sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Thiago Tavares descarta parar e vai descer de categoria após luta em GO

Peso-leve conta que apoio dos fãs afastou desilusão durante período de suspensão no UFC e que espera se sentir ainda mais forte no peso-pena

Por Goiânia
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Thiago Tavares já luta no UFC desde 2007 e nunca deixou de bater peso. Não deve ser diferente nesta sexta-feira, quando o lutador catarinense sobe à balança precisando bater 70,7kg para ser liberado a lutar como peso-leve contra o americano Justin Salas. A 14ª apresentação pela companhia, contudo, deve ser sua última pela categoria. Tavares revelou ao Combate.com que planeja descer ao peso-pena, cujo limite é 65,8kg, depois do UFC Fight Night Combate: Belfort x Henderson, neste sábado em Goiânia.
- Vamos trazer a vitória para nosso estado, Santa Catarina, e eu vou baixar de categoria depois. Não por eu não me sentir competitivo, tenho 14 lutas no UFC, várias vitórias, desde 2007, mas acredito que, na 145lb (65,8kg), posso ser ainda mais competitivo, e posso me tornar ainda mais forte. Então, depois dessa luta, eu e meu preparador físico vamos fazer um trabalho de agilidade maior e eu vou baixar para 145lb. O trabalho continua intenso, vamos lutar bastante - afirmou o lutador, ao lado do preparador físico Guiga Meirelles.
Thiago Tavares UFC (Foto: Rodrigo Malinverni)Thiago Tavares (foto) vai enfrentar Justin Salas no sábado (Foto: Rodrigo Malinverni)
A notícia é um alívio para os fãs do lutador, que podem esperar mais combates de Tavares no MMA. Foram eles os responsáveis pela continuidade da carreira do atleta catarinense, que, após sua derrota para o russo Khabib Nurmagomedov, chegou a considerar uma aposentadoria aos 28 anos de idade. Flagrado no exame antidoping por uso de drostanolona, o lutador foi suspenso por nove meses, e se desiludiu ao reparar pessoas que estavam ao seu redor mudarem de tom e postura.
Tavares viajou para o Havaí por um mês e passou três meses sem treinar MMA, apenas jiu-jítsu e musculação ("Não consigo ficar afastado do jiu-jítsu de pano, é minha terapia", diz), e focou em construir a nova sede de sua equipe, a Team Tavares, numa academia maior e de alto nível. Nesse período, dois de seus companheiros de treino, Ivan Batman e Kevin Souza, conquistaram espaço no UFC. Com o carinho de fãs, amigos e familiares, o lutador viu que ainda tinha o que fazer no esporte.
- Foi a força das pessoas que gostam de mim. Vi que tem muitas pessoas que, independente da vitória ou da derrota, eu significo a mesma coisa para elas. Tive muitas decepções de falsos amigos, falsos empresários, então isso me fez botar isso na balança. "Será que vale a pena isso? Estou num caminho que eu sou, pra algumas pessoas, uma coisa quando venço, e perco todo o valor se eu perco! Que tipo de pessoa é isso?" Mas aí vi que isso era minoria, que era um, dois ou três, e que a grande maioria em Florianópolis e em Santa Catarina tem um carinho enorme por mim. Se você for comigo correr na Beira-Mar de Florianópolis, você fica apavorado, porque as pessoas passam berrando, "Vambora, Thiago! Vamos bater na próxima luta!" Eu, correndo, o pessoal reconhece, buzina, e isso que me fez voltar, devido à quantidade de pessoas me apoiando e querendo minha vitória, e que independente de eu vencer ou perder, continuo significando a mesma coisa, isso que vale para mim. Por essas pessoas que estou lutando neste sábado - contou.
Thiago Tavares e Guiga Meirelles UFC (Foto: Rodrigo Malinverni)Thiago Tavares ao lado do preparador físico Guiga Meirelles (Foto: Rodrigo Malinverni)
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A volta ao octógono será contra Justin Salas, e Thiago Tavares está ciente do tamanho do desafio. Elogiou o condicionamento e a movimentação do americano e lembrou que ele vem de vitória sobre Aaron Riley, em julho. Porém, o catarinense conta com o apoio da torcida brasileira para ajudá-lo a superar mais um desafio.
- Essa é a minha quarta vez seguida lutando no Brasil. Eu adoro lutar aqui. Adoro lutar no Brasil, e em Goiânia tem um gosto especial, porque tenho um grande amigo que é daqui, o Lucas Pedroso, e vários amigos dele e familiares estarão lá torcendo por mim. É mais uma cidade que eu vou estar lutando e para mim é muito bom lutar no Brasil. Os lutadores se sentem mais fortes ali dentro do octógono junto com a torcida. Lembro de uma ocasião contra o Sam Stout, que estava naquela trocação franca e a torcida gritando, parecia que eu estava com um ponto no meu ouvido. Era primeiro "Thiago!" e depois "Sou brasileiroooo"… E eu escutava aquilo dali tão nítido que parecia estar com um ponto no meu ouvido. Aquilo ali foi realmente muito emocionante e me deu muitas forças - lembrou Tavares.
O Combate transmite o UFC Fight Night Combate: Belfort x Henderson ao vivo e com exclusividade neste sábado, a partir de 20h (horário de Brasília). O Combate.com acompanha o torneio em Tempo Real e exibe em vídeo ao vivo a primeira luta, entre José Maria Sem Chance - ou "No Chance", em inglês, como vem usando no UFC - e Dustin Ortiz.

