domingo, 10 de fevereiro de 2013

UFC 159 terá combate entre dois ex-jogadores de futebol americano

Americanos Ovince St-Preux e Gian Villante, ambos ex-Strikeforce e
que vêm de vitória, praticaram o esporte quando estavam na faculdade

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Dois meio-pesados ex-Strikeforce vão se enfrentar no UFC 159. De acordo com o site "Newsday", Ovince St-Preux e Gian Villante terão um encontro no octógono no evento de 27 de abril, em Newark (EUA). O curioso é que ambos jogaram futebol americano universitário. St-Preux era linebacker na University of Tennessee, e Villante atuava na mesma posição na Hofstra University.
montagem de Ovince St. Preux x Gian Villante. (Foto: Agência Getty Images)Ovince St-Preux (E) e Gian Villante vão duelar no UFC 159 (Foto: Agência Getty Images)
O americano Ovince St-Preux, de 29 anos, tem um cartel de 12 vitórias e cinco derrotas e vem de um triunfo sobre TJ Cook, em agosto do ano passado. O também americano Villante, de 27 anos, tem dez vitórias e três reveses na carreira e vem de três triunfos consecutivos, sobre Keith Berry, Trevor Smith e Derrick Mehmen.
UFC 159
27 de abril de 2013, em Newark (EUA)
CARD DO EVENTO
Jon Jones x Chael Sonnen
Alan Belcher x Michael Bisping
Jim Miller x Pat Healy
Phil Davis x Vinny Magalhães
Roy Nelson x Cheick Kongo
Nick Catone x James Head
Al Iaquinta x Joe Proctor
Rustam Khabilov x Yancy Medeiros
Ovince St-Preux x Gian Villante

Royce Gracie acredita que primo Roger pode tirar cinturão do Spider

Primeiro campeão do UFC e lenda do MMA elege Anderson Silva entre seus lutadores favoritos e defende irmãos Diaz: 'Representam bem os Gracie'

