segunda-feira, 24 de outubro de 2016

22/10/2016 08h00 - Atualizado em 22/10/2016 08h00

Após bela finalização, Mackenzie Dern quer ir para o UFC na metade de 2017

Lutadora conquistou segunda vitória da carreira e admite satisfação por performance em pé: "Vi que que estou melhorando, mas não estava me sentindo o Mayweather"

Por Rio de Janeiro
Mackenzie Dern deu continuidade ao seu bom início no MMA. No último dia 14, a lutadora americana naturalizada brasileira de currículo invejável no jiu-jítsu venceu a segunda luta da carreira, contra Montana Stewart, no Legacy FC 61. E a vitória veio do jeito que ela gosta: por finalização, e das bonitas. Mackenzie aplicou uma combinação de chave de omoplata com mata-leão que impressionou tanto o público quanto a oponente.
A lutadora, no entanto, não ficou feliz apenas pela performance na luta agarrada. O que mais satisfez Mackenzie, na verdade, foi o tempo que conseguiu ficar em pé trocando com a adversária. 

- É engraçado porque está todo mundo falando da finalização. Eu fiquei mais feliz por causa do tempo que eu fiquei em pé. Acho que, sendo uma pessoa do jiu-jítsu, queria ficar um pouco em pé, não começar a luta entrando igual uma louca. E vi que que estou melhorando. Fiquei muito feliz com a performance em pé. Mas não estava me sentindo o Floyd Mayweather (risos). Sabia que, quando desse, era para levar a luta ao chão - analisa, com bom humor, em entrevista por telefone ao Combate.com.
Mackenzie Dern MMA Legacy FC jiu-jítsu (Foto: Divulgação/War Tribe)Aos 23 anos, Mackenzie Dern já construiu currículo invejável no jiu-jítsu e agora inicia carreira no MMA (Foto: Divulgação)
Apesar do barulho que vem fazendo no MMA feminino, Mackenzie reconhece que ainda está no início da carreira. Como seu nome já é bem falado no mundo das lutas, tanto por ser filha de Wellington "Megaton" Dias quanto por ter conquistado títulos importantes em mundiais de jiu-jítsu, com e sem kimono, a lutadora de 23 anos já ouve pedidos do público para uma ida ao UFC. Mas o momento é de ter calma.
- Estão cuidando bem de mim. Todo mundo quer esperar a hora certa, até o UFC. Meu plano é de fazer mais uma luta esse ano. Queria estar no UFC em 2017, talvez no meio de 2017. Pretendo fazer mais uma duas lutas no primeiro semestre do ano antes disso - afirma.
Mackenzie Dern; Montana Stewart; Legacy 61 (Foto: Reprodução)Mackenzie aplicou bela finalização em Montana Stewart no último Legacy 61 (Foto: Reprodução)
Mas o duelo contra Montana Stewart também serviu de aprendizado para Mackenzie, que viu que ainda tem muito a melhorar. E não só dentro do cage. A lutadora acabou não batendo o peso da categoria peso-palha, cerca de 52,2kg, e teve que ceder parte da bolsa para a rival. Segundo ela, o motivo do incidente foi uma viagem feita ao Japão para um torneio de jiu-jítsu, que atrapalhou seu planejamento.
- Esse corte de peso ainda não é uma coisa fácil. Já é um corte muito radical para mim. Não é o peso em que eu costumo lutar no jiu-jítsu, não costumo bater. Poucas vezes eu bati esse peso. Fui viajar para o Japão cinco semanas antes da luta para competir no jiu-jítsu. O jeito que eu bati peso para esses campeonatos não é o mesmo jeito para luta de MMA. Eu não consegui manter meu peso baixo. Calculei as coisa erradas, não teve um entendimento. No início da semana, eu estava duas libras acima do que estava quando cortei o peso para a primeira luta. Fizemos de tudo. No dia da pesagem, minha cabeça estava querendo bater, mas o corpo já não aguentava, começou a desligar. Estava muito perigoso e decidimos não continuar. Vou aprender com isso. Não quero que as pessoas achem que não sou profissional - diz.
Mackzenzie ainda comentou as declarações de seu treinador, o lutador de MMA Ben Henderson,que a comparou à ex-campeã peso-galo do UFC Ronda Rousey, em termos de potencial. A lutadora admira a companheira de profissão, mas diz que pretende seguir o próprio caminho:

- É difícil comparar porque a Ronda fez muita coisa para o MMA feminino. Abriu portas para muitas mulheres no mundo do MMA. Para mim mesmo. Eu vi que podia viver disso por causa do que ela conseguiu. Eu não a conheço pessoalmente, mas eu acho que sou bem diferente dela. Eu não quero ser que nem ela. Quero construir minha própria imagem. O Ben é um dos meus melhores amigos, o filho dele é meu afilhado, nem sabia que ele ia falar isso. Fiquei muito feliz.

