quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Bate-Estaca quer VanZant ou Esparza como nova rival e diz: "Estão correndo"

Brasileira enfrentaria Maryna Moroz no UFC 207, mas luta caiu por conta de lesão. Segundo Jéssica, Gadelha pediu o confronto, mas o Ultimate negou: "Impossível"

Por Rio de Janeiro
Em busca de nova adversária após Maryna Moroz ser retirada do confronto marcado para o UFC 207, dia 30, Jéssica Bate-Estaca acredita a divisão dos palhas está com medo de enfrentá-la. Invicta na categoria até agora, com triunfos contundentes sobre as duras Jessica Penne e Joanne Calderwood, a brasileira ficou perto de encarar Tecia Torres e Angela Hill, mas ambas negaram o confronto. Em entrevista ao Combate.com, ela afirma que se manterá no card do evento e cogita que a solução do Ultimate será trazer alguma lutadora de fora para se tornar sua próxima oponente.
Jéssica Andrade, Jéssica Bate-Estaca, MMA, UFC 203 (Foto: Getty Images)Jéssica Andrade espera definição de adversária para entrar em ação no UFC 207, dia 30 de dezembro (Foto: Getty Images)
- Eu já estou com a passagem comprada, tudo certo, os exames todos feitos. Só estou esperando a adversária. O UFC não teria me mandado a passagem nem todas as outras coisas se não fosse para eu lutar. Vou viajar dia 18 para lá e ficar aguardando a luta. Meu empresário disse que o UFC não deu sinal de vida, mas eles estão buscando a luta, tentando com outras atletas. Provavelmente vão contratar uma nova menina para lutar comigo - disse.
Bate-Estaca tem em mente uma adversária: Carla Esparza. No entanto, ela não acha que a luta vai acontecer. Isso porque a americana, que recentemente foi a publico reclamar da falta de lutas oferecidas pela organização, já "correu" do duelo uma vez e faria isso novamente, em sua opinião. Outra opção que lhe interessa é Paige VanZant, mas Jéssica vê o confronto como improvável.
- Já era para terem definido essa luta, só que elas estão correndo, não querem lutar comigo. Gostaria muito de lutar com a Carla Ezparza, mas provavelmente não vai a acontecer. Pode ser que definam só na última semana. Eu não sei explicar o porquê. Eu acho que é porque sou nova na categoria, tô enfrentando adversárias muito duras. Acho que elas estão com receio de lutar e ter uma derrota no cartel. Entre o top 5, gostaria de lutar com a Carla. Ela já correu uma vez e não quer lutar comigo. Ou a Paige, mas isso nunca vai acontecer. Acho que a Paige é vista como a menininha do UFC. A dona do cinturão é a Joanna (Jedrzejczyk), mas a Paige é a menininha. Se eu lutasse com ela, seria uma luta muito dura e ela se machucaria muito - diz.
Outra opção seria a brasileira Cláudia Gadelha, primeira do ranking da categoria, mas Jéssica também nega que o confronto possa acontecer. Isso porque a brasileira já foi derrotada duas vezes pela campeã da categoria, Joanna Jedrzejczyk, e uma vitória sobre Jéssica, que é a mais cogitada a ter a próxima "title shot", atualmente, não lhe daria uma nova chance.
- A Claudinha pediu a luta, queria muito lutar comigo, já que ela quer ter a possibilidade de lutar pelo cinturão. Falaram para ela que é uma coisa impossível, porque provavelmente eu seria a próxima a lutar com a Joanna e, como ela já teve duas oportunidades, o UFC cortou - disse.
Jéssica não quis desafiar ninguém, e reforçou seu desejo em encarar Carla Esparza ou Paige Van Zant. Além disso, a brasileira mencionou a última concorrente ao título, Karolina Kowalkiewics, como uma possível próxima oponente.

- Acho que continuo com a minha tese de encarar a Carla Esparza, é uma luta muito boa, meu jogo casa com o dela. Ou a Paige. Pode até ser também a Karolina Kowalkiewics, não vejo problema nenhum. Mas eu sou mais de esperar. Se a luta com a Maryna não aconteceu, não era para ser com ela. Comigo, sempre acontece isso, as adversárias sempre se machucam (risos). Vamos esperar.

