domingo, 13 de fevereiro de 2011

Lendas participam de documentário sobre drogas no mundo do surfe

'Ruffo' contará a história de um surfista acusado de tráfico de metanfetamina

Por GLOBOESPORTE.COM Santa Cruz, EUA
Ruffo cartaz filme de surfe (Foto: Divulgação/Site Oficial)Cartaz do documentário 'Ruffo'
(Foto: Divulgação/Site Oficial)
Na semana do dia 10 de dezembro, pouco mais de um mês depois da morte do havaiano Andy Irons, o diretor de cinema Rocky Romano gravou mais de 40 depoimentos. Entre eles, os de Sunny Garcia, Michael Ho, Shane Beschen e Dino Andino. O tema era o uso de drogas no mundo do surfe. Romano está montando um documentário sobre o assunto, tomando como base a história de Anthony Ruffo, surfista de 47 anos que, na década de 80, pôs o pico californiano de Santa Cruz no cenário internacional. No dia 14, Ruffo será julgado por tráfico de metanfetamina.
Ruffo foi o primeiro campeão do Coldwater Classic, em 1985. Usuário de drogas assumido, ele faz tratamento em uma clínica e criou um projeto para ajudar os surfistas que passam pelo mesmo problema.
Segundo o diretor, a morte de Andy Irons - que, durante a carreira, teve sua imagem associada a drogas -, abriu espaço para a abordagem do tema. O havaiano tricampeão mundial foi encontrado morto em um quarto de hotel, em Dallas, dias depois de dizer à família que estava com dengue. As causas da morte ainda não foram divulgadas.
- Espero que esse filme seja o documentário antidroga mais eficiente já produzido - disse Rocky Romano, em entrevista ao "Sierra Sun".
 

Após show dos filhos, pais de Lucas e Neymar comemoram em Arequipa

Neymar Silva e Jorge Rodrigues comentam atuação dos jogadores na goleada por 6 a 0 sobre o Uruguai, neste domingo, pelo Sul-Americano

Por Márcio Iannacca Direto de Arequipa, Peru
Pais de Lucas e Neymar na concentração do hotel em Arequipa (Foto: Márcio Iannacca / Globoesporte.com)Neymar Silva e Jorge Rodrigues no hotel da
sub-20 (Márcio Iannacca / Globoesporte.com)
Neymar e Lucas foram os protagonistas da goleada da Seleção Brasileira sub-20 por 6 a 0 sobre o Uruguai, neste domingo, em Arequipa, no Peru. O resultado consagrou o time canarinho como campeão do Sul-Americano e com o passaporte carimbado para as Olimpíadas de 2012, em Londres. Após a festa no gramado, os dois astros comemoraram com os pais Neymar Silva e Jorge Rodrigues, no restaurante do Hotel Libertador, concentração da delegação durante o hexagonal final do torneio continental.
No bate-papo com o GLOBOESPORTE.COM, Neymar Silva brincou ao comentar a comemoração do filho, que fez o movimento de que como se estivesse dirigindo um carro. Na semana passada, no dia do aniversário do atacante, o pai do atleta revelou que o garoto queria trocar de veículo. Porém, o negócio só seria concretizado se as metas estipuladas pela família fossem alcançadas durante o Sul-Americano sub-20.
- A vida é feita de metas e ele cumpriu tudo o que foi programado. O Neymar ainda não escolheu o carro, mas já tem gasolina para ser igual ao que eu dei para ele de aniversário - brincou Neymar Silva, referindo-se a Ferrari de brinquedo que deu ao filho no último dia 5 de fevereiro.
A vida é feita de metas e ele cumpriu o que foi programado"
Neymar Silva
A partir de agora, o objetivo de Neymar é levar o Santos ao título da Libertadores. Segundo o pai do jogador, a experiência no Sul-Americano vai ser importante para o atleta ter uma boa atuação na competição continental, que começa nesta terça-feira para o Peixe, contra o Deportivo Tachira, em San Cristóbal, na Venezuela.
- O importante é ele levar essa experiência adquirida aqui (no Sul-Americano) para o Santos. A responsabilidade é grande a partir de agora. Ele se portou muito bem durante essa competição. É uma experiência que ele vai levar para o resto da vida - disse o pai do atacante, eleito o melhor jogador do torneio pela Conmebol.
Na volta ao Brasil, Neymar espera que seu pai cumpra a promessa que fez e lhe dê de presente de aniversário um carro novo. Em Arequipa, o atacante teve de se contentar com uma Ferrari de brinquedo.
- Ele me falou que se eu fosse campeão e fizesse dois gols, o carro era meu. Agora, ele tá lá em cima (nas arquibancadas) olhando. Ele sabe que vai ter de cumprir – brincou.
O pai de Lucas também estava empolgado com a atuação do filho, que marcou três vezes diante do Uruguai. Jorge Rodrigues revelou o papo que teve com o apoiador antes do confronto.
- Percebi que ele me procurou na arquibancada porque eu grito muito e ele sempre me procura nos estádios. É uma sensação que não tem dinheiro que pague. Eu falava para o Lucas que seria o dia dele, que eu confiava nele. O potencial dele é esse. Estou feliz, contente e ainda bem que as coisas estão acontecendo naturalmente. Ele está construindo tijolinho por tijolinho e isso é ótimo.
Neymar e o pai Neymar Silva na concentração da Seleção (Foto: Mowa Press)Neymar abraça o pai na concentração da Seleção Brasileira sub-20, em Arequipa (Foto: Mowa Press)

Após Sul-Americano, jogadores da sub-20 lutam para vingar em Londres

Nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, apenas o volante Lucas e o atacante Alexandre Pato disputaram torneio continental, no Paraguai, no ano anterior

Por Márcio Iannacca Direto de Arequipa, Peru
Neymar e Lucas comemoram o título Sul-Americano em Arequipa (Foto: Mowa Press)Neymar e Lucas têm grandes chances de jogar
as Olimpíadas de 2012, em Londres (Mowa Press)
Após carimbarem o passaporte da Seleção Brasileira para as Olimpíadas de 2012, em Londres, uma interrogação vai pairar sobre a cabeça dos jogadores que disputaram o Sul-Americano sub-20, no Peru. São poucos os atletas que passam pelo torneio continental e conseguem ser convocados para os Jogos. Em 2008, em Pequim, por exemplo, apenas o volante Lucas e o atacante Alexandre Pato conseguiram participar das duas competições. Será que os 20 guerreiros do técnico Ney Franco conseguirão se firmar no time canarinho até lá? O GLOBOESPORTE.COM fez um levantamento de quem poderá chegar à Inglaterra no ano que vem.
Seis atletas saem em alta da competição. Os laterais Danilo e Alex Sandro, os volantes Casemiro e Fernando, o meia Lucas e o atacante Neymar. Os seis formaram a base do time canarinho que alcançou a classificação para as Olimpíadas de 2012. Os outros atletas receberão uma avaliação de Ney Franco, que fará um relatório para Mano Menezes, o treinador nos Jogos de Londres.
- Já sabíamos que o processo seria esse. A única expectativa que se cria é que você começa a torcer para que alguns jogadores que estavam aqui estejam na Seleção olímpica. Vamos dar uma elogiada em alguns e sabemos quem se destacou na competição. Espero que alguns possam representar bem o Brasil nas Olimpíadas e no Mundial do Brasil, em 2014 - afirmou o comandante da equipe sub-20.
Você começa a torcer para que alguns jogadores que estavam aqui estejam nas Olimpíadas"
Ney Franco
Para os Jogos Olímpicos, Mano Menezes só poderá convocar 18 atletas, como ocorreu nos Jogos de Pequim, em 2008. Com isso, dois nomes que disputaram o Sul-Americano já teriam que ser descartados. Outro dado que pode prejudicar a garotada da sub-20 é a possibilidade de chamar três atletas com idade acima dos 23 anos.
E é esse justamente o trabalho que tem sido feito na Seleção principal. Desde que assumiu o time, Mano Menezes tem convocado atletas com idade olímpica. De acordo com o regulamento dos Jogos de Pequim, os atletas que atingiram o limite de idade no ano da competição, independentemente do mês, poderiam ser chamados normalmente - ou seja, nascidos a partir de 1º de janeiro de 1989. Para 2012, esse é o caso, por exemplo, do atacante Alexandre Pato.
Para o gol, Gabriel se destacou principalmente no hexagonal final do Sul-Americano, mostrando firmeza e salvando o Brasil quando necessário. Porém, o titular deve ser Neto, ex-Atlético-PR, e agora na Fiorentina, da Itália. Quem também foi chamado por Mano Menezes em uma de suas primeira convocações foi Renan, do Avaí, mesmo clube de Aleksander, reserva da sub-20, no Peru.
Gêmeos do Manchester podem aparecer nas laterais; Ganso e Pato na frente
Nas laterais, Danilo e Alex Sandro, ambos do Santos, foram titulares durante a campanha do tricampeonato sul-americano. Os dois deram conta do recado, mas têm a concorrência forte dos gêmeros Fábio e Rafael, do Manchester United. Os reservas Rafael Galhardo, do Flamengo, e Gabriel Silva, do Palmeiras, também têm chances de seguir na Seleção até os Jogos.
Dois zagueiros "europeus" também terão idade para atuar em Londres. Breno, do Bayern de Munique, esteve inclusive no elenco em 2008. Sidnei, que deve ter mais espaço no Benfica com a venda de David Luiz, é outra opção para um setor que passou por dificuldades no Perú.
Paulo Henrique Ganso no treino do Santos (Foto: Ag. Estado)Ganso tem idade para vestir outra camisa amarela
nas Olimpíadas de Londres em 2012 (Ag. Estado)
Dois volantes da sub-20 estão bem cotados no conceito de Ney Franco. Casemiro, que marcou três vezes no Sul-Americano, e Fernando, muito elogiado pelo comandante, têm grandes chances de vingar nas Olimpíadas. Sandro, do Tottenham, é outro nome praticamente certo. Para o meio-campo, Lucas e Philippe Coutinho, que não participou do torneio continental por conta de uma lesão, podem pintar na lista de Mano Menezes. Além, é claro, de Paulo Henrique Ganso, do Santos, ausência nas listas desde que se machucou, em agosto.
Já para o ataque, três nomes devem figurar na lista para as Olimpíadas: Neymar, André, do Bordeaux, e Alexandre Pato. Os três têm sido convocados até para a Seleção principal.
Faltando pouco mais de um ano e meio para os Jogos, Mano ainda terá tempo para avaliar os 18 jogadores que serão convocados para as Olimpíadas. Se o trabalho for como o realizado em Arequipa, a Seleção Brasileira tem tudo para finalmente conquistar o inédito ouro olímpico.

