domingo, 1 de setembro de 2013

Sucesso e dificuldade: as histórias
de luta dos atletas no Parnaíba Fight

Giraya, de 14 anos, e Mardone Sampaio, campeão, protagonizam exemplos no MMA. Receita para chegar ao topo passa pela humildade, revela lutador

Por Teresina
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Pelo tipo de esporte que praticam, os lutadores de MMA são conhecidos como gladiadores do futuro. Combates incríveis, que geram euforia e satisfação ao público fazem parte da febre do esporte no Brasil. O que muita gente não sabe, é que por trás do mundo de glamour existem histórias de dificuldades, principalmente para os atletas em começo de carreira. As histórias de superação foram vistas no Parnaíba Fight Championship.
Luzes, sons, entradas triunfais de lutadores e comemorações semelhantes a grandes astros do MMA. Não é por acaso, que o esporte atrai um público fiel, além de jovens atletas que sonham com a fama e o dinheiro proporcionado pelos combates. É o caso de Giraya, de apenas 14 anos.
- É o meu sonho, ser um lutador de MMA. Desde criança que gosto de luta, praticava capoeira e karatê. Estou gostando e quero um dia ser profissional – revela o lutador.
Mas o começo de carreira nesse mundo competitivo nem sempre é fácil. Aos 14 anos, Giraya é natural da pequena cidade de Nova Russas, no interior do Ceará. O lutador perdeu sua primeira luta, disputada no PFC. A derrota precisou de muito apoio de Airton Rodrigues, seu treinador.
Para quem chegou ao topo, o jeito é aproveitar o sucesso conquistado no octógono. Mardone Sampaio, de Fortaleza, luta há 16 anos e sobrevive financeiramente apenas do MMA.
- Antigamente sofríamos muito preconceito, achavam que éramos violentos, marginalizados. Com o MMA consegui ter minha casa, carro, dinheiro. Agradeço pelos meus objetivos alcançados. É um dom – explicou Mardone.
Para desbancar os adversários e tornar um vencedor, Jonas “Tubarão” tem uma dica simples:
- Dedicação e humildade colocam o cara lá em cima.
PFC: Ricardinho salva parnaibanos no card preliminar (Foto: Wenner Titto)Giraya perdeu combate para Ricardinho no Parnaíba Figth (Foto: Wenner Titto)

Finalização sobre Bendo rende prêmio de melhor da noite para Pettis

Além dele, Chad Mendes fatura o Nocaute da Noite em cima de Clay Guida, e nocaute de Hyun Gyu Lim em Pascal Krauss ganha Luta da Noite

Por Milwaukee, EUA
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A chave de braço de Anthony Pettis sobre Ben Henderson não deu apenas o cinturão para o Showtime. O lutador faturou o prêmio de Finalização da Noite, que lhe rendeu US$ 50 mil (cerca de R$ 118 mil) pelo UFC, conforme anunciou o presidente do Ultimate, Dana White, na coletiva de imprensa do UFC 164, em Milwaukee, nos Estados Unidos.
Além de Pettis, Chad Mendes, Hyun Gyu Lim e Pascal Krauss também foram premiados. Mendes ganhou o Nocaute da Noite, após se tornar o primeiro lutador a vencer Clay Guida desta forma, enquanto o nocaute do sul-coreano sobre o alemão foi escolhida a Luta da Noite pela organização.
UFC 164  Ben Henderson e Anthony Pettis (Foto: Agência Getty Images)Anthony Pettis finalizou Ben Henderson com uma chave de braço (Foto: Agência Getty Images

Gleison Tibau comemora 13ª vitória no UFC e homenageia cidade-natal

Lutador realizou neste sábado a sua 20ª luta a organização e afirmou que objetivo agora é chegar cada vez mais perto do título da divisão dos leves.

Por Direto de Milwaukee, EUA
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Gleison Tibau conquistou hoje a 13ª vitória de sua carreira no UFC em uma disputa parelha contra o ex-campeão do WEC Jamie Varner em luta pelo UFC 164, em Milwaukee, EUA. O brasileiro levou a melhor na decisão dividida (29-28, 28-29, 29-28) e conversou com o Combate.com após o duelo.
- Hoje foi um grande dia para mim, porque foi a minha 20ª luta no UFC.  Sou o brasileiro que mais lutou na organização e estou muito feliz porque este é um número muito difícil de se conquistar. O tanto de atletas que entra e sai do UFC é muito grande e conseguir estar há sete anos fazendo lutas aqui é uma história bonita. E graças a Deus eu representei bem o nosso país hoje e consegui uma grande vitória. - declarou, exaltando os pontos fortes de seu rival.
-  O Jamie Varner é ex-campeão do WEC, é um atleta de alto nível, um cara muito forte. Ali no terceiro round ele me castigou um pouco, me acertou forte, conseguiu uma queda boa e colocou muita pressão. Ele é muito bom em wrestling, então eu não conseguia me mover muito bem, fiquei um pouco cansado. Mas eu estava ciente disso, consegui controlar, porque eu sabia que eu tinha vencido os outros dois rounds e tentei me segurar para não ser nocauteado. - explicou.
UFC 164 Gleison Tibau (Foto: Evelyn Rodrigues) Gleison Tibau chegou a 13 lutas no UFC na vitória sobre Jamie Varner (Foto: Evelyn Rodrigues)
Tibau também afirmou que acredita que a vitória de hoje deve colocá-lo em uma boa colocação no ranking do UFC, talvez entre os top 10 da divisão dos pesos-leves:
- O Varner é um cara bem forte e bem visto pelo UFC, acho que uma vitória sobre ele deve me jogar para os top 10 com certeza, para ficar mais próximo do cinturão. E esse embalo está me dando muito mais motivação para treinar, estou inspirado e quero tentar chegar à chance ao título dessa categoria.
Questionado sobre seu próximo objetivo na organização, Tibau afirmou que enfrenta quem quer que o UFC decidir e que, apesar do sofrimento para perder peso, não pensa em subir de divisão.
- Nessa categoria do UFC, qualquer adversário está bem-vindo, pois é uma divisão muito bem disputada, com muitos atletas bons  e eu quero treinar e evoluir para ficar entre os atletas top. Quanto a trocar de categoria eu não penso nisso agora não. Eu recuperei todo o meu peso para essa luta, foram quase 20 quilos. Hoje eu pesei 82 kg antes de entrar no octógono (o limite de sua categoria é 70,3 kg para duelos que valem o cinturão e 70,8 kg para os demais), mas se Deus quiser vou continuar trilhando meu caminho para chegar até o topo. O sofrimento faz parte, já estou acostumado.
ufc 164 Jamie Varner e Gleison Tibau (Foto: Agência Getty Images)Gleison Tibau disse que não pensa em subir de categoria no momento (Foto: Agência Getty Images)
O potiguar também disse que não ficou chateado por ter vencido na decisão dividida:
- No meu entender ali, eu acho que ele realmente conseguiu roubar o terceiro round. Eu acho que o Varner mereceu o terceiro round, porque ele resistiu a um castigo grande, pois eu montei, peguei as costas e ele estava muito esperto para não ser finalizado. Eu acho que ele treinou muito jiu-jítsu justamente por isso, então mérito dele ter aguentado esse round.
Antes de encerrar a entrevista, ele quis agradecer à torcida brasileira e fez uma homenagem à sua cidade-natal:
- Galera do Brasil e do Combate.com eu estou muito feliz e quero mandar um recado para a galera lá de Tibau, a minha cidade. Sei que hoje deve ser feriado lá. A cidade parou para assistir a essa luta, e essa vitória foi para eles com certeza. Tibau é o lugar onde eu quero acabar a minha vida! Eu estou muito feliz por levar esse nome adiante com muito orgulho! - finalizou

Mir, Barnett e Dana White criticam interrupção do co-evento principal

Lutadores e presidente do UFC apontam precipitação e inexperiência do árbitro Rob Hinds ao encerrar o duelo dos pesos-pesados do UFC 164

