sexta-feira, 8 de abril de 2011

Falcão dá as cartas também fora de quadra na seleção brasileira de futsal

O craque é o dono do baralho, gosta de jogar caxeta, mas admite que é mau perdedor. O pagode também ajuda a descontrair os bastidores da seleção

Por Carol Oliveira Rio de Janeiro
Quando está em quadra, Falcão é o craque com a bola nos pés. Mas sua liderança na seleção brasileira de futsal vai muito além dos dribles desconcertantes e jogadas sensacionais. Na concentração, também é ele quem dá as cartas. É o dono do baralho, literalmente, e fica irritado quando perde. Nessas horas, só um pagode com os companheiros pode amenizar a derrota.

O jogo preferido é a caxeta. As regras são simples: cada jogador recebe nove cartas. Quem conseguir formar primeiro três trincas ou duas trincas e uma quadra é o ganhador. O problema é quando quem ganha não é o dono do baralho.
ilustração Falcão Caubói (Cowboy) (Foto: ArteEsporte / Cláudio Roberto)Falcão dá as cartas na seleção de futsal (Foto: ArteEsporte / Cláudio Roberto)
- É engraçado quando isso acontece. O fera não gosta muito de perder - entrega o pivô Jé, convocado para os jogos do Desafio Internacional contra o Uruguai e também companheiro de Falcão no Santos.
O craque confirma a fama de mau perdedor e conta que, quando está perdendo, troca de baralho. Admite que rasga o velho e joga no lixo, puxando um reserva que leva na bolsa. Baralhos, inclusive, são itens que Falcão tem sempre por perto.
- Está sempre na minha mala. Nas viagens, levo sempre mais de um - afirma o ala.
Em caso de azar no carteado, a solução é soltar a voz. Assim como na Seleção de futebol, nossos craques do futsal também gostam de pagode. Falcão ainda curte música sertaneja, mas o pagode é mesmo a preferência da maioria. Jé explica que cada jogador toca um instrumento e que o som é de alto nível. Falcão também garante a qualidade e avisa:
- Se não fôssemos um time de futsal, certamente seríamos um grupo de pagode.
Brasil e Uruguai fazem dois amistosos neste fim de semana, em São Carlos, São Paulo. O SporTV transmite a primeira partida no sábado, às 15h, e a Rede Globo exibe o segundo jogo no domingo, dentro do Esporte Espetacular.

Vocalista do Iron Maiden se aventura em mini corrida de kart com pilotos

Bruce Dickinson aproveitou passagem pelo Paraná e recebeu a companhia de Júlio Campos e Ricardo Zonta; inglês mostrou muita habilidade ao volante

Por GLOBOESPORTE.COM Curitiba
O vocalista da banda Iron Maiden gosta mesmo de adrenalina: além de piloto de avião e competidor de esgrima, o inglês se aventurou pelas pistas brasileiras. Ele aproveitou a passagem pelo estado do Paraná - onde a banda fez o último show da turnê brasileira - e acelerou um kart. Na companhia dos pilotos paranaenses Júlio Campos, da Scuderia 111, e Ricardo Zonta, da RZ Motorsport, Bruce correu um pouco mais de uma hora.
Bruce Dickson, líder do Iron Maiden ao lado de Campos e Zonta (Foto: Eros Narloch / Stock Car)Bruce Dickinson, líder do Iron Maiden, posa ao lado de Júlio Campos e Ricardo Zonta (Foto: Eros Narloch)
- Foi muito divertido, porque fizemos um longo treino com ele. E não demos moleza não. Como ele pilota bem para um cara que não é competidor de automobilismo, conseguimos ficar na pista bastante tempo. O Bruce é realmente muito carismático e é apaixonado por automobilismo - disse Júlio, dono do carro 4.
Os três disputaram uma mini corrida de kart indoor. E o dono do carro 10 da RZ Motosport destacou a habilidade do vocalista inglês com o volante.
- Bruce Dickinson entende muito de automobilismo e mostrou bastante intimidade com o kart e com o assunto nas conversas. É uma pessoa divertida e simpática. Foi bem agradável a brincadeira que fizemos no kartódromo - afirmou Zonta.
Ricardo Zonta é o terceiro colocado na classificação da temporada 2011, com 16 pontos. Já Júlio Campos somou sete pontos e está na sétima colocação geral.

De olho em quem atua no país, CBF vai marcar mais amistosos no Brasil

Além de Holanda e Romênia, em junho, Seleção terá outros jogos em solo canarinho para Mano ter mais opções. Ricardo Teixeira confirma informação

