domingo, 18 de novembro de 2012

Com torcida contra, Rafael dos Anjos
derrota rival canadense no UFC 154

Dominando o combate, peso-leve carioca vence Mark Bocek na decisão
unânime dos jurados e confirma sua boa fase no show de Montreal

Por SporTV.com Montreal, Canadá
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O UFC 154, em Montreal, teve um pouco de sotaque carioca. No card principal do show, o peso-leve Rafael dos Anjos derrotou o canadense Mark Bocek diante da torcida local e confirmou o seu bom momento dentro do Ultimate. O triunfo foi na decisão unânime dos jurados, com o brasileiro dominando os três rounds com ampla vantagem (triplo 30-27).
Com a vitória, Rafael alcançou a sequência de três triunfos no UFC, já que venceu Anthony Njokuani e Kamal Shalorus em seus últimos combates pela organização.
UFC 154  Rafael dos Anjos e Mark Bocek (Foto: Agência Getty Images)O brasileiro Rafael dos Anjos ataca o rival canadense Mark Bocek no UFC 154 (Foto: Agência Getty Images)
Rafael iniciou a luta cheio de vontade, conectando logo de cara um uppercut em Mark Bocek, que optou por levar o combate para grade. De volta ao centro do octógono, o lutador brasileiro acertou um bom jab. Na sequência, o canadense voltou a empurrar Rafael dos Anjos para a grade em busca de uma queda. Seguro, o carioca se protegia e não deixava o oponente levar a luta para o chão, acertando algumas cotoveladas em resposta. Na volta para a trocação, o atleta brasileiro continuou levando ampla vantagem, combinando socos mais precisos. Bocek ainda tentou uma joelhada e obteve dois uppercuts como resposta. Com o muay-thai afiado, o brasileiro manteve a luta em pé e seguiu pontuando mais.
O segundo round continuou com Rafael partindo para a trocação com o rival; Mark Bocek acabou acertando a região genital do brasileiro e parando o combate. Na volta, o atleta da casa aplicou uma queda, mas Dos Anjos acabou invertendo a posição e acertando um bom e certeiro jab. Em vantagem no solo, o carioca começou a buscar uma boa posição para encaixar uma finalização, mas não encontrou espaç. Já bem castigado e machucado, o canadense tentava se defender e conseguir inverter a posição, sem sucesso. Tranquilo, o brasileiro somou pontos manteve seu domínio até o fim do assalto.
UFC 154  Rafael dos Anjos e Mark Bocek (Foto: Agência Getty Images)Rafael dos Anjos comemora sua vitória sobre Mark Bocek no show de Montreal (Foto: Agência Getty Images)
No terceiro e último assalto, o brasileiro tentou uma queda, mas foi Bocek quem se defendeu e colocou a luta na grade. Com tranquilidade, o brasileiro inverteu a posição e colocou a luta para baixo no double leg. Em vantagem no solo, Rafael buscou o braço do rival, mas não encaixou a posição. Com a luta de volta ao centro, a trocação recomeçou. Muito superior, o carioca continuou a acertar golpes na linha de cintura. Em ampla desvantagem, o canadense empurrou o brasileiro de novo par a grade, mas não conseguiu nenhum golpe contundente. A menos de um minuto do fim, o árbitro voltou a luta ao centro do octógono e Rafael tratou de atacar e garantir sua vitória.

O campeão voltou! Georges St-Pierre vence Condit e reina nos meio-médios

Nem mesmo ausência de 19 meses impediu que o canadense derrotasse o americano por decisão unânime dos juízes e unificasse o título da categoria

Por SporTV.com Montreal, Canadá
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  Nos momentos mais difíceis, quando tudo parece conspirar contra, um grande campeão reúne forças e supera cada um dos obstáculos que aparecem pela frente para mostrar que ele, sim, é o número um. Após 19 meses de ausência por conta de uma delicada cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho direito, o canadense Georges St-Pierre teve de superar um longo período de recuperação para encarar um dos maiores adversários de sua carreira: o americano Carlos Condit. E, na sua cidade de adoção, diante da sua torcida, o campeão mostrou que é digno de ostentar o cinturão unificado dos meio-médios do UFC ao conquistar uma vitória épica por decisão unânime dos juízes (49-46, 50-45 e 50-45).
UDC 154  Carlos Condit e Georges St-Pierre (Foto: Agência Getty Images)Georges St-Pierre festeja a vitória épica sobre Carlos Condit no UFC 154 (Foto: Getty Images)
- As pessoas falam sobre o título, mas eu dou o crédito a Carlos. Ele foi meu adversário mais duro. Por favor, palmas para Carlos Condit. A sensação do octógono, da luta e do público me fizeram falta. Eu senti falta de tudo. eu sei que Anderson Silva está aqui, mas eu só quero falar sobre Carlos Condit agora. Quero pensar mais sobre minha carreira, para ter certeza de que tomarei a decisão correta. Vou falar com meu empresário. Sobre a luta, eu não vi o chute de Condit vindo, eu vi um borrão e fui atingido. O que você não vê é o que é mais perigoso. Muito obrigado a todos pelo apoio. Eu lutei por vocês, que me deram a oportunidade de viver uma noite tão especial - disse St-Pierre, ainda no octógono.
Mesmo decepcionado pela derrota, Carlos Condit não deixou de elogiar Georges St-Pierre pela vitória.
- É um grande elogio vindo de um grande campeão. Foi uma honra lutar contra um cara como Georges em Montreal. Ele conseguiu me levar para o chão, e eu não consegui sair deles. Quando meu chute o acertou, eu achei que iria vencer a luta. Talvez eu consiga numa próxima oportunidade - disse Condit após a luta
Com o resultado, St-Pierre não só reunifica o título da categoria, como também aumenta para dez o seu número de vitórias seguidas no UFC. Já Carlos Condit sofreu sua sexta derrota na carreira, tendo interrompida uma série de cinco triunfos consecutivos.
A luta
UDC 154  Carlos Condit e Georges St-Pierre (Foto: Agência Getty Images)Carlos Condit tenta se defender dos ataques de
Georges St-Pierre no UFC 154 (Foto: Getty Images)
O primeiro round começou com St-Pierre dominando o centro do octógono, cercando Condit, mas evitando arriscar qualquer ataque mais ambicioso. Condit mantinha a postura conservadora, aguardando a iniciativa do canadense para tomar uma decisão. Ao som de mais de 20 mil vozes, St-Pierre conseguiu levar Condit para o chão e, bem ao seu estilo, foi tomando conta do combate, ainda que na meia-guarda do americano. Mantendo a calma, o americano conseguiu montar a guarda, e se protegia dos golpes no rosto, mostrando paciência. Mesmo por baixo, Condit conseguiu acertar alguns golpes fortes no rosto de St-Pierre, que evitava a escalada de guarda. No intervalo. Condit apresentava um corte no supercílio direito, fruto de uma cotovelada, que sangrava bastante.
No segundo round, Condit voltou mais agressivo, buscando chutes altos, mas St-Pierre não se intimidava, e contra-atacava com chutes, além de se manter à distância, evitando os golpes do americano. Mantendo o controle do centro do octógono, o canadense mostrava melhor controle da distância, e acertava alguns golpes de direita no supercílio ferido de Condit, minando sua resistência. A 2m07s do fim do round, um novo takedown levou Condit novamente ao chão, e, na meia-guarda, St-Pierre aproveitou para atacar ainda mais o local ferido. Condit tentava escalar a guarda, mas o canadense protegia com eficiência seu  braço de uma chave e, ao mesmo tempo, aplicava cotoveladas no rosto do americano, que estava cada vez mais castigado.
O panorama se manteve praticamente inalterado no início do terceiro round, até que um chute dado por Condit surpreendeu e derrubou St-Pierre. O americano aproveitou para atacar o canadense com cotoveladas no rosto que abalavam a resistência do canadense. Mesmo ferido, St-Pierre conseguiu um belo movimento, derrubando Condit e voltando a ficar por cima, mas já sem a mesma eficiência dos rounds anteriores. Condit aproveitava para tentar cotoveladas e se defendia dos socos desferidos pelo rival. A batalha se tornava épica, com os dois lutadores dando tudo o que podiam no octógono, para delírio do público, que aplaudia incessantemente os lutadores ao fim do round.
UDC 154  Carlos Condit e Georges St-Pierre (Foto: Agência Getty Images)Carlos Condit tenta aplicar contragolpes em Georges
St-Pierre no UFC 154 (Foto: Agência Getty Images)
O quarto round trouxe Condit apostando nos chutes altos, como os que derrubaram St-Pierre no round anterior. O canadense não perdeu tempo e voltou a buscar a derrubada, com sucesso, levando a luta novamente para o chão. Com cotoveladas e socos por cima, St-Pierre dominava o americano e não dava chance para que a luta voltasse para o alto. O americano tentou um triângulo, mas St-Pierre defendeu, voltando a ficar por cima no chão. A 1m10s do fim do round, Condit conseguiu inverter a posição, mas o canadense reconquistou a posição, ficando por cima novamente. O americano não descansava, e buscava sair de baixo do rival, mas St-Pierre se mantinha concentrado, dominando o rund até o fim.
No quinto e último round, St-Pierre começou com uma combinação de gancho de esquerda e chute. respondida com um chute longo por Condit, que defendeu bem a tentativa de takedown do canadense para, em seguida, tentar aplicar um chute alto, sem sucesso. Os dois lutadores apresentavam alguns sinais de cansaço, mas não diminuíam o ritmo da luta. Condit tentava socos altos e chutes, enquanto St-Pierre, mais uma vez, levava a luta para o chão, ficando por cima, evitando que o americano tivesse espaço para aplicar golpes. A um minuto do fim, Condit cedeu as costas ao canadense, que tentou a finalização, mas acabou voltando para a guarda do americano e trocando golpes até o fim do combate, quando ambos se abraçaram, reconhecendo a grande luta que protagonizaram.
Confira todas as lutas do UFC 154:
Georges St-Pierre venceu Carlos Condit por decisão unânime dos juízes
Johny Hendricks venceu Martin Kampmann por nocaute no primeiro round
Francis Carmont venceu Tom Lawlor por decisão dividida dos juízes
Rafael dos Anjos venceu Mark Bocek por decisão unânime dos juízes
Pablo Garza venceu Mark Hominick por decisão unânime dos juízes
Patrick Cotê venceu Alessio Sakara por desclassificação
Cyrille Diabate venceu Chad Griggs por finalização no primeiro round
John Makdessi venceu Sam Stout por decisão unânime dos juízes
Antonio 'Pato' Carvalho venceu Rodrigo Damm por decisão dividida dos juízes
Matthew Riddle venceu John Maguire por decisão unânime dos juízes
Ivan Menjívar venceu Azamat Gashimov por finalização no primeiro round
Darren Elkins venceu Steven Siler por decisão unânime dos juízes