Por Adriano Albuquerque e Ivan Raupp Los Angeles
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Royce Gracie MMA UFC (Foto: Ivan Raupp/Globoesporte.com)Royce Gracie fala com o SPORTV.COM
(Foto: Ivan Raupp/Globoesporte.com)
Primeiro campeão da história do UFC, há quase 20 anos, o brasileiro Royce Gracie continua como um dos maiores ídolos da franquia em todos os tempos. A organização o adora e ainda arruma convites para o primeiro membro de seu Hall da Fama sempre que ele deseja ir a um evento - como no último fim de semana, quando o carioca decidiu, três dias antes, que queria ver o UFC 156. "Os caras ficam malucos comigo, têm que tirar ingresso VIP, mas dão um jeito", se diverte Royce. Nada mais justo com o homem que criou a fama da companhia, graças às incríveis vitórias contra homens muito maiores que ele em três dos quatro primeiros torneios.
Royce, porém, continua até hoje como único campeão do Ultimate produzido pela família Gracie, responsável pela criação do evento, idealizado por Rorion, seu irmão mais velho, inspirado nos desafios de vale-tudo organizados por seus parentes no Brasil. Desde que Royce deixou a organização, em 1995 - ele voltaria para uma superluta contra Matt Hughes em 2006 - apenas Renzo e Rolles lutaram no octógono, e ambos perderam suas únicas lutas. Com o fim do Strikeforce, Roger Gracie, decacampeão mundial da faixa-preta no jiu-jítsu, é o mais novo representante da família na organização, competindo como peso-médio. O primeiro campeão do UFC põe toda sua confiança no primo e acredita, inclusive, que ele tenha condições de tirar o cinturão do atual campeão da categoria, Anderson Silva.
- O Roger tem (condições). O Roger está chegando, devagarinho, mas está todo mundo de olho nele. Ele está chegando tranquilo, começando por baixo, não está dizendo que "Sou Gracie, me coloca logo para disputar o título"... Não, está começando por baixo, fazendo um servicinho certo - disse Royce ao SPORTV.COM, em entrevista exclusiva.
Não que o ídolo esteja menosprezando o Spider, a quem considera como um de seus lutadores favoritos no MMA atual. Royce inclusive defende a postura do paulista em dizer que não quer enfrentar Jon Jones como estratégia de negócios. Também afirma que os irmãos Nick e Nate Diaz, tidos como "arrogantes" e "arruaceiros", são "casca grossa" e representam bem o espírito da família Gracie. Por outro lado, condena ídolos do esporte que usam drogas de todos os tipos e nega que tenha se dopado em sua última luta profissional, contra Kazushi Sakuraba, quando testou positivo para a substância proibida Nandrolona.
- Se você me seguir e vir o que eu como... Nunca subi desse peso, e nunca baixo, eu ando nesse peso e luto nesse peso!
Keith Jardine e Roger Gracie Strikeforce MMA (Foto: Getty Images)Roger Gracie (dir.) tem seis vitórias e uma derrota no MMA (Foto: Getty Images)
Confira a entrevista com Royce Gracie na íntegra abaixo:
Você ainda assiste ao UFC atualmente?
Assisto. Assisto mais ao lutador do que ao evento todo. Tem alguns caras que gosto mais de assistir do que ao evento inteiro e ao show.
Quais são esses lutadores que você mais gosta de ver? Quais são os seus lutadores favoritos?
Anderson Silva... Os caras que estão no topo, que sabem usar a estratégia. É o Anderson Silva, o (Georges) St-Pierre, o Nick e Nate Diaz, Gilbert Melendez, o Cain Velásquez, os pesos-pesados, (Junior) Cigano... Os caras que sabem usar a estratégia, que não estão ali só para trocação de soco, para bater um no outro e arrebentar a cara do adversário. Demian Maia, muito bom de estratégia, não está lá só para trocação, porque "sou valente, sou casca grossa"...
Então você tem uma mentalidade diferente da do Rorion (Gracie, irmão de Royce que criou o UFC), que diz não assistir mais porque não é mais briga de verdade, não é mais aquela coisa do UFC 1 e por ser mais difícil para o cara do jiu-jítsu. Para você, não importa se o lutador vem do jiu-jítsu ou não, você gosta de assistir esses caras lutando.
Gosto de assistir aos caras que sabem usar estratégia. Tem uns que entram ali para trocação, do tipo brigador, valente. Isso não me chama a atenção. Os caras que sabem usar a técnica, fazem a luta ficar fácil, esses eu gosto de assistir, que eu sei que a luta não é fácil. Ele chega ali e domina o adversário e faz parecer ficar fácil, isso quer dizer que ele usou a estratégia perfeita, conseguiu tirar o adversário dele, que é o maior casca grossa, do esquema e fazer ele parecer com nada. Não tem lutador fácil, todo mundo é difícil, não tem esse negócio de "esse cara é fácil para ele". Não tem disso. Ele faz parecer que é fácil, isso quer dizer que está usando a estratégia certa.
Royce Gracie e Vitor Belfort posando no UFC (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)Royce Gracie posa com Vitor Belfort: sua camisa
diz, "Eu fazia antes de ser legal" (Foto: Ivan Raupp)
Você estava usando, na pesagem do UFC 156, uma camisa que dizia, em inglês, "Eu fazia antes de ser legal", e muita gente da sua época, do vale-tudo, reclama que hoje em dia é mais fácil, que antes não tinha classe de peso... Como você vê o MMA hoje? É melhor agora, ou era mais legal antes?
A regra é igual para os dois. É como um aluno meu veio falar comigo: "Eu gostaria de lutar no peso até 70kg, eu peso 75kg, perco cinco quilos para lutar, mas vou lutar com um cara que está pesando 90kg e baixa para 70kg". Ué, então por que você não baixa para 50kg? A regra é igual para os dois. Você não consegue baixar de peso? Os dois vão lutar no mesmo peso. "Não, mas se ele me bota para baixo..." Por que você não bota ele para baixo então? A regra é igual para os dois. Não está favorecendo a ninguém. Se a luta fica parada, o juiz vem e manda levantar, então não deixa a luta parar. Se mexe o tempo todo. Não tem disso. No começo, realmente, era mais "cru", não tinha luva, mas também, ao mesmo tempo de não ter luva, você não podia bater no cara muitas vezes. Você vai bater uma ou duas vezes só, porque depois disso vai quebrar sua mão. A luva está ali para proteger a mão do lutador, não para proteger a cara. Na época, não tinha divisão de peso. Quer lutar com um mais pesado? Então, sobe de categoria! Ganha peso (risos). A regra é igual para os dois.
Como você acha que se sairia, se ainda tivesse a idade que tinha no UFC 1, nessa era do MMA com regras e com tempo?
Como é que eles se sairiam tendo que lutar quatro vezes numa noite? Bota o José Aldo tendo que lutar quatro vezes numa noite, sem limite de peso, como é que ele se sairía? (risos) Ele é bom para burro, bom à beça, mas... Bota o Demian Maia tendo que lutar quatro vezes numa noite. Uma já é difícil hoje, imagina quatro, sem peso, sem regra, sem luva, sem tempo.
Você acha que esse formato de hoje prejudica seu estilo de luta, o estilo do jiu-jítsu?
Não é que prejudica. De novo, vou dizer: as regras são iguais para os dois. Mas, a mentalidade minha e da minha família... Não sou um super-homem, não tenho poderes especiais. O que a gente diz sempre é que não vou entrar para ganhar do adversário. Estou aqui para não perder. Se eu não perder, para mim, eu ganhei. Eu não posso perder, a mentalidade é essa. É um sistema de defesa pessoal, não é um sistema de ataque pessoal. É isso que ensinamos, um sistema de defesa. Tanto que não tem soco, não tem chute... Tem o pisão, que é defensivo, mas eu não vou partir para dentro, "vou quebrar a cara dele", não tem disso. Vou me defender. Quando você errar, eu ganho, com uma chave de braço, um estrangulamento... Mas, é um sistema de defesa pessoal. Dizer que prejudica hoje... Em realidade, na rua, não tem tempo. Você não escolhe peso na rua. É um evento, é um show, eu concordo e eu apóio, mas, na realidade, se um cara beliscar a bunda da sua mulher na rua, você não vai perguntar, "Meu amigo, vem cá, quanto é que você pesa? É, meu amor, ele não está na minha categoria, senão eu batia nele." Não tem isso. Não se escolhe peso, nem adversário na rua.
Quem você acha que representa melhor o estilo e filosofia Gracie de luta atualmente?
Tem o Roger (Gracie), que está lutando bem para caramba, e o Demian Maia, que são caras que vêm do jiu-jítsu e não estão preocupados em ficar trocando boxe com o adversário. No boxe, quando você bate, ele te bate também. O braço é um pouquinho mais longo, um pouquinho mais curto, mas, quando você me acerta, eu te acerto também. Qualquer um pode cair. O Roger e o Demian Maia entram em clinche, botam os caras para o chão e fazem o que sempre fizeram, que é o jiu-jítsu. Não entram na sorte do boxe.
SporTV.com/Combate: as últimas notícias do MMA e do UFC
Nate Diaz e Nick Diaz corner UFC  (Foto: Reprodução / Facebook Oficial)Nate Diaz e Nick Diaz treinam com Cesar Gracie, primo de Royce (Foto: Reprodução / Facebook Oficial)
Dois caras que falam bastante de "Gracie Jiu-Jítsu" são os irmãos Diaz. Você acha que eles representam bem a filosofia da família? Uma vez, o César Gracie disse que sim, que eles representam bem o estilo desafiador da família. Você concorda com isso?
