quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Na reedição da semifinal da Copa do Brasil, Vasco vence Avaí outra vez Apesar de não ter tido o mesmo brilho, Gigante da Colina repete o placar, encosta nos líderes e deixa o clube catarinense em situação muito difícil

A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
A atuação nem de longe relembrou aquela que deu a classificação para a final da Copa do Brasil. Mas, apesar de não ter brilhado, o Vasco fez o suficiente para vencer novamente o Avaí na Ressacada e encostar ainda mais nos líderes, consolidando de vez a briga pelo título do Campeonato Brasileiro, único objetivo do clube já que já está com vaga garantida na Libertadores. Com gols de Diego Souza e Dedé, o Gigante da Colina repetiu o placar e venceu por 2 a 0.
A derrota foi péssima para o Avaí, que segue firme na zona de rebaixamento. A todo instante a torcida dos donos da casa pedia a saída do técnico Alexandre Gallo, que está em situação delicadíssima. Foi a terceira derrota consecutiva do clube de Florianópolis.
O Vasco, que chegou a 33 pontos, volta a entrar em campo no próximo domingo no clássico contra o Fluminense, às 18h (de Brasília), no Engenhão. Já o Avaí, que permanece com 13 pontos, enfrenta o Coritiba, novamente na Ressacada, às 16h (de Brasília), também no domingo.
Diego Souza volta a marcar na Ressacada
Os dois times entraram modificados. O Vasco contava com os retornos de Dedé e Diego Souza, além do retorno de Alecsandro. Já o Avaí veio bem ofensivo com a entrada de Dinélson e apenas com Bruno como homem de marcação no meio-campo. E no início o equilíbrio foi a palavra que marcou o confronto. A jogada preferida de ambas as equipes eram as escapadas pela direita.
Diego Souza comemora gol do Vasco contra o Avaí (Foto: Antônio Carlos Mafalda/Agência Estado)Assim como na Copa do Brasil, Diego Souza marcou um gol (Foto: Antônio Carlos Mafalda/Agência Estado)
Conhecedor da ofensividade do lateral-esquerdo Julinho, ex-jogador do clube, o técnico Alexandre Gallo forçava as jogadas pelo setor com dois objetivos: impedir o avanço do vascaíno o deixando encurralado e tentar surpreender a defesa. Consequentemente, Fagner era quem mais avançava tentando construi jogadas com o auxílio de Eder Luis, que estava jogando atrás do meio-campo deixando Alecsandro e Diego Souza como uma verdadeira dupla de ataque.
As intenções eram boas, mas não davam resultado. O Avaí esbarrava na falta de qualidade e na pressão da torcida, que está ávida por bons resultados para que o clube deixe a zona de rebaixamento. Já o Vasco passou a afunilar as jogadas pelo meio. Alecsandro até que se esforçava, mas não conseguia dar continuidade e acabava parando na marcação. Os lances de perigo foram isolados. Uma bobeada da zaga vascaína com Fernando Prass fez com que a bola sobrasse limpa para Cleverson. Mas Dedé se recuperou e salvou. Jumar também quase surpreendeu em chute de longe.
O primeiro tempo caminhava a passos largos para um 0 a 0. Mas foi só o Vasco se arrumar e passar a voltar a jogar pelas pontas que acabou abrindo o placar. Após belíssimo passe de Fagner, Diego Souza novamente deixou sua marca na Ressacada. Assim como na semifinal, o camisa 10 deu apenas um toque sutil para marcar. O Vasco ainda teve chance de ampliar erm contra-ataque, mas Romulo mostrou porque não é atacante ao chutar para fora uma bola na cara do gol.
Em grande fase, Dedé amplia
O Avaí voltou com duas modificações tentando mudar o panorama da partida. No entanto, todas as vezes que partiu para o ataque foi na base do desespero. Pressionado pela torcida e pela situação na tabela, o time catarinense não conseguia colocar a bola no chão e desenhar as jogadas com calma. Eles até conseguiram levar algum perigo, mas sempre na base do bate e rebate.
Enquanto isso, o Vasco fazia justamente o contrário. Com padrão tático estabelecido e bem treinado por Ricardo Gomes, o time mostrava de sobra a calma que faltava ao Avaí. Na defesa, Dedé e Anderson Martins ganhavam praticamente tudo. No meio, Juninho Pernambucano ditava o ritmo com passes e lançamentos. Na frente, Alecsandro e Eder Luis se esforçavam e, mesmo sem fazer boa partida, tentavam ajudar.
Foi essa calma que ajudou o Vasco a chegar ao seu segundo gol. Em cobrança de escanteio, a defesa do Avaí vacila e a bola sobra limpa para Dedé marcar. Foi seu sétimo gol na temporada, confirmando o grande momento que ele vem vivendo, podendo, inclusive, voltar a ser convocado para a Seleção Brasileira nesta quinta-feira.
Após o gol, o desespero do Avaí aumentou e o Vasco passou a administrar o resultado. Ricardo Gomes lançou Fellipe Bastos no lugar de Juninho Pernambucano para evitar um desgaste maior. Eder Luis também deixou o campo para a entrada de Leandro. Kim também fez sua estreia no lugar de Diego Souza. Os três entraram com disposição, mas o placar já estava sacramentado.
Rafael Moura toma conta do jogo, Flu vence o Figueirense e encontra paz
Com dois gols e uma assistência, He-Man é decisivo em triunfo tricolor por 3 a 0, no Engenhão. Estreante Lanzini é surpresa e tem atuação destacada
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
Enfim, tempo de paz. Depois de dez dias de pressão, duas derrotas (América-MG e Grêmio) e protesto de torcedores pedindo a cabeça de Abel Braga, o Fluminense reencontrou o caminho da vitória – com direito a atuação de gala no segundo tempo. Em noite destacada do estreante Lanzini e, principalmente, de Rafael Moura, o Tricolor recebeu o Figueirense nesta quarta-feira, no Engenhão, e aplicou um convincente 3 a 0, pela 17ª rodada do Brasileirão.
rafael moura fluminense x figueirense (Foto: Caio Amy/Photocamera)Lanzini e Rafael Moura comemoram gol do Flu: dupla esteve em grande noite (Caio Amy/Photocamera)
Com uma assistência, dois gols e uma cabeçada na trave, o He-Man, que substituiu Fred, vetado por sentir dores musculares - com direito à faixa de capitão -, chamou o jogo para si e decidiu. Edinho, em bonito chute de fora da área, já havia aberto o placar. O triunfo deixa o Flu com 50% de aproveitamento (oito vitórias e oito derrotas), com 24 pontos, a oito do G-4. O próximo compromisso é diante do Vasco, domingo, às 18h (de Brasília), novamente no Engenhão.
Já o Figueirense estacionou nos 23 pontos. Os catarinenses até tiveram boa atuação, mas pararam na boa exibição de Diego Cavalieri e sucumbiram diante do segundo tempo avassalador do adversário. Sábado, a equipe tem mais um compromisso fora de casa, contra o Corinthians, às 18h, no Pacaembu.
Lanzini estreia e se destaca
Com cinco alterações, três no meio-campo, o Fluminense entrou no gramado com a obrigação de vencer tanto para aliviar a pressão do torcedor como para seguir sonhando com a parte de cima da tabela. Pela frente, porém, encontrou um Figueirense bem armado e que soube levar perigo nos vacilos da defesa tricolor. Com estratégias diferentes e bem definidas, catarinenses e cariocas até levaram perigo ao gol adversário na primeira etapa, mas não saíram do zero.
