domingo, 2 de março de 2014

Rivais no UFC 173, Lyoto Machida e Chris Weidman tiram foto amistosa nos EUA


dom, 02/03/14
por ultimmato |
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Anunciados como rivais no UFC 173, após a saída de Vitor Belfort da luta que valeria o cinturão dos médios do UFC, o campeão Chris Weidman e o agora desafiante Lyoto Machida mostraram “fair play” e tiraram uma foto juntos. O registro foi postado na conta do Instagram do lutador brasileiro nesta madrugada, quando ambos se encontraram na tradicional feira de esportes do ator Arnold Schwarzenegger, na Califórnia.
- Olha quem eu encontrei na feira do Arnold!! – escreveu Machida.

Phil Davis provoca Jon Jones: 'Só quer enfrentar o lado fraco da divisão'

Frustrado por não ser considerado entre potenciais desafiantes ao cinturão, americano abre a boca e reclama de 'falta de sentido' para escolha de Glover

Por Los Angeles
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Frustrado por não ser mencionado entre os potenciais desafiantes ao cinturão dos pesos-meio-pesados, Phil Davis decidiu abrir a boca. O lutador americano, que venceu suas últimas três lutas - todas contra brasileiros -, decidiu questionar a "valentia" do campeão Jon Jones e disse que ele não quer enfrentar os lutadores mais perigosos da categoria. Apesar de "Bones" já ter batido cinco ex-campeões da divisão durante seu reinado, Davis ficou desconfiado após seu compatriota rejeitar uma revanche imediata contra seu último desafiante, Alexander Gustafsson, em favor de um combate contra Glover Teixeira.
- Ele quer mais do lado fraco da divisão. A maioria das pessoas ia querer a revanche. Mas ele disse, "Esqueçam isso, esqueça você". Acho isso interessante. Muito interessante - questionou o "Sr. Maravilhoso" em entrevista ao site "MMA Fighting".
UFC Lyoto Machida x Phil Davis (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Phil Davis derrotou Lyoto no Rio, mas não recebeu chance de título (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Davis admitiu que o mineiro Glover Teixeira, invicto desde 2005 com 20 vitórias consecutivas, é um adversário duro. Sua reclamação vem do fato que ele derrotou Lyoto Machida, então considerado o desafiante número 1 da divisão, em sua última luta, e mesmo assim perdeu a oportunidade de desafiar Jones para Glover, cuja vítima melhor rankeada foi Ryan Bader, 10º na classificação da categoria. Além disso, muito se fala em Daniel Cormier, que recentemente desceu dos pesos-pesados para os meio-pesados, como o próximo da fila.
- Pode ser qualquer combinação de coisas que te dá uma chance de título. Aparentemente, enfrentar Roy Nelson e depois Pat Cummins te dá uma chance de título. Talvez não vencer ninguém no top 10 como o Glover fez te dá uma chance de título. Não faz muito sentido. Então, derrotar o desafiante número 1 não te dá uma chance de título. Neste ponto, eu não me importo de verdade. Acho que estou entre os melhores do mundo e vou continuar enfrentando quem quer que eles coloquem no cage - reclamou Davis.
Para reforçar seu caso, Davis lembrou que lutadores que ele derrotou se saíram bem pouco depois e alguns, como Gustafsson e Lyoto, já conseguiram lutas pelo título depois de serem derrotados por ele, enquanto ele próprio nunca disputou o cinturão. Sua única derrota em 14 lutas foi para Rashad Evans, em janeiro de 2012.
- Alex, Machida, Minotouro, Brian Stann, Tim Boetsch, todos esses caras, eles se saíram bem depois. Sou o "amuleto da sorte" deles, ou algo assim.
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O próximo desafio de Davis é o compatriota Anthony Johnson, que faz seu retorno ao UFC após seis vitórias seguidas em outros eventos. O "Sr. Maravilhoso" admitiu que Johnson não era sua primeira opção, mas aceitou porque os grandes nomes da divisão - Glover, Gustafsson, Cormier, Evans - já estavam ocupados. O combate acontece no UFC 172, em 26 de maio, em Baltimore, EUA, mesmo evento que terá Jones x Teixeira. Sua esperança é que, se um dos dois se lesionar, ele será lembrado para substituí-lo.
- Espero que (Jones) ainda esteja lá. Senão, eu enfrento o Glover pelo título interino - afirmou Davis.