Confira o card completo:
UFC Fight Night 32: Belfort x Henderson
9 de novembro, em Goiânia
CARD PRINCIPAL
Vitor Belfort x Dan Henderson
Cezar Mutante x Daniel Sarafian
Rafael Feijão x Igor Pokrajac
Paulo Thiago x Brandon Thatch
Santiago Ponzinibbio x Ryan LaFlare
Rony Jason x Jeremy Stephens
CARD PRELIMINAR
Godofredo Pepey x Sam Sicilia
Thiago Bodão x Omari Akhmedov
Thiago Tavares x Justin Salas
Adriano Martins x Daron Cruickshank
José Maria No Chance x Dustin Ortiz

Adriano Martins quer levar bandeira do Amazonas em estreia no UFC

Peso-leve se mostra tranquilo para realizar sonho após quase dez anos de carreira e se mostra orgulhoso por chegar ao evento treinando em Manaus

Por Goiânia
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Com dois dias faltando para sua estreia no UFC, seria normal que o peso-leve Adriano Martins estivesse nervoso. Sua primeira luta será neste sábado, em Goiânia, contra o americano Daron Cruickshank, um nocauteador oriundo do taekwondo que já tem quatro lutas no evento. Todavia, ao conversar com a reportagem do Combate.com na tarde de quarta-feira, o manauara apresentava um semblante calmo, sem demonstrar qualquer tipo de ansiedade. Ele já está acostumado a esperar, e está concentrado em fazer essa espera valer a pena.
Adriano Martins, lutador do UFC (Foto: Adriano Albuquerque)Adriano Martins no hotel em Goiânia: lutador está tranquilo para estreia (Foto: Adriano Albuquerque)
Já são quase 10 anos de carreira profissional no MMA para o manauara. Ele venceu 24 lutas e perdeu apenas seis, incluindo combates contra nomes conhecidos do cenário nacional e internacional, como Gleison Tibau, Luciano Azevedo, Ronys Torres, Pedro Iriê, Francisco Massaranduba, Neilson Gomes e Jorge Gurgel. Martins lutou em eventos de todos os tipos, fez luta dura no japonês Dream, foi campeão do Jungle Fight e venceu no Strikeforce. Tudo isso sem sair de Manaus, o que é motivo de orgulho para ele.
- Foi muita luta, especialmente porque a região onde a gente mora é, vamos dizer, geograficamente isolada do resto do Brasil. Mas isso não atrapalhou os nossos planos, fez com que a gente trabalhasse mais ainda do que se, de repente, a gente estivesse no Rio ou em São Paulo. Eu escolhi isso para minha vida, eu escolhi batalhar por lá mesmo, poder assinar com um grande evento treinando e morando na minha terra, em Manaus. Tiro o chapéu para os irmãos Marajó, que têm o mesmo pensamento que eu hoje, que moram em Belém e estão no UFC, já fizeram vários lutões. Demorou, mas apareceu a oportunidade e vamos mostrar nosso trabalho - disse Martins.
Este orgulho vai estar representado na caminhada ao octógono, quando o lutador promete levar a bandeira do Amazonas junto com ele. O peso-leve quer honrar a tradição de grandes lutadores com raízes manauaras atualmente no UFC, como José Aldo, Ronaldo Jacaré, Diego Brandão e Braga Neto.
- Vamos mostrar que lá na terra tem guerreiros, tem gente preparada para isso. Temos um amazonense dono de cinturão, e trabalho para ser mais um orgulho para a gente do meu estado. Quando falamos do Amazonas, a gente já tem referências, tem uma galera aí. Quero entrar no UFC com o pé direito, não vou ser mais um, quero mostrar meu trabalho e estar entre os melhores da categoria, e vou dar o pontapé inicial a partir de sábado, no UFC em Goiânia - afirmou.
Adriano Martins (Foto: Divulgação)Martins lutou no Strikeforce, em janeiro, com lesão
no joelho (Foto: Divulgação)
A espera foi aumentada por conta de uma lesão no joelho, sofrida ainda antes de sua única luta no Strikeforce, uma vitória por decisão unânime sobre Jorge Gurgel em janeiro deste ano. Martins precisou passar por cirurgia - que fez questão de fazer em Manaus - e se recuperou antes do esperado.
- Essa oportunidade no UFC já vem rolando há um tempo, desde o Jungle mesmo, mas, na época, a categoria estava muito lotada. A gente resolveu esperar, esperou muito, conseguiram uma luta no Strikeforce, assinamos. Aí a primeira luta foi cancelada, já havíamos embarcado para os Estados Unidos. Depois, teve a luta com o Gurgel, e deu tudo certo. Quando a gente voltou, já tinha a expectativa de estrear em março ou abril (no UFC), mas eu já lutei com uma lesão no joelho e, quando voltei, fui no médico e resolvemos que tinha que operar, porque era o ligamento cruzado anterior. Fiz a cirurgia e graças a Deus deu tudo certo na recuperação, foi 100%, e voltamos ao trabalho. Estamos hoje perto de fazer essa estreia no UFC. Estou felizão com meu trabalho, com toda essa preparação. Agora, é só esperar - declarou Martins.
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O Combate transmite o UFC Fight Night Combate: Belfort x Henderson ao vivo e com exclusividade neste sábado, a partir de 20h (horário de Brasília). O Combate.com acompanha o torneio em Tempo Real e exibe em vídeo ao vivo a primeira luta, entre José Maria Sem Chance - ou "No Chance", em inglês, como vem usando no UFC - e Dustin Ortiz. Confira o card completo:
UFC Fight Night Combate: Belfort x Henderson
9 de novembro, em Goiânia
CARD PRINCIPAL
Vitor Belfort x Dan Henderson
Cezar Mutante x Daniel Sarafian
Rafael Feijão x Igor Pokrajac
Paulo Thiago x Brandon Thatch
Santiago Ponzinibbio x Ryan LaFlare
Rony Jason x Jeremy Stephens
CARD PRELIMINAR
Godofredo Pepey x Sam Sicilia
Thiago Bodão x Omari Akhmedov
Thiago Tavares x Justin Salas
Adriano Martins x Daron Cruickshank
José Maria Sem Chance x Dustin Ortiz

UFC: cubano Yoel Romero nocauteia brasileiro Ronny Markes no fim da luta

Atleta da Nova União Kimura não consegue se impor no combate e sofre primeiro revés após sete vitórias consecutivas