Encurtando os espaços já no campo ofensivo, o Figueirense dificultou a saída de bola do Flu desde os minutos iniciais. Com dois volantes de marcação, Edinho e Valencia, o Tricolor tinha dificuldade nos passes, demorava para se encontrar em campo e dava oportunidades para a dupla de ataque Somália e Julio Cesar assustar. A válvula de escape estava nas laterais, e foi por ali que, a partir dos 10 minutos, a equipe de Abel Braga encontrou espaços para respirar.
Mais uma vez bem em campo, como na derrota para o Grêmio, Carlinhos chamou o jogo e chegou até mesmo a balançar a rede, aos 13, em chute de direita. No meio do caminho, porém, Rafael Moura, em posição irregular, fez o corta-luz, e a arbitragem invalidou o lance. Surpresa na escalação, Lanzini, que estreou com a camisa tricolor e substituiu Souza, passou a encontrar espaços com a equipe já mais ofensiva e se destacou.
Com boas arrancadas, o argentino descolou bons passes e chutes. Foi o melhor em campo na primeira etapa. O domínio carioca, por sua vez, era colocado em risco nas bobeadas dos volantes e zagueiros. Em uma dessas, Elias desarmou Edinho e chutou forte para boa defesa de Diego Cavalieri, que garantiu o 0 a 0 na descida para o intervalo.
Flu volta com ‘fome’ e atropela
Com 45 minutos para mudar o clima nas Laranjeiras, o Fluminense voltou para o segundo tempo sem dar chance para o azar (nem para o Figueirense). Bastaram cinco minutos para o Tricolor atropelar e garantir a oitava vitória no Brasileirão. Aos três, Rafael Moura fez bem a jogada de pivô e rolou para Edinho. O volante bateu com força da entrada da área para abrir o placar: 1 a 0.
E o He-Man estava impossível. Dois minutos depois, ele aproveitou bobeada de João Paulo, arrancou em direção a área e teve calma para encher o pé no momento certo e ampliar. A desvantagem no placar fez o Figueira partir com tudo para o ataque. A avalanche quase deu certo: Somália, Julio Cesar, João Paulo e Juninho tiveram boas oportunidades, mas pararam em Diego Cavalieri, novamente em grande noite.
Com o adversário disposto a tudo pelo empate, o Flu passou a jogar com inteligência e explorar contra-ataques. Boas oportunidades foram desperdiçadas, até que, aos 23, Rafael Moura, mais uma vez, encontrou as redes. Mariano passou como um foguete pela direita e cruzou na medida na cabeça do He-Man, que saltou e testou firme no canto esquerdo de Wilson: 3 a 0.
A goleada fez com que o Figueirense praticamente abrisse mão do ataque para evitar um placar ainda maior. E não foi nada fácil. Rafael Moura estava em noite iluminada. Além dos dois gols e uma assistência, ele acertou a trave e finalizou outras quatro vezes. Deixou uma pulga atrás da orelha de Abel Braga para o clássico com o Vasco domingo. Com a volta de Fred, ele fica no time? A resposta, em quatro dias.
Em noite infeliz de Victor, Ceará vence e deixa o Grêmio perto do Z-4
Alvinegro segue sem perder em casa para o Tricolor em jogos do Brasileirão
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
O Grêmio abusou dos erros, especialmente o goleiro Victor no segundo tempo, e foi castigado. O Ceará, que nada tem a ver com isso e fez uma boa partida, aproveitou-se muito bem para ser premiado com a tranquila vitória de 3 a 0, nesta quarta-feira, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. Assim, a equipe cearense manteve a escrita de nunca ter perdido em casa para o time gaúcho em jogos da Série A. A única vez que o Tricolor venceu o Ceará, em Fortaleza, foi em 2005, pela Série B (4 a 3).
O resultado alçou o Vovô para os 22 pontos, enquanto que o Grêmio, estacionado nos 18, continua próximo da zona do rebaixamento. O próximo jogo do Ceará é contra o Cruzeiro, sábado, às 18h, no Parque do Sabiá, em Uberlândia (MG). O do Grêmio está marcado para domingo, às 16h, contra o Atlético-GO, no Serra Dourada, em Goiânia.
Ceará domina e vai para o vestiário em vantagem
O primeiro ataque da partida foi do Grêmio, mas o Ceará que chegou perto do gol logo em seguida, com Marcelo Nicácio perdendo ótima chance. A partir daí houve uma sucessão de erros de parte a parte, mas com o time da casa mais incisivo no ataque. O Grêmio não conseguia articular uma jogada ofensiva, porque dificilmente acertava três passes seguidos, e o Alvinegro foi se acertando. Com isso, as chances foram aparecendo para o time da casa, principalmente em arremates de fora da área.
Douglas, com seu calção de jogador de basquete, era de uma inoperância impressionante quando achou Lucio na área, mas a melhor chance de gol para o Tricolor foi por cima do gol de Diego, já com mais de meia hora de partida. No entanto, o número de finalizações demonstrava a superioridade do Alvinegro: 8 a 2. Pouco depois, na nona conclusão do Ceará, Eusébio acertou um míssil de longe e pôs justiça no placar: 1 a 0 para a equipe da casa.
Após o gol, o Vovô abdicou do ataque e se recolheu um pouco. Sorte do Alvinegro que a noite não era do Grêmio, nem de Douglas, que perdeu uma chance incrível de frente para o goleiro: em vez de cabecear, deixou a bola bater em seu ombro direito e ir por cima da baliza. O chute de raiva na trave demonstra o que o meia gremista sentiu. Só no finzinho da etapa inicial o Ceará voltou a ameaçar, em chute de Egídio.
Segundo tempo
Para a etapa final, o técnico celso Roth pôs Marquinhos, destaque na vitória sobre o Fluminense, para ajudar Douglas na armação do Grêmio. Porém, mal a bola rolou o Ceará marcou o segundo, com Nicácio, após belíssima jogada de Thiago Humberto e falha de Victor e Rafael Marques.
Depois deu para ver que a entrada do meia carequinha deixou a equipe gaúcha com mais criatividade. Tanto que ele próprio perdeu ótima chance aos 7. O Tricolor passou a buscar o gol com um apetite que não demonstrara na etapa inicial, mas obviamente abriu espaços para os contra-ataques alvinegros.
Maior prova da melhora do Grêmio estava no equilíbrio de finalizações:12 a 11 para o Ceará, antes da metade da etapa final, sendo que o primeiro tempo havia acabado com 10 a 3 para o time da casa. No entanto, Victor voltou a vacilar e as chances do time gaúcho na partida foram por água abaixo. O goleiro errou uma saída de bola recuada por Rafael Marques e, na sequência, Nicácio aproveitou sobra de boa defesa de Victor e marcou o terceiro, para delírio da animadíssima torcida alvinegra.
A partir daí, o Grêmio pouco pôde fazer, embora mantivesse a luta pela - e com - a bola, enquanto que o Ceará com tranquilidade ia segurando o resultado, sem deixar de organizar perigosos contra-ataques. Nestes momentos Victor até fez grandes defesas, mas o estrago já estava feito.
 