St-Pierre não liga para críticas e se diz feliz com retorno: 'Dei tudo de mim'

Campeão dos meio-médios enaltece luta acirrada com Carlos Condit

Por SporTV.com Montreal
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 A vitória de Georges St-Pierre sobre Carlos Condit, neste sábado, em Montreal, foi a quinta consecutiva do campeão dos meio-médios através da decisão dos jurados. Por conta de seu estilo de luta, o canadense já está acostumado a receber críticas e levar a fama de ''amarrão''. Tranquilo, ele faz pouco caso disso. Na entrevista coletiva após o evento, que marcou seu retorno após um ano e meio afastado por lesões, GSP se mostrou muito satisfeito com sua atuação durante no UFC 154.
- Estou feliz porque dei tudo o que eu tinha no octógono. O meu córner me colocou no vermelho, me fez colocar tudo o que eu tinha em todos os rounds. Dou o crédito ao Carlos. As pessoas reclamam que você não finaliza luta, mas esquecem que tem outra pessoa dura lá também. Dei tudo de mim - disse o campeão, que não perde desde 2007.
Georges St-Pierre (dir.) com gelo na cabeça após UFC 154 (Foto: Reprodução/Youtube)Georges St-Pierre (dir.) com gelo na cabeça após UFC 154 (Foto: Reprodução/Youtube)
Logo após o fim do combate do Canadá, o meio-médio Nick Diaz, desafeto de GSP, usou seu Twitter pessoal para alfinetar o campeão e afirmar que ''não ficou impressionado com a performance''. Questionado pela imprensa sobre o comentário, St-Pierre não poupou o americano e voltou a defender sua forma de vencer.
- (Risos) Eu acho que fiz melhor que o Nick Diaz fez contra o Carlos Condit. Mas eu fiz o meu melhor, foi uma luta muito difícil. Desta vez, no octógono, tive muita diversão. Mesmo quando ele me acertou, me diverti. Não tenho o poder de nocaute do Rampage Jackson, ou o a força atlética do Jon Jones, ou a precisão do Anderson Silva, ou o wrestling do Chael Sonnen, mas uso minhas habilidades para dar o meu melhor e luto pelos meus fãs - completou.

Damm diz que dirigente do UFC o considerou vencedor contra Pato

Peso-pena brasileiro agradece ao apoio da torcida e do companheiro de treinos Anderson Silva após derrota no UFC 154, no sábado, em Montreal

Por SporTV.com Montreal
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O brasileiro Rodrigo Damm fez luta bastante equilibrada contra o canadense Antonio "Pato" Carvalho no UFC 154, neste sábado em Montreal. Sem nocaute ou finalização, a decisão por pontos dos juízes laterais acabou favorecendo o atleta da casa, que levou a melhor nos cartões de pontuação de dois dos três jurados. O lutador capixaba, porém, não saiu do octógono abalado. O ex-participante do The Ultimate Fighter - Em busca de campeões teria sido confortado pelo matchmaker (responsável pelo casamento de lutas) do UFC, Joe Silva, após o combate (Reveja no vídeo ao lado).
- Estou tranquilo de que estava bem no combate. O Pato é um cara duro e pude mostrar minha evolução na trocação. Só estou chateado pelo resultado, mas agora é continuar trabalhando forte para voltar melhor ainda. Quando deixei o octógono, o Joe Silva falou que, para ele, eu tinha vencido. E falou para eu continuar trabalhando. É o que eu vou fazer - afirmou Rodrigo Damm, através da sua assessoria de imprensa.
UFC 154 Antonio carvalho e Rodrigo Damm (Foto: Agência Getty Images)Rodrigo Damm tenta um overhand contra Antonio Pato no UFC 154 (Foto: Getty Images)
Joe não foi o único Silva a consolar Damm no Canadá: Anderson Silva, companheiro de treino do capixaba na equipe XGym e que atuou como seu córner na luta, também disse palavras de apoio, assim como familiares e amigos que o telefonaram após o combate. Agora com 10 vitórias e seis derrotas no MMA, o peso-pena se mantém confiante que pode se estabelecer no UFC.
- Muitas pessoas vieram falar comigo, conversar para não ficar chateado, pois acharam que fui melhor e que eu venci. Quero aproveitar para agradecer o apoio de todo mundo, da minha equipe, da minha família, dos capixabas que torceram por mim, enfim, e ao Anderson, que subiu ao octógono comigo e me ajudou bastante. Eu vou voltar mais forte ainda - concluiu Damm.

Dana White: 'Eu quero, Anderson quer... Vou fazer a luta com St-Pierre'

Presidente, porém, diz que vai dar alguns dias de folga ao canadense antes de negociar. Canadense diz que Spider pode descer até sua categoria

