quarta-feira, 27 de julho de 2011

Com Riquelme em campo, Boca perde para o Espanyol em amistoso

Equipe argentina abre o placar, mas sofre virada com dois gols de Osvaldo

Por GLOBOESPORTE.COM e agências de notícias Barcelona, Espanha
Mesmo contando com o meia Juan Román Riquelme, que nesta semana afirmou que está à disposição para ajudar a seleção argentina a se recuperar, o Boca Juniors foi derrotado por 3 a 1 pelo Espanyol, pelo Troféu Ciutat de Barcelona, torneio amistoso disputado nesta quarta-feira no estádio Cornellá-El Prat.
Riquelme na partida do Boca Juniors contra o Espanyol (Foto: AP)Riquelme divide bola no jogo contra o Espanyol: argentinos perderam de virada no Comellá-El-Prat (Foto: AP)
Depois de um primeiro tempo de muita pressão da equipe catalã, o Boca surpreendeu e abriu o placar aos dez minutos da etapa inicial, com Cvitanich, que chutou colocado na saída do goleiro Cristian Álvarez.
O sofrimento da torcida local durou pouco. A arbitragem marcou um pênalti duvidoso em Osvaldo, que foi para a bola e mandou rasteiro no canto direito de Orión.
Aclamado pela torcida, que pediu para o jogador seguir no Espanyol, Osvaldo marcou o segundo, aos 33, aproveitando boa jogada feita por Sergio García. Também de pênalti, Verdú fez o terceiro.

Vasco quer voltar a aproveitar os cruzamentos de Juninho

Jogadas de bola parada foi treinada nesta quarta-feira. Contra o Internacional o recusro deu certo e time quer fazer disto uma rotina no Brasileiro

Por Rafael Cavalieri Rio de Janeiro
Durante a manhã desta quarta-feira, o técnico Ricardo Gomes aproveitou a parte final da atividade para treinar insistentemente uma jogada que passou a ser uma das principais armas do vasco durante os jogos: as cobranças de falta de Juninho Pernambucano. Além, obviamente, das que são cobradas direto no gol, o treinador ensaiou os lançamentos feitos da intermediária. Neste ano, contra o Internacional, o gol de Dedé surgiu de um rebote do goleiro após este tipo de batida (veja os gols deste jogo no vídeo ao lado). O objetivo é repetir isso nos próximos jogos.
Durante o treinamento, Anderson Martins atuou como arma de ataque, papel que exerce durante os jogos. Na opinião do jogador, o Vasco tem obrigação de explorar constantemente a batida venenosa de Juninho Pernambucano. E, como autêntico zagueiro, ele sabe muito bem como é complicado ficar no papel contrário.
- É uma bola muito rápida cruzando a área. Fora que você acaba não sabendo perfeitamente como será a trajetória dela. De uma hora para outra pega um efeito e cai rapidamente. Isso deixa o goleiro e os zagueiros muito confusos e indecisos. É justamente por isso que o Juninho é considerado um dos melhores cobradores de falta do mundo. Cabe a nós aproveitar - afirmou.
A próxima oportunidade de marcar desta maneira será na quinta-feira, às 19h30m (de Brasília), contra o Bahia, em São Januário.

André estreia com gol e garante vitória do Galo sobre o Fluminense

Ex-atacante do Santos balança as redes com oito minutos em campo e afasta crise. Tricolor segue rotina de altos e baixos na competição