Por Fort Campbell, EUA
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O peso-médio brasileiro Ronny Markes buscava aumentar a boa sequência de vitórias consecutivas, mas não foi páreo para a potência e movimentação do cubano Yoel Romero nesta quarta-feira, no UFC Fight for the Troops 3, em Fort Campbell (EUA), sendo nocauteado no final da luta. Com o resultado posivitivo, o cubano conseguiu a segunda vitória no Ultimate.
O duelo entre os pesos-médios começou com o atleta da Nova União Kimura desferindo chute baixo de direita em busca da melhor distância para procurar uma queda. Em defesa de chutes do adversário, o brasileiro conseguiu derrubá-lo, porém não manteve a luta no chão, onde se sente mais confortável. Com muita movimentação, Yoel Romero conectou boa sequência esquerda-direita e o brasileiro sentiu. Apesar de uma nova queda, Ronny Markes tentou uma kimura mas perdeu a posição, após o adversário explodir e se desvencilhar. Antes do fim do round, Yoel acertou novo direto de esquerda e o brasileiro respondeu com chute na cintura.
No segundo round, Yoel já mostrava ser superior, sendo mais agressivo com seus jabs de direita. O brasileiro respondia com uma combinação direita-esquerda e fazendo o cubano andar para trás no octógono. Com as cotoveladas como trunfo, Yoel Romero surpreendia constantemente o brasileiro, a essa altura já mais cansado. Se no primeiro round, o brasileiro conseguiu derrubar o adversário, neste assalto, o cubano deu a primeira queda no brasileiro. Versátil, Yoel Romero desferiu um potente chute na cintura do brasileiro, que sentiu e caiu. Sem querer a luta em pé, Romero chamou a luta para ficar em pé novamente. Bastante atordoado, o brasileiro tentou uma joelhada voadora, mas seu oponente se manteve firme de pé. O assalto terminou com Yoel Romero provocando após ser atingido pelo brasileiro com um forte cruzado de direita.
Ronny Markes x Yoel Romero UFC MMA (Foto: Getty Images)Yoel Romero acerta golpe e nocauteia Ronny Markes no UFC Fight for the Troops 3 (Foto: Getty Images)
No round final, o brasileiro voltou como terminou o assalto anterior, com bons socos de direita. No entanto, o cubano aguentava bem os golpes quando acertou Ronny com dedo nos olhos, paralisando o combate. No recomeço, Yoel Romero acertou nova bomba de esquerda deixando Makes tonto. Poucos segundos depois, o cubano soltou uma bomba em um cruzado de esquerda, que derrubou Ronny Markes. Já sem resistência, o brasileiro ainda sofreu com dois socos já no chão, até o árbitro Mário Yamasaki encerrar o combate a 1m39s do terceiro round, dando a vitória por nocaute técnico para Yoel Romero. 
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Alexis Davis vence Liz Carmouche por decisão unânime
O coevento principal da noite do UFC Fight for the Troops terminou com vitória da canadense Alexis Davis sobre a americana Liz Carmouche por decisão unânime dos juízes (30 a 27, 30 a 27 e 29 a 28). A luta começou com as atletas se estudando bastante e demoraram até conectar o primeiro golpe mais contundente. Mais centralizada no octógono e obrigando a adversária a se movimentar mais, Davis conseguiu uma boa sequência de socos esquerda-direita, porém Carmouche levava perigo com os contra golpes, entre eles um forte cruzado de direita. No segundo round, Carmouche consegue novo cruzado, mas Alexis mostra boa resistência e se mantém firme. Pressionando a adversária, Davis conecta bons jabs, mas recebe uma cotovelada no supercílio esquerdo, que abre e sangra bastante. Após bloquear um chute baixo de Carmouche, a canadense consegue quedar e passa a trabalhar o ground and pound. No decisivo round, Alexis Davis derruba novamente a americana, dessa vez com um chute baixo. Mesmo com as atletas bem cansadas, a movimentação só é interrompida quando Carmouche consegue se agarrar a Davis e fica buscando a pegada, deixando o combate mais truncado. Com o combate novamente no centro do octógono, as duas atletas partem para a franca trocação e Alexis Davis acerta mais golpes, sendo declarada vitoriosa no duelo por decisão unânime.