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Neymar Brasil x Escócia (Foto: Getty Images)Atuando no Santos, Neymar pode ser convocado
para outros jogos no Brasil (Foto: Getty Images)
Além dos dois amistosos em junho no Brasil, contra a Holanda, no dia 4, em Goiânia, e diante da Romênia, no dia 7, em São Paulo, a Seleção vai disputar outras partidas em solo canarinho. A intenção do técnico Mano Menezes é observar nesses outros confrontos apenas os atletas que atuam no futebol brasileiro. A informação foi confirmada pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira.
- Vamos fazer alguns jogos só com jogadores que atuam no Brasil. De forma que ele (Mano) vai ter uma visão grande de todos os potenciais jogadores que poderão estar conosco em 2014. O importante é o objetivo final, que é a conquista da Copa do Mundo - afirmou o dirigente, em entrevista à Rádio Itatiaia.
A tendência é que o primeiro confronto da Seleção apenas com atletas que atuam no Brasil aconteça em maio. A outra partida seria apenas no segundo semestre. Os locais e os adversários ainda não foram definidos pela CBF.
Ricardo Teixeira aproveitou para elogiar o trabalho realizado pelo comandante da Seleção Brasileira. Para ele, o planejamento elaborado por Mano Menezes está no caminho certo.
- O Mano está fazendo um bom trabalho. O projeto é para a Copa de 2014, passando pela Copa América e pela Copa das Confederações. Desde o começo eu sempre disse que não nos fazia nenhuma diferença ganhar quando não era imprescindível e perder quando era imprescindível. O mais importante é que ele prepare a seleção que vai nos representar em 2014. Ele está fazendo isso com competência - elogiou o dirigente.
O presidente da CBF ainda fez elogios a Ronaldo, a quem classificou como um "filho". O Fenômeno vai participar do confronto diante dos romenos, no Pacaembu, em São Paulo. O jogo marcará a despedida do jogador com a camisa amarelinha.
- Espero que nós tenhamos um grande jogo contra a Holanda, dia 4, e contra a Romênia, na grande festa do Ronaldo. Ele merece pelo grande jogador que foi. Eu me sinto um pouco pai do Ronaldo porque quando eu o conheci ele tinha 17 anos, iniciando na Seleção. Despedir dele significa que estou ficando velho - brincou.

Na mira do Botafogo, Ricardinho tem
o aval de Caio Júnior

Treinador afirma que gostaria de contar com meia, que, entretanto, não poderia mais atuar na Copa do Brasil

Por Gustavo Rotstein, Thiago Fernandes e Leonardo Simonini Rio de Janeiro e Belo Horizonte
Ricardinho Atlético-MG Rodrigo Mancha Prudente (Foto: Ag. Estado)Ricardinho está afastado no Galo (Foto: Ag. Estado)
Ao mesmo tempo que procurar dar a sua cara ao Botafogo usando as peças das quais dispõe atualmente, Caio Júnior está empenhado em ajudar o clube a encontrar um jogador de meio-campo, responsável pela armação das jogadas. Recentemente afastado do Atlético-MG, Ricardinho é um nome visto com simpatia pelo treinador, que foi seu companheiro quando ainda era atleta do Paraná Clube.
O Botafogo ainda mostra-se reticente em relação a Ricardinho, que tem um histórico de desentendimentos nos clubes que defendeu. No entanto, Caio Júnior afirma que os traços da personalidade do jogador podem ser benéficos para o clube.
- Tem chance de o Ricardinho vir para o Botafogo. É um jogador de personalidade forte, mas acredito que o jogador precisa ter personalidade, além da qualidade. Mas como ele não poderia disputar a Copa do Brasil, devemos discutir isso - disse o treinador, lembrando que o meia já defendeu o Atlético-MG na competição.
Diretor de futebol do Galo, Eduardo Maluf garante desconhecer o possível interesse do Botafogo em Ricardinho.
- Ninguém do Botafogo nos procurou para tratar do assunto. Não falo se temos interesse no negócio ou não, pois desconheço a posição (do Botafogo). Mas toda negociação tem que passar por mim, e ninguém me procurou.

O principal nome do Botafogo é Andrezinho, do Internacional, mas o clube ainda aguarda os desdobramentos da negociação, sabendo que o jogador dificilmente deixaria o Beira-Rio antes do fim da Libertadores. Marcinho, ex-Flamengo, atualmente no Catar, é outro nome que interessa.

Luxa cita adversários e cobra reforços: ‘O Fla precisa se mexer’

Técnico ressalta a qualidade do grupo atual, mas lembra que concorrentes da Copa do Brasil contrataram jogadores importantes

Por Janir Júnior e Richard Souza Rio de Janeiro e Atibaia, SP
Luxemburgo Flamengo (Foto: Agência O Globo)Luxemburgo diz que o Fla teve problemas financeiros
para contratar reforços (Foto: Agência O Globo)
Vanderlei Luxemburgo decidiu trabalhar com o Flamengo em Atibaia (SP) ao longo da semana para manter os jogadores concentrados na reta final da fase classificatória da Taça Rio e no início das oitavas de final da Copa do Brasil. O treinador, no entanto, não abandonou as questões ligadas ao planejamento para o segundo semestre da temporada. O tema contratações é tratado internamente. Apesar de considerar o grupo atual forte e em condições de conquistar títulos, o técnico entende que reforços são necessários.
O treinador toma como exemplo os adversários da Copa do Brasil e faz uma análise do mercado. Segundo ele, a diretoria do Flamengo tem de avançar na qualificação do plantel.
- Nós estamos jogando a Copa do Brasil e o Campeonato Carioca. Vamos ter Sul-Americana e Campeonato Brasileiro. São Paulo, Palmeiras, Atlético-MG, que saiu (da Copa do Brasil), o Vasco da Gama, são adversários praticamente diretos, mais o Coritiba e o Atlético-PR. O Palmeiras se reforçou, o São Paulo se reforçou, o Atlético-MG se reforçou e o Vasco se reforçou. E o Flamengo montou um elenco no primeiro período, na pré-temporada, e parou. Tivemos algumas possibilidades de fazer algumas contratações, caminhamos, mas aí, por problemas financeiros, demos uma parada.
Com o fechamento da janela de transferências do exterior nesta sexta-feira, a opção é olhar para o mercado interno. Jogadores que interessam e estão fora do país só poderão servir ao time a partir da 15ª rodada do Brasileirão. Exemplo: Vagner Love, do CSKA, da Rússia. Além do ataque, zaga e lateral esquerda são setores que devem ganhar reforços.
- Acho que precisamos fazer mais alguma coisa, independentemente do elenco que está aqui e do time estar preparado. Mas temos de avançar. Os adversários também estão avançando. O São Paulo contratou o Luis Fabiano, o Atlético-MG contratou o Guilherme, o Palmeiras contratou agora o Wellington Paulista. O Vasco trouxe Diego Souza, Alecsandro e Leandro. Todo mundo se mexeu. Acho que o Flamengo precisa se mexer, independentemente do meu elenco ser forte e em condições de conquistar, mas nós temos que direcionar para os adversários contra quem estamos competindo.

