quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Graças a Elano, Santos arranca empate com a Ponte Preta

Cheio de desfalques, time santista esteve irreconhecível, mas o camisa 8 jogou por todos. Macaca foi bem melhor, mas segue sem vencer em casa

por GLOBOESPORTE.COM
Parecia que tudo daria errado para o Santos. Muitos desfalques, uma escalação confusa, vários jogadores fora de posição sem saber direito o que fazer. Para completar, o time ainda passou a maior parte do segundo tempo com um a menos, pois o goleiro Rafael foi expulso aos nove minutos. Só que o Peixe tem Elano, que jogou por todos e aliviou as coisas para o Alvinegro, com um gol e uma bela assistência. Com isso, apesar de a Ponte Preta ter jogado melhor, o time da Vila Belmiro conseguiu arrancar um empate em Campinas, nesta quarta-feira à noite: 2 a 2. Maikon marcou o segundo gol santista e segue dividindo a ponta da tabela de goleadores do estadual com Elano, ambos com seis tentos.
Com o resultado, o Peixe foi a 14 pontos e continua invicto (quatro vitórias e dois empates). Se o Palmeiras não vencer o Mirassol nesta quarta, o Alvinegro Praiano seguirá na liderança da competição. Já a Ponte Preta, que ainda não conseguiu  vencer em casa no estadual, tem oito pontos. Está na sétima posição.
Elano Santos x Ponte PretaElano foi fundamental para que o Santos não perdesse sua invencibilidade  (Foto: Ag. Estado)
Com Elano, não tem confusão
O Santos entrou em campo com uma escalação bastante modificada. Além dos desfalques já conhecidos (Jonathan, Ganso e Arouca, machucados; Neymar, Alan Patrick, Danilo e Alex Sandro, servindo à Seleção Brasileira sub-20), o técnico Adilson Batista resolveu poupar o lateral-esquerdo Léo, o volante Adriano e o zagueiro Edu Dracena, que se queixaram de dores antes da partida. Com isso, escalou um time cheio de improvisações. Era tanto jogador fora de  posição que o Peixe esteve totalmente confuso em campo. Deu a impressão que nem os atletas escalados entenderam direito o que deveriam fazer.

A Ponte Preta, que não tinha nada com isso, ganhou o meio de campo. Aliás, o time dirigido por Gilson Kleina também estava cheio de desfalques: sete ao todo. A ordem de Adilson Batista era bloquear o meia Renatinho, principal articulador de jogadas da Macaca. O problema é que seus comandados não souberam o que fazer quando os volantes da equipe de Campinas saíram para o jogo. Mancuso e Gil dominaram o espaço e se aproveitaram da grande confusão em que se transformou o time santista. O zagueiro Bruno Aguiar começou na lateral-direita. Passou à esquerda, depois para o meio. Anderson Carvalho, que é volante e iniciou a partida em sua posição, foi deslocado para a esquerda. Pará corria de um lado para o outro sem saber a quem marcar.

O gol da Ponte era apenas uma questão de tempo. Aos 23, Mancuso recebeu livre pela direita. Não havia ninguém posicionado na lateral esquerda do Santos. O volante teve tempo para caprichar no cruzamento e achou Rômulo livre na área. O atacante só escorou de cabeça. Foi o primeiro gol da Macaca em seu estádio neste Paulistão. O Peixe ficou ainda mais perdido com a desvantagem. Aos 27, Gil aproveitou-se de rebote da defesa e mandou uma bomba que raspou o travessão.

Adilson, à beira do campo, se esgoelava tentando dar um jeito no seu time. Foi aí que apareceu o craque. Elano recebeu a bola na meia esquerda, tentou a jogada individual e foi derrubado dentro da meia lua. Falta. O goleiro Bruno armou a barreira. Experiente, o meia do Peixe passou a reclamar com o juiz, dizendo que os adversários estavam muito próximos. Foi caminhando em direção à bola, devagar. Não deu pinta de que bateria a falta, pois ainda apontava para a barreira, discutindo com o juiz. De repente, com um leve toque, ele encobriu todo mundo e empatou a partida, aos 40 minutos.