Conheça Mikaela Mayer, a mais nova parceira de treinos de Ronda Rousey

Pugilista olímpica dos EUA na Olimpíada de 2016, no Rio, americana, que vem ajudando a afiar o boxe da ex-campeã peso-galo do UFC, é ativa nas redes sociais

Por Los Angeles, EUA
Mikaela Mayer Ronda Rousey UFC (Foto: Reprodução/Instagram)Mikaela Mayer vem ajudando a afiar o boxe de Ronda Rousey para a luta contra Amanda Nunes no UFC 207 (Reprodução Instagram)
A mais nova parceira de treinos deRonda Rousey se chama Mikaela Mayer. Pugilista olímpica, membro da equipe americana de boxe nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a lutadora vem afiando as mãos da ex-campeã peso-galo do UFC para a luta contra Amanda Nunes, que decidirá com quem ficará o cinturão da categoria, no UFC 207. Aos 26 anos de idade e atuando no peso-leve (no boxe, a categoria vai até 60kg), Mayer, que é nascida em Los Angeles, na Califórnia, tem um currículo expressivo no boxe: campeã do Golden Gloves em 2011, campeã americana meio-médio-ligeiro em 2012, medalhista de bronze no Campeonato Mundial meio-médio-ligeiro em 2012, bicampeã americana peso-leve (2014 e 2015) e vencedora do qualificatório olímpico no peso-leve (2016). Na Olimpíada, Mayer foi derrotada pela russa Anastasia Belyakova nas quartas-de-final, ficando a um passo de conquistar uma medalha.
Após treinar muay thai ainda jovem, Mikaela Mayer começou a praticar boxe aos 17 anos, e rapidamente se tornou uma obcecada pelo esporte. Vinda de uma família de hippies, ela é a primeira entre todos seus parentes a praticar lutas. Na medida em que foi evoluindo no boxe, Mikaela se mudou para a cidade de Marquette, em Michigan, onde passou a treinar com seu atual técnico, Al Mitchell. Atualmente ela se divide entre Marquette e Colorado Springs.

Além das credenciais esportivas, Mikaela Myer é muito ativa nas redes sociais, sempre postando fotos do que faz e de onde está. Confira abaixo algumas das imagens postadas pela lutadora em suas redes sociais.
MONTAGEM - UFC Mikaela Mayer (Foto: Reprodução Instagram)A boxeadora Mikaela Mayer é a nova parceira de treinos de Ronda Rousey (Reprodução Instagram)

Edson Barboza quer enfrentar Nate Diaz ou Michael Chiesa ainda em 2016

Lutador diz estar na melhor forma e se vê a uma "grande luta" da disputa por cinturão