Representam. O pessoal às vezes diz que os garotos são arrogantes... São casca grossa, não correm de pau. Teve uma vez que eles brigaram no meio do ringue, todo mundo reclamou. Eu falei, "Para." Se isso acontecesse com a gente - eu estivesse dando entrevista, o adversário passasse e começasse a me peitar - você acha que meus irmãos não iam agarrar o pescoço dele, não iam pular em cima dele? O adversário faltou com o respeito, tanto que o Jake Shields não entendeu, "Acabei de lutar, acabei de ganhar, está me peitando? Qual foi, que que houve?" Os caras já caíram em cima dele. Não estavam errados, não. Representam bem, eu gosto deles também.
Você acha que o Roger pode ser um atleta de ponta no UFC?
Já é. Está todo mundo preocupado com ele.
Ele compete como peso-médio. Você acha que ele tem chance de ameaçar o reinado do Anderson Silva?
O Roger tem. O Roger está chegando, devagarinho, mas está todo mundo de olho nele. Ele está chegando tranquilo, começando por baixo, não está dizendo que "Sou Gracie, me coloca logo para disputar o título"... Não, está começando por baixo, fazendo um servicinho certo.
Você tem contato com os lutadores brasileiros mais renomados, como Anderson Silva, Vitor Belfort, Rodrigo Minotauro? Como é seu contato com esses caras? Tem a oportunidade de conversar com eles diretamente?
Eu estou sempre tão ocupado viajando pelo mundo... Eu me encontro com eles aqui no UFC. E, sempre que a gente se encontra, nunca tem privacidade, está sempre todo mundo em cima, puxando um para um lado, outro para o outro... A gente fala, "Me liga, vamos conversar aí depois", "Está bom, vamos nos ver amanhã", sempre assim (risos).
Tem uma história contada no livro do Fellipe Awi, "Filho Teu Não Foge À Luta", que você foi tirar satisfação com o Anderson Silva por ter feito uma imitação sua. Como foi isso?
Eu falei com ele, ele estava lá em Abu Dhabi. Eu vi na internet ele fazendo uma graça uma vez, imitando vários lutadores. Falei, "Vem cá, isso não está certo. Está gozando com a gente, está gozando os outros lutadores?" Ele disse, "Não, não, desculpa, mestre, foi brincadeira, sem querer ofender a ninguém." Não foi bem tirar satisfação como o Wanderlei (Silva) fez com o Chael Sonnen. Aquele foi diferente, aquilo ali foi tirar satisfação! (risos) Com o outro foi mais mostrar um ponto, "Não estou te entendendo, eu te conheço, sou seu amigo, e você está me gozando na internet? Gozando os outros lutadores?" Não sei quem ele conhece, com quem ele se dá, mas, na hora, ele já se desculpou, foi tudo sem querer ofender a ninguém. Não foi tirar satisfação.
Essa é a diferença entre eu e a maioria deles, não vou dizer todos. Eu sou um lutador profissional o tempo todo, não é durante um período. Não é para dizer para as gatinhas, 'Aí, gatinha, sou lutador profissional do UFC, você quer uma cerveja?' Não bebo, não fumo, não vivo na noite, droga nenhuma"
Royce Gracie
O MMA chegou a um patamar tão elevado no Brasil que caras como o Anderson Silva, Vitor Belfort, Wanderlei Silva e Minotauro são alguns dos maiores ídolos do esporte no país hoje em dia. Você acha que eles representam bem o papel de ídolos? Acha que a conduta deles como pessoas é legal?
Sem comentários. (risos) Eu não conheço os caras pessoalmente. Eu estava dando uma entrevista no Japão uma vez depois de vencer uma luta e o repórter me perguntou, "Quando termina a luta e você vai celebrar, você bebe o quê? Uma cerveja, um vinho?" Eu disse que não bebo nada. "Por que não?" Por que eu deveria beber? "Para celebrar! Todo mundo, depois que vence, celebra!" Celebrar o que? Eu falei para ele, essa é a diferença entre eu e a maioria deles, não vou dizer todos. Eu sou um lutador profissional o tempo todo, não é durante um período. Não é para dizer para as gatinhas, "Aí, gatinha, sou lutador profissional do UFC, você quer uma cerveja?" Não bebo, não fumo, não vivo na noite, droga nenhuma... Comida, regime da Dieta Gracie. O que você quer dizer que é o ídolo, o que é o ídolo? Tem que tomar cuidado para não misturar as coisas. O cara que é ídolo, está ali representando, mas está fumando cigarro, um charuto, está bebendo... Para você, talvez esse seja um ídolo perfeito, a mensagem que ele está dando. Eu já não concordo. Mas eu não conheço os caras que você mencionou pessoalmente, não sei se eles bebem, se eles fumam, se usam drogas, é difícil comentar.
Por que você acha que a mídia brasileira demorou tanto a abraçar o MMA e o UFC?
Isso nasceu no Brasil, nasceu lá. Se você for no Rorion, ele tem os livros do meu pai, que ele recortava as reportagens do O Globo, O Dia, Jornal do Brasil, tinha vários, tem três livros enormes só de artigos...
Na época do Hélio, tinha uma cobertura midiática, mas, pelo menos desde a criação do UFC, nos últimos 20 anos, só foi realmente estourar, chegar na Globo e ter uma maior cobertura nos últimos três anos. Dizem que o "boom" no Brasil foi a luta entre o Anderson Silva e o Vitor Belfort, que foi quando todo mundo passou a assistir o MMA...
É questão de educação. No começo aqui nos Estados Unidos, diria que pelo menos nos primeiros 10 UFCs, diziam que isso aqui era o jogo da morte, é violência na televisão, não precisa disso... É questão de educação, ensinar o povo e ensinar quem está lá em cima. Às vezes, o pessoal que está no controle não quer fazer mudança, não quer aceitar. É o que eu digo: se o vale-tudo, só porque o nome diz "vale-tudo", ou MMA, é violento, crianças quebram o pé, quebram o joelho, quebram o cotovelo, se machucam todo ano jogando futebol. Então vamos considerar o futebol um jogo violento? Meu filho joga futebol no time da escola dele. Uns amigos dele quebraram o nariz jogando futebol. Como pode isso? Eu nunca quebrei o nariz brigando. Estava até gozando os pais dos amigos dele, "Está vendo? Eu luto há 20 anos e nunca quebrei o nariz." (risos) Ele estava jogando, virou, acertou o cotovelo e quebrou o nariz; acidente. Vamos considerar então o futebol, esporte mais popular do mundo, violento? É questão de educação. Na Fórmula 1, o que tem de piloto com patrocínio de cigarro e bebida alcóolica, isso quer dizer que vamos fumar, beber e dirigir? É essa a mensagem que eles estão mandando? (risos) E depois eles dizem, "Não dirijam e bebam! Não pode beber e dirigir ao mesmo tempo! Você vai ser punido!" Mas olha a Fórmula 1, que todo carro tem patrocínio de bebida. É isso que eles estão dizendo? "Beba e dirija"? É questão de educação do povo. Tem que educar.
royce gracie ufc (Foto: Getty Images)Royce Gracie com o prêmio do primeiro UFC, ao lado do pai, Hélio, e do irmão Rickson (Foto: Getty Images)
Na sua época, os lutadores enfrentavam qualquer um, não podiam escolher adversário. Hoje, não podemos dizer a mesma coisa. Vamos pegar o maior ídolo do MMA brasileiro hoje, o Anderson Silva, que muitos acusam de recusar adversário, que ele não quer enfrentar Chris Weidman, não quer pegar o Vitor Belfort de novo... Todo mundo quer ver Anderson x Jon Jones, mas sempre que perguntam para ele, ele diz que não quer, que está tiozão... Como você vê isso?
É estratégia. Virou um negócio. Não é mais um negócio de "sou valente, brigo com qualquer um". São poucos que fazem isso. Virou negócio. Por dinheiro, ele luta com a mãe dele (risos). Tem que dar a quantia certa.
Você acha que isso é para valorizar a luta?
Claro! Virou negócio hoje. É a luta dos sonhos. Ele sabe disso. Para que ele vai lutar barato? "Amigo, não estou interessado nessa luta, não quero." "Mas não tem ninguém mais para você ganhar." Problema é seu, o campeão sou eu. Arruma alguém. Não está errado não. Virou um negócio. "Mas então vou te pagar três vezes mais." Opa, vamos conversar então! Só três? Se botar quatro, eu luto. "Está bom", então está bom. Virou um negócio.
Você estava falando de drogas, e um problema grande do MMA hoje é o das drogas de melhora de performance. Como você vê isso e como vê o controle que é feito. Acha que é suficiente? Deveria ser maior?
Não faço parte da comissão, nem sei como é o teste, mas estão fazendo, fazem em todo mundo.
Royce Gracie MMA UFC (Foto: Ivan Raupp/Globoesporte.com)Royce não consegue escolher só um momento
favorito na carreira: 'É difícil!' (Foto: Ivan Raupp)
Como era feito na sua época?
Não tinha teste no começo.
Mas você chegou a ser testado no Pride e teve um exame positivo na luta com o Sakuraba. O que aconteceu naquela ocasião?
(Faz expressão de incredulidade) Se você me seguir e ver o que eu como... Nunca subi desse peso, e nunca baixo, eu ando nesse peso e luto nesse peso! O teste, parece que dizem que foi tão acima do limite que nem conseguiram detectar a quantidade. (Gesticula mostrando sua forma atual) Olha isso! (risos) Como três refeições de frutas, café da manhã, almoço e jantar só disso, se deixassem! Não como nem sal, nem comida de panela.
E como era o exame antidoping nessa época?
Era exame de urina antes e depois da luta.
Você sente falta de lutar, Royce?
Às vezes sinto. Às vezes sinto. Às vezes dá aquela vontade, mas tem que saber a hora de parar. Aí faço um treino, faço uma corrida longa (risos).
Qual é o momento da sua carreira de que você tem mais orgulho?
Ver os meus quatro filhos nascerem.
E na luta?
Na luta? Ah tá... (risos). Não sei. Ganhar o primeiro UFC, três lutas numa noite? Nah.... Ganhar o segundo UFC, quatro lutas numa noite. Nah... Uma hora e 45 minutos no ringue com o Sakuraba. Não, deixa eu mudar... Akebono Taro. 220kg. Difícil escolher uma!