Por Milwaukee, EUA
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Raramente uma luta tem sua interrupção criticada tanto pelo vencedor quanto perdedor. Mas a interrupção feita pelo árbitro Rob Hinds do co-evento principal do UFC 164, disputado entre os veteranos pesos-pesados Frank Mir e Josh Barnett, foi criticada não só pelos dois lutadores como também pelo presidente do UFC, Dana White, na coletiva de imprensa após o evento. Para o derrotado, Frank Mir, o árbitro foi precipitado, e não viu que ele estava ativo na luta e buscando uma brecha para inverter o domínio de Barnett.
- Estou muito frustrado. Para mim foi uma interrupção infeliz. Nós somos lutadores, e estamos ali para isso. Eu recebi a joelhada, senti, mas estava bem, tentando ver uma chance de sair dali ou buscar a finalização. De repente vi o árbitro parando a luta. Josh é um grande lutador e fez o que tinha que fazer. Mas eu treinei muito mais do que jamais havia treinado, e é muito ruim ver todo o trabalho ir por água abaixo com uma decisão precipitada. Acho que Josh veio muito forte para a luta, e sabia que ele não manteria aquele ritmo por 15 minutos, e tinha certeza que meu preparo físico seria uma arma nessa luta. Uma luta não é um jogo de tênis. É preciso entender como ela funciona para saber em que momento se deve intervir. Acho que o árbitro poderia ter esperado mais algum tempo para pará-la.
Frank Mir coletiva UFC 164 (Foto: Evelyn Rodrigues)Frank Mir criticou interrupção feita por Rob Hinds na luta contra Josh Barnett (Foto: Evelyn Rodrigues)
O vencedor da luta, Josh Barnett, concordou com seu adversário, e disse que não está acostumado a ver lutas serem paradas tão rapidamente.
- Entendo a frustração de Frank. O árbitro o viu cair e decidiu parar a luta. Mas eu sou das antigas, cara. Vi lutas em que os caras estavam sendo arrebentados de verdade e o árbitro esperou para ver o que acontecia. Acho que ele não percebeu que Frank ainda estava ativo, e achou que ele poderia ser castigado desnecessariamente. Minha estratégia era atacar do começo ao fim e buscar finalizar a luta da forma que fosse. Eu iria lutar onde quer que fosse. No chão ou em pé. Frank é um lutador completo, como eu, e se você olhar para as nossas carreiras, verá que não é surpreendente a forma como a luta acabou.
Josh Barnett coletiva UFC 164 (Foto: Evelyn Rodrigues)Josh Barnett concordou com Frank Mir e disse que o árbitro se precipitou (Foto: Evelyn Rodrigues)
Para o presidente do UFC, Dana White, faltou experiência ao árbitro para conduzir uma luta importante dentro do evento, e disputada por lutadores tão experientes.
- Eu acho que Josh ganhou a luta. Frank estava em apuros, mas ele ainda podia receber mais alguns golpes até que a luta fosse encerrada. Na minha opinião, árbitros que atuam muito cometem muitos erros. Mas eu nunca vi esse árbitro na minha vida, e ele estava no co-evento principal. Acho que essa luta merecia um árbitro mais experiente.

Treinador de Pettis analisa duelo e rebate declarações de time de Aldo

Brasileiro Diego Moraes diz que seu pupilo quer luta contra José Aldo, e faz elogios a Dedé Pederneiras e ao campeão dos pesos-penas do UFC

Por Direto de Milwaukee, EUA
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Diego Moraes técnico Anthony Pettis UFC MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)Diego Moraes posa com o cinturão de seu aluno, Anthony
Pettis, após o UFC 164 nos EUA (Foto: Evelyn Rodrigues)
Anthony Pettis tomou o cinturão dos pesos leves do UFC de Ben Henderson com uma finalização no primeiro round em duelo na noite deste sábado. E por mais que os fãs do "Showtime" acreditassem que ele venceria, era pouco provável que eles imaginassem que a vitória  acabaria acontecendo com uma chave de braço. Ainda mais contra Benson, que é considerado um dos lutadores mais duros da categoria e que realizou neste sábado a sua primeira luta como faixa preta em jiu-jítsu.
Durante a coletiva de imprensa após o UFC 164, o novo campeão peso-leve do UFC justificou o seu trabalho durante toda a preparação para o duelo e falou sobre a importância dos treinos de chão na temporada que passou no Brasil:
- As pessoas acham que eu não tenho chão, mas jiu-jítsu é a minha área também. Eu sou um lutador de artes marciais mistas e eu tenho que ser bom em todas as áreas. E os treinos no Brasil tiveram uma importância tremenda. O Diego Moraes é um cara que eu trouxe para o meu camp, ele está aqui comigo há quase dois meses, e o trabalho dele realmente ajudou o meu jogo. Mesmo que eu não seja ranqueado em jiu-jítsu com quimono, nós analisamos os detalhes todos os dias. Esses caras vivem comigo, então isso realmente ajudou. Eu venci a luta com uma chave de braço e isso é algo que trabalhei muito. O Brasil é um lugar maravilhoso e eu tive bons momentos lá - declarou.
Em entrevista ao Combate.com após a coletiva, o treinador de jiu-jítsu de Pettis, Diego Moraes, comentou o desempenho de seu pupilo no octógono:
- Eu estava muito confiante de que ele poderia finalizar essa luta, mesmo sabendo do nível de chão do Ben, que é faixa preta e está competindo bastante. Mas o Anthony tem um chão muito natural, o quadril dele é muito solto, ele é muito perigoso com as costas no chão. Ele já tem um talento natural, o que facilita muito, mas não treinava muito jiu-jítsu. Agora ele está focando nessa parte, foi para o Brasil e ficou 15 dias lá com a gente treinando, e eu fiquei aqui um mês e meio no camp dele, a evolução dele no jiu-jítsu tem sido muito grande e, justamente por isso, a gente achava que ele podia finalizar, e ele acabou finalizando para a nossa alegria, né?  Eu, como treinador de jiu-jítsu, não poderia ser coroado com um prêmio maior do que uma finalização no primeiro round no chão - declarou.
Anteriormente escalado para enfrentar José Aldo no UFC 163, Pettis sofreu uma lesão no joelho  e teve que se retirar do duelo, sendo substituído por Chang Sung Jung. Algumas semanas depois, o então adversário de Ben Henderson, TJ Grant,  se lesionou, e Pettis decidiu pedir uma chance para voltar à divisão dos leves e disputar o título. Mas na noite deste sábado, logo após vencer Ben, "Showtime" voltou a desafiar Aldo e, segundo o treinador do americano, isso era algo que ele já tinha planejado:
- A gente já tinha esse plano, ele quer muito essa luta com o Aldo. Não é nada pessoal contra o Aldo ou contra o Dedé, rolou todo esse falatório na internet, mas é tudo profissional. O Anthony quer ser lembrado como um dos melhores lutadores da história, e ele sabe que o Aldo é o número um dos penas na trocação, então ele quer se colocar à prova contra o brasileiro. Ele estava muito animado com aquela luta. Vamos ver agora, esperar o Dana White decidir.
Questionado sobre o que achou das declarações de André Pederneiras, treinador de Aldo, que afirmou que aceitaria o duelo caso Pettis desistisse do cinturão dos leves e baixasse para a divisão dos penas, Diego retrucou:
- Eu não entendi muito bem essa história de ter que largar o cinturão. Coloca um peso intermediário, um desce, um sobe, sei lá. A intenção é mostrar quem é o melhor. O Anthony quer muito essa luta e eu, por ser fã do trabalho do Dedé e do Aldo, também quero. Acho que esta seria uma luta empolgante para todo mundo.
O brasileiro aproveitou para elogiar a determinação de Pettis:
- A ficha ainda não caiu, mas para ele é a realização de um sonho. Por tudo o que ele batalhou, veio como campeão do WEC, não teve a chance ao cinturão, ia lutar contra o Aldo se machucou, aí apareceu essa luta logo depois. Os dois últimos meses dele foram complicados. É como se ele tivesse ido do céu ao inferno e voltado ao céu. Ele estava predestinado a tomar esse segundo cinturão. Acho que tudo teve um porquê, e hoje essa vitória veio no momento certo, na cidade dele. Era pra ser assim. Foi uma luta perfeita! Ele parou as quedas do Ben na trocação, conectou chutes fortíssimos, que o Ben sentiu muito, e finalizou no chão. Foi perfeito!