Com gol no fim, Atlético-PR vence o Cruzeiro na Arena da Baixada
Equipes empataram no primeiro tempo, mas o Rubro-Negro perseguiu o gol até o final e Cleber Santana marcou aos 44 da etapa final 
A CRÔNICA
por Fernando Freire
Com gol aos 44 minutos do segundo tempo, o Atlético-PR venceu o Cruzeiro por 2 a 1 na 17ª rodada do Campeonato Brasileiro, na noite desta quarta-feira, na Arena da Baixada. Marcinho, que defendeu o Cruzeiro entre 2007 e 2008, abriu o placar para o Furacão após cruzamento de Edílson. Com assistência de Vitor, Wellington Paulista marcou o gol de empate ainda no primeiro tempo. O gol da vitória foi marcado por Cleber Santana, aos 44 da etapa final.
O Atlético-PR está com 16 pontos e sobe para a 16ª posição, mas ainda depende do complemento da rodada para se manter fora da zona de rebaixamento. Já a Raposa segue com 21 pontos e cai para o 12º lugar. Os times voltam a campo no fim de semana. No sábado, o Cruzeiro recebe o Ceará no Parque do Sabiá, em Uberlândia-MG. Já no domingo, o Furacão encara outro mineiro: pega o América, às 18h, novamente na Arena da Baixada.

marcinho comemora gol do atlético-pr sobre o cruzeiro (Foto: Joka Madruga/Agência Estado)Marcinho comemora o primeiro gol do Atlético-PR sobre o Cruzeiro  (Foto: Joka Madruga/Agência Estado)
Dois gols de cabeça: 1 a 1
O Atlético-PR entrou em campo com três alterações em relação ao empate com o São Paulo, no último sábado. Cleber Santana e Kleberson voltaram ao time após cumprir suspensão. Na frente, Edigar Junio ganhou a vaga de Morro García, que sentiu dores no pé e foi poupado. Empurrado pela torcida, o Furacão dominou os dez minutos iniciais. Marcinho e Manoel foram os primeiros a assustar o goleiro Fábio.
Depois da pressão do time da casa, o Cruzeiro - que repetiu a escalação da goleada sobre o Avaí, também no sábado - conseguiu equilibrar a partida e quase abriu o placar com Anselmo Ramon. O camisa 11 aproveitou escorregão de Manoel e bateu para boa defesa de Renan Rocha. Na sequência, Montillo entrou livre na área e tocou por cobertura, direto para fora. O argentino voltou a assustar em cobrança de falta, mas o arqueiro atleticano fez nova intervenção.
Depois de boas oportunidades desperdiçadas, cada equipe marcou um gol. O Atlético-PR fez 1 a 0 com Marcinho. Ele aproveitou cruzamento de Edílson e desviou de cabeça, sem chance para Fábio, que só olhou a bola balançar a rede. O Cruzeiro chegou à igualdade com Wellington Paulista. Também de cabeça, ele finalizou forte. Renan Rocha ainda tentou, mas não evitou o gol mineiro.
Cleber Santana decide
Os dois times voltaram sem mudanças para o segundo tempo. Mas, diferente do primeiro, quem começou melhor foi o Cruzeiro. Da entrada da área, Wellington Paulista e Montillo chutaram perto da meta atleticana. O Rubro-Negro conseguiu equilibrar o jogo e levou perigo ao gol de Fábio com Marcinho e Kleberson, duas vezes - o goleiro defendeu ambas.
A partida começou a mudar aos 23 minutos, quando Anselmo Ramon cometeu falta em Fabrício e recebeu o segunco cartão amarelo. O técnico Renato Gaúcho aproveitou para trocar um volante por um atacante - Kleberson por Adaílton. Joel Santana sacou Roger para a entrada de Gilberto, que atuou como um ala esquerdo - setor pelo qual o Furacão era perigoso, com Edigar Junio.
O jogo, que era equilibrado, passou a ter domínio rubro-negro. Madson bateu forte e obrigou Fábio a fazer difícil defesa. Depois, Cleber Santana e Madson pararam na marcação cruzeirense. O desespero do Atlético-PR era tão grande que o volante Fransérgio entrou para atuar como centroavante. A pressão deu resultado. Aos 44 minutos, Cleber Santana recebeu de Wagner Diniz, cortou o zagueiro e bateu cruzado - 2 a 1. O público total de 16.607 (foram 14.977 pagantes, para uma renda bruta de R$ 215.450,00) não esperou nem o apito do árbitro para comemorar a nova fase do Furacão.
 