Oferta do Bellator a Melendez forçou UFC a incluí-lo no TUF, diz Rebney

CEO do Bellator conta que contrato com peso-leve incluía oportunidades na televisão e participação na venda de pacotes de pay per view

Por Connecticut, EUA
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Rampage Jackson e do presidente do Bellator, Bjorn Rebney (Foto: Reprodução / Twitter)Bjorn Rebney, CEO do Bellator, com Rampage
Jackson (Foto: Reprodução / Twitter)
O peso-leve Gilbert Melendez recentemente teve seu contrato com o UFC renovado, e foi anunciado como próximo desafiante ao cinturão da categoria e como um dos treinadores da 20ª temporada do reality show The Ultimate Fighter, contra o atual campeão da companhia, Anthony Pettis. O acordo lucrativo não foi coincidência, na opinião de Bjorn Rebney, CEO da franquia rival Bellator, que chegou a assinar um contrato com Melendez na semana passada, cujos termos foram igualados pelo Ultimate - o lutador tinha passe livre, mas seu último empregador tinha o direito de mantê-lo desde que igualasse qualquer proposta feita a ele.
Segundo Rebney, o UFC teve de oferecer a vaga no TUF a Melendez porque o contrato do Bellator incluía múltiplas oportunidades na TV e percentuais de vendas de pacotes de pay per view.
- Sendo parte da família Viacom e tendo a Spike TV como parceiro legítimo, nós podemos oferecer coisas aos lutadores como fizemos com Rampage em termos de coisas de TV e reality shows. Nós oferecemos algumas dessas coisas ao Gil. Não havia jeito de eles igualarem o acordo sem dar ao Gil oportunidades na frente da câmera e enorme participação em pay per view. Até onde sei, ele vai ter a melhor participação em pay per view no UFC agora, o que é ótimo para o Gil - ele é um cara bom, um cara muito divertido de se ver lutar, e ele é um dos caras legais do mercado. Eu preferiria que ele lutasse aqui, mas ele vai ter segurança financeira para sua família - disse Rebney.
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Foi mais uma ocasião em que UFC e Bellator disputaram um lutador com passe livre restrito. No ano passado, foi o Ultimate que contratou o atual campeão peso-leve do adversário, Eddie Alvarez, mas teve sua oferta igualada pelo Bellator. Para Rebney, as duas companhias ainda baterão de frente mais vezes, e isso vai beneficiar os lutadores.
- Acho que isso é um indicativo de como o sistema deveria funcionar. O UFC tinha direitos de igualar. E você negocia esses direitos no começo, quando você contrata um cara como Gil, ou um lutador superastro. A ideia é, se você apoia aquele lutador e o constroi por anos, você deveria pelo menos poder dar o equivalente ao que alguém o ofereceu e ser capaz de reter seus serviços, porque você ajudou a desenvolvê-lo, e o lutador ajudou a desenvolver sua organização. Nós vamos conseguir alguns desses caras, e vamos perder outros. Se ajudou o esporte em termos de dar a lutadores como Gil participações maiores nos lucros, que eles merecem, acho que é uma coisa boa - afirmou o dirigente.

Após invasão ao futebol brasileiro, gringos chegam às divisões de base

Com economia forte e novas regras, clubes como Flu, São Paulo, Grêmio e Bota buscam jogadores estrangeiros para o profissional e para as categorias inferiores

Por Rio de Janeiro
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A cada ano o futebol brasileiro fica mais multinacional. Os clubes do país têm buscado cada vez mais reforços no exterior, e agora a busca não se limita a argentinos, paraguaios, chilenos e uruguaios capazes de reforçar os elencos profissionais. Jovens estrangeiros de países como Itália, Hungria, África do Sul e China já fazem parte das divisões de base brasileiras. fluxo que começou em 2012 e que não para de aumentar. (clique no vídeo e confira a reportagem)  
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economia forte atrai profissionais

arte invasão de estrangeiros (Foto: Reprodução TV Globo)arte invasão de estrangeiros (Foto: Reprodução TV Globo)
Números de janeiro deste ano mostram que 42 estrangeiros jogam atualmente no Brasil. Um aumento significativo em relação a 2012 (15 gringos) e  2013 (39 atletas de outras nacionalidades). O Brasil, que é de longe a economia mais forte da América do Sul, agora tem um motivo a mais para atrair os estrangeiros. A legislação da CBF passou a permitir a escalação de cinco estrangeiros em vez dos três da antiga regra.
O argentino Roberto Miguel, radicado há 20 anos no Rio de Janeiro, trabalha desde 2004 como empresário de jogadores e foi o responsável pela primeira vinda de Dario Conca ao país em 2007. Ele conta que tem sido bastante procurado por jogadores estrangeiros que querem vir jogar no Brasil.
- E a tendência é cada vez aumentar mais. Muitos me ligam: "Me arruma time no Brasil, me arruma time no Brasil". Hoje o Brasil está pagando duas, três, quatro vezes mais que o mercado argentino. Um salário de um jogador top na Argentina, de nível de seleção, ídolo do seu clube, é de 500 mil dólares por ano, ou seja entre 40 e 50 mil dólares mensais (cerca de 125 mil reais) – explicou o empresário.
O volante argentino Guiñazu, do Vasco, referenda esse pensamento:
- Para um jogador que está em outro país sul-americano, sair para o Brasil... já não sei se é até melhor do que sair para a Europa, economicamente falando.
Vice-campeão da Libertadores, o clube paraguaio Olimpia foi vítima dessa voracidade. Quase a metade da equipe veio jogar no Brasil. O goleiro Martín Silva e o volante Aranda foram para o Vasco; o atacante Ferreyra tornou-se o camisa 9 do Botafogo; o volante Pitoni acertou com o Bahia; e o zagueiro Meza parou no Sport Recife. Sem contar a volta de Conca ao Fluminense, a chegada do uruguaio Álvaro Pereira ao São Paulo, e os reforços do Flamengo, o equatoriano Erazo e o argentino Lucas Mugni.
- Por sorte fizemos uma boa campanha na Libertadores, e creio que isso ajudou a vir jogar no Brasil... vários jogadores que estavam no Olimpia estão jogando no Brasil agora – lembrou o zagueiro Meza.
O goleiro uruguaio Martin Silva ressalta o alto nível de disputa no Brasil.
 - Eu acho que é bom. Estamos buscando o mercado mais competitivo da América do Sul – afirmou o arqueiro.
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estrangeiros nas divisões de base