Neste sábado, a delegação se despede de Atibaia. O grupo retorna ao Rio após o treino da manhã. No domingo, o time enfrenta o Botafogo, pela sétima rodada da Taça Rio.

Gols decisivos fazem Bernardo sair do anonimato e ganhar nova rotina

Agora reconhecido nas ruas pelos torcedores, meia fala da sensação de ser pai de três filhos com 20 anos e planeja fazer vasectomia

Por Fred Huber, Rafael Cavalieri e Thiago Lavinas Rio de Janeiro
A vida tranquila que levava no Rio de Janeiro faz parte do passado. Os gols importantes marcados pelo Vasco nos últimos jogos fizeram Bernardo deixar de ser um anônimo no meio da multidão. Aos 20 anos, o meia que veio do Cruzeiro como um desconhecido para a maioria dos torcedores passou a ser reconhecido pelos cruz-maltinos nas ruas. E o assédio fez o jogador ter uma nova rotina quando vai ao shopping, sai para pegar os filhos no colégio ou vai fazer compras no supermercado.
- Agora, quando eu saio, sou reconhecido pelas pessoas. Elas me dão os parabéns pelos jogos, pedem autógrafos, mostram carinho - diz o jogador.
 bernardo vasco (Foto: Thiago Lavinas/Globoesporte.com) Bernardo autografa uma camisa do Vasco (Foto: Thiago Lavinas/Globoesporte.com)
Bernardo foi, aos poucos, percebendo a mudança de comportamento dos torcedores. Os gols na vitória por 4 a 2 sobre o Madureira, no dia 13/03, pelo Campeonato Carioca, foram um divisor de águas. E o meia lembra com carinho de um momento marcante nesta nova fase da sua vida.
- Comprei uma cama para o meu filho, e foram entregar lá em casa. Acho que porteiro falou quem eu era na hora de o pessoal subir e, quando abri a porta, o cara começou a cantar: "O Bernardo é Força Jovem, ô ô ô". Fiquei todo surpreso. Tinha uma camisa do Vasco em casa e dei para ele (risos).
O sucesso instantâneo entre os vascaínos não assusta o camisa 31. Ele garante que tudo na carreira ocorreu muito rápido. Deixou os pais em Sorocaba, no interior de São Paulo, e foi morar sozinho em Belo Horizonte aos 12 anos. E desde os 15 passou a ser chamado para a Seleção Brasileira nas divisões de base.
- Tudo para mim aconteceu muito cedo. Eu saí de casa para ir jogar nas divisões de base do Cruzeiro. Larguei a minha casa, os meus pais e fui morar na Toca da Raposa. Fui criado ali. Com os amigos.
O que faltou a Bernardo foi coragem para contar ao pai Hélio sobre o primeiro filho. O jogador tinha apenas 15 anos quando a namorada engravidou. Antes de viajar para um torneio nos Estados Unidos com a Seleção Brasileira, ele pediu um favor ao tio Carlos.
- Liguei para o meu tio e pedi a ele para dar a notícia. Não encarei essa (risos). Ele sempre foi uma figura muito próxima. Foi ele quem cuidou do primeiro contrato de Bernardo com o Cruzeiro - lembra o jogador.
Bernardo parece ser ligeiro não apenas dentro de campo. O nascimento de Enzo não acalmou o jogador. O segundo filho, Lucca, já estava a caminho antes mesmo de o meia completar 18 anos...
- Quando veio o meu segundo filho, a minha mãe já morava comigo e a minha esposa em Belo Horizonte. Não contei nada, mas chegou um momento em que ela começou a estranhar a barriga e aí tive que falar (risos).
Bernardo já era experiente no assunto quando veio o terceiro filho... uma menina, que ganhou o nome de Beatriz.
- No terceiro, aí já fui eu mesmo a contar para o meu pai (risos).
Pai de três filhos com apenas 20 anos, o jogador vascaíno agora quer pisar no freio. E planeja fazer uma vasectomia no fim do ano. Não quer correr o risco de um quarto herdeiro.
- Já está bom - disse o meia, que garante não ter passado por dificuldades financeiras para educá-los até agora.
- Era tranquilo porque mesmo nas divisões de base do Cruzeiro eu recebia um salário que conseguia dar uma assistência em casa, não me deixava faltar nada. Mas sei que tenho que dar a vida em campo porque em casa tenho bocas para alimentar. Não me arrependo dos meus filhos. Mas, se estivesse morando com os meus pais, poderia ter esperado mais.
Bernardo com os filhos Enzo e Lucca em São Januário (Foto: Bernardo Ferreira / Globoesporte.com)Bernardo com os filhos Enzo e Lucca em São Januário (Foto: Rafael Cavalieri / Globoesporte.com)
Fora de campo, Bernardo tem um jeito tranquilo de ser. Gosta de ir treinar pela manhã escutando uma música mais calma no carro. Liga o rádio em uma estação que toca MPB. Apesar de ter crescido em São Paulo, o jeito de falar mansamente e agir lembram muito mais os mineiros. Ele precisa se controlar um pouco para não soltar um "uai" durante as conversas. Bem diferente do estilo em campo, onde parece ter traços mais do estilo do pai. Basta ver a explosão na comemoração do gol da vitória sobre o ABC, pela Copa do Brasil. O jogador saiu correndo enlouquecidamente, tirou a camisa, ficou batendo com as mãos no peito. O pai Hélio, que jogou em Fluminense, Palmeiras e Sport nas décadas de 80 e 90, ganhou o apelido de "doido" por causa da vontade dentro de campo e em alusão às comemorações frenéticas dos gols.
O pai Hélio ganhou o apelido de "doido" por causa da vontade dentro de campo e em alusão às comemorações frenéticas dos gols
- Acho muito legal fazer gols. Além de ser emocionante, ajuda o Vasco a vencer. Mas eu não jogo sozinho. Quando todos se ajudam em campo, tudo acontece com mais facilidade.
A fase artilheiro é uma novidade na carreira de Bernardo. Apesar de marcar muitos gols nas divisões de base - chegou a ser artilheiro da Copa São Paulo de Juniores em 2008 -, o jogador não tinha o hábito de balançar a rede com frequência como profissional. Pelo Cruzeiro, foram só dois gols em 30 jogos. Pelo Goiás, no ano passado, ele marcou sete vezes em 26 partidas. Pelo Vasco já são cinco gols em apenas nove jogos.
- Depois que virei profissional, ficou difícil marcar. Em 2009 foram apenas dois gols, mas eu jogava pouco. O Cruzeiro tinha um elenco maravilhoso e o Adilson Batista pouco me utilizava. No Goiás foram sete gols. Jogava encostado nos atacantes, mas tinha de voltar para marcar também.