Por SporTV.com Montreal
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Após bater Carlos Condit e manter o cinturão peso-meio-médio do Ultimate no UFC 154, o canadense Georges St-Pierre se recusou a confirmar a aguardada superluta contra Anderson Silva, alegando que precisaria pensar com calma. O presidente do Ultimate, Dana White, porém, garantiu aos fãs que fará o duelo, que vale o título de "melhor lutador peso-por-peso do mundo", acontecer.
Georges St-Pierre (dir.) com gelo na cabeça após UFC 154 (Foto: Reprodução/Youtube)Georges St-Pierre (dir.) com gelo na cabeça após UFC 154 (Foto: Reprodução/Youtube)
- Anderson Silva quer, eu quero... (Meu trabalho) É fazer isso acontecer. Vou fazer essa luta do GSP acontecer... Provavelmente ao redor de maio - afirmou White em entrevista à TV americana.
O presidente contou ainda que Anderson Silva lhe disse, durante o evento deste sábado, que "está pronto" para a superluta. Todavia, White disse que daria a St-Pierre uma folga para descansar por algumas semanas antes de discutir a possibilidade.
Ed Soares, Anderson Silva e Lyoto Machida no UFC 154 (Foto: Reprodução/Twitter)Ed Soares, Anderson Silva e Lyoto Machida no UFC
154 (Foto: Reprodução/Twitter)
Em entrevista ao canal de TV parceiro do Ultimate nos EUA, o brasileiro disse que gostou do "novo Georges", e que seu plano é enfrentá-lo em seguida. Na coletiva de imprensa posterior ao evento, St-Pierre, que apareceu com um saco de gelo na cabeça, voltou a dizer que ainda queria descansar após "apanhar muito" de Condit, mas especulou sobre qual categoria de peso seria usada para o combate com o Spider.
- Não sei ainda. É uma boa pergunta. Sei que o Anderson lutou com 168 libras (76,2kg) quando estava com 20 e poucos anos. Não sei quantos quilos ele tem atualmente. Eu não posso subir ou descer muito de peso. Luto sempre com 170 (77,1kg). Eu posso aparecer com 177 (80,3kg), mas eu não sei o peso normal dele, ele pode aparecer com 93kg, 100kg. Não sei, mas o UFC pode fazer mágica, vamos ver (risos) - comentou St-Pierre.
SporTV.com/Combate: as últimas notícias do MMA e UFC
White seguiu a resposta avisando aos jornalistas que seria inútil fazer perguntas a St-Pierre sobre a superluta, pois ele ainda não conversou com o lutador sobre seus detalhes. O campeão aproveitou a oportunidade para criticar a atenção extra que a superluta recebeu mesmo durante a preparação para o confronto com Condit.
- O que me irritou foi que eu ainda nem tinha voltado e todos estavam falando do Anderson Silva, e acho isso desrespeitoso. Meu adversário é um ótimo lutador. Agora preciso de uma parada, um descanso, apanhei muito na cabeça.

TUF 16: brasileiro Igor Araújo perde e se despede da disputa americana

Mineiro é dominado por seu oponente e cai na decisão dos jurados

Por SporTV.com Las Vegas
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O 10º episódio do reality show The Ultimate Fighter 16, nos Estados Unidos, foi marcado pela eliminação do único representante brasileiro, Igor Araújo, da disputa. O meio-médio do time de Shane Carwin foi derrotado por Colton Smith, da equipe de Roy Nelson, na decisão unânime dos jurados. Com o triunfo sobre o mineiro, Smith avançou às semifinais da disputa.
O episódio ainda teve outro combat que garantiu vaga nas semis. Neil Magny venceu Bristol Marunde, em um duelo entre dois atletas da equipe de Carwin. Magny também carimbou presença nas semifinais.
Colton Smith Igor Araujo tuf (Foto: Getty Images)O brasileiro Igor Araujo foi derrotado por Colton Smith e está fora da disputa (Foto: Getty Images)
O combate entre Igor e Colton teve dois rounds comandados pelo experiente árbitro
Steve Mazzagatti. De forma inteligente, o Colton Smith circulava pelo octógono desferindo golpes precisos no brasileiro, conseguindo pontuar. Ao conseguir uma boa queda, Smith chegou a tentar um estrangulamento, mas não obteve sucesso. Ainda tranquilo, Igor tentava inverter a posição para pegar as costas do oponente. Apesar da vontade do meio-médio brasileiro, é Colton quem controla as ações.
No segundo round, Igor entra com mais energia para atacar, mas é surpreendido por Smith que fecha o espaço e leva a luta novamente para o solo. Se defendendo bem, Colton conseguiu estabelecer a posição por cima, aplicando socos e cotoveladas no brasileiro. O córner de Igor Araújo pede reação, mas ele termina o combate sendo dominado pelo oponente.

Após sofrer no ônibus, Palmeiras é rebaixado no km 322 da Via Dutra

Delegação acompanha duelo entre Portuguesa e Grêmio durante viagem de volta para São Paulo. E chega ao inferno em Itatiaia, com silêncio e lágrimas

Por Diego Ribeiro Via Dutra, km 322
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Em campo, o Palmeiras não conseguiu o principal objetivo: vencer o Flamengo. Empatou por 1 a 1, em Volta Redonda, e colocou o próprio destino nas mãos dos adversários. Restou ao Verdão segurar as lágrimas - de alegria ou tristeza - até o fim do jogo da Portuguesa contra o Grêmio, no Canindé. Acabada a partida no Raulino de Oliveira, o time entrou em um ônibus para percorrer a Rodovia Presidente Dutra de olho no que o destino reservava: uma estrada com um oásis no fim ou o inferno da Série B à espera em algum lugar entre Rio e São Paulo.
Ônibus do Palmeiras na Via Dutra (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Ônibus do Palmeiras escoltado pela polícia na Via Dutra (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Após o empate, a delegação palmeirense ainda ficou em silêncio por cerca de uma hora no vestiário. Choro, só no campo, de forma modesta. Os jogadores ficaram quietos, cabisbaixos, sem reação.
- Já viram velório? Foi isso que aconteceu depois do jogo - resumiu o técnico Gilson Kleina.
O grupo caminhou para o ônibus com a expressão de quem perdeu realmente um amigo ou parente próximo. A viagem seria de muita tensão. Afinal, o time deixou o estádio às 20h, quando Portuguesa e Grêmio já se enfrentavam no Canindé, com o placar de 0 a 0. Um empate já seria suficiente para rebaixar o Palmeiras, que precisaria torcer como nunca por uma vitória dos gaúchos.
Na Via Dutra, mais silêncio. Apenas as luzes de tablets e celulares iluminavam o ambiente fúnebre. Todos acompanhavam pela internet o jogo da Lusa sem emitir qualquer som. Parecia que, se alguém falasse, algo poderia dar errado. O primeiro barulho veio quando a Portuguesa fez o primeiro gol, aos sete minutos do segundo tempo, com Moisés. Em algum lugar na estrada, entre as cidades de Barra Mansa e Resende, ainda em solo fluminense, Maurício Ramos não segurou as lágrimas. Chorou como uma criança. Caía a ficha. Em poucos minutos, não estava sozinho: outros jogadores também choraram.
Ônibus do Palmeiras na Via Dutra (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Polícia Militar do RJ escolta Palmeiras até Itatiaia (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
A marretada na cabeça veio com o segundo gol da Portuguesa, aos 15 minutos, com Léo Silva. Alguns desligaram seus aparelhos eletrônicos, pois tudo estava acabado, acreditavam. Mas sempre tem alguém que não desiste, que não consegue se isolar no silêncio da estrada enquanto o destino está sendo jogado lá fora. Em um dos celulares, veio a notícia: gol do Grêmio! André Lima marcou, aos 28. A esperança se renovava. Em quatro minutos, o sentimento cresceu e se fortaleceu: gol do Grêmio! Zé Roberto, aos 32.
Será que ainda dava? O empate no Canindé seguia rebaixando o Palmeiras, mas o gol do Grêmio parecia estar tão perto. Era tudo o que o Verdão precisava. Apesar de carregado de tensão, o ambiente voltou a ficar silencioso. Sabe aquela sensação de que, se alguém falar, tudo desanda? Ela havia retornado. Enquanto isso, a Polícia Militar do Rio, que fazia a escolta do ônibus, se despedia aos poucos dos palmeirenses. Alguns carros ainda seguiriam até o posto de pedágio que marca a divisa entre Rio e São Paulo. Era a hora de a Polícia Rodoviária assumir o restante do trajeto.
Minutos de sofrimento. Vai dar, não vai dar. Não deu. O árbitro apitou o fim da partida às 21 horas e 22 minutos, com 47 minutos de segundo tempo. O 2 a 2 estampou os celulares e tablets palmeirenses. As lágrimas já haviam se esgotado, apenas a tristeza profunda era companheira de viagem de cada um naquele ônibus. E, na altura de Itatiaia, no quilômetro 322 da Via Dutra, a 15 km de alcançar a divisa com o estado de São Paulo, o Palmeiras chegou ao inferno.

Grêmio reage, empata com a Lusa e confirma rebaixamento do Palmeiras

Igualdade de 2 a 2, no Canindé, mantém Tricolor em segundo e time paulista com riscos de acompanhar rival na Série B em 2013

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
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  • deu errado
    um atacante
    A formação com apenas Marcelo Moreno na frente fracassou. No primeiro tempo, o Grêmio só assistiu à Lusa. Trocou e conseguiu empatar
  • deu certo
    Marquinhos
    O meia entrou no segundo tempo e deu passe para os dois gols do Grêmio, de André Lima e Zé Roberto. A substituição foi decisivo.
  • como fica?
    Lusa em risco
    Depois de abrir 2 a 0, o time paulista se complicou. Pode cair à Série B. Está um ponto apenas do Z-4. Pode se livrar se ganhar e o Sport perder na próxima rodada
O Grêmio entrou em campo, em São Paulo, neste domingo, pela 36ª rodada do Brasileirão representando duas torcidas. Primeiro, a tricolor, que esperava que vitória combinada com o tropeço do Atlético-MG diante do Atlético-GO encaminhasse a segunda colocação e a consequente vaga direta à fase de grupos da Libertadores 2013. Os palmeirenses também botavam fé nos gaúchos, pois só a derrota da Lusa manteria as esperanças de permanecer na Série A. Mas não deu. Ao empatar em 2 a 2, com excelente reação no segundo tempo, o time do Sul se manteve um ponto a frente do Galo (67 a 66) e não permitiu que o adversário do Canindé respirasse aliviado, afinal, ainda corre risco de cair. E, de quebra, rebaixou o Verdão. Tem 34 pontos e não alcança mais o time de Geninho, com 41.
Agora, as duas equipes têm uma semana de treinos até a próxima rodada, domingo, às 17h, fora de casa. Em Florianópolis, o Tricolor desafia o Figueirense. A Lusa, em Porto Alegre, encara o Internacional.
Naldo grêmio ananias portuguesa (Foto: Ale Cabral / Agência Estado)Naldo é perseguido por Ananinas no Canindé (Foto: Ale Cabral / Agência Estado)
Deu sono
Foi um começo de jogo muito movimentado. Partindo para cima, o time paulista se aproveitou do mau posicionamento, cansaço e ressaca dos gaúchos – enfrentaram e foram eliminados pelo Millonarios, quinta-feira, na Sul-Americana. Em cinco minutos, tinha uma finalização e dois escanteios.
É verdade que a maior posse de bola não se transformava em chances de gol. Só aos 13 a Portuguesa assustou: Ananinas cruzou, Bruno Mineiro apareceu livre dentro da área e só não marcou pois Marcelo Grohe saiu e interceptou a bola. A mesma prática, adotada por Naldo, impediu que Ananias abrisse o placar aos 24.
Demorou para o Grêmio equilibrar a partida. Sem Gilberto Silva (poupado) e Kleber (torção de tornozelo esquerdo), Vanderlei Luxemburgo apostou no esquema 4-5-1, com apenas Marcelo Moreno no ataque. Embora o meio campo esitvesse recheado, o time não conseguia reter a bola e tampouco organizar os ataques.
Só aos 30, o goleiro Gledson teve de trabalhar. Elano cobrou falta, Werley desviou para o gol e saiu comemorando. A jogada, porém, foi anulada. Impedimento inexistente marcado. Foi a única chance criada. Além disso, apenas chutes de fora da área e cruzamentos sem perigo foram a tônica da produção ofensiva.
Chegou a dar sono. As duas equipes pouco produziram na sequência. Não fosse Marcelo Grohe, a Lusa teria ido para o intervalo em vantagem. Depois de cruzamento de Luis Ricardo, Rogério cabeceou, e o camisa 1 fez um milagre.
Reação no fim
No segundo tempo, a Lusa conseguiu transformar a superioridade em campo em vantagem no placar. Desde o primeiro minuto, quando Boquita chutou de fora da área e assustou Grohe, esteve perto de balançar a rede rival. O Grêmio? Nem perto.
O primeiro gol veio de pênalti. Aos cinco minutos, Naldo derrubou Moisés dentro da área. Os gremistas reclamaram, mas o camisa 10 bateu firme no canto direito: 1 a 0. Um chute de Elano por cima do gol de Gledson, no minuto seguinte, deu pinta de que o Grêmio iria reagir. Não aconteceu.
Nem as três trocas simultâneas – Marquinhos, Leandro e André Lima entraram nas vagas de Anderson Pico, Elano e Marcelo Moreno – ajudaram. Depois de boa jogada de Luis Ricardo pela direita, Léo Silva bateu de primeira sem chance de defesa. O 2 a 0 praticamente terminou o jogo.
Mas o Grêmio surpreendeu. Mesmo sem apresentar um bom futebol, começou a se recuperar em campo. Marquinhos cobrou falta, e André Lima desviou de cabeça: 2 a 1, aos 28. Logo em seguida veio o empate. Aos 32, em novo passe de Marquinhos, Zé Roberto apareceu na área, cortou o zagueiro e tocou na saída do goleiro: 2 a 2.
E ficou nisso. Empate, Grêmio em segundo, Lusa ainda à perigo, e Verdão rebaixado.
Sport vence o Bota na Ilha e diminui vantagem da Lusa para um ponto
Resultado dá mais ânimo ao time pernambucano na luta contra o rebaixamento. Alvinegro não tem mais chances de vaga na Libertadores
 
DESTAQUES DO JOGO
  • estatísticas
    pés na fôrma

    Os volantes do Bota, Renato e Gabriel foram muito bem nos passes. O segundo acertou 35 e errou apenas um. Já o primeiro acertou todos os 18 que deu.
  • nome do jogo
    Henrique

    O atacante entrou no segundo tempo e foi desicivo para a vitória do Sport. O gol marcado por Gilberto foi assistência dele, que ainda marcou o segundo.
  • polêmica
    Pênalti?

    Os botafoguenses reclamaram muito de uma penalidade em cima do atacante Elkeson cometida por Tobi. Naquele momento, o jogo estava 1 a 0.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Foi no sufoco, mas o Sport venceu o Botafogo por 2 a 0, neste domingo, no Recife, e ganhou ânimo para a luta para fugir do rebaixamento. A equipe segue em 17º, mas agora chegou a 40 pontos e diminuiu para um ponto em relação à Portuguesa, que empatou com o Grêmio e agora tem 41 pontos. O resultado da Lusa rebaixou o Palmeiras. As quedas do Atlético-GO e do Figueirense já estavam confirmadas. Faltam duas rodadas para o término do Campeonato Brasileiro.
- Fico feliz pelo resultado e por nossa condição, mas com meus dois pés no chão, pois ainda estamos em uma situação complicada. Temos uma responsabilidade aumentada porque um clube como Sport deveria estar em uma situação melhor e temos que trabalhar mais - disse o técnico Sérgio Guedes.
A derrota para o Sport colocou ao sonho do Botafogo de conquistar uma vaga na Libertadores, já que o time permanece com 54 pontos, agora na sexta posição, e não consegue mais alcançar o São Paulo, que chegou a 62 pontos após vencer o Náutico. Os gols da partida foram marcados pelo atacante Gilberto e pelo meia Henrique.
- O Botafogo está construindo uma coisa a longo prazo, o time vai crescendo, com certeza. Ainda temos mais dois jogos para acabar da melhor maneira possível esse ano - disse o holandês Seedorf.
No próximo domingo, às 17h (de Brasília), o Sport recebe o campeão Fluminense na Ilha do Retiro. No mesmo dia e horário, o Bota enfrenta o Atlético-MG no Engenhão.
Equilíbrio e má pontaria
Melhor posicionado em campo, o Botafogo começou a partida mais efetivo no ataque do Sport, principalmente com o lateral Lucas pelo lado direito. Depois, o dono da casa passou levar mais perigo e a torcida pernambucana ficou inflamada. A principal arma do Leão era a jogada aérea. Primeiro, Cicinho cruzou na medida para Hugo, mas o meia não conseguiu mandar no alvo. Aílson até mandou na direção do gol, mas Jefferson fez grande defesa. Tobi também teve boa oportunidade, mas falhou.
Sport x Botafogo (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)Jogadores do Sport comemoram o gol marcado (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
Pelo lado direito, com Cicinho e Felipe Azevedo, o Sport criava suas melhores tramas ofensivas, mas estava faltando o passe final para deixar o companheiro na cara do gol. Hugo até teve uma chance clara de frente para o gol após furada da zaga do Bota, mas o camisa 80 se enrolou ao tentar chutar com a perna direita, que não é a boa, e desperdiçou.
Da metade para o fim do primeiro tempo, o Bota equilibrou as ações e passou a igualar na posse de bola. Com muita movimentação, Lodeiro e Andrezinho davam trabalho para a zaga rubro-negra. O número de finalizações das equipes mostrou quanto a partida era parelha: sete tentativas do Alvinegro contra seis do Leão.

Gilberto e Henrique dão a vitória ao Sport

O Botafogo voltou do vestiário e de cara deu um susto na torcida rubro-negra. Seedorf cruzou da direita, Lucas desviou de cabeça e Bruno Mendes, apagado no primeiro tempo, não chegou em tempo de empurrar a bola para rede. A resposta do Spor veio na cobrança de falta de Reinaldo que Jefferson fez grande defesa. Pouco depois, Gilberto também teve duas boas chances, mas errou o alvo.
Sport x Botafogo (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)Márcio Azevedo tenta levar o Botafogo ao ataque e sofre marcação (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
O ensaio valeu a pena. Aos 12 minutos, após um rápido contra-ataque, Gilberto recebeu ótimo passe de Henrique e, com Jefferson já batido, só teve o trabalho de empurrar para o fundo da rede: 1 a 0 no placar e delírio nas arquibancadas da Ilha do Retiro. Ainda no embalo, o Leão quase ampliou pouco depois com um forte chute de Felipe Azevedo, mas o goleiro alvinegro fez mais uma grande intervenção.
A partir do gol do Leão, o Bota passou a fazer pressão para tentar sair do prejuízo. Bruno Mendes teve uma ótima oportunidade após receber cruzamento de Lucas, mas Saulo fez grande defesa. Os alvinegros ainda reclamaram muito de um pênalti não marcado em cima de Elkeson cometido por Tobi. O alívio do Leão na partida veio aos 44 minutos. Henrique recebeu bom passe e chutou forte no canto direito do goleiro Jefferson: 2 a 0.

Após o apito final, os jogadores comemoraram muito o resultado junto com a torcida rubro-negra.
Flu celebra título antecipado com festa, 'olé' e derrota para o Cruzeiro
Campeão brasileiro de 2012 perde por 2 a 0 no Engenhão, mas torcedores pouco se incomodam e celebram a conquista antecipada 
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • estatística
    Chutes a gol

    Apesar de derrotado, o Fluminense finalizou o dobro de vezes do Cruzeiro: 16 a 8. Thiago Neves, com cinco, foi quem mais tentou no Tricolor.
  • paredão
    Rafael

    O goleiro reserva de Fábio foi muito bem, fez quatro defesas difíceis durante os 90 minutos e garantiu a vitória por 2 a 0 dos mineiros no Rio
  • como fica?
    Torcida tricolor

    Gritos de tetracampeão, olé e ode aos protagonistas do título: os torcedores do Flu que foram ao Engenhão se preocuparam com tudo, menos com o placar
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Chute para fora, erro de passe e até pênalti cometido. Nada disso incomodou a torcida do Fluminense no jogo deste domingo contra o Cruzeiro. Justificável. Era dia de celebrar a conquista antecipada do título brasileiro. Mas entre um grito e outro de tetracampeão, o Flu deu brechas, e o Cruzeiro venceu por 2 a 0. Montillo e Elber fizeram os gols.
Mas quem ligou? Os mais de 35 mil torcedores presentes no estádio - 28.438 pagantes - só esperavam o apito final para assistir à entrega da taça. Tudo bem que a atuação ruim deixou o Engenhão mudo em parte dos 90 minutos. No geral, porém, a festa imperou e, mesmo derrotado, o tetracampeão nacional saiu de campo aplaudido.
Os protagonistas também entraram no clima festivo. O capitão Fred deixou um bigode à la “Don Fredom” para receber o troféu, Thiago Neves foi ainda mais ousado e pintou parte do cabelo de verde. Diego Cavalieri não mudou o visual, mas abriu mão da fisionomia geralmente fechada.
- Hoje, com certeza, estou com um sorriso enorme por ver essa torcida comemorando esse titulo. No início do ano, passamos por muitas dificuldades, mas conquistamos o Carioca. A campanha no Brasileiro foi incontestável. Foi suada, com muito sacrifico, mas vale por ver essa torcida feliz e comemorando com a gente - disse o camisa 12.

O Fluminense continua com 76 pontos e na penúltima rodada enfrenta o Sport no Recife. Esta foi a quarta derrota do time em 36 jogos.
Sem muito a almejar no Brasileirão, o Cruzeiro alcançou a segunda vitória consecutiva e mantém a insossa nona posição, com 49 pontos. Na próxima rodada, o time enfrenta o Coritiba, em Belo Horizonte.
- É como eu falei durante a semana. A oportunidade vai aparecer e apareceu nesse jogo. Eu sabia da dificuldade. Mas a equipe se portou muito bem, passou confiança para mim, e eu pude ajudar fazendo o gol - disse o jovem Elber.
time fluminense posado (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Jogadores do Fluminense posam para foto antes do jogo (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Montillo abre o placar no primeiro tempo
Se a ideia era homenagear a campanha tricolor, a partida deste domingo começou com o script correto aos dois minutos: defesa de Diego Cavalieri. Bola na área do Flu, Anselmo Ramon finalizou, e o goleiro se agigantou para colocar a escanteio.
O susto inicial não incomodou os campeões. Aos poucos, começaram a tomar conta da partida. Aos 15, Fred se antecipou ao goleiro Rafael e cabeceou por cima.
A torcida não estava alheia ao que ocorria em campo, mas parecia. Bola na defesa e grito de tetracampeão. Bola para fora e grito de tetracampeão. Aos 21, breve momento de silêncio. Gum agarrou Anselmo Ramon na área, e o árbitro assinalou pênalti. O argentino Montillo cobrou no canto esquerdo de Cavalieri e abriu o placar.
Fred fluminense cruzeiro (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Fred disputa bola na derrota para o Cruzeiro
(Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Bem posicionado na defesa, o time visitante sobreviveu à chuva de bolas aéreas do adversário. Nas 35 rodadas anteriores, o Fluminense dificilmente perdeu uma chance como a que Rafael Sobis desperdiçou aos 41. Carleto cruzou da esquerda, Rafael não alcançou,  e a bola sobrou para o atacante na pequena área. Ele se atirou, mas ela bateu na perna direita e foi para trás.

Raposa amplia, e tricolores  cantam “olé”

Os jogadores do Fluminense deixaram o campo no intervalo mirando a virada para brindar a festa da torcida. Mas a ansiedade e a afobação prejudicaram, e os mineiros fizeram o segundo logo no início da etapa final. Elber recebeu no meio de campo, avançou, driblou em velocidade Jean e Carleto e bateu cruzado. A bola tocou no pé da trave e entrou, aos dois.
Thiago Neves quase diminuiu aos quatro minutos, mas o forte chute de fora da área parou no poste direito. A partir dos dez, os torcedores do Fluminense ensaiaram gritos de “olé” a cada toque do time. Mas os erros seguidos começaram a impacientar parte da torcida. Carleto ouviu vaias.
De cabeça, Fred quase fez o 20º gol dele no campeonato. Rafael, sempre seguro, fez a defesa. E voltaram os gritos de tetracampeão. O Cruzeiro só não marcou o terceiro aos 35 porque o joelho esquerdo de Cavalieri salvou o chute de Elber.

Nos minutos finais, enquanto o palco para a entrega da taça era montado, o Flu pressionou, mas parou em Rafael. O goleiro fez pelo menos três boas defesas e segurou a vitória dos visitantes.

Hamilton tira vitória de Vettel, Alonso é 3º nos EUA, e decisão será no Brasil

No Texas, britânico da McLaren supera alemão da RBR, que ainda vê espanhol da Ferrari subir ao pódio. Massa faz boa prova e fica em quarto

Por GLOBOESPORTE.COM Texas, Estados Unidos
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No Velho Oeste de Austin, capital do Texas, Sebastian Vettel não levou o título antecipado e sequer a vitória no GP dos Estados Unidos deste domingo. Como nos clássicos filmes de faroeste, Lewis Hamilton encarnou o forasteiro e invadiu o saloon preparado para uma possível festa do tri do alemão. Ultrapassou Vettel a 14 voltas do fim, tirando a vitória de quem havia dominado todos os treinos do fim de semana, e triunfando na 19ª etapa da temporada 2012 da Fórmula 1. Em segundo, o piloto da RBR só ergueria a taça se seu rival na  briga pelo campeonato, Fernando Alonso, fosse oitavo. E naquela altura da prova, nem a vitória serviria mais para Vettel ser campeão no Circuito das Américas: após ser rápido no gatilho na largada e pular de sétimo para quarto, o espanhol da Ferrari ainda cruzou a linha de chegada em terceiro, adiando a disputa do título para a última corrida do ano, o GP do Brasil, dia 25 de novembro, em Interlagos.
Com o resultado, Vettel chegou aos 273 pontos, aumentando a vantagem na liderança para Alonso de dez para treze pontos. Entretanto, foi o espanhol quem saiu de Austin com o gostinho de vitória. Após temer perder o caneco para o alemão já neste domingo, ele segue para São Paulo ainda vivo no campeonato. Confira a classificação.
pódio lewis hamilton alonso e vettel gp dos eua (Foto: Agência Reuters)Com chapéus de caubói, Vettel, Hamilton e Alonso formam pódio no Texas (Foto: Reuters)
O cenário passou a ser o seguinte: para Vettel levantar a taça sem depender do espanhol,precisa chegar em quarto no Brasil. Já para Alonso levar o título, tem que vencer e torcer para o rival ser no máximo quinto. Se chegar em segundo, o alemão da RBR não poderá passar de oitavo. Se cruzar em terceiro, Vettel poderá chegar no máximo em décimo.
Faça suas previsões no Simulador da Fórmula 1:
Felipe Massa fez boa prova e terminou em quarto. Mas poderia ter ido mais além, caso não fosse uma atitude polêmica e estratégica da Ferrari, poucas antes de começar a prova. A equipe de Maranello violou propositalmente o lacre da caixa de marcha do carro do brasileiro para forçar uma punição de cinco posições no grid com o objetivo de favorecer Alonso. Com isso, o espanhol passou de oitavo para sétimo e passou a largar do lado limpo da pista. Partindo de 11º, Massa fez uma bela corrida de recuperação. Com boas manobras, como as ultrapassagens sobre Michael Schumacher e Kimi Raikkonen, cruzou em quarto. Bruno Senna também teve um bom desempenho e foi recompensado com o décimo lugar, que lhe rendeu um ponto.
RBR leva tricampeonato no Mundial de Construtores
Como prêmio de consolação para Vettel, seu segundo lugar deu à RBR o tricampeonato do Mundial de Construtores, mesmo com o abandono de Mark Webber por causa de problemas mecânicos. A escuderia austríaca chegou aos 440 pontos e não pode mais ser alcançada pela vice-líder Ferrari, que possui 367. Veja a classifação das equipes.
Foi a primeira corrida realizada no novíssimo Circuito das Américas, construído especialmente para a Fórmula 1. A última prova disputada nos EUA havia sido em 2007, no traçado misto de Indianápolis, também vencida por Hamilton. A categoria busca conquistar de vez o grande mercado consumidor de automobilismo nos Estados Unidos. E a resposta das arquibancadas foi boa. Em um domingo ensolarado, cerca de 130 mil lotaram o autódromo para prestigiar a prova que podia decidir o campeonato.
cartaz fernando alonso versus sebastian vettel - Agência AP (Foto: Agência AP)Como em cartaz de fã, toureiro Alonso conseguiu
driblar Vettel e levar decisão ao Brasil (Foto: AP)
Decisão é no GP do Brasil, dia 25/11
Agora é a torcida brasileira que fica com o privilégio de presenciar a disputa final da taça. O GP do Brasil, última etapa da temporada, definirá quem será o tricampeão mais jovem da história da Fórmula 1: Vettel, de 25 anos, ou Alonso, de 31. O recorde pertence a Ayrton Senna, obtido em 1991 aos 31 anos, seis meses e 29 dias. A TV Globo transmite ao vivo a corrida de Interlagos no próximo domingo, dia 25 de novembro, a partir das 14h (de Brasília).
largada rbr gp dos eua (Foto: Agência AFP)Por fora, Alonso ganhou posições na largada. Já
Lewis perdeu 2º lugar para Webber (Foto: AFP)
Ótima largada de Alonso
A grande atração da prova era a possibilidade de conquista antecipada de Vettel. Se o alemão vencesse, Alonso precisava ser quinto. Caso chegasse em segundo, o espanhol teria de ficar no máximo em nono. E, se cruzasse a linha final em terceiro, teria de torcer para o rival ficar fora da zona de pontuação.  E a polêmica decisão da Ferrari em provocar a punição a Massa acabou dando certo na largada. Do lado limpo da pista, Alonso aliou cautela e ousadia na largada, ficou por fora e ganhou três posições, de Schumahcer e Hulkenberg, que começaram da parte suja, e também de Raikkonen. O quarto lugar de Alonso já seria suficiente para adiar a disputa do título para o Brasil, em caso de vitória de Vettel. O alemão, por sinal, manteve a ponta no começo, enquanto Webber tomou o segundo lugar de Hamilton. Partindo de 11º, Massa ganhou uma posição na primeira volta. Já Bruno perdeu duas, caindo para 12º.
Nas primeiras voltas, a atração foi o embate entre Hamilton e Webber pelo segundo lugar. Após perder a posição na largada, o britânico tentou dar o troco, mas levou o "X" do australiano. Na volta 3, não teve jeito, e, finalmente, conseguiu a ultrapassagem.
Na volta 7, Grosjean rodou e retornou à pista logo à frente de Schumi e Massa, que disputavam posição. Os ex-companheiros de Ferrari passaram o francês da Lotus, e, na sequência, o brasileiro passou o alemão para assumir a oitava posição. Grosjean continuou perdendo terreno. Foi superado também por Senna e Pérez, e decidiu ir para os boxes.
felipe massa ferrari gp dos eua (Foto: Agência Reuters)Após largar em 11º, Massa teve corrida movimentada, com direito a boas ultrapassagens (Foto: Reuters)
Duas passagens depois, foi a vez de Bruno ultrapassar Schumi, que sofria com o intenso desgaste dos pneus. Massa também seguia escalando o pelotão, e tomou o sétimo lugar de Di Resta.
No grupo da frente, o ritmo de corrida das RBR não era tão forte quanto se esperava. Com isso, Hamilton começou a reduzir a desvantagem para o líder Vettel, enquanto Alonso tentava se aproximar de Webber, terceiro colocado.
Na 15ª volta, Hamilton ficou a apenas 1s de Vettel, margem que dá a possibilidade de acionar a asa móvel para tentar a ultrapassagem. Mas as atenções neste momento se voltaram para o outro carro da RBR. Pelo rádio, Webber foi informado que seu DRS (sistema de recuperação de energia cinética) não estava funcionado. Curvas depois, o australiano abandonou com problemas mecânicos. Melhor para Alonso, que assumiu a terceira posição. Massa, que pouco antes havia passado Hulkenberg, pulou para sexto com a saída de Webber, enquanto Senna foi para oitavo.
Apesar de o terceiro lugar ser mais do que suficiente para Alonso adiar a decisão do título, o espanhol continuou forçando, até demais, e acabou dando uma escapada na curva 19.
Ferrari se enrola em pit stop de Alonso e quase dá título de bandeja para Vettel
Alonso fez sua parada nos boxes na volta 21. E não foi das melhores. Os mecânicos demoraram a trocar o pneu traseiro direito da Ferrari, e o espanhol retornou em quinto, posição que daria o título para Vettel, que já havia feito seu pit stop, mantendo a liderança. A essa altura, o segundo era Raikkonen, que ainda não tinha parado, seguido por Hamilton e Massa.
pit stop fernando alonso ferrari gp dos eua - Agência AP (Foto: Agência AP)Ferrari se enrola em pit stop e quase complica luta de Alonso em impedir título de Vettel (Foto: AP)
E o drama de Alonso aumentou logo depois. O espanhol não voltou à pista com um bom rendimento em razão dos pneus ainda frios e foi ultrapassado por Button, caindo para sexto. Logo depois de perder a segunda posição para Hamilton, Raikkonen finalmente foi para os boxes. O pit também foi lento, e o finlandês voltou atrás de Alonso. No retorno à pista, Kimi quase decidiu o campeonato: freou tudo para não acertar a Ferrari do espanhol em cheio.
Com Vettel em primeiro e Alonso em quinto, o título ficaria com o alemão. Porém, Massa e Button ainda não tinham feito seus pit stops. O brasileiro parou nos boxes na passagem 26 e retornou logo atrás do parceiro de equipe. Em quarto, o espanhol voltava a adiar a decisão do caneco. Sem os pneus aquecidos, Massa perdeu lugares para Ricciardo e Raikkonen, caindo para sétimo. Já Button, único dos pilotos do pelotão da frente a iniciar com compostos duros, se manteve na pista, em terceiro.
Enquanto isso, Vettel encontrou um bom ritmo e passou a abrir de Hamilton na liderança. Porém, o britânico reagiu, e voltou a colar no alemão, reduzindo a diferença para apenas 0s6.
Na 36ª volta, Button finalmente seguiu para os boxes alçando Alonso para o terceiro lugar. Com 30s de desvantagem para Hamilton e mais de 10s à frente de Massa, que passara Raikkonen após dez voltas de duelo, restava ao espanhol levar o carro até a bandeirada.
lewis hamilton mclaren vettel rbr gp dos eua (Foto: Agência AFP)Lewis passou Vettel na volta 42 (Foto: AFP)
Hamilton consegue ultrapassar Vettel
E na disputa pela vitória, Hamilton seguia perto de Vettel, que tentava administrar a pequena vantagem. E o disparo fatal veio na volta 42. Na reta principal, o britânico colocou pela direita e tomou a ponta do alemão da RBR. Com Vettel em segundo e Alonso em terceiro, a disputa da taça ficou ainda mais encaminhada para Interlagos. Pelo rádio, o alemão reclamou de que teria perdido tempo com retardatários, o que propiciou Hamilton ter condições de reduzir a diferença para menos de 1s e usar a asa móvel para fazer a ultrapassagem.
Nos instantes finais, duelos apenas no pelotão intermediário, como a briga interna da Williams, com direito a toque de rodas entre Pastor Maldonado e Bruno Senna, pela nona colocação. As posições dos ponteiros se mantiveram até o fim das 56 voltas, deixando a decisão do título para o próximo domingo, no Brasil.
lewis hamilton mclaren Vettel rbr gp dos eua (Foto: Agência Getty Images)Hamilton recebe a bandeirada para vencer primeira prova no Circuito das Américas (Foto: Getty Images)
Confira o resultado final do GP dos Estados Unidos:
1 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) – 1h35m55s269
2 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) – a 0s600
3 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) – a 39s200
4 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) – a 46s000
5 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) – a 56s400
6 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus-Renault) – a 1m04s400
7 - Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault) – a 1m10s300
8 - Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes) – a 1m13s700
9 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Renault) – a 1m14s500
10 - Bruno Senna (BRA/Williams-Renault) – a 1m15s100
11 - Sergio Perez (MEX/Sauber-Ferrari) – a 1m24s300
12 - Daniel Ricciardo (AUS/STR-Ferrari) - a 1m24s800
13 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) – a 1m25s500
14 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) – a 1 volta
15 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) – a 1 volta
16 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) – a 1 volta
17 - Vitaly Petrov (RUS/Caterham-Renault) – a 1 volta
18 - Heikki Kovalainen (FIN/Caterham-Renault) – a 1 volta
19 - Timo Glock (ALE/Marussia-Cosworth) – a 1 volta
20 - Charles Pic (FRA/Marussia-Cosworth) – a 2 voltas
21 - Pedro de la Rosa (ESP/HRT-Cosworth) – a 2 voltas
22 - Narain Karthikeyan (IND/HRT-Cosworth) – a 2 voltas

Abandonaram:
Mark Webber (AUS/RBR-Renault) – na volta 17
Jean-Eric Vergne (FRA/STR-Ferrari) – na volta 15
CIRCUITO DO GP DOS EUA (Foto: arte esporte)

Após rebaixamento, Arnaldo Tirone afirma: ‘Não me sinto culpado’

Presidente não se sente maior responsável pela queda do Palmeiras, pede união política em 2013 e afirma que vai ajudar a ‘reconstruir’ o clube

Por Diego Ribeiro Volta Redonda, RJ
79 comentários
O presidente Arnaldo Tirone não se considera culpado pelo rebaixamento do Palmeiras à Série B do Campeonato Brasileiro, consumado após o empate em 1 a 1 com o Flamengo, neste domingo, em Volta Redonda. Ainda sem a queda confirmada, antes do empate da Portuguesa come o Grêmio, que ocorreu horas mais tarde, Tirone concedeu mais uma entrevista em tom irritado, assim como já havia feito após a derrota para o Fluminense, domingo passado.
Em conversa de cerca de dez minutos com jornalistas em Volta Redonda, o presidente voltou a bater na tecla de que teve “mais acertos do que erros” em sua gestão, que termina em janeiro próximo.
– Não me sinto culpado por essa situação. Posso ser um dos responsáveis, é diferente. Minha diretoria lutou, trabalhou, mas infelizmente estamos pagando pelos erros que cometemos ao longo de todo o campeonato. Nosso atual treinador (Gilson Kleina) não tem parcela alguma de culpa. Muitos fatores nos atrapalharam – disse o presidente.
Com o clube em um dos piores momentos de sua história, Tirone afirmou que vê um futuro de alegrias para o Verdão.
arnaldo tirone palmeiras flamengo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Arnaldo Tirone, no estádio de Volta Redonda
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
– Estamos no caminho certo, tenho convicção disso. Não merecemos passar por isso. Somos homens e lutamos até o fim. Sei que a torcida está triste e chorando, mas essas pessoas vão sorrir em breve. E quem está sorrindo com a nossa situação vai chorar – desejou.
Com um discurso vazio e sem saber se vai se candidatar à reeleição, Arnaldo Tirone falou em reconstrução total do clube, tanto no futebol, quanto no aspecto político e econômico. Por isso, ele aceitou formar um comitê de transição com três possíveis candidatos a seu cargo no início do ano que vem: Wlademir Pescarmona, Décio Perin e Paulo Nobre.
– O momento tem de ser de união. Acho que meu erro maior foi ter tentado conciliar demais todos os grupos políticos do Palmeiras. Vinhamos de duas administrações de correntes bem diferentes, o Affonso Della Monica e o Luiz Gonzaga Belluzzo. Eu poderia ter conciliado menos e trabalhado mais ainda – lamentou o presidente.
Nos próximos dias, a diretoria deve se reunir para definir um planejamento diferente para 2013, incluindo a disputa da Série B. Até então, tudo o que foi planejado levava em conta a permanência da equipe na elite do futebol brasileiro.
– O Palmeiras nunca vai deixar de ser grande. O clube está abalado e ferido, mas vamos reconstruí-lo – encerrou Tirone, em tom de melancolia.

Site do Palmeiras exalta 'amor sem divisão' após rebaixamento

Capa do site do Verdão exalta 'torcida mais vibrante do mundo'

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
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Assim que terminou a 36ª rodada do Campeonato Brasileiro neste domingo, com o rebaixamento do Palmeiras para a Série B confirmado, o site do Verdão publicou uma mensagem exaltando o espírito de luta do clube e afirmando que o amor não tem divisão.
Site do Palmeiras após o rebaixamento (Foto: Reprodução)Reprodução do site do Palmeiras logo após o rebaixamento para a Série B ser confirmado

Bruno exalta luta alviverde: 'Tristes, mas de cabeça erguida'

Goleiro do Palmeiras lamenta falta de sorte em alguns jogos e diz que confronto deste domingo não foi determinante: 'É pelo campeonato inteiro'

Por GLOBOESPORTE.COM Volta Redonda, RJ
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Ao fim do empate por 1 a 1 com o Flamengo, neste domingo, em Volta Redonda, o Palmeiras ainda não tinha concretizado seu rebaixamento, o que aconteceu após o 2 a 2 entre Portuguesa e Grêmio. Entretanto, os jogadores já tratavam o assunto como encerrado. O goleiro Bruno, ao deixar o gramado, fez questão de ressaltar que a situação palmeirense não foi definida neste duelo com o Flamengo, e sim ao longo de toda a competição.
- O que tinha de fazer a gente não está fazendo. Há três, quatro jogos não conquistamos os pontos. Estamos sempre jogando bem, mas não conquistando a vitória. Se tivéssemos feito nossa parte, a situação estaria melhor. Acho que tem de reconhecer o que o time está fazendo. A gente não está caindo por causa do jogo de hoje, é pelo campeonato inteiro. Aqui só tem homem e vamos continuar andando tristes, mas de cabeça erguida - declarou o arqueiro.
Assim como no jogo passado, contra o Fluminense, o Palmeiras voltou a sofrer neste domingo com a falta de sorte. No lance do gol de Vagner Love, a bola chutada pelo flamenguista desviou em Román e matou Bruno.
- A gente vem tendo chance de matar o jogo e não consegue. Em um lance de azar toma o gol, foi assim nas últimas três semanas. Foi melhor contra o Náutico, contra o Inter, mas nosso Brasileiro está sendo assim, jogando melhor sem vencer. Estamos levando muito azar - lamentou.
Time do Palmeiras após empate com o Flamengo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Desolados, palmeirenses deixam o jogo em Volta Redonda (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Por fim, o goleiro foi perguntado se o fato de o time ter praticamente deixado de lado o Brasileiro nas rodadas iniciais, por conta da disputa da Copa do Brasil, teve peso importante na derrocada final na principal competição nacional. Bruno discorda.
- Apostamos na Copa do Brasil, conquistamos e tínhamos muito tempo para recupoerar. Não foi por isso - finalizou.

Timão vence, Verdão cai e Sheik diz: 'Que dó, que dó da formiguinha'

Atacante do Corinthians provoca, via Twitter, o rival. Jogador voltou a atuar neste domingo, no triunfo por 2 a 0 sobre o Inter, em Porto Alegre

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
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Depois de cinco jogos sem atuar, Emerson Sheik voltou ao time do Corinthians e participou da vitória por 2 a 0 sobre o Inter, em Porto Alegre, na noite deste domingo, pela 36ª rodada do Brasileirão. O atacante voltou provocativo também.
Não dentro de campo, mas nas redes sociais. Claramente em alusão ao rebaixamento do rival Palmeiras, confirmado na noite deste domingo, o atacante postou em sua página no Twitter: “Que dó, que dó da formiguinha”.
Em setembro, durante o clássico contra o Palmeiras, do qual ele estava suspenso, Sheik fez a mesma brincadeira depois da vitória do Corinthians por 2 a 0. Usou a mesma frase da formiguinha para provocar o rival.
Sheik ironiza Palmeiras no Twitter (Foto: reprodução)Sheik ironiza Palmeiras no Twitter (Foto: reprodução)
Enquanto isso, a página do rival Corinthians na internet estampava um "Que domingo!". Mesmo sem nenhuma menção à queda do oponente, e com o placar da vitória sobre o Internacional, em Porto Alegre, a ironia é clara.
Site do Corinthians após o rebaixamento palmeirense (Foto: Reprodução)Site do Corinthians com recado após o rebaixamento palmeirense (Foto: Reprodução)
Em jogo morno, Timão vence Inter e atinge melhor posição no Brasileiro
Guerrero e Edenílson fazem os gols da vitória do Corinthians, que chega ao quinto lugar. Colorado deixa o Beira-Rio debaixo de vaias da torcida
 
DESTAQUES DO JOGO
  • minuto chave
    47 do 1º tempo
    Guerrero, de cabeça, marca para o Corinthians e abre caminho para a quarta vitória seguida do Timão no BR. Equipe foi a 56 pontos.
  • decepção
    Forlán
    O uruguaio teve mais uma atuação apagada e não ajudou ao Internacional. Sem aparecer bem na frente, ele foi substituído por Rafael Moura na etapa final.
  • Retorno
    Sheik
    Após cinco partidas de molho, Emerson voltou a jogar pelo Corinthians. Ele iniciou o jogo no banco e entrou no lugar de Martinez.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Para o Corinthians, mais um treino para o Mundial de Clubes. Para o Inter, mais uma chance de amenizar uma crise. Nessa disputa, o Timão levou a melhor neste domingo, em Porto Alegre, e venceu por 2 a 0, com gols do peruano Paolo Guerrero e do volante Edenílson.
Com o triunfo, o Corinthians atingiu sua melhor colocação no torneio nacional em 2012: chegou à quinta posição, com 56 pontos. Mais: pela primeira vez nesta edição do Brasileirão conquistou quatro vitórias seguidas. Antes de bater o Colorado, o time de Tite tinha vencido Vasco, Atlético-GO e Coritiba.
O Inter, por sua vez, voltou a se mostrar carente dos lampejos de seu principal craque: Diego Forlán. Apagado, o uruguaio pouco fez pelo time gaúcho. Agora, a duas rodadas do fim da competição, o clube aparece na oitava colocação, com 51 pontos.
Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, a penúltima da competição, o Corinthians encara o Santos sábado, no Pacaembu, às 19h30 (horário de Brasília). O Internacional, por sua vez, recebe a Portuguesa, domingo, às 17h (de Brasília), no Beira-Rio, em Porto Alegre.
danilo corinthians fabricio internacional (Foto: Wesley Santos / Press Digital)Danilo recebe a marcação de Fabrício no estádio Beira-Rio (Foto: Wesley Santos / Press Digital)
Guerrero anima o jogo
Por mais que a rivalidade entre Inter e Corinthians esteja aguçada nos últimos anos, o fato de os dois times não terem mais pretensões no Campeonato Brasileiro deixou a partida deste domingo morna. Bem morna. De qualquer maneira, para o Timão, o jogo valia como parte da preparação para o Mundial de Clubes.
Talvez por isso o time paulista tenha tomado a iniciativa da partida. Mas sem muito ímpeto ofensivo, é verdade. Com mais posse de bola, o Corinthians cadenciou a partida e tentou encontrar seus atacantes Martinez e Guerrero em boas condições. O Inter, por outro lado, não levava perigo aos paulistas.
Com Forlán, principal contratação do Colorado nesta temporada, apagado, os donos da casa demoraram a engrenar. Apenas depois da metade do primeiro tempo o Inter apareceu mais no ataque. Quase sempre procurando pela referência de Leandro Damião na grande área. Cássio, no entanto, não teve trabalho no gol.
Muriel também não teve muito que fazer, apesar da leve superioridade corintiana. A não ser a partir dos 38 minutos, quando o zagueiro Chicão bateu falta ensaiada e o goleiro defendeu tranquilamente. Do outro lado, o Colorado teve sua melhor chance aos 43, em cobrança de falta de D'Alessandro que passou por cima do gol.
No final da etapa, porém, o Timão achou duas boas oportunidades e abriu o placar. Primeiro acertou a trave em chute de Danilo, aos 46, e depois, aos 47 minutos, Guerrero, de cabeça, marcou para o Corinthians após cruzamento de Douglas. De qualquer maneira, os primeiros 45 minutos (mais três de acréscimo) tiveram poucas chances de gols: apenas sete.
Os números do primeiro tempo, aliás, mostraram os motivos de o Corinthians ter tido mais posse de bola (56% contra 44%) e mais controle do jogo. O Inter errou 23 passes, enquanto o Timão desperdiçou apenas sete.
Douglas corinthians Guinazu internacional (Foto: Wesley Santos / Press Digital)Com a bola, Douglas é observado por Guiñazu, D'Alessandro e Ralf (Foto: Wesley Santos / Press Digital)
Edenílson faz o segundo nos acréscimos e mata o jogo
Se com o 0 a 0, o Corinthians já não apresentava um futebol dos mais empolgantes, depois que conseguiu o gol... Mas o Inter voltou para o segundo tempo mais pilhado. Tanto que levou uma sequência de cartões amarelos. Por faltas e por reclamações.
O problema maior para o Inter, no entanto, era a falta de criatividade. Com D’Alessandro e Forlán apagados, e Leandro Damião isolado na frente, as oportunidades pouco apareciam. Na tentativa de dar uma nova dinâmica ao time, Fernandão resolveu colocar Rafael Moura no lugar de Forlán.
Na saída de campo, o uruguaio dividiu a opinião dos torcedores do Colorado. Uns aplaudiram, outros vaiaram. A cobrança em cima de Forlán é mais forte, obviamente, por ele ter sido a principal contratação do clube para a temporada. E o rendimento dele e do time não está à altura do investimento.
Ainda com o domínio do jogo, o Corinthians estava seguro em campo. Não sofreu pressão do adversário, mas também não se esforçou para levar perigo ao outro lado. Até o final, a partida “amistosa” entre Timão e Colorado caminhou arrastada, sem emoção e sem jogadas perigosas de nenhum dos lados.
Em um novo espasmo, aos 47 minutos, Edenílson aproveitou cruzamento de Romarinho e ampliou para o Corinthians, que viu sua torcida comemorar o gol e também o rebaixamento do Palmeiras à segunda divisão do Campeonato Brasileiro.