Luxa teme perder R10 contra Timão: 'Tem que jogar de qualquer jeito'

Para o treinador do Fla, rodada do Brasileirão tem que ser adiada caso jogadores que atuam no país sejam convocados para amistoso contra Gana

Por Janir Júnior Rio de Janeiro
ronaldinho gaúcho treino flamengo (Foto: Alexandre Vidal/Fla Imagem)Luxemburgo quer Ronaldinho contra o Corinthians
(Foto: Alexandre Vidal/Fla Imagem)
Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Ronaldinho Gaúcho não enfrenta o Atlético-GO, nesta quinta-feira, às 21h, no Engenhão. Nas quatro partidas que ficou sem o jogador, o Flamengo venceu uma e empatou três. E o técnico Vanderlei Luxemburgo deixou clara sua preocupação com uma possível nova ausência do craque: caso Ronaldinho apareça na lista que Mano Menezes divulgará nesta quinta para o amistoso contra Gana, dia 5 de setembro, ele poderia perder o atleta para duas partidas: diante de Bahia (dia 4, no Engenhão) e Corinthians (dia 7, no Pacaembu). Precavido, o treinador destaca que a diretoria terá que agir para evitar que isso aconteça.
- O Ronaldinho tem que jogar no dia 7 de qualquer jeito, não pode perder esse jogo. Já passei isso para a diretoria. Agora, só tem um turno para acabar o campeonato. Cada jogo que passa, é menos um para ganhar o Brasileiro. Por isso, falo em bom senso. Se chamarem jogadores do Brasil, o ideal seria adiar a rodada para não trazer prejuízo aos clubes, que fizeram investimentos altos – declarou Luxa.
Com seu discurso habitual, o técnico destacou que a convocação de Ronaldinho depende da vontade e atuações do jogador
- Quem determina se quer ou não é o Ronaldinho. No momento, ele está fazendo jus ao nome que carrega. Quando não jogou bem, meteu para dentro, deu passe decisivo. Ele é muito talentoso, mas não podem querer dele arrancada de 40 metros. Ele agora atua num espaço reduzido no ataque.
Vanderlei Luxemburgo ressaltou ainda que o camisa 10 tem que manter o gostinho de fazer gols. O jogador é artilheiro do Brasileirão, com nove.
-. O Ronaldinho preferia sair sorrindo quando era garçom para os outros marcarem. Ele tem que gostar de fazer gol. Atacante que não gosta de fazer gol está roubado – completou o treinador.

Presidente da FIA, Jean Todt defende ida da F-1 para mercados emergentes

Ex-chefe da Ferrari comenta momento dos ex-comandados Massa e Schumi

Por Alexander Grünwald e Renato Peters São Paulo
De passagem pelo Brasil para promover uma campanha pela segurança no trânsito, o presidente da Federação Internacional de Automobilismo, Jean Todt, analisou a nova realidade da Fórmula 1. Em uma entrevista exclusiva, a maior autoridade do esporte a motor do planeta falou sobre a tendência da categoria em realizar GPs em países com pouca tradição no universo das corridas e do expressivo número de ultrapassagens gerado pelas novas regras. O ex-diretor esportivo da Ferrari também comentou o momento nada favorável de seus antigos pilotos, Michael Schumacher e Felipe Massa.
fórmula 1 Jean Todt  (Foto: Getty Images)Jean Todt, presidente da FIA, acredita na importância da Fórmula 1 em novos mercados (Foto: Getty Images)
GLOBOESPORTE.COM: As novas regras, que foram aplicadas para gerar um aumento no número de ultrapassagens, enfrentaram a resistência de alguns fãs quando entraram em vigor. O senhor as vê como positivas para a categoria?
Jean Todt: Este é um dos papéis da Fórmula 1, desenvolver novas tecnologias, como a recuperação de energia cinética, algo que você pode encontrar futuramente em um carro de rua. Penso que é absolutamente essencial que o carro de corrida contribua para a melhoria dos nossos carros de passeio. Sobre a asa móvel, tem se demonstrado muito eficiente na tarefa e aumentar as ultrapassagens. Muitas pessoas concordavam que não havia ultrapassagens suficientes na Fórmula 1. A influência dos pneus do novo fornecedor também tem sido decisiva, então fizeram um bom trabalho neste sentido. Todo este pacote, com Kers, a asa móvel e os novos pneus tornaram as corridas espetaculares.
Nos últimos anos, diversos países sem tradição no esporte a motor ganharam o direito de receber GPs, enquanto algumas provas tradicionais, como Bélgica e Alemanha, enfrentam problemas financeiros para a realização de suas corridas. Esta Fórmula 1 mais globalizada não corre o risco de se afastar de suas raízes?