UFC 207

30 de dezembro em Las Vegas, EUA
CARD DO EVENTO (até o momento):
Peso-galo: Amanda Nunes x Ronda Rousey
Peso-galo: Dominick Cruz x Cody Garbrandt
Peso-pesado: Fabricio Werdum x Cain Velásquez
Peso-galo: TJ Dillashaw x John Lineker
Peso-palha: Jessica Andrade x adversária a ser anunciada
Peso-meio-médio: Mike Pyle x Alex Garcia
Peso-meio-médio: Brandon Thatch x Sabah Homasi
Peso-meio-médio: Tim Means x Alex Cowboy
Peso-meio-médio: Dong Hyun Kim x Tarec Saffiedine
Peso-meio-médio: Johny Hendricks x Neil Magny
Peso-mosca: Louis Smolka x Ray Borg
Peso-médio: Antônio Cara de Sapato x Marvin Vettori
*Estagiário, sob supervisão de Raphael Marinho

Curtinhas: UFC anuncia luta entre Shevchenko e Peña para 28 de janeiro

Lutadores do peso-galo do Ultimate irão medir forças na cidade de Denver, nos EUA

Por Las Vegas, EUA
O Ultimate anunciou, nesta terça-feira, a luta entre Valentina Shevchenko e Julianna Peña, duas das melhores integrantes do peso-galo, para o dia 28 de janeiro, em Denver, nos Estados Unidos. A vencedora do duelo - o principal desta edição - deverá disputar o cinturão da categoria na sequência. Vale lembrar que o título estará em jogo no UFC 207, quando Amanda Nunes defenderá o posto contra Ronda Rousey.
montagem Valentina Shevchenko x Julianna Pena (Foto: EDITORIA DE ARTE)Julianna Peã e Valentina Shevchenko estão escaladas para a próxima edição do UFC em Denver (Foto: EDITORIA DE ARTE)


Shevchenko não atua desde julho, quando venceu Holly Holm - ex-campeã da categoria - no UFC Chicago, por pontos. Invicta na organização, Peña enfileirou quatro adversárias - a última, Cat Zingano, na edição 200, em Las Vegas, no mesmo mês.

UFC
28 de janeiro, em Denver (EUA)
CARD DO EVENTO (até o momento):
Peso-pena: Valentina Shevchenko x Julianna Peña
Peso-médio: Hector Lombard x Brad Tavares
Peso-mosca: Alexandre Pantoja x Eric Shelton
Peso-leve: Jason Gonzalez x J.C. Cottrell
YAMAUCHI ATUA NA ITÁLIA PELO BELLATOR 168
O Bellator adicionou Goiti Yamauchi ao card da edição 168, em Florence, na Itália. O lutador irá encarar Valeriu Mircea, pelo peso-leve, dia 10 de dezembro, segundo anunciou a organização.

O evento conta ainda com uma luta entre dois brasileiros: Philipe "Monstro" Lins encara Kleber Orgulho, pelo peso-meio-pesado.

Aldo diz que UFC "é uma bagunça" e detona Conor e técnico: "São uns m..."

Campeão linear dos penas, brasileiro critica falta de critério do Ultimate para definir
os desafiantes em diversas categorias e cita situações de Khabib, Demian e Jacaré

Por Rio de Janeiro
Não é de hoje que José Aldo não poupa críticas ao Ultimate. Nem mesmo o fato de ter retomado o posto de campeão linear do peso-pena (até 66kg) parece ter mudado a cabeça do brasileiro. Em entrevista exclusiva ao Combate.com, o lutador usou palavras duras ao comentar o modus operandi da companhia para determinar os desafiantes ao título em diversas divisões, e classificou como "uma bagunça" a organização, citando as situações de Khabib Nurmagomedov nos leves (até 70kg), Demian Maia nos meio-médios (até 77kg) e Ronaldo Jacaré nos médios (até 84kg).
- O UFC está uma bagunça faz tempo. Não é só com o Aldo, isso já vem acontecendo bem antes. Isso embaraçou o peso-pena, agora o peso-leve, o Khabib (Nurmagomedov) assinou dois contratos para lutar pelo título e não lutou. Também no 77kg, tem o Demian (Maia) para esperar, o Ronaldo Jacaré já está há muito mais tempo. Para mim tranquilo, fui campeão dominante muito tempo, mas e a situação do Jacaré que toda hora ganha de alguém e dizem que vai lutar pelo cinturão e nunca luta? E pelo jeito parece que nunca vai lutar. A bagunça está generalizada - disparou.
José Aldo UFC MMA (Foto: Raphael Marinho)José Aldo e Dedé Pederneiras rebatem declarações de Conor McGregor (Foto: Raphael Marinho)