por GLOBOESPORTE.COM
Competência + estrela = uma estreia perfeita. André precisou de apenas oito minutos para começar a mostrar que valeu a pena toda força feita pelo Atlético-MG para contar com seu futebol. Este foi o tempo que o atacante precisou após entrar em campo, aos 22 minutos do segundo tempo, para decretar a vitória do Galo sobre o Fluminense, por 1 a 0, na noite desta quarta-feira, no Ipatingão, em Ipatinga, pela 12ª rodada do Brasileirão.
André comemora gol do Atlético-MG contra o Fluminense (Foto: Futura Press)André comemora gol do Atlético-MG contra o Fluminense, no Ipatingão (Foto: Futura Press)
O estreante, por sinal, foi o responsável por salvar uma noite que vinha sendo marcada por um futebol lamentável no interior de Minas Gerais. Com muitos passes errados e jogadas duras, tricolores e atleticanos protagonizavam um dos piores jogos do Campeonato Brasileiro. Melhor para o ex-fiel escudeiro de Neymar, que ganhou ainda mais destaque em sua primeira vez pelo Galo.
A vitória impediu que a combinação de resultados da rodada colocasse o Atlético-MG para a zona de rebaixamento e leva dias de paz ao time, que chega aos 14 pontos, na 14ª posição. Sábado o compromisso é fora de casa, diante do Palmeiras, às 21h (de Brasília), no Pacaembu. Já o Flu segue sua gangorra no Brasileirão: são seis derrotas e cinco vitórias em 11 jogos, o que coloca os cariocas em décimo, com 15 pontos. O rival de domingo, às 16h, no Engenhão, é o Ceará.
Poucas oportunidades, muitas faltas e passes errados
O Fluminense esperava um erro do Atlético-MG para dar o golpe fatal. O Galo, por sua vez, entrou em campo pressionado e sem poder errar. Pior para o torcedor que foi ao Ipatingão e viu um primeiro tempo fraco tecnicamente e com raras chances de gol. Somente nos 45 minutos iniciais foram 38 passes errados (17 do Galo contra 21 do Flu) e 20 faltas cometidas (9 x 11). Finalizações? Apenas 11 (5 x 6), nenhuma perigosa.
Deco no jogo do Fluminense contra o Atlético-MG (Foto: Photocâmera )Deco e Dudu Cearense disputam jogada: primeiro tempo ruim no Ipatingão (Foto: Photocâmera )
Ciente de que vencer era emergencial, o Galo até começou o jogo marcando pressão no campo de ataque e anulando qualquer possibilidade de ação ofensiva do Flu. Faltava, por sua vez, qualidade quando tinha a bola nos pés. Com Jônatas Obina e Magno Alves distantes, o ataque não dava opções e a maioria das conclusões aconteceu em arremates de longa distância sem direção.
Apostando nos contragolpes, o Fluminense dependia da criatividade da dupla Deco e Souza. Bem no jogo, o segundo até deu bons passes, mas com Fred isolado no ataque as jogadas não fluíam e as melhores chances também aconteceram em chutes sem muito perigo.
Com os laterais em noite pouco inspirada, as duas equipes afunilavam muito os lances e a partida ficou truncada no meio-campo e com faltas em sequência. Pior para o Flu, que perdeu Deco e Diguinho, suspensos, para o jogo diante do Ceará, no fim de semana.
Na descida para o intervalo, os próprios jogadores admitiram que a jornada não foi das mais empolgantes.
- A torcida lamenta a situação da equipe. Temos que participar mais. O time está se escondendo um atrás do outro. Temos que participar mais – reclamou o lateral-esquerdo atleticano Guilherme, muito vaiado.
Já Gum admitiu a precaução excessiva do Tricolor.
- Jogo difícil. O Atlético-MG está pressionando e marcando forte. Queremos surpreende-los. Não podemos ter erro.
André estreia e salva
Fred no jogo do Fluminense contra o Atlético-MG (Foto: Photocâmera )Fred participou pouco do jogo(Foto: Photocâmera )
Na volta para o segundo tempo, Dorival Júnior botou o Galo no ataque: saiu o lateral Guilherme para a entrada do atacante Wesley. Já Abel Braga colocou Fernando Bob para fazer a ligação entre defesa e ataque na vaga de Deco. Ponto para estratégia mineira. Mesmo que mais na base da vontade do que na técnica, o Galo tomou conta do jogo e colocou Diego Cavalieri para trabalhar. Patrick e Magno Alves em chutes de longe forçaram boas defesas do goleiro.
Com sua equipe acuada, Abelão deu o troco e recolocou o Flu na partida com a entrada de Rafael Sobis no lugar de Souza. Assim, Fred não estava mais isolado, e os laterais passaram a buscar a dupla ofensiva com cruzamentos perigosos. O goleiro Giovani, por sua vez, pouco trabalhou.
A esta altura, o estreante André, ex-Santos, já estava em campo, e para provar que tem estrela. Oito minutos com a camisa atleticana foram suficientes para marcar o primeiro gol. Aos 30, Magno Alves avançou pela direita em velocidade e cruzou na pequena área a meia altura. O atacante se antecipou a Gum e teve que se abaixar para cabecear firme sem chances para Cavalieri: 1 a 0 Galo e alívio em Ipatinga.
Em vantagem, o Atlético-MG recuou e por pouco não foi punido por isso. O Flu, que começou o jogo com um atacante, já tinha três em campo com a entrada de Rafael Moura e partiu para o abafa. Fred, Marquinho e o próprio He-Man desperdiçaram boas chances e não foram capazes de mudar o placar. Festa mineira no Ipatingão.