Com Koscheck e Condit na mira, Dan Hardy quer disputar cinturão em 2014

Próximo passo é enfrentar Matt Brown em 20 de abril: 'Tecnicamente, sou melhor do que ele em tudo. É apenas o caso de eu conseguir ditar o ritmo'

Por Adriano Albuquerque e Ivan Raupp Las Vegas, EUA
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Dan Hardy viveu o auge da carreira há quase três anos, quando disputou o cinturão meio-médio do UFC contra o campeão Georges St-Pierre. Mas aquele revés, quando o inglês estava no topo, foi o início da derrocada, que contou com mais três derrotas na sequência, para Carlos Condit, Anthony Johnson e Chris Lytle. Muito carismático, Hardy foi mantido na organização mesmo com os resultados negativos e fez jus ao crédito que lhe foi dado, vencendo as duas lutas seguintes, contra Duane Ludwig e Amir Sadollah. Agora, ele já vislumbra uma nova chance de brigar pelo título:
- Estou me sentindo um pouco mais relaxado agora. Espero muito deste ano de 2013. Três grandes vitórias e acho que estou de volta ao caminho. Quero ganhar grandes lutas. Venci duas no ano passado, e quero mais três este ano para possivelmente conseguir outra disputa de cinturão. Não há razão para você estar no esporte se não quer chegar ao topo. Eu quero grandes lutas, enfrentar os melhores que puder. Então, meu objetivo é disputar o cinturão no ano que vem - disse, em entrevista ao SPORTV.COM em Las Vegas.
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Dan Hardy no UFC 156 (Foto: Adriano Albuquerque)Dan Hardy esteve na pesagem do UFC 156, em Las Vegas (Foto: Adriano Albuquerque / SporTV.com)
O inglês não pensa em novamente enfrentar St-Pierre e elege dois alvos, fora seu próximo adversário, Matt Brown, para 2013: Josh Koscheck e Carlos Condit. Este último o venceu por nocaute na Inglaterra, em outubro de 2010.
- O que eu gostaria é que GSP me ajudasse nos treinos para vencer Carlos Condit e Josh Koscheck. É isso que gostaria. Não acho que eu precise lutar contra ele de novo. E quando eu conseguir outra disputa de título, acho que ele já vai estar envolvido em coisas maiores, de qualquer forma. Gostaria de enfrentar Josh Koscheck, seria bom para minha carreira. E ainda devo a Carlos Condit um nocaute. Fora isso, tem que ver como a divisão se desenrola e quem está disponível.
Gostaria de enfrentar Josh Koscheck, seria bom para minha carreira. E ainda devo a Carlos Condit um nocaute"
Dan Hardy
Dan Hardy vai encarar Matt Brown, embalado por quatro vitórias consecutivas no ano passado, no "UFC: Henderson x Melendez", que será realizado no dia 20 de abril, em San Jose (EUA), e acredita ser superior ao oponente em todas as áreas:
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- Ele é um cara muito bom. Teve um ano de 2012 muito bom, e encerrou com um nocaute sobre o Mike Swick, o que é impressionante. Ele gosta de ditar o ritmo da luta. Tecnicamente, sou melhor do que ele em tudo. É apenas o caso de eu conseguir ditar o ritmo contra ele, fazê-lo andar para trás. Se ele ditar o ritmo, vai ficar difícil para mim.
Quando perdeu quatro seguidas, Hardy foi mantido no UFC enquanto muitos outros certamente teriam sido demitidos. Para ele, o barulho dos fãs e o fato de ser um cara fácil de se lidar foram preponderantes para que isso tenha acontecido:
- Acho que são dois motivos. O primeiro é que tenho ótimos fãs, e eles sempre me apoiaram muito. O UFC sabe que, se estou no card, muita gente vai assistir por minha causa. Sou muito agradecido aos meus fãs. E a segunda razão é que sempre entro para lutar. Sou fácil de lidar, não causo qualquer estresse ao UFC. E enfrentei caras duros, Georges St-Pierre, Carlos Condit, Anthony Johnson, três caras duros em sequência. Nunca recusei uma luta. Acho que eles tiveram a decisão certa em me manter (risos). Agora tive algumas vitórias, meus fãs continuam comigo. Sou um cara de muita sorte.
Irregular, Verdão empata com o Mogi no último teste antes da Libertadores
Oscilando demais, Palmeiras sai na frente, leva a virada, mas depois evita a derrota. Na quinta, enfrenta o Sporting Cristal, no Pacaembu
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • nome do jogo
    Roni
    O atacante fez os dois gols do Mogi e por pouco não levou seu time à vitória. Vale ressaltar que ele contou com falhas de Prass e Wendel.
  • deu errado
    tática alviverde
    Kleina errou ao trocar um atacante por um  volante. Depois que o Verdão levou o segundo gol, tentou consertar, com um meia na vaga de um volante.
  • não engata
    Palmeiras
    A quatro dias da estreia na Taça Libertadores, o Verdão é um time irregular, com poucas virtudes, o que causa muita apreensão no seu torcedor.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Um time que oscila demais durante as partidas e que, após sete jogos disputados no Paulistão, ainda está longe de ganhar uma cara na temporada 2013. Esse é o Palmeiras, que ficou no empate em 2 a 2 com o Mogi Mirim, na noite deste domingo, no estádio Romildo Gomes Ferreira, no interior paulista. Foi o último teste da equipe antes da estreia na Taça Libertadores da América, marcada  para a próxima quinta-feira, contra o Sporting Cristal, do Peru, no Pacaembu. E pelo que seu torcedor viu até agora, há motivos de sobra para preocupação.
O jogo em Mogi foi uma repetição do que o Palmeiras já mostrou no estadual, principalmente diante do XV de Piracicaba, quando o Verdão também saiu na frente, levou a virada, mas arrancou o empate no fim. Diante do Mogi, a equipe alviverde foi bem no primeiro tempo, que só terminou empatado por causa da falha de Fernando Prass no gol rival. Após 15 minutos de intervalo, o time voltou irreconhecíval para a etapa complementar, errando demais. Para piorar, Gilson Kleina errou nas alterações. O time da casa ganhou força, virou o marcador, mas o Verdão, em jogada individual de Souza, evitou a derrota no primeiro jogo sem Hernán Barcos, negociado com o Grêmio na sexta-feira.
Com o placar, o Verdão segue sua escalada na tabela e alcançou a quarta colocação, com 12 pontos, três a menos que a líder Ponte Preta. O Mogi Mirim, que tem um ponto a menos, ocupa o oitavo lugar.
Os dois times voltarão a campo pelo estadual no próximo fim de semana. No sábado, o Mogi Mirim atuará como visitante, diante do União Barbarense, em Santa Bárbara D'Oeste. Já o Verdão fará o clássico da rodada contra o Corinthians, domingo, no Pacaembu.
Mogi Mirim e Palmeiras duelam pelo Campeonato Paulista (Foto: Rafael Bertanha / Divulgação Mogi Mirim)Mogi Mirim e Palmeiras duelam pelo Campeonato Paulista (Foto: Rafael Bertanha / Divulgação Mogi Mirim)
Verdão joga melhor e Mogi empata em falha de Fernando Prass
Com a saída de Barcos e a impossibilidade de usar o recém-contratado Kléber, que ainda se recupera de lesão, o técnico Gilson Kleina resolveu apostar em Caio, revelado nas categorias de base, para comandar o ataque do Palmeiras. Além disso, fez uma alteração na lateral direita: sacou Ayrton, que vinha mostrando deficiência na marcação, para improvisar o volante Wendel. E durante boa parte do primeiro tempo, realizado debaixo de muita chuva, o Palmeiras dominou a partida.
Logo no primeiro minuto, após falha de Lucas Fonseca, Maikon Leite só não abriu o marcador porque Daniel fez boa defesa. Aos 11, Márcio Araújo, que vive sua melhor fase desde que foi contratado pelo Palmeiras, marcou seu terceiro gol na terceira partida consecutiva ao arriscar um chute de fora da área e colocar no ângulo adversário: 1 a 0.
Com as mudanças feitas por Kleina, o Verdão melhorou a marcação. Embora ofensivamente tenha aparecido pouco, Wendel deu mais consistência defensiva ao seu setor. Como já havia acontecido em alguns momentos da vitória sobre o Atlético Sorocaba, a equipe soube tocar a bola com paciência. Tanto que o time da casa só chegou ao gol adversário em chutes de fora da área. No primeiro, aos 15, Fernando Prass defendeu chute de Wagner. No segundo, o goleiro alviverde falhou em chute de Roni, que acertou seu canto direito: 1 a 1, resultado injusto no marcador.
maikon leite palmeiras mogi mirim  (Foto: Célio Messias / Agência Estado)Maikon Leite levou perigo nas jogadas em velocidade (Foto: Célio Messias / Agência Estado)
Kleina mexe mal, Verdão cai de rendimento e jogo termina empatado
No intervalo, os dois treinadores foram obrigados a mexer. Após se chocarem no fim da etapa inicial, Maikon Leite e Lucas Fonseca saíram machucados e foram substituídos por Vinícius e Wesley Ladeira. Logo aos três minutos, o Verdão fez 2 a 1, com Caio, após cobrança de falta de Wesley. Mas a arbitragem anulou corretamente o gol, já que o atacante alviverde estava impedido. Com o passar do tempo, no entanto, chamou a atenção a queda do time da capital.
O Palmeiras começou a errar passes em demasia, e a marcação, eficiente no primeiro tempo, passou a dar espaços. Com isso, o Mogi avançou seu meio-campo e começou a chegar tocando perigosamente até a intermediária adversária. Para piorar, sem a velocidade de Maikon Leite, os visitantes não tinham força no contra-ataque.
Irritado, Kleina mexeu no time e na maneira de a equipe atuar, sacando o atacante Caio e colocando o volante Souza. Com isso, a equipe passou a atuar no 4-5-1. Do lado adversário, Dado Cavalcanti fez o contrário, tirando um homem de marcação (Val) para colocar uma nova peça ofensiva (Wagninho). O treinador alviverde foi castigado aos 24, quando Roni, após falha grotesca de Wendel, fez 2 a 1 para o Mogi Mirim.
Para corrigir o erro que cometeu, Kleina fez nova mudança, desta vez promovendo a estreia do meia Ronny na vaga do volante João Denoni. O time seguia sem assustar. Até que aos 32, em jogada individual, Souza limpou um marcador e bateu cruzado para deixar tudo igual no placar: 2 a 2. Nos últimos minutos, a partida ganhou em emoção, já que as duas equipes se lançaram ao ataque. Aos 45, Fernando Prass fez grande defesa em cabeçada de Henrique e evitou o pior.
Sob olhares de Bruna Marquezine, Santos de Neymar perde do Paulista
No domingo de carnaval, atriz vai ao Pacaembu torcer pelo amigo santista, mas vê Peixe sofrer sua primeira derrota no Paulistão. E foi feio: 3 a 1...
 
DESTAQUES DO JOGO
  • lance capital
    39 do 2º tempo

    Rodolfo Testoni bate falta, de longe, com força e efeito, e faz o segundo gol do Paulista, acabando com a tentativa de reação santista.
  • pé-frio
    B. Marquezine

    A atriz foi ao Pacaembu e não deu sorte ao amigo Neymar.. De camarote, viu o santista ser prejudicado pelo gramado molhado.
  • como fica?
    Peixe em 2º