Por Rio de Janeiro
O ano de Edson Barboza é um dos melhores de sua carreira. O lutador entrou no octógono do UFC duas vezes em 2016, e saiu com vitórias convincentes sobre dois dos melhores atletas do peso-leve: Anthony Pettis e Gilbert Melendez. Mas o brasileiro ainda quer lutar mais uma vez até dezembro, e já tem possíveis adversários em mente.
Edson Barboza UFC 197 (Foto: Evelyn Rodrigues)Edson projeta mais uma luta em 2017, e vê Nate Diaz e Michael Chiesa como possíveis oponentes (Ft: Evelyn Rodrigues)
Nate Diaz é um grande nome, está no UFC há muito tempo, é um grande lutador. Alguns caras da minha divisão estão disponíveis agora. Diaz está disponível. Michael Chiesa está disponível. Eu espero que o UFC me ligue em breve porque eu continuo treinando e esperando uma ligação rápida. Esses dois caras são realmente bons. Michael Chiesa está vindo de algumas vitórias. Nate Diaz é muito, muito duro. É uma guerra. Eu sempre entre no octógono e treino para guerra e, se eu lutar contra esses dois caras, será uma guerra. - afirmou, em entrevista ao "Fox Sports".
Edson se vê a uma "grande luta" de conseguir a tão sonhada disputa de cinturão. No Ultimate desde 2010, o lutador de 30 anos acredita que sua hora está chegando, e tem no atual campeão da categoria peso-leve uma motivação.
- Eu estou em uma boa posição nos rankings, preciso de uma luta grande. Eddie Alvarez é um bom exemplo. Ele ganhou de dois caras bons e conseguiu o "title shot". Eu acho que estou bem perto. Preciso de mais uma grande luta e definitivamente ficarei perto da chance pelo título. Estou no UFC já há muito tempo. Eu acho que mereço uma grande luta para me colocar perto de um "title shot".
O brasileiro afirma que o objetivo é lutar mais uma vez neste ano. Edson revela que tem treinado como se estivesse em um camp, e aguarda ansiosamente uma ligação do UFC para marcar um confronto.
- (Quero lutar) o mais cedo possível. Eu continuo treinando, estou na minha melhor forma. Meu gás está ótimo, estou me sentindo bem. Estou treinando como se estivesse em um camp. Espero que o UFC me ligue em breve. Quero poder lutar uma vez mais neste ano. Eu fui muito bem nas minhas últimas duas lutas, enfrentei ótimos lutadores. Ganhei as duas por decisão unânime. Acho que se eu lutar contra um desses dois (Diaz e Chiesa), farei o mesmo. Estou me sentindo melhor que nunca. Eu sinto como se pudesse lutar contra qualquer um na minha frente. Posso dominar qualquer pessoa na divisão

Miesha Tate continua interessada em luta com Cris Cyborg em peso-casado

Ex-campeã peso-galo do UFC diz que, agora que não detém mais o cinturão, não vê problemas em enfrentar a brasileira: "Estaria me metendo em um grande problema"

Por Las Vegas, EUA
Miesha Tate; UFC (Foto: Jason Silva)Miesha Tate diz estar interessada em enfrentar Cris Cyborg em peso-casado (Foto: Jason Silva)
A fama de demolidora de Cris Cyborg não intimidaMiesha Tate. Pelo contrário, a anima a fazer uma superluta contra a brasileira. Em entrevista ao programa "MMA Hour", a ex-campeã peso-galo do UFC disse que não se opõe a entrefat Cyborg no peso-casado (140 libras, ou 63,5kg), já que, na sua opinião, ela nada teria a perder.

- Quando eu era a campeã, me disseram que não poderia lutar em peso-casado. Ou ela teria que bater o limite do peso-galo (61,2kg, ou 135 libras) ou eu não poderia ser a campeã. Agora, como não sou mais a campeã, eu tecnicamente poderia lutar pesando 63,5kg (140 libras). Não tenho nada contra isso, porque não tenho nada a perder com essa luta.

Encarar Cyborg e, eventualmente, vencê-la ou fazer uma luta dura, seria uma oportunidade de Tate mostrar ao mundo o quanto ela pode fazer no MMA.

- Seria um combate contra uma lutadora que é uma máquina de destruir outras lutadoras, uma fera. Se eu a vencesse, ou fizesse uma luta dura, isso diria muito sobre mim. Ela é duríssima de ser parada, e busca a vitória todo o tempo. Não tenho dúvida que estaria me metendo em um grande problema. MAs nada disso sequer foi discutido ainda.

Por enquanto, Miesha Tate se prepara para enfrentar Raquel Pennington no UFC 205, que acontece dia 12 de novembro em Nova York.