Atlético-MG 1 x 0 Fluminense
Giovanni, Patric, Werley, Lima e Guilherme Santos (Wesley); Richarlyson, Dudu Cearense (Luiz Eduardo) e Caio; Jônatas Obina (André) e Magno Alves. Diego Cavalieri, Mariano, Gum, Digão e Carlinhos; Edinho, Diguinho (Rafael Moura), Marquinho, Souza (Rafael Sobis) e Deco (Fernando Bob); Fred.
Técnico: Dorival Júnior. Técnico: Abel Braga.
Gols: André, aos 30 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Dudu Cearense e Wesley (ATL) Deco, Diguinho, Fernando Bob e Marquinho (FLU)
Estádio: Ipatingão, em Ipatinga (MG). Data: 27/07/2011. Arbitragem: Wilton Pereira Sampaio (DF), auxiliado por Altemir Hausmann (RS) e Marrubson Melo Freitas (DF). Público pagante: 16.100 pessoas. Renda:
R$ 73.990.

Com gols de Felipe no início e no fim do jogo, Atlético-GO vence o Cruzeiro

Vitória em casa tira time, provisoriamente, da zona de rebaixamento

Por Fernando Martins Y Miguel Goiânia
Se o Cruzeiro entrou como bicho-papão, a mordida foi do Dragão. Há sete jogos sem vencer, o Atlético-GO se recuperou com o triunfo por 2 a 0 sobre o time mineiro, na noite desta quarta-feira, no Serra Dourada. Com os gols de Felipe, a equipe goiana chegou a 12 pontos e saiu, momentaneamente da zona de rebaixamento. Porém, dependendo dos demais resultados da rodada, o Atlético-GO pode cair até para a 17ª posição - caso o Santos derrote o Flamengo, logo mais, na Vila Belmiro, e o Bahia vença o Vasco, nesta quinta, em São Januário.
Já o Cruzeiro, que vinha de duas vitórias seguidas, vê sua reação ser parada. O time permanece com 18 pontos, na oitava posição, mas pode cair até para décimo, caso o Figueirense derrote o Palmeiras, ainda nesta quarta, e o Ceará vença o Atlético-PR na quinta-feira.
Na próxima rodada, o Atlético vai a Porto Alegre, onde encara o Internacional, no Beira-Rio, às 16h (de Brasília). O Cruzeiro volta a campo um dia antes, no sábado, às 18h30m, na Arena do Jacaré, quando recebe o Botafogo.
Felipe gol Atlético-GO (Foto: Ag. Estado)Felipe comemora um de seus dois gols pelo Atlético-GO na vitória sobre o Cruzeiro (Foto: Ag. Estado)
Felipe estraga homenagem
O Cruzeiro começou ganhando antes de a bola rolar. Nas arquibancadas do Serra Dourada, a supremacia era celeste, mesmo na casa do adversário. Em campo, o técnico Joel Santana manteve o esquema que bateu o líder Corinthians em São Paulo, na última rodada. A Raposa teve apenas Wallyson na frente e cinco homens no meio de campo: Roger foi mantido no setor, e Leandro Guerreiro entrou na vaga de Gilberto, expulso no Pacaembu.
Com a bola rolando, as atenções se voltavam para Fábio, goleiro do Cruzeiro. O arqueiro completou a marca de 400 jogos pelo clube celeste. Mas logo no início da partida, o atacante Felipe tratou de estragar a festa do camisa 400 ao completar cruzamento de Rafael Cruz e abrir o placar. Um arremate sem chances para o goleiro.
O time da casa seguiu pressionando, mesmo com a vantagem no placar. A equipe mineira, por sua vez, não conseguia sair de seu campo de defesa. Felipe levou muito perigo à defesa celeste, visivelmente atordoada com a rapidez rival.
Montillo era muito bem marcado, e Roger não conseguia dar sequências às jogadas. Entretanto, a Raposa, aos poucos, conseguiu acertar a marcação e equilibrou a partida, porém, sem levar grande perigo ao gol de Márcio. Joel mostrava muita irritação com seus comandados, e, ainda no primeiro tempo, mandou Ortigoza para o aquecimento, provavelmente pensando em alguma mudança no intervalo.
Defesa sólida e contragolpes bem armados
Dito e feito. Como Joel não gostou do que viu, promoveu a entrada do paraguaio Ortigoza na vaga de Vitor, um dos piores em campo. Assim, o Cruzeiro passou a jogar no esquema com três zagueiros, com Everton recuado ao lado da dupla Gil e Naldo.
A alteração surtiu efeito, mas foi o Dragão que assustou pela primeira vez com Thiaguinho ao acertar o travessão de Fábio, num rápido contragolpe. O Cruzeiro partiu com tudo para o ataque e chegou a fazer uma verdaderia blitz no campo de ataque. O técnico interino do Atlético-GO, Jairo Araújo, tirou Thiaguinho, que puxava os contra-ataques para se defender. Por conta disso, o time da casa deixou de frequentar o campo adversário.
Conforme o tempo passava, a Raposa ia para o desespero. O atacante Reis, que chegou a ser oferecido para vários clubes, entrou na vaga de Roger. E foram deles as melhores chances dos mineiros, mas o goleiro Márcio estava atento, inclusive em um chute à queima-roupa.
Por sua vez, nas poucas vezes em que conseguia sair, o Atlético-GO levava perigo. Em uma dessas escapadas, Anselmo e Felipe obrigaram Fábio a fazer grandes defesas. Mas aos 45 minutos não teve jeito, e Felipe fechou o caixão da Raposa. Em boa tabela pelo meio, ele ajeitou da entrada da área e mandou uma bomba rasteira, no canto direito de Fábio, dando fim ao jogo.
atlético-go 2 x 0 cruzeiro
Márcio; Rafael Cruz, Gilson, Anderson e Ernandes; Agenor, Bida, Thiaguinho (Joilson) e Vítor Júnior (Leonardo); Felipe e Anselmo (Marcão Fábio; Vítor (Ortigoza), Gil, Naldo e Everton; Fabrício, Marquinhos Paraná (Anselmo Ramon), Leandro Guerreiro, Roger (Reis) e Montillo; Wallyson
Técnico: Jairo Araújo Técnico: Joel Santana
Gols: Felipe, aos 8 minutos do 1º tempo e aos 45 minutos da etapa final (Atlético-GO)
Cartões amarelos: Anderson e Agenor (Atlético-GO)
Data: 27/07/2011. Motivo: 12ª rodada do Brasileirão. Local: Estádio Serra Dourada, Goiânia. Árbitro: Cléber Welington Abade. Auxiliares: Marcelo Carvalho Van Gasse e Kleber Lúcio Gil. Público: Renda:

