domingo, 12 de maio de 2013

Alonso brilha em casa e vence GP da Espanha; Massa desencanta no pódio

Espanhol da Ferrari leva torcida que lotou arquibancadas de Barcelona ao delírio. Brasileiro larga em nono e cruza em terceiro. Mercedes decepcionam

Por GLOBOESPORTE.COM Barcelona, Espanha
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Os espanhóis lotaram as arquibancadas do Circuito da Catalunha esperançosos por um show do ídolo nacional Fernando Alonso. Expectativa correspondida com uma exibição de gala do piloto da Ferrari. O bicampeão mundial largou em quinto, não tomou conhecimento dos rivais e faturou o GP da Espanha, válido pela quinta etapa da temporada 2013, confirmando o discurso confiante do dia anterior. Alonso ultrapassou Kimi Raikkonen (Lotus), Lewis Hamilton (Mercedes) e Nico Rosberg (Mercedes) nas primeira voltas, ganhou a posição de Sebastian Vettel (RBR) nos boxes e, na metade da prova, superou novamente o finlandês da Lotus, que apostava em uma estratégia de três pit stops contra quatro dos demais pilotos (assista aos melhores momentos da corrida no vídeo acima). Extasiado com a terceira vitória em casa (Barcelona 2006 e Valência 2012), o espanhol quebrou protocolo e saudou o público dando uma volta segurando a bandeira do país, o que não é mais permitido pelas regras. Entretanto, a direção de prova decidiu não estragar a festa e não advertiu o piloto, por haver precedentes em situações similares. A festa, porém, quase acabou antes mesmo de começar. A Ferrari revelou que Alonso teve um pequeno furo de pneu na 49ª das 66 voltas. Entretanto a equipe adiantou a parada nos boxes do piloto, minimizando o problema.
E o show em Barcelona não ficou só por conta do piloto da casa. Felipe Massa também brilhou. Depois de ter que largar em nono devido a uma punição no treino classificatório, o brasileiro fez uma bela corrida de recuperação, com diversas ultrapassagens em momentos importantes, e cruzou a linha de chegada em terceiro, subindo no pódio pela primeira vez na temporada. Feliz com a exibição, o piloto comemorou o resultado com a esposa Raffa Massa e o filho Felipinho na saída da pista. Raikkonen, em segundo, completou o pódio.
Fernando Alonso recebe a bandeirada do GP da Espanha em primeiro, para delírio da torcida que lotou as arquibancadas do Circuito da Catalunha (Foto: Getty Images)Alonso recebe a bandeirada do GP da Espanha em primeiro, para delírio da torcida que lotou as arquibancadas do Circuito da Catalunha (Foto: Getty Images)
Constante e frio, Raikkonen aproveitou muito bem o menor consumo de pneus do carro da Lotus e fez uma parada a menos nos boxes que os adversários. O “Homem de Gelo” apresenta uma regularidade impressionante desde que retornou à categoria, em 2012. É a 22ª vez seguida que termina na zona de pontuação, aproximando-se do recorde estabelecido por Michael Schumacher de 2001 a 2003. A dupla da RBR fechou o top 5, com o alemão Vettel em quarto e o australiano Mark Webber em quinto.
Largando da primeira fila, Mercedes decepciona
A preocupação de Nico Rosberg e Lewis Hamilton com o fraco rendimento da Mercedes, devido ao alto consumo dos pneus, se confirmou. A dupla, que havia feito dobradinha no treino classificatório e dividia a primeira fila no grid de largada, passou longe da briga pela vitória. O alemão terminou apenas em sexto, mas pelo menos somou pontos. Pior ainda foi Hamilton. O campeão mundial de 2008 levou volta dos ponteiros e amargou um decepcionante 12º lugar, fora da zona de pontuação. Paul Di Resta (Force India), Jenson Button (McLaren), Sergio Pérez (McLaren) e Daniel Ricciardo (STR) completaram os dez primeiros.
fernando alonso podio formula 1 gp espanha (Foto: AP)Felipe Massa subiu ao pódio pela primeira vez na temporada (Foto: AP)
Vettel segue líder do campeonato
Com a segunda vitória no ano, Alonso chega aos 72 pontos e assume a terceira posição no Mundial de Pilotos. Ele superou Lewis Hamilton, que passou em branco na prova e estacionou nos 50.  O líder continua sendo Sebastian Vettel, que soma 89 pontos. O alemão, porém, viu sua vantagem para Kimi Raikkonen diminuir de dez para quatro pontos. Massa superou Webber e agora é quinto colocado na classificação geral.
Alonso quebra tabu de 17 anos e atinge marcas importantes
O espanhol da Ferrari conseguiu uma façanha expressiva no circuito catalão. Foi a segunda vez que um piloto que não largou na primeira fila venceu em Barcelona. A então única vez havia sido em 1996, quando Michael Schumacher triunfou após largar em terceiro em um atípico GP, debaixo de chuva torrencial.
Alonso atingiu outras duas marcas importantes. Chegou a 11 vitórias, igualando Massa como quarto maior vencedor da história do tradicional time de Maranello. Foi o 32º triunfo da carreira do espanhol, que deixa o britânico Nigel Mansell para trás e se isola na quarta posição no ranking dos pilotos que mais vezes subiram no degrau mais alto do pódio na categoria máxima do automobilismo mundial, atrás apenas de Michael Schumacher (91), Alain Prost (51) e Ayrton Senna (41).
Próxima etapa: GP de Mônaco
O próximo desafio da Fórmula 1 será o GP de Mônaco, de 23 a 26 de maio, válido pela sexta etapa da temporada. A TV Globo transmite ao vivo a mais charmosa corrida do calendário no domingo, às 9h (horário de Brasília), além do treino classificatório, no sábado, no mesmo horário. O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real com vídeos. O SporTV exibe os treinos livres a partir de quinta-feira, 5h.
Fernando Alonso comemora vitória com bandeira da Espanha (Foto: AFP)Fernando Alonso comemora vitória com bandeira da Espanha (Foto: AFP)
A corrida: Alonso e Massa largam bem
Rosberg manteve a ponta na largada. Vettel superou Raikkonen e assumiu o segundo lugar. Alonso não deixou o alemão da RBR escapar. Livrou-se do finlandês da Lotus e nas curvas seguintes, passou Hamilton por fora, subindo para terceiro. Quem também começou bem foi Massa. Largando em nono, o brasileiro passou Webber e Grosjean antes da primeira curva e depois tomou a sexta posição de Pérez ainda na volta de abertura.
As primeiras voltas foram marcadas por um trenzinho: Rosberg era o “maquinista”, seguido por Vettel, Alonso, Hamilton, Raikkonen e Massa. Mas em pouco tempo, os três primeiros se desgrudaram dos demais, formando dois pelotões.
Na 7ª volta, Raikkonen desbancou Hamilton e assumiu o quinto lugar. Mais atrás, Webber, que havia perdido três posições na largada, abriu os trabalhos nos boxes, trocando os pneus médios pelos duros. Na passagem seguinte, Massa superou o britânico da Mercedes, subindo para quinto, mas seguiu para os boxes na mesma volta e retornou em 12º. O primeiro a deixar a prova foi Romain Grosjean. A suspensão da Lotus quebrou, deixando o jovem piloto francês na mão.
 Alonso assume a liderança
Alonso fez seu pit stop na volta 10 - Rosberg e Vettel pararam na passagem seguinte - e ganhou a posição do rival da RBR. Logo depois, o piloto da casa superou o adversário da Mercedes com uma bela manobra, levantando a arquibancada. Foi então que a queda de rendimento das “Flechas de Prata” em razão do alto consumo dos pneus ficou evidente. Em pouco tempo, Rosberg foi engolido por Vettel, Massa e Raikkonen. Quando o mexicano Esteban Gutiérrez (Sauber) finalmente parou nos boxes, na 14ª volta, o espanhol da Ferrari assumiu a liderança, seguido por Vettel e Massa.
A dupla da Ferrari foi cedo para a segunda rodada de pit stops. Alonso voltou para a pista em quarto, logo passou Rosberg e subiu para terceiro, atrás apenas de Vettel e Raikkonen. Já Massa retornou em sétimo, rapidamente se livrou de Ricciardo, Pérez e Rosberg, e pulou para quarto. A estratégia pareceu ter sucesso. Vettel e Raikkonen foram para os boxes e voltaram atrás dos carros do tradicional de Maranello.
Caterham perde roda
Nesse meio tempo, Giedo van der Garde abandonou após a roda traseira esquerda de sua Caterham se soltar. A equipe foi investigada pela direção de prova após a corrida e multada em 10 mil euros (cerca de R$ 26 mil), já que um pneu solto na pista ameaça a segurança dos demais competidores.
A corrida chegou à metade das 66 voltas com Alonso na ponta, dez segundos à frente de Massa, que também mantinha boa margem para Vettel e Raikkonen. Os pilotos de RBR e Lotus protagonizavam um show à parte no duelo pela terceira posição. Vettel vendeu caro, mas o finlandês conseguiu realizar a ultrapassagem.
Hulk e Vergne batem nos boxes
Um incidente curioso aconteceu nos boxes. A equipe Sauber se precipitou ao liberar Nico Hulkenberg do pit stop e o alemão se chocou com a STR de Jean-Eric Vergne, que se preparava para fazer sua parada. Por causa do toque, Hulk teve que retornar aos boxes na volta seguinte para consertar o bico e pouco depois para cumprir um stop-and-go.
Alonso retoma a ponta de Raikkonen
O espanhol fez o terceiro pit stop na volta 37 e voltou atrás de Raikkonen, que tinha uma parada a menos. Por pouco tempo. Poucas passagens depois, Alonso acionou a asa móvel e deixou o finlandês para trás na reta principal, levantando as arquibancadas. Com uma estratégia de três paradas contra quatro dos rivais, o piloto da Lotus fez seu último pit a 20 voltas do fim, retornando dez segundos atrás de Massa e a quase 30 do líder Alonso.
O piloto da Ferrari fez sua quarta e última parada nos boxes na 49ª das 66 voltas e manteve a ponta. Daí em diante, foi só administrar a vantagem, receber a bandeirada em primeiro e comemorar com a torcida espanhola. Massa retornou cerca de quinze segundos atrás de Raikkonen depois do quarto pit stop, restando 14 voltas para o fim. O brasileiro passou a tirar, em média, um segundo de desvantagem do piloto da Lotus. Mas o finlandês apertou o ritmo, conseguiu segurar a diferença e garantiu o segundo lugar. A dupla da RBR fechou o top 5, com Vettel e Webber em quarto e quinto, respectivamente. O pole position Rosberg terminou apenas em sexto, enquanto seu companheiro de Mercedes, Hamilton, chegou em 12º e sequer marcou pontos.
Confira o resultado final do GP da Espanha:
1 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 66 voltas, em 1h39m16s596
2 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - a 9s300
3 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 26s00
4 - Sebastian Vettel (ALE/RBR) - a 38s200
5 - Mark Webber (AUS/RBR) - a 47s900
6 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 1m08s000
7 - Paul di Resta (ESC/Force India) - a 1m08s900
8 - Jenson Button (ING/McLaren) - a 1m19s500
9 - Sergio Pérez (MEX/McLaren) - a 1m21s700
10 - Daniel Ricciardo (AUS/STR) - a 1 volta
11 - Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber) - a 1 volta
12 - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - a 1 volta
13 - Adrian Sutil (ALE/Force India) - a 1 volta
14 - Pastor Maldonado (VEN/Williams) - a 1 volta
15 - Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) - a 1 volta
16 - Valteri Bottas (FIN/Williams) - a 1 volta
17 - Charles Pic (FRA/Caterham) - a 1 volta
18 - Jules Bianchi (FRA/Marussia) -  a 2 voltas
19 - Max Chilton (ING/Marussia) -  a 2 voltas
Não completaram a prova:
Jean-Eric Vergne (FRA/STR) - acidente (volta 52)
Giedo van der Garde (HOL/Caterham) - roda solta (volta 21)
Romain Grosjean (FRA/Lotus) - quebra da suspensão (volta 8)
05_Circuito_Espanha-3 (Foto: Infoesporte)

Rebney: 'Bellator nunca será um celeiro de lutadores para o UFC'

CEO do principal concorrente do Ultimate diz que assina contrato com os atletas para que eles possam se estabelecer dentro da própria organização

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Bjorn Rebney, Ben Askren e King Mo Lawal (Foto: Reprodução / Facebook)Bjorn Rebney (esq.) em foto tirada ao lado de Ben
Askren e King Mo (Foto: Reprodução / Facebook)
Uma das principais polêmicas no MMA atual é a briga judicial envolvendo o peso-leve Eddie Alvarez e o Bellator. O lutador tenta de todas as maneiras ir para o UFC, mas do outro lado encontra uma empresa disposta a fazer valer os seus direitos. A Justiça americana irá decidir quem está com a razão em breve.
Enquanto o resultado do julgamento não chega, o CEO da segunda organização de MMA mais importante dos Estados Unidos concedeu uma entrevista ao site "MMAjunkie" e falou um pouco sobre a relação com os lutadores. Bjorn Rebney ressaltou que o Bellator já conquistou o seu espaço e quer crescer ainda mais. A ideia é formar ídolos e conseguir mantê-los.
- Estamos em um lugar que ninguém diferente do UFC jamais ocupou no MMA, e acho que é preciso ficar bem claro que o Bellator nunca foi e nunca será um celeiro de lutadores para o UFC. Estamos construindo campeões, e alguns dos maiores lutadores do mundo competem nesta organização. Acredito que temos o maior peso-pena e o maior peso-leve do mundo competindo nesta organização (ele se refere a Pat Curran e Michael Chandler), e acredito que logo vamos ter mais dos melhores lutadores de suas respectivas categorias. Nós não entramos nessa de ser o número 2, e a realidade é que nós não somos simplesmente uma organização que foi concebida para dar às pessoas uma oportunidade, e depois, finalmente, elas poderem fazer a transição para o UFC - disse Rebney.
SporTV.com/Combate: confira as últimas notícias do mundo do MMA
No ano passado, o Bellator perdeu um de seus campeões para o UFC. Hector Lombard preferiu ficar oito meses sem lutar e deixar o seu contrato com a organização expirar para poder assinar com o Ultimate.

Alan Nugget precisa vencer rival 'duas vezes' para faturar cinturão do Bitetti

Lutador finaliza Claudiere Freitas com o tempo regulamentar do primeiro
round esgotado e só consegue o triunfo na decisão dos jurados

Por SporTV.com Rio de Janeiro
Uma polêmica marcou a luta principal do Bitetti Combat 15, disputado neste sábado no Rio de Janeiro. Em duelo válido pelo cinturão do peso-leve, depois que Toninho Fúria abdicou do título, Alan Nugget encaixou uma chave de tornozelo no fim do primeiro round, e seu adversário, Claudiere Freitas, deu os três tapinhas no solo, sinalizando que estava desistindo do combate. Entretanto, isso aconteceu poucos segundos depois de a sirene que determinava o fim do período tocar.
MMA - Ring girls do Bitetti Combat (Foto: Reprodução/Twitter)Ring girls do Bitetti Combat 15 usaram lingerie (Foto: Reprodução/Twitter)
Assim sendo, ambos tiveram que continuar a luta. Alan Nugget manteve o domínio sobre Claudiere Freitas e acabou sendo declarado campeão após decisão dos jurados, mesmo com um deles surpreendentemente dando o triunfo para Claudiere.
- Há uma discussão sobre qual é o melhor evento da América Latina. Então, vamos fazer o seguinte: campeão do Bitetti contra o campeão do Jungle (Fight) - pediu Nugget ao falar no microfone do canal Combate.
SporTV.com/Combate: confira as últimas notícias do mundo do MMA
No coevento principal, a luta mais disputada da noite. Rivaldo Junior e Cylderlan Porco Louco travaram uma equilibrada batalha tanto na trocação quanto no jogo de solo, mas os jurados garantiram a vitória de Rivaldo também por decisão dividida.
Na luta anterior, Alex Cowboy se tornou o responsável pelo único nocaute da noite. Com um upper fortíssimo, ele derrubou Jone Garcia e obrigou o árbitro a encerrar o combate.
Confira os resultados completos:
Alan Nugget venceu Claudiere Freitas por decisão dividida dos jurados
Rivaldo Junior venceu Cylderlan Porco Louco por decisão dividida dos jurados
Alex Cowboy venceu Jone Garcia por nocaute técnico no segundo round
André Minhoca venceu João Ferreira "Van Damme" por finalização (kimura) no segundo round
Fernando dos Santos venceu Kel Fúria por decisão unânime dos jurados
Carlston Harris venceu Cleiton Prisco por decisão unânime dos jurados
Tiago Monaco venceu Alex Junius Marmaduqui por finalização (americana) no primeiro round
Daniel Hortegas venceu Thiago Ximaru por decisão unânime dos jurados
Luis Carlos Mikimba venceu Denison Silva por decisão unânime dos jurados
Cristiano Ferrugem venceu Paulo Roberto por finalização (mata-leão) no primeiro round

Macaco vence pupilo de Henderson em noite de vaias e polêmicas em SP

Brasileiro derrota Efrain Escudero e leva cinturão do Max Sport 132. Evento é marcado por acusações contra Leonardo Macarrão e banda caricata

Por João Gabriel Rodrigues São Paulo
Escudero Macaco (Foto: João Gabriel Rodrigues)Jorge Macaco vence Escudero em São Paulo
(Foto: João Gabriel Rodrigues)
A noite prometia. Sob os olhares de Ben Henderson, que veio ao Brasil para apoiar o mexicano Efrain Escudero, ex-lutador do UFC, campeão da nona edição do TUF e seu companheiro de treinos nos Estados Unidos, o Max Sport 132 lotou as arquibancadas do clube Sírio, em São Paulo. O evento, no entanto, passou longe das expectativas. Na principal luta do campeonato brasileiro de MMA, Jorge “Macaco” fez a alegria da torcida e derrotou o pupilo do astro americano em decisão dividida. Mas, em meio aos confrontos, uma polêmica, um cantor desafinado e alguns problemas de produção tiraram o brilho da festa.
No co-evento principal, a luta entre Leonardo Macarrão e Marcos Caçador marcou a maior polêmica da noite. Não pelo resultado, mas pela história do duelo. Ex-lutador da primeira edição do TUF Brasil, Leonardo Macarrão passou três quilos do limite na pesagem na tarde de sexta-feira. Escalado para o combate, Eduardo Pamplona cobrou comprometimento do rival e foi excluído do evento pela organização. Marcos Caçador, conhecido como Madruga, foi escalado para o lugar. E, por isso, ganhou todo o apoio da torcida, enquanto Macarrão, chamado de “chorão”, passou a ser alvo das vaias das arquibancadas .
Macarrão Madruga (Foto: João Gabriel Rodrigues)Luta entre Macarrão e Madruga foi ponto polêmico da noite (Foto: João Gabriel Rodrigues)
Ao fazer suas versões para hits do pop rock internacional e apresentar suas próprias músicas, a banda Pulga Joe e o Cassino Elétrico também roubou a cena. Primeiro, por conta da performance entusiasmada de seu cantor e por uma versão rock do Hino Nacional. Depois, pelo silêncio constrangedor depois das músicas, enquanto a banda esperava por aplausos. O evento também contou com falhas na organização, como a divulgação de resultados errados. Após as lutas, não houve  zona mista, e os lutadores não falaram com a imprensa, apenas com a transmissão oficial. 
Evento polêmico
O evento, que tinha início previsto para 19h, atrasou por mais de duas horas, gerando algumas reclamações. Antes da apresentação dos lutadores, um show do grupo Pulga Joe e o Cassino Elétrico arrancou poucos aplausos e muitas risadas com uma exibição empolgada de seu cantor, que dá nome à banda, em uma prévia do que se repetiria a cada intervalo na noite. O líder do grupo, que usou um par de óculos vermelho e de gosto discutível, ainda recebeu algumas vaias por conta de sua versão rock para o Hino Nacional, que irritou o público.
As primeiras lutas tampouco empolgaram. No confronto de abertura, entre Danilo Scarmeloti e Diego Latorre, era possível ouvir os gritos das arquibancadas pedindo mais ação aos lutadores. Àquela altura, apenas as ring girls, lideradas pela modelo Ana Paula Minerato, animavam o público no clube Sírio.
Antes da quarta luta, um erro da organização, que chamou o dueanalo seguinte, causou um longo silêncio e alguns segundos de confusão. Mas, na sequência, Vagner Curió e Zelvis Sparta protagonizaram o primeiro bom combate da noite, com Mário Yamasaki como árbitro. Em um ritmo alucinante, Curió chegou ao nocaute técnico com 1m58s, arrancando muitos aplausos das arquibancadas. Na luta seguinte, Leandro Compri finalizou Rubinho Castro em apenas 50 segundos e fez o rival sair carregado do decágono com o tornozelo esquerdo torcido antes do card principal.
Na primeira luta, Fernando Santo Forte e Wikson Silva voltaram a animar o público com um primeiro round de muita trocação e bons momentos no chão. No segundo round, Wikson não conseguiu mais segurar o rival, e Santo Forte venceu por nocaute técnico. Nos intervalos, Pulga Joe tentava a todo custo arrancar aplausos com hits de bandas de pop rock internacional, mas causava constrangimento por conta do silêncio depois das músicas.
Na luta feminina da noite, Herica Tiburcio fez o que pôde e chegou a ter alguns poucos bons momentos. Mas a favorita Cláudia Gadelha fez jus a sua invencibilidade em nove lutas. Depois de pressionar a rival por três rounds, venceu por decisão unânime dos juízes. No fim, as duas se ajoelharam e se abraçaram dentro do decágono.
- Herica é uma das atletas que treinavam mesmo quando não tínhamos incentivo nenhum. É uma atleta de nível internacional também. Entrei com uma pressão muito grande por não ter perdido ainda, fica a ansiedade. Mas faço um trabalho muito legal na equipe Nova União e graças a Deus deu tudo certo – disse a vencedora, logo após a luta, ainda em cima do decágono.
Na sequência, Flávio Álvaro, um dos maiores lutadores de MMA do Brasil de todos os tempos, não teve problemas para superar o argentino Maurício Pare no primeiro round por nocaute técnico. A luta seguinte foi a mais polêmica da noite. Durante todo o confronto, Leonardo Macarrão foi alvo de vaias da torcida, que o chamava de “Chorão”. No primeiro round, Marcos Caçador, o Madruga, conseguiu resistir aos ataques do rival. O ex-lutador do TUF, no entanto, chegou à vitória no round seguinte. O ginásio do Sírio, então, foi tomado por vaias. No discurso após a vitória, Macarrão evitou críticas à torcida e citou Roberto Carlos.
- Disseram que eu tomei um soco e que chorei, mas se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi. Se a torcida não gostou de mim, não é a primeira vez – disse, ainda sob muitas vaias.
Henderson apoiando Escudero (Foto: João Gabriel Rodrigues)Henderson apoiando Escudero na noite deste sábado (Foto: João Gabriel Rodrigues)
Foi a vez, então, da principal luta da noite. Efrain Escudero foi o primeiro a entrar no decágono. Ao som de uma música latina, o mexicano foi para a luta acompanhado de Ben Henderson. Recebeu o apoio do astro do UFC, mas viu o ginásio todo aplaudir Jorge “Macaco”. O brasileiro começou a luta tentando a trocação, mas o rival respondia à altura. Com o apoio da torcida, Macaco quase levou o mexicano ao chão no primeiro round, mas o adversário conseguiu se defender.
Orientado a todo o tempo por um elétrico Henderson, Escudero tentou ser agressivo no segundo round. Macaco, por sua vez, conseguia se manter calmo. O brasileiro mais uma vez assumiu o controle da luta, mas não conseguiu sacramentar a vitória, e a luta foi para a decisão dos juízes. Na decisão dividida, Macaco foi escolhido vencedor, para delírio da torcida. No fim, o mexicano saiu correndo, às pressas, assim como Henderson. A festa era toda da casa.
Resultados da noite:
Danilo Scarmeloti x Diego Latorre – finalização no segundo round
Jurandir Vieira x Robert Abu – finalização no primeiro round
Rodolfo Urso x Márcio Costa – decisão dos árbitros
Zelvis Sparta x Vagner Curió – nocaute técnico no primeiro round
Leandro Compri x Rubinho Castro – finalização no primeiro round
Fernando Santo Forte x Wikson Silva – nocaute técnico no segundo round
Cláudia Gadelha x Hérica Tiburcio – decisão unânime dos juízes
Flávio Álvaro x Maurício Pare – nocaute técnico no primeiro round
Leonardo Macarrão x Marcos “Madruga” Caçador – nocaute técnico no segundo round
Jorge “Macaco” x Efrain Escudero – decisão dividida dos juízes

UFC confirma evento no ginásio do Indiana Pacers, da NBA, em agosto

Indianápolis não sediava o torneio desde 2010, quando o UFC 119 teve como luta principal um duelo decepcionante entre Frank Mir e Mirko Cro Cop

Por SporTV.com Las Vegas, EUA
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O UFC anunciou neste sábado o seu retorno a Indianápolis pela primeira vez desde 2010. O evento acontecerá dia 28 de agosto, uma quarta-feira, na arena do Indiana Pacers, um dos times mais tradicionais da NBA. A última vez que o UFC desembarcou na cidade aconteceu na edição de número 119, no então Conseco Fieldhouse, que teve como evento principal um duelo decepcionante entre os pesados Frank Mir e Mirko Cro Cop. A luta foi tao ruim que o presidente Dana White recusou-se a entregar o prêmio de US$ 70 mil a Frank Mir pelo "Nocaute da Noite", mesmo tendo sido o único nocaute de todo o evento.
conseco field house ginásio (Foto: Getty Images)O atual Bankers Life Fieldhouse receberá o UFC dia 28 de agosto, uma quarta-feira (Foto: Getty Images)
SporTV.com/Combate: confira as últimas notícias do mundo do MMA
Ainda não há rumores sobre o card do evento, mas já houve o anúncio sobre a data de início de venda dos ingressos: 14 de junho. A confrmação de 28 de agosto como data do evento em Indianápolis marca também uma semana intensa do UFC, que realizará três eventos em apenas oito dias: 28 de agosto, 31 de agosto, em Milwaukee, e 4 de setembro, em local ainda a ser divulgado.

Georges St-Pierre revela que medo de fracassar o motiva a ficar em forma

Campeão do peso-meio-médio do Ultimate garante que não teme
adversários e sim ter um desempenho abaixo do esperado

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Georges St-Pierre x Johny Hendricks (Foto: Montagem sobre foto da Getty Images)GSP e Johny Hendricks devem lutar ainda em
2013 (Foto: Montagem sobre foto da Getty Images)
Muitas pessoas veem os principais atletas do mundo como super-heróis e muitas vezes não percebem que esses campeões vivem dilemas como os de qualquer pessoa no dia a dia. Número 1 do peso-meio-médio do UFC, Georges St-Pierre deu um bom exemplo disso. O canadense concedeu uma entrevista reveladora ao canal americano "AXS TV" em que conta o dilema por que ele passa a cada momento antes de suas lutas. Dono de um cartel com 24 vitórias e apenas duas derrotas e com 12 disputas de título do UFC no currículo, ele disse que precisa superar o medo para se sair vitorioso.
- Eu tenho medo. Antes de uma luta, eu duvido de mim mesmo. Eu tenho medo. Tento ser confiante, mas bem lá no fundo, tenho medo. Fico com medo de ser nocauteado, de ser humilhado, de ter feito todo o trabalho e o esforço não valer nada e com medo de não ser tão bom quanto as pessoas esperam que eu seja. É por isso que tenho medo. Não é definitivamente ter medo do meu adversário, e sim de não realizar o melhor como eu deveria. Acho que esse mesmo medo é o que me mantém em forma, mantém o meu tempo de reação melhor e me faz ter um desempenho melhor - disse GSP.
SporTV.com/Combate: confira as últimas notícias do mundo do MMA
Depois de derrotar Nick Diaz em março, Georges St-Pierre ainda não sabe quando será a próxima vez que ele terá de enfrentar esse medo antes de mais uma disputa e cinturão. Sem data marcada para voltar a lutar, ele aguarda uma definição do UFC. A tendência é que ele enfrente Johny Hendricks em alguma data a partir de agosto deste ano.

Liddell é mais um a criticar TRT: 'É uma desculpa para usar esteroides'

Ex-campeão meio-pesado participa de sessão de autógrafos no Rio de
Janeiro. Ele também fala sobre Jones x Spider e Belfort x Rockhold

Por Adriano Albuquerque Rio de Janeiro
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A programação do UFC no Combate 2 - Belfort x Rockhold, que será disputado no próximo sábado, em Jaraguá do Sul, começou neste domingo bem longe da cidade catarinense. No Rio de Janeiro, Chuck Liddell apareceu em um shopping da Zona Sul para uma sessão de autógrafos. Cerca de 50 pessoas já o esperavam na fila quando ele chegou, pouco antes de 16h.
MMA Chuck Liddell Sessão de Autógrafos (Foto: Lee Roy/Vipcomm)Chuck Liddell leva filha à sessão de autógrafos no Rio (Foto: Lee Roy/Vipcomm)
O dia era das mães, mas o ex-campeão meio-pesado do UFC chegou com a filha no colo e deu uma bola para ela brincar. O americano respondeu algumas perguntas da imprensa, entre elas sobre o uso da terapia de reposição de testosterona por parte de alguns lutadores e também sobre um possível combate entre Anderson Silva e Jon Jones. Confira os principais trechos:
Palpite para Rockhold x Belfort
"Acho que é um teste interessante para o Rockhold. Ele está vindo como campeão do Strikeforce, e Vitor é um cara duro de se enfrentar, luta há muito tempo. E ainda vem de um grande nocaute. De qualquer forma, quem vencer está de volta à caça pelo título."
Candidato a bater Jon Jones
"Quero que Glover Teixeira tenha uma chance contra ele. Acho que Glover vai pressionar, fazê-lo enfrentá-lo, e fará ele lutar. Ele está pronto, mas querem que ele tenha um pouco mais de tempo."
MMA Chuck Liddell Sessão de Autógrafos (Foto: Adriano Albuquerque)Chuck Liddell posa para fotos ao lado de fã (Foto: Adriano Albuquerque/ SporTV.com)
Jon Jones e o recorde de defesas de título de Tito Ortiz
"Eu não me importo nem um pouco com o recorde do Tito. Assim, duas das vitórias dele foram contra Ken Shamrock, então... Não ligo. Apenas quero que ele (Glover) receba uma chance, o quanto antes. Acho que ele está pronto, mas ele tem que vencer algumas lutas e tem que fazer sentido para o UFC. Mal posso esperar, estou empolgado por isso."
Anderson Silva e o recorde de nocautes do próprio Liddell
"Anderson é um homem mau, se eu tenho que perder o recorde para alguém, que seja para ele, ele é um dos meus caras favoritos de se ver lutando."
Anderson Silva x Jones Jones
"Acho que vai ser uma luta dura para o Jon. Jon vai sair tentando derrubá-lo, segurá-lo e mantê-lo no chão. Mas se ele não conseguir finalizá-lo por cima, com cotoveladas, ele terá de lutar em pé com Anderson por cinco rounds, e isso não é uma tarefa fácil para ninguém. Acho que a envergadura fará muita diferença nessa luta, o Anderson também é longo, trabalha bem os ângulos e tem bom timing."
MMA Chuck Liddell Sessão de Autógrafos (Foto: Adriano Albuquerque)Chuck Liddell faz pose com cara de mau (Foto: Adriano Albuquerque)
SporTV.com/Combate: confira as últimas notícias do mundo do MMA
Uso do TRT
"É desculpa para usar esteroides. É como um cara, acho que da comissão atlética da Califórnia, disse muito bem, é como uma receita do médico para usar esteroides. Mas se eles permitem, eles permitem, que seja. Mas é como uma permissão para se usar esteroides, porque caras que abusam de esteroides vão ficar com nível baixo de testosterona, e logo receberão uma receita dos médicos para usar. Mas para mim, no meu peso, eu perdia peso para lutar, e se você vai tomar drogas para subir e me enfrentar, nunca fui superado na força por ninguém. Lutei e treinei com muitos caras que estavam "no suco" e nunca fui superado ou incomodado. Para mim, tanto faz."

Com Daniel Straus machucado, Pat Curran cogita fazer luta de boxe

Campeão do peso-pena do Bellator quer se manter a ativo e diz que conta
com o apoio dos dirigentes da organização americana

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Pat Curran lutador de MMA  (Foto: Reprodução / Twitter)Pat Curran já lutou no Bellator duas vezes
nesta temporada (Foto: Reprodução / Twitter)
Pat Curran já lutou em janeiro e abril deste ano, mas não quer ficar muito tempo parado. Mesmo que, para isso, precise mudar de modalidade. O campeão do peso-pena do Bellator tem, na teoria, Daniel Straus como próximo adversário, mas o desafiante está se recuperando de uma fratura na mão e ainda por cima tem problemas a resolver com a Justiça americana depois de ter sido detido por posse de drogas. Curran pensa em colocar em prática um desejo antigo: lutar boxe.
- Eles (dirigentes do Bellator) estão me deixando ficar ativo, e isso (lutar boxe) é algo que eu realmente queria fazer. Eles estão me dando a oportunidade. Estamos esperando um adversário agora, mas quero ficar ativo, quero continuar treinando, e a partir do momento que estiver sem luta no MMA, quero ir para o boxe e tentar - disse Curran ao site "MMAjunking".
SporTV.com/Combate: confira as últimas notícias do mundo do MMA
O Bellator não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Há ainda a opção de Pat Curran enfrentar Magomedrasul Khasbulaev, vencedor do Grand Prix do peso-pena deste ano, antes de Daniel Straus.

Cláudia Gadelha pede mais mulheres no UFC: ‘Não tem como segurar’

Principal promessa brasileira, lutadora diz que Dana White deverá abrir novas categorias femininas de peso e apoiar mais as mulheres no MMA

Por João Gabriel Rodrigues São Paulo
claudia gadelha mma (Foto: João Gabriel Rodrigues)Cláudia Gadelha exibe o troféu conquistado no Max
Fight 132, em São Paulo (Foto: João Gabriel Rodrigues)
Ao mesmo passo que o MMA feminino ganha força, Cláudia Gadelha se firma como uma das maiores promessas brasileiras. Com contrato com o Invicta FC, torneio americano exclusivamente para mulheres, a lutadora, de 24 anos, esteve perto de disputar o cinturão do peso-palha (até 52kg), mas uma lesão a afastou da oportunidade. Ela, porém, já pensa mais à frente. Ainda que o UFC tenha incluído o peso-galo feminino em seu cartel, Cláudia acredita que outras categorias em breve terão seu espaço na principal competição mundial.
- Eu estou muito feliz com a repercussão do MMA feminino lá fora, aqui no Brasil também está crescendo muito. Estou muito feliz com o MMA feminino no UFC, mas ao mesmo tempo triste por só ter uma categoria. Mas não tem mais jeito, não tem como segurar. Expandiu, e o Dana White vai ter de abrir mais categorias em breve – disse a lutadora, que saiu com a vitória no Max Sport 132, realizado na noite de sábado, em São Paulo.
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Cláudia teve trabalho diante da jovem Herica Tiburcio. Na única luta entre mulheres na noite, a favorita viu a rival fazer jogo duro contra suas investidas e venceu apenas na decisão dos juízes. Após o combate, no entanto, ela admitiu ter ido para o decágono com a cabeça já em seu próximo desafio. Em julho, Cláudia enfim fará sua estreia no Invicta FC.
- Eu tive a oportunidade de disputar o cinturão do Invicta lá fora, mas quebrei o nariz uma semana antes do evento em um treino, infelizmente. Agora, no dia 13 de julho, farei minha estreia. Quem ganhar vai disputar o cinturão na outra edição. Estou naquela expectativa, treinando muito para isso acontecer. Por isso essa luta foi bem cautelosa mesmo. Estou confiante, acho que terei a oportunidade de lutar pelo cinturão de novo. Vou defender minha bandeira lá fora.
A luta contra Herica foi um dos destaques do evento em São Paulo. Após o duelo, as duas se ajoelharam no decágono e se abraçaram. Em meio a elogios à rival, Claudia disse ter tido mais cautela no combate.
- Eu sabia que era uma atleta muito dura, já tinha visto lutas dela e é uma menina muito explosiva, tem gás. Como eu estou lutando os eventos lá fora, eu preferi jogar muito na cautela, prestar muita atenção no que estava fazendo porque o nível está subindo muito, o MMA está crescendo aqui dentro e lá fora. Não quis arriscar muita coisa, joguei na inteligência. Eu poderia até ter finalizado, mas não quis arriscar para não tomar nenhum golpe.

Vitor Belfort: 'Eu sempre venço'

Lutador revela como vem se preparando mentalmente para a luta contra o peso-médio Luke Rockhold no UFC no Combate 2, no próximo sábado

Por SporTV.com Miami, EUA
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Para Vitor Belfort, a forma como um atleta se prepara mentalmente para uma luta é a chave para a vitória. Treinando há pelo menos três meses para enfrentar o americano Luke Rockhold na luta principal do UFC no Combate 2, no próximo sábado, em Jaraguá do Sul, o peso-médio brasileiro garante que a parte psicológica é tão ou mais importate que a parte física na preparação para uma luta.
MMA Vitor Belfort ufc (Foto: Agência Getty Images)Vitor Belfort revela que se prepara mentalmente com muita intensidade para as lutas (Foto: Getty Images)
- Sem querer desmerecer nenhum aspecto da preparação, mas o segredo é a forma como eu me preparo mentalmente para uma luta. Eu me imposnho uma mentalidade vencedora, uma atitude vencedora, uma motivação vencedora. Por isso, sou um vencedor. Não importa o que eu faça, eu venço. Eu sempre venço - disse o lutador ao site oficial do UFC.
Belfort vem treinando na equipe Blackzilians, e mostrou total confiança em sua equipe.
- Se você pegar uma semente, ela é só uma semente. Mas se você acha um solo fértil e a planta, aí, sim, a semente dará muitos e bons frutos. Por isso eu me cerquei com um bom time - finalizou o lutador.
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A pesagem do UFC no Combate 2 acontece na Arena Jaraguá na sexta-feira, às 16h (de Brasília). No sábado, os portões serão abertos às 15h30m. O canal Combate vai transmitir o evento ao vivo, com exclusividade, a partir das 17h30m (de Brasília), e o SPORTV.COM vai acompanhar tudo em Tempo Real. O torneio tem previsão de término para 0h15m.
Confira o card completo:
UFC no Combate 2 - Belfort x Rockhold
18 de maio de 2013, em Jaraguá do Sul
CARD PRINCIPAL
Vitor Belfort x Luke Rockhold
Ronaldo Jacaré x Chris Camozzi
Rafael dos Anjos x Evan Dunham
Rafael Natal x Jorge Zeferino
CARD PRELIMINAR
Nik Lentz x Hacran Dias
Francisco Massaranduba x Mike Rio
Iuri Marajó x Iliarde Santos
Paulo Thiago x Michel Trator
John Lineker x Azamat Gashimov
Fábio Maldonado x Roger Hollett
Gleison Tibau x John Cholish
Jussier Formiga x Chris Cariaso
Lucas Mineiro x Jeremy Larsen

Confiante com vitória na estreia, Bruno 'KLB' treina para voltar: 'Estou ralando'

Baixista do trio pop, que já fez uma luta profissional de MMA, será um dos protagonistas do torneio 'Warriors of God', em julho, em Uberlândia (MG)

Por João Gabriel Rodrigues São Paulo
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O peso da estreia já não existe mais. No lugar, Bruno Scornovacca carrega a confiança de ter vencido sua primeira luta no mundo do MMA, em dezembro do ano passado, ao finalizar Diego Ramones. Agora, o baixista do trio pop KLB se prepara para voltar ao decágono, no "Warriors of God", no dia 13 de julho, em Uberlândia (MG). Ainda sem conhecer seu adversário, o músico tem encarado uma forte rotina de treinos para repetir sua atuação no combate.
bruno klb mma (Foto: João Gabriel Rodrigues)Bruno, do grupo KLB, treina para sua segunda luta como profissional de MMA (Foto: João Gabriel Rodrigues)
- Estou me preparando. Depois que eu lutei, em dezembro, tirei só uma semaninha de férias, em dezembro, e voltei a treinar. Estou aí, ralando, treinando. Independentemente do seu oponente, tem de estar preparado para o que for. Estou me preparando no chão, em cima, para ficar sempre bem e dar o melhor de mim – disse o baixista, que prestigiou o Max Sport 132, em São Paulo, na noite de sábado.
SporTV.com/Combate: confira as últimas notícias do mundo do MMA
Não conhecer o rival não é um problema, segundo Bruno. O lutador tem se preparado para a disputa no chão e em pé. Na hora da segunda luta, ele afirma que estará pronto.
- O evento estava entre três nomes, mas não sei quem é. Mas vou respeitar quem for. Quem está lá em cima, é merecedor para estar lá. Vou saber quando estiver mais perto da luta. Vou me preparar para qualquer um.
Cada vez mais focado no mundo da luta, Bruno não deixa o trabalho como músico de lado. Mas, ao transformar um antigo hobby em nova profissão, o baixista diz que levará o MMA com a mesma dedicação.
- É uma paixão que eu sempre tive, sempre pratiquei. Tornar o meu hobby em profissionalismo, eu acho que é válido. Claro, não deixo a banda de lado porque é meu ganha pão, é meu trabalho realmente. Só que isso aqui eu faço por diversão, mas é uma coisa séria. E preciso me dedicar muito.

Ferrari revela que Alonso teve pneu furado na parte final da corrida

Equipe italiana antecipou última parada nos boxes do espanhol e minimizou incidente, dizendo que vitória não esteve sob risco em nenhum momento

Por GLOBOESPORTE.COM Barcelona, Espanha
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A bela festa de Fernando Alonso com a vitória diante da torcida espanhola, por pouco, não aconteceu. Após o GP da Espanha deste domingo, a Ferrari revelou que, na 49ª das 66 voltas, um dos pneus do carro do piloto sofreu um corte provocado por detritos de outros carros depositados no asfalto da pista de Barcelona. Porém, a escuderia agiu rápido, adiantou o quarto e último pit stop de Alonso e evitou problemas maiores. O chefe da equipe, Stefano Domenicali, minimizou o incidente, e garantiu que o triunfo não ficou sob risco. .
- Não foi um problema sério. Nossos dados apontaram que o pneu começou a esvaziar lentamente. Nossa estratégia era parar nos boxes duas voltas depois, mas para não arriscarmos, já que controlávamos o ritmo em relação a Kimi, decidimos antecipar o pit, para evitar estresse em algumas curvas.
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Alonso ultrapassa Raikkonen para vencer o GP da Espanha, em Barcelona (Foto: Getty Images)Alonso administrou vantagem sobre Raikkonen e venceu GP da Espanha, em Barcelona (Foto: Getty Images)
Foi a segunda vitória de Alonso na temporada. Kimi Raikkonen (Lotus) terminou a prova em segundo e Felipe Massa terminou em terceiro, conquistando seu primeiro pódio no ano. O próximo desafio da Fórmula 1 será o GP de Mônaco, de 23 a 26 de maio, válido pela sexta etapa da temporada. A TV Globo transmite ao vivo a mais charmosa corrida do calendário no domingo, às 9h (horário de Brasília), além do treino classificatório, no sábado, no mesmo horário. O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real com vídeos. O SporTV exibe os treinos livres a partir de quinta-feira, 5h.

Ex-dono de equipe paga aposta e vira aeromoça em voo de empresa rival

Richard Branson, chefe da Virgin em 2010, trabalha no percurso entre Perth e Kuala Lumpur e derruba refrigerante em Tony Fernandes, da Caterham

Por GLOBOESPORTE.COM Kuala Lumpur
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O bilionário britânico Richard Branson mostrou ser um bom perdedor. Depois de levar a pior em uma aposta com o malaio Tony Fernandes, dono da Caterham, em 2010, o ex-dono da Virgin, comprada pela russa Marussia, pagou o acordo neste fim de semana. Branson se adequou aos padrões da companhia aérea AirAsia, se vestiu de aeromoça e trabalhou em um voo entre Perth, na Austrália, e Kuala Lumpur, na Malásia.
Richard Branson aposta Fórmula 1 aeromoça (Foto: AFP)Richard Branson como aeromoça em voo para a Malásia (Foto: AFP)
Quando controlava a Virgin, em 2010, Branson e Fernandes, que também eram donos de companhias aéreas, fizeram uma aposta. Naquele ano, o dono do time que se saísse pior teria de se vestir de atendente de cabine e trabalhar por um dia em um voo do outro.
Para isso, o britânico precisou se adequar a todos os procedimentos de uma aeromoça comum. Depilou suas pernas, usou um vestido vermelho e saltos altos e serviu os passageiros. Branson, no entanto, não mostrou muito talento. Ou então resolveu dar o troco em Fernandes. Durante o voo, ao servir os passageiros, derrubou as bebidas na roupa do dono da Caterham, que à época se chamava Team Lotus.
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Richard Branson aposta Fórmula 1 aeromoça (Foto: AFP)Richard Branson derruba bebidas na roupa de Fernandes (Foto: AFP)
- Escorregou, de verdade.
Fernandes, porém, não acreditou. Entre gargalhadas de passageiros e de Branson, deu a ordem:
- Você vai lavar os banheiros – disse.
Richard Branson aposta Fórmula 1 aeromoça (Foto: AFP)Fernandes carrega Branson no colo (Foto: AFP)
Ao final do voo, o bilionário brincou e cogitou até mudar de profissão.
- Eu poderia me adaptar a isso (risos).
Parte do dinheiro arrecadado com a venda dos bilhetes será doado à Starlight Children's Foundation Australia, uma organização sem fins lucrativos dedicada a melhorar a qualidade de vida de crianças que sofrem com doenças crônicas e de suas famílias.
Richard Branson aposta Fórmula 1 aeromoça (Foto: AFP)Richard Branson na chegada a Kuala Lumpur (Foto: AFP)

Confronto entre organizadas de Treze e Campinense deixa quatro feridos

Briga com tiros e facada teria sido entre Torcida Jovem do Treze e Facção Jovem do Campinense antes do início do jogo entre Galo e Raposa

Por Larissa Keren e Silas Batista Campina Grande
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O Clássico dos Maiorais ganhou contornos policiais na tarde deste domingo. Quatro torcedores foram feridos, um deles com um tiro na cabeça, em uma briga entre torcidas organizadas de Treze e Campinense. Os feridos foram socorridos para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande. Segundo torcedor do Treze, que não quis se identificar, a confusão aconteceu na Rua Vigário Calixto, que fica nas imediações do Estádio Amigão, horas antes do início da partida.
Torcedor do Treze, confusão, paraíba (Foto: Silas Batista / Globoesporte.com/pb)Torcedor é atingido em confusão entre organizadas de Treze e Campinense (Foto: Silas Batista / Globoesporte.com/pb)
De acordo com informações do Hospital de Trauma, o torcedor atingido na cabeça está no bloco cirúrgico, em estado grave. Além dele, mais três torcedores que estavam na confusão também deram entrada no local, sendo uma mulher com um tiro no braço, um homem alvejado no abdomen e outro homem com uma facada nas costas.
Segundo um torcedor trezeano, que estava na confusão e não quis se identificar, um grupo da Torcida Jovem do Treze estava se dirigindo para o Amigão, quando encontraram alguns torcedores da Facção Jovem do Campinense. Ele contou ainda que os dois grupos se atacaram com pedras.
- Quem faz parte de torcida organizada é assim. É para matar ou morrer – disse o integrante da Torcida Jovem do Treze, que também foi ferido com pedradas.
O GLOBOESPORTE.COM/PB entrou em contato com comandante do Segundo Batalhão da Polícia Militar, em Campina Grande, o tenente-coronel Souza Neto, mas o oficial alegou que não podia falar sobre o caso no momento.

Após goleada histórica, Joel Santana evita coletiva: ‘Nada a declarar’

Treinador compareceu na sala de imprensa da Arena Fonte Nova logo após o jogo para avisar que não comentaria a derrota para o Vitória

Por GLOBOESPORTE.COM Salvador
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Uma goleada impossível de ser explicada. Neste domingo, logo após a derrota para o Vitória pelo placar de 7 a 3, na Arena Fonte Nova, o técnico Joel Santana fugiu da coletiva de imprensa e se negou a falar qualquer coisa sobre o resultado que praticamente define a final do Campeonato Baiano 2013. O treinador até chegou a aparecer na sala de imprensa do estádio, mas apenas para dar um comunicado aos jornalistas que aguardavam por declarações.
- Por respeito a vocês da imprensa que estão aqui, eu vim. Eu nem viria, não tenho nada a dizer, nada a declarar. Não tem o que falar em uma hora dessas. Tem que ficar calado, ir pra casa e esperar o que vai acontecer – disse Joel Santana.
Joel não falou, mas o comportamento que teve em campo evidenciou a insatisfação com a equipe do Bahia. No início da partida, o técnico permaneceu de pé na área técnica e reclamava a todo o momento com os jogadores. Após o terceiro gol do Vitória, o treinador permaneceu sentado no banco de reservas, sem falar uma palavra, postura que também adotou durante todo o segundo tempo.
Parte da imprensa baiana chegou a especular que a 'fuga da coletiva' seria um indício de que Joel entregaria o cargo de treinador do Bahia ainda neste domingo. No entanto, quem acabou pedindo demissão do Tricolor foi o gestor de futebol, Paulo Angioni.
Nesta segunda-feira, Joel iniciará o trabalho para tentar reverter desvantagens na Copa do Brasil e no Campeonato Baiano 2013.  Pela competição nacional, o Tricolor enfrentará o Luverdense na Arena Fonte Nova, na quarta-feira, e precisa vencer a partida por três gols de diferença para conseguir vaga na terceira fase do torneio. Já no domingo, o time baiano encara novamente o Vitória, no Barradão, pela grande final do estadual. Para ficar com o título, o Bahia precisa vencer por cinco gols de diferença.

Após farpas, Emerson Sheik e Léo trocam as camisas da primeira final

Atacante e lateral andaram se cutucando com provocações nos últimos tempos, mas selaram a paz depois do apito final no Pacaembu

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
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Emerson Sheik e Léo se cutucam sempre que podem. Neste domingo, porém, os dois parecem ter selado a paz após a primeira partida final do Campeonato Paulista, disputada no Pacaembu e vencida pelo Timão por 2 a 1. Depois do apito final do árbitro Wilson Luiz Seneme, eles se cumprimentaram cordialmente e trocaram camisas. Assista ao vídeo ao lado.
No final do ano passado, quando a torcida corintiana lotou o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, para incentivar a equipe na viagem rumo ao Mundial de Clubes do Japão, Léo ironizou dizendo que os torcedores do Timão fizeram aquilo pois estavam acostumar a viajar somente de ônibus, saindo de rodoviárias, e não de avião. No retorno ao Brasil, com a faixa de campeão no peito, Sheik, durante a festa do título pegou o microfone e gritou “Chupa, Léo!”.
Neste domingo, Emerson saiu vencedor, mas Léo sabe que é possível reverter a vantagem no próximo fim de semana, quando o Peixe receberá o Timão na Vila Belmiro. O Corinthians joga pelo empate para ser campeão. Já o Santos terá de vencer por diferença de dois gols. Vitória santista por um gol de vantagem levará a decisão para os pênaltis.
- Tentamos muito, mas acabamos tomando um gol deles. É um clássico, de final do campeonato, e não tem jeito. Ficou para o segundo jogo mesmo - lamentou Sheik.
Léo estava mais otimista. O gol de Durval, no segundo tempo, quando o rival vencia por 2 a 0 deu nova esperança ao Peixe.
- Estamos vivos e jogaremos por uma vitória simples. E será na Vila, com apoio do nosso torcedor. Se jogarmos como foi no segundo tempo aqui na Vila temos grandes chances - completa o lateral.

Mãe de Bernard dá dica de que
meia está acertado com o Borussia

Dona Nélia fala sobre o planejamento da mudança para a Alemanha

Por GLOBOESPORTE.COM Belo Horizonte
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O meia Bernard está muito próximo de acertar a ida para o futebol alemão, mais precisamente para o Borussia Dortmund, finalista da Liga dos Campeões da Europa. O jogador seria transferido após o encerramento da participação do Atlético-MG na Taça Libertadores. A informação, no entanto, não é confirmada pela diretoria alvinegra nem pelos procuradores do atleta.
Na partida diante do Cruzeiro, neste domingo, no Independência, válida pelo primeiro confronto da decisão do Campeonato Mineiro, a mãe de Bernard deu mais uma dica de que o jogador está com tudo encaminhado para se mudar para a Alemanha.
Dona Nélia esteve no estádio e viu o Galo vencer por 3 a 0 e dar um imenso passo rumo ao bicampeonato mineiro. Sobre a possível transferência do meia alvinegro, afirmou que já pensa na provável mudança.
- Vamos esperar uma definição, mas, se for para morar com ele na Alemanha, primeiro vai meu marido. Eu vou depois - revelou Dona Nélia, à reportagem do Super FC.
O Borussia Dortmund perdeu Götze, negociado com o rival Bayern de Munique. Bernard seria a opção para substituir um dos craques da equipe.
Veja os vídeos do Atlético-MG
Santa Cruz vence Sport por 2 a 0 e é tricampeão estadual na Ilha do Retiro
Tricolor conquista o terceiro título seguido em cima do Rubro-Negro, com gols de Flávio Caça-Rato e Sandro Manoel
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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O preto, o branco e o vermelho dominam Pernambuco há três anos. Essa superioridade coral foi confirmada neste domingo com a vitória do Santa Cruz por 2 a 0 sobre o Sport. O Tricolor superou o Rubro-Negro pelo terceiro ano seguido - o segundo na Ilha do Retiro - e se tornou campeão pernambucano. Ou melhor: tricampeão. O título vai para o Arruda um dia antes do aniversário do rival, que completará 108 anos nesta segunda. O público no estádio foi de 26.806 torcedores, para uma renda de R$ 552.420,00.
A primeira bola que garantiu o título ao Santa Cruz saiu dos pés mais improváveis. Criticado por perder bolas fáceis no ataque, Flávio Caça-Rato mostrou por que, apesar dos vacilos em campo, é um dos xodós da torcida coral. O folclórico atacante balançou a rede aos 25 minutos do primeiro tempo. No fim da etapa inicial, porém, quase pôs tudo a perder ao ser expulso e deixar a equipe com um homem a menos durante todo o segundo tempo. A três minutos do fim da partida, Sandro Manoel tratou de ampliar a festa tricolor na Ilha do Retiro.

A tarde foi de Caça-Rato e também do goleiro Tiago Cardoso. Após o gol, o Santa Cruz abdicou do jogo, e o Sport foi só pressão. O Rubro-Negro mandou uma bola na trave e só não acertou o gol graças ao capitão da equipe coral, que fez defesas milagrosas e frustrou as tentativas adversárias. Pela primeira vez em sua história, o Leão perdeu três finais seguidas. De quebra, ainda adiou o tão sonhado 40º título estadual. Já a Cobra Coral voltou a ser tricampeã após 42 anos.
Agora, a atenção das duas equipes se volta para a Copa do Brasil. Na quarta-feira, o Santa Cruz vai a Porto Alegre enfrentar o Inter no segundo duelo entre as equipes. O primeiro, no Arruda, terminou empatado por 0 a 0. O Sport só joga no torneio nacional no dia 22 de maio, contra o ABC-RN. E precisará vencer por uma diferença de três gols se quiser avançar, pois perdeu o primeiro embate, em Natal, por 2 a 0.
sport x santa cruz flávio caça-rato (Foto: Antônio Carneiro / Pernambuco Press)Caça-Rato abre caminho para o título do Santa na Ilha do Retiro (Foto: Antônio Carneiro / Pernambuco Press)
Santa Cruz marca e aguenta pressão do Sport

A tensão inerente a uma final de campeonato estava presente desde o início do jogo. O primeiro chute a gol saiu aos seis minutos, em cobrança de falta de Marcos Aurélio para a defesa de Tiago Cardoso. Aos oito, Renatinho respondeu pelo Tricolor, mas a bola foi para fora. A partir dos dez, os donos da casa passaram a ter mais presença na área de ataque e assustaram os visitantes com chutes de Marcos Aurélio e Lucas Lima.
sport x santa cruz cicinho (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)Cicinho deixou jogo com amnésia temporária
(Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Aos poucos, o Santa Cruz voltou a equilibrar o jogo. No entanto, as chegadas ao ataque eram desperdiçadas na hora do toque final. Mas, aos 25 minutos, Flávio Caça-Rato não vacilou. Xodó da torcida coral, ele recebeu um lançamento preciso de Raul, livrou-se da marcação e do goleiro Magrão e estufou a rede. O Sport não se entregou e quase chegou ao empate com Gabriel, Marcos Aurélio e Reinaldo, que pararam nas mãos de Tiago Cardoso.
Além da habilidade do seu goleiro, o Santa Cruz contou com a sorte para evitar o empate. Aos 34, Felipe Menezes chutou cruzado, a bola passou por Tiago Cardoso e bateu na trave. O Tricolor abdicou do ataque, e o Sport foi só pressão, exigindo bastante de Tiago Cardoso. Antes do fim do primeiro tempo, Caça-Rato recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. Mesmo com um homem a menos, o time desceu para os vestiários com uma das mãos na taça.

Gol no fim para confirmar a festa

Para o segundo tempo, o Sport voltou com o atacante Érico Jr. no lugar do meia Felipe Menezes. Antes, ainda no primeiro tempo, Moacir ficara com a vaga de Cicinho. O experiente lateral-direito foi atingido por uma bola na cabeça e ficou com amnésia temporária. A mudança e o fato de ter um jogador a mais tornaram o Leão mais ofensivo. Encurralado, o Santa Cruz só conseguiu uma jogada de ataque aos 15 minutos, quando Tiago Costa avançou pela lateral e chutou para a defesa de Magrão.

Aos 19, o técnico Sérgio Guedes tirou o zagueiro Maurício para a entrada do atacante Mateus Lima e tornou o Sport ainda mais ofensivo. Sem conseguir furar a defesa do Santa Cruz, o time passou a arriscar de longe. Aos 20, Tiago Cardoso deu rebote em um chute de Marcos Aurélio, mas Renan Fonseca apareceu antes de qualquer rubro-negro. A equipe coral passou a apostar no contra-ataque e assustou Magrão em pelo menos três oportunidades.

O volante Sandro Manoel, que entrou no lugar do atacante Dênis Marques, foi um dos que desperdiçaram gol pelo Santa Cruz. Aos 29, ele ficou cara a cara com Magrão e tentou encobrir o goleiro, que livrou o gol com um toque na bola. Os 15 minutos finais foram de blitz do Sport, que só não mandou Magrão ao ataque. Mas uma tentativa de contra-ataque do Tricolor deu certo aos 42 minutos, quando Sandro Manoel invadiu a área, passou por Tobi e concluiu no ângulo: 2 a 0. Fim de jogo, Santinha tricampeão.
 
Alex faz dois, e Coritiba leva o quarto estadual seguido sobre o Atlético-PR
Resultado de 3 a 1 é construído de virada sobre os garotos do Furacão. Experiência do camisa 10 e sorte de Geraldo garantem conquista histórica
 
 
A CRÔNICA
por Gabriel Hamilko
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Os meninos do Atlético-PR tentaram e assustaram. Chegaram a encostar na taça por 30 minutos. Mas quem a levou para casa foi o Coritiba. De virada, o Verdão venceu por 3 a 1, conquistou mais um tetracampeonato - que não se repetia há 39 anos. Só que diferentemente da década de 70, o adversário da final nos quatro anos foi o rival Furacão. Se os torcedores alviverdes gritaram "é campeão" por quatro anos, os rubro-negros tiveram que ouvir a provocação de "tetravice".
A massa coxa-branca estava confiante no título. No domingo do Dia das Mães, o Estádio Couto Pereira ficou lotado, com o maior público do ano: 24.872 mil  torcedores, que viram Hernani abrir o placar para o Atlético-PR, que jogava melhor e bloqueava o Coritiba. Mas a partir dos 29 minutos do primeiro tempo, Alex mostrou por que é craque e fez o seu primeiro. Ainda na primeira etapa, virou o resultado, e Geraldo - o talismã - fechou no segundo tempo. No jogo de ida, na Vila Capanema, os times haviam empatado por 2 a 2.
Com o término do estadual, o Coritiba se volta para a Copa do Brasil. Na quarta-feira, enfrenta o Nacional-PR, pela segunda fase. Já o Sub-23 do Atlético-PR se divide. Alguns atletas vão para o time principal, que se prepara para o Brasileirão - no fim do mês. O restante realizará amistosos e torneios internacionais.
Coritiba Campeão Taça (Foto: Joka Madruga/Agência Estado)Coritiba é tetracampeão paranaense e alcança feito histórico (Foto: Joka Madruga/Agência Estado)
Furacão assusta, mas Alex devolve a tranquilidade
O Coritiba entrou em campo com o resultado a seu favor. O empate dava a taça para o Verdão. Só que problemas de última hora deram uma nova cara para o time. O volante Willian sentiu uma fisgada na coxa e foi cortado. Júnior Urso foi o substituto. Nas laterais, Escudero e Victor Ferraz foram escalados. No Furacão, a principal mudança foi a entrada do zagueiro Erwin.
A missão do Atlético-PR era simples: pressionar o Coxa e abrir o placar logo. Com cinco minutos, Hernani arriscou e contou com a ajuda do goleiro Vanderlei. A bola bateu nas mãos do arqueiro alviverde e entrou. 1 a 0 para o Atlético-PR. Com a vantagem, o Furacão recuou bruscamente. Sem espaço para atacar, o Coritiba se resumia às trocas de passes entre Escudero, Chico e Leandro Almeida na zaga.
Mas bastou um pouco de qualidade para a situação mudar. Entrou em cena o toque de craque do meia Alex. Com o auxílio da correria de Rafinha e Robinho, a bola passou a fluir mais entre a defesa atleticana. Com 30 minutos, o capitão alviverde conseguiu um belo chute, sem chances para o goleiro Santos. O empate deu um novo panorama e desajustou a zaga rubro-negra. Aos 40, Alex voltou a aparecer bem em jogada individual, chutando forte e aproveitando o rebote do arqueiro rubro-negro para decretar a virada.
Alex comemora, Coritiba x Atlético-PR (Foto: Joka Madruga/Agência Estado)Alex comemora gol que deu a virada do Coritiba sobre o Atlético-PR (Foto: Joka Madruga/Agência Estado)
No segundo tempo, Coritiba amplia e faz a festa
O gol da virada antes do fim da etapa inicial deu tranquilidade para o Coxa. Sem mudanças, o Verdão voltou com uma tática de toque de bola no meio-campo. Quem não conseguia sair para o ataque era o Furacão, parado no esquema de três zagueiros - com Escudero ocupando a esquerda.
As chances mais claras eram para o Coritiba. Primeiro com Robinho, que aproveitou a sobra de bola para arriscar um chute perigoso, que passou à direita de Santos. Depois, Alex ficou próximo de fazer o terceiro dele, mas a bola parou no travessão e na linha.
A experiência do time valeu sobre os aguerridos atleticanos. A equipe rubro-negra corria muito, mas começou a perder o jogo na cabeça fria dos alviverdes e também na estrela e talento de Alex. O camisa 10 foi responsável pelos gols do primeiro tempo e o lance mais perigoso no segundo. Por duas oportunidades mandou a bola no travessão.
Mas quem fechou o placar foi o talismã do Coritiba. O angolano Geraldo entrou no lugar de Rafinha no fim do segundo tempo para confirmar o título em um chute sem muita força de fora da área, desviado na zaga, após bom cruzamento de Deivid pela esquerda. Depois do gol, a alegria no Couto Pereira tomou conta dos alviverdes, que comemoram o tetracampeonato e não perderam a oportunidade de fazer graça com o arquirrival gritando "tetravice".
Em festa antecipada, Vitória goleia Bahia, e torcida já grita: 'É campeão'
Rubro-Negro, que completa 114 anos nesta segunda-feira, vence Tricolor por 7 a 3 na Arena Fonte Nova e fica muito perto de levar o título baiano
 
 
A CRÔNICA
por Raphael Carneiro
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Nem o mais otimista torcedor do Vitória poderia imaginar. A supremacia do Vitória era evidente. Seis jogos de invencibilidade diante do rival com direito a uma goleada na reinauguração da Fonte Nova. Mas o pensamento era de que, na final, a história poderia ser diferente. Não foi. O terceiro Ba-Vi do ano foi exatamente quando o Vitória encontrou a maior facilidade dos clássicos em 2013. Nem parecia o primeiro jogo da decisão do Campeonato Baiano. Melhor para o Rubro-Negro, que venceu por 7 a 3 e abriu larga vantagem para voltar a levantar a taça estadual.
A supremacia rubro-negra veio em um momento mais do que especial. Nesta segunda-feira, o Vitória completa 114 anos de fundação. Gabriel Paulista, Dinei (quatro vezes), Fabrício  e Maxi Biancucchi deram os presentes tão esperados pela torcida - Fernandão fez dois, e Adriano, o terceiro do Bahia. O Leão só perde o título baiano se for derrotado por cinco gols de diferença no Ba-Vi do próximo domingo, no Barradão. Por ter feito a melhor campanha entre os dois, leva a vantagem do empate no placar agregado.
Vitória comemora contra Bahia (Foto: Raul Spinassé/Futura Press)Rubro-Negro venceu e aumentou vantagem na luta pelo título baiano (Foto: Raul Spinassé/Futura Press)
Pelo que se viu em campo neste domingo, a vantagem rubro-negra é quase uma garantia do título. De um lado, um Bahia sem qualidade, esquema tático ou qualquer outra virtude necessária para um time de futebol. Do outro, um Vitória disciplinado, bem armado e ciente do que era necessário fazer para sair com o resultado positivo e o terceiro triunfo seguido em clássico após 18 anos.
- O time pipocou, não quis jogar. Se omitiu de jogar bola – resumiu o meia do Bahia Zé Roberto na saída dos times para o intervalo.
Antes da partida final para a festa do título, os dois times terão compromisso pela Copa do Brasil. O Vitória enfrentará o Salgueiro pelo primeiro jogo da segunda fase. O Bahia, que poupou os titulares na última quarta e perdeu por 2 a 0 para o Luverdense-MT, tem o jogo de volta na Arena Fonte Nova. As duas partidas serão nesta quarta-feira.
Gols, xingamentos e provocações
O primeiro jogo da decisão do Campeonato Baiano não começou muito diferente dos outros clássicos do ano. Apesar de o Bahia ter demonstrado postura diferente logo que a bola rolou, o Vitória não demorou muito para se impor. Logo aos três minutos, após cobrança de falta, Gabriel Paulista aproveitou confusão na área e abriu o placar.
Dez minutos depois, o Vitória  fez uma bela jogada no ataque. Sem ser incomodado pela zaga adversária, Renato Cajá tocou para Dinei, que fez um golaço na Fonte Nova. Mantendo a média de um gol a cada dez minutos, Fabrício, de cabeça, fez o terceiro do Vitória.
A larga vantagem para o Rubro-Negro provocou cenas curiosas. Revoltada, a torcida do Bahia gritou "olé" quando o rival tocou a bola, xingou o presidente e vaiou atletas como Marcelo Lomba e Titi. A do Vitória, feliz da vida, chegou a cantar “Fica, Marcelinho!”, em referência ao presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho. Ainda houve tempo para Fernandão, de pênalti, diminuir para o Tricolor e ser vaiado pela sua própria torcida.
Vitória comemora contra Bahia (Foto: Erik Abel/Agência Estado)Dinei comemora um dos seus quatro gols sobre o Bahia (Foto: Erik Abel/Agência Estado)
Festa rubro-negra e gritos de campeão
Mal o segundo tempo começou, e o torcedor teve emoção de sobra. No primeiro minuto, Dinei fez o segundo dele de cabeça. Logo na saída de bola, Fernandão diminuiu. O gol do Bahia dava a impressão de que o Tricolor iria complicar a vida do rival na base da emoção, mas a qualidade técnica foi superior.
O Vitória manteve o domínio da partida e passou a controlar o jogo a seu gosto. Dinei fez o terceiro dele em um chute de fora da área. Não perca as contas: 5 a 2 para o Vitória. Com mais uma goleada, o Bahia perdeu a cabeça. Fahel cometeu uma falta dura no meio de campo e foi expulso. O que já estava fácil para o Vitória ficou ainda mais tranquilo. Maxi Biancucchi fez o sexto do Vitória. Nos minutos finais, Adriano diminiu, mas ainda houve tempo de Dinei fazer o sétimo do Vitória (quarto dele no jogo) e sacramentar a goleada na Arena Fonte Nova.
O torcedor do Vitória deixou o estádio de alma lavada na véspera do aniversário do clube. Goleou o rival pela segunda vez no ano, ampliou para sete o número de jogos sem perder para o Bahia e antecipou um pouco o que pode ser a festa do título, com os gritos de “É campeão!”, que iniciaram na arquibancada e devem ganhar força até o próximo domingo no Barradão.