não conseguiam render o esperado nas laterais, e o meio-campo pouco criava. O resultado foi uma partida com poucos lances de perigo no decorrer do primeiro tempo. A monotonia do jogo foi quebrada pelo camisa 8 do Petrolina, Cinho, que arriscou de fora da área e obrigou o goleiro Diego Lima a espalmar a bola.

Bala empata no fim do primeiro tempo
Diego Lima segue no gol tricolor contra o Petrolina (Foto: Coralnet)No segundo jogo como titular, Diego Lima teve
trabalho (Foto: Coralnet)
E Cinho voltaria a aparecer novamente no jogo, mas em uma situação diferente. Carlinhos Bala cruzou na tentativa de encontrar Luciano Henrique, a defesa de Petrolina se atrapalhou na hora de tirar a bola, e por pouco Cinho não marca um gol contra. Aos 34, o goleiro do Petrolina foi acionado para defender um chute de Dênis Marques, que arriscou após uma bela troca de passes com Diogo e Carlinhos Bala.

Um minuto depois, para tentar dar velocidade ao time, o técnico Zé Teodoro sacou Léo e promoveu a entrada de Renatinho. A mudança na equipe quase foi acompanhada por uma outra alteração no placar, a favor do Petrolina. Aos 36, Cinho cobrou falta, e Diego Lima precisou se esforçar para evitar o segundo gol dos donos da casa.

Aos 43, foi a vez da dupla de atacantes do Santa Cruz mostrar serviço. Carlinhos Bala recebeu um cruzamento de Dênis Marques e não bobeou, marcando seu primeiro gol pelo Tricolor no retorno ao time.
Santa Cruz - Carlinhos Bala (Foto: Divulgação/CoralNet)Bala fez primeiro gol com camisa do Santa Cruz no retorno ao time (Foto: Divulgação/CoralNet)
Petrolina marca no início novamente

Assim como no primeiro tempo, o Petrolina marcou logo no início. Aos dois minutos, Anderson roubou a bola do zagueiro André Oliveira e mandou uma bomba indefensável para Diego Lima, que em duas partidas como titular, precisou ir buscar a bola no fundo das redes em cinco oportunidades (os dois gols desta quarta e três na rodada passada).

O goleiro Jailson, da Fera Sertaneja, também teve trabalho. Aos sete, Dutra mandou um chute à queima-roupa, e o camisa 1 do Petrolina fez grande defesa. Três minutos depois, Jailson precisou interceptar um cruzamento de Diogo, que tentava achar o atacante Dênis Marques livre na área.

Aos 13, o técnico Zé Teodoro fez a segunda substituição, tirando Luciano Henrique e colocando Geílson. Desta forma, o Santa Cruz passou a atuar com três atacantes: Geílson, Dênis Marques e Carlinhos Bala, sendo este último mais recuado. O Petrolina também apostou em mudança: o técnico Pedro Manta tirou Júlio para a entrada de Alan.
Petrolina (Foto: Aldo Carneiro)Petrolina comemorou gols no início do primeiro e
segundo tempo e vaga no G-4 (Foto: Aldo Carneiro)
A partir dos 15, o Santa Cruz começou a encurralar o Petrolina em seu campo de defesa. Para tentar segurar a equipe tricolor, os sertanejos abusavam das faltas. Os visitantes ficaram ainda mais ofensivos com a saída de Dutra, que deu lugar a Jefferson Maranhão. Assim, Renatinho foi para a lateral esquerda, e Maranhão passou a compor o setor ofensivo junto a Geílson, Dênis Marques e Carlinhos Bala.

Do quarteto ofensivo, a melhor oportunidade foi de Dênis Marques. Ele conseguiu se livrar da marcação e obrigou o goleiro Jailson a fazer grande defesa. E o bombardeio tricolor em cima dos donos da casa seguiu firme, com jogadas articuladas por Renatinho, Bala e Dênis Marques.
Nos acréscimos, Geílson chegou a mandar a bola na trave, mesmo com o gol todo aberto. No entanto, apesar das tentativas e do jogo ir até os 50 minutos, o Petrolina soube segurar o Santa Cruz e saiu de campo com a invencibilidade no estádio Paulo Coelho e a vaga no G-4 asseguradas.