Bota volta a vencer, agrava a crise do Avaí, mas torcida chia com Caio Jr.

Alvinegro faz 2 a 1, de virada, mas técnico é vaiado por sacar Maicosuel e Herrera, autores dos gols. Catarinenses seguem no Z-4

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Pazes feitas, mas com uma ponta de insatisfação. Na noite desta quarta-feira, o Botafogo voltou a vencer depois de quatro partidas, chegou a 19 pontos e se reaproximou do G-4. Nos 2 a 1 sobre o Avaí, de virada, na 12ª rodada do Brasileirão, Maicosuel fez gol, Herrera também marcou, mas as opções do técnico Caio Júnior foram contestadas pela torcida com vaias e gritos de "burro". Autores dos gols alvinegros, o meia e o atacante foram substituídos antes dos 25 minutos do segundo tempo. Ambos deixaram o campo do Engenhão de cara feia. O Mago, que voltou a ouvir aplausos dos torcedores, foi recebido pelo treinador à beira do gramado, mas deixou clara a insatisfação. Dirceu marcou para os catarinenses.
Sem rumo, o Avaí de Alexandre Gallo precisa de uma bússola e muitos pontos. Com sete, a equipe continua mergulhada na zona de rebaixamento, no penúltimo lugar. Os avaianos olham para a tabela e quase têm um enfarte. A campanha é péssima: sete derrotas, quatro empates e uma única vitória.
Na próxima rodada, o Botafogo visita o Cruzeiro, sábado, às 18h30m. No domingo, às 16h, o Avaí recebe o Corinthians.
Maicosuel gol Botafogo (Foto: Ag. Estado)Maicosuel, vaiado nos últimos jogos, fez gol e ouviu aplausos (Foto: Ag. Estado)
Gol precoce e virada alvinegra
Mãos na cabeça, expressão sisuda à beira do gramado do Engenhão. Bem cedo, antes dos dez minutos de jogo. O gol do Avaí, aos seis, doeu como um soco no estômago do técnico Caio Júnior, dos jogadores do Botafogo e de cada torcedor que foi ao estádio. A cobrança de falta de Pedro Ken foi um teste para a dupla de zaga reserva do Alvinegro, formada pelo jovem João Filipe e pelo estreante Gustavo. A bola viajou até a área, Cleverson desviou, e Dirceu, livre, completou para a rede.