Recentemente, Conor McGregor  disse que o cinturão linear de Aldo é "um cinturão de mentira", e o treinador do irlandês, John Kavanagh, disse que era "ridículo" promover o brasileiro ao topo da divisão até 66kg, mas o atleta da Nova União rebateu a dupla.
- Eu sabia que ia virar o campeão, e ele sabe que o que aconteceu comigo naquela luta nunca mais vai acontecer. Era previsto eu me tornar campeão de novo. Não vejo problema algum na maneira como aconteceu, sempre falei que o importante era ter o cinturão na minha cintura. Independentemente de qualquer coisa, sou o campeão. Não estou nem aí para o que o treinador dele fala, quem é o treinador dele? Nem sei quem é. Ele também. Para mim são todos uns m...
Na mesma oportunidade desta entrevista, o técnico de Aldo e da Nova União, Dedé Pederneiras, revelou que, numa reunião recente com Dana White, o presidente do UFC garantiu ter tentado de todas as formas promover uma revanche entre Aldo e Conor, mas sem sucesso com o irlandês.
Confira a entrevista completa:
Combate.com: Há diferença entre ser campeão como na sua chegada ao UFC e agora?
José Aldo: Em nenhum momento deixei de ser campeão, desde a primeira vez que ganhei até a última luta que fiz. Sempre me achei campeão, sou o campeão. Não vejo diferença, a não ser pela experiência, na idade pode ser (diferente). Continuo sendo o mesmo campeão de quando entrei, e agora da mesma maneira também. Foi só uma discussão rápida com o cinturão, mas sabia que ele ia voltar para mim.
Conor McGregor dois cinturões UFC (Foto: Reprodução/Instagram)McGregor tem ostentado dois cinturões mesmo após perder o dos penas (Reprodução/Instagram)
Combate.com: Conor McGregor chamou o seu cinturão de falso, que ele é o verdadeiro dono, e seu treinador, John Kavanagh, classificou como ridículo o fato de o Ultimate te declarar campeão linear. Como lida com esse tipo de declaração?
José Aldo: Acho engraçado. Quando eu era o campeão linear e ele tinha o título interino, ele falava que era o campeão. Se ele quisesse ser o campeão, ele já tinha feito defesa, e ele não fez e nunca quis fazer essa luta. Eu sabia que ia virar o campeão, e ele sabe que o que aconteceu comigo naquela luta nunca mais vai acontecer. Era previsto eu me tornar campeão de novo. Não vejo problema algum na maneira como aconteceu, sempre falei que o importante era ter o cinturão na minha cintura. Independentemente de qualquer coisa, sou o campeão. Não estou nem aí para o que o treinador dele fala, quem é o treinador dele? Nem sei quem é. Ele também. Para mim são todos uns m...
Combate.com: Cinturão teria gosto melhor se viesse com vitória sobre McGregor?
José Aldo: Meu maior sonho sempre foi ser campeão do UFC, e sendo campeão do UFC não importa com quem eu lute. Isso que é válido. Falar na mídia é fácil, mas ninguém sabe que nos bastidores os caras estão tentando botar ele para lutar comigo e ele nunca aceitou, e nunca vai aceitar. Isso que é engraçado, isso ele não fala, isso os fãs não sabem, isso a mídia não sabe, mas foi isso que aconteceu. Desde a última vez que a gente lutou, vocês vão ver as imagens e o Dana (White) e o Lorenzo (Fertitta) foram no vestiário e falaram que a gente poderia lutar direto pela revanche ou fazer uma luta pelo título, que era normal. Enquanto isso, ele sempre negou. Na última vez que eu e Dedé fomos a Las Vegas o Dana falou isso, que já tentou botar essa luta e ele sempre negou. Na mídia é fácil dizer que o cinturão é de brinquedo e o treinador dele falar que não vale. Como não vale? Antes de ser campeão linear eu já era o campeão interino, coisa que uns meses atrás ele era também. Para mim pouco importa (com quem lutar), importante é ser campeão independentemente de qualquer coisa. Sei que ele tem medo de lutar, senão essa luta já era para ter acontecido tem tempo. Se você for ver a história do UFC, o campeão dominante sempre teve uma revanche imediata, só comigo não aconteceu. Por que isso? Isso ninguém vê, ninguém olha. Isso é porque ele nunca aceitou a luta comigo, e ele sempre escolhe um adversário que sabe que tem grandes chances de ganhar.
Combate.com: Dana White falou na reunião em Las Vegas sobre uma possível revanche com Conor?
Dedé Pederneiras: Na reunião, o Dana deixou bem claro para a gente sobre a revanche: “Não posso obrigar ninguém a lutar, já tentei de tudo quanto foi jeito e ele não quer fazer a revanche”. Foi o Dana que deixou isso claro para a gente, não saiu da nossa cabeça. O Dana deixou bem claro que não pode obrigar ninguém a lutar com o outro. Ele pode tentar induzir, oferecer, mas não obrigar. Ele falou: “Não tem como colocar uma arma na cabeça do cara e dizer que vai lutar contigo”. (...) O que causa estranheza para mim é que se você pegar o final da luta do Aldo (com Conor), ele vira para o Aldo e fala assim: “A gente pode tentar isso de novo”. Só que só foi naquele momento. Depois disso nunca mais quis.
José Aldo Connor McGregor UFC 194 (Foto: Getty Images)José Aldo perdeu o título dos penas para Connor McGregor no UFC 194, no ano passado (Foto: Getty Images)