    Com a derrota, o Santos fecha a rodada em segundo, com 14 pontos, um a menos que a líder  Ponte Preta, sua próxima adversária.
A CRÔNICA
por Marcelo Hazan
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No sábado, Bárbara Berlusconi foi ao Pacaembu assistir ao namorado Alexandre Pato em ação pelo Corinthians contra o São Caetano. Resultado: 2 a 2. No domingo de carnaval, Bruna Marquezine, amiga de Neymar, compareceu ao mesmo estádio e presenciou a derrota do craque pelo Santos para o Paulista, por 3 a 1, pela sétima rodada do Paulista. O resultado fez com que o Peixe caísse para segundo, com 14 pontos, um a menos que a Ponte Preta, nova líder do Paulistão.
O carnaval não foi de festa para a torcida do Santos. Muito pelo contrário. O fã que saiu de casa no feriado sofreu com a chuva, viu um Paulista muito organizado em campo e saiu de cabeça inchada do Pacaembu. Na bola, o time do interior dominou o Peixe e teve em Cassiano Bodini o nome do jogo. Além dele, Marcelo Macedo, de pênalti, e Rodolfo construíram o placar. Neymar fez o gol de honra do Santos, já nos acréscimos.
Agora, o elenco do Santos ganha folga no carnaval, pois não joga no meio de semana, e depois se prepara para encarar a Ponte Preta, no domingo, às 19h30m, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas. O confronto é direto pelas primeiras posições da competição. Já o Paulista enfrenta o São Bernardo, às 17h, no estádio Primeiro de Maio, no ABC, também no domingo. Os dois jogos são válidos pela oitava  rodada.
Kasado e Marcos Assunção, Santos x Paulista (Foto: Mauro Horita/Agência Estado)Kasado e Marcos Assunção em dividida: campo peado atrapalhou (Foto: Mauro Horita/Agência Estado)
Chuva prejudica e bola não rola
Chuva não combina com carnaval. Nem com bom futebol. O forte volume de água que caiu em São Paulo nesse domingo prejudicou o gramado do Pacaembu. Apesar da boa drenagem, o campo não deixava a bola rolar normalmente, o que fez Santos e Paulista sofrerem na etapa inicial.
Bruna Marquezine vai ao Pacaembu ver jogo de Neymar (Foto: Reprodução/TV Globo)Bruna Marquezine vai ao Pacaembu ver jogo de
Neymar (Foto: Reprodução/TV Globo)
Escalado no tradicional 4-4-2 em losango, com Marcos Assunção na contenção, Arouca na direita, Cícero na esquerda e Montillo na armação, o Peixe demorou a se adaptar ao gramado. E o Paulista se aproveitou do espaço na esquerda da defesa santista, ocupado por Guilherme Santos. Em duas boas chances por ali, em falhas de marcação do lateral, Cassiano Bodini e Marcelo Macedo levaram muito perigo. Na segunda, o centroavante do time do interior parou em ótima defesa de Rafael.
Sem poder contar com os dribles de Neymar, parado pelas poças que não permitiam suas arrancadas, o Santos apostou na bola parada de Assunção, que teve o nome gritado pela torcida. O perigo criado nas faltas e escanteios, porém, não foi suficiente para vencer o goleiro Richard. Os chutes de fora da área, opção óbvia pelas condições do campo, também não.
Aproveitando o pouco poder de marcação do meio de campo santista, o Paulista teve as melhores chances, mas não foi capaz de balançar a rede. Pouca bola rolando e 0 a 0 no placar.
Gramado seca e Paulista vence
A chuva e as poças d’água que prejudicaram no primeiro tempo sumiram na etapa final. Em tese, melhor para o Santos, time mais técnico. Na prática, o Paulista aproveitou e abriu o placar. Em nova falha, Guilherme Santos pegou Cassiano Bodini dentro da área e cometeu pênalti. Marcelo Macedo bateu com categoria e deslocou Rafael, fazendo 1 a 0 no Pacaembu.
Logo em seguida, Muricy Ramalho tirou Guilherme Santos e o substituiu por Felipe Anderson. A reação de alegria da torcida santista com a troca resume a atuação do lateral. Assim, Cícero passou a ocupar o setor. Foi dele a cabeçada desviada em falta de Assunção que assustou, mas não venceu Richard, aos 20 minutos. O técnico também trocou Bruno Peres por André.
Com time organizado e bem postado, o Paulista conteve a pressão santista, baseada principalmente nas bolas paradas. A mais perigosa delas saiu dos pés de Neymar: aos 35 minutos o craque obrigou Richard a fazer defesa espetacular. A resposta veio rápida, com finalização de letra na trave de Cassiano Bodini, e golaço de falta de Rodolfo, no ângulo esquerdo de Rafael: 2 a 0.
Ainda houve tempo para Cassiano Bodini, aos 41 minutos, ampliar: 3 a 0. A boa marcação do time do interior parou Neymar, que chegou a gerar a expulsão de Matheus Galdezani e, pouco depois, fazer o gol de honra do Peixe, com um belo chute de pé esquerdo, dando números finais ao placar: 3 a 1.
Na bola, o Paulista venceu o Santos e o tirou da liderança. Sem comemoração para o Peixe no carnaval.
Marcelo Macedo comemora gol do Paulista sobre o Santos (Foto: Léo Pinheiro/Agência Estado)Marcelo Macedo comemora gol do Paulista sobre o Santos (Foto: Léo Pinheiro/Agência Estado)
 

Nigéria vence Copa Africana e garante vaga na Copa das Confederações

Super Águias completam o Grupo B da competição, que será disputada no Brasil em junho, ao lado de Espanha, Uruguai e Taiti

Por GLOBOESPORTE.COM Joanesburgo, África do Sul
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Sensação do futebol africano entre os anos 90 e a primeira década da virada do milênio, com participações em quatro das últimas cinco edições da Copa do Mundo, a Nigéria voltou a ter protagonismo neste domingo. As Super Águias venceram Burkina Faso por 1 a 0, conquistaram a Copa Africana de Nações pela terceira vez e, consequentemente, garantiram vaga na Copa das Confederações, que vai ser disputada entre os dias 15 e 30 de junho deste ano no Brasil.
A vaga africana foi a última a ser preenchida na competição. A Nigéria entra no Grupo B ao lado de Espanha, Uruguai e Taiti. A estreia será no dia 17 de junho contra os taitianos no Mineirão, em Belo Horizonte. A seleção africana poderá enfrentar o Brasil apenas na fase final, mas há uma péssima lembrança para os brasucas caso o confronto aconteça: as Águias venceram a Seleção por 4 a 3 nas semifinais das Olimpíadas de 1996 e acabaram ficando com a medalha de ouro. Na cerimônia de entrega das medalhas, os brasileiros, que ficaram com o bronze, não subiram ao pódio.
Nigéria comemora gol sobre Burkina Faso (Foto: AFP)Águias felizes: nigerianos comemoram o gol do título continental (Foto: AFP)
Nigéria domina e, mesmo com falhas, chega ao gol
No primeiro tempo, a Nigéria permitiu-se deixar a defesa desprotegida para priorizar o ataque. Foi dominante durante os 45 minutos iniciais, mas nem tão brilhante na criação de jogadas. As duas equipes erraram incontáveis passes. No caso dos nigerianos, especialmente o último. Faltava às Águias a única qualidade de Burkina Faso: um homem de referência no ataque, no caso, Bancé, único a arriscar alguma coisa pelos Garanhões.
Brown teve uma chance espetacular para abrir o placar para a Nigéria aos nove minutos. Após cobrança de escanteio, o goleiro Diakité saiu mal do gol e deixou a bola escapar. Brown ficou com o rebote, mas, mesmo diante do gol vazio, chutou por cima do travessão. As melhores chances dos nigerianos foram criadas pelas pontas, especialmente pela direita, uma verdadeira avenida.
Cerimonia Abertura Copa Africana de Nações, Nigéria x Burkina Faso (Foto: AFP)Torcedores da Nigéria fazem a festa em Joanesburgo (Foto: AFP)
Moses tinha liberdade para atuar pelos dois lados e deu trabalho a Diakité, como aos 19 minutos, quando cruzou e obrigou o arqueiro rival a defender em dois tempos. O primeiro chute de Burkina Faso foi feito apenas aos 24 minutos. Bancé arriscou de fora da área, mas a bola passou longe dos postes. Três minutos depois, o grandalhão cobrou falta e, desta vez, a bola passou mais perto do gol.
Mas o jogo estava feio. Nos dois lados, todos os passes saíam com muita força e os atacantes ou tinham que correr muito para tentar dominá-la ou não conseguiam manter o controle. Foi justamente numa jogada em que a bola foi tratada com rispidez que nasceu o gol nigeriano. Aos 39 minutos, Moses tentou chutar, a bola bateu na defesa e subiu, sobrando para Mba, que deu um lençol em Koffi e, sem deixar a bola cair, chutou para o fundo da rede. Um belo gol, apesar de tudo.
Sunday Mba e Djakaridja Kone, Nigéria x Burkina Faso (Foto: AFP)Sunday Mba foi o autor do gol do título (Foto: AFP)
Nigéria não marca, leva susto, mas confirma a vitória
Na segunda etapa, Moses e Conté seguiam como as principais atrações. O burkinense teve duas tentativas nos dez minutos iniciais, mas novamente, os tiros saíram pela culatra. A partida ficou mais equilibrada com o passar do tempo e com o aumento do desespero dos Garanhões. A Nigéria quase pagou um preço alto demais por não transformar a superioridade em gols.
Aos 27 minutos, Musa recebeu um ótimo passe dentro da área. Poderia ter chutado de primeira, parado, pensado, tomado um chá para escolher com calma qual parte do pé seria a mais eficiente para o chute... estava tudo fácil demais. Tão fácil que o jogador caiu sozinho antes de receber a bola. Na jogada seguinte, Burkina Faso por pouco não o castigou.
Nakolma, com um bom passe por trás da defesa, deixou Sanou em ótimas condições. O burkinense chutou cruzado, mas o goleiro nigeriano conseguiu evitar o gol, se esticando para fazer a defesa com a ponta dos dedos. Foi a melhor chance de Burkina Faso na partida. A seleção tentou alguns contra-ataques, mas raramente incomodava Diakité. Título merecido para as Águais, que voltaram a honrar o prefixo "Super".
Cerimonia Abertura Copa Africana de Nações, Nigéria x Burkina Faso (Foto: AP)Figurantes fazem forma do continente africano na cerimônia de encerramento da competição (Foto: AP)

