quarta-feira, 30 de março de 2011

Natália mergulha na fisioterapia: ‘Se ficasse chorando, o tempo ia passar’

De olho no Pré-Olímpico mundial, em julho, Falavigna encara até oito horas diárias de trabalhos físicos para acelerar o retorno: ‘A superação é no dia a dia’

Por Helena Rebello Rio de Janeiro
A confiança está nos olhos de Natália Falavigna. Pouco mais de um mês após passar por uma cirurgia para reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho direito, a lutadora de taekwondo corre contra o tempo para superar o diagnóstico de seis meses de recuperação e defender o Brasil no Pré-Olímpico Mundial, em julho, no Azerbaijão. E para ter condições de disputar a competição em alto nível, a atleta paranaense não poupa esforços: são pelo menos oito horas por dia dedicadas à recuperação, seja em sessões de fisioterapia ou treinos físicos.
Em vez de lamentar a segunda lesão no mesmo joelho em um ano, Natália só pensa no futuro e encara a maratona de aparelhos e exercícios no centro de treinamento do Time Rio, no complexo Maria Lenk, como mais uma etapa para alcançar a excelência em sua carreira. Com o pensamento fixo nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, a atleta do Fluminense garante que motivação não falta.
- Meu prazer é provar que sou capaz e consigo me superar no dia a dia. Quando tiver oportunidade de lutar por coisas maiores, sei que as pessoas vão olhar e falar: “A Natália está de volta” - afirma.
GLOBOESPORTE.COM: Como você reagiu assim que recebeu a notícia de uma nova lesão, no mesmo joelho, em menos de um ano?
Eu me dei o direito de chorar por meio dia, sentir o golpe, ficar frustrada, ligar para a minha mãe e tudo isso. Mas não tinha muito tempo. Não na data em que aconteceu. Se ficasse chorando, abatida, o tempo ia passar e eu ia continuar ali. Logo depois que assimilei o golpe, comecei a pensar o que poderia fazer e estruturar como seria feito. E preparamos um bom pré-operatório para depois voltar e já sair trabalhando. A confiança vem da capacidade e do sonho de ficar boa e voltar a competir.
Você sente mais confiança agora do que após a operação anterior? O que houve de diferente nos dois procedimentos?
Desta segunda lesão eu sinto uma firmeza no joelho como nunca senti. Tenho muita confiança, não tenho essa insegurança, medo. Isso não me passa, apesar de ser algo que normalmente acontece com o atleta. Sinto meu joelho como estava antes de ter qualquer tipo de lesão. Claro que não está 100% ainda, mas a confiança é muito boa porque me dá segurança. Tenho tranquilidade de saber que esta dando certo, caminhando bem. Da primeira vez, infelizmente as coisas não saíram como gostaríamos, não pela recuperação, mas acontecem coisas que fogem ao alcance dos profissionais que trabalham comigo. Dessa vez o procedimento realmente resolveu. O importante é que detectamos os problemas, o que aconteceu de errado, e agora trabalhamos para me recuperar o mais rápido possível. Agora é trabalhar para ficar bem e voltar a lutar, que é uma coisa que tenho saudade de fazer.
natalia falavigna  taekwondo treino (Foto: Helena Rebello/Globoesporte.com)São pelo menos seis horas de fisioterapia por dia
(Foto: Helena Rebello/Globoesporte.com)
Você trabalha seis dias por semana, com seis ou sete horas de fisioterapia, mais duas de treino físico e natação três vezes por semana. A carga não é muito pesada?
É o que posso fazer. Agradeço a possibilidade de trabalhar com toda a intensidade e ter uma equipe boa para passar por tudo isso comigo. Não tenho o que reclamar. É puxado, mas é o meu objetivo. Eu faço com muito amor, muito carinho e valor. Não reclamo. É um mal necessário e sei que é bom pra mim. Não temos que gostar de tudo. A forma como uma pessoa assimila o que ela não gosta, ou não é tão prazeroso, é que faz a diferença. Vou passar o processo de uma maneira diferente. Amadureci devido à primeira lesão. Tenho passado de uma maneira mais tranquila, vendo com outro olhar. Faço o que deve ser feito, e fico feliz quando acaba e sei que dei o melhor possível.
A natação já fazia parte do seu treinamento? Pretende mantê-la?
A natação faz parte do planejamento neste momento porque me permite fazer um treino aeróbico, mais intervalado, que mexe com a capacidade física sem forçar a minha perna. Nado, simulo corrida. Se vou manter, vai depender muito da recuperação. O que tenho feito com minha equipe é reestruturar o planejamento. Nunca defino nada sozinha. Neste momento, tudo o que posso fazer para não ficar parada é gostoso. Eu gosto de nadar, mas molha o cabelo todo dia, entra água no ouvido (risos)... estou brincando. Mas agradeço a oportunidade de poder nadar. Estou podendo me movimentar, cansar, trabalhar. Se não tivesse água ia ser pior ainda para voltar.
natalia falavigna  taekwondo (Foto: Helena Rebello/Globoesporte.com)
Simpática, Natália sorri bastante durante entrevista
(Foto: Helena Rebello/Globoesporte.com)
Você comentou sobre o cabelo. É muito vaidosa? Não se incomoda com cicatriz?