Um ‘vestibular’ de cartas marcadas

sáb, 12/02/11
por Rafael Lopes |

Bruno Senna e Nick Heidfeld testam pela Renault-Lotus em Jerez de la Frontera
O acidente de Robert Kubica no rali “Ronde di Andora” colocou a Renault-Lotus em uma posição bastante complicada. A um mês do início da temporada 2011 da Fórmula 1, a equipe chefiada pelo francês Eric Boullier ficou sem seu primeiro piloto, que seria a grande referência para o desenvolvimento do R31, modelo deste ano, que conta com o inovador escapamento dianteiro. O russo Vitaly Petrov, que não mostrou muita coisa em sua primeira temporada na categoria, era o outro titular. Dentro do time, a dúvida entre trazer um novo piloto, com mais experiência, ou apostar em um dos reservas pipocava a todo momento. As opções no mercado não eram muitas, tampouco animadoras. Boullier, então, restringiu a lista: Nick Heidfeld, Vitantonio Liuzzi e Bruno Senna.
Só que o dirigente se revelou bastante contraditório. Após dizer que Senna, seu principal reserva, teria chances na disputa, voltou atrás e disse que o time precisava de alguém com experiência. Em seguida, mudou de ideia novamente. E foi assim durante toda a última semana. Político, Boullier parecia não querer se comprometer: dizia o que a imprensa queria ouvir naquele momento. E a Renault-Lotus decidiu avaliar Heidfeld e Bruno Senna no fim de semana de testes em Jerez de la Frontera, em uma espécie de “vestibular”. O alemão andaria no sábado e o brasileiro, no domingo. O time só avaliará outras opções, como Liuzzi e o espanhol Pedro de la Rosa, em caso do alemão, ex-Sauber, não agradar. Ou seja, é um “vestibular” feito para Heidfeld entrar.
O alemão tem experiência neste tipo de prática. Em 2005, ele disputou contra Antonio Pizzonia uma vaga de titular na Williams. Heidfeld tinha o apoio da BMW, fornecedora de motores na ocasião, e o brasileiro, que já era o piloto de testes, contava com o apoio da equipe. Cada um andou em oito dias nos circuitos de Jerez de la Frontera, Barcelona e Valência. O “Jungle Boy” foi melhor avaliado após todas as atividades, mas a vontade da montadora prevaleceu: Heidfeld assumiria a vaga de titular. A situação em 2011 é parecida, só que as grandes credenciais do alemão, desta vez, são a experiência e a ótima fama de bom acertador de carros. Algo essencial em uma Fórmula 1 com testes proibidos durante a temporada.
Em uma análise fria da situação, Heidfeld realmente é o melhor nome disponível para substituir Kubica por boa parte ou por toda a temporada. Apesar de nunca ter brilhado na Fórmula 1, o alemão é o único dos nomes citados pela Renault-Lotus capaz de assumir uma responsabilidade tão grande para a equipe. A chance de Bruno Senna testar em Jerez é algo bastante justo com o brasileiro. É fato que se o polonês precisasse se ausentar por uma ou duas corridas, ele assumiria a vaga. Se o lesionado fosse Petrov, por exemplo, seria uma aposta menos arriscada colocar um reserva com apenas um ano de experiência na categoria. Afinal, o desenvolvimento do carro e a responsabilidade ficariam nas mãos do companheiro.
Para encerrar, sobre os testes deste fim de semana em Jerez de la Frontera, Heidfeld deve mesmo assumir a vaga de titular. A única chance de Bruno Senna – e não é garantida, mesmo assim – seria ter um desempenho amplamente superior ao do alemão. Vale lembrar que não se trata de tempo na pista, já que as condições dela mudam muito de um dia para o outro, mas do trabalho com os mecânicos e engenheiros. Ou seja, dar um bom feedback sobre o carro e apontar direções no sentido de evoluir o R31. Sendo realista, Heidfeld tem muito mais condições de fazer esse papel. E isso não é demérito para Bruno. Ele precisa mostrar que merece uma chance mais para o fim do ano ou em 2012. Este tem de ser seu objetivo quando entrar no cockpit neste domingo.

Barrichello é o melhor da semana, e Bruno Senna fecha testes em quinto

Brasileiro da Williams surpreende favoritos e fecha o dia em primeiro em Jerez de la Frontera. Piloto da Renault-Lotus fica um segundo atrás de Nick Heidfeld

Por GLOBOESPORTE.COM Jerez de la Frontera, Espanha
Para quem achava que a Williams estava longe dos ponteiros, Rubens Barrichello tratou de mudar essa ideia com o melhor tempo da semana de testes no circuito de Jerez de la Frontera, no sul da Espanha. A equipe inglesa enfrentou alguns dias com problemas no FW33, principalmente na refrigeração do Sistema de Recuperação de Energia Cinética (Kers), mas se recuperou. Com 1m19s832, o brasileiro ficou 0s769 à frente de Kamui Kobayashi, da Sauber, o segundo colocado.
Barrichello no teste em Jerez (Foto: AFP)Rubens Barrichello fecha a semana na frente em Jerez de la Frontera, na Espanha (Foto: AFP)
Bruno Senna no teste da Renault-Lotus (Foto: EFE)Bruno Senna fechou o dia em quinto (Foto: EFE)
Bruno Senna, reserva da Renault-Lotus era uma das atrações do dia, em seu primeiro teste com o R31. O brasileiro deu 68 voltas e marcou o tempo de 1m21s400 na melhor delas, terminando o dia em quinto. Ele foi cerca de um segundo mais lento que o alemão Nick Heidfeld, grande favorito à vaga de Robert Kubica, que sofreu um acidente de rali no último domingo e deve perder boa parte da temporada. O piloto, no entanto, foi mais rápido que o outro titular, o russo Vitaly Petrov.
O espanhol Fernando Alonso, que viu as arquibancadas cheias de seus torcedores mais uma vez, ficou em terceiro com a Ferrari, mais de um segundo atrás de Barrichello. O suíço Sebastien Buemi, da STR, foi o quarto, um posto à frente de Bruno Senna. O finlandês Heikki Kovalainen, do Team Lotus, andou bem à tarde e completou a lista dos seis primeiros colocados.
Veja as melhores imagens dos testes deste domingo em Jerez de la Frontera
Atual campeão da Fórmula 1, o alemão Sebastian Vettel, da RBR, concentrou as atenções em trechos mais longos na pista e ficou apenas com o oitavo tempo do dia. O inglês Jenson Button, que levou o título em 2009, foi o nono com a nova McLaren. A equipe inglesa apostou nas avaliações do acerto do carro em relação ao desgaste dos novos pneus Pirelli.
A sessão foi interrompida cinco vezes neste domingo. Além de uma escapada de Kobayashi e de uma rodada do escocês Paul di Resta, da Force India, o belga Jerome D'Ambrosio, da Marussia Virgin, o alemão Nico Rosberg, da Mercedes, e Barrichello tiveram problemas mecânicos e ficaram parados na pista. O tempo neste domingo em Jerez esteve nublado, com vento e temperatura amena, de 16ºC. Uma leve garoa chegou a cair nos minutos finais, mas não atrapalhou.
Confira os melhores tempos deste domingo em Jerez de la Frontera:
1 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - 1m19s832 (103 voltas)
2 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - 1m20s601 (86)
3 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m21s074 (115)
4 - Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - 1m21s213 (90)
5 - Bruno Senna (BRA/Renault-Lotus) - 1m21s400 (68)
6 - Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus-Renault) - 1m21s632 (43)
7 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m22s103 (45)
8 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 1m22s222 (90)
9 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m22s278 (70)
10 - Jerome D'Ambrosio (BEL/Marussia Virgin-Cosworth) - 1m22s985 (45)
11 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - 1m23s111 (99)

Brasileiro surfa onda gigante na remada e tenta entrar para o Guiness

Sem jet ski, baiano Danilo Couto encara altura de 20m em Jaws, no Havaí

Por GLOBOESPORTE.COM Jaws, Havaí
Nada de segurar corda e ser puxado por jet ski. O baiano Danilo Couto, morador de longa data da ilha de Maui, no Havaí, embarcou numa cruzada para escrever seu nome na história após descer aquela que pode ser a maior onda surfada apenas na remada - cerca de 20 metros, em Jaws. Documentado, o feito da última terça-feira será inscrito no XXL, o Oscar das Ondas Gigantes, e enviado ao Livro dos Recordes.
Danilo Couto surfe - onda gigante Jaws (Foto: Divulgação)Danilo Couto na onda em Jaws: tentativa de entrar para o Livro dos Recordes (Foto: Divulgação)
Quem faz a medição oficial da onda e encaminha para o Guiness é a própria XXL, portanto os 20m ainda não são oficiais. A maior onda já surfada até hoje na remada foi em Mavericks, na Califórnia, no ano passado. No dia 13 de fevereiro, Shawn Dollar desceu uma onda de 18,5m, e o feito foi oficializado no Livro dos Recordes.
Clique aqui e confira, na página 8, o vídeo com a onda surfada por Danilo
Geradas por uma intensa tempestade, as ondas gigantes de Jaws na terça-feira foram encaradas por Danilo e outros surfistas como Ian Walsh, Mark Healey, Greg Long e Siou Milosky. Os próprios companheiros admitiram que Danilo pegou "a onda do dia".
Danilo foi finalista do XXL em 2010, assim como os também brasileiros Carlos Burle e Alex Martins, mas nenhum deles ficou com o prêmio. No feminino, Maya Gabeira levou o troféu pela quarta vez.
 