É essencial mesclarmos corridas em pistas históricas, como Silverstone, Monte Carlo e Interlagos, com novos países. O mundo está mudando, e hoje é crucial haver GPs em praças como Cingapura, Malásia, China, Coreia e India. Não é necessariamente uma nova Fórmula 1, mas atualmente há muito interesse nos países em ascensão, que atraem muita atenção da mídia, como Abu Dhabi, que tem apresentado uma organização primorosa em seu evento. Temos muito interesse em visitar a Índia, e no próximo ano estaremos de volta à América do Norte, com a prova do Texas. Queremos uma prova na Rússia, então todos estes países serão cobertos pelo calendário da Fórmula 1. Com a proibição dos testes durante a temporada, criou-se uma nova fonte de custos, com o desenvolvimento dos carros em simuladores e túneis de vento. Qual o melhor caminho para a categoria? Às vezes vemos muitos excessos na Fórmula 1. Não limitar os testes era algo muito dispendioso, mas agora, sem testes desde o início até o fim da temporada, também não é bom. Saímos de um extremo ao outro. Neste cenário de excessos, estamos estudando introduzir testes no meio da temporada, utilizando jovens pilotos, o que seria benéfico para todos.
fórmula 1 Jean Todt  (Foto: Getty Images)Jean Todt ao lado de Massa e Kimi Raikkonen
no GP do Brasil de 2007 (Foto: Getty Images)
O que acontece com Felipe Massa?
É muito difícil, para mim, dizer o que está havendo. Felipe é um ótimo piloto, uma grande pessoa. Quase conquistamos um título juntos em 2008, quando ele venceu de forma magistral no Brasil. Infelizmente, tivemos problemas no pit stop na corrida de Cingapura, e também uma quebra a poucas voltas do fim quando ele liderava na Hungria. Se não fossem os nossos problemas, sinto que provavelmente ele teria vencido. Depois ele sofreu um terrível acidente em Budapeste, que quase tirou sua vida, mas escapou por milagre e pôde voltar em 2010. Creio que ele tenha tido alguma dificuldade no início, ainda mais tendo como companheiro um dos melhores pilotos do mundo, o Fernando Alonso. Estou convencido que ele voltará em breve à velha forma, e ele merece isso.
Como antigo chefe de Felipe, o senhor teria algum conselho a dar?
Gosto muito do Felipe, o conheci quando ainda disputava um campeonato numa categoria de base na Itália. Naquela época observei seu trabalho cuidadosamente e o contratei para fazer parte de programa de pilotos da Ferrari. Ele se tornou piloto titular por ser um dos mais talentosos de sua geração. É um grande cara, e realmente espero, por ele e pelo, Brasil que Felipe volte aos seus melhores dias. Mas agora sou presidente da FIA, portanto não estou envolvido em seu dia a dia.
Michael Schumacher é outro piloto que o senhor conhece muito bem. Diante dos resultados ruins, seu retorno à Fórmula 1 foi uma decisão errada?
Para o esporte foi muito bom ter um grande piloto como Michael voltando à cena, naturalmente criou muita expectativa. Ele está entre os grandes campeões da história, venceu sete campeonatos na Fórmula 1, cinco deles pela Ferrari, e decidiu encerrar sua carreira aos 38 anos de idade. Sempre ligado em velocidade, se interessou pelas corridas de moto, mas elas são muito perigosas, e teve até alguns acidentes. Michael enfrentou algumas dificuldades em seu retorno no ano passado, mas o sucesso na Fórmula 1 depende de uma série de combinações. Você precisa ser um grande piloto e estar no melhor carro, em um dos melhores times. Acredito que a Mercedes tenha pessoas talentosas, que sejam capazes de fazer uma máquina à altura se seu talento, mas no momento ele não está guiando um dos melhores carros. Atualmente os resultados têm sido desapontadores, mas tenho certeza de que, em um carro vencedor, ele possa demonstrar do que é capaz.
fórmula 1 Jean Todt  (Foto: Getty Images)Ao lado de Stirling Moss, ex-piloto, e Bernie Ecclestone, chefe comercial da Fórmula 1 (Foto: Getty Images)
Como o senhor avalia esta temporada?
No início parecia haver um domínio de apenas um time, com a bela combinação entre Sebastian Vettel e a RBR. Porém, de quatro ou cinco corridas para cá, as coisas estão mais competitivas. Já temos quatro vencedores diferentes a esta altura, e espero boas disputas para as próximas corridas. Vettel tem muito talento, mas está guiando um carro muito bom. No momento, ele e a equipe têm se mostrado a melhor combinação, especialmente pelo que fizeram no início da temporada.
O que se pode esperar para o futuro da Fórmula 1?
A Fórmula 1 é um dos esportes mais populares do mundo, desperta muito interesse por onde passa. Sempre estamos vendo algum país querendo sediar um GP. Estou muito feliz em visitar o Brasil hoje e saber que há algo em torno de 45 milhões de pessoas assistindo às corridas, isso é fascinante. O Brasil receberá o último GP da temporada, e imagino que seja um sucesso novamente. Falando pela FIA, que é responsável por todo o esporte a motor no mundo, é importante que estejamos envolvidos em ações pela segurança nas ruas e estradas. É uma parte essencial associar isso ao esporte. O Brasil é um país muito grande, tem 200 milhões de pessoas, e todos os anos 25 mil pessoas morrem no trânsito, enquanto 300 mil pessoas ficam feridas. Espero realmente que diversas ações sejam planejadas e aplicadas para salvar vidas