Sem sucesso em Taça Libertadores, Muricy pega Peixe em situação difícil

Treinador tem a missão de redimir a equipe santista, cuja classificação está sob perigo, para tentar dar a volta por cima na competição continental

Por Adilson Barros Santos, SP
muricy ramalho santos  coletiva (Foto: Marcos Ribolli/ GLOBOESPORTE.COM)Muricy ainda busca um título da Libertadores
(Foto: Marcos Ribolli/ GLOBOESPORTE.COM)
O técnico Muricy Ramalho, do Santos, sempre é confrontado com uma questão desconfortável: por que ele vai muito bem em Campeonatos Brasileiros (venceu quatro), mas não consegue ganhar a Taça Libertadores? Em sua chegada ao Peixe não foi diferente. Nos últimos dias, teve de responder algumas vezes à incômoda questão. A equipe alvinegra está em situação complicada na competição. Precisa vencer o Cerro Porteño, na próxima quinta-feira, em Assunção, pela penúltima rodada do Grupo 5, para não depender de outros resultados na briga pela classificação às oitavas de final.

Se o Peixe não conseguir avançar, Muricy acabará acumulando em seu currículo mais uma chance perdida na Libertadores, embora só tenha assumido a equipe com a competição em andamento. Acontece que ele deixou o Fluminense também em situação delicada. Sob seu comando, o time carioca disputou três jogos: dois empates em casa, contra Argentinos Juniors-ARG e Nacional-URU, e uma derrota, para o América-MEX, no México.

Muricy afirma, porém, que não vê a conquista da Libertadores como uma obsessão. Por isso, não fica traumatizado com o fato de ainda não ter conseguido levantar o troféu mais cobiçado do continente.

- Tenho experiência e sou preparado para qualquer tipo de competição, inclusive a Libertadores. Mas não tenho essa loucura (pelo torneio continental) - afirmou

Como técnico, Muricy disputou a competição quatro vezes (está em sua quinta participação). Foram quatro pelo São Paulo (2006, 2007, 2008 e 2009). Caiu sempre em confrontos de mata-mata contra times brasileiros. Em 2006, o time tricolor perdeu a final para o Internacional (que tinha sido montado pelo próprio Muricy nos dois anos anteriores). Em 2007, foi eliminado pelo Grêmio, nas oitavas de final. No ano seguinte, o algoz são-paulino foi o Fluminense, nas quartas. Em 2009, também nas quartas, perdeu para o Cruzeiro.