Pettis finaliza Henderson e desafia José Aldo para um 'acerto de contas'

Desafiante conquista o cinturão dos pesos-leves com uma finalização no primeiro round e pede ao matchmaker do UFC para lutar contra o brasileiro

Por Milwaukee, EUA
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No duelo de estilos entre o espetacular de Anthony Pettis e o conservador de Ben Henderson, o cinturão dos pesos-leves do UFC ficou com o desafiante. Com uma chave de braço aplicada após uma sequência de chutes na linha de cintura de Ben Henderson. Anthony Pettis tentou uma estrela de capoeira e, no solo, aplicou uma chave de braço que finalizou Henderson aos 4m31s do primeiro round, conquistando o cinturão, impedindo que o rival prosseguisse com o objetivo de bater o recorde de Anderson Silva de defesas de título e, para completar, na comemoração, o novo detentor do cinturão desafiou o campeão dos penas, José Aldo, para um acerto de contas.
- Eu queria que todos me ouvissem nesse momento. Gostaria que todos que estão aqui gritassem. Não importa em que situação vocês estejam, acreditem que tudo vai melhorar. Eu sempre quis disputar o cinturão, vim lutando por isso, e é difícil entender como cheguei aqui, mas é maravilhoso. Vocês me fizeram ser quem sou hoje. Eu sou o campeão dos leves do UFC. Quando encaixei o golpe, ele desistiu da luta. Ele é um cara muito duro, mas agora o campeão sou eu. O chute que eu tentei antes de irmos para o chão é muito eficiente no MMA, mas não é muito usado. Após eu ter dado os chutes nas costelas ele fez a mesma cara que Donald Cerrone. Acho que até podemos lutar de novo, ele merece. Mas, Joe Silva, eu e José Aldo temos algo a resolver - disse o novo campeão, que desceu do octógono chorando muito, com o cinturão na cintura, abraçado com sua mãe.
UFC 164  Ben Henderson e Anthony Pettis (Foto: Agência Getty Images) Anthony Pettis comemora conquista do cinturão dos leves do UFC (Foto: Agência Getty Images)
O agora ex-campeão reconheceu a vitória do rival, e explicou a sua estratégia de luta.
- Anthony mereceu chegar até aqui e fez um grande trabalho. Quando eu me mexi tentando sair da chave, girei para o lugar errado e não consegui sair do golpe. A minha estratégia era colocar pressão nele, nunca andar para trás, ganhar espaço e andar para frente. Acertei dois bons chutes nele e continuei pressionando. Quando eu errei, ele me pegou.
A luta
A luta, que trouxe o campeão Ben Henderson pela primeira vez atuando com os cabelos presos em tranças, numa clara demonstração de respeito ao rival, começou com Henderson caminhando na direção de Pettis, acuando-o nas grades e, após aplicar alguns golpes, buscando a perna do desafiante, que defendeu a tentativa e afastou-se, buscando espaço. O campeão voltou a aplicar a sua estratégia, e a luta voltou para a grade. A cada vez que Pettis conseguia se afastar, Henderson voltava a acuá-lo na grade. Após conseguir espaço para atacar, Pettis desferiu quatro chutes seguidos nas costelas do campeão, que acusou os golpes.
Após buscar levar a luta para o chão, Henderson errou ao não proteger seu braço, e permitiu que o desafiante conseguisse encaixar uma chave de braço sem deixar espaço para que Ben Henderson pudesse se defender. Após alguns segundos, o campeão desistiu verbalmente da luta, cedendo o cinturão a Anthony Petis, que se firma definitivamente como a pedra no sapato do agora ex-campeão.
UFC 164  Ben Henderson e Anthony Pettis (Foto: Agência Getty Images)Pettis encaixa chave de braço e finaliza Henderson para conquistar o título (Foto: Agência Getty Images)

Pettis: 'Desde que venci Cerrone sabia que conquistaria o cinturão'

Lutador também elogia trabalho de seu treinador brasileiro de jiu-jítsu, DIego Moraes, e diz que lesionou joelho, mas ainda não sabe a gravidade

Por Milwaukee, EUA
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Anthony Pettis estreou no UFC em 2011, chegando como campeão do WEC, após tomar o cinturão de Ben Henderson na organização que foi comprada pela Zuffa (empresa detentora do Ultimate). Porém, logo de cara foi derrotado por Clay Guida na decisão unânime dos árbitros e viu o caminho para o título ficar mais longo. Desde então, ele emplacou três vitórias seguidas e, na noite deste sábado, pelo UFC 164, em Milwaukee (EUA), se viu diante do mesmo adversário de quem tirou o cinturão no WEC. Com uma chave de braço, o Showtime venceu Bendo mais uma vez e, enfim, se tornou campeão dos leves do UFC. Após o evento, Pettis declarou que já sabia que seu destino era esse desde seu combate anterior, quando nocauteou Donald Cerrone, em janeiro.
- Desde que venci Donald Cerrone eu sabia que disputaria e conquistaria o cinturão. Treinei sete meses para essa luta, e a verdade é que eu não quero nunca mais deixar a decisão nas mãos dos juízes. Aprendi isso na luta contra Clay Guida, quando fui lutar wrestling com ele e deixei na mão dos juízes - afirmou.
Anthony Pettis coletiva UFC 164 (Foto: Evelyn Rodrigues)Anthony Pettis com o cinturão dos leves durante a coletiva do UFC 164 (Foto: Evelyn Rodrigues)
A finalização contra Ben Henderson teve ajuda brasileira. Seu treinador de jiu-jítsu é Diego Moraes, que ganhou elogios de Anthony Pettis.
- Diego Moraes é um cara sensacional que eu trouxe para a minha equipe. Trabalhamos demais essa finalização que usei para vencer a luta. Adorei o Brasil, é um grande lugar para se treinar. Jiu-Jítsu é uma das minhas artes mais fortes. As pessoas esquecem que eu tenho um bom jiu-jítsu pela forma como eu golpeio - disse.
Durante o combate, Anthony Pettis recebeu um chute no joelho esquerdo e, após a luta, disse ainda sentir dor, mas não sabe a gravidade da lesão. Ele terá que passar por exames para saber o que houve de fato no local da contusão.
- Ainda não sei o que houve com o meu joelho. Ben acertou um chute no meu joelho esquerdo e doeu um pouco durante a luta. Quando lutamos contra os melhores do mundo haverá lesões. Esse cara é um guerreiro, e estou feliz de estar com a minha cara em ordem. Ainda não sei o que aconteceu com o meu joelho, vou ter que passar por exames para saber o que aconteceu - declarou.
Anthony Pettis coletiva UFC 164 (Foto: Evelyn Rodrigues)Anthony Pettis elogiou o trabalho de seu treinador de jiu-jítsu, Diego Moraes (Foto: Evelyn Rodrigues)
Na coletiva, o lutador também não esqueceu de sua família, agradecendo sua mãe e seu irmão, Sergio Pettis, que também é lutador de MMA.
- Minha mãe sacrificou sua vida inteira por mim e meu irmão. Ela era uma mãe solteira que trabalhou muito para que nós chegássemos aonde chegamos, pagou tudo que podia, e acho que ela merece tudo que fizermos por ela. Meu irmão estava no meu córner hoje, ele tem 20 anos e eu quero ser um exemplo para ele. Eu entendo a importância das artes marciais para uma pessoa - concluiu.

Travis Browne não mostra interesse em luta contra o gigante Ben Rothwell

Peso-pesado diz que desafiante não o enfrentou há um ano, e agora precisa correr atrás de uma nova oportunidade para subir no ranking da categoria

Por Milwaukee, EUA
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O desafio de Ben Rothwell a Travis Browne após a vitória sobre Brandon Vera no UFC 164, no último sábado, em Milwaukee, não pareceu ter despertado o interesse do desafiado. Em mensagem publicada em sua conta no Twitter, Browne postou a seguinte resposta:
- Hahaha. Rothwell teve sua chance um ano atrás, mas como num passe de mágica lesionou um dedo. Agora quer ganhar de presente o que eulutei para conquistar. Eu olho para a frente, não para trás. Está na hora de correr atrás, filho.
Rothwell explicou, na coletiva de imprensa após o UFC 164, a razão pela qual fez o desafio ainda no octógono.
- Acho que seria uma grande luta. Sei que Browne está subindo no ranking, e o UFC provavelmente tem grandes planos para ele, mas talvez achem que Travis precise fazer mais uma luta dura antes de disputar o cinturão, e acho que eu seria essa luta.
UFC 164  Ben Rothwell e Brandon Vera (Foto: Agência Getty Images)Ben Rothwell 'dançou' antes de nocautear  Brandon
Vera no terceiro round do UFC 164 (Foto: Getty Images)
O gigante de 2,01m acredita ter virado uma página em sua carreira após a vitória sobre Brandon Vera. Após dois rounds, ele estava perdendo no julgamento de um juiz, e empatado na opinião de outros dois. No terceiro round, no entanto, Rothwell mudou a forma de lutar e partir para o ataque ao adversário, que começava a sentir o cansaço pela luta.
- Eu trabalhei demais meu condicionamento físico, que sempre foi um ponto fraco, e que agora finalmente senti melhorar - disse o lutador, que recebeu a permissão para fazer o TRT (Tratamento par reposição de Testosterona) para o UFC 164, juntamente com Frank Mir.
Outro ponto abordado por Rothwell na coletiva de imprensa foi a "dança" que executou antes de partir para cima de Brando Vera com uma sequência mortal de socos e joelhadas. Se a dança em si não venceu a luta, ao menos animou a torcida, dando ao gigante uma motivação extra no fim do combate.
- Não é algo que se veja com frequência sendo feito por um cara do meu tamanho. Aconteceu, e quando fiz, ouvi a reação dos fãs, e isso me energizou. Eu pensei: 'É agora!" E meu adversário pareceu chocado. Vi ali a oportunidade e a aproveitei. Nem cheguei a pensar quando ouvi a reação dos fãs. Apenas reagi - finalizou.