Irritada com o jejum de quatro partidas sem vitória, a torcida do Bota jogou a paciência para o alto e chiou. Em vantagem e louco para respirar fora da zona de rebaixamento, o Avaí se trancou e sumiu com a chave. A equipe de Alexandre Gallo passou a sofrer pressão e investiu nos contra-ataques. No melhor deles, em uma trama com passes ligeiros do campo de defesa à intermediária adversária, o volante Fabiano deixou Pedro Ken na frente de Jefferson. Chute cruzado que se perdeu pela linha de fundo, chance desperdiçada que poderia definir o confronto.
Organização não foi o forte do Glorioso, comprometido por oito desfalques. Com Maicosuel  e Alexandre Oliveira abertos pela esquerda, Elkeson na direita, e Herrera centralizado, a equipe rondou a área avaiana, conseguiu alguns cruzamentos, mas fracassou nas infiltrações, criou pouco. Foram quase 20 minutos de avanços insistentes, mas pouco produtivos. Até que Márcio Azevedo acreditou, encarou a marcação de Marcos Paulo e ganhou a primeira disputa dele na lateral esquerda. O cruzamento para trás encontrou Maicosuel livre. De primeira, o Mago empatou: 1 a 1, aos 27. Gol para aliviar as críticas e dar confiança no período de má fase técnica.
O empate não mudou o cenário. Retranca catarinense, luta carioca. Todo mundo sabe que Herrera é trombador e brigador, mas ele também faz gols. Onze minutos depois do empate, o argentino se posicionou bem na área e esperou. Elkeson cobrou falta com precisão, e o gringo, que até ali chamara a atenção pelas reclamações em excesso, escorou de cabeça para virar o placar.
No intervalo, o clube promoveu o Desafio dos Recordes, com provas de atletismo de 100 metros rasos de atletas paraolímpicos.
Avaí se esforça, e Caio Júnior ouve vaias
Caio Junior no jogo do Botafogo (Foto: Marcelo Theobald / Ag. O Globo)Caio Júnior não agradou com as mudanças
(Foto: Marcelo Theobald / Ag. O Globo)
Gallo não tinha alternativa. Com a corda no pescoço, o técnico teve de mudar o time. O atacante Estrada voltou do intervalo no lugar de Cleverson. Pouco depois, Rafael Coelho, também atacante, substituiu o volante Fabiano. O Botafogo passou a esperar o adversário em seu campo e a correr riscos. Caio Júnior, inexplicavelmente, substituiu os autores dos gols. Maicosuel saiu aos 17 para a entrada de Felipe Menezes, e Herrera deu lugar a Alex, aos 24. A reação da torcida foi imediata. Protestos contra as opções do treinador, que ouviu gritos de "burro". O Mago e o argentino saíram de cara amarrada e cabeça baixa.
A pressão do Avaí quase deu resultado. Dirceu cobrou falta com força, a bola desviou no atacante William e entrou. A bandeira subiu. Impedimento marcado e frustração catarinense.
Caio Júnior mudou pela terceira e última vez. Caio entrou no lugar de Alexandre Oliveira, que ouviu vaias por ter feito mais um jogo ruim. O garoto, no entanto, ficou em campo só por cinco minutos. Aos 33, ele sofreu uma torção forte no tornozelo direito em disputa de bola, caiu desesperado e sinalizou como se tivesse sofrido uma fratura. Sem conseguir colocar o pé no chão, desceu chorando para o vestiário e deixou a equipe com um a menos. A insistência do Avaí em chutes de longe e alguns contra-ataques do Bota encerraram um jogo de baixo nível técnico.   
BOTAFOGO 2 X 1 AVAÍ
Jefferson, Alessandro, João Filipe, Gustavo, Márcio Azevedo; Léo, Renato, Maicosuel (Felipe Menezes), Elkeson e Alexandre Oliveira (Caio); Herrera (Alex) Felipe, Welton Felipe, Bruno, Dirceu e Daniel; Marcos Paulo (Batista), Pedro Ken, Fabiano (Rafael Coelho) e Cleverson (Estrada); Romano e William
Técnico: Caio Júnior. Técnico: Alexandre Gallo.
Gols: Dirceu, aos seis, Maicosuel, aos 27, e Herrera, aos 38 do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Herrera, Márcio Azevedo e João Filipe (Botafogo); Marcos Paulo, Welton Felipe e Fabiano (Avaí).
Estádio: Engenhão, Rio de Janeiro. Data: 27/07/2011. Árbitro: Nielson Nogueira Dias (PE). Auxiliares: Jossemmar Diniz Moutinho (PE) e Thiago Gomes Brigido (CE).