Brasil Afora: Santa Cruz genérico tem Tiririca, Mussum e Miguel Falabella

Apelidos ditam o clima do time do Rio Grande do Norte que, em oito anos de existência, já garantiu título do turno estadual e vaga na Copa do Brasil

Por Mariana Kneipp Direto de Olinda, PE
O nome é Santa Cruz, mas não é o do Recife. No elenco, tem Tiririca, Mussum e Miguel Falabella. Talento musical ou artístico? Nenhum. Vocação para a política, então? Longe disso. No Santa Cruz-RN, é o humor que dá o suporte para o crescimento do time. Em oito anos de existência, já soma título do primeiro turno do Campeonato Potiguar, classificação para Copa do Brasil e vice-liderança do grupo A3 da Série D. Com brincadeiras e apelidos presentes na rotina do time, o Gavião do Trairy quer deixar de ser chamado de genérico para virar protagonista e levar cada vez mais sorrisos à torcida da cidade de cerca de 35 mil habitantes, localizada a 115km de Natal (RN).
jogadores do Santa Cruz-RN Brasil Afora (Foto: Mariana Kneipp / GLOBOESPORTE.COM)'Tiririca',  'Mussum',  'Adamastor Pitaco' e 'seu Madruga'  (Foto: Mariana Kneipp / GLOBOESPORTE.COM)
Nos treinos no Iberezão, estádio municipal de Santa Cruz, é possível ouvir de longe as risadas dos torcedores. Em campo, lá estão Miguel Falabella, ou melhor, Isaías, defendendo, e seu Madruga, mais conhecido como o volante Robson, tocando para o “Mestre dos Magos” Hercules. Logo a bola chega para “Adamastor Pitaco” Rafinha, que cruza para Mauricio “Mussum” Pantera dar belo passe para o gol de Cristiano “Tiririca”.
- Rapaz, nunca vi um time para ter tanto apelido como esse aqui (risos). Mas é bom porque são brincadeiras sadias. E isso ajuda muito a deixar todo mundo mais unido. É o segredo para o sucesso. Somos genéricos, mas somos bons – disse Mauricio Pantera, que já marcou dois gols em quatro jogos pela Série D.
Até mesmo o técnico entra na brincadeira. Mas, apesar de Tiririca achar que ia ser “bom demais”, Paulo Ricardo Moroni se nega a fazer um dueto musical para homenagear seu homônimo, vocalista da banda RPM.
- Eu não canto nada, não. São eles que têm que dar show dentro de campo – afirmou, com um sorriso tímido, o treinador, zagueiro do Vasco nos anos 80.
Até um José Wilker já apareceu no time. Com nome de batismo mesmo. Mas o jogador  fez uma rápida participação e já deixou o Gavião.
A questão do apelido é tão marcante no time que tem jogador que prefere deixar o nome de lado. É o caso do zagueiro Marcelessandro. As 14 letras dão trabalho. Na camisa - e no trato com o atleta - só Marcelo já está de bom tamanho para ele.
Tiririca se revolta com Twitter falso
Somos genéricos, mas somos bons "
Maurício Pantera
Quem também não pensa em largar o apelido de jeito nenhum é Cristiano Tiririca. O atacante, que até já ganhou música da torcida, lembra a origem da brincadeira.
- Quando eu tinha 13 anos, jogava no Remo e fazia muita palhaçada. Na época, eu alisava o cabelo para baixo e usava boné. Pronto, começaram a me chamar de Tiririca (risos). Agora já tem até música da torcida: “Ele é palhaço, goleador, uh terror, Tiririca é matador.” Rapaz, como eu me divirto com isso – brincou.
Uma coisa, porém, tirou o sorriso do rosto de Tiririca. Criaram uma conta de Twitter falsa para o jogador. Lá, escreviam mensagens como “o gol do Pato contra o Equador na Copa América foi inspirado em mim” e “Sou bom demais, seus abestados”. Frases que o atacante nega ter dito.
- Imagina se eu ia dizer que o Pato me imitou. Esse negócio aí me deu muito problema, mas já resolvi – afirmou.
Orçamento é 20 vezes menor que o do Santa Cruz-PE
técnico do Santa Cruz-RN Brasil Afora (Foto: Mariana Kneipp / GLOBOESPORTE.COM)Técnico Moroni quer levar Santa à Série C
(Foto: Mariana Kneipp / GLOBOESPORTE.COM)
O clima também fica mais sério quando o técnico Moroni lembra das dificuldades de um time que disputa a Série D do Brasileirão. Com uma verba municipal de R$ 10 mil - o orçamento do Santa Cruz-PE é 20 vezes maior (R$ 200 mil) - e ajudas pontuais de empresários, o Gavião do Trairy luta para manter a equipe em competições.
- Ninguém quer ficar desempregado em setembro, sem saber o que vai acontecer. Temos que entender que temos de dar as nossas vidas em campo porque isso aqui é uma vitrine. Quem jogar bem, aparecer em campo, poderá crescer na carreira. Ser chamado para um time de Série B, até de Série A. Disputar a Série D não é fácil, mas trabalhar essa motivação com eles, de que dá para tirar um proveito daqui, pensando no futuro, é o que me faz vir trabalhar todos os dias. É um desafio pessoal – afirmou Moroni.
Fundado em novembro de 2003 e profissionalizado em 2004, o Santa Cruz-RN já tem dois títulos no currículo. No ano de estreia na segunda divisão do Potiguar foi campeão. E, em 2011, venceu o ABC na decisão do primeiro turno no estadual. Uma equipe que começou em um encontro de amigos que gostavam de futebol com o então prefeito da cidade e atual presidente do clube, Luiz Antônio Lourenço de Farias, o Tromba, e passou por momentos difíceis no começo.
- Nossa primeira grande dificuldade foi uma coisa que até dá vontade de sorrir agora. O primeiro jogo foi em uma cidade do interior. Ligamos para o presidente da outra equipe, e ele acertou um lugar para a gente ficar lá. Nós pagamos e tudo mais. Mas quando chegamos, vimos que era um motel. Tivemos que ficar lá, era o único jeito. Foi um pouco constrangedor – contou.
A situação do clube já melhorou. Atualmente, o Santa dispõe de um centro de treinamento com campo, alojamento e sala de fisioterapia. Academia, piscina e auditório para preleção também estão sendo construídos. Para se deslocar para disputa de jogos em outras cidades, alugam ônibus e ficam em hotéis na beira do mar, assim como fizeram na última rodada da Série D, quando se hospedaram em Olinda (PE) para enfrentar o Santa Cruz-PE, para quem perderam por 1 a 0 no último domingo.
Benção da santa das causas impossíveis
jogo Santa cruz-PE x Santa cruz-RN (Foto: Mariana Kneipp/GLOBOESPORTE.COM)Torcida acompanha o time em Recife
(Foto: Mariana Kneipp/GLOBOESPORTE.COM)
Se em Recife o resultado não foi positivo, em Santa Cruz a situação é diferente. De acordo com Moroni, o time não perde em casa há “quase dois anos”. No estadual de 2011, foram oito vitórias seguidas. Consequência de um trabalho de treinos diários no Iberezão, mas também de uma “ajuda divina”. Do gramado do estádio é possível ver o monumento a Santa Rita de Cássia, maior estátua católica do mundo, de 56m, que reina sob Santa Cruz. Dela vem a fé dos jogadores em dias melhores na Série C.
- Ela é a Santa das Causas Impossíveis. Somos devotos. Quando os jogadores chegam, é a primeira coisa que querem conhecer. Pedimos benção antes de cada jogo – contou o superintendente Jaedyson.
Um dos que já foram aos pés da santa para pedir proteção foi Rafinha. O lateral, que é do América-RN, disputou o estadual pelo Santa Cruz e voltou em julho depois de uma rápida passagem pelo time da capital. O motivo?
- Aqui eu tenho moral. Sou ídolo. A torcida gosta de mim pelo que fiz no estadual. E quero conseguir ainda mais agora – disse.
Assim como Rafinha, o elenco do Santa Cruz-RN também quer alcançar a idolatria com a classificação para a Série C e uma boa campanha na Copa do Brasil. Os resultados ajudariam a fazer o time deixar de ser chamado de genérico e chegar ao Olimpo assim como os verdadeiros donos de seus apelidos.

