quarta-feira, 7 de setembro de 2011

CLASSIFICAÇÃOPJVEDGPGCSG%
1
São Paulo
41
22
12
5
5
35
27
8
62.1
2
Botafogo
40
21
12
4
5
36
20
16
63.5
3
Corinthians
40
21
12
4
5
33
21
12
63.5
4
Vasco
38
21
11
5
5
30
26
4
60.3
5
Flamengo
36
21
9
9
3
36
27
9
57.1
6
Palmeiras
33
21
8
9
4
27
18
9
52.4
7
Internacional
32
22
8
8
6
36
30
6
48.5
8
Fluminense
31
21
10
1
10
27
25
2
49.2
9
Coritiba
29
21
8
5
8
34
27
7
46
10
Figueirense
29
21
8
5
8
26
28
-2
46
11
Cruzeiro
28
21
8
4
9
29
25
4
44.4
12
Atlético-GO
28
21
8
4
9
27
25
2
44.4
13
Santos
26
20
7
5
8
28
32
-4
43.3
14
Ceará
26
22
7
5
10
29
36
-7
39.4
15
Grêmio
24
20
6
6
8
24
26
-2
40
16
Bahia
24
21
5
9
7
24
28
-4
38.1
17
Atlético-MG
21
22
6
3
13
28
40
-12
31.8
18
Avaí
20
22
5
5
12
25
46
-21
30.3
19
Atlético-PR
18
21
4
6
11
20
33
-13
28.6
20
América-MG
17
22
3
8
11
28
42
-14
25.8
  • Qua 07/09/2011 - 16h00 Morumbi
    SPO
    2 1
    CAM
  • Qua 07/09/2011 - 16h00 Engenhão
    BOT
    4 0
    CEA
  • Qua 07/09/2011 - 16h00 Beira Rio
    INT
    4 2
    AMG
  • Qua 07/09/2011 - 16h00 Ressacada
    AVA
    1 2
    SAN
  • Qua 07/09/2011 - 21h50 Parque do Sabiá
    CRU
    FLU
  • Qua 07/09/2011 - 21h50 Arena da Baixada
    CAP
    PAL
  • Qua 07/09/2011 - 21h50 Serra Dourada
    ATG
    FIG
  • Qui 08/09/2011 - 20h30 São Januário
    VAS
    CFC
  • Qui 08/09/2011 - 20h30 Pituaçu
    BAH
    GRE
  • Qui 08/09/2011 - 21h50 Pacaembu
    COR
    FLA
Taça LibertadoresSul-AmericanaRebaixados
P pontosJ jogosV vitóriasE empatesD derrotasGP gols próGC gols contraSG saldo de gols(%) aproveitamento

Emerson Fittipaldi revela que pai tentou tirá-lo do automobilismo

Antes de brilhar na pistas, primeiro brasileiro campeão da Fórmula 1 recebeu do pai um barco, com objetivo de retirá-lo do esporte

Por SporTV.com São Paulo
Pensar na história do automobilismo mundial e não ter em mente o nome Fittipaldi é uma tarefa praticamente impossível. O amor da família pela velocidade começou com o Barão Wilson Fittipaldi, hoje com 91 anos. Depois vieram os filhos Emerson, primeiro brasileiro campeão da Fórmula 1, em 1972, e o irmão Wilson, que também pilotou na categoria. O sobrinho Christian também esteve na modalidade, mas não alcançou o mesmo sucesso. Atualmente, a maior aposta é o jovem Pietro, destaque na Late Model, divisão da Whelen All American Series, categoria regional da Stock Car americana. (assista ao vídeo).
Convidados do programa Linha de Chegada, os integrantes do clã Fittipaldi contaram ao jornalista Reginaldo Leme que o destino vitorioso da família poderia ter sido longe dos autódromos. Único fundador vivo da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), o Barão Wilson Fittipaldi, ao perceber que o amor dos filhos pela velocidade estava aumentando, resolveu tentar levá-los para uma atividade com menos risco.
- Quando ele (Barão) viu que começou a esquentar e que o rumo seria o automobilismo, ganhei um barco, que era o melhor. O objetivo era ver se eu sairia o mais rápido possível do automobilismo - contou Wilson.
- Os resultados eram excelentes, penúltimo ou último. Teve um dia em que todo mundo chegou ao clube e nós chegamos só na parte noite. Ficamos perdidos no lago - complementou Emerson.
O envolvimento da família com o esporte é tão grande que Christian brinca:
- Em casa, a gente sempre falou que tomava café da manhã motor, almoçava chassis, e jantava rodas, asa dianteira, asa traseira – brincou Christian Fittipaldi, neto do Barão Wilson, ao contar o envolvimento da família no automobilismo.

Família Fittipaldi no Linha de Chegada (Foto: Alfredo Bokel/Globoesporte.com )As histórias do clã Fittipaldi divertiram e emocionaram a todos (Foto: Alfredo Bokel/Globoesporte.com )

Copersucar: um sonho que não deu certo
O pioneirismo não se deu apenas na formação da Confederação Brasileira de Automobilismo, os Fittipaldi também formaram a primeira equipe nacional de Fórmula 1, a Copersucar. Fundada em 1975, a equipe não conseguiu conquistar bons resultados, apesar de contar com a experiência de Emerson, que já havia conquistado seus dois títulos mundiais, e de Wilson. A melhor colocação foi um segundo lugar no Rio de Janeiro em 1978.
Os irmãos destacaram que a constante troca de engenheiros atrapalhou o projeto. Além da falta de resultados, a família precisou se desfazer de quase tudo para pagar as dívidas da equipe.
- Tivemos que vender muita coisa para manter a equipe. Foi difícil. Depois que o time fechou, nós conseguimos voltar a crescer. Foi uma fase muito difícil. Parte da imprensa e do público brasileiro não entendeu quanto seria importante se esta equipe continuasse – recordou Wilson Fittipaldi.

Após euforia, Fabiana Murer volta a competir pela Diamond League

Depois de garantir ouro inédito para o Brasil no Mundial, atleta do salto com vara compete nesta quinta na Suíça diante das principais oponentes

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Fabiana murer campeã mundial daegu salto com vara medalha (Foto: Agência AP)Após ouro inédito, Fabiana Murer volta a competir
nesta quinta (Foto: Agência AP)
Passada a euforia da conquista da medalha inédita no Mundial de Daegu, Fabiana Murer já está a postos para seu próximo desafio na temporada. Nesta quinta-feira, às 13h55 (de Brasília), a brasileira do salto com vara compete pela 11ª etapa da Diamond League, em Zurique, na Suíça, onde pode ser campeã novamente.
Na disputa, Murer volta a enfrentar as atletas que foram suas oponentes no Mundial, como alemã Martina Strutz, ganhadora da medalha de prata, e a russa Svetlana Feofanova, medalha de bronze em Daegu. Além da recordista Mundial, Yelena Isinbayeva que busca recuperação após decepcionar e terminar em 6º lugar na Coreia.
- Vai ser outro desafio importante. Vou enfrentar as melhores atletas do momento e espero ter outro bom desempenho - disse Fabiana.
Na competição de Zurique, os pontos são em dobro: 8 para o primeiro lugar, 4 para o segundo e 2 para o terceiro colocado. Fabiana Murer está na segunda colocação da modalidade, com 9 pontos, atrás somente da alemã Silke Spiegelburg, que tem 10. Em terceiro, com a mesma pontuação estão a polonesa Anna Rogowska e a americana Jennifer Suhr, com 5 pontos cada uma. Com 4 pontos aparecem na sequência da classificação as russas Yelena Isinbayeva e Svetlana Feofanova.
Para Fabiana, o objetivo é mais uma vez, saltar o mais alto possível para ganhar a competição.
- Só assim posso ser campeã da liga. Estou muito bem tecnicamente, como foi possível ver em Daegu. Nessa semana, não perdi nada em relação as minhas condições físicas. Mas sei que têm várias atletas que podem ganhar a liga. Então, todas vão tentar fazer o seu melhor e, por isso, vai ser uma prova bem disputada - disse a campeã do mundo.
Encerrada a Diamond League, Fabiana retorna ao Brasil para iniciar a preparação para a última competição da temporada, os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, onde brigará pelo bicampeonato.
 

Após estreia elogiada, Bruno Senna se diz ansioso e confiante para Monza

Brasileiro comemora estar mais familiarizado com carro da Renault-Lotus

Por GLOBOESPORTE.COM Monza, Itália
Bruno Senna (Foto: Getty Images)Bruno Senna na Bélgica (Foto: Getty Images)
Após a estreia pela Renault-Lotus no GP da Bélgica, Bruno Senna afirma estar ansioso e mais confiante para a próxima etapa da temporada, neste fim de semana, em Monza. Afastado das pistas desde o fim da temporada passada, quando defendeu a Hispania, o brasileiro retornou em Spa-Francorchamps, no lugar do alemão Nick Heidfeld.
- Estou ansioso para entrar no cockpit em Monza, porque me sinto mais confiante em encarar esta corrida. Como em qualquer outro esporte, quilometragem e experiência inspiram confiança. Eu conheço o carro melhor agora. Estou mais familiarizado com as tendências que ele tem e entendendo melhor a direção que precisamos tomar – disse.
O brasileiro recebeu diversos elogios da equipe pelo desempenho em Spa, principalmente por ter colocado o carro no sétimo lugar no grid no treino classificatório. Na corrida, Senna tocou em Jaime Alguesuari logo na primeira curva, precisou ir para os boxes e ainda foi punido, o que prejudicou seu resultado final. Entretanto, conseguiu estabelecer um bom ritmo de corrida, terminando no 13º lugar.
- Claro que em Spa eu não sabia o que esperar em termos de competitividade, mas foi extremamente encorajador eu conseguir desenvolver meu ritmo rapidamente e trabalhar bem com a equipe – comemorou.
Senna mostrou empolgação com o bom relacionamento com os mecânicos da equipe.
- Eu tenho uma forte relação profissional com os engenheiros. Estou ansioso em trabalhar próximo a eles na busca por soluções em como podemos nos fortalecer – completou.
Horários GP Itália 2011 (Foto: ArteEsporte)

Antes de enfrentar a Nigéria, seleção brasileira prefere deixar folga de lado

Na atividade desta quarta-feira, em Ravenna, jogadores fizeram um trabalho técnico e tático sob o olhar do filho de Benjamin; jogo será nesta quinta-feira

Por Igor Christ Direto de Ravenna, Itália
De olho no duelo pelas quartas de final contra a Nigéria, a seleção brasileira de futebol de areia deixou a folga de lado para treinar forte, nesta quarta-feira. Na atividade comandada pelo técnico Alexandre Soares, os jogadores trabalharam a parte física e tática, no Stadium del Mare, palco dos jogos da Copa do Mundo de Ravenna, na Itália.
Futebol de areia: seleção brasileira faz treinamento no Stadium de Mare, em Ravenna (Foto: Igor Christ / GLOBOESPORTE.COM)Jogadores da seleção brasileira participam de treino em Ravenna (Foto: Igor Christ / GLOBOESPORTE.COM)
Quem apareceu no treinamento foi Benjamin Júnior, filho do capitão Benjamin. O garoto, que joga na equipe juvenil do time de futebol de campo do Deportivo Lugo, da Espanha, viajou até Ravenna para matar as saudades do pai.

- Passei o Dia dos Pais longe dele e estou muito feliz em poder vê-lo aqui durante a Copa. Ele é o meu talismã e chegou para animar ainda mais o nosso grupo - disse Benjamin.
Futebol de areia: Benjamin Júnior vira fotógrafo no treino da seleção brasileira, em Ravenna (Foto: Igor Christ / GLOBOESPORTE.COM)Benjamin Júnior deu uma de fotógrafo no treino desta
quarta-feira (Foto: Igor Christ / GLOBOESPORTE.COM)
Empolgado, o filho do capitão do Brasil tirou fotos do treinamento da equipe e conferiu a atividade sentado no banco de reservas. Ele espera dar sorte contra os nigerianos.

- Vim dar apoio para os jogadores e também para o meu pai. Estava sentindo muito a falta dele. Estou na torcida até domingo e quero ver o título de perto - disse.

Nesta quarta-feira, os times ganharam folga e só voltam a jogar na quinta. Na segunda fase, o Brasil, líder do Grupo D, enfrenta a Nigéria, que bateu o Taiti por 4 a 1 e garantiu o segundo lugar do Grupo C, às 15h. O SporTV transmite a partida ao vivo.

Clovis Munhoz afirma que foi reconhecido por Ricardo Gomes

Médico do Vasco revela que treinador está cada vez mais acordado, já reconheceu os familiares e comenta evolução do caso

Por Rafael Cavalieri Rio de Janeiro
Chefe do departamento médico do Vasco, o doutor Clovis Munhoz esteve na manhã desta quarta-feira no Hospital Pasteur, na Zona Norte do Rio de Janeiro, acompanhando a reavaliação do técnico Ricardo Gomes. O médico apenas confirmou as boas notícias divulgadas no último boletim. Segundo Clovis, o quadro clínico é extremamente animador desde que a sedação foi completamente retirada. Ele ainda revelou que o treinador chegou até a reconhecê-lo.
- Ele apresenta melhorias diárias. É claro que ainda se encontra um pouco sonolento, mas a cada minuto vai evoluindo. Ele já reconheceu novamente os filhos, os médicos que cuidam diariamente e até a mim. Isso é importante. O Ricardo está cada vez mais acordado - afirmou.
O próximo passo agora na linha de evolução é a retirada dos tubos que ainda auxiliam a respiração do treinador. Segundo Clóvis, a expectativa é de que isso aconteça no mais tardar até sábado. Nesta quarta, Ricardo Gomes completou dez dias entubado. Como o quadro clínico se mantém estável e não há qualquer risco de infecção, os médicos não pensam em realizar uma traqueostomia, processo no qual o paciente continua respirando por auxílio de aparelho, mas através de um orifício artificial na traqueia.
- Ninguém pensa nesta intervenção ainda por dois motivos. O primeiro é que a evolução é boa e a tendência é a retirada do tubo acontecer nos próximos dias. Segundo porque não há qualquer risco de infecção. Como as coisas estão andando bem, não se pensa nisso. Eu conversava com a família e dizia que estes dez dias, para quem não é médico, parecem uma eternidade. Mas para nós que temos total consciência do que aconteceu vemos que a evolução é muito boa - explicou.

Mulher de Sócrates admite que fígado do Doutor está comprometido

Kátia Bagnarelli diz que transplante ainda não é recomendado e revela que médicos ainda esperarão mais 24 horas para reduzir os medicamentos

Por Renato Peters São Paulo
sócrates ex-jogador (Foto: Reuters)O transplante de fígado ainda não é o mais indicado
para o ex-jogador Sócrates (Foto: Reuters)
A esposa de Sócrates, Kátia Bagnarelli, concedeu uma mini-coletiva no início da tarde desta quarta-feira no hospital Albert Einstein, no Morumbi, e passou mais informações sobre o estado de saúde do Doutor. De acordo com ela, o fígado de Sócrates está mesmo comprometido e foi o órgão que causou o segundo sangramento, resultando na internação do ex-jogador na última segunda-feira.

- Não sei quanto, mas o fígado está comprometido. O procedimento agora é de observação nas próximas 24 horas. Se não houver mudança no quadro, vão começar a reduzir a sedação.

Outro ponto esclarecedor da entrevista de Bagnarelli foi a respeito da relação de Sócrates com a bebida. Ela contou qual foi a última vez que ele ingeriu álcool, em uma viagem a Cuba, e que, logo depois, ele acabou internado.

- Ele teve problema com alcoolismo e esse é o principal causador da cirrose. Ele estava sem beber desde o dia 30 de junho. Estivemos em Cuba entre os dias 10 e 16 de agosto e fomos a  uma degustação de uma cervejaria. Mas ele tomou só um copo. Em seguida (já no Brasil), teve a crise e acabou internado.

Por fim, ela disse que o ideal neste momento ainda não é o transplante.

- Embora a situação seja grave, o transplante não é o indicado para esse momento. O melhor é seguir esse tratamento.

Novos boletins médicos só serão divulgados pelo hospital assim que houver alguma mudança no estado de saúde do paciente.

Direção do Timão se recusa a liberar e diz que Emerson quer ficar no clube

Jogador recebeu proposta de R$ 18 milhões por dez meses de contrato. Clube admite que, se Sheik quiser ir embora, situação pode mudar

Por Carlos Augusto Ferrari São Paulo
Edu Gaspar Corinthians (Foto: Leandro Canônico / Globoesporte.com)Edu Gaspar em entrevista no Corinthians
(Foto: Leandro Canônico / Globoesporte.com)
No que depender da diretoria, o atacante Emerson vai continuar no Corinthians. Nesta quarta-feira, o gerente de futebol do Timão, Edu Gaspar, anunciou que o clube não pretende liberá-lo. Sheik recebeu uma proposta do Al-Sadd, do Qatar, e ficou balançado pelo montante oferecido: R$ 18 milhões por dez meses de contrato.
- Conversei com o Reinaldo (Pitta, empresário de Emerson) há duas semanas. O que me surpreende é isso se tornar público agora. Queria saber da situação do atleta perante a essa resposta. A resposta foi positiva, de que ele quer continuar. O Corinthians não tem intenção nenhuma de liberá-lo – afirmou o dirigente.
Emerson, porém, ainda não encerrou a negociação. O jogador se mostrou bastante atraído pela possibilidade de fechar um contrato tão valioso já estando com 33 anos. A decisão precisa ser tomada até sexta-feira, data do fechamento da janela de transferências no país do Oriente Médio. O Timão reconhece que a vontade do atacante pode pesar na decisão.
- Aí temos que ver. Se ele quiser sair, vamos conversar com ele e com a diretoria – ressaltou Edu.

Sheik foi escalado como titular do Corinthians para enfrentar o Flamengo, nesta quinta-feira, às 21h50m, no Pacaembu, pelo Campeonato Brasileiro. Para a direção, o jogador conseguirá se concentrar na partida, mesmo com o interesse de outra equipe.
- O Emerson não é um menino de 20 anos. Ele já teve seus momentos fora do Brasil, é um atleta vivido, experiente. Ele estará muito tranquilo, sabe da importância do jogo contra o Flamengo. Isso faz parte do futebol. Pode surgir propostas para outros jogadores também - disse.
 

Avião cai logo após decolar e mata equipe de hóquei no gelo na Rússia

No total, quarenta e quatro pessoas morreram no acidente nesta quarta

Por Do G1 Yaroslavl, Rússia
Quarenta e quatro pessoas morreram nesta quarta-feira na queda de um avião de passageiros russo Yak-42 na região de Yaroslavl, a 200 quilômetros ao norte de Moscou.
A aeronave, na qual viajava a equipe de hóquei no gelo do Lokomotiv Yaroslavl , caiu pouco depois de decolar e explodiu no ar, segundo a agência russa "Interfax".
Confira cobertura completa da tragédia no G1
avião com equipe de hóquei cai na Rússia (Foto: AP)Queda de avião matou a equipe de hóquei no gelo da Rússia (Foto: AP)
O Lokomotiv Yaroslavl foi campeão russo de hóquei no gelo em 1997, 2002 e 2003. O time enfrentaria nesta quinta-feira o Dínamo Minsk.
O funcionário acrescentou que o acidente aconteceu por volta das 9h (de Brasília).
A aeronave, pertencente à companhia Yak-Service, tinha como destino o aeroporto de Minsk, capital de Belarus.
avião com equipe de hóquei cai na Rússia (Foto: AP)Bombeiros fazem o resgate do avião (Foto: AP)

Brasil derruba campeões olímpicos e pega embalo na estrada para Londres

Diante do ginásio abarrotado de fanáticos, time de Rubén Magnano se impõe, bate invicta Argentina e ganha moral na Copa América de Mar del Plata

Por Rodrigo Alves Direto de Mar del Plata, Argentina
O passo mais importante ainda está por vir, mas o deste Sete de Setembro é daqueles que deixam marcas. Diante de um ginásio abarrotado de torcedores fanáticos e barulhentos em Mar del Plata, o Brasil resolveu se fazer de surdo por duas horas. Encarou os campeões olímpicos da Argentina de igual para igual, deu um show no quintal do vizinho e arrancou uma vitória heroica por 73 a 71. Se ainda não vale a vaga olímpica ou sequer garante um cruzamento mais tranquilo na semifinal da Copa América, significa a quebra de um tabu de 16 anos sem vencer os vizinhos em torneios de primeiro nível. Londres ainda está apenas no horizonte. Mas o recado está dado.
A última vitória em campeonatos importantes tinha sido em 1995, no Pré-Olímpico de Neuquén, ainda com a geração de Oscar Schmidt. Agora, mais uma vez dentro da Argentina – e sob o comando de um argentino –, um triunfo para festejar e calibrar o otimismo no caminho para os Jogos de 2012.
basquete Rafael Hettsheimer brasil pré-olímpico argentina (Foto: Agência EFE)Hettsheimer segura Ginóbili. Ele foi o maior pontuador do Brasil (Foto: Agência EFE)
O cestinha da partida foi o argentino Luis Scola, com 24 pontos. Pelo lado brasileiro, Rafael Hettsheimer anotou 19. Marcelinho Huertas fez 17.
O Brasil volta à quadra nesta quinta-feira, às 20h30m, contra Porto Rico, e aí sim estará em jogo a posição do país na semifinal de sábado. Os argentinos pegam a República Dominicana às 18h, com as duas equipes também classificadas para as semis. Os dois finalistas garantem vaga nas Olimpíadas de Londres-2012.
Antes do jogo desta quarta, especulava-se que, com a vaga na semi já assegurada, a Argentina poderia poupar alguns titulares. Julio Lamas surpreendeu e mandou à quadra sua tropa de elite. Com um segundo de ação, deve ter se arrependido: no tapinha inicial, Andres Nocioni caiu de mau jeito, sofreu uma torção leve no tornozelo direito e teve de deixar a quadra carregado (veja no vídeo ao lado). Por alguns instantes, silêncio absoluto no ginásio, quebrado pouco depois, quando Scola abriu o placar com um arremesso de meia distância – desses que ele treina à exaustão duas horas antes de cada partida.

Mas foi só o primeiro chute que caiu. Marcado por Splitter, o ala-pivô passou a errar a mão, e o Brasil aproveitou para passar à frente. Com os dois lados abusando da tensão, o placar ficou congelado em 14 a 11 por alguns minutos, até Delfino cortar a diferença para um ponto. Saíram Ginóbili e Marquinhos, entraram Jasen e Marcelinho, e o nível melhorou. A quatro segundos do fim, Huertas definiu o período inicial: Brasil 19 a 17.
basquete scola giovannoni brasil x argentina (Foto: AP)Luis Scola marcou 24 pontos, mas depois foi
eliminado da partida (Foto: AP)
No segundo quarto, com Manu de volta e Alex no banco, coube a Benite marcar o craque do San Antonio Spurs. Fez duas faltas rápidas e voltou para o banco. Lá estava Alex de novo no cangote de Ginóbili, e nem com os campeões olímpicos em quadra o time argentino conseguia se impor.

A três minutos do intervalo, Rafael Hettsheimeir conseguiu um daqueles lances para guardar na memória: um toco espetacular em Scola, que foi ao chão na linha de fundo. Na sequência, contudo, o brasileiro deu dois pontos de graça ao rival quando tentou “limpar o aro” no rebote de um lance livre. Ali a Argentina finalmente virou o placar. Abriu três com uma cesta de Jasen, um dos carrascos de exatamente um ano atrás, no Mundial da Turquia. E a torcida explodiu como ainda não tinha feito no Ilhas Malvinas.

O silêncio voltou por um instante quando Splitter deu um passe genial de costas para encontrar Marquinhos embaixo da cesta. Foi o que manteve o Brasil na cola ao fim do segundo quarto. No intervalo, os donos da casa lideravam por 28 a 27, com 11 pontos de Scola, sete de Delfino e seis de Manu. Huertas e Giovannoni lideravam a equipe de Magnano, com sete cada.

O Brasil voltou muito bem para o terceiro quarto, com Hettsheimeir embolsando Scola e os arremessos de média distância caindo. Resultado: dez pontos de vantagem na primeira metade do período. Quando faltavam 4m50s, Scola acertou da cabeça do garrafão, para logo depois Prigioni converter de três e por fogo na reação. Em poucos instantes, o placar já estava equilibrado, e as arquibancadas, em êxtase. No momento mais difícil até então, coube ao Brasil manter a cabeça no lugar. E assim foi até o fim do quarto, com Marquinhos mandando um tiro de longe no último segundo para abrir 53 a 47.

No último período, drama absoluto. A Argentina perseguia o Brasil ferozmente no placar, mas a equipe de Magnano se segurou como pôde. A torcida gritava, pressionava, xingava os juízes, mas não adiantou. Com uma bola de três de Giovannoni no último minuto, pintou o conforto necessário para tomar o último fôlego. Os campeões olímpicos deram o último suspiro, mas não houve tempo para reação. Fim de papo em Mar del Plata, tabu quebrado e recado dado.
basquete pré-olímpico alex brasil argentina (Foto: Agência AP)Alex invade o garrafão na partida contra a Argentina (Foto: Agência AP)

Alvo de críticas, Welinton desabafa: ‘Você fica chateado, constrangido’

Zagueiro recorre aos números dele com a camisa do Flamengo para se defender: ‘Minha participação tem sido muito mais positiva do que negativa’

Por Richard Souza Atibaia, SP
No último treino do Flamengo antes da partida contra o Corinthians, tudo voltou ao normal para Welinton. Titular do time em 43 jogos nesta temporada, o zagueiro participou da atividade da tarde desta quarta-feira, em Atibaia, na equipe de cima e formou dupla com Gustavo pela primeira vez. Angelim ficou entres os suplentes. Depois de falhar e ser expulso contra o Vasco, cumprir suspensão contra o Avaí e ser barrado por Vanderlei Luxemburgo contra o Bahia, o camisa 3 enfrenta os paulistas nesta quinta, no Pacaembu, pela 22ª rodada do Brasileirão.
Welinton demonstrou serenidade e cuidado nas respostas. Reconheceu que as críticas da torcida incomodam, mas procurou ser compreensivo.
welinton vanderlei luxemburgo treino flamengo  (Foto: Richard Souza/Globoesporte.com)Welinton ouve as instruções de Luxemburgo durante treino em Atibaia (Foto: Richard Souza/Globoesporte.com)
- A pressão existe, você fica um pouco chateado, constrangido. Mas eu trabalho, tenho a consciência do que tenho feito, o professor me orienta e isso vai passar. Voltando a acertar, a torcida vai apoiar e vai me elogiar muito daqui para frente. Pela falha (contra o Vasco), a cobrança pode ser justa. Mas tenho um bom retrospecto, estou perto de completar 100 jogos e minha participação tem sido muito mais positiva do que negativa.
Voltando a acertar, a torcida vai apoiar e vai me elogiar muito daqui para frente."
Welinton
Welinton recorre aos números para se defender. Em 95 partidas disputadas pelo Flamengo, participou de 50 vitórias, 32 empates e perdeu 13. Um aproveitamento de 63,8%.
O jogador evitou entrar em qualquer tipo de polêmica. Questionado sobre a entrevista de Ronaldo Angelim após o jogo contra o Bahia, quando o companheiro disse que se o Flamengo estava ruim com Welinton, estava pior sem ele, minimizou.
- Angelim é experiente, não quis constranger ninguém, sabe o que fala, é rodado no futebol. Vindo do Angelim, tem que escutar com muito carinho.
Welinton disse que entendeu a opção de Luxemburgo no jogo passado e está agradecido pela nova chance.
- O professor Luxemburgo sempre me protege, me dá confiança para trabalhar. É uma nova oportunidade, importante para mim. Demonstra que confia no meu potencial. Espero retribuir isso dentro de campo.
A equipe rubro-negra deve ser formada por Felipe, Léo Moura, Gustavo, Welinton e Junior Cesar; Maldonado, Willians, Renato e Thiago Neves; Ronaldinho e Deivid.
Flamengo e Corinthians vão jogar às 21h50m (de Brasília). O Fla é o quinto, com 36 pontos. Com os resultados deste sábado, o Timão caiu para o terceiro lugar, com 40. O GLOBOESPORTE.COM detalha todos os lances da partida em Tempo Real.
Ataque ou morte: setor ofensivo dá vitória ao Inter sobre o América-MG
Quarteto ofensivo vai bem, defesa volta a falhar, e Inter faz 4 a 2, mesmo placar do duelo do primeiro turno
A CRÔNICA
por Alexandre Alliatti
No feriado de 7 de setembro, o que o Inter soltou foi um grito de dependência: dependência de Damião, de D’Alessandro, de Oscar, de Andrezinho. Dependência de todos eles juntos. Foi graças ao ataque que o time colorado manteve fé em habitar um lugar mais alto na tabela de classificação. A vitória de 4 a 2 sobre o América-MG, nesta quarta-feira, no Beira-Rio, teve a impressão digital do setor ofensivo vermelho. D’Alessandro voltou ao time após três jogos em que, sem ele, o Colorado não conseguiu vencer.
O resultado foi um repeteco do placar do primeiro turno. Todos os gols saíram no primeiro tempo. Do quarteto de frente, só Andrezinho não marcou. Rodrigo Moledo acompanhou Leandro Damião, D’Alessandro e Oscar na autoria dos gols. André Dias e Kempes fizeram para o Coelho, mais um time a escancarar a deficiência defensiva dos gaúchos.
A vitória elevou o Inter para a sétima colocação, com 32 pontos, momentaneamente a quatro da zona de classificação para a Libertadores. Ainda pode seu ultrapassado por Fluminense, Figueirense e Coritiba. O América-MG segue atolado na lanterna, com 17, a sete da fronteira da área do rebaixamento. O time de Belo Horizonte volta a campo no sábado, contra o Avaí, na Arena do Jacaré. O Inter, um dia depois, visita o Palmeiras.
Não vale a pena ver de novo: ataque salva a defesa
Inter 1 a 0. Inter 2 a 0. Inter 3 a 0. Aí o América-MG desconta e a torcida colorada, lembrando-se do jogo contra o Santos, pensa: “Ai, ai, ai...”. Mas desta vez a dormência vermelha foi um pouco menor, e os gaúchos fecharam o primeiro tempo naquele velho esquema de o ataque salvar a defesa: 4 a 2.
No início, não foi um jogo: foi um passeio de mãos dadas em um feriado de sol. O Inter saracoteou por onde quis, quando quis, do jeito que quis. Com 13 minutos, abriu 3 a 0 e deu a impressão de que bateria o recorde interplanetário de gols. Quase isso.
Começou com Rodrigo Moledo. E cedo. Aos três minutos, Andrezinho cobrou escanteio na cabeça do zagueirão, que mandou uma testada forte, precisa, para já encaminhar a vitória. Continuou com Damião, sempre Damião, eternamente Damião. Oscar tocou de calcanhar para Kleber, que encontrou o espaço necessário para o centroavante, de carrinho, marcar seu 37º gol em 2011.
Seguiu com D’Alessandro. Guiñazu avançou pela esquerda e foi derrubado por Otávio dentro da área. Pênalti. Damião pediu para cobrar. Oscar também. Mas quem manda mesmo é quem veste a camisa 10. O argentino bateu e fez 3 a 0.
Leandro Damião gol Internacional (Foto: Jefferson Bernardes / VIPCOMM)Leandro Damião (à esquerda) marcou seu 37º gol na temporada (Foto: Jefferson Bernardes / VIPCOMM)
Para qualquer torcida do mundo, seria certeza de vitória. Para a do Inter, que viu o time transformar, em 15 minutos, uma vitória de 3 a 0 sobre o Santos em empate por 3 a 3, começou a bater um temor enquanto o América-MG avançava. O time visitante, que antes empilhava passes errados, passou a pelo menos rodear a defesa colorada. E aí a zaga falhou.
E, como de hábito, falhou pelo alto. O América-MG fez dois gols em cruzamentos da direita. O primeiro foi marcado por André Dias; o segundo, por Kempes. Em ambos, a defesa não conseguiu acompanhar por cima. Em ambos, Muriel tocou na bola, mas sem força suficiente para salvar. O segundo foi em falha do goleiro.
Os gols só não tiveram impacto maior nos colorados porque Oscar, entre eles, fez um golaço para o Inter, aumentando para 4 a 1 o placar que logo depois seria reduzido para 4 a 2. O guri dominou a bola pela esquerda, no campo de ataque, encaixou o corpo e mandou colocado, no ângulo. Lindo de ver. Foi um lance para impedir o repeteco daquele filme de reação do adversário - uma história que, para a torcida local, não valia a pena ver de novo.
Jogo movimentado, placar imóvel
A vantagem colorada no placar, indicando algum conforto, não levou marasmo à partida. Pelo contrário. O segundo tempo se mostrou mais ríspido do que o primeiro. Jogadores trocaram empurrões, esticaram braços, deixaram pernas, sempre para provocar o adversário. D’Alessandro levou um tapa, reclamou, recebeu cartão amarelo e quase foi expulso ao se enroscar com um oponente.
O Inter seguiu melhor, mas sem uma superioridade tão expressiva quanto a de antes. Com Damião marcado de perto, por vezes com força excessiva, o time colorado se valeu dos três meias para manter o controle do jogo. Andrezinho quase ampliou. Entrou na área aos dribles, mas foi acossado na hora de concluir.
D’Alessandro esteve perto de fazer um golaço. Pelo lado direito do ataque, de costas para o gol, ele girou em um piscar de olhos e mandou de canhota, no travessão. Quase.
Os dois treinadores apelaram para o banco, fizeram trocas, testaram alternativas. Damião fez um gol, mas a arbitragem anulou o lance, sob alegação de falta. O placar seguiu imóvel, e o Inter, graças a seu ataque, conseguiu a vitória. O time de Dorival Júnior é dependente de seus avantes. Dependência ou morte.
 
Felipe Anderson sai do banco e ajuda o Santos a virar jogo sobre o Avaí
Leão sai na frente com um pênalti inexistente, mas meia de 18 anos entra para garantir vitória alvinegra. Borges marca e segue firme na artilharia
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
A solução para o Santos veio do banco. O time perdia para o Avaí por 1 a 0 na Ressacada até os 25 minutos do segundo tempo. Felipe Anderson, de 18 anos, entrou, armou a jogada de mais um gol de Borges e fez o seu, virando a partida e determinando a vitória alvinegra por 2 a 1 nesta quarta-feira à tarde, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. O gol do Leão saiu de um pênalti inexistente de Edu Dracena em Lincoln.
O Santos emplaca seu quarto jogo consecutivo sem derrota - são duas vitórias e dois empates. Sobe para o 13º lugar, com 26 pontos, e vai se afastando da zona de rebaixamento. Já o Avaí, com 20, continua no Z-4, em 18º.
Borges já acumula 15 gols, seguindo firme na liderança da tabela de goleadores da competição.
Chuva, erro do árbitro, Avaí na frente
Um gramado encharcado pelas fortes chuvas que caem sobre Florianópolis acabou com qualquer possibilidade de se disputar bem uma partida de futebol - pelo menos no primeiro tempo. Foi um jogo enrolado, com os jogadores dos dois times enfrentando muitas dificuldades para driblar as poças d’água. Atletas mais técnicos - Neymar, principalmente - sofreram demais. O craque santista perdeu o penteado e a chance de construir alguma jogada inspirada.
O Avaí levava algum perigo pelo lado esquerdo, com Romano. O Santos respondia em jogadas alçadas na área. O goleiro Rafael Santos não conseguia afastar os cruzamentos, pois a bola, molhada, espirrava. Nos rebotes, os visitantes assustavam. Alan Kardec e Neymar pegaram duas dessas sobras mas foram parados pelo goleiro, que, debaixo do travessão, compensava, com reflexo apurado, os vacilos nas saídas de gol.
Quando o Santos era melhor, conseguindo invadir a área adversária, mesmo diante das dificuldades impostas pela chuva, o Avaí conseguiu uma escapada pelo meio, valeu-se de um erro do árbitro carioca Gutemberg de Paula Fonseca e abriu o placar. Lincoln entrou na área, passou por Edu Dracena e se atirou ao chão. O juiz marcou o pênalti inexistente, que foi convertido aos 33 minutos por Willian, jogador revelado pelo Peixe.
O gol irritou demais os santistas, que se revoltaram mais quando Lincoln - que já tinha cartão amarelo - interrompeu um contra-ataque puxando Neymar pelo braço e não foi advertido.
neymar santos x avaí (Foto: Agência Estado)Neymar teve dificuldades com o gramado molhado da Ressacada (Foto: Agência Estado)
Mudança tática, campo melhor, virada santista
A chuva diminuiu no segundo tempo. O Santos, agora, conseguia colocar a bola no chão e era bem mais efetivo. Adiantou sua marcação, empurrou o Avaí para dentro de sua própria área e passou a apertar. Neymar, Borges, Alan Kardec. A bola vinha de todos os lados, e o goleiro Rafael Santos se desdobrava para salvar.

Ao time catarinense restava a chance de um contra-ataque. Os marcadores do Peixe, porém, se mantinham atentos. Uma mudança tática contribuiu ainda mais para o crescimento do time: o volante Adriano saiu para a entrada do meia Felipe Anderson. A qualidade no passe aumentou, e os jogadores de frente começaram a se encontrar em campo. O gramado, menos encharcado, ajudou.

Felipe entrou muito bem, com personalidade. Primeiro, deu passe para o belo gol de Borges, que ainda driblou o goleiro antes de estufar a rede, aos 25. Seis minutos depois, num lindo lance pela direita, livrou-se de dois marcadores e, de pé esquerdo, acertou o ângulo de Rafael Santos. Estava definida a partida.
 
Veloz e furioso: Botafogo goleia o Ceará e incendeia o Engenhão lotado
Cariocas sentem o gosto da liderança por 59 minutos e goleiam por 4 a 0 diante de 42 mil presentes, com gols de Herrera (dois), Loco Abreu e Cidinho
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
Com grande apoio da torcida, que lotou o Engenhão nesta quarta-feira (36.995 pagantes e 42.000 presentes), o Botafogo voltou a mostrar a sua força ao passar fácil pelo Ceará e golear por 4 a 0, gols de Herrera (dois), Loco Abreu e Cidinho, em partida válida pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O time de Caio Júnior, que chegou a liderar a competição durante 59 minutos, período em que o São Paulo empatava com o Atlético-MG, está na segunda colocação. Tem 40 pontos, um a menos do que o Tricolor paulista, que venceu por 2 a 1 no Morumbi. E ainda pode ser ultrapassado por Corinthians (40 pontos) e Vasco (38) nesta quinta-feira, quando terá um jogo a menos do que seus concorrentes.
A festa dentro do Engenhão contrastou com a grande confusão do lado de fora, onde muitos torcedores sem ingresso entraram em confronto com policiais militares. Na próxima rodada, o Botafogo tem pela frente o Coritiba, às 16h de domingo, no Couto Pereira, enquanto o Ceará recebe o Atlético-GO, no mesmo horário, no Presidente Vargas.
Na grande panela de pressão formada no Engenhão, o Botafogo aproveitou a presença em massa da torcida para começar o jogo com velocidade e jogadas pelas pontas. Tanto que bastaram apenas cinco minutos para o time da casa abrir o placar. Elkeson deixou Boiadeiro para trás e cruzou para Herrera. Na dividida na pequena área, a bola ainda desviou na cabeça de Vicente e entrou: 1 a 0. A euforia dos torcedores ficou ainda maior quando, no Morumbi, o Atlético-MG empatava o jogo contra o São Paulo.
Veloz e aplicado, o Botafogo jogava praticamente com quatro atacantes, já que Elkeson e Maicosuel se juntavam a Herrera e Loco Abreu num quadrado que levava muito perigo ao adversário. Do lado dos visitantes, o Ceará trocava passes, mas encontrava dificuldades para furar a forte marcação do Botafogo, abusando sem sucesso dos cruzamentos para a área. Os chutes de longa distância de Boiadeiro e João Marcos não chegaram a assustar.
herrera botafogo x ceará (Foto: Alexandre Cassiano/Globo)Herrera é abraçado pelos companheiros no primeiro gol do Botafogo (Foto: Alexandre Cassiano/Globo)
Fabrício é expulso e Botafogo fica com um jogador a mais
O time de Caio Júnior só não ampliou mais cedo a contagem porque Herrera perdeu chance claríssima ao dar um carrinho na bola, após chute cruzado de Maicosuel, e mandar na trave. E o que era bom para o Botafogo ficou ainda melhor quando Fabrício, aos 44 minutos, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. A reclamação do Ceará foi muito grande, já que foi João Marcos quem cometeu a primeira falta em que Fabrício acabou punido.
Na cobrança da falta, Maicosuel mandou para o gol, mas o lance foi anulado porque Herrera, em impedimento, passou na frente da bola. A arbitragem considerou que houve interferência na jogada.
A força do Botafogo ficou ainda mais nítida na segunda etapa. Com um jogador a mais, o time não teve problemas para conseguir o segundo gol. Aos 12 minutos, Everton, que havia acabado de entrar na vaga de Márcio Azevedo, cruzou na medida para Herrera cabecear sem defesa para Diego: 2 a 0.
elkeson botafogo x ceará (Foto: Alexandre Cassiano/Globo)O meia Elkeson foi um dos destaques do Botafogo contra o Ceará (Foto: Alexandre Cassiano/Globo)
A essa altura, o duelo marcava dez finalizações para cada lado, mas a ineficiência do Ceará era vista com o zero no placar. O time da casa, por sua vez, mostrava ótimo futebol. Prova disso foi o gol de Loco Abreu aos 27 minutos, um golaço não pela finalização, mas pela jogada inteira. Lucas lançou Elkeson em profundidade, o meia deu belo passe de calcanhar, e Maicosuel acionou o uruguaio, que bateu de primeira para estufar a rede: 3 a 0.
Mas a vitória ainda tinha mais um capítulo, inusitado. Everton, mais uma vez, fez ótimo cruzamento para o baixinho Cidinho (1,69m) subir no meio da zaga e cabecear: 4 a 0. Foi o primeiro gol do meia de 18 anos como profissional.
Atordoado, o Ceará passou a se defender como podia para não sofrer mais gols. Os botafoguenses, velozes e furiosos, jogaram com todo o gás até o fim. A liderança não chegou nesta rodada, mas o gostinho já foi sentido.
 
São Paulo acaba com jejum, garante festa de Rogério Ceni e dorme líder
No milésimo jogo do goleiro com a camisa tricolor, time faz 2 a 1 no Atlético-MG diante de público recorde e volta a vencer no Morumbi
 
 
A CRÔNICA
por Leonardo Simonini e Marcelo Prado
Foi tarde de festa no Morumbi. O milésimo jogo de Rogério Ceni com a camisa do São Paulo veio acompanhado de vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-MG e uma liderança que vai durar pelo menos até quinta-feira. Com 41 pontos, o São Paulo ainda pode perder a primeira colocação do Brasileirão para Corinthians (40 pontos) e Vasco (38), que enfrentam Flamengo e Coritiba, respectivamente.
A torcida tricolor estabeleceu o recorde de público do campeonato (60.514 pagantes) e viu seu time acabar com um jejum que já durava três partidas no estádio - empates com Palmeiras e Atlético-PR e derrota para o Fluminense. Mas acima de tudo reverenciou seu goleiro, que após a partida recebeu os cumprimentos dos companheiros e foi até o grande escudo no gramado para beijá-lo.
- Isso aqui é a minha vida. Obrigado, amo vocês - declarou.
Os gols da vitória foram marcados por Lucas, logo aos 25 segundos, e Dagoberto. Réver ainda empatou para os mineiros, que vinham de duas vitórias e, com 21 pontos, estão na 17ª posição.
Na próxima rodada, o São Paulo vai até Porto Alegre, onde enfrenta o Grêmio, no Olímpico, às 18h de domingo. Já o Atlético-MG recebe o Bahia, na Arena do Jacaré, no mesmo dia e horário.
rogerio ceni são paulo 1000 jogos atlético-mg (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Ceni beija o escudo do São Paulo diante de 60 mil pagantes (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Festa, gol-relâmpago e ducha de água fria
Os jogadores do São Paulo entraram em campo empolgados pela bonita festa pelos mil jogos de Rogério Ceni com a camisa tricolor. Já os atleticanos pareceram anestesiados com o Morumbi lotado. A combinação mostrou efeitos logo aos 25 segundos de jogo, no primeiro lance da partida.
Casemiro carregou pela direita a bola, que, após dividida com a zaga adversária, sobrou para Lucas. Ele invadiu a área e finalizou longe do alcance de Renan Ribeiro. Foi o gol mais rápido deste Brasileirão, superando o de Jorge Henrique, do Corinthians, marcado aos 28 segundos contra o América-MG.
Apesar do gol-relâmpago, o Galo se recuperou rápido. Com a defesa mais equilibrada, foi ao ataque. De bola parada, uma das jogadas mais usuais e perigosas da equipe, veio a ducha de água fria nos tricolores. Em cobrança de escanteio de Daniel Carvalho pela esquerda, Réver subiu muito, quase na risca da pequena área, e empatou.
A partir daí, o equilíbrio foi a tônica. O São Paulo era mais presente no ataque, sempre combinando jogadas pela direita com a dupla Casemiro e Lucas. No entanto, percebendo a movimentação pelo setor, Richarlyson e Fillipe Soutto - e algumas vezes Pierre - passaram a exercer a marcação de forma mais próxima.
Pelo lado atleticano, Daniel Carvalho era bem marcado por Rodrigo Caio, e por isso o Galo não tinha criatividade para chegar e abusava dos lançamentos longos, mais parecidos com chutões. Assim, Neto Berola corria muito, mas sem produtividade, enquanto André pouco tocava na bola. Para piorar, ele voltou a sentir a dor no tornozelo esquerdo que já o tirou de algumas partidas. Por causa da lesão, acabou substituído por Guilherme e foi para o vestiário chorando.
Muito fechado, o Atlético-MG bloqueava as tentativas tricolores e tinha o triplo de desarmes do adversário. Porém, sem qualidade do meio para frente, não conseguia chegar com perigo ao ataque.
Richarlyson e lucas, São Paulo x Atlético-mg (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)O ex-são-paulino Richarlyson persegue o garoto Lucas (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)
Dagol resolve
O segundo tempo começou mais equilibrado, mas o gol tricolor não demorou a surgir. Logo aos seis minutos, Dagoberto recebeu na meia esquerda do ataque, deixou Fillipe Soutto na saudade e do meio da rua mandou uma pancada no canto direito de Renan Ribeiro, que saltou, mas nada pôde fazer.
O gol causou reação rápida em Cuca, já que o gol saiu na primeira jogada efetiva criada pela direita de sua defesa. O técnico sacou Mancini, muito apagado, para a entrada do jovem meia Bernard. Dessa forma, o volante Serginho foi deslocado para a lateral, função que também exerce com regularidade.
A partir daí, começou o xadrez dos treinadores: Adilson sacou Cícero para a entrada de Rivaldo, muito aplaudido pela torcida. Por sua vez, Cuca colocou o também veterano Magno Alves, no lugar do improdutivo Neto Berola.
As mudanças dos dois lados surtiram pouco efeito. Apesar do gol sofrido, o Galo continuou com a mesma postura, priorizando a marcação, sem chegada ao ataque. O São Paulo, por sua vez, esperava o adversário no campo de defesa e tentava um contragolpe para garantir os três pontos.
As chances até que apareceram, a melhor delas com Dagoberto. Após bela jogada de Henrique pela direita, ele cruzou na segunda trave. O atacante tentou por cobertura, mas errou o alvo. Já com um a menos nos minutos finais, após expulsão direta de Leonardo Silva por entrada dura em Carlinhos Paraíba, o Atlético-MG tentou o empate na base do abafa, mas a defesa tricolor prevaleceu e garantiu o resultado.