Combate.com: Haviam prometido que uma possível revanche aconteceria após Aldo enfrentar Frankie Edgar.
Dedé Pederneiras: Quando eles quiseram a luta do Frankie (Edgar) com o Júnior, eles tinham na cabeça que o Frankie venceria. Eles já tinham programado na cabeça que o evento em Nova York seria o Conor defendendo o cinturão nos penas, por isso que ficou o embate todo do Frankie dizendo besteira para ele. Isso é uma coisa minha, que acredito. Só que não aconteceu, o Júnior foi lá e venceu de novo. E aí não aconteceu a disputa de cinturão que estava prometida. Mas o Dana agora cumpriu o que ele falou: “Ele (Conor) não vai ficar com dois cinturões. O McGregor hoje em dia bater no peito e dizer que foi o primeiro da história do UFC a ter dois cinturões, ele foi o primeiro porque antes o UFC nunca deixou isso acontecer. Só deixou ele fazer. O Aldo tentou na época campeão dos penas lutar com o Frankie e não deixaram. O Anderson (Silva) tentou ser campeão do 93kg (meio-pesado) mantendo o de 84kg (médios). Isso aconteceu com Conor e não aconteceu com ninguém porque o UFC nunca deixou ninguém fazer. Não tirando dele o mérito da conquista, mas ele só foi o primeiro a fazer e talvez o único porque vende o que vende e o UFC por conta disso deixou ele fazer. Isso é independente dessas habilidades que ele tem ou que os outros têm. Se deixassem, acho que o Aldo teria vencido o Frankie na categoria dos leves, e o Anderson com grandes chances na categoria 93kg. Ele (Conor) seria o terceiro, não o primeiro. Nunca deixaram um cara acumular dois cinturões, e fizeram isso agora, tanto é que tiraram e não deixaram ele se manter com dois cinturões, mas deixaram ele conquistar. Antes não deixaram ninguém.
Combate.com: Encararia uma luta com Conor McGregor pelo cinturão dos leves?
José Aldo: Isso abriu um precedente para todo mundo, não só com José Aldo. Vou em busca disso, todo mundo sabe, está bem claro, mas isso abre um precedente para todo mundo. Se abriu para um, como vai ser diferente para o outro? Não é só o Aldo que está vendo isso hoje em dia e pensando assim. Por tudo o que ele (Dana White) conversou com a gente na reunião, mudou nossa cabeça, literalmente. A reunião foi muito proveitosa.
Combate.com: Chegaram a conhecer algum representante da nova empresa dona do UFC? Acha que eles vão se meter no casamento das lutas?
Dedé Pederneiras: Na verdade, a gente chegou a conhecer quando chegamos (na reunião), mas ele tinha uma outra reunião em cima da hora e acabou que não podendo ficar. Ele se apresentou e depois teve que sair (...). Eles não vêm com essa expertise, a expertise deles não é essa, o casamento de lutas vai continuar com o UFC, acredito eu. Não tem porque mudar. Os caras estão metidos em lutas há 50 anos e eu faço show de rock, não posso querer casar luta. Posso até ter uma vontade, "ah, coloca João com Manoel, coloca os dois para brigar", mas se eles se meterem vão dar um tiro no pé, o que não acredito. Devem manter o grupo que trabalha com isso.