Valcke: 'Brasil não faria a Copa hoje como a África não realizaria em 2007'

Secretário geral da Fifa se mostra otimista com o avanço das obras em estádios e aeroportos no país para o torneio que acontecerá em 2014

Por Leandro Canônico, Marcelo Russio e Márcio Iannacca Rio de Janeiro
jerome valcke blatter evento fifa (Foto: Márcio Iannacca/Globoesporte.com)Ao lado do presidente da Fifa, Joseph Blatter,
Jerome Valcke em evento no Rio de Janeiro
(Foto: Márcio Iannacca/Globoesporte.com)
O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, disse nesta quarta-feira, durante a coletiva de imprensa anterior ao sorteio dos grupos das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014, que o Brasil não está pronto hoje para realizar o Mundial, assim como a África do Sul não estava três anos antes da Copa de 2010.
- O que podemos dizer é que o Brasil não está pronto para a Copa do Mundo hoje, como a África do Sul não estava três anos antes do seu Mundial. Mas os trabalhos estão sendo feitos, os estádios e os aeroportos estão sendo construídos e modernizados, e sabemos que há boas chances de que tudo seja feito a tempo para que a Copa de 2014 seja um sucesso.
O dirigente se mostrou otimista ao falar sobre a construção do estádio paulista para o jogo de abertura do Mundial, em São Paulo.
- As garantias financeiras chegaram e o estádio de São Paulo está sendo construído, fortalecendo a decisão de se ter o jogo de abertura na cidade.
Durante uma de suas respostas, o secretário-geral da Fifa cometeu um ato falho ao falar sobre os estádios brasileiros, dizendo que "confia que a maioria das arenas esteja pronta até 2014". Rapidamente, porém, ele se corrigiu e disse que "todos os estádios estarão pronto em tempo".
Até por conta do processo embrionário em que as obras estão é que Jerome Valcke não quis comentar sobre os valores de ingressos para a Copa do Mundo de 2014.
- Precisamos primeiro ter os estádios com bons assentos. Só assim vamos poder criar as categorias. Potencialmente existem quatro categorias e vocês, brasileiros, terão uma cota especial, assim como na África do Sul - explicou o secretário-geral, lembrando a política usada em 2010 para atender ao público mais carente.
Sobre a dinâmica do sorteio, Valcke confirmou que não haverá sorteio para as Eliminatórias sul-americanas, e revelou um problema político no sorteio dos países europeus.
- Não haverá sorteio para os países da Conmebol, que disputa as Eliminatórias em formato de torneio. As demais confederações terão seus sorteios no sábado. Atendendo a um pedido da Uefa e das federações da Rússia e da Geórgia, que enfrentam problemas políticos, os dois países não estarão no mesmo grupo das Eliminatórias europeias. Caso isso aconteça no sorteio, os países serão separados e postos em grupos diferentes.