Em clássico empolgante, primeiro Atletiba de torcida única fica no zero

Atlético-PR e Coritiba têm muitas chances de abrir o placar, mas pecam nas
finalizações. Melhor para o Cianorte, que pode assumir a ponta do estadual

Por Gabriel Hamilko Curitiba
Nem Atlético-PR, nem Coritiba. No primeiro Atletiba de torcida única, nenhuma das duas equipes conseguiu balançar as redes. Com um público formado somente por rubro-negros na Vila Capanema, Rubro-Negro e Alviverede conseguiram criar oportunidades e fazer um jogo empolgante, mas os setores defensivos, principalmente os goleiros Rodolfo e Vanderlei, evitaram i principal ingrediente da partida: gols.
Para manter-se líder do Campeonato Paranense, o Furacão agora torce contra o Cianorte, que joga com o Londrina, na partida que fecha a décima rodada nesta quarta-feira. Com 22 pontos, um a menos que o time rubro-negro, o Leão do Vale é o único que pode avançar para a primeira posição. O Coxa também soma 22, mas pode cair para a terceira colocação.
A última rodada será no próximo domingo, com todos os jogos marcados para as 16h (de Brasília). O Coritiba continua na capital e recebe o Roma de Apucarana. O Atlético-PR vai para Noroeste, onde enfrenta o Paranavaí.
Grama molhada, jogo truncado e sustos dos goleiros
Já no começo do primeiro tempo, deu para notar que o Atlético-PR sentiu-se mais à vontade no gramado da Vila Capanema. Grama, diga-se de passagem, diferente da qual os times estavam acostumados. E isso significou muitos chutões e lançamentos, deixando o início sonolento. Quem mais tomou iniciativa nos primeiros minutos foram os rubro-negros, mas pecando na hora da finalização. Ligüera quase acertou um chutaço de fora da área.
Mas não demorou muito para o Coxa se arrumar em campo. Mais compacto, começou a mostrar que no jogo individual era melhor, mesmo com a defesa dando seus sustos.
Aos 23, a marcação alviverde permitiu boa jogada do Furacão. Ricardinho cruzou da esquerda, e Héracles rolou para Martín Ligüera, que chutou no meio do gol. Mas o Rubro-Negro tinha um buraco enorme no meio-campo, o que dificultava as saídas rápidas para o ataque.
Em dois minutos seguidos, o Coritiba quase abriu o marcador. Com 28, Rafinha tentou do meio-campo pegar Rodolfo desprevenido. Na cobrança de escanteio, a bola ficou viva na pequena área e quase entrou, após a tentativa de Lucas Mendes.
A curiosidade ficava por conta das saídas dos goleiros. Com a grama molhada, cada chutão era desajeitado e torto. Com o passar do tempo, quando os zagueiros recuavam para Vanderlei ou Rodolfo, a expectativa era maior. Um verdadeiro perigo de gol.
manoel renan oliveira Atlético-PR x coritiba (Foto: Heuler Andrey/Agência Estado)O zagueiro Manoel, do Atlético-PR, foi destaque no Atletiba (Foto: Heuler Andrey/Agência Estado)
Correria
O segundo tempo começou acelerado. Chances lá e cá. Uma correria que colocou em prova o condicionamento físico. Mesmo assim, nada de gols. A atleticano Ligüera ficou cara a cara com Vanderlei, mas o zagueiro Pereira cortou em cima do lance.
Mudanças, só nos times. Três apenas com 12 minutos. No Coxa saíram Caio Vinicius e Renan Oliveira para as entradas de Marcel e Geraldo, respectivamente. No Furacão, Ligüera deu lugar a Nieto, para o desespero dos torcedores rubro-negros.
A principal arma do Atlético-PR era o lado esquerdo. Os contra-ataques foram concentrados por lá, consequentemente as boas jogadas. Aos 15, Bruno Furlan ficou sozinho com Vanderlei. Na hora do chute, o arqueiro alviverde salvou. Com a necessidade de uma vitória, Oliveira queimou a última substituição com 21 minutos. O volante Gil entrou no lugar de Tcheco.
Do lado do Furacão, os 5.397 torcedores pagantes pediam Harrison no jogo. Pedido atendido, após Carrasco começar a ser chamado de burro por parte dos rubro-negros. O sacrificado foi o atacante Ricardinho. Um minuto depois, Pereira quase acertou o ângulo, após cobrança de escanteio. Rodolfo decolou para dar um tapa na bola.
Enquanto a correria continuava no campo, o próximo pedido dos insistentes torcedores era o atacante Marcelo. Quando novamente começaria ser chamado de burro, o técnico chamou o homem da frente e sacou Bruno Mineiro.
Nos últimos minutos, pressão total do Atlético-PR. Com a expulsão de Jackson, aos 44, o Coritiba se resignou a aproveitar os contra-ataques. Mas, assim como começaram, os dois times não conseguiram tirar o 0 a 0 do placar.