Rustam Khabilov vence Jorge Masvidal por decisão unânime
Rustam Khabilov melhorou ainda mais seu cartel, após vencer Jorge Masvidal por decisão unânime dos juízes (30 a 27, 29 a 28 e 30 a 27). O emocionante combate começou com Masvidal soltando a perna em chutes baixos de direita, enquanto o russo usava os fortes socos para contra golpear. Alternando socos na altura da cintura e com cruzados de direita, Khabilov tentou uma cotovelada contra o oponente, mas que passou no vazio. Mais confortável no wrestling, o russo buscou várias vezes a queda, porém Masvidal conseguiu se sair bem na maioria das vezes. O americano levava perigo com suas joelhadas, e era atacado com diretos de direita. No segundo round, os pesos-leves soltaram muitos chutes baixos no início, com Rustam desferindo um perigoso overhand de direita. Dominando o centro do octógono e andando sempre para frente, em busca do adversário, Jorge Masvidal procurou ficar mais próximo do adversário, conseguindo cinturar o oponente e aplicar a queda. No terceiro round, Khabilov soltou um espetacular chute rodado que acertou em cheio de Jorge Masvidal, conseguindo o knockdown. Procurando a finalização, o russo tentou um triângulo de mão, mas o americano conseguiu escapar. Tentando responder na mesma moeda, Jorge Masvidal desferiu um chute rodado, mas Khabilov bloqueou e conseguiu nova queda, trabalhando o ground and pound até o fim da luta.
Em combate cheio de reviravolta, Michael Chiesa finaliza Colton Smith
A primeira luta do card principal do UFC Fight for the Troops 3 desta quarta-feira entre o vencedor do TUF 15, Michael Chiesa, e o vencedor da 16ª edição do programa, Colton Smith, foi uma verdadeira aula de jiu-jítsu e terminou com o primeiro saindo vencedor após um mata-leão a 1m41s do segundo round. Recheado de inversões e raspagens, o primeiro round começou com Colton desferindo dois chutes de direita na linha da cintura do adversário e buscando uma aproximação com uma combinação de socos esquerda-direita. Como resposta, Michael Chiesa foi ainda mais determinado com a sequência de golpes, ficando agarrado com o oponente próximo a grade. Entretanto, Smith cinturou e aplicou a queda. Espetacularmente, CHiesa raspou e foi para as costas do oponente, encaixando o mata-leão, porém Colton Smith conseguiu se soltar, girou e levantou para trazer a luta novamente de pé. Para consolidar o bom momento no combate, Colton Smith cinturou e conseguiu nova queda. Mas dessa vez, com pouco tempo no chão, Colton se manteve nas costas de Chiesa e encaixou um mata-leão. Pressionado, o barbudo se jogou no chão e bateu com o adversário no chão, abrindo espaço para ele se desvencilhar. Assim que começou o segundo assalto, os pesos-leves partiram logo para o clinch. Após uma rápida busca por pegada, eles foram novamente para o centro do octógono, onde trocaram chutes altos sem perigo. Novamente próximos a grade, Michael Chiesa conseguiu uma queda espetacular com um golpe de judô e já caiu nas costas de Colton Smith. Rapidamente ele encaixou o mata-leão, obrigando o sargento do exército americano a bater e desistir do combate em "casa", a 1m41s do segundo round.