Com show de Benite, Flamengo vence e avança na Liga das Américas

Ala-armador anota 27 pontos e 11 assistências na vitória por 121 a 76 sobre o Estrella Occidentales, que garantiu ao Rubro-Negro a vaga no grupo B

Por GLOBOESPORTE.COM Barquisimeto, Venezuela
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Como a classificação para a próxima fase da Liga das Américas não corria maiores riscos, o técnico José Neto preferiu poupar o armador Kojo,com dores no joelho, diante do Estrellas Occidentales, pela terceira e última rodada da fase preliminar do grupo B. A ausência do americano, porém, quase não foi notada em razão da superioridade rubro-negra e, principalmente, da excelente atuação de Benite. Com 27 pontos e 11 assistências, o camisa 8 rubro-negro conseguiu um duplo-duplo e foi o grande destaque da vitória sobre os donos da casa por 121 a 76, neste domingo, em Barquisimeto, na Venezuela.
basquete marquinhos flamengo e Estrellas Occidentales liga das américas (Foto: Samuel Vélez / FIBA Américas )Com 20 pontos, Marquinhos foi um dos destaques na vitória do Flamengo sobre o Estrellas Occidentales, da Venezuela, pela Liga das Américas (Foto: Samuel Vélez / FIBA Américas )
Com dois triunfos em três jogos, a equipe carioca avançou em segundo da chave, vencida pelo Brasília, que atropelou o Fuerza Regia, do México, por 110 a 67, na preliminar.
Além de Benite, Shilton, que também anotou um duplo-duplo com 12 pontos e 11 rebotes; Marquinhos, com 20 pontos e sete assistências, Duda, com 22 pontos e quatro assistências, e o paraguaio Bruno Zanotti, que contribuiu com 13 pontos, também se destacaram na vitória rubro-negra.
Mesmo sem seu armador titular, o Flamengo começou o jogo a 110km/h. Com um ataque avassalador e uma defesa agressiva, o time comandado pelo técnico José Neto sofreu apenas 12 pontos nos primeiros dez minutos e abusou dos contra-ataques para vencer os primeiros dez minutos por 27 a 12. O panorama não mudou no segundo período. Liderado pelo armador Benite, que anotou 16 pontos, sete assistências e quatro rebotes no primeiro tempo, a equipe rubro-negra não tirou o pé do acelerador e ampliou sua vantagem para 63 a 35 após 20 minutos de partida.
Com Duda e Bruno Zanotti entre os titulares, o Flamengo voltou do intervalo com o mesmo gás dos dois períodos anteriores. Com fome de bola, a dupla liderou a vitória parcial da equipe rubro-negra por 26 a 18, ampliando a diferença no marcador por 89 a 53. Com a vitória encaminhada, o último período foi uam espécie de treino de luxo.
Com o pivô Shilton, recuperado de uma fratura na mão esquerda, e os jovens Feliz e Douglas em quadra, o Flamengo só teve o trabalho administrar a vantagem para vencer.

Ederson Lion se inspira em algoz e busca cinturão vago do Jungle Fight

Lutador da XGym, que estará em ação no Jungle 49, diz torcer por Ildemar Marajó e quer revanche contra o paraense no futuro: 'Que seja no UFC!'

Por Ivan Raupp Rio de Janeiro
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Ederson Lion esteve frente a frente com Ildemar Marajó há menos de quatro meses, no Jungle Fight 44, em luta que valia uma vaga na final do torneio pelo cinturão peso-médio da organização. O paraense venceu o paulista por finalização (chave de braço) com apenas 1m32s do primeiro round, depois derrotou Itamar Rosa por nocaute na final, assinou com o Ultimate a poucos dias do UFC São Paulo para enfrentar Wagner Caldeirão, venceu o atleta da Team Nogueira e ainda levou o prêmio de "Finalização da Noite", no valor de R$ 100 mil. Uma ascensão rápida, e que poderia ter sido de Lion, caso ele tivesse vencido naquela ocasião. Hoje os dois são amigos, e Lion usa Ildemar como inspiração para conseguir entrar na maior organização de MMA do planeta:
Eder Sonlion academia treino MMA (Foto: Ivan Raupp)Ederson Lion posa para foto antes de treino na XGym, no Rio (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)
- Fiquei feliz por ele ter ganhado no UFC, e triste por eu ter perdido para ele. Eu poderia ter tido muito mais êxito na luta, acho que não entrei com a cabeça muito focada, mas ele foi superior a mim e acabou ganhando. A experiência contou. Fico contente, vi a vitória dele no UFC, eu estava lá. Perdi para o campeão (do Jungle), que ganhou a "Finalização da Noite". Quero um dia ter uma revanche contra ele, e que seja no UFC! Tomara que sejamos nós dois lá, seria uma honra. Torço para ele ser top no UFC - disse o lutador da XGym ao SPORTV.COM.
Como Ildemar foi para o Ultimate, o cinturão dos médios do Jungle Fight ficou vago. E é com os olhos vidrados nele que está Ederson Lion neste momento. Mas antes de pensar em título, ele enfrenta Rodolfo Buda no Jungle 49, que será realizado no dia 22 de fevereiro:
Ildemar Marajó finaliza Ederson Lion no Jungle Fight 44 (Foto: Fernando Azevedo / Jungle Fight)Ildemar Marajó finaliza Ederson Lion no Jungle
Fight 44 (Foto: Fernando Azevedo / Jungle Fight)
- Meu foco total é o cinturão. É ganhar essa, ir para as cabeças, e ganhar o cinturão.
Sobre o oponente, que tem uma luta no Jungle Fight (vitória por finalização no Jungle 34), Lion prefere não falar muito. O evento ocorre no ginásio da AABB da Lagoa, no Rio de Janeiro.
Kevin e Soldado disputam título do
Jungle em Belém, dia 30 de março

- Estou me preparando muito para essa luta. Espero entrar concentrado, com a cabeça focada. É entrar, pegar e sair. Já estudei algumas lutas deles. São poucas, mas já assisti. É um cara duro, tem mais experiência, mais idade. E é bom pegar um cara duro, em vez de caras fáceis. Acho que vai ser uma boa luta.

'Jones é consideravelmente melhor do que o Anderson', afirma Sonnen

'Jon vem com algo novo a cada vez, coisas que eu nunca vi', diz o falastrão, que mantém fé na vitória: 'Vou como um gângster e vou atirar o tempo todo'

Por SporTV.com Las Vegas, EUA
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Chael Sonnen, UFC (Foto: Divulgação/ UFC)Sonnen é o próximo rival de Jon Jones, no UFC
159, em 27 de abril (Foto: Divulgação/ UFC)
Na opinião geral dos fãs de MMA e especialistas no assunto, Anderson Silva é o melhor lutador da atualidade, e Jon Jones pode um dia tomar para si esse posto se continuar vencendo suas lutas da maneira como tem feito. Para Chael Sonnen, no entanto, o americano de 25 anos já pode ser considerado o melhor do mundo. O falastrão acredita que Jones, com quem conviveu bastante em meio às gravações do TUF 17, é superior ao Spider:
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- Eu acho que há uma grande diferença entre eles. Acho que o Jon Jones é consideravelmente melhor, ele é o maior talento que o nosso esporte já viu. Jon vem com algo novo a cada vez, coisas que eu nunca vi - disse à rádio americana "FOX Sports".
Sonnen já enfrentou Anderson duas vezes e perdeu ambas. Na primeira, deu muito trabalho, mas acabou finalizado com um triângulo no quinto e último round. Na segunda, começou bem, mas sofreu o nocaute técnico no segundo assalto. Agora entre os meio-pesados, ele terá a oportunidade de enfrentar Jon Jones no UFC 159, no dia 27 de abril. Mesmo achando o adversário um fenômeno, ele tem esperança de poder vencê-lo e tirar dele o cinturão da categoria:
montagem Jon Jones Anderson Silva UFC (Foto: Editoria de Arte / GLOBOESPORTE.COM)Jon Jones ou Anderson? Para Sonnen, Jones é melhor (Foto: Editoria de Arte / GLOBOESPORTE.COM)
- Estou 100% ataque, e a partir do segundo em que o árbitro disser "vai", eu vou. Vou levar a luta até Jon Jones. Eu posso ir para baixo, ele é um bom lutador, mas eu prometo que vou como um gângster e vou atirar o tempo todo.