Com um a menos, Peixe arranca empate.
O gol no fim do primeiro tempo não melhorou muito as coisas para o Santos. A Ponte Preta continuou em cima no segundo tempo, sufocando o Peixe, não deixando a equipe alvinegra sair de seu campo. Aos nove minutos, Rômulo recebeu cruzamento da direita, dentro da área, driblou Rafael e foi derrubado. O juiz marcou pênalti e ainda expulsou o goleiro santista. Aos 12, Renatinho bateu bem, sem chances para o Vladimir, que entrou para suprir a saída de Rafael (o volante Anderson Carvalho foi sacrificado).
A Ponte continuou dominando a posse de bola, encurralando o Santos, que seguia confuso. Gil acertou dois chutes da meia direita que passaram raspando a trave direita de Vladimir. Ao Peixe, restava se segurar para tentar explorar o contra-ataque. A sorte da equipe alvinegra é que Elano voltou ao Brasil tinindo. Aos 40, quando o Peixe era mais ameaçado, ele arrancou do meio para a esquerda, levando dois marcadores, e deu um lindo passe de calcanhar para Maikon Leite. O atacante invadiu a área em grande velocidade e tocou na saída do goleiro Bruno. Estava empatada a partida.
Próximos jogos
A Ponte Preta volta a jogar na próxima quarta-feira, às 19h30m, contra o Linense, em Campinas. Já o Santos, o sábado, pega o Santo André, às 19h30m, no Pacaembu.

PONTE PRETA 2 X 2 SANTOS
Bruno; Eduardo Arroz, Leandro Silva, Ferron e Uendel (Renan); Mancuso, Gil, Renatinho (Ricardinho), Válber e Gerson; Rômulo Rafael, Bruno Aguiar (Felipe Anderson), Bruno Rodrigo, Durval e Pará, Possebon, Anderson Carvalho (Vladimir), Elano e Robson; Maikon Leite e Keirrison (Tiago Alves)
Técnico: Gilson Kleina Técnico: Adilson Batista
Gols: Rômulo, aos 23, Elano, aos 40 minutos do primeiro tempo; Renatinho, aos 12, Maikon, aos 40 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Rodrigo Possebon, Elano (Santos), Valber, Eduardo Arroz, Renatinho (Ponte Preta)
Cartão vermelho: Rafael (Santos)
Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira. Auxiliares: David Botelho Barbosa eTatiane Sacilotti dos Santos Camargo. Assistentes adicionais: Vinicius Furlan e Thiago Silva Egidio

Botafogo empata com o Bangu e coloca liderança em risco

Goleiro Jefferson evita o pior, Alvinegro fica no 1 a 1 em Volta Redonda e pode ser ultrapassado pelo Fluminense nesta quinta-feira