UFC 205
12 de novembro, em Nova York (EUA)
CARD PRINCIPAL (a partir de 1h, horário de Brasília):
Peso-leve: Eddie Alvarez x Conor McGregor
Peso-meio-médio: Tyron Woodley x Stephen Thompson
Peso-palha: Joanna Jedrzejczyk x Karolina Kowalkiewicz
Peso-médio: Chris Weidman x Yoel Romero
Peso-meio-médio: Kelvin Gastelum x Donald Cerrone
Peso-galo: Miesha Tate x Raquel Pennington
CARD PRELIMINAR (a partir de 23h, horário de Brasília):
Peso-pena: Frankie Edgar x Jeremy Stephens
Peso-leve: Khabib Nurmagomedov x Michael Johnson
Peso-médio: Rashad Evans x Tim Kennedy
Peso-médio: Rafael Natal x Tim Boetsch
Peso-leve: Jim Miller x Thiago Pitbull
Peso-meio-médio: Lyman Good x Belal Muhammad
Peso-galo: Liz Carmouche x Katlyn Chookagian

Urijah Faber anuncia: luta contra Brad Pickett será a última de sua carreira

Veterano, ex-campeão do WEC quer encerrar sua trajetória no MMA em luta na cidade em que foi criado, Sacramento: "Sinto ser a hora certa e o local certo"

Por Sacramento, EUA
Urijah Faber (Foto: Evelyn Rodrigues)Urijah Faber vai pendurar as luvas em dezembro, após lutar em casa, em Sacramento (Foto: Evelyn Rodrigues)
O lutador americano Urijah Faberanunciou nesta segunda-feira que sua luta contra Brad Pickett, recentemente confirmada para o "UFC: VanZant x Watterson", em Sacramento, no dia 17 de dezembro, será a última de sua carreira. O "Garoto da Califórnia", veterano de 37 anos de idade e 15 de carreira no MMA, revelou seus planos durante uma entrevista ao podcast "The MMA Hour".
- Para ser sincero, eu estou super empolgado para lutar em (Sacramento). Aquele é meu povo de verdade. Eu construí nossa equipe, o Team Alpha Male, é como a extensão da família para mim, e fui criado na melhor área de Sacramento até a faculdade. Vai ser um evento muito legal. Eu meio que vinha esperando por isso, e essa será na verdade minha última luta. Simplesmente parece ser o certo fazê-lo em (Sacramento), nesta nova arena. Sinto ser a hora certa e o local certo. Estava esperando a construção desta nova arena, estava esperando pela oportunidade de (enfrentar) Dominick Cruz, e sinto que esse será um evento épico e mal posso esperar para fazê-lo frente às pessoas que amo - disse Faber.
O atleta californiano se refere à terceira luta contra Dominick Cruz, atual campeão do peso-galo, realizada em junho e vencida por Cruz, desempatando a rivalidade entre os dois. Foi a última de quatro disputas pelo cinturão a que Faber teve direito no UFC, e ele perdeu todas - duas para Cruz, duas para Renan Barão. Apesar de jamais ter conquistado o cinturão do Ultimate, o "Garoto da Califórnia" é considerado uma lenda do MMA, especialmente entre as categorias de peso mais baixo. Ele foi o lutador mais popular do extinto World Extreme Cagefighting (WEC), evento que revelou José Aldo, Anthony Pettis, Carlos Condit, Cruz e Barão, entre outros. Lá, foi campeão do peso-pena por mais de dois anos, entre 2006 e 2008, até ser destronado por Mike Brown.
Urijah Faber x Frankie Saenz (Foto: Getty Images)Urijah Faber (dir.) em ação contra Frankie Saenz no UFC 194, em dezembro passado (Foto: Getty Images)
Até 2015, quando perdeu uma luta no peso-pena contra Frankie Edgar, Faber jamais havia sido derrotado em combates que não valiam algum título. Em setembro passado, ele foi derrotado na decisão dos juízes por Jimmie Rivera, marcando sua primeira derrota no peso-galo em lutas que não valiam cinturão, e sua primeira sequência de derrotas consecutivas na carreira. Seu cartel atual é de 33 vitórias e 10 derrotas.
Faber foi criado em Sacramento, e foi um wrestler condecorado na University of California at Davis antes de migrar para o MMA. Na cidade, montou a equipe Team Alpha Male, que conta com o brasileiro Fábio "Pateta" Prado entre seus treinadores e revelou lutadores como o ex-campeão peso-galo TJ Dillashaw e os "contenders" Joseph Benavidez, Chad Mendes, Cody Garbrandt e Paige VanZant - esta última fará a luta principal do evento de 17 de dezembro, contra Michelle Watterson. A arena que receberá o torneio, Golden 1 Center, foi construída para substituir a antiga Sleep Train Arena, sede de muitas das lutas de Faber, e inaugurada este ano.