Grêmio não consegue se recuperar e apenas empata com o América-MG

No Estádio Olímpico, mineiros saíram na frente, mas tricolores igualaram

por Eduardo Cecconi
Com Julinho Camargo no comando, a ambição do Grêmio é vencer em casa e empatar fora. Nesta noite de quarta-feira, entretanto, o América-MG frustrou os planos do técnico tricolor. No Estádio Olímpico, as duas equipes apenas empataram em 1 a 1, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. Willian Rocha abriu o placar para os mineiros, e Miralles - que seria expulso logo depois - empatou (assista aos gols no vídeo ao lado).
O empate deixa o Grêmio com 13 pontos, apenas dois à frente da zona de rebaixamento. O América-MG, com 8 pontos, segue no Z-4 - é o 18º colocado. As duas equipes voltam a campo no próximo fim de semana. No sábado, às 18h30m (de Brasília), o Tricolor gaúcho enfrenta o Flamengo, no Engenhão. No dia seguinte, também às 18h30m, o América-MG recebe o Coritiba na Arena do Jacaré.
Armadilha
Experiente, com 31 anos trabalhando à beira do campo, Antônio Lopes sabe como criar armadilhas para fisgar um adversário tecnicamente superior. Foi o que aconteceu no primeiro tempo. No 3-6-1, o América-MG fechou-se à frente da própria área, obstinado em frear a velocidade do jogo. Com muitas faltas e catimba, manteve a bola parada durante 20 minutos na etapa inicial. E nos 26 restantes (somando o acréscimo) ainda conseguiu marcar um gol, com o zagueiro Willian Rocha de cabeça.
Ao Grêmio, coube o desespero. Vaiado e perdendo em casa desde cedo, atirou-se ao ataque sem qualquer organização. E passou a chutar, insistentemente, de fora da área. No total, com 58% de posse de bola, arriscou 15 conclusões - nenhuma, entretanto, obrigou o goleiro Neneca a sujar o uniforme.
Gol e expulsão
Embora não tenha modificado a equipe no intervalo, Julinho Camargo esperou pouco para recorrer ao banco de reservas. E tirou de campo o, até então, intocável Douglas. Entre aplausos e vaias, o camisa 10 tricolor deixou o campo sem sequer olhar para o treinador, dando lugar a Leandro. Julinho apostava no 4-3-3.
Douglas no jogo do Grêmio contra o América-MG (Foto: Neco Varella / Ag. Estado)Douglas, do Grêmio, disputa jogada com jogador do América-MG (Foto: Neco Varella / Ag. Estado)
Disposto a pressionar, o Grêmio chegou ao empate da mesma forma que o América-MG havia largado à frente: na bola parada. Pela primeira vez titular, Miralles marcou após cobrança de falta do capitão Fábio Rochemback.
Mas o argentino, candidato a herói, foi expulso poucos minutos depois. Sem ele, a insistência tricolor arrefeceu. Mesmo com posse de bola superior a 60%, e quase 30 finalizações, não foi possível chegar à virada.
GRÊMIO 1 X 1 AMÉRICA-MG
Victor; Saimon, Mário Fernandes, Rafael Marques e Lúcio; Gilberto Silva, Fábio Rochemback, Douglas (Leandro) e Escudero (Marquinhos) e Miralles; André Lima. Neneca; Willian Rocha, Micão e Amaral; Marcos Rocha, Dudu (Eliandro), China, Caleb (Rodriguinho), Léo e Carleto (Gabriel); Fábio Júnior.
Técnico: Julinho Camargo. Técnico: Antônio Lopes.
Data: 27 de julho de 2011. Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre. Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez, auxiliado por Dibert Pedrosa Moisés e Ediney Guerreiro Mascarenhas (trio do Rio de Janeiro).
Gols: Willian Rocha (América-MG), aos 15m do primeiro tempo. Miralles (Grêmio), aos 15m do segundo tempo.
Cartões amarelos: Miralles, André Lima (Grêmio); Carleto, Micão, Amaral, Marcos Rocha, Fábio Júnior, China (América-MG). Cartão vermelho: Miralles (Grêmio).
Público: 15.033 torcedores. Renda: R$ 210.249,50.

Por tumulto no dérbi, Ponte e Guarani perdem dez mandos de campo

Clubes ainda recebem multa e locutor, que foi pivô da confusão no clássico campineiro, também fui punido pelo STJD

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
Confusão Guarani x Ponte Preta (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Tumulto no dérbi faz Ponte e Guarani perderem dez
mandos de campo (Foto: Marcos Ribolli)
A Ponte Preta e o Guarani foram punidos com a perda de dez mandos de campo por conta da confusão no dérbi campineiro do último dia 16. A pena foi aplicada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta quarta-feira por maioria de votos. Além da pena, os clubes terão de pagar multas em dinheiro. A Macaca terá de desembolsar R$ 50mil, enquanto o Bugre R$ 100mil.
O tumulto teve início no intervalo da partida, logo após o locutor, Raul Lazaro ter provocado a torcida bugrina chamando-a de “galinhada”. Os torcedores do Guarani reagiram ateando fogo em um banheiro do estádio Moisés Lucarelli. Houve confronto entre a Polícia Militar e os bugrinos, que tentavam impedir os bombeiros de apagar o incêndio. O fogo só foi totalmente controlado no final do clássico.
Veja as imagens da confusão no dérbi campineiro
Os clubes foram enquadrados no artigo 213, incisos I, §1º e §2º do Código Brasileiro de Justiça Desportiva por “deixarem de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto”. Além dos clubes, o locutor Raul Lazaro, pivô do tumulto, também foi punido. Ele foi suspenso por 180 dias por infringir o artigo 258-A do CBJD (provocar o público durante partida). As informações são do site “Justiça Desportiva”.