Dana White; UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Dana White teria tentado casar, sem sucesso, revanche de Aldo com Conor (Evelyn Rodrigues)
Combate.com: Aldo, o Max Holloway lhe fez muitas críticas e o acusou de covardia. Como viu suas declarações na semana passada?
José Aldo: Ele está muito próximo de disputar o cinturão, está há anos buscando isso. Pra mim não tem problema nenhum, todo mundo sabe o que vai acontecer. Isso não é problema meu, se aconteceu não foi o Aldo que fez, importante que sou o campeão e se ele vencer a próxima luta é com ele. Então não estou nem aí para o que ele fala, não assisto.
Combate.com: Por outro lado, a postura do Anthony Pettis antes de enfrentar o Holloway foi de respeito a você.
José Aldo: Cada um se vende da maneira que acha certo. Não posso falar por eles, falo pelo Aldo. Como o Aldo é o campeão, está esperando pelo próximo adversário.
Combate.com: Tony Ferguson, segundo do ranking dos leves, sinalizou com possível descida para os penas e luta com Aldo.
José Aldo: Com tudo isso que vem acontecendo nos últimos tempos com o UFC, agora todo mundo (se vê no direito), não é só o Ferguson. Todo mundo está vendo, diferente de mídia e fãs comentarem o que querem. Não, nós estamos sabendo o que está acontecendo lá dentro, a real situação. Por causa disso abre precedente para todo mundo. Hoje em dia quem tem um pouco de inteligência vai tentar ganhar o máximo possível dentro do UFC.
Combate.com: Acredita que essa situação de lutadores em diferentes divisões é boa ou ruim?
José Aldo: É uma bagunça, o UFC está uma bagunça faz tempo. Não é só com o Aldo, isso já vem acontecendo bem antes. Isso embaraçou o peso pena, agora o peso leve, o Khabib (Nurmagomedov) assinou dois contratos para lutar pelo título e não lutou. Também no 77kg, tem o Demian (Maia) para esperar, o Ronaldo Jacaré já está há muito mais tempo. Para mim tranquilo, fui campeão dominante muito tempo, mas e a situação do Jacaré que toda hora ganha de alguém e dizem que vai lutar pelo cinturão e nunca luta? E pelo jeito parece que nunca vai lutar. A bagunça está generalizada. Agora, basta o cara ter um pouco de inteligência e tirar proveito da situação.
Combate.com: O que faria diante dessa bagunça se fosse presidente do UFC?
José Aldo: Eu como presidente? Lógico que ia botar cada macaco no seu galho. Se você quer "aqui", primeiro tem que defender "aqui". Assim que tem que ser. Tem um ranking que nunca serviu de porra nenhuma, sempre foi o que eles quiseram, só serve para mídia e fãs. Eu como presidente vou valorizar meu bolso, isso que é importante, não estou nem aí. Querendo ou não, o patrão vai ganhar em cima do funcionário, e os funcionários somos nós. O quanto puderem tirar dinheiro dos atletas vão fazer. Se eu fosse presidente, faria o mesmo.