Com barriga sarada, Jade se diverte em bloco de rua ao lado de amigas

Ginasta do Flamengo aproveita o sol neste domingo e sai para se divertir no Rio de Janeiro junto com a amiga Gabriela Soares

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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A ginasta do Flamengo Jade Barbosa deu um tempo nos treinos pesados para aproveitar o carnaval carioca. Neste domingo, a atleta saiu para um bloco de rua ao lado da amiga e também ginasta Gabriela Soares. Com uma amizade de longa data, a dupla na última quinta-feira aproveitou também o ensaio da Beija-Flor. Com o fechamento do velódromo na última sexta-feira, Jade e Gabriela vão passar a treinar em Três Rios, cidade do interior do Rio de Janeiro que fica a cerca de 120km da capital.
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Jade Barbosa aproveita o carnaval em bloco de rua ao lado de amigas (Foto: Reprodução Instagram)Jade Barbosa aproveita o carnaval em bloco de rua ao lado de amigas (Foto: Reprodução Instagram)

Jade Barbosa aproveita o carnaval ao lado de amigas no Rio (Foto: Reprodução Instagram)Jade Barbosa aproveita o carnaval ao lado de amigas no Rio (Foto: Reprodução Instagram)

Otimista? Hamilton avalia Mercedes após os testes: 'Não foi um desastre'

Campeão de 2008, que foi para o time alemão após seis anos na McLaren, afirma que o carro é bom, mas precisa melhorar a pressão aerodinâmica

Por GLOBOESPORTE.COM Jerez de la Frontera, Espanha
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Lewis hamilton mercedes testes jerez de la frontera (Foto: Agência Getty Images)Lewis Hamilton estreou na Mercedes nos testes de
Jerez de la Frontera (Foto: Agência Getty Images)
Os testes de pré-temporada da Fórmula 1 no circuito de Jerez de la Frontera, na Espanha, marcaram os contatos iniciais de Lewis Hamilton com a Mercedes. A primeira atividade de pista do inglês, na quarta-feira, foi interrompida por um acidente devido a uma falha nos freios, encerrando o treino com pouco mais de dez voltas. Tempo devidamente compensado na sexta-feira, quando o campeão de 2008 cumpriu a distância equivalente a dois GPs. Tentando manter o otimismo em seu discurso, o piloto fez o estilo “morde-assopra” ao avaliar o carro ao site britânico “Autosport”.
- Nós temos algum trabalho a fazer, mas não sinto que foi um desastre. Dá para perceber que este é um bom chassi, então temos uma boa base para trabalhar. Vamos continuar buscando downforce, e espero que os rapazes sigam fazendo um grande trabalho na fábrica – disse, motivando o time de engenheiros e projetistas do modelo W04.
lewis hamilton mercedes testes Jerez de la frontera (Foto: Agência Getty Images)O primeiro contato acabou em um acidente após uma falha nos freios (Foto: Agência Getty Images)
Apesar de não ser tão veloz em relação a alguns rivais, Hamilton garante que a Mercedes não o decepcionou. Acostumado às vitórias na McLaren, onde disputou o título na maior parte das seis temporadas em que esteve no time, sua opção pela equipe alemã despertou dúvidas nos fãs sobre suas reais chances de vencer corridas. Embora o tricampeão mundial Sebastian Vettel o coloque na lista dos pilotos a serem observados em 2013, o inglês mantém a cautela.
- Creio que estamos no nível que esperávamos. Eu realmente não poderia ter pedido mais. Nos testes, trabalhamos para aumentar a pressão aerodinâmica do carro, entender os resultados disso e direcionar o acerto. Agora o time precisa que eu e o Nico digamos onde podemos melhorar o carro, e é nisso que estamos trabalhando – afirmou o piloto, que será companheiro do alemão Nico Rosberg.
A Fórmula 1 voltará à pista na segunda bateria de testes coletivos, prevista para os dias 19 a 22 de fevereiro em Barcelona, na Espanha. A temporada 2013 começará no dia 17 de março, com o GP da Austrália.
Lewis Hamilton Mercedes testes Jerez de la frontera (Foto: Agência Getty Images)Na sexta-feira, Hamilton andou o equivalente a dois GPs na pista de Jerez (Foto: Agência Getty Images)

Josh Koscheck afirma: 'Card do UFC 158 não é tão grande. Eu não estou lá'

Meio-médio americano rasga elogios a Demian Maia e diz que os que o vaiam nunca terão o sucesso que ele conquistou como um lutador odiado

Por SporTV.com Las Vegas, EUA
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Josh Koscheck derrota o veterano Matt Hughes no UFC 135 (Foto: AP)Josh Koscheck diz estar na sua melhor forma para
lutar no UFC 157 contra Robbie Lawler (Foto: AP)
O meio-médio Josh Koscheck polemizou na última sexta-feira, ao dizer que não considera o UFC 158, que reúne no mesmo card alguns dos maiores nomes dos meio-médios, não é tão bom assim. Em entrevista ao site "MMA Heat", o americano disse que nenhum card da categoria é o melhor se ele não estiver lá.
- Não acho que o UFC 158 seja o maior card possível para os meio-médios, porque eu não estou lá. Logo, pelo menos um dos melhores não vai lutar no evento, e isso me faz acreditar que não é um card tão bom assim. Estou me preparando para enfrentar Robbie Lawler no UFC 157, em Anaheim, e acho que estou na minha melhor forma em muito tempo. Curei algumas lesões que me incomodavam, trabalhei a minha parte física e aeróbica. Robbie é um cara duro, está no UFC há muito tempo, e espero que ele tenha feito um belo trabalho de preparação, porque eu fiz. Espero que seja uma grande luta.
Perguntado sobre a luta entre Demian Maia e seu companheiro de treinos, Jon Fitch, Koscheck rasgou elogios ao brasileiro.
- Demian Maia é um cara muito duro, bem grande para os meio-médios. É como se você ele fosse um Daniel Cormier do jiu-jítsu. Ele é esse cara. O jiu-jítsu do Demian Maia é de nível olímpico. É como se você colocasse um wrestler do ginásio para lutar contra Cormier. Nós sabíamos que ele iria para cima do Jon. Nós treinamos uns dois dias juntos, e eu senti que, se Jon mantivesse a luta em pé, as chances dele seriam maiores. No chão Demian Maia é muito, muito duro. Mas Jon Fitch não foi finalizado, mesmo tendo sido dominado daquela forma. Isso mostra o quanto ele é duro e quanto sua resistência é boa. Eu já estive nas costas dele durante os treinos, lutei com vontade, e não consegui finalizá-lo. Tiro meu chapéu para ele. Quando se tem um cara como Demian Maia tanto tempo nas suas costas e não se é finalizado, é porque você também é muito duro.
FRAME Josh Koscheck MMA (Foto: Reprodução Youtube)Koscheck posa ao lado de um dos seus aviões, que
são suas válvulas de escape (Foto: Reprodução)
Conhecido por ser um dos lutadores mais odiados do UFC, Koscheck disse não ligar para a opinião dos que o vaiam. Para ele, quem faz isso não sabe o quanto ele se dedica para poder subir ao octógono e vencer.
- Muitos caras que me vaiam são gordos, comem donuts a vida toda e se acham durões. Quantos desses caras realmente fizeram alguma coisa que valesse a pena ressaltar em suas vidas? Eles não sabem o valor do trabalho duro que os lutadores tem que fazer para estar ali. É engraçado isso, porque todos os lutadores que estão no UFC se matam de tanto treinar. É muita dedicação, muito sacrifício. Dormir cedo, acordar cedo, fazer uma dieta rigorosa. Se você faz tudo isso, é porque quer vencer. É isso que muita gente não entende. Não é um hobby. É dedicação exclusiva e integral. Se quiserem me vaiar, tudo bem. Vejam o que eu tenho, o que eu conquistei com o meu esforço e o meu sacrifício. Eu acho que estou indo muito bem sendo odiado. Tenho uma bela casa, um barco, um belo carro e dois aviões. São belas válvulas de escape. Quando estou estressado, ligo para a minha namorada e digo: 'Querida, entra no avião e vamos para a praia'. E nós vamos. Não tem sentimento melhor do que poder estar em Los Angeles em 50 minutos. Poder voar para qualquer lugar é a melhor coisa que há. E o mais legal é que eu fiz tudo sozinho. Escolhi o avião que eu queria comprar, contratei um instrutor para me ensinar a voar, mas todo o resto eu aprendi com vídeos e manuais. Hoje eu uso meu avião para treinar em outros lugares. Ao invés de uma viagem de quatro horas, eu levo de 25 a 30 minutos para chegar e fazer o meu treinamento. Por tudo isso que eu tenho e conquistei, se eu fosse um desses caras, eu me odiaria também. Como não sou, eu não ligo. Eu vivo para mim e para quem eu amo, e tenho grandes pessoas ao meu redor. O que eu sei é que vou continuar sendo bem-sucedido, não importa se me amam ou me odeiam.
UFC 157
23 de fevereiro de 2013, em Anaheim (EUA)
CARD PRINCIPAL
Ronda Rousey x Liz Carmouche
Dan Henderson x Lyoto Machida
Urijah Faber x Ivan Menjivar
Chad Mendes x Manny Gamburyan
Josh Koscheck x Robbie Lawler
CARD PRELIMINAR
Brendan Shaub x Lavar Johnson
Michael Chiesa x Anton Kuivanen
Court McGee x Josh Neer
Sam Stout x Caros Fodor
Dennis Bermudez x Matt Grice
Kenny Robertson x Brock Jardine
Neil Magny x Jon Manley

Thiago Tavares pensa em parar de lutar. Antes, quer provar inocência

Pego no exame antidoping após a derrota para Nurmagomedov, lutador está decepcionado com o próprio rendimento e com as críticas

Por Sávio Hermano Florianópolis
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Foram dois golpes duros em pouco tempo. Depois da derrota para o russo Khabib Nurmagomedov, no primeiro round, Thiago Tavares foi pego no exame antidoping. O catarinense jura inocência e está disposto a prová-la. Após ser multado em 5 mil dólares, o catarinense vai pagar outros 6 mil por uma contraprova. A suspensão de nove meses, ele vai aceitar. O desejo é ficar ‘limpo’ antes de sair. Tavares pensa em parar, mas não quer deixar o octógono sem honra.