Do campo às arquibancadas, China tenta encurtar abismo para potências

Jogadores brasileiros e argentinos reforçam futebol chinês, mas as diferenças entre os ocidentais e orientais ainda são enormes dentro e fora de campo

Por Lydia Gismondi Enviada especial a Guangzhou, China
HEADER Negócio da China (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
torcida china Guangzhou (Foto: Lydia Gismondi/Globoesporte.com)Chineses trocam telão pelo joguinho de dados
(Foto: Lydia Gismondi/Globoesporte.com)
O relógio já se aproximava dos 10 minutos de jogo quando, enfim, o telão de um dos principais bares inspirados em esporte da cidade de Guangzhou começou a transmitir o clássico entre o time da casa e o Beijing Guoan, rival direto na disputa do título do campeonato chinês. As paredes dos dois andares decoradas com diversas camisas de futebol – menos a do time local, o Evergrande, - e imagens com personalidades importantes de várias modalidades davam o ar esportivo ao pub. Na plateia, quatro ou cinco mesas eram ocupadas por chineses e outras duas por gringos. Mas só um grupo de jovens realmente prestava atenção, ou se esforçava para isso, na partida. Ainda assim, o que se viu e ouviu foram apenas alguns “Ohhhhh” e muitas palmas. Nenhuma vaia, nenhum xingamento. O placar terminou em 1 a 1. Os seis "fiéis" torcedores, porém, nem perceberam o fim do duelo. A essa altura já se divertiam com um joguinho de dados, tradicional nas noitadas do país.
torcida china Guangzhou (Foto: Lydia Gismondi/Globoesporte.com)O bar de esporte não tem a camiseta do Guangzhou
na parede (Foto: Lydia Gismondi/Globoesporte.com)
Ainda que o alto investimento no futebol possa alavancar o futebol chinês de forma surpreendente, ainda há um enorme abismo entre os orientais e as principais potências do esporte. A cena descrita acima na partida entre os líderes do campeonato chinês Guangzhou Evergrande e Beijing Guoan, por exemplo, jamais seria vista em um duelo entre Corinthians e Flamengo, atuais primeiro e segundo colocados na tabela do Brasileirão.
- A torcida é totalmente diferente. Não tem pressão. Nosso time leva em média 45 mil pessoas para o estádio. A gente nunca perdeu até agora, só empatou. Mas a gente pode jogar mal que eles não vaiam a gente. Eles aplaudem. O torcedor aqui enxerga o jogo de outra forma – avalia o brasileiro Muriqui, uma das estrelas do Evergrande.
estádo do Guangzhou Evergrande, na China (Foto: Lydia Gismondi / GLOBOESPORTE.COM)Em frente ao estádio do Guangzhou Evergrande, o tênis de mesa é que faz sucesso. O esporte com a bolinha menor ainda é muito mais popular entre os chineses (Foto: Lydia Gismondi / GLOBOESPORTE.COM)
Dentro de campo o contraste é ainda mais evidente. Enquanto no Brasil e em outros países de destaque no futebol, o foco é sempre atacar, fazer o gol, os chineses se preocupam mais com a defesa. Na goleada de 7 a 1 sofrida pelo Guangzhou Evergrande em duelo contra o Real Madrid, no início deste mês, a enorme diferença entre o futebol ocidental e o oriental ficou clara, mesmo com o melhor time da China reforçado por craques estrangeiros.
- O jogo é muito mais rápido do que no Brasil. No Brasil, é bem mais cadenciado. Eles batem mais também. A prioridade deles é defender e, se der, fazer um golzinho. Se empatar, para eles está bom. Os times quando vão jogar contra a gente, por exemplo, ficam todos lá atrás. Sem vergonha nenhuma. E, com 15 minutos do segundo tempo, começa a dar câimbra nos caras – contou Muriqui.
cristiano ronaldo amistoso real madrid Guangzhou Evergrande' (Foto: Agência Reuters)Cristiano Ronaldo deixou os chineses atordoados
na goleada por 7 a 1 (Foto: Agência Reuters)
Além de Muriqui, os brasileiros Obina, Cléo e Paulão e o argentino Conca foram contratados recentemente para atuar no futebol chinês. Logo quando chegaram, o que mais impressionou os jogadores foi a diferença no ritmo de treino.
- Eles treinam forte, mas jogam pouco. Tem poucos jogos no ano. Uma hora meia, duas horas por dia, mas é um treino muito forte. No Brasil, com um jogo na semana, você treina um ou dois dias em dois períodos e, depois, a carga vai diminuindo. O mais forte é o coletivo. Aqui, se a gente joga no domingo, treina forte até sexta-feira – destacou Muriqui.
Último e mais badalado reforço do Guangzhou, Conca também concorda que o jogo dos orientais é mais corrido. O ídolo do Fluminense, no entanto, acredita que o futebol chinês está em evolução.

- Mesmo com bola eles dão muito ritmo no treino, querem chegar rápido no gol. Mas eles estão melhorando cada vez mais. Agora, está bem mais parecido. Nosso time tem alguns jogadores que estão na seleção, tem dois ou três que estiveram na Europa - ressalta o craque argentino, contratado pelo time chinês por cerca de R$ 15 milhões, com um salário de quase R$ 2 milhões por mês.
 

Abel barra Souza, e argentino Lanzini será titular contra o Figueirense

Surpresa do técnico Abel Braga na escalação, jovem de 18 anos fará sua estreia com a camisa do Fluminense nesta quarta-feira, no Engenhão

Por Cahê Mota e Edgard Maciel de Sá Rio de Janeiro
Tem surpresa na escalação do Fluminense para o confronto desta quarta-feira, contra o Figueirense, às 19h30m (de Brasília), no Engenhão, pelo Campeonato Brasileiro. O técnico Abel Braga barrou o meia Souza e escalou o jovem Lanzini, de 18 anos. Relacionado pela primeira vez, o argentino fará sua estreia com a camisa tricolor logo como titular. Revelado pelo River Plate-ARG, o jogador é conhecido como 'A Jóia' em Buenos Aires.
Lanzini no treino do Fluminense (Foto: Agência Photocâmera)Lanzini será titular do Fluminense no jogo contra o Figueirense  (Foto: Agência Photocâmera)
O Fluminense terá outras alterações em relação ao time que foi derrotado pelo Grêmio no último fim de semana. Além da entrada de Lanzini no meio, o zagueiro Gum e o volante Edinho voltam após cumprir suspensão nas vagas de Digão e Fernando Bob - que perde o posto para Valencia. No ataque, Rafael Moura substituiu Fred, poupado com dores musculares generalizadas nos membros inferiores. O Tricolor irá a campo com: Diego Cavalieri, Mariano, Gum, Márcio Rosário e Carlinhos; Edinho, Valencia, Marquinho e Lanzini; Rafael Sobis e Rafael Moura.
Vindo de duas derrotas seguidas no Campeonato Brasileiro, para América-MG e Grêmio, o Fluminense tenta se reabilitar nesta quarta, diante do Figueirense. Com 21 pontos em 15 jogos, um a menos do que a maioria de seus adversários, o Tricolor ocupa a nona posição da competição.