por GLOBOESPORTE.COM
Com quatro alterações no time titular, o Botafogo também quebrou a rotina de vitórias. Numa partida em que foi pressionado durante a maior parte dos 90 minutos, o Alvinegro ficou no empate em 1 a 1 com o Bangu, nesta quarta-feira, em Volta Redonda, pela quinta rodada do Grupo B da Taça Guanabara. Loco Abreu, que ganhou a braçadeira de capitão na ausência de Marcelo Mattos, fez o gol da equipe, que, não fosse a grande atuação do goleiro Jefferson - que pegou um pênalti -, poderia sair de campo derrotada.
O Botafogo chegou aos 13 pontos, mas pode perder a liderança se o Fluminense vencer o Duque de Caxias, nesta quinta-feira. No entanto, no próximo domingo o Botafogo tem a chance de retomar a primeira posição enfrentando o Tricolor no Engenhão. Já o Bangu, que soma nove pontos, volta a campo no sábado, recebendo o Cabofriense.
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Não foi apenas na equipe titular que o Botafogo apresentou novidades. Regularizado na tarde desta quarta-feira, o meia Everton pela primeira vez compôs o banco de reservas. Em campo, Fahel, Alessandro, Márcio Azevedo e Arévalo buscavam estabilizar a defesa, mas o que se viu no primeiro tempo foi uma equipe ainda confusa em sua retaguarda. O Bangu chegava ao ataque com certa liberdade e conseguia criar algumas oportunidades.
Nos pés dos meias Ricardinho e Thiago Galhardo, além dos atacantes Leandro Costa e Pipico, o Bangu levava perigo ao Botafogo, que contou com a ótima forma de Jefferson para chegar ao intervalo sem ver sua rede balançar. O goleiro realizou quatro importantes defesas na etapa inicial e se mostrou descontente com o posicionamento da defesa.
Se defensivamente seguia instável, o Botafogo mostrava boa articulação no ataque. Protegida pelo estreante Arévalo, que mostrou vitalidade e boa movimentação, a equipe saía com rapidez para o ataque, mas foi da tradicional bola área que conseguiu abrir o placar no momento em que o Bangu equilibrava a partida. Após falta cobrada na área por Márcio Azevedo, o zagueiro Diego Padilha, que marcava Loco Abreu, deu um tapa na bola. O árbitro marcou pênalti cobrado com firmeza pelo atacante no canto direito de Thiago Leal, aos 25 minutos. Foi o quinto gol do uruguaio, que igualou Fred na artilharia do Campeonato Carioca.
Alessandro Botafogo x BanguNo dia em que completou 200 partidas pelo Botafogo, Alessandro teve dificuldade com o lateral-esquerdo Fabiano Silva, do Bangu (Foto: Ag. Estado)
As duas equipes retornaram para o segundo tempo com as mesmas formações. No entanto, o Bangu se mostrou um time ainda mais agressivo no ataque, empurrando o Botafogo para o seu campo defensivo. A equipe de Joel Santana não conseguia sair com a bola e criava poucas chances de gol.
Numa de suas investidas, o Bangu teve um pênalti marcado a seu favor, quando Fahel derrubou Fabiano Silva de forma infantil dentro da área. Pipico bateu aos 18 minutos, mas novamente Jefferson brilhou. O goleiro pulou para o lado direito e defendeu. Neste momento, o Botafogo já tinha Caio, que entrou no lugar de Renato Cajá.

Nem mesmo o susto foi capaz de acordar o Botafogo. A equipe continuou a ser pressionada pelo Bangu, que merecidamente chegou ao empate aos 32 minutos. Pipico recebeu frente a frente com Jefferson e chutou. O goleiro fez grande defesa, mas a bola sobrou limpa para o zagueiro Abílio apenas empurrar para fazer 1 a 1.
Até o fim do jogo o Bangu buscou o gol e continuou a pressionar o Botafogo. A equipe de Joel Santana não mostrava poder de articulação de jogadas e tentou o ataque na base do desespero. No entanto, nenhum dos dois times teve a competência para garantir a vitória.
BANGU 1 X 1 BOTAFOGO
Thiago Leal, China (Gedeilson), Diego Padilha, Abílio e Fabiano Silva; Joziel, André Barreto, Thiago Galhardo (Allan Possato) e Ricardinho; Pipico e Leandro Costa (Charles Chad). Jefferson, Fahel (Everton), Antônio Carlos e João Filipe; Alessandro, Arévalo, Somália, Renato Cajá (Caio) e Márcio Azevedo; Herrera (Alex) e Loco Abreu.
Técnico: Gabriel Vieira. Técnico: Joel Santana.
Gols: Loco Abreu, aos 25 minutos do primeiro tempo; Abílio, aos 32 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Joziel, Diego Padilha, Abílio (Bangu); Renato Cajá, Somália, Caio (Botafogo).
Estádio: Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ). Data: 02/02/2011. Árbitro: Rodrigo Nunes de Sá. Auxiliares: Rodrigo Pereira Jóia e Rodrigo Figueiredo Corrêa. Público: 5.635 presentes.