Renato abre o jogo e fala sobre saudade do Rio e ciúmes da filha

Mais centrado, treinador do Grêmio diz que não pode sair nas ruas de Porto Alegre por causa do assédio e admite que a filha não é mais uma menininha

Por Rafael Cavalieri Rio de Janeiro
Renato Gaúcho, técnico do Grêmio, em Lima (Foto: Divulgação/Site oficial do Grêmio)Renato Gaúcho, técnico do Grêmio, em Lima
(Foto: Divulgação/Site oficial do Grêmio)
No passado ele disse que desfilaria nu por Ipanema, que dormiu com mais de mil mulheres e se denominou o rei do Rio de Janeiro. Estes são apenas alguns exemplos de inúmeras frases que tanto deram o que falar. O personagem em questão é Renato Portaluppi, o Renato Gaúcho. Mas a história agora é outra. A tão famosa irreverência anda sumida. O treinador do Grêmio se diz mais experiente, querendo fugir das polêmicas que o acompanhavam de perto.
A mudança do Rio de Janeiro para Porto Alegre, que aconteceu no ano passado após assumir o comando do Grêmio, é um dos fatores determinantes para isso. Em bate-papo com o GLOBOESPORTE.COM, Renato confessa que a saudade da cidade que o acolheu tão bem é grande. No Sul, além de não ter a tão querida praia de Ipanema, ele não consegue nem se mudar para um apartamento em função do enorme assédio dos gremistas que o idolatram. Renato ainda mora em um hotel.
Mas o mais agoniante é a distância da filha Carolina, de 16 anos. Assumidamente ciumento - chegou a dizer que instalou uma câmera em seu quarto com a desculpa da saudade - Renato Gaúcho não desgrudou da herdeira um segundo sequer nos dias em que esteve no Rio para a disputa do Mundial de Futevôlei 4x4. E diz que foi por ela que aceitou o desafio de treinar o clube onde é ídolo. Mas, mesmo com todos os contras, garante que não houve arrependimento com a decisão e sonha levar o Grêmio à conquista da Libertadores, que venceu como jogador. Confira abaixo a íntegra da entrevista.
Renato Gaúcho Filha (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Renato não largou a filha Carolina durante o Mundial de Futevôlei (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
GLOBOESPORTE.COM: É nítido como no Rio de Janeiro você se sente em casa. Do que mais sente falta desde que se mudou para Porto Alegre?
Renato: Sinto muita falta da praia, do futevôlei, do calor... Aqui é verão o ano todo. Nunca estive tão branco na minha vida (risos). Antes do Mundial estava há mais de três meses sem jogar futevôlei. Sinto uma saudade imensa da Carol (sua única filha) também. Mas tenho de trabalhar, não é? Se eu fosse rico estaria aqui agora levando esta rotina que eu sempre gostei muito.
A saudade da Carolina deve mesmo ser grande. Você não desgrudou dela um minuto sequer enquanto não estava jogando futevôlei. É a parte mais difícil? Como é sua relação com ela?
 Com certeza. Sempre que posso estou com ela. Temos uma relação muito aberta, falamos sobre todos os assuntos sem qualquer problema. Ela sempre abre o jogo comigo. E eu, como é dever de todo pai, aconselho sobre qualquer coisa. Sou mais velho, com uma grande experiência de vida. E ela está com 16 anos, perto de completar 17, tem muito o que aprender.
Você sempre foi ciumento quando o assunto é a Carolina. Chegou a dizer que tinha instalado uma câmera no quarto dela para monitorar a vida amorosa (confira o vídeo abaixo). Como consegue separar esse lado?
Eu sou muito ciumento com ela mesmo. Mas nossa relação, como eu falei, é aberta. Ela me conta tudo. Mas a Carol está crescendo, já está com 16 anos... Essa é a fase em que acontecem os namoros, fica querendo sair mais... Não posso estar 24 horas ao seu lado. Só espero que ela saiba se defender se algo acontecer. Mas deixa essa coisa da câmera para lá.
Já pensou em levá-la com você para Porto Alegre? Não tem como, infelizmente. A vida dela está aqui, precisa completar o colégio... Mas eu tenho de trabalhar. Faço isso por ela, não deixo faltar uma coisinha sequer na sua vida.
Como é a sua nova rotina em Porto Alegre? Como substituir os prazeres que tanto te fazem falta?
Não tem como. Eu moro em um hotel. Minha vida se resume a sair, ir para os treinos, voltar para o hotel, ir para os jogos e depois voltar mais uma vez para o hotel. Essa é a rotina. Eu não tenho como sair nas ruas. Aqui eu posso jantar em um restaurante, curtir minha praia... Tem assédio, mas não como é em Porto Alegre.
Você já foi idolatrado pelas torcidas do Flamengo, onde conquistou um Campeonato Brasileiro, do Fluminense, onde marcou o histórico gol de barriga, e do Vasco onde fez grandes trabalhos como treinador... Já viu algo parecido como o carinho dos gremistas?
Sei como é o carinho dos cariocas, mas não existe nada parecido com o que passo em Porto Alegre.  Eu não consigo sair nas ruas. Não tem como, não dá nem para andar. Fiz gols importantíssimos como os da final do Mundial e o carinho pelo clube é imenso também. Mas é uma realidade. Por exemplo, moro até hoje em um hotel porque nem em prédio residencial tem como. Se descobrem vai ter gente batendo na porta, os vizinhos vão se incomodar, além de querer tirar uma casquinha também...
Sei como é o carinho dos cariocas, mas não existe nada parecido com o que passo em Porto Alegre. Eu não consigo sair nas ruas"
Renato
Falando desta maneira, parece até que bate um arrependimento de ter aceitado o convite para retornar ao Olímpico... Você sente isso?
Claro que não. Não há qualquer tipo de arrependimento. Comecei no Grêmio, foi uma honra ter recebido o convite. Além disso eu precisava trabalhar e o Grêmio oferece uma estrutura maravilhosa.
O Renato Gaúcho frasista e polêmico de outros tempos parece ter ficado no Rio de Janeiro. O que aconteceu? Está realmente mais calmo?
É por aí mesmo... Estou mais calmo... E mais experiente também... Estou com 48 anos e prefiro falar pouco. Não quero me estressar e acabar entrando em qualquer tipo de provocação.
Após muitos anos comandando clubes do Rio de Janeiro, como é mudar para o Sul, que tem um futebol tão característico?
Sou gaúcho e conheço muito bem o futebol do Sul. Tanto é que tive um começo maravilhoso, sem problemas de adaptação. Ano passado terminamos entre os quatro primeiros do Brasileiro, este ano conquistamos o primeiro turno do Gaúcho e estamos lutando na Libertadores. E todos nós queremos muito mais.
Nesta temporada, uma das grandes apostas foi Carlos Alberto, outro velho conhecido dos gramados cariocas. Você já foi até criticado por escalá-lo. Como ele está? Vale a aposta?
Claro que vale. Ninguém discute a qualidade do Carlos Alberto. Foi um jogador que eu lancei no Fluminense com 17 anos. É um vencedor, mas ele precisa se ajudar. Apoio da diretoria, do técnico, da comissão e dos jogadores ele tem. Agora ele precisa retribuir. Mas se vale a aposta? Vale sim.