O primeiro motivo que pesa na possível desistência é a derrota para o russo, em São Paulo. Conforme Tavares, foi uma prova que está longe de ser campeão. O segundo, foi o exame de doping e, por último, as críticas. Thiago está magoado principalmente com os catarinenses. Ele acreditava que era o representante do estado.
Thiago Tavares, lutador de MMA, pensa em terminar a carreira (Foto: João Lucas Cardoso)Thiago Tavares, lutador de MMA, pensa em terminar a carreira (Foto: João Lucas Cardoso)
— Eu confesso que eu, devido a minha derrota, e ao que eu espero da minha carreira, já estava pensando em mudar o foco da minha vida. Não é questão de desistir. Não estou 100% decidido. Não resolvi, mas para mim, perdeu o sentido de lutar. Eu sempre lutei para ser o melhor. Eu sempre quis ser um campeão, mas o meu fracasso na última luta me provou que eu não vou conseguir chegar nesse objetivo. Eu sempre lutei porque me imaginava o representante de Florianópolis e de Santa Catarina. Hoje eu vi que a metade me ama, a outra metade reza para que eu morra — desabafou Thiago Tavares.

O atleta de 28 anos está disposto a ir longe até provar que não utilizou nenhuma substância ilegal. Nesta semana, foi anunciado que o catarinense testou positivo para drostanolona, um esteroide anabolizante considerado substância banida. Com o apoio de um grupo de pesquisadores, ele espera encontrar qual pode ter sido a causa do que acredita ser um falso positivo (quando o exame aponta a presença de substância devido a algum erro ou contaminação).

— Estamos vendo a possibilidade de alguma substância que, metabolizada no meu corpo, deu o falso positivo. Pode ter acontecido isso, é uma das vertentes que estamos defendendo, mas ainda estamos pesquisando. Vamos ver também como foi manipulada a urina, que foi coletada no dia 19 de junho e testada 1º de fevereiro, como foi armazenada e transportada até os Estados Unidos. Estou disposto a ir para lá fazer exames de sangue. Urina é passível de erro, o exame de sangue, não. Se eu vou conseguir provar, eu não sei. Mas estou repensando o meu rumo agora. A minha consciência está tranquila porque sei que não usei nada.
Thiago Tavares comentou o assunto pela primeira vez ao GLOBOESPORTE.COM. Ele conta como recebeu a notícia e que pensa em retomar a faculdade de direito se decidir que sua vida será fora do MMA.

Como você recebeu a notícia de que o exame antidoping apontou substância ilegal?
— Na segunda-feira eu acordei, me preparei para dar uma corrida, mas em poucos minutos chegou um e-mail do meu empresário. Ele me chama de Titi. Ele me disse assim: ‘Titi, caímos no doping. Você usou alguma coisa?’. Eu respondi que não usei nada. Não sabia nem que substância era. Eu liguei para o laboratório onde manipulo minha vitamina B12 e meus nutrientes para saber se podia ter havido contaminação. Mas ela me jurou que não tinha nada de errado. Por mais que tenha sido acidentalmente, as minhas coisas ela faz com o maior cuidado possível. A farmacêutica sabe do risco.
O que te faz pensar em parar de lutar?
— Estou muito decepcionado com o meu rendimento e, principalmente, com as pessoas. Eu não consigo acreditar que um estado, que não tem nenhum outro lutador representante, porque o Cigano (natural de Caçador) mora na Bahia, responda dessa forma. Eu recebi umas mil mensagens em uma rede social depois que saiu a história do doping. Dessas mensagens, a metade foram maravilhosas e de apoio. As outras parecem que ficaram felizes por eu ter caído no doping.
O objetivo da minha vida é provar a minha inocência. Depois vou decidir se vou parar ou não"
Thiago Tavares
Caso decida mesmo encerrar a carreira, o que pensa em fazer depois?
— Eu não sei o que vou fazer se parar. Vou trabalhar com o dinheiro que eu fiz, vou fazer algum investimento. De repente vou terminar minha faculdade de direito ou fazer outro curso. Não sei. Neste momento, o objetivo da minha vida é provar a minha inocência. Depois vou decidir se vou parar ou não e resolver o que fazer da vida.
Se você pensa em parar, porque gastar tanto dinheiro para fazer a contraprova?
— Eu quero provar a minha inocência mesmo achando que não vou voltar a lutar. Eu quero provar a minha inocência para amenizar o estrago que foi feito neste último mês na minha vida. Se eles anularem a suspensão, eles poderiam até marcar outras lutas. Mas eu teria que ver se tenho o interesse de lutar ou não. Meu contrato está em vigência, tenho algumas lutas, mas neste momento não tenho interesse nenhum em lutar.

Bisping ratifica erro no UFC SP, mas critica uso de testosterona de Belfort

'É muito decepcionante ver alguém que foi pego com testosterona no
passado agora começa a usar isso legalmente', diz o lutador inglês

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Na última quarta-feira, Ultimate divulgou os resultados dos exames antidoping do UFC São Paulo, no qual Thiago Tavares foi flagrado por uso de drostanolona. A organização também aproveitou para esclarecer os boatos sobre Vitor Belfort. Explicou que os testes do carioca deram negativo e não indicaram a presença de nenhuma substância proibida para aumento da melhora de performance, como chegou a ser ventilado na imprensa internacional. Foi informado que Belfort está em terapia de reposição de testosterona (TRT) sob supervisão de um médico do Estado de Nevada (EUA) por ter sido diagnosticado com hipogonadismo. O objetivo da TRT é permitir que o paciente consiga atingir níveis de testosterona normais para um homem adulto.
UFC São Paulo vitor belfort e michael Bisping (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Vitor Belfort e Michael Bisping (deitado) no UFC São Paulo (Foto: Marcos Ribolli/ Globoesporte.com)
Adversário de Vitor Belfort no UFC São Paulo e nocauteado no segundo round, Michael Bisping resolveu se manifestar sobre o assunto após terminar as gravações de um filme na Inglaterra. O inglês fez questão de ressaltar que perdeu a luta por erro próprio e por méritos de Belfort, mas não deixou de criticar a permissão que o brasileiro ganhou para repor a testosterona de forma não natural.
Bisping ainda citou o caso em que Vitor Belfort foi pego no exame antidoping realizado no Pride 32, em Las Vegas (EUA), em 2006.
- Como eu disse logo após a luta, eu perdi porque cometi um erro, e Vitor aproveitou. É uma merda. Não gosto disso, mas esse foi o resultado. Eu perdi. Ao longo dos últimos dois anos, e até mesmo antes da luta, dei a minha opinião sobre o TRT e fui muito claro. Não sinto que preciso me aprofundar sobre isso de novo agora. Tudo o que tenho a acrescentar, sobre este caso específico, é que é muito decepcionante ver alguém que foi pego com testosterona no passado agora começa a usar isso legalmente. Um efeito colateral conhecido de esteroides é que ele reduz a testosterona, então eu não entendo como faz sentido conceder isenção para alguém aumentar a testosterona depois - escreveu Bisping em seu blog.
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Depois da derrota para Belfort, Bisping teve logo sua próxima luta marcada pelo Ultimate. Ele encara Alan Belcher no UFC 159, em Newark, e quer dar logo um passo adiante para esquecer o revés.
- Tudo foi dito (sobre o uso de testosterona de Belfort), não estou aqui para dar desculpas ou chorar sobre o leite derramado. Eu luto na melhor organização do mundo, o UFC, e estou muito animado para trabalhar e ganhar a luta pelo título, pelo caminho certo. Esse processo batendo Alan Belcher no UFC 159.