Gomes chega e dá a entender que conta com Carlos Alberto e Felipe

Técnico, que começará o trabalho de campo somente na sexta-feira, diz que volta dos jogadores vai depender também da diretoria

Por Fred Huber Rio de Janeiro
Ricardo Gomes VascoRicardo Gomes em sua apresentação como novo
treinador do Vasco da Gama (Foto: Fotocom)
Ciente de que terá uma grande missão pela frente, Ricardo Gomes foi apresentado na tarde desta quarta-feira, em São Januário, como novo técnico do Vasco. Além de agradecer pela aposta da diretoria, ele disse que vai conversar com os afastados, Felipe e Carlos Alberto, para depois tomar uma decisão junto com o presidente Roberto Dinamite da possível reintegração dos atletas.

- Quero agradecer a confiança para um cargo tão importante. Estou muito feliz com o convite. O trabalho será de muita qualidade porque o Vasco não conheceu nada diferente em sua história. O presidente vai conversar com estes jogadores para ver o lado institucional, depois também vou conversar para resolver a parte esportiva. Podem começar a treinar, mas reintegração total depende das conversas. Já trabalhei com os dois e sei que são talentosos. Nunca tive problema com eles. Não tenho conhecimento do que aconteceu e os motivos. Vamos fazer o que é melhor para o Vasco.

Nesta quinta, no jogo contra o Volta Redonda, às 19h30m, em São Januário, ele ainda será um mero espectador. O comando técnico segue com Gaúcho. Na prática, o trabalho de campo começará na sexta.

Gomes reconheceu que, por causa do momento ruim do time, que perdeu nas quatro primeiras rodadas e está eliminado da Taça Guanabara, seu desafio de comandar a equipe é enorme. A ideia o treinador é utilizar a própria tradição e grandeza do clube para impulsionar os jogadores e conseguir bons resultados.
Vamos trabalhar para resgatar a imagem do clube. Não abro mão"
Ricardo Gomes
- É um dos grandes desafios por causa do momento do Vasco. Em um clube menor, o risco é menor. Mas é com o peso do Vasco que vamos fazer um bom time. Com um respaldo, a tendência é dar certo. Os resultados são os mais importantes. Vamos trabalhar para resgatar a imagem do clube. Não abro mão. Muitas vezes fui adversário e não foi nada fácil.
Quanto ao time, o técnico disse que só poderá fazer uma avaliação com o decorrer dos trabalhos. Mesmo assim, já deixa claro que gosta de disciplina e respeito.

- Uma coisa é estar fora. Certamente minha avaliação é diferente do Gaúcho. No dia a dia é que se consegue encontrar soluções. Estar na beira do campo é uma coisa totalmente diferente. Só posso fazer minha avaliação com o decorrer dos treinos e jogos. Pela televisão se tem uma ideia. No estádio você vê outro jogo. Temos vários nomes(reforços), mas ainda não identifiquei a prioridade. Precisamos de confiança. Não podemos começar a lançar nomes, só vai prejudicarQuando foi necessário usar a força, usei. Mas primeiro tem que usar a cabeça. Força só se for necessário. Já utilizei antes, mas é uma pena. Rigor e disciplina são palavras que servem para a vida e o esporte. Respeito nem se fala.

O presidente Roberto Dinamite disse que o novo treinador chega com a responsabilidade de devolver ao Vasco dias mais vitoriosos e tranquilos.

- Não estamos acostumados a algo que não seja conviver com as vitórias. Vamos buscar dar todas as condições para o Ricardo e ao grupo para desenvolverem o trabalho e ajudarem o Vasco a sair deste momento.

Sobre Carlos Alberto, Dinamite disse que ainda está chateado com a dicussão que teve com o capitão no vestiário do Engenhão, após a derrota para o Boavista, mas que vai escutar o jogador. O presidente lembrou que nunca desrespeitou a hierarquia quando era atleta.
Carlos Alberto tem muito talento, nos ajudou muito na Série B. Depende dele na prática fazer acontecer"
Ricardo Gomes
- Poderia voltar atrás. Primeiro a instituição, que está acima de todos e tem que ser preservada. Sou do bem e acho que tenho um coração enorme. Foi uma situação que me chateou muito e ainda continua. Mas vamos conversar, vai depender disso. Carlos Alberto tem muito talento, nos ajudou muito na Série B. Depende dele na prática fazer acontecer. Não tenho nada contra ele, continuo a admirar, mas acho que passou um pouco do controle. Eu sempre respeitei os presidentes com quem trabalhei. Vou ouvi-lo e vai passar também pelo crivo do treinador.