Após quarto nocaute seguido, Chad Mendes pede revanche contra Aldo

Americano vence Clay Guida no terceiro round no UFC 164, em Milwaukee (EUA), e quer nova chance de disputar cinturão dos pesos-penas do UFC

Por Milwaukee, EUA
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O cartel de Chad Mendes impressiona tanto quanto suas últimas atuações. São 15 vitórias e apenas uma derrota, que ainda está engasgada na garganta do lutador. Porém, o nocaute sofrido contra José Aldo, no dia 14 de janeiro de 2012, no Rio de Janeiro, pelo UFC 142, parece ter motivado ainda mais o americano. Desde então foram quatro vitórias consecutivas e todas por nocaute, sendo a última na noite deste sábado, quando superou Clay Guida no terceiro round, em Milwaukee (EUA), pelo UFC 164. Antes de desafiar o cinturão do brasileiro, ele tinha apenas dois triunfos desta forma, no longínquo ano de 2009. Agora, ele quer nova chance de disputar o título dos penas do Ultimate.
- Treinei demais para essa luta, e estava lá para finalizar a luta. Estou ansioso por uma revanche com Aldo, e sei que essa seria uma luta completamente diferente da que fizemos no Brasil. Minha motivação e minha confiança estão no topo, muito diferente de quando lutamos. Acho que algumas coisas ainda tem que ser acertadas, mas quero muito essa luta pelo cinturão dos pesos-penas contra José Aldo - afirmou Chad, durante coletiva de imprensa do UFC 164.
Chad Mendes coletiva UFC 164 (Foto: Evelyn Rodrigues)Chad Mendes quer revanche contra José Aldo pelo título dos penas do UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)
Mas engana-se quem acha que Chad Mendes atribui seus quatro nocautes consecutivos apenas aos treinamentos. Para ele, a presença de seu pai no córner tem servido como um verdadeiro amuleto.
- Meu pai esteve no meu córner nas minhas últimas quatro lutas, e eu consegui quatro nocautes. Ele estará lá sempre de agora em diante - concluiu.

Dana White: 'Declaração de Dedé faz parecer que ele tem medo de Pettis'

Presidente do UFC acredita que luta entre Aldo e o campeão dos leves vai acontecer, e diz que prefere este duelo à revanche contra Chad Mendes

Por Direto de Milwaukee, EUA
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Dana White coletiva UFC 164 (Foto: Evelyn Rodrigues)Dana White diz que, como fã de lutas, gostaria de ver a
luta entre Pettis e José Aldo (Foto: Evelyn Rodrigues)
O presidente do UFC, Dana White, voltou a falar com a imprensa sobre o futuro do novo campeão dos pesos-leves, Anthony Pettis. Depois de vencer Ben Henderson na noite deste sábado e tomar o segundo cinturão da carreira de Bendo, o novo campeão desafiou José Aldo. Minutos depois, pelas redes sociais, o empresário do brasileiro, André Pederneiras, afimou que estava aguardando a ligação de Dana para acertar o duelo, mas que Pettis teria que abdicar do cinturão dos leves e descer para a categoria dos penas para que isso acontecesse.
Para o chefão do UFC, no entanto, a atitude do treinador e empresário demonstra que a equipe do brasileiro estaria preocupada demais com o novo campeão dos leves:
- Você pode dizer 100% que Anthony Pettis está querendo fazer tudo o que precisar para ter essa luta. E eu sei que o treinador do Aldo está dizendo: 'Ele pode descer para os pesos-penas', mas é porque eles acham que o Anthony vai estar em desvantagem, quando eu acho que ele estará em uma grande vantagem, pois vai estar muito forte. Mas, de qualquer jeito, se Aldo subir ou Pettis descer, eles vão lutar. Eu acho que vamos ver Pettis querendo buscar cada vez mais essa luta. Isso pode acontecer - disse, complementando:
- Para o empresário dele falar…E é isso que me deixa maluco com relação a empresários - e eu adoro ele. André é um bom rapaz, eu o conheço há muitos anos, mas quando você vai e faz uma afirmação desse jeito, faz parecer que está com medo, que Aldo está com medo. E essa talvez não seja a mesma opinião do Aldo... Talvez seja só o empresário dele dizendo 'Isso é o que eu quero que aconteça', mas faz com que pareça que ele está com medo do Anthony Pettis, o que acaba dando ao Pettis mais uma vantagem.
Questionado se esse é o duelo que tem em mente para o futuro dos dois campeões, Dana desconversou:
- Eu não sei. Vamos ver o que vai acontecer com o Anthony Pettis. Quem sabe? Como eu disse, essa luta aconteceu há 45 minutos, não é algo que eu quero pensar agora.
E não foi só Anthony Pettis quem desafiou Aldo. Depois de nocautear Clay Guida, também no card principal do UFC 164, Chad Mendes pediu por uma revanche contra o brasileiro. O americano tem 15 vitórias na carreira, e sua única derrota foi para o brasileiro no UFC 142. Dana, no entanto, afirmou que não ficou surpreso com ambos os lutadores mirando o manauara:
- Aldo é um dos melhores do mundo, é um dos melhores lutadores peso-por-peso do planeta. Eu não fiquei surpreso. Obviamente Mendes quer aquela disputa de título de novo, e agora Pettis também quer vencê-lo. Mas, como fã, a luta que eu gostaria de ver é 100% Anthony Pettis. Essa seria uma lutaça!

Dana White: 'Luta entre Soa Palelei e Nikita Krylov foi constrangedora'

Presidente do UFC diz que lutadores estavam fora de forma, e que o público do UFC não deveria presenciar lutas como a que foi disputada

Por Milwaukee, EUA
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O UFC 164 teve excelentes lutas, e foi considerado quase que totalmente um bom evento. Quase. Porque uma das lutas apresentadas deixou Dana White visivelmente constrangido. O duelo entre os pesos-pesados Soa Palelei e Nikita Krylov, na opinião do presidente do UFC, não esteve à altura do restante do evento, ou mesmo do prestígio do maior evento de MMA do mundo.
- Vocês não vão querer saber o que eu pensei dessa luta. Foi constrangedora. A luta  foi desleixada. Ambos foram desleixados, estavam exaustos e caindo um sobre o outro. Essas coisas não devem acontecer no UFC. Isso aqui é o UFC. Os lutadores precisam estar em forma. De qualquer maneira, foi uma luta divertida, terminou com um nocaute, os dois aplicaram bons golpes. Só foi constrangedora, porque não deveria haver lutas assim no UFC - disse Dana White em conversa com os jornalistas após a coletiva de imprensa do UFC 164.
UFC  Soa Palelei e Nikita Krylov (Foto: Agência Getty Images)Soa Palelei venceu Nikita Krylov por nocaute técnico
no UFC 164, em Milwaukee (Foto: Getty Images)
O dirigente se disse decepcionado pela forma como os lutadores se apresentaram, mas não soube dizer exatamente a razão da luta ter sido como foi.
- Nós cansamos de ver o nervosismo que o UFC causa nos lutadores. Aqui a adrenalina jorra por todos os lados. Muita coisa acontece com os lutadores quando eles chegam a esse evento. Não sei o que aconteceu com esses dois caras. Foi uma luta divertida? Foi, mas foi desleixada. Me pareceu que eles não estão no nível do UFC. O que vocês acham que vai acontecer com esses dois caras entre os pesos-pesados do UFC? - perguntou aos jornalistas antes de encerrar a entrevista.

Alonso atiça imaginação dos fãs com post: 'Notícias importantes vindo'

Com clima ruim na Ferrari e especulado em RBR e Lotus, espanhol cria expectativa no amantes da Fórmula 1 com mensagem misteriosa no twitter

Por Madri, Espanha
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Alvo de especulações para 2014 – tanto na RBR quanto em uma troca com Kimi Raikkonen na Lotus – Fernando Alonso resolveu atiçar a imaginação dos fãs da Fórmula 1. Em sua conta no twitter, o espanhol da Ferrari publicou uma mensagem misteriosa que promete criar expectativa nos amantes da velocidade.
- Tenho notícias importantes vindo nos próximos dias. Fiquem ligados aqui no twitter e na web – limitou-se a escrever o bicampeão de 32 anos.
Fernando Alonso faz mistério no twitter (Foto: Reprodução)Fernando Alonso faz mistério no twitter (Foto: Reprodução)
Vice-líder do campeonato com 151 pontos (26 atrás de Sebastian Vettel, da RBR), Alonso não vive mais um mar de rosas na Ferrari. Após criticar abertamente a equipe depois do GP da Hungria, em julho, o espanhol levou uma bronca pública do presidente da escuderia, Luca di Montezemolo, e viu o clima interno não ser mais o mesmo. Naquele fim de semana, seu nome também começou a ser especulado na vaga de Mark Webber na RBR, devido a uma reunião de seu agente com o chefe do time austríaco. Apesar da boa atuação e do segundo lugar na Bélgica, o piloto mostrou cara de poucos amigos no pódio. Há também rumores de uma troca de lugares com o finlandês Raikkonen, da Lotus. Alonso possui contrato com a Ferrari até 2016 e somente uma quebra de vínculo poderia resultar em uma transferência.