Rio de Janeiro derrota o Pinheiros e fica a uma vitória da final da Superliga

Com grandes atuações de Mari e Sheilla, time carioca vence por 3 sets a 0 fora de casa e agora decidirá a classificação no Maracanãzinho

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
Comemoração Pinheiros x Unilever (Foto: Divulgação / Luiz Doro)Jogadoras do Rio de  Janeiro comemoram durante
a vitória (Foto: Divulgação / Luiz Doro)
O Rio de Janeiro deu um grande passo para tentar chegar à sua sétima final consecutiva da Superliga Feminina. No primeiro confronto das semifinais, no ginásio Henrique Villaboin, na noite desta sexta-feira, o time do técnico Bernardinho contou com grandes atuações de Mari e Sheilla para derrotar o Pinheiros por 3 sets a 0, parciais de 25/20, 25/23 e 25/11, ficando a uma vitória da decisão do campeonato.
Agora, as duas equipes terão muito tempo para trabalhar até o segundo confronto. Rio de Janeiro e Pinheiros só voltam a se enfrentar no dia 16 de abril, sábado, às 10h, no Maracanãzinho. A TV Globo transmite o duelo. Se houver necessidade de um terceiro jogo, ele também será no ginásio carioca.
- Estou feliz de ter ajudado a equipe, mas não acabou ainda. Tem o próximo jogo e temos que nos preparar ainda mais. O Pinheiros é uma grande equipe, mas conseguimos impor nosso jogo hoje - afirmou Suelle, escolhida a melhor jogadora da partida.
A partida, que começou com um minuto de silêncio pelas crianças mortas em uma escola em Realengo na quinta-feira, valia muito para as duas equipes, e as jogadoras sentiram a pressão. Foram oito erros dos dois times até o primeiro tempo técnico, quando o Rio de Janeiro vencia por 8/6. Contando com boas atuações de Mari e Sheilla, o time carioca chegou a abrir seis pontos de vantagem (17/11), mas sofreu com o saque de Fabíola, passou a errar muito e viu a diferença cair para dois pontos em um erro de recepção de Regiane (17/15).
Com o set se aproximando do momento decisivo, Dani Lins passou a apostar em Sheilla. A escolha se mostrou correta, o time carioca abriu vantagem outra vez e, com um ataque de Suelle, o Rio fez 25/20 para vencer o primeiro set.
Pinheiros x Unilever Mari (Foto: Divulgação / Luiz Doro)Mari foi uma das principais jogadoras do Rio de Janeiro na vitória desta sexta (Foto: Divulgação / Luiz Doro)
O bloqueio do Rio de Janeiro começou forte na segunda parcial e o time paulista encontrou muita dificuldade para furar o paredão adversário. Dos primeiros oito pontos dos visitantes no set, quatro foram neste fundamento. E foi justamente com Dani Lins bloqueando que as cariocas chegaram ao tempo técnico vencendo por 8/3.
Paulo Coco arriscou e foi fazendo mudanças. Ivna no lugar de Soninha, Carol no lugar de Marina, e Karine substituindo Fabiola. Deu certo, e a equipe acordou. Especialmente Lia, que comandou a reação do time da casa, bloqueando e atacando bem. E foi justamente em uma diagonal da oposta que o Pinheiros virou para 15/14. As paulistas seguiram em vantagem, mas, sem conseguir se distanciar no placar, acabaram surpreendidas no fim. A dois pontos do fim do set, o Rio virou em um bom saque de Amanda, e fechou em 25/23 com um ataque de Mari.
O Rio de Janeiro mais uma vez começou muito bem no terceiro set e abriu 5/0 antes de o Pinheiros fazer seu primeiro ponto, com Jú Costa. Com o time visitante mantendo o bom ritmo, as paulistas praticamente jogaram a toalha. Contando com erros do adversário e com suas atacantes funcionando muito bem, as cariocas não tiveram dificuldade para fazer 25/11 e fechar o jogo em 3 sets a 0.
- Acho que o time está de parabéns. Jogamos bem, tirando o segundo set, que ficamos muitos pontos na frente, e aí abaixou a concentração, deixamos elas chegarem, mas conseguimos vencer - destacou Sheilla.