Ricardo Gomes chegou a brincar e disse que sua missão de marcar Roberto Dinamite na época de jogador era mais complicada do que a que assumiu agora à frente do time.

- Marcar o Roberto era mais difícil do que tirar o Vasco desta situação.

Ricardo Gomes deu entrevista enquanto os jogadores disputavam um treino coletivo sob o comando do interino Gaúcho. Ele trouxe o auxiliar Cristóvão Borges e o preparador físico Rodrigo Poletto, que trabalhou com o técnico no Juventude, em 2004.

Zé Roberto aparece no BID e estreia nesta quinta

Jogador ficará no banco e será aproveitado no decorrer da partida contra o Juventude, no Beira-Rio

Por Alexandre Alliatti Porto Alegre
Zé Roberto no treino do InternacionalZé Roberto estreia pelo Inter nesta quinta
(Foto: Lucas Uebel / VIPCOMM)
José Roberto de Oliveira, o Zé Roberto, é considerado jogador do Inter pela CBF e pode estrear pelo clube gaúcho nesta quinta-feira, contra o Juventude, no Beira-Rio. O nome do atleta apareceu à tarde no Boletim Informativo Diário. Era a última etapa do processo de regularização dele. O contrato vai até 20 de janeiro de 2013.
Zé Roberto ficará no banco na partida das 19h30m. Mas o técnico Celso Roth já afirmou que pretende utilizar o atleta no decorrer do jogo. A ideia é colocar o meia-atacante no lugar de Alex, que começa a partida ao lado de Leandro Damião no ataque.
No início da semana, o Inter não tinha grandes esperanças de conseguir liberar Zé Roberto já para quinta-feira. Mas o clube conseguiu tirar os nós burocráticos que impediam sua legalização. Agora, o jogador está pronto para mergulhar na disputa por um lugar no time titular do Colorado.
 

'Magrelo'? Só no apelido! Neymar aguenta tranco na Seleção sub-20

GLOBOESPORTE.COM conversa com profissionais do Santos para saber de onde o craque tira força para superar as pancadas dos adversários