Lúcio reconhece que Alemanha tem mais jovens promessas que o Brasil

Zagueiro do Inter elogia Mário Götze e entende que tranquilidade é a palavra certa para o sucesso do jovem atacante brasileiro Neymar

Por Agência de notícias e GLOBOESPORTE.COM Milão, Itália
Lucio chegada Seleção (Foto: Mowa Press)Zagueiro Lúcio em coletiva da  Seleção
(Foto: Mowa Press)
Em entrevista ao jornal “Sport Bild”, o zagueiro Lúcio, uma semana após a derrota para a Alemanha por 3 a 2, reconheceu que a Alemanha na atualidade tem mais jovens promessas que a Seleção Brasileira e que Neymar precisa ter tranquilidade para se tornar um grande jogador.
– Não temos atualmente tantas jovens promessas como a Alemanha. É normal que um jogador como Neymar seja tão elogiado. Se ele tiver a cabeça fria e suportar bem a pressão, chegará longe – afirmou.
O jogador da Inter de Milão, que jogou por Bayer Leverkusen e Bayern de Munique, conhece bem a Bundesliga e fez questão de exaltar a qualidade do jovem alemão Mario Götze.
– Na Seleção Alemã, o primeiro que me vem à cabeça é o Götze, que jogou muito bem contra nós e fez um gol – comentou o capitão do Brasil.
Mário Götze tem 19 anos e foi destaque da vitória alemã sobre o Brasil, a primeira dos germânicos em 18 anos. O meio-campista, jogador do Borussia Dortmund, em pouco tempo, tornou-se um dos principais jogadores do Campeonato Alemão, o que lhe rendeu sua primeira convocação para a Seleção Alemã. Desta forma, a jovem promessa tornou-se o primeiro jogador chamado pela seleção principal da Alemanha nascido após a reunificação do país (ocorrida em outubro de 1990).

Alex Silva tem estreia confirmada, e Luxa planeja escalar três zagueiros

Mudança acontece nesta quinta, contra o Atlético-GO. Suspenso, R10 realiza trabalho de musculação. Thiago Neves apenas assiste a treinamento

Por Janir Júnior Rio de Janeiro
Alex Silva participou do rachão desta quarta-feira e está confirmado no jogo contra o Atlético-GO, nesta quinta, às 21h, no Engenhão. Com a entrada do zagueiro, o Flamengo mudará seu esquema tático. O time deve entrar em campo com Felipe, Alex Silva, Welinton e Ronaldo Angelim; Léo Moura, Airton, Willians, Bottinelli, Thiago Neves e Junior Cesar; Deivid.
- Pirulito vai estrear. O time ganha em tamanho. Ele é grandão. A tendência é jogar com três zagueiros - disse Luxemburgo, chamando o zagueiro rubro-negro pelo seu apelido.
Thiago Neves não participou da atividade. Poupado, o meia ficou à beira do campo e apenas assistiu ao treino, mas está confirmado na partida desta quinta, no Engenhão. Fora do jogo  por cumprir suspensão, Ronaldinho Gaúcho também não esteve em campo. O camisa 10 foi poupado da atividade com bola, mas realizou um trabalho de musculação, dando continuidade à sua programação especial de treinamentos.
Além de Ronaldinho Gaúcho, Renato Abreu é outro que cumpre suspensão automática na partida contra o Atlético-GO. Os dois têm volta prevista para este domingo, quando o Flamengo enfrenta o Internacional no Beira-Rio. A equipe viaja para Porto Alegre no sábado e depois do jogo segue diretamente para Curitiba, onde enfrenta o Atlético-PR na próxima quarta-feira, pela Copa Sul-Americana.

Pela internet, atacante Bobô já faz 'média' com a torcida do Cruzeiro

Contratado da Raposa postou uma foto da camisa do novo clube

Por GLOBOESPORTE.COM Belo Horizonte
Bobô Cruzeiro (Foto: Reprodução / Twitter)Foto postada pelo atacante Bobô
(Foto: Reprodução / Twitter)
Anunciado como novo reforço do Cruzeiro, o atacante Bobô ainda não chegou a Belo Horizonte, onde, nesta quarta-feira, fará exames médicos e, se for aprovado, definirá os detalhes finais do contrato com o clube. Pelo Twitter, no entanto, Bobô já começou a fazer uma “média” com a torcida cruzeirense e se mostrou feliz com o acerto com o clube mineiro.
Bobô, que está em São Paulo, postou uma foto do escudo do Cruzeiro, com os dizeres "Orgulho estampado no peito" logo abaixo. Em outra mensagem, Bobô disse que será apresentado oficialmente à imprensa nesta quinta-feira, informação confirmada pela assessoria da Raposa.
Vai e vem
Bobô chegará ao Cruzeiro no mesmo momento que o clube anunciou a saída de Thiago Ribeiro, que foi negociado com o Cagliari, da Itália. O último clube de Bobô foi o Besikitas, da Turquia, e ele foi oferecido ao clube mineiro pelo empresário Juan Figger, o mesmo que levou Thiago Ribeiro para o futebol europeu.

Operário fica ferido em explosão e funcionários param obra no Maracanã

Segundo Secretaria, a vítima teve queimaduras e lesão na perna.
Funcionários estão reivindicando questões trabalhistas.

Do G1 RJ
Operários interromperam as obras de reforma do Maracanã, na Zona Norte do Rio, no início da tarde desta quarta-feira (17). As informações foram confirmadas pela Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop).
Obras no Maracanã nesta manhã (Foto: Alexandre Durão/G1)Obras no Maracanã nesta manhã (Foto: Alexandre Durão/G1)
De acordo com a Emop, os funcionários estão reivindicando questões trabalhistas, que estão sendo analisadas pelo consórcio executor das obras. A Emop ainda informou que acompanha a evolução das negociações para reinício dos trabalhos.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada intermunicipal do Rio de Janeiro (Sitraicp), Nilson Duarte confirmou que um funcionário ficou ferido após um acidente nesta terça-feira. Duarte disse que o operário foi cortar um barril com uma solda e houve uma explosão. Ele informou que os 1.500 trabalhadores do Maracanã pararam de trabalhar.
Duarte disse também que acontece uma reunião com representantes do consórcio responsável pelas obras, nesta tarde, para tratar do direito a um plano de saúde para a categoria. Ele contou que os trabalhadores possuem apenas um plano do sindicato, conveniado a 30 clínicas, mas que não tem atendimento de emergência.

Segundo a Secretaria municipal de Saúde, o funcionário ferido foi levado para o Hospital Souza Aguiar, no Centro da cidade. A vítima teve queimaduras e lesão na perna. No entanto, a Emop não confirma a informação.