Vampeta, 37, vai voltar a jogar neste domingo, na Série A3 do Paulista

Técnico do Osasco, Velho Vamp vai se escalar por pelo menos dez minutos em jogo que só servirá para cumprir tabela; o time dele já está classificado...

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
Vampeta e Rincon (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Vampeta é técnico e agora também jogador do
Osasco (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Vampeta, 37 anos, vai voltar a jogar futebol. Será neste domingo, pelo Grêmio Osasco, em jogo contra o Itapirense, válido pela última rodada da primeira fase da Série A3 do Campeonato Paulista, em Osasco.
Detalhe: o Velho Vamp, que não joga há três anos, é também o técnico do Osasco. E só vai entrar em campo porque seu time está classificado há tempos para a segunda fase e não tem como perder a primeira colocação, já garantida.
- Vai ser um jogo pra jogar 10 minutos, meu tempo como atleta já foi, agora to numa nova incumbência é apenas um sonho o presidente de fazer uma homenagem, como foi feito pro Romário – diz Vampeta.
A possível atuação de Vampeta é cercada de expectativa entre os próprios jogadores. Alguns ainda duvidam da possibilidade.
- Eu mesmo não sei se realmente é verdade, mas ele anda entrando nos dois toques, correndo na esteira, vamos ver se ele dá uma emagrecida um pouquinho mais, acho que tem condição de jogar – diz o zagueiro Nenê.
- O importante é que ele tem vontade, se vai ter condições de jogar a gente não sabe – completa o lateral-direito e volante Rogério, aquele ex-Corinthians, “imortalizado” pelas oito pedaladas que tomou de Robinho na final do Campeonato Brasileiro de 2002.
Vampeta admite que a forma física está longe do ideal, mas brinca com o assunto:
- Pô, se o Ronaldo jogou, o Adriano chegou.... eu também posso chegar!
O mais curioso do contrato de Vampeta como jogador é a multa rescisória: R$ 500. A julgar pela forma física do Velho Vamp, vai ser difícil aparecer um clube interessado.
Fred justifica saída pela lateral e garante: 'Nunca fugi da imprensa'
Atacante diz que ficou conversando com funcionárias da Polícia Federal e lembra que sempre fala nos momentos complicados da equipe

Por Cahê Mota e Edgard Maciel de Sá. Rio de Janeiro
imprimir
fred coletiva fluminense (Foto: Wallace Teixeira/ Photocamera)Fred, durante a coletiva nas Laranjeiras
(Foto: Wallace Teixeira/ Photocamera)

Depois de sair por uma porta lateral do Galeão e não dar declarações no desembarque do Fluminense após a derrota por 2 a 0, para o Nacional-URU, pela Taça Libertadores, o atacante Fred esclareceu o ocorrido nesta sexta-feira. Após trabalhar na academia das Laranjeiras com o restante dos titulares, o camisa 9 explicou que perdeu tempo no Free Shop e conversando com funcionários da Polícia Federal, que deram a opção de o jogador sair pelo lado do aeroporto já perto do ônibus tricolor, onde seu irmão esperava para buscá-lo.

- Eu estava já quase na porta do desembarque quando uma senhora da Polícia Federal me chamou para me apresentar algumas amigas que eram minhas fãs. Já tinha perdido tempo no Free Shop, e meu irmão estava ligando. Foi quando sugeriram uma saída pela lateral, já perto do ônibus. Não corri da imprensa. Todos sabem que nunca fiz isso. Tanto que nos momentos mais difíceis da equipe quem mais fala sou eu. É até natural pela minha posição no grupo. Quando está tudo bem, peço aos assessores para colocar a molecada para falar, como Tartá e Fernando Bob.

Fred se mostrou chateado com a situação e deixou claro que não tem obrigação alguma de falar:

- Quem escreve que eu fugi da imprensa é maldoso. Mas tem horas que vou preferir não falar mesmo. Quando estiver de cabeça quente. E vocês têm que saber respeitar isso. Tenho o direito e falo quando quiser. Até me assustei com as notícias. Só falaram disso. Chega a ser falta de respeito. Nunca fugi do pau.

O abatimento pelo resultado negativo em Montevidéu, porém, já é passado. Segundo o atacante, é hora de colocar a cabeça no lugar, treinar e focar apenas em uma vitória domingo, diante do Americano, às 16h (de Brasília), em Macaé.

- Ficamos tristes com a derrota, ainda mais depois do primeiro tempo. Mas já estamos trabalhando de novo, e isso passa. Estamos acostumados a ganhar, mas sabemos que nem sempre é possível. Ainda temos chances na Libertadores. É pequena, mas ela existe. Como também era difícil ser campeão brasileiro em 2010. Agora temos de nos desligar da Libertadores e pensar apenas no Carioca. Quando a fase não está boa, cada jogo vira uma decisão.

Com 11 pontos em seis jogos, o Fluminense ocupa a terceira posição do Grupo B da Taça Rio, atrás de Olaria e Botafogo. Na Libertadores, o time está na lanterna do Grupo 3 com cinco pontos e precisa de uma combinação de resultados para passar às oitavas de final.