Por Márcio Iannacca Direto de Arequipa, Peru
Neymar seleção sub-20Neymar exibe o abdômen sarado durante jogo da
Seleção Brasileira sub-20 (Foto: Mowa Press)
Neymar é chamado de "Magrelo" no grupo da Seleção Brasileira sub-20 que busca uma vaga nas Olimpíadas de 2012, em Londres, no Sul-Americano disputado no Peru. Mas a fraqueza fica só no apelido. Dentro de campo, o craque da equipe comandada por Ney Franco aguenta o tranco dos rivais. E qual é o segredo do equilíbrio do franzino jogador, que é o artilheiro do time na competição, com sete gols? O GLOBOESPORTE.COM conversou com os profissionais que ajudaram na formação e na manutenção do desempenho do atleta no Santos para saber de onde o garoto, de apenas 18 anos, tira tanta força para superar as inúmeras pancadas dos adversários.
Os números da evolução de Neymar desde que chegou ao profissional do Santos não mentem. De janeiro de 2010 até hoje, o jogador ganhou 4kg de massa muscular. De acordo com o fisiologista do Santos, Luís Fernando de Barros, o craque ganhou músculos, mas de forma equilibrada em todos os membros do corpo.
- Existiu um equilíbrio nesse ganho do Neymar, foi tudo muito bem distribuído. O atleta, por exemplo, que ganha massa muscular nos membros inferiores pode ver isso traduzido em potência. Ele tem agilidade e capacidade de mudar de direção com facilidade. E é justamente isso que acontece com o Neymar - explicou.
Outro dado importante em relação a Neymar é o baixo percentual de gordura, que é de 6%. Segundo Barros é sinal de que o atleta ganhou peso, mas apenas de massa magra.
O Neymar tem um certo domínio do seu corpo e já sabe o que pode ou não fazer"
Luís Fernando Barros, fisiologista do Santos
- O Neymar não engordou 4kg. Na verdade, ele ganhou massa muscular, tanto que o percentual de gordura dele não foi alterado. Ele tem uma característica genética que nunca vai se alterar. O que ele pode ganhar é justamente massa muscular, mas sem perder a leveza. Tudo para aguentar os trancos que tem levado no Santos ou na Seleção - disse Barros, revelando que o percentual de um atleta pode variar de 6% a 12%.
De acordo com Luís Fernando, Neymar aprendeu a usar o corpo franzino para se livrar dos adversários. Para o fisiologista, além do trabalho de fortalecimento do garoto, a malandragem com o passar dos anos tem ajudado o atacante.
- A experiência do jogador também acaba contando para ele se livrar das pancadas. O Neymar já tem um certo domínio do seu corpo e já sabe o que pode ou não fazer - contou.
De Magrelo, Neymar pode até ter o porte físico, mas em campo a história é outra. O jogador brincou ao falar ao apelido, criado pelo volante Casemiro.
- Esse apelido vem de longa data, da seleção sub-15, sub-16. Foi ideia do Casemiro, com quem convivo há muito tempo. Mas acho tranquilo, todos têm apelido. Sou muito forte, né? Nem tenho como ficar brabo com esse apelido que arrumaram - brincou o jogador.
Neymar Brasil x Chile sub-20Neymar comemora um dos seus sete gols pela
Seleção sub-20, no Peru (Foto: Reuters)
O fisioterapeuta do Santos, Avelino Buongermino, elogiou a conduta de Neymar após os jogos. Segundo o profissional, o jogador se preocupa com a recuperação, principalmente após ter sofrido tanto na mão dos adversários.
- Existe uma equipe que dá uma base para os jogadores no Santos. Tem a fisioterapia, a fisiologia, a preparação física e a parte de nutrição do atleta. O Neymar é profissional. Nos dias após os jogos, ele é o primeiro a aparecer na fisioterapia para fazer alongamento, massagem, gelo, banheira. Ele sabe que apanha muito e como profissional se preocupa com o dia seguinte às partidas. É um jogador preocupado com a parte nutricional, com a suplementação. Faz tudo direitinho - explicou Avelino.
Na tarde da última terça-feira, em Arequipa, Neymar participou apenas de um treino regenerativo. E foi justamente na sala de musculação, pegando pesado nos aparelhos da academia do Hotel Liberador, concentração do time canarinho durante o hexagonal final.

Filho de Montillo mostra que é bom
de bola e que já torce para o Cruzeiro

Valentim dá show em treinamento do time no gramado da Toca da Raposa II

Por GLOBOESPORTE.COM Belo Horizonte
Enquanto os jogadores do Cruzeiro faziam um treino técnico na Toca da Raposa II, na preparação para o confronto com o Villa Nova, no domingo, às 19h30m (de Brasília), no estádio Castor Cifuentes, em Nova Lima, o garoto Valentim, de 2 anos, filho do meia Montillo, roubou a cena no campo ao lado. Com a camisa 10 usada pelo pai, o pequeno argentino 'treinou finalizações', estufando as redes e comemorando diversas vezes. A cada gol que fazia, o garoto vibrava muito.
- É goooool de Valentim, do Cruzeiro!
CHAMADA CARROSSEL - Filho Montillo Filho de Montillo dá seu show no gramado da Toca da Raposa II (Foto: Tarcísio Badaró / Globoesporte.com)
Montillo tem dois filhos e é muito ligado à família. Os garotos sempre são vistos nas cadeiras da Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, nos jogos do Cruzeiro, e também nos treinamentos na Toca da Raposa II.

http://radioglobo.globoradio.globo.com/home/HOME.htm