Audi sobra e fatura 6h de SP. Bruno Senna e Fernando Rees têm dia difícil

Etapa brasileira do Mundial de Endurance tem Ferrari em chamas e vitória fácil do trio do carro #1 da montadora alemã após batida feia de Toyota

Por Interlagos, São Paulo
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Na pista, adrenalina, velocidade, batidas e até um incêndio durante as 6 horas de São Paulo, etapa brasileira do Mundial de Endurance da FIA. Fora dela, emoção e diversão garantidas para as cerca de 40 mil pessoas que prestigiaram a segunda passagem do evento que trouxe o espírito das 24 Horas de Le Mans para Interlagos. A vitória na categoria principal de protótipos (LMP1) ficou com o trio do Audi R18 e-tron quatro de número 1, formado por André Lotterer, Marcel Fassler e Benoit Treluyer, atuais campeões.  Após serem superados pelo carro #2 da Audi  (Tom Kristensen, Loic Duval e Allan McNish) nos minutos iniciais, eles recuperaram a ponta na primeira troca de pilotos e depois dispararam, completando 235 voltas, três a mais que o segundo carro da Audi, que completou a dobradinha da montadora alemã.
Audi número 1 foi a grande vencedora das 6 Horas de São Paulo (Foto: Divulgação)Audi número 1 foi a grande vencedora das 6 Horas de São Paulo (Foto: Divulgação)
Filho do tetracampeão da Fórmula 1, Alain Prost, Nicolas fechou o pódio com a Lola B12/60 Coup da Rebellion Racing. Ele se revezou com o ex-F-1 Nick Heidfeld e Mathias Beche. Os três primeiros colocados se beneficiaram com a batida do carro #8 da Toyota (Anthony Davidson, Sébastien Buemi e Stéphane Sarrazin). O time japonês defendia a vitória de 2012 em Interlagos, mas se envolveu no acidente mais sério do dia. O cronômetro marcava apenas 35 minutos, quando Sarrazin foi tentar ultrapassar o retardatário Dominik Kraihamer (Lotus #32 da LMP2). Entretanto, o austríaco mudou de linha repentinamente e acertou o francês da Toyota, que perdeu o controle do carro e atingiu em cheio a barreira de segurança. Sarrazin ainda fez de tudo para seguir na prova, mas o esforço foi em vão, já que o carro não tinha mais condições. A prova ficou sob bandeira amarela por quase uma hora para retirada do carro e reparos na proteção de pneus. Na divisão secundária de protótipos, a LMP2, a vitória ficou com o trio da G-Drive Racing, Roman Rusinov, John Martin e Mike Conway, com um Nissan Oreca 03.
TOYOTA RACING (JPN) / Stéphane SARRAZIN - 6 Horas de São Paulo (Foto: Divulgação)Stéphane Sarrazin tenta colocar Toyota de volta na prova após forte batida (Foto: Divulgação)
Dia difícil para os brasileiros
Não foi um bom dia para os brasileiros. Com cerca de duas horas de prova, Bruno Senna – competindo na LM GTE-Pro de carros de turismo – acabou envolvido em uma confusão com mais três carros. Ao tentar desviar de uma Ferrari, o piloto acabou acertando um Porsche e sendo atingido na traseira por uma outra Ferrari. Instantes depois, Bruno sofreu com a quebra da suspensão traseira de seu Aston Martin Vantage V8 rodou e teve que abandonar. Quem levou a melhor em sua categoria foi a dupla formada pelos dois ex-Fórmula 1, Giancarlo Fisichella e Gianmaria Bruni, a bordo de uma Ferrari F456 Italia, da equipe AF Corse.
- Eu estava no lugar errado na hora errada. Nem sei se a Ferrari rodou sozinha ou se alguém deu nela. Cheguei a pensar inicialmente que era um pneu furado. Só vi que o problema era mais sério quando a suspensão quebrou de vez. O carro estava competitivo. Não era o mais veloz, porque sofríamos um pouco nas retas com o excesso de asa traseira. Mas certamente isso traria um prêmio no consumo de pneus e aumentaria nossas chance - lamentou Bruno.
Com a suspensão traseira quebrada, carro de Bruno Senna é rebocado em Interlagos (Foto: Reprodução)Com a suspensão traseira quebrada, carro de Bruno Senna é rebocado em Interlagos (Foto: Reprodução)
Piloto foge de Ferari em chamas
E por falar em Ferrari, o outro carro do time pegou fogo, em um dos momentos mais marcantes da prova. Para desespero de Toni Vilander, que estava dentro. O finlandês, que fazia dupla com o japonês Kamui Kobayashi, ex-F-1, saiu correndo com medo de uma explosão. Na pressa, tropeçando e caindo duas vezes: uma ao deixar o carro e outra ao pular o guard rail.
Ferrari de Toni Vilander ficou completamente destruída após incêndio durante as 6 Horas de São Paulo (Foto: Divulgação)Ferrari de Toni Vilander ficou completamente destruída após incêndio (Foto: Divulgação)

Outro representante brasileiro na prova, Fernando Rees, que fez trio com os franceses Patrick Bornhauser e Julien Canal, enfrentou problemas eletrônicos no motor de seu Chevrolet Corvette C6-ZR1 durante toda a corrida e amargou a sexta posição na categoria LM GTE-Am. A vitória nesta categoria que reúne pilotos profissionais e amadores foi da dupla britânica Stuart Hall e Jamie Campbell-Walter, da Aston Martin.
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Fernando Rees Mundial de Endurance Corvette (Foto: Divulgação)Brasileiro Fernando Rees enfrentou muitos problemas durante a prova (Foto: Divulgação)

Técnico do Milan confirma acordo com Real, e diretor negocia com Kaká

Em Madri, Adriano Galliani diz que desistirá do acerto se voltar para Milão sem um consenso com o meia brasileiro

Por Madri
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O técnico Massimiliano Allegri confirmou que o Milan já chegou a um acordo com o Real Madrid pela transferência de Kaká. Contudo, falta o acerto com o jogador, o que poderá acontecer ainda neste domingo. Segundo a imprensa italiana, o brasileiro será emprestado e assinará um contrato válido por duas temporadas. O clube italiano só precisa definir a questão salarial, já que não pagará nada aos merengues.
- Galliani (vice-presidente do clube) me disse que há um acordo com o Real Madrid. Agora eles precisam negociar com Kaká - revelou o treinador após a vitória por 3 a 1 sobre o Cagliari neste domingo, epla segunda rodada do Campeonato Italiano.
Kaká Milan (Foto: Getty Images)Faltam poucos detalhes para a confirmação do retorno de Kaká para o Milan (Foto: Getty Images)
Galliani viajou neste domingo e conversou pessoalmente com Florentino Pérez, presidente do Real. O dirigente se mostra mais cauteloso que Allegri, mas espera voltar para Milão com a transferência confirmada.
- Se Kaká não acertar com o Milan esta noite, o acordo não acontecerá. Se estou animado? Ficarei animado quando ele assinar o contrato - disse.
Caso o assunto seja resolvido neste domingo, o brasileiro passará por exames médicos já na segunda-feira pela manhã. Companheiros de clube estão ansiosos.
- Kaká é um jogador extraordinário que fez grandes coisas pelo Milan. Seria fantástico se ele retornasse - disse o defensor Poli.
Coxa e Inter não aproveitam retorno de maestros e mantêm jejum: 0 a 0
Mesmo com Alex e D'Ale de volta, times seguem calvário: Coritiba completa cinco partidas sem vitórias, enquanto que Colorado não vence há sete jogos
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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No confronto dos times que vivem um jejum de vitórias, não encontram mais o caminho do G-4 e que contavam com os retornos cruciais de seus camisas 10, Alex e D'Alessandro, Coritiba e Inter ficaram num empate em 0 a 0 nada proveitoso para as duas equipes na tarde deste domingo, no Couto Pereira, pela 17ª rodada do Brasileirão.
O empate deixou o time paranaense na sexta colocação, com 25 pontos, um a mais que o Colorado, sétimo colocado. O resultado aumentou a aflição dos dois clubes, que não conquistam três pontos há um bom tempo. O Coxa chegou a cinco jogos sem vitórias, enquanto a série amarga do Colorado alcança sete partidas na Série A, sendo seis empates seguidos. Isto sem contar o fato de não superar o rival no Paraná desde 2003, ainda no início da era dos pontos corridos.
Em mais uma tentativa de recuperação, o Inter recebe o embalado Corinthians, às 21h50m de quarta, no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo. Já o Coritiba visita o Botafogo, outro integrante do G-4, como o Timão, às 19h30m de quinta, no Rio de Janeiro, pela 18ª rodada.
alex coritiba e Dalessandro internacional Brasileirão (Foto: Giuliano Gomes / Agência Estado)D'Ale e Alex voltam aos seus times, mas seca continua (Foto: Giuliano Gomes / Agência Estado)
Casal 20: camisas 10 voltam aos seus times
Não é a toa que o Coritiba deixou de vencer as últimas quatro partidas, despencando da liderança e tendo aproveitamento de time rebaixado. Estava sem Alex, lesionado. No entanto, o meia voltou nesse domingo cinzento e chuvoso no Couto Pereira justamente para devolver cores mais vivas ao time de Marquinhos Santos. Como já era esperado, a maioria das ações do Coxa partiu de sua conhecida canhota. Foram duas faltas cobradas com certo perigo. No entanto, foi com a cabeça, aos 26 minutos, que o camisa 10 quase abriu o placar. No lance, ele acabou sendo atrapalhado pelo companheiro Geraldo no momento de sair do chão.
Por falar em camisa 10, D'Alessandro também estava voltando ao time do Inter, após ser poupado contra o Salgueiro, pela Copa do Brasil. Sem ele, o Colorado ainda não ganhou nesta temporada - na quinta, por exemplo, ficou no 2 a 2 com o time da Série D. Aos oito minutos, descobriu-se o motivo. Mesmo sem ângulo, subverteu a lógica e tentou a cobrança direta de falta. Quase marcou um golaço, se não fosse a mão certeira de Vanderlei no ângulo direito.

Melhores chances após os 30

Mas o futebol pode ser tão escorregadio quanto os dribles dessa dupla cerebral. E, curiosamente, as melhores chances dos times, no equilibrado primeiro tempo, passaram longe dos maestros. Aos 30, Jorge Henrique finalizou de longe, com curva e veneno. Mais uma vez, Vanderlei salvou. Cinco minutos depois, Willians resumiu uma tarde de falhas pessoais ao recuar a bola no pé de Bill, que tocou para Junior Urso. O gol só não saiu porque Ygor se atirou em carrinho providencial. E assim terminou a etapa inicial, sem cartões amarelos nem reclamações sobre a arbitragem. Antes de a partida começar, porém, a direção colorada fez um protesto pelo fato do quarto árbitro Paulo Roberto Alves Junior ser filho do supervisor do Coritiba.
- Estamos chegando, tendo posse de bola... É só caprichar um pouco mais - pediu D'Ale.
- Precisamos sair mais rápido no contra-ataque, que vamos vamos pegar eles desarrumados - analisou Chico.
E foi o próprio zagueiro que quase abriu o placar. Aos 3 minutos do segundo tempo, após escanteio de Alex, cabeceou no travessão de Alisson. Aos 6, Alex resolveu fazer tudo sozinho. Roubou a bola de Willians, arrancou e levou carrinho forte do jovem Alan. Na cobrança de falta, caprichou na técnica, mas economizou na força, e o goleiro pegou.
O Coxa seguiu pressionando. A aposta era quase sempre em cruzamentos. Num deles, aos 16, Lincoln desviou de cabeça, mas Alisson antecipou-se a Julio Cesar e tirou com um soco. O Inter também assustou os donos da casa, com Gabriel, em chute cruzado bastante forte, mas sem direção. Aos 33, Bottinelli, que havia entrado há pouco, só não marcou porque Alan salvou de bico na pequena área. O mesmo Alan que acabou expulso aos 36. A expulsão brecou as chances de o Inter ir à frente, mesmo com o ingresso de Scocco. O placar, portanto, seguiu no zero. Assim como o calvário de ambos. A vitória está cada vez mais longe da vida de Coritiba e Inter no Brasileirão. Mesmo com os maestros em campo.
 
Criciúma bate o Vitória no Barradão e treinador Caio Júnior é demitido
Time catarinense ainda não havia vencido fora de casa. Já o Rubro-Negro estava invicto em seus domínios no Campeonato Brasileiro 2013
 
DESTAQUES DO JOGO
  • chutaço
    Marquinhos
    O atacante entrou no segundo tempo da partida e por pouco não vez um golaço. O jogador pegou de primeira na entrada da área e carimbou a trave do Criciúma.
  • paredão
    Galatto
    O goleiro garantiu o triunfo do Criciúma ao fazer belas defesas no segundo tempo, quando o Vitória pressionou o Tigre no campo de defesa.
  • pegou no pé
    Elizeu
    O volante foi escalado por Caio Jr. como titular, mas não agradou a torcida. A cada vez que pegava na bola, o jogador ouvia vaias e acabou substituído no intervalo.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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O Vitória estava invicto dentro de casa no Campeonato Brasileiro. O Criciúma, por sua vez, não tinha vencido nenhuma partida longe de Santa Catarina na Série A. Tudo, no entanto, mudou após 90 minutos de bola rolando neste domingo. No Barradão, em Salvador, o Tigre bateu o Rubro-Negro pelo placar de 1 a 0 e deu adeus a fama de visitante acanhado. Marcel, de pênalti, marcou o único gol da partida, válida pela 17ª rodada do Brasileirão 2013. O resultado acabou provocando a demissão do técnico Caio Júnior.
Apesar das reclamações no lance capital da partida, Marcel afirma que foi puxado por Victor Ramos e que o árbitro Francisco de Assis Almeida Filho acertou ao marcar o pênalti em favor do Criciúma.
- Saí limpo na jogada, ele me puxou. Acho que foi pênalti. Graças a deus saiu o gol. Me machuquei um tempo atrás e voltei para ajudar - comentou o atacante, que ainda não havia balançado as redes na Série A.
O atacante Dinei culpou o primeiro tempo do Vitória pela derrota.
- A derrota é resultado da primeira etapa que fizemos. Não tivemos um bom desempenho. O Criciúma fez o gol e passou o segundo tempo todo defendendo. Tentamos até o final. Infelizmente não deu - afirmou.
Com o resultado, o Criciúma chega aos 20 pontos e se distancia um pouco da briga contra o rebaixamento. Já o Vitória, amarga uma sequência negativa de três derrotas seguidas, incluindo a partida contra o Coritiba, pela Copa Sul-Americana, realizada na última quarta-feira. A equipe treinada por Caio Junior estacionou nos 22 pontos e a briga pelo G-4, que até pouco tempo era tratada com naturalidade dentro da Toca do Leão, cada vez mais se transforma em um sonho distante.
Elizeu vitória e Marcel Criciúma Brasileirão (Foto: Eduardo Martins / Agência Estado)O Criciúma venceu a primeira longe de Santa Catarina (Foto: Eduardo Martins / Agência Estado)
O Vitória volta a campo na próxima quarta-feira, às 19h30m (horário de Brasília), quando encara um clássico de rubro-negros com o Flamengo, no Maracanã. O Criciúma, por sua vez, enfrentará o São Paulo, na quinta-feira, às 21h, no Morumbi. Os dois confrontos são válidos pela 18ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro 2013.
Estreias apagadas e pênalti
A expectativa da torcida do Vitória pelos estreantes era grande. As arquibancadas do Barradão firacaram coloridas de vermelho e preto com 10.629 pessoas acompanhando de perto a primeira partida de Juan e Alemão com a camisa rubro-negra, além de Ayrton, que ainda não havia atuado pelo time baiano em Salvador. E foi dos pés do camisa 2 que saiu a primeira jogada de perigo do jogo. O lateral aproveitou uma falta sofrida por Vander na entrada da área, chutou com muito veneno e tirou tinta da trave esquerda do gol defendido por Galatto.
O ímpeto do Vitória, no entanto, parou por aí. Após o bom início, o Rubro-Negro se perdeu na partida, a medida que o Criciúma subia de produção. O Tigre até demorou um pouco para fchegar com perigo ao ataque. Mas quando conseguiu, não poupou a equipe baiana. Após contra-ataque em velocidade, Marcel driblou Victor Ramos e foi puxado pelo zagueiro dentro da área. Pênalti assinalado pelo árbitro cearense Francisco de Assis Almeida Filho e convertido pelo próprio atacante da equipe catarinense, que chutou forte, no canto direito, sem chance de defesa para Wilson.
Atrás no placar, o vitória acusou o golpe. Nervoso, o time treinado por Caio Junior passou a errar tudo o que tentava. O Rubro-Negro sequer conseguia sair do campo de defesa com a bola dominada, o que facilitou o trabalho do Criciúma. Sem pressa, o time de Santa Catarina apertou a marcação e apenas controlou a vantagem no marcador até o intervalo.
Estreia e muita emoção
Com o Vitória sem conseguir chegar ao ataque, Caio Junior decidiu mudar. O volante Elizeu, vaiado pela torcida durante todo o primeiro tempo, deixou o campo de jogo ainda no intervalo substituído por Dinei. A alteração surtiu efeito. O Rubro-Negro passou a incomodar mais a meta defendida por Galatto, principalmente com Alemão, que quase empatou a partida com um chutaço de fora da área. A bola bateu pelo lado de fora da rede e iludiu muitos torcedores no Barradão.
Para frear o time do Vitória, o Criciúma passou a fazer várias faltas. Algumas perto da área. O lateral Ayrton e o zagueiro Fabrício, no entanto, desperdiçaram as cobranças. Apesar de recuado, o Tigre também conseguiu levar perigo ao gol de Wilson. Em mais uma jogada de contra-ataque, Marcel recebeu cruzamento, finalizou de cabeça e obrigou o goleiro rubro-negro a fazer bela defesa.
Com o passar do tempo, o time baiano tratou de impor uma blitz sobre a defesa catarinense. Maxi Biancucchi, Marquinhos, Alemão, Dinei, a cada lance de ataque, um novo atacante tentava concluir em direção ao gol. Quase um expectador no primeiro tempo, o goleiro Galatto se transformou em um dos principais nomes da partida, com várias defesas importantes. Já nos minutos finais, Marquinhos carimbou a trave do Tigre. O atacante aproveitou uma bola afastada pela defesa e acertou um lindo chute de fora da área. A bola acertou a trave e, na sobra, Ayrton mandou para longe. No fim, prevaleceu a solidez defensiva do Criciúma, que segurou o resultado e garantiu os primeiros três pontos fora de casa no Brasileiro.
 