Inter confirma demissão do técnico Celso Roth

Após dia de mistério, treinador tem saída oficializada pela diretoria. Falcão deve ser o substituto

Por Alexandre Alliatti Porto Alegre
Celso Roth Internacional (Foto: AP)É o fim da linha para Roth: campeão da América, ele não resistiu à bronca da torcida (Foto: AP)
Não será com Celso Juarez Roth que o Inter prosseguirá sua caminhada em busca do tricampeonato da Libertadores da América. No início da noite desta sexta-feira, a diretoria colorada oficializou a demissão do treinador, após horas de vaivém em informações sobre a continuidade do técnico no Beira-Rio. Ele não resistiu à enorme pressão da torcida. Está encerrado, assim, um processo iniciado ainda em dezembro, com o fracasso no Mundial. Desde lá, Roth esteve na corda bamba. E agora, empurrado pela torcida, pendeu para um lado: a demissão. Paulo Roberto Falcão é o grande favorito para assumir a vaga dele. Dunga também é um nome forte.
É o fim da terceira passagem de Roth pelo Beira-Rio. Em 1997, ele foi campeão gaúcho. Em 2002, participou de um quase-rebaixamento. No ano passado, assumiu o time nas semifinais da Libertadores da América. E foi campeão. Parecia, assim, iniciar um novo ciclo, com um pouco de paz, mas tudo ruiu novamente com a derrota para o Mazembe. Durante quatro meses, Roth correu risco de demissão. Até finalmente cair...
O técnico foi comunicado da demissão no Beira-Rio. A diretoria se reuniu com ele ali e oficializou a decisão. Segundos antes de o vice-presidente de futebol do Inter, Roberto Siegmann, aparecer para uma entrevista coletiva, o twitter oficial do clube divulgou que ele não era mais o treinador do time vermelho. O dirigente, em seguida, confirmou que a insatisfação da torcida pesou na decisão.
- Ela não é determinante, porque é muito difícil para o dirigente dirigir o futebol do clube fazendo uma permanente enquete. Uma determinada opinião pode ser ocasional. Temos um acúmulo que vem desde o Campeonato Brasileiro. Ela não é determinante, mas tem que ser considerada. A comunicação tem um papel muito importante. As formas de interação são muito presentes, muito estreitas. Quando falo do torcedor, estendo isso a parte dos dirigentes, a parte dos conselheiros – disse Siegmann.
Roth, pouco depois, deixou o Beira-Rio. Não quis dar entrevistas. Foi seu último ato dez meses depois de chegar ao Inter justamente em meio à disputa da Libertadores, mal sabendo que viveria o avesso da situação um ano depois.
Agora, a torcida aguarda o anúncio do novo nome. Paulo Roberto Falcão é o grande favorito. Dunga corre por fora.

Apresentação de Vágner Mancini nesta segunda terá portões abertos

Entrevista coletiva está marcada para as 16h, no Carlos Alencar Pinto

Por GLOBOESPORTE.COM Fortaleza
vagner mancini, guarani (Foto: Site Oficial)O Ceará será o primeiro clube comandado por
Vágner Mancini em 2011 (Foto: Site Oficial)
A diretoria do Ceará informou, por meio do site oficial do clube, que o novo técnico da equipe, Vágner Mancini, será apresentado oficialmente nesta segunda-feira, às 16h, no Estádio Carlos Alencar Pinto, o Vovozão, que tem capacidade para três mil pessoas.
Devido à festa de recepção ao novo comandante alvinegro, excepcionalmente nesta segunda os portões serão abertos à torcida, que também poderá acompanhar as atividades da equipe.
Vágner Mancini, de 44 anos, chega ao Ceará após a saída de Dimas Filgueiras, que pediu para se desligar do cargo. Dimas, no entanto, irá continuar trabalhando no clube, mas como coordenador de futebol. O último time treinado por Mancini foi o Guarani, em 2010. Ele também já teve passagens por Grêmio, Vasco, Santos e Vitória, além do Paulista, por onde foi campeão da Copa do Brasil de 2005.

Em nova passagem relâmpago, Valdiran deve deixar o Ferroviário

Há menos de um mês no clube, atacante jogou apenas duas vezes e diretoria, falando em 'problemas extracampo', negocia sua dispensa

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
valdiran ferroviário (Foto: Divulgação / Site oficial do Ferroviário)Valdiran pode deixar Ferroviário sem nenhum gol
(Foto: Divulgação / Site oficial do Ferroviário)
Não foi dessa vez. Depois de quase um mês no Ferroviário, o atacante Valdiran deve ser dispensado dentro dos próximos dias. Segundo a assessoria de imprensa do clube, o presidente da instituição, Luiz Neto, e o jogador, que apresentou “problemas extracampo”, estão negociando um acordo e a saída do atleta está próxima de se concretizar.
Durante 27 dias, Valdiran chegou a ser afastado para treinar com o time sub 17, só jogou em duas partidas e não marcou gols pelo Ferroviário: sua estreia foi no empate em 1 a 1 contra o Icasa, quando entrou no segundo tempo, e, na rodada seguinte, na derrota por 1 a 0 para o Itapipoca, o jogador teve sua primeira oportunidade como titular, mas deixou o campo aos 27 minutos de jogo sentindo indisposição estomacal, de acordo com a assessoria do clube.
Se confirmada a dispensa, esta será mais uma passagem relâmpago do atacante por um clube de futebol. Antes de defender o Ferroviário, Valdiran ficou pouco mais de uma semana no Central-PE, onde teve seu contrato rescindido sob acusação de indisciplinas envolvendo bebidas alcoólicas e mulheres na concentração. Em 2008, o atleta também ficou pouco mais de um mês no Criciúma, quando foi dispensado sob alegação de atrasos.