He-Man entra em ação novamente, Flu vence Madureira e termina líder

Rafael Moura marca quinto gol em três jogos, e garante triunfo por 1 a 0. Empate entre Bota e Macaé faz com que o Boavista seja o rival na semi

por Cahê Mota
O super-herói tricolor entrou em ação novamente. Com time misto, o Fluminense sofreu com a falta de entrosamento, mas contou com os poderes do He-Man Rafael Moura para despachar o Madureira, por 1 a 0, neste domingo, no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, pela sétima rodada da Taça Guanabara. Este foi o quinto gol do atacante em três jogos desde seu retorno às Laranjeiras.
Beneficiado pelo empate por 1 a 1 do Botafogo com o Macaé, no Engenhão, a equipe de Muricy Ramalho ficou com a liderança do Grupo B, com 18 pontos, contra 17 dos alvinegros. Com isso, o Tricolor encara o Boavista - que fez 5 a 3 no Nova Iguaçu - na semifinal da competição, sábado, às17h (de Brasília), no Engenhão. A outra vaga será decidida entre Flamengo e Botafogo.
Com cinco pontos, o Madureira terminou a Taça Guanabara na penúltima colocação da chave, na frente apenas do Cabofriense, que tem quatro.
Confira a classificação final da primeira fase da Taça Guanabara!
Calor e falta de entrosamento atrapalham o Flu
O torcedor vaiou, cobrou, e Muricy Ramalho trocou. Se a escalação de um time misto já era esperada para preservar os pendurados Leandro Euzébio, Carlinhos, Edinho e Diguinho, os nomes de Ricardo Berna e Digão entre os titulares tricolores surpreenderam e agradaram quem compareceu ao estádio Raulino de Oliveira. Eleitos vilões no empate por 2 a 2 com o Argentinos Juniors, quarta-feira, na estreia na Libertadores, Diego Cavalieri e André Luis foram sacados.
As cinco mudanças na equipe, porém, não deram resultado em campo na primeira etapa. Visivelmente desentrosado e com muitos jogadores sem ritmo de jogo, o Fluminense errava muitos passes e pouco assustava o Madureira. O Tricolor Suburbano, por sua vez, tocava bem a bola, ganhava confiança à medida que o tempo passava e mostrava ousadia. Tanto que logo colocou o ovacionado Berna para trabalhar, quando, mesmo com impedimento marcado, Edivaldo chutou na pequena área para o goleiro defender com os pés.
Com o forte calor, a partida era conduzida em ritmo cadenciado. Pior para o Flu, que dependia de lampejos individuais. Em chutes fortes, Rodrigo e Valdir levaram perigo pelo Madureira, mas não acertaram o alvo.
O campo já estava quase todo coberto pela sombra quando, nos minutos finais, o Tricolor das Laranjeiras passou a pressionar e por pouco não abriu o placar. Primeiro, Conca, em arrancada após tabela com Diogo, obrigou Cleber a fazer linda defesa. Em seguida, foi Digão que aproveitou uma cobrança de escanteio para carimbar a trave.
Avalanche tricolor para em Cleber
No segundo tempo, o Fluminense voltou a mil por hora, enquanto o Madureira parecia atordoado. O resultado? Uma avalanche tricolor. Suficiente para garantir a vitória se não fosse a atuação inspirada de Cleber. Com defesas sensacionais, o goleiro impediu gols de Souza, duas vezes, Conca e Gum. E ainda contou com o travessão para segurar Rafael Moura.
A pressão, entretanto, foi brecada pela parada técnica, e o Flu voltou a dar espaços e errar passes no campo defensivo. Bastante participativo, mas irreconhecível, Souza não jogava bem, e foi vaiado ao dar lugar a Marquinho. Ainda assim, faltava força ao Madureira.
He-Man salva mais uma vez
Como nos últimos dois jogos, quando as coisas complicaram o Fluminense apelou para seu “super-herói”. Um dos melhores em campo, participando bastante das jogadas ofensivas e finalizando, Rafael Moura salvou novamente e marcou seu quinta gol em três jogos no retorno às Laranjeiras. Aos 28, Conca cobrou falta na área pela direita, e o He-Man desviou de cabeça para vencer Cleber: 1 a 0. Em desvantagem, o Madureira ainda se lançou ao ataque, chutou de longe, mas foi capaz de tirar a vitória do Tricolor, que, beneficiado pelo empate entre Botafogo e Macaé, terminou na liderança da chave.

Madureira 0 x 1 Fluminense
Cleber, Ivonaldo, Arthur Sanchez, Luiz Otávio e Nil; Vinícios (Marcelo Ramos), Caio Cesar, Rodrigo e Valdir; Maciel (Baiano) e Edivaldo (Adriano Magrão). Ricardo Berna, Mariano, Gum, Digão e Julio Cesar; Diogo (Marquinho), Fernando Bob, Souza (Araújo) e Conca; Rafael Moura (Rodriguinho) e Fred.
Técnico: Antônio Carlos Roy. Técnico: Muricy Ramalho.
Gols: Rafael Moura, aos 28 minutos do segundo tempo.
Cartões Amarelos: Vinícius, Arthur Sanchez, Adriano Magrão, Nil e Valdir (MAD) e Marqruinho (FLU).
Público pagante: 2.808. Público presente: 3.995. Renda: R$ 56.730.
Estádio: Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ). Data: 13/02/2011. Arbitragem: Wagner do Nascimento Magalhães, auxiliado por Rodrigo Pereira Joia e Rodrigo Figueiredo Henrique Corrêa.

Em péssimo dia de Ronaldinho, Deivid salva Fla e mantém 100%

Time vence o Resende por 1 a 0 e duela contra o Botafogo nas semifinais da Taça Guanabara. Gigante do Vale está eliminado

por GLOBOESPORTE.COM
Era jogo de campeonato com importância de amistoso. E o Flamengo soube pontuar bem esta diferença neste domingo. Sem inspiração – e com pouca transpiração – o time venceu por 1 a 0 o Resende, em Macaé, e terminou a primeira fase da Taça Guanabara com 100% de aproveitamento. Antes alvo da torcida, Deivid foi o herói do magro triunfo.
A má atuação foi simbolizada por Ronaldinho. No terceiro jogo pelo Rubro-Negro, o camisa 10 foi presa fácil para o marcador do Resende. Gabriel, de apenas 17 anos, levou a melhor em quase todos os lances contra um adversário disperso, lento e de passes imprecisos.
A ciranda tática de Vanderlei Luxemburgo, que a cada jogo opta por um esquema, também não dá resultados. Desta vez, Ronaldo Angelim foi discreto na lateral esquerda e o meio-campo não se encontrou. Mesmo assim, o time venceu.
O Flamengo termina a primeira fase com 21 pontos, a melhor campanha entre os 16 participantes e enfrenta o Botafogo na semifinal, domingo, dia 20, às 17h (de Brasília), no Engenhão. Antes disso, o Rubro-Negro estreia na Copa do Brasil contra o Murici, quarta-feira, em Maceió.
Por sua vez, o Resende foi prejudicado pela vitória por 5 a 3 do Boavista sobre o Nova Iguaçu e perdeu a segunda vaga. O Boavista, segundo colocado da chave, enfrenta o Fluminense.

Confira a classificação do Campeonato Carioca

Preguiça rubro-negra
O sol forte e a situação confortável na tabela provocaram preguiça no Flamengo. O time forçou as jogadas pelo lado esquerdo – o da sombra – mas pouco produziu. A disposição do Resende era outra. Em busca da segunda da chave, o time arriscou chutes de longe e aos 10 minutos foi prejudicado pela marcação irregular de um impedimento quando Alexandro recebeu livre dentro da grande área.
A torcida, que não lotou o estádio Cláudio Moacyr, se deleitava a cada passe de Ronaldinho. Mas o camisa 10 também parecia contaminado pela lei do menor esforço e limitava-se aos toques para o lado.
Repetindo a atuação ruim do coletivo de sexta-feira, quando foi dominado e perdeu para os reservas por 2 a 1, o time do Flamengo só deu um chute perigoso aos 35. Léo Moura recebeu de Deivid na área e Eduardo espalmou o chute. Em falta lateral cobrada por Thiago Neves, aos 43, o goleiro do Resende novamente salvou. Mas foi só. Ao fim do primeiro tempo, as esperadas vaias dos torcedores insatisfeitos.
Deivid, o salvador
No segundo tempo o Flamengo, pelo menos, passou a ter o domínio das ações. Mas Ronaldinho – sim, Ronaldinho – e Thiago Neves erravam quase tudo. Até em uma cobrança de falta frontal o camisa 10 esbarrou na barreira.
Perigoso, o Resende contragolpeou com Marcel, aos 14. Ele chutou no alto e Felipe se esticou para evitar o gol. A torcida rubro-negra só aplaudiu quando Luxemburgo chamou Negueba.
Mas foi outro jogador que entrou, Fierro, quem fez a jogada salvadora. Aos 31 minutos, ele cruzou da direita e Deivid se antecipou à zaga para marcar o quarto dele no Estadual. O atacante igualou a Wanderley, que está machucado, na artilharia da equipe.
Pouco depois, Ronaldinho foi substituído por Muralha e deixou o campo aplaudido. Aos 43 o Resende teve a chance de empatar. Anderson cabeceou dentro da pequena área e Felipe salvou com o pé direito.

FLAMENGO 1 X 0 RESENDE
Felipe; Léo Moura, Jean, David Braz e Ronaldo Angelim; Willians (Fierro), Fernando, Marquinhos (Negueba), Thiago Neves e Ronaldinho (Muralha); Deivid. Eduardo; Wellington, Rogério, Anderson Conceição e Kim; Ramon, Gabriel, Léo Silva e Valdeir (Léo); Marcel (Elias) e Alexandro.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo Técnico: Paulo Campos
Gols: Deivid, aos 31 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Willians (Flamengo)
Local: Cláudio Moacyr, em Macaé. Data: 13/2/2011. Árbitro: Marcelo de Lima Henrique. Auxiliares: Luiz Cláudio Regazone e Diogo Carvalho Silva. Público: 4.588 pagantes (6.684 presentes).

Ceni se aproxima do gol 100, e São Paulo bate Portuguesa no Canindé

Goleiro garantiu vitória por 3 a 2 com grandes defesas e mais um gol de falta na carreira. Agora, só faltam dois para a marca histórica do centésimo