Gustavo deixa delegacia em silêncio e pode ter demissão do Sport revista

Goleiro prestou depoimento em Barão de Cocais e repetiu que está arrependido pela voadora em Elivélton. Ele deve voltar para Recife na quinta

Por Edgard Maciel de Sá Direto de Barão de Cocais, MG
O goleiro Gustavo prestou depoimento por cerca de 20 minutos na delegacia de Barão de Cocais, no interior de Minas Gerais, na manhã desta quarta-feira. Na frente do delegado da pequena cidade localizada a cerca de 90km da capital Belo Horizonte, o jogador voltou a se dizer arrependido pela agressão ao volante Elivélton, do Vasco, em partida válida pela Taça BH de Futebol Júnior. Ele deixou o local sem falar com a imprensa e será indiciado por tentativa de homicídio duplamente qualificado, com motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, que estava de costas e não pode se defender. A demissão do Sport, anunciada no site oficial do clube pernambucano logo após o ocorrido, no entanto, pode ser revista.
Segundo o diretor das categorias de base do Sport, Carlos José de Araújo, nenhuma decisão definitiva será tomada antes do retorno de Gustavo a Recife, o que deve acontecer nesta quinta-feira. Para o dirigente, não é hora de "encerrar" a carreira do goleiro, e sim de apoiá-lo.
- Toda a delegação do Sport está apoiando o jogador. Não pelo o que ele fez em campo, mas sim pela questão psicológica. Sobre a demissão, só saberemos mais para frente. Primeiro ele voltará a Recife para conversar com o presidente Gustavo Dubeaux. É hora de dar apoio a esse jovem e não de crucificá-lo - disse Carlos.
gustavo sport goleiro (Foto: Edgard Maciel de Sá/Globoesporte.com)Gustavo deixa a delegacia de Barão de Cocais
(Foto: Edgard Maciel de Sá/Globoesporte.com)
Gerente de futebol amador do Sport, Gustavo Bueno foi até Barão de Cocais apenas para acompanhar o caso e deixou clara sua maior preocupação: não deixar o jogador marcado como um marginal.
- Não podemos tratar o menino como criminoso, marginal. Isso não existe. Foi um lance que não cabe no futebol e como representante do Sport eu concordo com isso. Mas é preciso ter discernimento. Gustavo é um jogador em formação e outros casos semelhantes já aconteceram. Até mesmo com atletas famosos que não deixaram de seguir suas carreiras profissionais por causa disso - explicou.
De cabeça baixa, Gustavo chegou à delegacia às 10h acompanhado do diretor Carlos, do médico Leocádio Soares, e de mais três atletas do Sport que foram citados no Boletim de Ocorrência da agressão e se manifestaram como testemunhas: Wanderson, Ronaldo e Renê. Durante o depoimento, o goleiro não chorou e voltou a se dizer arrependido do que classificou como um ato impensado. Segundo o delegado de Barão, Paulo Tavares, o inquérito está quase concluído, faltando apenas a finalização das provas técnicas.
- O depoimento foi tranquilo e Gustavo disse o que eu já previa. Só preciso receber o autos de corpo de delito (ACD), os laudo periciais e as imagens da televisão. Depois disso, o caso estará nas mãos da Justiça - explicou.
Assustado com a repercussão nacional do caso, o goleiro aos poucos volta a sua rotina normal. Depois de passar praticamente toda a terça-feira sem sair do hotel, ele seguiu direto da delegacia para um restaurante e almoçou do lado da delegação pernambucana. Após o jogo, Gustavo recebeu ligações do pai, da mãe e da namorada, que se disseram envergonhados com a agressão.
Natural de Marechal Deodoro, em Alagoas, o jovem de 18 anos iniciou sua carreira no CSA-AL e tem consciência de que ficará com seu futuro comprometido daqui para frente. Se não quis falar com a imprensa após o depoimento, aos companheiros de time o jogador resumiu seu erro com a seguinte frase: "Todo mundo tem três minutos de bobeira na vida. Eu tive seis". Tempo extra esse que ficará para sempre marcado como uma mancha em sua carreira.

‘Agora posso tirar foto sem camisa’ diz Ronaldo

 

Ronaldo fez piada em seu twitter, na tarde desta quarta-feira, com sua proeminente barriguinha registrada em Ibiza. Disse que agora que parou de jogar pode tirar foto sem camisa  sem ser “detonado” pela imprensa. Disse que antes a manchete mencionaria seu peso – e agora o registro é apenas sobre suas férias.

Pra quem não viu ontem, a foto é esta aqui: