quarta-feira, 3 de abril de 2013

Dedé diz que fase é inexplicável: 'Botaram uma coisa ali que não sai'

Zagueiro pede cabeça erguida para trabalhar nas próximas competições

Por GLOBOESPORTE.COM Volta Redonda, RJ
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Nem mesmo o ídolo Dedé é capaz de parar a sequência de maus resultados do Vasco na Taça Rio e tampouco explicá-la (veja o vídeo). Cabisbaixo logo após a derrota por 3 a 0 para o Botafogo, na noite desta quarta-feira, no Raulino de Oliveira, o zagueiro lamentou a fase cruz-maltina, sem palavras para explicar seus motivos.
- É inexplicável. Parece que botaram uma coisa ali dentro que não sai. Agora é erguer a cabeça. Já não dá para a gente no estadual e agora tem que batalhar para melhorarmos na próxima competição - avisou Dedé.
O volante Wendel também pregou o trabalho em São Januário ao invés das desculpas.

- A gente não queria que isso acontecesse. Agora é trabalhar, trabalhar para que a equipe consiga chegar forte no Brasileiro. Até porque o time fez por merecer na Taça Guanabara. Mas na Taça Rio deixou bastante a desejar - admitiu.
Na análise de Carlos Alberto, o clássico estava equilibrado, mas escapou das mãos do time de Paulo Autuori após o vacilo do gol de Rafael Marques, que mexeu com a cabeça dos jogadores.

Confira o vídeo dos melhores
momentos ao lado

- Até o primeiro gol, a gente estava bem, fazendo um jogo de igual para igual. Inclusive tendo chance de chegar. Mas futebol é dessa forma, a fase não está boa em termos de resultado. Infelizmente a gente não conseguiu reverter, veio a expulsão (do Alessandro), enfim, ficou mais complicado - declarou o camisa 10.
O Vasco permanece com um ponto, em último lugar do Grupo A. Somente um milagre daria a classificação às semifinais. Basta o próprio Botafogo vencer uma das próximas quatro partidas para eliminar de vez o Cruz-maltino, cujo próximo compromisso é contra o Friburguense, domingo, em São Januário.
Dedé jogo Vasco Botafogo (Foto: Luciano Belford / Futura Press)Dedé evita avanço de Fellype Gabriel antes de o Bota abrir vantagem (Foto: Luciano Belford / Futura Press)

Dana reclama de federação sobre Gustafsson: 'Pior decisão que já vi'

Presidente do UFC posta foto mostrando a lesão no olho do sueco aparentemente em estado bem melhor: 'Você nem pode ver o corte'

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Alexander Gustafsson MMA UFC (Foto: John Morgan/ MMAjunkie)Foto de Alexander Gustafsson divulgada por Dana
nesta quarta-feira (Foto: John Morgan/ MMAjunkie)
A Federação Sueca de MMA proibiu Alexander Gustafsson de lutar no sábado por conta de uma lesão no olho esquerdo, sofrida pelo atleta em um treino. O veto deixou o UFC sem a principal estrela do evento de Estocolmo. Presidente da organização, Dana White não concordou com a decisão da federação.
- Esta foto de Gustafsson foi tirada hoje (quarta-feira) e você não pode sequer ver o corte! Pior decisão que eu já vi - reclamou o dirigente do Ultimate no Twitter.
SporTV.com/Combate: confira as últimas notícias do mundo do MMA
Sem Gustafsson, o UFC teve de providenciar um substituto de última hora, e o escolhido foi outro sueco, Ilir Latifi. Ele vai enfrentar Gegard Mousasi na luta principal do evento em Estocolmo.
UFC: Mousasi x Latifi
6 de abril de 2013, em Estocolmo (Suécia)
CARD PRINCIPAL
Gegard Mousasi x Ilir Latifi
Ross Pearson x Ryan Couture
Matt Mitrione x Philip De Fries
Brad Pickett x Mike Easton
Diego Brandão x Pablo Garza
Akira Corassani x Robert Peralta
CARD PRELIMINAR
Reza Madadi x Michael Johnson
Tor Troéng x Adam Cella
Chris Spang x Adlan Amagov
Marcus Brimage x Conor McGregor
Ben Alloway x Ryan LaFlare
Michael Kuiper x Tom Lawlor
Papy Abedi x Besam Yousef

Uriah Hall nocauteia Bubba McDaniel em apenas 9 segundos e choca Dana

'Homem-Ambulância' manda mais um para o hospital no TUF 17 e enfrenta Dylan Andrews na semi. Josh Samman vence J. Quinlan e pega K. Gastelum

Por SporTV.com Las Vegas, EUA
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dana white tuf mma ufc (Foto: Reprodução)Ao lado de Condit, Dana se impressiona com
novo nocaute de Uriah Hall (Foto: Reprodução)
Uriah Hall conseguiu chocar Dana White mais uma vez ao nocautear Bubba McDaniel com apenas 9 segundos de luta e carimbar seu passaporte rumo à semifinal da 17ª temporada americana do reality show "The Ultimate Fighter", no episódio que foi ao ar nos EUA nessa terça-feira. O "Homem-Ambulância", como ficou conhecido, mandou um rival para o hospital pela segunda vez - ele havia nocauteado Adam Cella com um chutaço rodado no rosto nas oitavas de final -, agora com um poderoso direto de direita que pegou em cheio no olho de Bubba. Na próxima fase, ele vai enfrentar Dylan Andrews.
- O jeito que esse cara nocauteia as pessoas... Você não quer nem bater palmas, se sente mal por isso. Esse é o cara mais casca-grossa da história do "The Ultimate Fighter" - disse Dana.
Na outra luta do episódio, Josh Samman venceu Jimmy Quinlan por desistência do adversário, que não resistiu a uma sequência de socos duplos aplicados por ele no fim do primeiro round. Josh tem compromisso marcado contra Kevin Gastelum nas semifinais.
uriah hall x bubba mc daniel tuf mma ufc (Foto: Reprodução)Uriah Hall nocauteia Bubba (Foto: Reprodução)
O episódio começou com Bubba McDaniel, da equipe de Jon Jones, reclamando de cansaço e dores no corpo por conta do curto período entre suas lutas e do treinamento pesado. Preocupado, Jon Jones avisou a Clint Hester para se preparar, caso surgisse uma oportunidade de substituir Bubba, e não aliviou para o parceiro de treinos em Albuquerque:
- Ele está com muita dor e não está certo de que está apto a continuar. Na verdade ele não está certo de que realmente quer seguir em frente.
Enquanto isso, Josh Samman e Jimmy Quinlan se mostravam muito confiantes em suas maiores habilidades, a trocação e o grappling, respectivamente, para poder vencer a luta.
O duelo começou com Jimmy conseguindo uma belíssima queda. Mas Josh, mesmo por baixo, ficou ativo e aplicou boas cotoveladas no corpo do adversário. Somente no minuto final que Josh conseguiu se levantar, e ele partiu com tudo para cima, conectando socos e joelhadas. Ele pegou as costas de Jimmy e disparou bons socos duplos, em que acertou a cabeça do rival com a direita e a esquerda ao mesmo tempo. Sob pressão, Jimmy não resistiu e deu os três tapinhas em sinal de desistência.
uriah hall x bubba mc daniel tuf mma ufc (Foto: Reprodução)Bubba brinca de estar com medo na encarada
com Hall na pesagem (Foto: Reprodução)
- Sou o único cara que terminou todas as lutas, e todas no primeiro round. Acho que provei algo. Nos olhos dos treinadores e dos competidores do show eu provavelmente sou a semente mais forte do torneio, como achei que era o tempo todo - disse Josh após a luta, muito confiante.
Quando as atenções passaram para a luta seguinte, Bubba McDaniel realizou exames para checar se estava tudo nos conformes e os resultados não apresentaram qualquer problema. O combate se confirmou, e Sonnen rasgou elogios a Uriah:
- Uriah é o melhor atleta e o que trabalha mais duro. Para ser um campeão mundial, você precisa de uma dessas duas coisas. Ele é ambas as coisas. Isso não significa que ele não pode ser derrotado. Mas ele é mais experiente, está em melhor forma... Como jovem atleta, ele sempre se questiona, o que é normal. Mas ele é tão bom, tão bom... Tenho muita confiança que ele terá sucesso.
Na pesagem, Bubba fez uma brincadeira de como se estivesse com medo na hora da encarada, e a atitude foi reprovada por Jon Jones, que se disse preocupado.
josh samman x jimmy quinlan  tuf mma ufc (Foto: Reprodução)Josh Samman, vencedor, aplica socos duplos
em Jimmy Quinlan (Foto: Reprodução)
O duelo começou e não deu tempo para Bubba sequer se movimentar direito no octógono. Ele foi para cima e levou uma joelhada no corpo. No segundo golpe de Uriah, um direto de direita, Bubba desmoronou. Uriah ainda aplicou mais alguns socos, mas àquela altura Bubba já estava nocauteado. E isso com apenas 9 segundos do primeiro round. Quando se levantou após alguns segundos desacordado, Bubba tinha o olho esquerdo totalmente fechado e sangrando bastante. Ele foi direto para o hospital para realizar exames.
Dana White ficou impressionado e elogiou Uriah ao comentar com Carlos Condit, que estava assistindo à luta ao lado do patrão. E Chael Sonnen foi além do que já havia falado:
- Você é um candidato ao cinturão, Uriah. Fiquei cinco anos naquela divisão de peso (médios, até 84kg) e te digo: você é um candidato.
Na reunião de Dana com os treinadores para decidir as semifinais, tanto Jon Jones quanto Chael Sonnen disseram que preferiam Uriah Hall x Josh Samman e Dylan Andrews x Kelvin Gastelum. Mas o presidente não os escutou e anunciou outros dois duelos: Josh Samman x Kelvin Gastelum, e Uriah Hall x Dylan Andrews, que vão ao ar na próxima terça-feira.

Dono de quatro cinturões ensina MMA a soldados de elite da Marinha

Pedro Silveira, campeão em quatro organizações diferentes, ministra curso que ensina técnicas de defesa pessoal aos Comandos Anfíbios

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Acostumados a um treinamento intensivo, os soldados dos Comandos Anfíbios da Marinha do Brasil encontraram no MMA a forma ideal de lapidar suas técnicas de defesa pessoal. A fonte dos ensinamentos é o lutador Pedro Silveira, dono de quatro cinturões em quatro organizações diferentes - o mais recente conquistado no Bitetti Cup, em dezembro de 2012 (assista ao vídeo acima).
Silveira ensina as artes marciais mistas há dois anos, no Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo, no Rio de Janeiro, como parte do curso especial que prepara os integrantes de elite da Marinha. Treinados para operações especiais,  eles simulam situações de guerra e combate, como a recuperação de um navio sequestrado. O MMA entra em cena com a possibilidade dos soldados se envolverem em luta corporal com os criminosos.
- Tem a parte de algemação, silenciamento de sentinela. Tem a parte específica de defesa pessoal, desarme de armas curtas, pistolas. Combate com faca, treinamento de defesa. É muito amplo - explica o lutador, de 33 anos.
Pedro Silveira ensina técnicas de MMA aos soldados da Marinha (Foto: Reprodução SporTV)Pedro Silveira ensina técnicas de MMA aos
soldados da Marinha (Foto: Reprodução SporTV)
Existente desde 1974, o curso contou com 64 matriculados em sua última turma, mas apenas onze foram até o fim. As aulas de MMA acontecem após um dia inteiro de atividades físicas e não podem ser gravadas – a ideia é levar o corpo ao extremo. Ao todo, são seis meses de curso.
- O propósito é capacitar oficiais e praças no planejamento e execução de operações especiais. Esses militares passam por um curso em que saem capazes de cumprir missões de risco elevado, dentro da área de serviços especiais – detalha o capitão Leandro Marinho, coordenador de formação dos Comandos Anfíbios.
A prova final para os alunos do módulo que Silveira comanda é a chamada 'pista de lutas'. Atletas de MMA atacam o grupo em situações adversas, como, por exemplo, em um ambiente totalmente escuro. Os soldados têm que se defender de todo o jeito.
Quando cheguei aqui, pensei que fosse ensinar. Mas vi que aprendi muito mais do que ensino"
Pedro Silveira
Os Comandos Anfíbios da Marinha podem ser comparados ao Navy Seal, grupo de elite da marinha norte-americana, responsável pela operação que capturou e matou o terrorista Osama Bin Laden, em 2011.
- O MMA agrega no sentido que o elemento de operações especiais precisa ter um conhecimento amplo de diversas técnicas, que podem vir a ser empregadas em um combate. Integra diversas técnicas que o operador especial pode se valer para sobrepujar o oponente – afirma Marinho.
Pedro Silveira está confirmado para ser o instrutor da próxima turma dos Comandos. Em 2013, ele ainda terá pela frente a defesa dos seus quatro cinturões, três deles conquistados na categoria peso-galo no Brasil, no eventos WOCS, Gringo Fight, além do Bitetti - o quarto foi no NAGA, nos Estados Unidos. Segundo o lutador, o contato com os soldados o ensinou muito mais do que ele imaginava.
- Quando eu cheguei aqui, pensei que fosse ensinar. Mas quando cheguei, vi que aprendi muito mais do que ensino. Porque é muito difícil finalizar o curso, que é feito de madrugada. Posso sofrer um pouquinho com eles. Quando vejo isso, só me motiva para as lutas – explica.

Mousasi diz que Vitor Belfort se ofereceu para enfrentá-lo na Suécia

Lutador critica 'pegadinha' de Wanderlei e diz que é melhor enfrentar o desconhecido Ilir Latifi do que não fazer sua estreia no UFC no sábado

Por SporTV.com Estocolmo
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O armênio naturalizado holandês Gegard Mousasi passou por uma montanha russa de emoções e incertezas nos últimos dias. Primeiro, estrearia no UFC enfrentando o ídolo nacional Alexander Gustafsson em Estocolmo, na luta principal do evento que acontece no próximo sábado, dia 6 de abril. A lesão de Gustafsson jogou Mousasi em um abismo de incertezas. Ele não sabia se teria um novo adversário, se enfrentaria Gustafsson ou se a luta seria cancelada.
Gegard Mousasi strikeforce (Foto: Divulgação/Showtime)Gegard Mousasi disse que houve contato de Vitor Belfort para lutar com ele (Foto: Divulgação/Showtime)
No meio disso tudo, uma declaração feita por Wanderlei Silva de que havia sido contactado para substituir o ídolo sueco chegou a lhe dar algum direcionamento, até descobrir se tratar de uma "pegadinha" de primeiro de abril. Novo mistério. Enquanto o UFC não se pronunciava oficialmente, a equipe do lutador teria recebido uma ligação de ninguém menos que Vitor Belfort, colocando-se à disposição para enfrentá-lo, caso o UFC autorizasse.
- Vitor Belfort apresentou-se e chegou a haver conversas com meus empresários, pois ele  aceitaria a luta mesmo com tão pouca antecedência. Eu faria essa luta tranquilamente - disse Mousasi em entrevista ao site "MMA Jukie", que afirmou não saber o desenrolar da possibilidade. Vitor Belfort está agendado para enfrentar o americano Luke Rockhold no UFC no Combate 2, que acontece em Jaraguá do Sul (SC), dia 18 de maio.
SporTV.com/Combate: confira as
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Contactado pelo SPORTV.COM, Vitor Belfort não confirmou que procurou a equipe de Mousasi, colocando-se à disposição para lutar, e disse estar concentrado na luta contra Rockhold.
- Eu luto contra qualquer um, mas desta vez estou superfocado só no meu compromisso do dia 18 de maio, contra o atual campeão do Strikeforce. Ponto final. Estou aqui amassando as uvas.
Sobre a brincadeira de Wanderlei SIlva e o seu próximo adversário, Mousasi fez questão de deixar claras as suas opiniões:
- Wanderlei ficou dizendo que queria a luta. Se eu tivesse feito isso, ele também não teria gostado. Eu estava em uma situação em que ninguém me informava nada, e esse idiota ficou dizendo isso por três dias, como se fosse uma brincadeira de primeiro de abril. Não foi engraçado, mas o que eu posso fazer? Pessoalmente eu não teria interesse nenhum nessa luta, mas se o UFC quisesse que ela acontecesse, ela aconteceria. Agora, a minha luta é contra Latifi. Ele se colocou à disposição através da mídia sueca, e acabou sendo o único cara disponível para o combate. A princípio eu fiquei um pouco hesitante, porque é uma luta arriscada. Eu não tenho nada a ganhar, e tudo a perder. Mas pelo menos estarei lutando - finalizou Mousasi.
UFC: Latifi x Mousasi
6 de abril de 2013, em Estocolmo (Suécia)
CARD PRINCIPAL
Ilir Latifi x Gegard Mousasi
Ross Pearson x Ryan Couture
Matt Mitrione x Philip De Fries
Brad Pickett x Mike Easton
Diego Brandão x Pablo Garza
Akira Corassani x Robert Peralta
CARD PRELIMINAR
Reza Madadi x Michael Johnson
Tor Troéng x Adam Cella
Chris Spang x Adlan Amagov
Marcus Brimage x Conor McGregor
Ben Alloway x Ryan LaFlare
Michael Kuiper x Tom Lawlor
Papy Abedi x Besam Yousef

Irmão de Erick Silva supera doença
na perna e estreia no Jungle Fight 50

Gabriel Silva contraria previsão de médicos, faz primeira luta oficial e espera deixar irmão mais velho, atleta do UFC, orgulhoso: 'Vou começar por baixo'

Por Adriano Albuquerque Rio de Janeiro
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O capixaba Gabriel Silva estreia oficialmente no MMA neste sábado, na luta de abertura do Jungle Fight 50, cercado de expectativa por ser irmão de Erick Silva, ex-campeão peso-meio-médio do evento e atual lutador do UFC. Porém, que ninguém questione o merecimento do jovem de 18 anos: o garoto já venceu três lutas profissionais no Espírito Santo, que só não contaram para seu cartel porque ele era menor de idade. Além disso, Gabriel superou outro adversário difícil fora dos cages e tatames na adolescência: uma doença na perna chamada Síndrome de Legg-Calvé-Perthes, que o manteve afastado de atividades físicas por dois anos e de esportes de impacto por quatro.
Gabriel Silva e Erick Silva após treinos pesados na X-Gym (Foto: Reprodução/Instagram)Gabriel Silva e Erick Silva após treinos na X-Gym (Foto: Reprodução/Instagram)
A Síndrome ou Doença de Legg-Calvé-Perthes é uma doença degenerativa que atinge a articulação do quadril e causa a necrose da cabeça do fêmur durante a fase de crescimento, de acordo com trabalho realizado por professores da Universidade de Passo Fundo (RS) e publicado no site "Fisioweb". Tem maior incidência em meninos entre as idades de 3 a 12 anos. Gabriel descobriu o problema ainda na infância e passou dois anos afastado de qualquer atividade esportiva.
- Não costumo falar nisso, mas foi uma doença que dá na cabeça do fêmur. A circulação do sangue no topo para, e (a cabeça) fica deteriorada. Não pude fazer nenhum esporte de impacto por quatro anos. Ela prejudicou bastante minha movimentação. Há um ano e meio, o médico me disse que eu estava liberado para fazer esportes, mas disse que eu sentiria dificuldades, que não poderia dar o máximo. Ele disse que eu poderia lutar, mas que eu tenho que saber que eu tenho esse "ponto fraco". Disse, "É bom você usar de outra coisa para amenizar isso". Por isso que trabalho outras coisas além do chute. Um médico falou para minha mãe que eu nunca mais poderia ser jogador de futebol. Não quis jogar bola, mas virei lutador e estou provando que, mesmo com esses limites, posso me superar - revelou o jovem lutador ao SPORTV.COM.
SporTV.com/Combate: confira as últimas notícias do mundo do MMA
Quando Gabriel voltou aos tatames de jiu-jítsu, aos 12 anos, sua intenção era apenas ficar mais magro e perder os quilos a mais que ganhou durante a evolução da doença. Aos 15, porém, começou a se "intrometer" nos treinos de MMA do irmão mais velho, Erick Silva, que começava a despontar no cenário nacional e logo conquistaria o título de sua categoria no Jungle Fight. O garoto se empolgou, começou a fazer boxe e muay thai, e, no ano passado, teve a oportunidade de lutar MMA em seu estado. Após vencer uma luta amadora, Gabriel fez três lutas profissionais, sob a responsabilidade de Erick e de seu pai. As vitórias não contaram para seu cartel oficial porque ele ainda não tinha 18 anos.
Erick Silva e o irmão mais novo, Gabriel Silva (Foto: Reprodução/Instagram)Gabriel Silva no carro com o irmão Erick Silva (Foto: Reprodução/Instagram)
Foi suficiente para impressionar Erick, que levou o irmão mais novo para treinar com ele na XGym, no Rio de Janeiro. Logo veio o aval para que o garoto estreasse no Jungle, e os dois irmãos treinaram juntos para o desafio.
- Ele está me ajudando bastante, está comigo todos os dias. Estamos sempre conversando sobre lutas, sobre essa luta. Ele luta dois meses depois, então a gente está muito junto e unido nesse propósito de lutar bem e de se alimentar bem, estamos um ajudando o outro. Ele está muito orgulhoso também, porque está vendo que eu estou me esforçando e aprendendo bastante, e mostrando que posso e consigo lutar - afirmou.
Apesar de Erick Silva ser empresariado pelo presidente do evento, Wallid Ismail, Gabriel Silva garante que não pediu e nem recebeu vida fácil da organização. O lutador capixaba quer fazer seu próprio nome no torneio e acredita que a luta contra Vinícius "Astro Boy" Baraldo, que vem de quatro vitórias seguidas e estará lutando em casa, em Porto Alegre, é uma prova de que é igual aos demais.
- É um grande desafio. Vou para montar meu cartel no Jungle Fight. Por isso, vou subindo degrau em degrau. Vou começar por baixo, contra um adversário que também está estreando (no evento), que é mais experiente que eu, mas não muito. Tentaram casar a luta mais igual possível. Com o passar do tempo, vou pegando adversários mais fortes. É uma grande responsabilidade estrear no evento, mas estou bastante tranquilo, porque estou na melhor equipe do mundo. Estou bastante confiante na vitória no sábado - declarou Gabriel Silva.
O Jungle Fight 50 acontece neste sábado em Porto Alegre, com transmissão ao vivo do SporTV a partir de 21h30m (horário de Brasília). O SPORTV.COM acompanha em Tempo Real e transmite, em vídeo ao vivo, as duas primeiras lutas do card: Vinícius "Astro Boy" Baraldo x Gabriel Silva e Leandro Frois x Yuri Maia. Confira o card completo:
Jungle Fight 50
Peso-mosca: Robson New x Wagner Noronha
Peso-meio-médio: Douglas Del Rio x Itamar Rosa
Peso-galo: Uziel Jonathan Martinez Vale x Fabricio Arevalo
Peso-pena: Renato Moicano x Mauro Chaulet
Peso-leve: Dimitry Zebroski x Tiago Trator
Peso-pena: Leandro Frois x Yuri Maia
Peso-galo: Vinícius 'Astro Boy' Baraldo x Gabriel Silva
Bota dispara na etapa final, derrota o Vasco e praticamente elimina o rival
Com gols de Rafael Marques, Lodeiro e Fellype Gabriel, time de Oswaldo de Oliveira se aproveita do desespero cruz-maltino e vence mais uma vez
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Se o Vasco depositava no clássico as suas esperanças de manter-se vivo na Taça Rio, o Botafogo tratou de enterrá-las sem piedade. Com um segundo tempo muito eficiente, o Glorioso se aproveitou da grave crise no rival e fez 3 a 0, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, na noite desta quarta-feira. Os gols foram de Rafael Marques, Lodeiro e Fellype Gabriel.
Agora, só um milagre dará a classificação ao clube de São Januário, que permanece com um ponto e na última posição do Grupo A. Basta uma vitória do próprio time de Oswaldo de Oliveira nas quatro partidas que lhe restam para eliminar o Vasco. O Alvinegro tem nove pontos e está em segundo, atrás do Volta Redonda, que tem um jogo a mais e 12 pontos.
Depois de um ano e quatro meses, o estádio Raulino de Oliveira recebeu um jogo de grande porte, em virtude da interdição do Engenhão, e teve 5.478 pagantes (6.994 presentes) com renda de R$ 111.670. Parte dos torcedores cruz-maltinos virou de costas nos minutos finais do duelo, em protesto pela péssima fase. São cinco partidas consecutivas sem fazer um gol sequer.

Início morno e encharcado
Em termos de estrutura, o novo palco principal do futebol carioca não teve reestreia pomposa. Com rachaduras maquiadas na arquibancada, que recebeu público razoável, e poças no gramado castigado pela chuva, o Raulino viu um clássico ríspido e de pouca categoria em seu início. Não faltaram eventuais lances de perigo, no entanto, mesmo que atabalhoados de lado a lado. Aos oito minutos, Fellype Gabriel acertou belo voleio da entrada da área, que passou perto da trave direita de Alessandro e esquentou o clássico.
Fellype Gabriel gol Botafogo jogo Vasco (Foto: Fábio Castro / Agif)Fellype Gabriel comemora seu gol com André Bahia, Renan, Sassá e Bruno (Foto: Fábio Castro / Agif)
O Botafogo foi melhor em campo e dominou as ações nos primeiros 15 minutos. Aos poucos, porém, o Vasco equilibrou e, mesmo desordenado, assustou Jefferson em cruzamentos para a área e contragolpes. Na parada técnica, Paulo Autuori pediu que Wendel e Eder Luis presisonassem a saída do rival, para reduzir a diferença de posse de bola entre as equipes.
Mas a jogada que talvez tenha chamado mais atenção no Raulino de Oliveira foi o duro carrinho de Sandro Silva em Fellype Gabriel, que acertou em cheio o tornozelo direito do meia alvinegro. O árbitro mostrou apenas o cartão amarelo ao volante, ignorando os protestos de time e torcida. Aos 37, Alessandro rebateu duas bolas em uma tentativa ofensiva esquisita do Botafogo, num reflexo das dificuldades que ambos encontraram para criar com qualidade.
Carlos Alberto jogo Vasco Botafogo (Foto: Marcelo Sadio / Site do Vasco)Carlos Alberto é desarmado no clássico e reclama
de falta (Foto: Marcelo Sadio / Site do Vasco)
Eficiência x descontrole
Na volta do intervalo, nenhuma alteração no papel nem na prática. Entretanto, logo aos sete minutos, saiu o primeiro gol. Bruno Mendes desviou de cabeça no primeiro pau, Alessandro só raspou na bola, e Rafael Marques completou para o fundo da rede. Era a senha para o desespero do Vasco, que partiu para cima. Pedro Ken e Bernardo entraram nas vagas de Wendel e Eder.
Apesar disso, foi o Glorioso que marcou novamente, afundando o Cruz-Maltino ainda mais na crise: aos 13, Julio Cesar cruzou, Alessandro errou mais uma vez e deixou Lodeiro livre para tocar para a meta vazia. Para completar a noite desastrosa, o camisa 12 foi expulso no lance posterior, ao colocar a mão na bola fora da área. Para evitar o vexame, Tenorio, o único atacante do Vasco, foi quem saiu para o goleiro reserva Michel Alves entrar e fazer sua estreia. Mas o clássico já parecia definido.
Sob os gritos de "eliminado", a equipe de Autuori não tinha mais forças. Ciente da virtual saída melancólica do Carioca, mesmo a três rodadas do fim da Taça Rio, baixou a cabeça e acusou o golpe. Aos 27, veio a pá de cal. Bruno Mendes recebeu na área e, ao tentar bater, escorou sem querer para Fellype Gabriel, que soltou a bomba e deu números finais ao jogo. Restou ao Bota tocar a bola, e a Oswaldo fazer substituições para experimentar outras situações, sem forçar mais a barra. No fim, protestos cruz-maltinos e vibração alvinegra.