por Diego Ribeiro
O camisa 1 teve de aparecer na defesa e no ataque para garantir mais uma vitória para o São Paulo no Campeonato Paulista. Neste domingo, Rogério Ceni fez gol de falta, chegou mais perto do centésimo e ainda salvou lá atrás para garantir a vitória tricolor por 3 a 2 sobre a Portuguesa, no Canindé. O goleiro são-paulino está a dois gols de chegar a seu centésimo na carreira. Falta muito pouco.
Não foi fácil, mas a equipe de Paulo César Carpegiani chegou aos 15 pontos e se mantém no pelotão de frente do torneio. Já a Portuguesa, que só jogou bola no segundo tempo, fica estacionada nos 10 pontos, mas brigando por uma vaga no G-8.
Agora, o Tricolor vai mais tranquilo para a estreia na Copa do Brasil. Nesta quarta, o time enfrenta o Treze-PB em Campina Grande. A Lusa pega o Bangu, no mesmo dia, pela mesma competição, no Rio de Janeiro.
A dois gols do paraíso
As atenções, mais uma vez, estavam voltadas para Rivaldo. No entanto, o camisa 10 não conseguiu se livrar da forte marcação da Lusa no primeiro tempo e quem brilhou foi Rogério, com boas defesas e mais um gol rumo ao centésimo de sua carreira. Rivaldo acabou escondido no meio de Ferdinando e Ademir Sopa, que vigiaram de perto o meia e forçaram o São Paulo a utilizar alternativas para furar o bloqueio rubro-verde.
Do lado direito, o estreante zagueiro Rhodolfo fez a função de lateral, e Jean retornou à sua posição de origem no meio. Com jogadores mais de marcação nessa ala do campo, o São Paulo teve de insistir pelo lado esquerdo para criar praticamente todas suas chances de gol. Com Juan, Fernandinho e até Carlinhos Paraíba, o time foi, aos poucos, envolvendo a marcação da Portuguesa.
Rogério Ceni gol São Paulo (Foto: Wander Roberto / VIPCOMM)Rogério Ceni comemora seu gol número 98 na carreira (Foto: Wander Roberto / VIPCOMM)
O time da casa se virou como pôde. Sem jogadores criativos no meio de campo, apelou para os chutões que procuravam os atacantes Kempes e Jael, outro estreante do dia. A Lusa só ameaçou quando estes recuaram para buscar o jogo. Na melhor chance, já no fim da primeira etapa, Jael deixou Marcelo Cordeiro livre, na cara do gol, mas o lateral chutou sem força.
Pela esquerda, o Tricolor insistia, até que uma inversão de posicionamento desmoronou a zaga da Portuguesa. Dagoberto, e não Fernandinho, caiu pela esquerda. Fernandinho, e não Dagoberto, veio da direita, em diagonal, e invadiu a área sozinho. O camisa 12 só precisou esperar o cruzamento de seu companheiro para cabecear tranquilo, sem chances para Weverton: 1 a 0 São Paulo, aos 29 minutos.
Desde o início do jogo, porém, o mais festejado, para variar, era Rogério Ceni. E ele teve sua chance de brilhar aos 39, quando Fernandinho sofreu falta de Domingos na entrada da área. O camisa 1 foi ao ataque, cobrou bem e ainda contou com uma ajudinha de Weverton para fazer seu gol número 98 na carreira. Agora só faltam dois para o centésimo!
Lusa assusta, mas não o suficiente
A segunda etapa até que começou no mesmo ritmo, com o Tricolor buscando jogadas pela esquerda e a Lusa travada mesmo com duas alterações na equipe. Para sorte de Sergio Guedes, porém, as mudanças funcionaram. Fabrício, que entrou no lugar de Ivo, invadiu a área e foi derrubado em disputa com Alex Silva: Pênalti. Aos 12, Heverton, que substituiu Jael, bateu com perfeição. Bola de um lado, Rogério Ceni do outro: 2 a 1.
Por alguns minutos, a Lusa ensaiou uma pressão, adiantando suas linhas e forçando o São Paulo a recuar. Mas com um repertório limitado de jogadas, o time foi dominado facilmente pelo sistema defensivo do Tricolor, que retomou o domínio a partir dos 20 minutos.
Aí, só deu São Paulo. Aos 23, Fernandinho perdeu chance incrível após bela jogada de Juan. O atacante recebeu sozinho, na pequena área e com o goleiro já vendido. Mesmo assim, acertou o travessão. Inacreditável!
Se Fernandinho estava com a pontaria ruim, o mesmo não se pode dizer de Rhodolfo. No primeiro jogo com a camisa tricolor, já deixou sua marca. Aos 30, Dagoberto cobrou falta do lado esquerdo e o estreante subiu sozinho para cabecear, fazendo o terceiro do São Paulo. Na comemoração, uma cambalhota que incendiou a torcida. Mas, em um vacilo da defesa, Heverton diminuiu aos 41. E, para salvar o Tricolor, Rogério Ceni trabalhou mais uma vez. Aos 44, Marco Antônio cobrou falta no ângulo e Ceni voou para defender, garantindo a vitória.

portuguesa 2 x 3 são paulo
Weverton, Paulo Sérgio, Domingos, Preto Costa e Marcelo Cordeiro; Ademir Sopa, Ferdinando, Marco Antônio e Ivo (Fabrício); Kempes (Luís Ricardo) e Jael (Heverton) Rogério Ceni, Rhodolfo, Alex Silva, Miranda e Juan; Jean, Rodrigo Souto, Carlinhos Paraíba e Rivaldo (Marlos); Fernandinho (Marcelinho Paraíba) e Dagoberto (Fernandão)
Técnico: Sérgio Guedes Técnico: Paulo César Carpegiani
Gols: Fernandinho, aos 29, e Rogério Ceni, aos 39 do primeiro tempo. Heverton, aos 12 e aos 41, e Rhodolfo, aos 30 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Domingos, Kempes, Jael (POR); Carlinhos Paraíba, Juan (SAO)
Estádio: Canindé, São Paulo (SP). Data: 13/02/2011. Árbtiro: Flávio Rodrigues Guerra. Auxiliares: Danilo Ricardo Simon Manis e Alberto Poletto Masseira. Público: 10.828 pagantes. Renda: R$ 340.730,00

São Paulo recebe Taça das Bolinhas nesta segunda-feira

Entrega será feita oficialmente pela Caixa Econômica Federal

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
Taça de Bolinhas (Foto: divulgação)Taça foi restaurada em 2010 (Foto: divulgação)
Quase um ano depois da decisão tomada pela CBF em abril de 2010, o São Paulo irá receber a Taça das Bolinhas por ser considerado oficialmente o primeiro clube a conquistar cinco vezes o tíítulo de campeão brasileiro (1977,1986,1991, 2006 e 2007). A Caixa Econômica Federal, criadora do troféu, realizará a entrega nesta segunda-feira, às 11h, no auditório do Tribunal Federal Regional.
O presidente Juvenal Juvêncio receberá a taça da presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho. Também participa da entrega o ministro do Esporte, Orlando Silva.
Durante o período em que foi o troféu oficial dos campeões brasileiros, a peça ficava com o clube vencedor para exposição ao público e retornava à Caixa, proprietária da taça. No entanto, a partir de 1992, a cerimônia de entrega do troféu não foi mais realizada em atendimento a um pedido da CBF por conta da polêmica sobre o campeão brasileiro de 1987. Desde então, a taça ficou em um cofre da Caixa, sendo recentemente restaurada para a entrega.
No fim do ano passado, quando a CBF decidiu unificar os títulos nacionais conquistados antes de 1971, o Flamengo tinha esperança de que a Copa União de 1987 fizesse parte da cerimônia. Na ocasião, o presidente da entidade, Ricardo Teixeira, disse que não poderia fazê-lo por conta da decisão judicial que considera o Sport campeão naquele ano. Patrícia Amorim, presidente do Flamengo, respondeu com ironia ao dirigente e prometeu lutar na justiça pelo reconhecimento.
No site oficial tricolor, Juvenal Juvêncio publicou neste domingo uma carta para dar satisfação a Patrícia Amorim sobre o caso. Juvenal e Patrícia foram aliados na última eleição do Clube dos 13, ajudando a eleger Fábio Koff. Além da recente proximidade política, existe o delicado fato de a diretoria do São Paulo ter se engajado na criação da Copa União de 87, ano em que os clubes decidiram organizar o campeonato nacional sem a CBF. Na carta, Juvenal é respeitoso, elogia Patrícia, mas diz que não pode abrir mão de um troféu "que materializa o símbolo de algumas das mais importantes conquistas  desportivas dessa entidade". Ao mesmo tempo, faz um afago aos rubro-negros, afirmando que "ninguém há de negar, especialmente o SPFC, que teve a honra de participar da própria concepção da competição e ter dela feito parte, a importância e o significado da conquista da Copa União de 1987".
O troféu Caixa Econômica Federal foi criado em 1975, por meio de um concurso vencido pelo artista plástico Maurício Salgueiro, e é composto de 156 esferas de ouro e prata.

Ronaldo sobre o fim da carreira: 'Nos últimos dias chorei como um neném'

Atacante diz ao Fantástico que queria continuar, mas não aguenta mais. Anúncio oficial será em uma coletiva às 12h40m desta segunda-feira

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
Ronaldo Corinthians x Tolima (Foto: Reuters)Contra o Deportivo Tolima, no dia 2 de fevereiro, a última partida de Ronaldo como jogador profissional
(Foto: Reuters)
Nos últimos dias chorei como um neném"
Ronaldo
Decepcionado com a eliminação do Corinthians na Taça Libertadores, Ronaldo vai parar. Aos 34 anos, o atacante confirmou ao Fantástico, neste domingo, que vai abandonar o futebol. O anúncio será feito oficialmente às 12h40m desta segunda-feira, no centro de treinamento do Corinthians.
- Nos últimos dias chorei como um neném - disse Ronaldo à jornalista Patrícia Poeta, do "Fantástico".
Com contrato até o fim do ano, o Fenômeno antecipou o adeus por dois motivos: 1) a Libertadores da América, que era a sua grande motivação para a última temporada, acabou antes mesmo de começar com a eliminação precoce do Corinthians ainda na primeira fase – a chamada Pré-Libertadores; 2) as condições físicas de Ronaldo já não são as melhores e ele teria sofrido uma lesão na semana passada.
- São as dores no corpo. A cabeça até quer continuar, mas o corpo não aguenta mais - completou o Fenômeno.
No último sábado, o colunista Renato Maurício Prado, do jornal “O Globo”, já cogitava o fim da carreira do atacante ao escrever que faltava apenas um acerto entre o jogador e o presidente Andrés Sanches para resolver questões de acordos comerciais. Quando foi contratado, no fim de 2008, Ronaldo  trouxe com ele muitos patrocinadores – e muito dinheiro – ao Parque São Jorge.
São as dores no corpo. A cabeça até quer continuar, mas o corpo não aguenta mais"
Ronaldo
A decisão de que iria pendurar as chuteiras ganhou força após a derrota para o Deportivo Tolima, no dia 2 de fevereiro, na cidade colombiana de Ibagué. O resultado, associado ao empate de 0 a 0 no primeiro jogo no Pacaembu, eliminou o Corinthians da possibilidade de conquistar o seu maior objeto de desejo: a Libertadores, único título que falta na galeria corintiana.
No retorno ao Brasil, o elenco do Timão sofreu com o protesto violento de parte da torcida. Torcedores foram à porta do CT xingar os jogadores, atirar pedras no ônibus e até para depredar carros de funcionários do clube. Ronaldo, como maior liderança da equipe, também foi o mais visado. Faixas pediam a sua saída e os muros do Parque São Jorge foram pichados com frases de ordem contra o atacante. Pelo Twitter, ele respondeu chamando os manifestantes de “vândalos”. Na ocasião, em entrevista exclusiva à TV Globo, Ronaldo disse que chegou a cogitar parar de jogar, mas que iria continuar.
- Cogitei (parar), falei com a minha família e com alguns amigos e tomei a decisão de continuar porque é um momento difícil, mas tenho certeza que vamos dar a volta por cima mais uma vez para reverter esse quadro triste que estamos vivendo. Vou continuar e cumprir meu contrato dignamente e honrar a camisa do Corinthians até o final do ano.
Mas Ronaldo mudou de ideia.
corinthians ronaldo protesto torcida (Foto: Marcos Ribolli/ GLOBOESPORTE.COM)Ronaldo no dia em que foi alvo de protesto dos torcedores do Corinthians após a derrota na Libertadores (Foto: Marcos Ribolli/ GLOBOESPORTE.COM)
Neste meio tempo, Roberto Carlos, amigo pessoal do Fenômeno, também deixou o Corinthians, ao rescindir com o Timão e assinar com o Anzhi Makhachkala, da Rússia. O lateral conseguiu um contrato de R$ 22 milhões por duas temporadas. Mas, além do dinheiro, Roberto usou como argumento a pressão que vinha sofrendo de torcedores. Segundo ele, alguns corintianos chegaram a perseguir seu carro e o ameaçá-lo.
Na última semana, Ronaldo também sentiu uma fisgada muscular durante um treinamento. Já com 34 anos de idade, ele sabe que não tem mais o poder de recuperação que tinha quando era mais novo e que o fez protagonizar diversos casos de superação, principalmente nas quatro vezes que precisou ser submetido a cirurgias.
A coletiva desta segunda-feira servirá para Ronaldo se despedir dos corintianos e dos brasileiros, mas também para esclarecer alguns pontos. Como muitos contratos publicitários do clube estão atrelados a ele, é possível que siga, de alguma forma, ligado ao Timão.
Será o último dia da carreira vitoriosa de um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro. Para ser Fenômeno, ele jogou quatro Copas do Mundo e ganhou duas, foi três vezes eleito o melhor do planeta e tem o nome escrito no livro dos recordes como o maior goleador das Copas.