Brasileiras brigam até o fim, mas ouro é do Japão na disputa por equipes

Japonesas ganham três das cinco lutas e conquistam o título

Por Rio de Janeiro
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As meninas da seleção brasileira de judô lutaram até o fim. A medalha de ouro do Mundial por equipes só foi decidida no último combate da decisão contra o Japão. E foi por uma diferença mínima, de um shido, que Maria Suelen Altheman perdeu para Megumi Tachimoto e viu as rivais fecharem a série melhor de cinco em 3 a 2 para ficarem com o título no Rio de Janeiro. As medalhas de bronze ficaram com França e Cuba. As japonesas, campeãs por equipes no Mundial de Salvador, ano passado, agora são tetracampeãs mundiais (2002, 2008, 1012 e 2013).
- Era muita vontade de vencer. No último mundial fomos bronze, agora chegamos com vontade de levar o ouro, mas não veio. Mas estamos no topo, entre as melhores. Estou muito orgulhosa da equipe e vamos buscar o ouro da próxima vez. A Suelen tinha dificuldade de lutar com a japonesa, não abaixamos a cabeça. Todos que estão ali deram o máximo. Suelen competiu no sábado, está um pouco cansada, mas todos deram o que tinham. Nossa equipe é muito forte, e teremos muitas alegrias pela frente - disse Rafaela Silva.
A prata por equipes confirma também a grande campanha das mulheres brasileiras neste mundial. No individual feminino, o Brasil ficou com o título geral do torneio: um ouro, duas pratas e dois bronzes, resultado amplamente superior ao masculino, com apenas uma prata e a nona colocação geral. No masculino por equipes, sob os olhares dos medalhistas olímpicos Tiago Camilo e Leandro Guilheiro, ambos fora do Mundial por conta de problemas médicos, a seleção foi eliminada logo de cara. A Alemanha fez 3 a 2, de virada, e avançou para terminar o dia com o bronze.
Mundial de judô equipe feminina do Brasil prata (Foto: Marcio Rodrigues / MPIX / Fotocom.net)Equipe feminina do Brasil conquista a prata no Mundial (Foto: Marcio Rodrigues / MPIX / Fotocom.net)
Estreia: alemãs levam passeio
A campanha até o pódio teve a Alemanha como primeira rival. Érika Miranda abriu o duelo vencendo Mareen Kraeh por wazari após dominar o combate. Em seguida, a campeã mundial no peso até 57kg Rafaela Silva bateu por um yuko Miryan Roper. A Alemanha venceu com Martyna Trajdos levando a melhor sobre Ketleyn Quadros, que lutou no peso de cima, por imobilização, mas Maria Portela bateu por ippon Laura Vargas Koch e fez 3 a 1. Maria Suelen ainda marcou o 4 a 1 ao vencer por yuko Jasmin  Kuelbs (veja no vídeo ao lado).
Quartas: francesas vendem derrota caro
 Nas quartas de final, o Brasil pegou uma das melhores escolas do judô atual. Teve pela frente a França e só conseguiu avançar para as semifinais na última luta, com Maria Suelen Altheman. No primeiro duelo, Eleudis Valentim venceu por wazari Lucile Duport. Na segunda luta, Rafaela Silva passou por cima de Helene Receveaux com um ippon (veja ao lado). Mas a França não se entregou.
Mariana Silva foi derrotada por Clarisse Agbegnenou por ippon, e na quarta luta Gevrise Emane venceu Maria Portela por um shido. Tudo igual: 2 a 2. Maria Suelen Altheman então pegou a poderosa Lucie Louette, e com dois minutos de luta conseguiu o que seria um ippon. Chegou a comemorar, mas a arbitragem voltou atrás e marcou um wazari. A francesa não desistiu, e teve um yuko a seu favor, deixando a luta emocionante até o último segundo.

Semifinal: Mayra decide contra sul coreana
Na semifinal, o Brasil começou perdendo. Na frente por uma punição, Érika Miranda perdeu por yuko diante da coreana Da Sol Park quando faltavam apenas dois segundos para o fim. Mas o time não se abateu. Rafaela Silva empatou a disputa. Contra Jan-Di Kim, a campeã do mundo venceu por um wazari e igualou tudo. A terceira a lutar foi Mariana Silva. Ela pegou Da-Woon Joung, mas apesar de equilibrar o duelo, perdeu por wazari: 2 a 1.
Raçuda, Maria Portela tinha uma grande responsabilidade pela frente. Precisava vencer Seongyeon Kim para o Brasil continuar na briga. E o fez. No "golden score", aos 36 segundos, a sul coreana levou um shido e o duelo ficou em 2 a 2. Na última luta, Mayra Aguiar, que substituiu Maria Suelen Altheman nesse combate, venceu Jung Eun Lee, mesmo lutando uma categoria acima da sua. Depois de vencer, Mayra bateu no peito e avisou que no Brasil não seria derrotado pelas coreanas (veja no vídeo acima).
Final: japonesas vencem por 3 a 2 no último duelo
suele
 Érika Miranda abriu a final sob forte apoio das arquibancadas. A brasileira, porém, durou apenas um minuto e meio nas mãos da japonesa Yuki Hashimoto, sendo imobilizada e perdendo por ippon. Com 100% de aproveitamento no Mundial de judô e vivendo um momento mágico que lhe rendeu o título de campeã mundial, Rafaela Silva bateu Anzu Yamamoto por wazari e empatou tudo.
No duelo de 63kg, Katherine Campos foi imobilizada por Kana Abe e perdeu por ippon, com o Japão abrindo 2 a 1. Mas Maria Portela entrou no tatame e com muita vontade, venceu Haruka Tachimoto por uma punição e levou a batalha para o último duelo, entre Maria Suelen e Megumi Tachimoto. Faltando pouco menos de dois minutos para o fim do duelo, Suelen levou uma punição e a japonesa ficou na frente. A brasileira ainda tentou reverter, mas não conseguiu (veja os melhores momentos no vídeo acima).
Classificação final do feminino por equipes:
1º Japão
2º Brasil
3º França e Cuba
Classificação final do masculino por equipes:
1º Geórgia
2º Rússia
3º Alemanha e Japão

Com 'hat-trick' de Messi e assistência de Neymar, Barça vence o Valencia

Brasileiro tem boa atuação em noite do argentino no Estádio Mestalla.
Time catalão lidera o Campeonato Espanhol, devido ao bom saldo de gols