Sou bastante vaidosa. Agora o foco principal está todo voltado no joelho, em conseguir obter o máximo de informações de treino durante o dia. Gosto de me arrumar, ter um dia de descanso. Mas nesse momento não é a prioridade e nem o que tenho feito. A cicatriz até ficou pequena comparada à outra. Vai sair, e faz parte do meu trabalho. Bom é  poder olhar e saber que a cirurgia ficou boa, e que vou voltar.
Essa maratona de fisioterapia é para o Pré-Olímpico Mundial, em julho. Você acredita que vai conseguir se preparar em um prazo menor do que o médico estipulou?
Normalmente são seis meses de recuperação. Existe uma possibilidade de quatro a nove meses em estudos científicos. Se tem essa possibilidade de quatro meses, é nela que eu me agarro e nela que eu trabalho. O "não" eu já tenho. O "sim", estou batalhando para que consiga tê-lo. Procuro cuidar de cada detalhe da minha recuperação, desde a minha alimentação, o horário que eu vou dormir, para que esteja 100% quando tiver o aval médico para voltar a competir.
Ficar fora do Mundial, agora em maio, foi o golpe mais duro?
Com a lesão eu perco a oportunidade e infelizmente não vou poder buscar uma segunda medalha de ouro no Mundial. Mas eu tenho um objetivo maior, que é chegar nos Jogos Olímpicos de 2012. E hoje eu tenho objetivo maior ainda que é ficar bem para poder batalhar pra isso. Tenho meus sonhos, mas são degraus, e nesse momento o único em que tenho que pensar é na recuperação. As coisas vão acontecer naturalmente. Ainda não sei se vou poder ir ao Pan porque depende de como a confederação vai definir esses processos seletivos. A competição em que eu puder ir e me sentir confiante, vou querer participar. Quando tiver oportunidade de lutar por coisas maiores, sei que as pessoas vão olhar e falar “A Natália está de volta”.
Natalia Falavigna Taekwondo (Foto: Helena Rebello/Globoesporte.com)Com a preparadora física Lilian Barazetti: mais 2 horas de trabalho (Foto:Helena Rebello/Globoesporte.com)
Há uma equipe grande te dando suporte. O Fluminense também te ofereceu estrutura para a recuperação?
Tenho tantas pessoas que estão ao meu lado e passam por isso junto comigo que a carga diminui muito. A superação é um trabalho de confiança. No processo de diluir isso com os outros integrantes da equipe, caminhamos juntos, desde que haja um objetivo em mente e todo mundo trabalhe com o coração focando nesse objetivo. O Fluminense me deu todo o apoio, mas eu já tinha a estrutura do Time Brasil e fica mais fácil situar todo o tratamento no mesmo lugar, já que eu já tenho que ir de tempo em tempo a São Paulo (fazer a revisão com o cirurgião Wagner Castropil). Mas tanto o Fluminense quanto todos os meus parceiros continuam me dando suporte para o que for preciso. Nesse período em que estou inativa, meus profissionais têm tranquilidade porque estão recebendo. Faz diferença nesse ponto. Espero retribuir o que eles têm acreditado e me dado respaldo para ficar bem.
E o trabalho com a escolhinha de taekwondo no Fluminense? Chegou a começar ou a lesão impediu? Qual seria exatamente o seu papel?
Eu daria um apoio pedagógico assim como fazia na minha academia no Paraná. Tem aula para crianças a partir dos 3 anos já. Lá em Londrina eu treinava e coordenava, com outros profissionais me ajudando. Até hoje quando vou lá e passo na academia acompanho um pouco. Da escolinha se faz uma peneira com o tempo, e o clube pode dar um suporte e redirecionar, dar um respaldo para a criança evoluir como atleta. Acabamos adiando minha participação para que eu possa focar no processo de recuperação, pelo menos nessa primeira fase. Até porque, por estar no início do projeto, é melhor que eu possa estar mais presente, o que não seria possível agora.
Que lição você tira desse processo de recuperação?
natalia falavigna  taekwondo (Foto: Helena Rebello/Globoesporte.com)Natália ouve a explicação do fisioterapeuta com
atenção (Foto: Helena Rebello/Globoesporte.com)
A superação é no dia a dia. Quando as pessoas não acreditam em você, tem que ouvir os críticos, pessoas de dentro da modalidade que tendem a criticar e querer que você não chegue e não consiga crescer. Não pensam no bem maior do esporte. Meu prazer é provar o contrário, que eu sou capaz e consigo me superar no dia a dia. O momento de uma competição, uma conquista, é um pedacinho no todo. Acredito que nada é por acaso. Deus não colocou isso na minha vida para que passasse ao acaso. Tudo tem sua razão e seu ensinamento e momento. Minha fé é ter a certeza de que não é à toa e que no momento certo vou entender cada obstáculo que veio na minha carreira. Acabo, com a fé, tendo a tranquilidade e paciência que tenho que vencer dia após dia sem correr demais e frear demais, tem que acordar todo dia como a mesma disposição como se fosse treinar. Esse período é mais difícil que treinar. Treinar cansa o corpo, a cabeça, mas é extremamente prazeroso. A fisioterapia, a dificuldade, entre aspas, da volta, isso é o que exige da gente querer voltar e provar para si mesmo que é possível. Pra mim a fé é conquistar o impossível.

Após 20 anos, Fluruguay verá o Tricolor 'em casa' pela primeira vez

Fundada por uruguaios em 1991, torcida já tem cerca 120 integrantes espalhados por oito diferentes cidades do país

Por Edgard Maciel de Sá Rio de Janeiro
São 20 anos resumidos em uma noite. Na próxima quarta-feira, o Fluminense enfrentará o Nacional-URU, às 21h45m, no Estádio Centenário. Para qualquer tricolor, é um jogo que pode garantir a sobrevivência do time no Grupo 3 da Taça Libertadores. Para os 120 integrantes da Fluruguay, representa não só isso. Após completar duas décadas de existência no último mês de janeiro, a torcida verá o Tricolor atuar em terras uruguaias pela primeira vez desde a sua fundação.

- Há meses só falamos dessa partida. São 20 anos sonhando com esse dia. Foram anos e anos viajando pelo Brasil e pela Argentina para seguir o nosso Fluzão e agora teremos a alegria de ver nosso time jogando na nossa casa - explicou o uruguaio Daniel Macri, um dos integrantes.
torcida Fluruguai no estádio (Foto: Divulgação)Integrantes da Fluruguay estão ansiosos para ver o Tricolor no Estádio Centenário (Foto: Divulgação)
A história da Fluruguay começou em janeiro de 1991, na cidade de Canelones, no interior do país. Ao ler uma revista que tinha reportagens sobre os principais times do mundo, o uruguaio Francisco Legnani logo se apaixonou pelo Fluminense e passou a acompanhar o noticiário do clube. Sem internet e TV a cabo, as dificuldades eram grandes. Tempo depois, Legnani conheceu Daniel Macri na faculdade. E fizeram um pacto: Macri passaria a ser torcedor do Tricolor se Legnani apoiasse seu time de basquete, Aguada, que coincidentemente tem as mesmas cores do clube das Laranjeiras. O que no início era uma brincadeira, com um total de três ou quatro amigos, logo se tornou coisa séria. Atualmente, a Fluruguay tem cerca de 120 integrantes cadastrados em oito cidades diferentes do Uruguai (Salto, Paysandu, Mercedes, Pando, Canelones, Montevidéu, Rio Branco e Carmelo).

O primeiro momento de alegria veio quando o sorteio dos grupos da Libertadores, ainda em novembro de 2011, reservou ao futuro campeão brasileiro um encontro com o Nacional-URU. Quando o tricampeonato nacional se confirmou, os uruguaios tricolores festejaram em dose dupla.

- Assistimos ao sorteio juntos e vibramos muito. A sensação de saber que, enfim, veríamos nosso time no Uruguai foi incomparável. Sonhávamos com essa possibilidade em todos os sorteios, fosse da Libertadores ou da Sul-Americana. Esperávamos nem que fosse uma partida amistosa, já que quase todos os anos os clubes brasileiros vêm participar de torneios de verão por aqui. Cruzeiro, Atlético-MG e Flamengo vieram recentemente, por exemplo - lembrou.

Dicas sobre o Nacional-URU
bandeira da torcida Fluruguai (Foto: Divulgação)Torcida tem até bandeira do Uruguai personalizada
com a do Fluminense (Foto: Divulgação)
A ansiedade tem justificativa. A última vez que o Fluminense disputou uma partida no Uruguai foi no dia 19 de julho de 1981, cerca de dez anos antes da fundação da torcida. Em um amistoso contra a seleção uruguaia, derrota por 2 a 0. O Tricolor nunca disputou uma partida oficial no país. Durante todo esse período, não foram poucas as vezes que integrantes da Fluruguay viajaram mais de dez horas de carro para assistir a um jogo em Porto Alegre. Até 2007, era preciso viajar pelo menos 30 quilômetros até Ciudad de la Costa para acompanhar as partidas pela televisão. Eles estiveram também nas decisões da Libertadores de 2008, Sul-Americana de 2009 e do Brasileirão de 2010. Alguns membros já receberam até títulos de sócios honorários do clube.

Sem dúvidas o momento mais especial para esses torcedores foi na recente conquista do tricampeonato brasileiro. Quatro deles presenciaram a vitória por 1 a 0 sobre o Guarani. Daniel Macri estava lá e espera que o sucesso se repita na Libertadores de 2011. Para isso, o Fluminense precisa de um resultado positivo diante do Nacional-URU. Diante desse panorama, nada melhor do que receber dicas de que conhece bem o adversário.
torcida Fluruguai com faixa (Foto: Divulgação)Faixa da Fluruguay é estendida na sede tricolor, nas Laranjeiras (Foto: Divulgação)
- O Nacional vem melhorando na temporada, mas ainda está longe de apresentar um bom futebol. É um time que gosta de partir para o ataque e acaba se expondo na defesa. A zaga é forte e vai ser difícil fazer um gol de cabeça contra eles. No meio, apenas um jogador marca: o Piriz. Acho que o Fluminense pode ganhar esse setor e dominar o jogo. Eles devem jogar com três atacantes, completando o esquema 4-3-3 que o treinador Carrasco gosta - orientou Daniel.

A espera de 20 anos já tem dia e hora para acabar. No que depender da ansiedade dos flurugayos, apoio não faltará ao clube das Laranjeiras em mais essa decisão pela Libertadores.

Bruninho confirma acordo com Modena: 'Estou indo esta noite'

Levantador brasileiro vai reforçar a equipe italiana na reta final dos playoffs

Por Lydia Gismondi Rio de Janeiro
Bruninho em visita à TV Globo (Foto: João Gabriel Rodrigues / Globoesporte.com)Bruninho acerta com o Modena, da Itália
(Foto: João Gabriel Rodrigues / Globoesporte.com)
O levantador Bruninho vai jogar no Modena, um dos principais clubes italianos de vôlei. O próprio jogador confirmou a negociação e embarca para a Itália ainda nesta quarta-feira. O filho do técnico Bernardinho também ressaltou que o contrato é curto e que pretende voltar ao Brasil em breve para disputar a próxima temporada da Superliga masculina.
- Já estou indo para Itália esta noite. Eles viram que nós fomos desclassificados (da Superliga masculina) e me ligaram para eu disputar os playoffs do Campeonato Italiano. Serão só 45 dias - confirmou Bruninho, que disse ter ficado surpreso com o convite.
O campeão mundial e vice-campeão olímpico será o substituto do finlandês Mikko Esko, levantador titular, que sofreu uma grave lesão e não tem previsão de retorno às quadras. No campeonato italiano, Bruninho vai enfrentar Marcelinho, atual jogador do Treviso e dispensado do Pinheiros, no seu primeiro jogo pelo Modena.
- Acho que vai ser uma experiência ótima. Estou muito feliz, muito animado. É claro que vou querer ganhar, mas o mais importante é ganhar experiência. Acho que vou amadurecer muito.
O levantador afirmou que em breve estará de volta para disputar a próxima temporada da competição brasileira e que pretende seguir defendendo o Florianópolis. Bruninho foi campeão quatro vezes da Superliga masculina com a camisa do time catarinense. Nesta temporada, o jogador sofreu uma lesão no tornozelo esquerdo e ficou afastado de algumas partidas na reta final da fase classificatória da competição. Nas quartas de final, a equipe perdeu duas partidas para o Vôlei Futuro e foi eliminada.
- O meu contrato seria até dia 30 de maio, mas eles me liberaram já que não tínhamos mais nenhum compromisso. Ainda não sei se vou continuar no Florianópolis, mas é claro que tenho uma imensa consideração pelo time - finalizou.
Atual quarto colocado na classificação do campeonato italiano, o Modena já contou com vários brasileiros em temporadas passadas. André Heller, André Nascimento, Murilo, Ricardinho, Nalbert, Dante e Sidão, são alguns dos atletas que atuaram no time da região Emilia Romagna, no norte do país.

Após polêmica, Kleber revela papo que reforçou amizade com Felipão

Gladiador supera episódio em que reclamou do técnico e diz estar em paz. Comandante confia no atacante e já fala até em Seleção Brasileira

Por Diego Ribeiro São Paulo
Kléber durante entrevista do Palmeiras (Foto: Diego Ribeiro / GLOBOESPORTE.COM)Kleber supera polêmica e tem confiança do técnico
(Foto: Diego Ribeiro / GLOBOESPORTE.COM)
A polêmica com o técnico Luiz Felipe Scolari ficou para trás. Hoje, o atacante Kleber tem amizade ainda mais estreita com o comandante do Palmeiras, depois de críticas feitas pelo Gladiador via Twitter. Na ocasião, ele utilizou a rede social para responder a Felipão sobre a folga de carnaval que obteve no início de março. Ele estava machucado, mas compareceu ao desfile das escolas de samba em São Paulo. Com a cabeça fria, teve uma conversa franca com o técnico e reforçou a amizade com ele.
- Tivemos uma conversa que ajudou a estreitar ainda mais nossa relação. Fortaleceu a amizade que a gente já tinha e hoje não temos problema algum. Conversamos, ele disse que confia muito em mim. Pedi desculpas particularmente - admitiu o Gladiador.
Depois do desentendimento, Felipão foi o primeiro a colocar panos quentes e elogiar o atacante. Capitão do time, ele é a referência para o elenco e tem autonomia para opinar e ajudar a comissão técnica dentro de campo. Com tantas qualidades e a vocação artilheira (são dez gols na temporada), ele teve sua presença na Seleção Brasileira defendida por Felipão. E agradeceu.
- Fico feliz porque esse elogio vem do Felipão, um treinador que todo mundo conhece, que significa muito para o Palmeiras e o Brasil. Aprendemos muito com ele, tenho uma amizade muito legal. O problema que aconteceu ajudou ainda mais. Ele não guarda mágoa, nem eu. Mas hoje tem muito atacante bom no Brasil, no mesmo nível. Fico muito feliz por ser lembrado - comemorou.
Mesmo em paz com todo mundo e vivendo ótimo momento, Kleber acha que pode melhorar. Bastante sincero, ele admitiu que no Cruzeiro teve um desempenho ainda mais positivo em 2009, quando ajudou o time mineiro a chegar à decisão da Taça Libertadores.
- Já tive momentos até melhores. No Cruzeiro eu estava voando, mas depois quase não joguei por conta de uma operação no púbis. Tenho tentado manter o nível desde 2008, quando retornei para o Brasil. Mas hoje o nível dos atacantes aqui é muito igual. Se convocarem o Adriano ninguém vai questionar, nem o Leandro Damião, ou o Luis Fabiano - completou Kleber.

Em Paulista, garotos vão atrás da bola sonhando com glória de Rivaldo

Às terças e quintas, Claudio Ponei, que trabalhou com o meia no Paulistano, dá aulas de futebol na escolinha de Nildo Soldado, amigo do camisa 10 do Tricolor

Por Marcelo Prado Direto de Paulista, PE
Terça-feira, 14h30m. O campo onde Rivaldo deu seus primeiros shows em campeonatos em Paulista, cidade próxima a Recife, vira ponto de encontro para dezenas de moleques que sonham com uma trajetória de vida igual à do pentacampeão. Com o futebol, ele conseguiu driblar a pobreza para se tornar o melhor jogador do mundo em 1999. A escolinha é de Nildo Soldado, de 40 anos, um dos principais amigos do craque. Dentro de campo, quem garimpa os talentos é Claudio Ponei, que foi treinador do meia na época do Paulistano.
Lance do jogo dos moleques em Paulista (Foto: Marcelo Prado / GLOBOESPORTE.COM)Jogo entre as escolinhas de Nildo Soldado, em Paulista (Foto: Marcelo Prado / GLOBOESPORTE.COM)
E, diferentemente de outros lugares do mundo, que pecam pela falta de renovação, o futebol brasileiro se destaca pela qualidade e pela quantidade de atletas revelados. Somente do campo do Rivaldão, em Paulista, foram selecionados oito garotos em 2010, que já estão no Mogi Mirim. Até o mês que vem, serão mais cinco enviados para o time do Interior paulista.
- Nesse time que está treinando hoje tenho cinco que vão viajar. Todos têm bola para vencer na carreira se tiverem a oportunidade na hora certa. Um deles eu até chamo de Rivaldo porque me impressiona a semelhança dele com o início de carreira do Rivaldo. Eles têm o mesmo biótipo, carregam a bola do mesmo jeito – diz Claudio Ponei, que aproveita o tempo como aposentado para fazer o que mais gosta da vida.
Garotos que serão enviados para o Mogi Mirim (Foto: Marcelo Prado / GLOBOESPORTE.COM)Os cinco eleitos por Claudio Ponei vão viajar para Mogi Mirim (Foto: Marcelo Prado / GLOBOESPORTE.COM)
Dois dos novos eleitos de Paulista conversaram com a reportagem do Globoesporte.com. E, apesar da pouca idade, estão prontos para deixar pais, avós, amigos de escola, todos para trás em busca do grande sonho de suas vidas.
- Todo mundo aqui só quer uma chance para poder ser um novo Rivaldo. Eu tenho muita força de vontade e sei que, se fizer as coisas certas, posso ter uma oportunidade. Meu pai fala que ele ralou muito quando criança, ia a pé de Paulista para Recife para jogar no Santa. Não tem jeito, no início tem que penar mesmo, mas estou disposto a fazer qualquer sacrifício – afirmou o garoto José Serrão, de 15 anos.
Meia chamado de novo Rivaldo pelo técnico em Paulista (Foto: Marcelo Prado / GLOBOESPORTE.COM)Segundo Claudio Ponei, Wellington lembra Rivaldo no início (Foto: Marcelo Prado / GLOBOESPORTE.COM)
O que é apontado como novo Rivaldo chama-se Wellington, tem 14 anos e diz que a história de vida do atual camisa 10 do São Paulo serve muito de inspiração.
- Eu não vi ele jogar, era muito pequeno na Copa do Mundo, mas todo mundo aqui fala que ele era um verdadeiro fenômeno. A história dele mostra que não é preciso ser rico para vencer na vida – lembrou.
IntercâmbioQuem cuida da transferência desses garotos para o Mogi Mirim é o irmão de Rivaldo, Ricardo, que sempre está conversando com Claudio Ponei em busca de novos talentos. Nildo diz que Rivaldo, além de bancar todos os custos da viagem e da hospedagem dos meninos no Interior paulista, também cede o material esportivo da sua escolinha.
- Ele sempre ajuda. Nos dias de aula, chegam crianças não só de Paulista, mas de outras cidades também. A história do Rivaldo é bacana demais, quem sabe não sai um novo Rivaldo daqui? – afirmou o amigo.
Técnico Claudio Ponei  (Foto: Juliano Costa / Globoesporte.com)Claudio Ponei segue garimpando talentos em Paulista (Foto: Marcelo Prado / Globoesporte.com)

Após GP da Austrália, Briatore aconselha Ferrari a pensar em 2012

Dirigente italiano acredita que a equipe não conseguirá diminuir diferença de meio segundo em relação à RBR e dá por perdida a temporada

Por GLOBOESPORTE.COM Turku, Finlândia
Flavio Briatore, ex-chefe da Renault (Foto: Getty Images)Flavio Briatore dá por perdida a temporada 2011
para a Ferrari. (Foto: Getty Images)
O ex-chefe da Renault, Flavio Briatore, acredita que a Ferrari já pode começar a se concentrar no carro de 2012, uma vez que, para o italiano, depois do primeiro GP do ano, na Austrália, a escuderia já perdeu o Mundial de 2011. O empresário da Fórmula 1 destacou que a desvantagem de meio segundo por volta da equipe em relação à RBR é uma eternidade, e a Ferrari não conseguirá diminuir essa diferença nos próximos meses.
- Pode parecer absurdo, mas eu acho que a Ferrari deve se concentrar no carro de 2012. Claro, o time tem toda a engenharia e os recursos, mas a diferença de meio segundo com a Red Bull é uma eternidade - disse Briatore, em entrevista ao jornal finlandês "Turun Sanomat".
Para o italiano, será difícil para a Ferrari se recuperar neste ano, porque a RBR ainda vai melhorar durante a temporada. Quem também analisou e duvidou do desempenho da escuderia italiana foi Niki Lauda. O ex-piloto austríaco acredita que a equipe precisa encontrar uma maneira de melhorar antes de iniciar a viagem à Europa.
No entanto, Fernando Alonso, que terminou em quarto lugar na prova, disse que não há nada para se preocupar, afirmando que o GP da Austrália não foi um desastre.

Atual campeão, Brasília se contenta com G-4 e prevê embalo nos playoffs

Técnico José Carlos Vidal torce por tropeços de Fla e Pinheiros na reta final, mas sem desespero: ‘Se ficarmos entre os quatro, estará dentro do planejado’

Por Rodrigo Alves Rio de Janeiro
Na última temporada, o Brasília chegou ao topo do NBB ao derrotar o Flamengo na final e confirmou a condição de melhor time do país ao conquistar também a Liga Sul-Americana. Desta vez, o equilíbrio do campeonato nacional freou um pouco a euforia. Com apenas mais um jogo pela frente na fase regular do NBB e poucas chances de terminar como líder, o técnico José Carlos Vidal garante que estará satisfeito se permanecer no G-4. Tudo em nome da confiança de que, na hora dos playoffs, a experiência pesa e a história é outra.
NBB - Brasília x Franca no ginásio da Asceb (Foto: Divulgação NBB)O Brasília conta com o apoio da torcida para bater Joinville nesta sexta-feira (Foto: Divulgação NBB)
- Para mim, ficar até o quarto lugar é obrigação. O campeonato não é o do ano passado, há muito mais equilíbrio. Bobeamos nos jogos contra Assis e contra Limeira, estamos pagando isso agora. Mas sei que é um time forte nos playoffs, dentro e fora de casa. Vamos torcer por uma derrota do Flamengo em um desses dois jogos que eles terão fora de casa, mas se ficarmos entre os quatro estará dentro do planejado – explicou Vidal após a derrota para o Flamengo no domingo, no ginásio do Tijuca.
NBB - José Carlos Vidal, técnico do Brasília (Foto: Divulgação NBB)Vidal acredita que o time tem força para crescer
nos playoffs do NBB (Foto: Divulgação NBB)
O Brasília enfrenta o Joinville em casa na sexta-feira, às 19h, com transmissão do SporTV, e pode chegar no máximo a 20 vitórias. Flamengo e Pinheiros, que dividem hoje a liderança, ainda jogam duas vezes e podem pular para 21 triunfos. Resta ao time da capital federal fazer o dever de casa e secar os rivais.
Único do elenco a jogar bem durante toda a partida contra o Fla no ginásio do Tijuca, o ala Alex Garcia ainda mantém esperanças de chegar ao topo.
- Vamos jogar em casa e esperar o que vai acontecer. Todo mundo pode ser surpreendido – afirmou Alex.
No ano passado, o Brasília foi o líder da primeira fase, com 21 vitórias em 26 rodadas (o campeonato tinha uma equipe a menos). O aproveitamento de 80,77% na temporada 2009/10 é maior que o de agora, 70,37%. De lá para cá, o time perdeu o armador Valtinho e o pivô Estevam, que foram para Uberlândia. Quem chegou para esta temporada foi o pivô Lucas Tischer, que se machucou na reta final e deve ficar 10 dias parado. Ele não enfrenta Joinville, mas volta para os playoffs.

Parecer diz que Globo pode fazer acordo bilateral com clubes

Procurador do Cade diz que Clube dos 13 e emissora serão chamados para apresentar informações sobre contratos

Por Do G1 Brasília
O procurador-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Gilvandro Araújo, afirma, em parecer divulgado nesta quarta-feira (30), que os contratos firmados individualmente entre a Rede Globo de Televisão e os clubes de futebol para a transmissão dos jogos do Campeonato Brasileiro de 2012 a 2014 não ferem as regras acordadas com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O parecer foi elaborado por Araújo depois que o órgão recebeu um questionamento do Clube dos 13. O C13 pediu uma análise do conselho sobre a celebração de acordos bilaterais entre emissoras e clubes. A entidade reivindica para si a prerrogativa exclusiva de negociar coletivamente os contratos com a TV.

O questionamento do Clube dos 13 será ainda apreciado pelos conselheiros do Cade. Com a conclusão do parecer do MPF, segundo o procurador, o Clube dos 13 terá agora de apresentar informações sobre o estágio do contrato firmado para cessão dos direitos de transmissão e a Rede Globo precisará fornecer informações sobre os contratos bilaterais assinados com clubes de futebol.

No último dia 22, o Clube dos 13 anunciou ter assinado com a Rede TV! contrato para transmissão dos jogos do Campeonato Brasileiro em TV aberta. A emissora foi a vencedora de uma licitação aberta pelo Clube dos 13, da qual a TV Globo não participou.

Em outubro do ano passado, as emissoras de televisão e o Clube dos 13 assinaram Termo de Compromisso de Cessação (TCC), celebrado pelo Cade, que definiu as regras para a negociação dos direitos de transmissão dos jogos. O termo estipula normas para evitar práticas anticompetitivas entre clubes de futebol, seus representantes e emissoras de televisão.

No parecer divulgado nesta quarta, o procurador explica que o termo de compromisso não proíbe a celebração de contratos bilaterais. “As negociações individuais não são vedadas pelo TCC, mas as negociações coletivas, empreendidas ou não por intermédio do Clube dos Treze, devem obedecer às exigências”, afirmou o procurador no documento.

Segundo Araújo, as divergências entre os times de futebol e o Clube dos 13, que os representa, devem ser resolvidas entre eles na instância jurídica competente. “Eventuais controvérsias privadas relativas aos poderes de representação outorgados pelas agremiações futebolísticas ao Clube dos Treze devem ser resolvidas diretamente pelas partes interessadas. Nada do quanto previsto no TCC deve ser interpretado no sentido de autorizar ou proibir as negociações bilaterais entre cada agremiação e as redes televisivas”, disse o procurador.
A conclusão do parecer é: "Ante o exposto, sugere-se que seja oficiado o Clube dos 13 e a Rede Globo para: a) o Clube dos treze esclarecer em que estágio encontram-se as negociações para cessão dos direitos de transmissão do CBFA para as temporadas 2012, 2013 e 2014. b) A Rede Globo prestar informações sobre as considerações do Clube dos 13 acima transcritas, apresentando, também, eventuais contratos firmados com os clubes".

Robinho espera por Ganso no Milan e promete samba se fizer gol no clássico

Atacante fala sobre a importância do clássico contra o Inter no sábado

Por GLOBOESPORTE.COM Milão, Itália
Robinho Milan x Napoli (Foto: Reuters)Robinho quer gol e triunfo no sábado (Foto: Reuters)
Robinho mostrou muito bom humor e confiança nesta quarta-feira durante uma entrevista ao Milan Channel, emissora oficial do clube. A três dias do clássico contra o Inter pela 31ª rodada do Campeonato Italiano, o atacante rossonero disse que sonha balançar as redes do rival e, se isso acontecer, já sabe como comemorar.
- Vai ser bom jogar contra o Julio César e espero fazer meu primeiro gol nele. Farei de tudo para colocá-lo em dificuldade. E se marcar, vai ter samba - disse Robinho, destacando a importância do triunfo no derby della Madonnina.
- É um momento chave em que não podemos mais nos dar o luxo de cometer erros. Precisamos de ganhar e só depois começar a pensar na conquista do Scudetto - salientou o ex-santista, lembrando que o Milan lidera o Calcio com 62 pontos, dois a mais que o Inter.
BRASIL MUNDIAL F.C.: jornal esquenta clássico com batalha de modelos
Robinho também falou sobre um outro clássico disputado entre os arquirrivais de Milão, mas que acontece fora das quatro linhas: a batalha pela aquisição do meia Paulo Henrique Ganso.
- É uma promessa do futebol e espero que Ganso desembarque no Milan, estamos o aguardando. É um grande amigo. Tem uma técnica e inteligência incrível em campo - salientou Robinho, campeão paulista e da Copa do Brasil em 2010 ao lado do camisa 10 do Peixe.

Jones passará por cirurgia para se recuperar de fraturas no rosto

Atacante do Bahia foi avaliado por um especialista nesta quarta-feira e deve ficar fora de campo por 45 dias após a operação

Por GLOBOESPORTE.COM Salvador
O atacante do Bahia Jones precisará passar por uma cirurgia para se recuperar das fraturas no nariz e no osso frontal do rosto, sofridas na partida do último domingo contra o Bahia de Feira (veja ao lado como ocorreu a lesão do jogador).
Jones foi avaliado na manhã desta quarta-feira por um especialista em traumas na face. De acordo com o doutor Fábio Colombo, a cirurgia deve ser realizada dentro de uma semana, devido aos edemas e inchaço no rosto do jogador.
Após a operação, o atacante deve ficar fora das atividades de campo por 45 dias. Com isso, Jones não poderá defender o Bahia na estreia do time na Série A do Campeonato Brasileiro. O tricolor começa o torneio nacional no dia 22 de maio, na Arena do Jacaré, onde enfrenta o América-MG.