Flamengo vence de novo no Espírito Santo e volta à vice-liderança do NBB

Em casa, Joinville bate o São José com polêmica no fim envolvendo o técnico Alberto Bial; Minas passa pelo Vila Velha e chega à quinta vitória consecutiva

Por GLOBOESPORTE.COM Vitória, ES
Marcelinho na partida entre Flamengo e Vitória no basquete (Foto: Gilson Borba / F5Fotoagência)Marcelinho foi o cestinha do jogo entre Fla e Vitória,
com 24 pontos(Foto: Gilson Borba / F5Fotoagência)
Após cinco derrotas seguidas, entre jogos do NBB e da Liga das Américas, o Flamengo aproveitou a viagem ao Espírito Santo para engrenar uma reação. Após vencer o Vila Velha na sexta-feira, superou o Vitória, fora de casa, neste domingo, por 71 a 62. Cestinha do jogo com 24 pontos, o ala Marcelinho comandou o time carioca ao lado do pivô Bábby, que conseguiu um duplo-duplo, com 22 pontos e dez rebotes. Na equipe capixaba, o ala Guilherme Filipin foi o destaque, com 22 pontos. Os triunfos contra duas equipes que estão na parte de baixo da tabela colocam os rubro-negros na vice-liderança do NBB.
O Fla começou o jogo muito bem, fechando o primeiro quarto em 23 a 13. Com Bábby absoluto no garrafão, ampliou a vantagem para 38 a 25 no intervalo. O Vitória chegou a esboçar uma reação no último quarto, mas a vantagem nunca foi menor do que nove pontos. O Rubro-Negro agora está ao lado do Brasília, com 11 vitórias em 15 jogos (73,3% de aproveitamento). O Pinheiros, que não jogou no domingo, se mantém no topo da tabela.
 Em Joinville, o time da casa venceu o São José por 68 a 67, em jogo emocionante. O cestinha foi o ala-armador Paulinho Boracini, do Joinville, que anotou 18 pontos. O São José, por sua vez, contou com o bom desempenho do ala Renato, que fez 17. Os últimos minutos viram uma reação da equipe paulista, que chegou a empatar o placar, mas acabou perdendo. Na última posse, Renato tentou fazer a reposição na lateral, mas foi atrapalhado pelo técnico Alberto Bial, que levantou os braços à beira da quadra, perto do jogador (veja no vídeo ao lado). A arbitragem ignorou o lance, não deu a falta técnica no treinador, e Joinville saiu com a vitória.
O Uberlândia venceu o Franca fora de casa por 93 a 83. O destaque do time mineiro foi mais uma vez a dupla americana formada por Robby Collum, com 26 pontos, e Robert Day, com 23, que manteve o time na quarta posição do NBB. Foi o retorno de Robert Day ao ginásio Pedrocão, onde brilhou no Jogo das Estrelas com 50 pontos. Pela equipe francana, Vitor Benite marcou 19 e Drudi, 17, mas não foi o bastante para evitar a derrota em casa.
Em Vila Velha, o Minas venceu o time da casa por 73 a 71 e chegou ao quinto triunfo seguido no NBB. O cestinha do jogo foi o ala americano Bernard Robinson, com 26 pontos. Pelo Vila Velha, Riddick e Owens, também nascidos nos Estados Unidos, marcaram 18 cada um.
Confira os resultados da rodada deste domingo no NBB:
Vitória 62 x 71 Flamengo
Vila Velha 71 x 73 Minas
Franca 83 x 93 Uberlândia
Joinville 68 x 67 São José

Sport e Náutico empatam na Ilha, e o Central segue na liderança

Leão sai atrás em casa, mas Alessandro deixa tudo igual: 1 a 1

Por pe360.com Recife
Que seria uma batalha, todo mundo já sabia. O placar de 1 a 1 veio para confirmar a dificuldade que os clássicos representam em qualquer campeonato: o Náutico começou vencendo, mas depois o Sport empatou, em mais um Clássico dos Clássicos, realizado neste domingo, na Ilha do Retiro, fechando a fase de jogos de ida do Campeonato Pernambucano.
Quem marcou para o Alvirrubro foi Ricardo Xavier, num voleio meio desequilibrado, depois de receber lançamento da direita. O Sport empatou no comecinho do segundo tempo, em pênalti convertido por Alessandro. O resultado deixa o Leão com 15 pontos, na sexta colocação na tabela; o Náutico chega a 22, permanecendo como quarto colocado no Estadual. Melhor para o Central, que venceu o Vitória por 3 a 1 e segue na ponta, com 26. O Santa Cruz empatou com o Cabense por 2 a 2.

Confira a tabela completa do Pernambucano

O próximo jogo do Sport é contra o América, lanterna da competição, na próxima quarta-feira (16). No mesmo dia, o Náutico enfrenta o Petrolina, no Sertão.
O jogo

O clássico começou quente: no primeiro minuto, Wellington Saci arriscou chute de longe, com perigo, mas a bola não entrou. Aos 24, muitas reclamações da torcida rubro-negra, porque Ciro recebeu a bola, fez jogada individual, e se enroscou com Derley ao entrar na área. Os leoninos pediram pênalti, mas o juiz Antônio Hora Filho não marcou.
Aos 42, mais reclamações do Sport: Dutra levantou na área e os jogadores pediram penalidade máxima no lance entre Jorge Felipe e Alessandro – novamente, o árbitro não marcou nada.
Aos 46 minutos, Eduardo Ramos cruzou e Montoya não alcançou, mas Ricardo Xavier estava no lugar certo, na hora certa. Com um voleio meio desengonçado, o camisa 9 do Náutico abriu o marcador da Ilha do Retiro para o time visitante.
O segundo tempo começou com o pênalti sofrido por Alessandro, derrubado na área por Jorge Felipe, aos dois minutos. O árbitro Antônio Hora Filho marcou e o próprio Alessandro converteu, com chute firme no meio do gol e Glédson caindo para a direita. Era o empate do Sport.
Quatro minutos depois, Derley recebeu na direita e invadiu a área, batendo cruzado. Bruno Meneghel escorou para o gol, mas o auxiliar marcou impedimento. Aos 15 minutos, novo ataque do Sport: Dutra lançou linda bola para Thiaguinho, mas ele chutou fraco e Glédson defendeu. Dutra chegou perto do gol de novo, aos 38 minutos, com belo chute de longe, que obrigou o goleiro timbu a se esticar todo para mandar para escanteio.
No minuto seguinte, mais Sport: Fabrício cobrou o escanteio, Montoya desviou e Alessandro não aproveitou a bola solta, sozinha, de frente para Glédson, que correu para segurá-la. Nos acréscimos, Eduardo Ramos cobrou falta, Igor falhou na defesa e Everton Luis perdeu a chance da vitória: com chute fraquinho, mandou a bola nas mãos de Magrão.

Outros jogos da rodada:

Salgueiro 0 x 2 Ypiranga
Petrolina 2 x 1 Porto
América 1 x 1 Araripina

Próximas partidas:


Quarta-feira - 16/02

21h - América x Sport
21h - Araripina x Porto
21h - Santa Cruz x Cabense
21h - Vitória x Central
21h - Ypiranga x Salgueiro
22h - Petrolina x Náutico

Peixe já treina sob pressão da torcida do Táchira: 'Libertadores é assim'

Na primeira atividade do time santista em solo venezuelano, os jogadores já tiveram de enfrentar gritos dos rivais. Keirrison já esperava esse clima

Por Adilson Barros Direto de San Cristóbal (VEN)
Torcedores Táchira (Foto: Adilson Barros / Globoesporte.com)Alguns torcedores do Táchira se esconderam da
câmera (Foto: Adilson Barros / Globoesporte.com)
Os jogadores do Santos realizaram neste domingo à tarde (noite no Brasil) seu primeiro treino em solo venezuelano antes da estreia na Taça Libertadores 2011. E eles já sentiram que a pressão da torcida do Deportivo Táchira-VEN, no estádio Pueblo Nuevo, em San Cristóbal, na próxima terça-feira, será enorme.
Um grupo com cerca de 40 fãs da equipe venezuelana apareceu para assistir ao treino. A princípio, ficaram em silêncio. Mas quando os jogadores do Peixe começaram a sair do campo anexo ao estádio, onde o Táchira treina, os torcedores começaram a cantar alto. Na terça-feira, esses 40 serão multiplicados por mil. Literalmente. Os 40 mil ingressos colocados à venda já estão esgotados.
- A pressão é normal. Estamos preparados para isso - afirmou Arouca, que dava entrevistas quando a torcida do Táchira começou a cantar.
Os torcedores que foram ao treino tentaram não ser fotografados. Esconderam seus rostos dentro das camisas aurinegras e disseram que não poderiam aparecer. Não explicaram o motivo.
- A Libertadores tem mesmo essa característica, esse clima. Por isso, temos de entrar preparados, focados para não cometer erros. O mais importante é ter tranquilidade e fazer o nosso jogo – afirmou Keirrison.

Deportivo Táchira e Santos jogam terça-feira, às 22h45m (horário de Brasília, 20h15m no horário local - o fuso venezuelano é atrasado em 2h30m), no estádio Polideportivo Pueblo Nuevo, em San Cristóbal. O GLOBOESPORTE.COM acompanhará todos os lances em Tempo Real. O SporTV transmitirá ao vivo.

Com três gols de Damião, Inter vence o Pelotas e garante classificação

Nas quartas-de-final da Taça Piratini o Inter enfrentará o Cruzeiro-Poa

por Eduardo Cecconi
De virada, graças aos três gols marcados por Leandro Damião, o Inter venceu o Pelotas por 3 a 2 neste domingo. A partida foi disputada no Estádio Beira-Rio, pela última rodada da fase classificatória da Taça Piratini - o primeiro turno do Campeonato Gaúcho.
Com o resultado, os colorados terminam na segunda colocação do Grupo 1, com 15 pontos. O Pelotas fica de fora da fase eliminatória - com 8 pontos, a equipe da Zona Sul do Estado não passou da quinta colocação no Grupo 2.
No próximo final de semana, em jogo único, o Inter disputa com o Cruzeiro de Porto Alegre, no Estádio Beira-Rio, a classificação à semifinal da Taça Piratini.
Reprisando problemas
Celso Roth repetiu o sistema tático 4-2-3-1 por ele utilizado no ano passado. Tinga atuou como articulador central, com D'Alessandro e Zé Roberto pelos lados, e Leandro Damião sozinho no ataque.
No 4-4-2 em duas linhas, o Pelotas recuou estrategicamente, abrindo campo ao contra-ataque. E na primeira oportunidade, executou com perfeição o planejamento tático: aos 3, Tiago Duarte recebeu na área após rápida transição ofensiva, com tamanha liberdade que teve tempo até para escolher o canto, fazendo 1 a 0 para o Lobão.
Pouco inspirado, o Inter recorreu à bola aérea, aproveitando-se da boa fase de Leandro Damião. Aos 24 Kleber fez o cruzamento, e o centroavante decolou, cabeceando para o chão: 1 a 1.
Despertando irritação em alguns torcedores, o Inter repetiu atuações criticadas do ano passado. Muitas trocas de passes, pouca objetividade, e raras conclusões a gol
Virada, pelos pés de Damião
Do intervalo, o Inter retornou modificado. Roth trocou o meia Tinga pelo centroavante Cavenaghi, estreante da tarde, alterando também o sistema tático para o 4-4-2. Mas uma fórmula se manteve intacta.
Aos 7, de novo pela esquerda, saiu cruzamento - desta vez com D'Alessandro - que encontrou Leandro Damião dentro da área. E o centroavante colorado providenciou a virada batendo de primeira: 2 a 1 para o Inter.
Com dois atacantes, o Inter enfim empolgou os torcedores. Cavenaghi participou de boas triangulações, enquanto D'Alessandro seguiu protagonizando os movimentos mais qualificados da equipe - de pé direito, embora canhoto, quase marcou um golaço de fora da área.
Leandro Damião fez o terceiro, para pedir música no Fantástico, aos 32. Um minuto depois, entretanto, a tranquilidade conquistada logo se desfez quando João Paulo descontou para o Pelotas. Apesar da pressão, o Pelotas não conseguiu chegar ao empate que também seria insuficiente - só a vitória colocaria o Lobão nas finais do primeiro turno.
Próximo jogo
O Inter estreia na Taça Libertadores às 22h de quarta-feira, dia 16 de fevereiro, contra o Emelec. A partida, pela primeira rodada do Grupo 6, será disputada em Guayaquil, no Equador.
Os outros resultados da rodada foram:
Novo Hamburgo 2 x 0 Grêmio
Caxias 1 x 0 Porto Alegre
São José 5 x 0 Santa Cruz
São Luiz 1 x 2 Cruzeiro
Ypiranga 4 x 2 Veranópolis
Canoas 2 x 2 Inter de Santa Maria
Lajeadense 0 x 0 Juventude
Inter 3 x 2 Pelotas
Lauro; Nei, Índio, Sorondo e Kleber; Wilson Matias, Guiñazu, Tinga (Cavenaghi), D'Alessandro e Zé Roberto (Andrezinho); Leandro Damião (Alecsandro). Adinam; Johnathan, Jonas, Fernando Cardozo e Robinho (Alan); Gavião, Makelele (Léo Dias), Cléber e Maicon Sapucaia; Tiago Duarte (Clodoaldo) e João Paulo.
Técnico: Celso Roth. Técnico: Armando Desessards.
Data: 13 de fevereiro de 2011. Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. Árbitro: Fabrício Neves Corrêa, auxiliado por Julio César Espinoza de Freitas e Sedenir Martins.
Gols: Tiago Duarte (Pelotas), aos 3m; Leandro Damião (Inter), aos 24m, no primeiro tempo. Leandro Damião (Inter), aos 7m e aos 32m, e João Paulo (Pelotas) aos 33m, no segundo tempo.
Cartões amarelos: Tinga, Guiñazu e Sorondo (Inter); Fernando Cardozo, Robinho, Gavião e Alan (Pelotas).
Público: 11.110 torcedores. Renda: R$ 131.545,00.

Novo Hamburgo estraga a estreia de Carlos Alberto no Grêmio: 2 a 0

Tricolor enfrentará o Ypiranga nas quartas-de-final do primeiro turno

por GLOBOESPORTE.COM
A torcida do Grêmio esperava um domingo de festa. Já classificado para a próxima fase do primeiro turno do Gaúchão, era o dia da estreia de Carlos Alberto com a camisa tricolor. Mas faltou combinar com o Novo Hamburgo, que venceu por 2 a 0, encerrando uma invencibilidade de 15 jogos da equipe de Renato Gaúcho (veja o vídeo com o segundo gol).
Com o resultado, o Grêmio enfrentará o Ypiranga nas quartas de final da Taça Piratini - primeiro turno da competição. O Novo Hamburgo , em quinto, não se classificou.
Clique e confira a classificação atualizada do Campeonato Gaúcho
Começo animador
Havia a hipótese de o argentino Escudero também entrar em campo, mas o técnico Renato Gaúcho achou que ainda não era o momento ideal. Carlos Alberto tinha toda a responsabilidade de levar o time ao ataque.  E não decepcionou no início.
O meia começou empolgando a torcida logo na primeira jogada. Arriscou uma finalização de longe no primeiro minuto, mostrando personalidade. Aos cinco, cobrou uma falta por cima do travessão. O melhor momento do estreante surgiu aos 41. Em contra-ataque,  Carlos Alberto partiu do campo defensivo, passou por dois marcadores e esticou na medida para Borges. O atacante tentou o drible e finalizou um pouco sem ângulo, facilitando o trabalho do goleiro Eduardo Martini.
Pane no início do segundo tempo
No segundo tempo, porém, Carlos Alberto se apagou. E o cenário favorável ao Grêmio desapareceu em poucos  instantes. Paulão deu um encontrão em Fabinho na área e o juiz marcou pênalti. O zagueiro Cláudio Luiz cobrou e abriu o placar, aos 12.
Renato Gaúcho trocou William Magrão por Diego Clementino, mas não houve tempo para a alteração dar resultado. Três minutos depois, Márcio Hahn chutou de fora da área. Victor deu rebote e Rodrigo Mendes estava lá para concluir: 2 a 0.
Renato fez nova tentativa de deixar o time mais ofensivo. Tirou Rafael Marques e colocou Maylson, deslocando Mário Fernandes para a zaga. E por pouco Maylson não começou a reação: o reserva fez uma boa jogada, chutou, mas Eduardo Martini salvou. No rebote, Clementino jogou para fora.
No fim Eduardo Martini ainda fez outras duas boas defesas, em chutes de Borges e André Lima. Foi o quinto jogo seguido do goleiro sem levar um gol.
Os demais resultados deste domingo foram:
Inter 3 x 2 Pelotas
Caxias 1 x 0 Porto Alegre
São José 5 x 0 Santa Cruz
São Luiz 1 x 2 Cruzeiro
Ypiranga 4 x 2 Veranópolis
Canoas 2 x 2 Inter de Santa Maria
Lajeadense 0 x 0 Juventude
Novo Hamburgo 2 x 0 Grêmio
Eduardo Martini, Bosco, Cláudio Luiz, Lino e Edinho (Fabinho Almeida); Márcio Hahn, Russo, Eduardinho e Rodrigo Mendes (Evaldo); Michel e Juba (Cleberson) Victor, Mário Fernandes, Rafael Marques (Maylson), Paulão e Gilson; Adilson, William Magrão (Clementino), Lúcio (Júnior Viçosa) e Carlos Alberto; Borges e André Lima
Técnico: Julinho Camargo Técnico: Renato Gaúcho
Gol: No segundo tempo, Cláudio Luiz (12min) e Rodrigo Mendes (15min)
 
Cartões Amarelos: Márcio Hahn, Russo e Evaldo (Novo Hamburgo) e Lúcio (Grêmio). Cartão Vermelho: Evaldo (Novo Hamburgo
Local: Estádio do Vale, em Novo Hamburgo. Data: 13/2/2011. Árbitro: Anderson Daronco, auxiliado por José Eduardo Calza e Renata Schaefer.

Botafogo empata com o Macaé e encara o Flamengo na semifinal da TG

Time alvinegro perde muitos gols, fica na igualdade em 1 a 1, e termina primeira fase da Taça Guanabara em segundo no Grupo B

por Thiago Fernandes
Na última rodada da Taça Guanabara, o Botafogo empatou com o Macaé, neste domingo, por 1 a 1, e caiu para o segundo lugar do Grupo B. Com o resultado, o Glorioso irá encarar o Flamengo, primeiro da chave A, na semifinal da competição, domingo, dia 20, às 17h (de Brasília). Robson abriu o placar para o time do norte fluminense e Renato Cajá, em bela cobrança de falta, deixou tudo igual.
O Botafogo, que perdeu muitas chances de gol, viu a liderança da chave escapar aos 36 do segundo tempo. Mesmo com o empate no Engenhão, o time ia garantindo o primeiro lugar graças ao empate do Fluminense com o Madureira. Mas o anúncio do gol de Rafael Moura,  obrigava que o Glorioso conquistasse a vitória em seu jogo, o que não aconteceu.
A Federação do Rio aunuciou que a semifinal entre Botafogo e Flamengo será no domingo, às 17h (horário de Brasília). O Macaé, por sua vez, terá que esperar até o dia 5 de março para voltar a disputar uma partida do Estadual. O time do norte fluminense encara o Vasco na estreia da Taça Rio.


Quem não faz, leva

Como seria de esperar, o Botafogo começou o jogo pressionando o Macaé. Sem Loco Abreu, o time arriscou menos jogadas aéreas, mas a boa movimentação do jovem Alex, que substituiu o uruguaio, ajudava na criação de jogadas de perigo. Logo no início, o atacante recebeu bom passe de Renato Cajá, girou sobre o adversário e bateu bonito. A bola tirou tinta do gol. Minutos antes, Márcio Rosário tinha driblado dois e chutado perto também.
Bruno Thiago Botafogo x Macaé (Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo)Jogo foi muito disputado no Engenhão  (Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo)

O Botafogo seguia na pressão e quase chegou ao gol em boa triangulação pelo meio. Renato Cajá deu um excelente passe na intermediária, Bruno recebeu na entrada da área pela esquerda e tocou para o meio. Alessandro chegou na velocidade, mas foi travado pela zaga do Macaé. A torcida pediu pênalti, não assinalado.
Antônio Carlos e Alex estiveram muito perto também de abrir o marcador. O zagueiro recebeu lançamento de longe, matou no peito, e bateu no canto. Lugão defendeu. O goleiro foi decisivo também no chute de Alex, que recebeu na entrada da área, girou e bateu com força.
Enquanto o Botafogo perdia as chances de gol, o Macaé praticamente não atacava. Mas quando o fez, fez valer a máxima do futebol de “quem não faz, leva”. Marcos Tamandaré fez boa jogada pela direita, deixando Márcio Azevedo para trás. O lateral do Macaé cruzou na área e Robson, oportunista, apareceu para deixar o time do norte fluminense em vantagem.
Foi o que bastou para a torcida começar a vaiar o time. O alvo principal foi o lateral-direito Alessandro, que até fazia boa partida até então. E foi ele que quase empatou no fim da etapa, em uma cabeçada forte, que foi para fora. Arévalo também teve boa chance dentro da área, mas seu chute parou nas mãos de Lugão.

Golaço e mais falta de pontaria
Para dar mais ímpeto ofensivo ao seu time, Joel voltou para o segundo tempo com Caio no lugar de Márcio Rosário. E a mudança parece ter dado certo bem rápido. Logo aos 3, Alessandro sofreu falta na entrada da área. Renato Cajá cobrou com perfeição e deixou tudo igual no placar. Pouco depois, quase que o Botafogo consegue a virada. Alessandro puxou rápido contra-ataque pela direita e cruzou na cabeça de Herrera. O atacante cabeceou ao lado.

Quando parecia que o Botafogo partiria com tudo em busca do gol da virada, o ritmo da partida diminuiu bastante. Arévalo com um chute colocado, e Antônio Carlos, com uma cabeçada, chegaram a dar esperança à torcida, mas as duas tentativas sequer ameaçaram o gol de Lugão.
Joel Santana Botafogo x Macaé (Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo)Joel reclamou muito da arbitragem
(Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo)
O Macaé parecia satisfeito com o resultado e só ameaçava nos contra-ataques. Em um desses lances, Luis Mario obrigou Jeferson a fazer boa defesa. Joel decidiu apostar tudo no ataque e tirou Arévalo para colocar Everton.
Precisando da vitória, o Botafogo foi com tudo para o ataque. E desatou a perder gols. Alex recebeu lindo passe de peito de Herrera, mas tentou bater colocado e mandou para fora. O atacante argentino também teve sua chance, após cruzamento de Caio, mas mandou por cima.
Renato Cajá também entrou para a lista de gols perdidos ao driblar Ciro na área e chutar para fora. Herrera até conseguiu marcar, mas o argentino estava impedido e o tento foi corretamente anulado.

Ao fim do jogo, os poucos torcedores presentes ao estádio vaiaram o time e deixaram o Engenhão decepcionados.
BOTAFOGO 1 X 1 MACAÉ
Jefferson, Márcio Rosário (Caio), Antônio Carlos e João Felipe; Alessandro (Lucas), Arévalo (Everton), Renato Cajá, Bruno e Márcio Azevedo; Herrera e Alex Lugão; Marcos Tamandaré, Ciro, Eduardo Luiz e Bill; Gedeil, Osmar, Rincón (Romário) e Danilo; Luís Mário e Robson (Hyantony).
Técnico: Joel Santana Técnico: Marcelo Buarque
Gols: Robson, aos 38 do primeiro tempo, para o Macaé. Renato Cajá, aos 3 do segundo tempo, para o Botafogo
Cartões amarelos: Romário, Lugão e Ciro (Macaé). Bruno Tiago e João Felipe (Botafogo)
Estádio: Engenhão. Data: 13/2/11. Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez. Auxiliares: Lilian da Silva Fernandes Bruno e Andréa Izaura Maffra Marcelino de Sá

Seleção atropela Uruguai, conquista Sul-Americano e vai às Olimpíadas

Brasil goleia Celeste por 6 a 0 e acaba com sonho da Argentina, que verá os Jogos de casa. Lucas marca três vezes e Neymar faz dois gols na vitória

Por Márcio Iannacca Direto de Arequipa, Peru
A Argentina precisava de uma goleada  no placar entre Uruguai e Brasil para tirar o time canarinho das Olimpíadas de 2012 e ir atrás da terceira medalha de ouro seguida. O resultado apareceu no Estádio Universidad Nacional San Agustín, em Arequipa (Peru), mas da pior forma possível para os hermanos. Com atuação impecável de Lucas e Neymar, a Seleção de Ney Franco goleou a Celeste por 6 a 0 neste domingo, garantiu o 11º título do Sul-Americano Sub-20 (terceiro seguido) e carimbou o passaporte para os Jogos Olímpicos de Londres.
Lucas (três vezes), Neymar (duas) e Danilo marcaram para o Brasil, que terminou o hexagonal final com 12 pontos, 15 gols marcados e  três sofridos. Em toda a competição, a Seleção só perdeu uma partida (2 a 1 para a Argentina) e empatou duas, com sete vitórias. Maior estrela do torneio, Neymar foi o goleador com nove, tornando-se o maior artilheiro brasileiro de uma edição do Sul-Americano Sub-20. Ele ultrapassou Adaílton, autor de oito em 1997, e comemorou imitando um carro como recado ao pai, que lhe prometeu um presente especial em caso de "objetivos conquistados".
VEJA GALERIA DE FOTOS DA PARTIDA EM AREQUIPE
brasil x uruguai neymar gol (Foto: Mowa Press)Estrela do Sul-Americano, Neymar virou o maior artilheiro de uma edição do torneio  (Foto: Mowa Press)
Brasil e Uruguai, segundo colocado com dez pontos, vão disputar as Olimpíadas no ano que vem. Medalha de ouro em 1924 e 1928, a Celesta volta aos Jogos após 84 anos de ausência. As duas seleções juntam-se ainda a Argentina, Equador e Colômbia no Mundial Sub-20, que será disputado entre julho e agosto deste ano na Colômbia. O Chile não conseguiu vaga para nenhum dos torneios (confira a classificação final do hexagonal).
Os meninos brasileiros dedicaram o título ao zagueiro Bruno Uvini, que teve que passar por uma cirurgia na perna direita e deixou o Peru durante o Sul-Americano. A garotada desembarca no Brasil na manhã de segunda-feira, com chegada prevista no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, às 8h55m (de Brasília). Em seguida, parte da delegação segue para o Rio de Janeiro, com desembarque previsto para 14h (de Brasília).
Lucas brilha e 'mata' o jogo em dois minutos
Campo pesado e em péssimo estado. Foi esse o panorama que Brasil e Uruguai encontraram o gramado do Universidad Nacional San Agustín, em Arequipa, para a decisão do Sul-Americano. Os primeiros minutos de jogo foram de escorregões e passes errados dos dois lados. Logo aos dois minutos, Neymar levou uma entrada dura na lateral do campo. Cartão amarelo para Platero. Tudo o que a Seleção queria na final, um árbitro que coibisse a violência dos rivais.
O jogo foi equlibrado até os 24. A partir daí, a Seleção Brasileira passou a dominar o jogo. Oscar recebeu na entrada da área e chutou por cima do gol de Ichazo. Quatro minutos depois, Lucas fez fila pelo lado direito do campo e cruzou para Willian José. O atacante acertou um belo voleio e a bola passou à esquerda do goleiro uruguaio.
O Uruguai só assustou o goleiro Gabriel aos 38. Vecino arriscou de fora da área e a bola passou rente ao gol brasileiro. Dois minutos depois, o Brasil abriu o marcador. Alex Sandro fez uma boa jogada pela esquerda e tocou para Lucas na entrada da área. O apoiador tirou o zagueiro e chutou no canto de Ichazo, que sequer pulou na bola: 1 a 0. Um minuto depois, Lucas marcou um golaço. O apoiador dominou pelo lado direito, passou por dois adversários, invadiu a área e chutou colocado por cima de Ichazo. Festa brasileira no Monumental U.N.S.A. Aos 43, um vacilo uruguaio. Adrián Luna, o destaque do time no Sul-Americano, entrou de forma violenta em Juan e foi expulso.
Uruguai perde pênalti, Brasil cresce e garante o título
O segundo tempo começou ruim para o Brasil. Logo no primeiro minuto, Saimon fez pênalti em Cepelini e foi expulso. Mas o dia não era da Celeste: Vecino, autor do gol da vitória sobre a Argentina que valeu a vaga olímpica, chutou para fora, por cima, à la Roberto Baggio em 1994.
A Seleção não se abateu com a expulsão de Saimon e conseguiu ampliar logo em seguida, aos cinco. Em bela jogada pela direita, o lateral Danilo driblou Cabrera, entrou na área, passou por mais um e bateu cruzado sem defesa para o goleiro Ichazo.
Aos 11, Polenta fez falta feia em Neymar e levou amarelo. O craque do Santos respondeu com a bola no pé. Um minuto depois, Lucas rolou para o camisa 7, que dominou na área e bateu colocado: 4 a 0. Mais quatro minutos, mais um gol: Willian chutou de longe, Ichazo deu rebote e Neymar aproveitou para fazer o quinto. Com nove gols no torneio, o santista tornou-se o maior artilheiro de uma edição do Sul-Americano Sub-20. Na comemoração, imitação de um carro, cobrando a promessa feita pelo pai.
Com o título na mão, o Brasil continuou dominando a partida. Enquanto os uruguaios tentavam apelar para faltas e reclamações, a garotada de Ney Franco partia para o ataque. Na habilidade, o time canarinho criou boas chances. Como uma de Lucas, que aos 31 arrancou pelo meio, passou por dois, entrou na área e perdeu a bola apenas para o goleiro ao errar o último drible. Cinco minutos depois, o camisa 10 brasileiro não errou. O são-paulino dominou fora da área após passe de Galhardo, driblou um rival e chutou forte: 6 a 0, goleada histórica e de titulo para a garotada brasileira. Nos minutos finais, Ney tirou Neymar e Lucas para delírio da torcida. As jovens estrelas saíram aplaudidas pela torcida, que completou a festa com o apito final do árbitro. Destino final: Londres em 2012, mas com uma parada na Colômbia ainda neste ano.