Mas a busca por estrangeiros não se limita aos profissionais. Os clubes brasileiros contratam jogadores já para a base, e o olhar vai além do mercado sul-americano. Há quem aposte até em garotos europeus. É o caso do Fluminense, que tem treinando no calor de Xérem três jogadores estrangeiros. O goleiro húngaro Daniel Kovcs, o meia uruguaio Bryan Oliveira e o lateral italiano Mirko Di Piero buscam seu espaço na equipe sub-20 tricolor. Fernando Simone, gerente geral das divisões de base do Flu, explica a estratégia.
 - Estão aparecendo algumas oportunidades de jogadores de fora do Brasil. Para a gente é interessante e mais barato ainda na divisão de base.
O italiano Mirko Di Piero (Foto: Reprodução TV Globo)O italiano Mirko Di Piero (Foto: Reprodução TV Globo)

Di Piero tem 18 anos e está há quatro meses no Fluminense. Satisfeito com sua vida no Rio, ele precisa driblar o calor escaldante do Brasil.
 - Na Itália agora tem neve, cinco graus, muito frio. Aqui 40 graus, 39 graus, muito calor, muito quente – conta o italiano.
O apoiador uruguaio Bryan Oliveira, com 19 anos, veio ao Brasil pensando em seu estilo de jogo.
 - Futebol brasileiro para o meu jogo é ideal. Pensei numa boa oportunidade pra minha carreira – afirmou o uruguaio.
O Grêmio foi buscar o zagueiro argentino Robertino Canavésio, de 20 anos e 1,88 de altura.
 - Meu sonho agora é jogar no profissional do Grêmio e ajudar o time para o que seja. E também devolver tudo que eles apostaram em mim – afirmou o defensor natural de Pergamino.
O coordenador das categorias de base gremistas, Júnior Chávare, afirma que Canavésio tem um estilo de jogo similar a Edinho, que também brilhou no Grêmio, e acredita que o projeto vai crescer ainda mais.
 - Temos hoje a equipe sub 19, que é basicamente sub 18, é uma das categorias em que a gente acredita poder fazer um investimento mais fortemente daqui pra frente. Nós temos assistentes sociais, pedagogos e psicólogos que fazem a essa transição da chegada do atleta aqui ao Brasil, faz toda essa integração com a equipe – afirmou Chávare.
Sul-Africano Tyrone das divisões de base do São Paulo (Foto: Reprodução TV Globo)Sul-Africano Tyrone das divisões de base do São Paulo (Foto: Reprodução TV Globo)

O São Paulo investe no sul-africano Tyrone Joe Sandows. Nascido em Joanesburgo, Tyrone  está desde os 11 anos no Brasil. Hoje, aos 19, já fala português fluentemente. Com habilidade e bom controle de bola, o meia-atacante canhoto conquistou de vez a confiança dos dirigentes. Apesar de ser uma das promessas do clube, não vê o futuro apenas no futebol e, em meio a treinos e jogos, cursa faculdade de educação física.
 - O dia a dia é bem puxado, com treino de manhã, de tarde e à noite, às vezes vou para a faculdade. Prefiro pensar ser jogador de futebol ainda e conquistar o Brasil – afirmou Tyrone.
O Botafogo tem um reforço que vem do outro lado do mundo. É o chinês Tang Shi, que acabou de chegar para o time sub-20 e já arrisca até o hino alvinegro. Seja argentino, italiano, húngaro, sul-africano, todos sonham trilhar o sucesso de outros estrangeiros no futebol brasileiro como os argentinos Conca e Tevez, que foram eleitos os craques do Brasileirão.