Tite ainda quer outro atacante e conta com Bruno César até fim do Paulista

Clube aguarda compra de Gilberto, do Santa Cruz-PE, pelo banco BMG

Por Carlos Augusto Ferrari São Paulo
Gilberto durante a partida do Santa Cruz (Foto: Pablo Rey / Ag. Estado)Gilberto durante a partida do Santa Cruz
(Foto: Pablo Rey / Ag. Estado)
Adriano está chegando, mas Tite ainda sonha com a vinda de mais reforços para o Campeonato Brasileiro. Apesar de ganhar um jogador renomado para o setor ofensivo, o treinador admite que gostaria de contar com mais uma peça no setor. Gilberto, do Santa Cruz-PE, está praticamente certo.
- Se tiver a possibilidade, sim (quero outro atacante). Existe a necessidade de estar com o grupo forte. Se isso vale para o Paulista, imagina para o Brasileiro. Normalmente, as equipes que chegam têm um grupo forte. O Corinthians tem que se fortalecer – afirmou.
Com a chegada de Adriano, o Corinthians conta agora com sete atacantes. Os outros são Liedson, Dentinho, Jorge Henrique e Willian. Edno e Taubaté também fazem parte do grupo, mas não estão sendo aproveitados e podem até ser emprestados assim que o Campeonato Paulista acabar.
A situação de Gilberto deve ser resolvida ainda nesta semana. O banco BMG negocia com o Santa Cruz a compra dos direitos do atleta. O clube conseguiu aumentar a multa rescisória e fala em R$ 2 milhões para liberá-lo. Entretanto, o grupo acredita que a aquisição pode ser feita por muito menos. O jogador será emprestado ao Timão, que terá uma porcentagem em uma futura venda. A chegada dele deve acontecer em maio.
Tite conta também com Bruno César, negociado com o Benfica-POR. O jogador viajou à Europa no domingo para fazer exames médicos, mas permanecerá no Corinthians até junho, quando começa a temporada no Velho Continente. O treinador alvinegro conta com o atleta para a fase final do estadual.
- Até o final do Campeonato Paulista gostaria que todos permanecessem para o bem do Corinthians – completou.
 

Zezé Perrella não poupa Koff, diz que sai do C-13 e almeja liga nacional

Dirigente celeste quer fazer valer o contrato assinado com a Rede Globo

Por Fernando Martins Y Miguel Direto de Assunção, Paraguai
Zezé Perrella, presidente do Cruzeiro, durante entrevista (Foto: Marco Antônio Astoni / Globoesporte.com)Zezé Perrella fala da criação da Liga Nacional de
Clubes (Marco Antônio Astoni / Globoesporte.com)
Na próxima semana, o presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, entrará com uma ação na justiça para fazer valer o contrato assinado com a Rede Globo para a transmissão dos jogos da Raposa no Campeonato Brasileiro, no triênio 2012/2014. O dirigente também revelou que vai se desfiliar do Clube dos 13 e que dará prosseguimento à ideia da criação de uma liga nacional de clubes, que reuniria os principais clubes do país. No modelo proposto, a CBF ficaria responsável apenas pela Seleção Brasileira.
- Não vejo possibilidade alguma de ficarem seis clubes para um lado e dez para outro. O que nós estamos propondo agora, como é ideia do presidente do Corinthians, do Botafogo e do Cruzeiro, é de agora irmos ao Ricardo Teixeira e propor a criação da liga. Não tem como adiar mais. A ideia é contratar profissionais para administrar a liga, deixar de politicagem. Fazer um conselho gestor para definir quem comandará a liga. Deixar a CBF somente com a Seleção Brasileira. O pensamento é contratar profissionais, como um gerente de marketing, entre outros, para deixar a liga o mais profissional possível.
A declaração do dirigente foi dada no Paraguai, onde o Cruzeiro enfrentará o Guaraní, pela quinta rodada do grupo 7 da Taça Libertadores. Perrella falou sobre quais são as atitudes que serão tomadas daqui para frente pelo Cruzeiro.
- Na próxima segunda-feira, vou me desfiliar do C-13. Não quero fazer parte desta confraria. Estou entrando na Justiça também para fazer valer meu contrato com a TV Globo, que não abro mão. Nada contra a outra emissora, mas a Globo é nossa parceira durante 25 anos e mudou a realidade dos clubes a partir desses contratos. Hoje, temos um contrato com a Globo nos moldes dos clubes da Europa. E, por politicagem do Dr. Fábio Koff, aconteceu esse racha.
Zezé Perrella se mostrou revoltado com a assinatura do C-13 com a Rede TV, pelo valor de R$ 516 milhões.
- Demos poderes para que o Fábio Koff iniciasse os entendimentos. Ele nunca fechou contrato sem falar com os clubes e, agora, fez. Ele, mais uma vez, provou que não merece ser presidente do Clube dos 13. O racha da entidade provou que temos que continuar unidos, mas não em uma entidade sem credibilidade. Principalmente pelo presidente que tem lá, que está no poder há 13 anos e nunca fez nada.