URUGUAI 0 x 6 BRASIL
Ichazo, Platero, Olivera, Cabrera e Polenta; Vecino, Cayetano (Pereyra) e Prieto (Ramon Díaz); Luna, Mayada e Rodriguez (Cepelini). Gabriel, Danilo, Saimon, Juan e Alex Sandro; Fernando, Casemiro (Galhardo), Lucas (Gabriel Silva) e Oscar; Neymar (Diego Maurício) e Willian.
Técnico: Juan Verzeri Técnico: Ney Franco
Gols: Lucas, aos 40 e aos 41 do primeiro tempo; Danilo, aos 5 do segundo tempo; Neymar, aos 12 e aos 16 do segundo tempo; Lucas, aos 36 do segundo tempo
Cartões amarelos: Platero, Cayetano, Polenta (Uruguai); Casemiro, Saymon (Brasil) Cartões vermelhos: Luna (Uruguai); Saimon (Brasil)
Estádio: Universidad Nacional San Agustin, em Arequipa (Peru). Horário: 0h10m (de Brasília) Árbitro: Antônio Arias (PAR) Auxiliares: Francisco Mondria (CHI) e Rodney Aquino (PAR).

Agente: acerto de Roberto Carlos na Rússia não está sacramentado

Fabiano Farah diz que um detalhe no acordo ainda impede anúncio oficial, mas já descarta lateral atuando por outro time brasileiro

Por Carlos Augusto Ferrari São Paulo
roberto carlos corinthians (Foto: Agência Estado)Roberto Carlos em treino do Corinthians
(Foto: Agência Estado)
Apenas um detalhe contratual separa Roberto Carlos de ser anunciado oficialmente como reforço do Anzhi Makhachkala-RUS. O jogador e o empresário Fabiano Farah esperam entrar em acordo com o clube russo nesta segunda-feira para viajarem a Ankara, na Turquia, onde o elenco faz a pré-temporada.
Segundo o agente, depois de o lateral-esquerdo assinar a rescisão contratual com o Corinthians, os russos enviaram a proposta em papel timbrado e a minuta do contrato a ser assinado. Farah pediu pequenas alterações no vínculo, que deverão ser respondidas pelos dirigentes europeus no começo da semana.
- Tivemos um princípio de entendimento, mas tudo vai depender da segunda-feira. Evoluindo como deve ser, quarta ou quinta-feira vamos viajar para a Europa – disse Farah, por telefone, ao GLOBOESPORTE.COM.
Aos 37 anos, Roberto Carlos deve assinar com o Anzhi por duas temporadas e meia. Os valores do contrato não foram revelados, mas giram em torno de R$ 22 milhões. A tendência é que o jogador encerre a carreira no Velho Continente, principalmente depois da turbulenta saída do Corinthians nesta semana.
Após dizer que estava sendo perseguido e recebendo ameaças da torcida, Roberto Carlos não deseja atuar por outro clube brasileiro. Além do montante oferecido pelos russos, o jogador ficou preocupado com a segurança da família no Brasil. O lateral teve sondagens de outras equipes do país. Flamengo e Palmeiras surgiram como interessados. Ele também recebeu três ofertas de clubes do Oriente Médio, duas dos Estados Unidos e uma da Austrália.
- Impossível (jogar por outro time do Brasil). Hoje, o coração do Roberto é corintiano. O único time que ele jogaria é o Corinthians – prometeu Farah.
O Anzhi Makhachkalala é um clube sem tradição e de pouco destaque: foi fundado em 1991 e passou a maior parte de sua história disputando divisões inferiores da Liga Russa. O clube foi comprado em janeiro de 2011 pelo bilionário Suleyman Kerimov, um dos 150 homens mais ricos do mundo, segundo a "Forbes". No ano passado, conseguiu voltar, após sete anos de ausência, ao principal campeonato nacional.
- Fiquei impressionado com o projeto. É muito ambicioso – completou o empresário.

Luxa ainda busca melhor formação tática: veja prós e contras das opções

Esquemas de jogo têm sido testados pelo treinador neste início de temporada para criar alternativas e dissolver deficiências do Flamengo

Por Eduardo Peixoto e Richard Souza Rio de Janeiro
Luxemburgo Ronaldinho treino Flamengo (Foto: Jorge William / O Globo)Técnico ganhou jogadores importantes, como R10,
para armar o time  (Foto: Jorge William / O Globo)
Mesmo com o aproveitamento perfeito do Flamengo no Campeonato Carioca, Vanderlei Luxemburgo não se permite acomodar. Em seis partidas, o Rubro-Negro conquistou seis vitórias. Classificou-se com uma rodada de antecedência para as semifinais da Taça Guanabara, em primeiro lugar no Grupo A. Entretanto, por mais de uma vez, o técnico chegou a dizer que ainda enxerga o time “descompactado e desnivelado” em alguns setores.
Está claro que a maior dificuldade do treinador no momento é a lateral esquerda. Egídio começou a temporada como titular, mas ainda não conseguiu se firmar. Renato e Ronaldo Angelim foram improvisados. Ele ainda tem Rodrigo Alvim e o recém-promovido Anderson à disposição.
O esquema 4-2-3-1, pelo menos por enquanto, é o preferido. As peças é que podem variar. Uma transformação para o 4-3-2-1 também já foi vista neste estadual. Para o jogo contra o Resende, às 17h (de Brasília) de domingo, uma nova formatação do 4-2-3-1, com Angelim na lateral esquerda. Luxemburgo explicou que precisa contrapor a falha de marcação no meio-campo por causa da veia ofensiva de Thiago Neves e Ronaldinho.

Confira as opções táticas do técnico do Flamengo neste início de temporada:

4-2-3-1: o preferido

A formação tem sido trabalhada por Luxa desde a pré-temporada em Londrina, no interior paranaense. Como Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves chegaram na reta final da preparação, só começaram a participar dos treinos táticos na volta ao Rio. A ideia é que o trio de meias troque de posição com frequência, municie um único atacante e também conclua.
Vantagens: o time ataca praticamente o tempo todo com quatro jogadores. A troca de posições dos armadores permite tabelas e triangulações.
Riscos: se a movimentação do atacante for fraca, dificilmente os meias conseguirão criar, mesmo que mais próximos em campo. Além disso, a saída de bola com os volantes não pode ser lenta e previsível. Outra preocupação do técnico nos treinamentos é com a qualidade do passe.
Variações: Renato pode ser considerado uma peça-chave. Além de meia ofensivo, pode jogar como volante e lateral-esquerdo. Se for lateral, Egídio sai do time, e Luxa ganha espaço para que outro armador faça companhia a Ronaldinho e Thiago Neves - Bottinelli, por exemplo. Como segundo volante, ele pode ocupar o lugar de Maldonado na proteção, dar qualidade ao time na saída de bola e fortalecer o lado esquerdo.
Do que precisa para funcionar: além da troca de posições, o trio de meias precisa se mexer mais com a bola, procurando as diagonais para abrir o corredor aos laterais e tentar as tabelas e triangulações, evitando que Deivid fique isolado. O atacante ainda tem dificuldade de se adaptar à função de homem de referência. Wanderley é uma opção pelo bom início de temporada.
4-3-2-1: mudança sutil
Com a base do 4-2-3-1, Luxemburgo recua um armador e abre espaços na frente. Neste caso, no 4-3-2-1, Ronaldinho ocupa o setor esquerdo do ataque, mais aberto, como jogou por muito tempo no Barcelona. O pedido do treinador, no entanto, é para que o camisa 10 não guarde posição. Thiago Neves faz o mesmo do lado oposto.
Vantagens: o técnico não precisa fazer alterações. O recuo de um meia - provavelmente Renato - pode repaginar a equipe e dá liberdade a Ronaldinho e Thiago Neves. O volante Willians também ganha espaço pela direita.
Riscos: por conta da falta de entrosamento, por vezes o time só consegue ser efetivo na conhecida jogada pela direita, quando Léo Moura supera seu marcador.
Variações: Thiago Neves e Ronaldinho passam a atuar quase como atacantes abertos. No lugar de Deivid, Wanderley, oportunista e presente na área, vive um bom momento e tem feito o que se espera de um avante rompedor. É o artilheiro do time no Carioca com quatro gols.

Do que precisa para funcionar: com um meia mais recuado, R10 e Thiago Neves têm de aproveitar melhor os espaços pelas pontas. Mais livres, Willians e Léo Moura podem apoiar com mais frequência.
4-2-3-1: versão com reforço na marcação
Nos treinos táticos desta semana, Luxemburgo testou uma nova formação. Ele não terá o volante Maldonado e o zagueiro Welinton, suspensos com três cartões amarelos. Renato, com dois cartões, será poupado para não correr risco de ficar fora da semifinal. Luxa trabalhou o 4-2-3-1 com Jean e David na zaga, Léo Moura pela direita e Ronaldo Angelim na lateral esquerda. Fernando será o substituto de Maldonado, enquanto Marquinhos vai ocupar a vaga de Renato na ala pelo lado esquerdo. Wanderley e Bottinelli, machucados, estão fora.
Vantagens: sem Renato, colocando Marquinhos, Luxa deixa Angelim preso à marcação, mas ele não deixa de ser opção de apoio ao ataque. Por outro lado, dá liberdade para as investidas de Léo Moura na direita, um dos pontos mais fortes da equipe. Marquinhos faz a ala esquerda, e Ronaldinho fica mais solto para encostar em Deivid. É um esquema misto.
Riscos: a intenção com o posicionamento de Angelim é dar equilíbrio ao time, mas, se não estiver bem treinada, a formação pode tornar a equipe mais exposta.   

Variações: no setor ofensivo, o treinador toma como base a equipe do Palmeiras (em 1996). Jogava com dois volantes e com Müller passando por trás do Luizão. Luxa deve jogar com Ronaldinho vindo por trás do atacante e distribuindo a jogada, junto com Thiago Neves e Bottinelli, tão logo o argentino se recupere da torção no tornozelo direito. Ronaldinho não seria um meia, mas um segundo atacante. Isso com Renato fazendo a ala esquerda.

Do que precisa para funcionar: as opções pelo lado esquerdo ainda não inspiram plena confiança, principalmente Egídio, que não é forte na marcação, nem no apoio. Desta forma, Luxemburgo tenta compensar com a segurança defensiva. Como Thiago Neves, Renato, Ronaldinho e Marquinhos jogam pela esquerda, as referências para o setor são muitas.