Por Valência, Espanha
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Ainda não foi desta vez que Neymar teve uma atuação de gala com a camisa do Barcelona, daquelas que os brasileiros se acostumaram a acompanhar em solo nacional. Mesmo assim, o atacante foi titular e teve boa atuação na movimentada vitória do time catalão por 3 a 2 sobre o Valencia, no Estádio Mestalla. Com uma assistência, o camisa 11 ajudou Messi – autor de três gols – a brilhar. Além do “hat-trick”, o argentino foi o responsável pelas melhores jogadas da partida. O português Hélder Postiga descontou duas vezes para a equipe da casa. Todos os gols da partida aconteceram na primeira etapa.
Além da assistência do brasileiro, foi possível notar um maior entrosamento entre a dupla Neymar/Messi. Os dois arriscaram várias jogadas juntos e deram a impressão de que, aos poucos, podem formar a dupla de ataque mais temida do mundo.
Com a vitória, o Barcelona lidera o Campeonato Espanhol, ao lado de Atlético de Madrid, Villareal e Real Madrid. Todos, com nove pontos e 100% de aproveitamento em três rodadas. O time catalão, no entanto, tem o melhor saldo de gols.
Lionel messi barcelona gol valencia (Foto: Agência AP)Lionel Messi marcou três gols na vitória sobre o Valencia (Foto: Agência AP)
Com a pausa para os jogos das seleções nacionais, o Barcelona só volta a campo no dia 14 de setembro, quando recebe o Sevilla, no Camp Nou. No mesmo dia, o Valencia encara o Béstis, fora de casa.
"Hat-Trick" de Messi
Parecia fácil para o Barcelona. Em um primeiro tempo muito movimentado e praticamente todo dominado pelo time catalão, o Valencia ressuscitou nos minutos finais da primeira etapa e deu vida nova à partida.
Lionel messi barcelona gol valencia (Foto: Agência Reuters)Messi (Foto: Agência Reuters)
Como de costume, o Barcelona tomou a iniciativa do jogo. Com muita movimentação e troca de passes no campo de ataque, o time de Tata Martino não encontrava dificuldades para chegar ao gol do brasileiro Diego Alves. Neymar teve a primeira oportunidade, mas escorregou ao tentar um drible a mais dentro da área. Em seguida, o brasileiro balançou a rede, mas a arbitragem assinalou impedimento, em lance polêmico.

Se Neymar não estava com sorte, foi a vez de Messi arriscar. Aos 10, o argentino foi lançado por Fábregas, driblou Diego Alves e fez 1 a 0. Mesmo em vantagem, o Barcelona seguiu dominando o jogo. Neymar arriscava boas jogadas, mas era parado, muitas vezes, com falta. Enquanto isso, o Valencia, tímido em campo, pouco se lançava ao ataque.

Aos 38, Messi ampliou. Rami saiu jogando errado e foi desarmado por Busquets. Fábregas ficou com a bola e deixou o argentino na cara de Diego Alves. Foi fatal: 2 a 0.
Dois minutos depois, a vitória começou a ficar com cara de goleada. Neymar recebeu na esquerda, pedalou pra cima do marcador, invadiu a área e achou Messi livre para marcar seu terceiro no jogo: 3 a 0.
Valencia reage com Postiga

Mesmo abatido em campo, o Valencia diminuiu com uma pintura. João Pereira cruzou da direta, e Postiga acertou um lindo voleio. O golaço encheu o time da casa de moral, e o Valencia ainda voltou a marcar na primeira etapa, novamente com Postiga, de cabeça, após cobrança de escanteio, aos 47.
Lionel messi barcelona gol valencia (Foto: Agência Reuters)Após três rodadas, Barcelona lidera o Campeonato Espanhol (Foto: Agência Reuters)
Se o primeiro tempo foi espetacular, o segundo não deixou a desejar, apesar da falta de gols. O Barcelona continuou melhor em campo e criou as melhores chances. Mesmo assim, ora por falta de capricho, ora pela boa atuação de Diego Alves, não conseguiu ampliar o confronto. Neymar, por sua vez, continuou participativo e ficou em campo durante quase todo o jogo, já que foi substituído aos 45 minutos do segundo tempo. Ele apareceu em algumas boas jogadas pela esquerda e buscou constantemente trabalhar com Messi, ainda que o entrosamento entre a dupla ainda não seja o ideal.
Nem liderança, nem alívio: Botafogo e São Paulo ficam no zero no Maraca
Cariocas perdem posições na tabela para Grêmio e Atlético-PR e estão em quarto lugar. Paulistas descem um degrau e estão em penúltimo
 
DESTAQUES DO JOGO
  • malandragem
    Ceni
    O goleiro segurava uma bola quando o Bota bateu rápido uma falta e ia em direção à área. Ceni a arremessou e obrigou o juiz a parar a jogada.
  • a decepção
    Elias
    O atacante teve pouca participação: apenas 11 passes (nove certos) e uma conclusão. Foi substituído por Alex já no fim da partida.
  • mudança
    segundo tempo
    O jogo foi morno no primeiro tempo, com o Bota se expondo pouco. No segundo, o time saiu e pressionou, mas permitiu que o São Paulo contra-atacasse.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Um jogo sem sal e de resultado nada saboroso para Botafogo e São Paulo no Maracanã. Após 90 minutos divididos em uma metade monótona e a outra de muita correria e pouca inspiração, cariocas e paulistas não saíram do 0 a 0 em duelo válido pela 17ª rodada do Brasileirão. Com isso, o Glorioso, que sonhava voltar à liderança, perdeu posições na tabela de classificação para Grêmio e Atlético-PR e caiu para o quarto lugar, com 30 pontos. O Tricolor prolonga por mais uma rodada sua agonia na zona de rebaixamento. Perdeu uma posição e está em penúltimo, com 15 pontos.
Mais incisivo, o Botafogo esteve mais perto do triunfo, mas um chute de Seedorf no travessão foi o momento mais empolgante para o torcedor. Na próxima quinta, o compromisso é novamente no Maracanã, diante do Coritiba, às 19h30m (de Brasília).
- A gente sabe que está apertado este campeonato. É sempre bom fazer a leitura quando empatamos. Principalmente no segundo tempo, apertamos o São Paulo, comandamos, mas não fizemos gol. Mas sabemos que todos vão deixar pontos. O campeonato é longo. Se jogarmos dessa maneira, vamos voltar a levar três pontos - avaliou Seedorf.
O São Paulo, que tentava a segunda vitória consecutiva, encara o último colocado Náutico na terça-feira, às 21h, na Arena Pernambuco, em jogo atrasado da décima rodada. Na quinta, volta a entrar em campo para receber o Criciúma. Rogério Ceni comentou o acúmulo de jogos nos próximos dias em decorrência da excursão ao exterior.
- Fizemos uma loucura na exposição física que tivemos ao jogar três partidas em quatro dias lá fora. Se a CBF não ajuda a gente com a tabela, também não ajudamos. A CBF não parece preocupada com os clubes, mas temos nossa parcela de culpa.
O público no Maracanã foi de 23.585 pagantes (28.591 presentes), o maior do Botafogo como mandante neste Brasileirão, superando por pouco o jogo contra o Goiás, no Mané Garrincha (23.322).
Lance do jogo entre são paulo e botafogo brasileirão (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)Bolívar estica a perna para impedir o avanço de Ganso (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)
Equilíbrio e pouca emoção
O Botafogo teve maior posse de bola, e o São Paulo, maior iniciativa. Mas ninguém conseguiu dar muita emoção nos 45 minutos iniciais no Maracanã. Com o calor do Rio de Janeiro, a etapa foi levada em ritmo lento e praticamente sem trabalho para os goleiros Renan e Rogério Ceni. Mesmo com 60% de posse de bola, o Glorioso permaneceu pouco no campo de ataque e, ainda assim, criou as melhores chances, ambas com Seedorf. Primeiro, o holandês cobrou escanteio com veneno para defesa de Ceni no susto. Já no minuto final, tentou um drible a mais na entrada da área e foi desarmado por Antonio Carlos.
O São Paulo, por sua vez, sofreu com a fragilidade de seu ataque. Bem postado, trocava passes no campo ofensivo, mas criava pouco. Com o Botafogo organizado defensivamente, Ganso não encontrava espaço para armação e não contava com a colaboração de Osvaldo e Lucas Evangelista. Antonio Carlos, recém-chegado do próprio Botafogo, foi quem desperdiçou a melhor chance, logo aos seis minutos. Após cruzamento da esquerda, errou chute com a esquerda e furou também com a perna direita, na sobra de bate e rebate.
Botafogo pressiona, São Paulo melhora, mas...
Na volta para o segundo, o Botafogo se mostrou mais disposto a conquistar a vitória que o deixaria - ao menos até o jogo do Cruzeiro - na liderança do Brasileirão. Explorando bem o lado esquerdo de ataque, a equipe da casa pressionou o São Paulo, apertou a saída de bola e chegou a acertar o travessão em lindo chute de Seedorf. A disposição ofensiva dos alvinegros foi boa também para os paulistas, que tiveram espaços para explorar os contra-ataques e colocaram Osvaldo e Lucas Evangelista na partida. Na base da velocidade, a dupla dava trabalho, mas pecava nas finalizações.
Cada vez mais no ataque, o Botafogo pressionava e levava perigo. Renato e Lodeiro quase marcaram, mas viram a bola passar perto da trave direita de Rogério Ceni. Acuado, o São Paulo tentou ganhar força ofensiva com a entrada do veloz Negueba. Não deu certo. A defesa paulista, por outro lado, foi eficiente e segurou o resultado que não foi bom para ninguém.