'Velhinha' quase tira Tim Kennedy de confronto contra brasileiro Rafael Natal

Americano diz na entrevista coletiva após o UFC Fight for the Troops 3 que sofreu um acidente enquanto corria e que sofreu uma lesão muscular na coxa

Por Fort Campbell, EUA
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Quem viu a luta entre Tim Kennedy e o brasileiro Rafael "Sapo" Natal na última quarta-feira, no evento principal do UFC Fight for the Troops 3, não poderia imaginar que o americano entrou lesionado no confronto em que venceu com um nocaute ainda no primeiro round. Pois na entrevista coletiva após o combate, o peso-médio revelou que sua participação no card ficou ameaçada uma semana antes, quando lesionou o músculo da coxa ao tentar evitar um "atropelamento" a uma senhora enquanto corria e se exercitava.
- Eu estourei meu músculo da coxa quando fazia meu camp de preparação para esta luta. Uma semana atrás aconteceu uma coisa muito estúpida. Uma senhora de aproximadamente 65 anos de idade se aproximou da pista onde eu corria e se eu não tentasse parar provavelmente ela iria morrer. Então eu tentei parar quando a vi, e ela apenas caiu segurando na minha perna enquanto gritava uns palavrões. Nessa desacelaração brusca, acabei estourando o músculo da coxa - disse Kennedy.
Tim Kennedy  x Rafael Sapo, UFC Fight for the Troops 3 (Foto: Getty)Tim Kennedy fica com 'Nocaute da Noite', pela vitória sobre Rafael Natal (Foto: Getty)
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O ex-militar americano sabia da gravidade da lesão e do pouco tempo para recuperação, mas garantiu que nada iria tirar a oportunidade de lutar em um evento dedicado aos companheiros de serviço. Para cumprir o objetivo, Tim Kennedy fez tudo o que estava ao seu alcance e garantiu que só sairia do octógono vitorioso ou morto.
- Nós fizemos massagens profundas, pomadas, tudo para eu lutar nessa noite. E só se atirassem em mim para eu não entrar no octógono nesse card. Se eles me amarrasem no octógono, mesmo assim eu lutaria com ele. Ou Natal atiraria em mim ou me bateria até eu morrer. Sou muito burro para ligar para isso - comentou Tim Kennedy, ex-atirador de elite do exército americano.
O esforço e a determinação de Tim Kennedy foram premiados pela vitória sobre o brasileiro, que garantiu ainda o prêmio de "Nocaute da Noite" no UFC Fight for the Troops 3. Ex-Strikeforce, a luta contra Natal foi a segunda do americano no Ultimate. Sua estreia foi na vitória sobre Roger Gracie, em julho, no UFC 162.

UFC: Amanda Nunes vence Germaine de Randamie por nocaute técnico

Brasileira mantém invencibilidade no UFC com segunda vitória na organização, após castigar adversária com muitos socos e cotoveladas no chão

Por Fort Campbell, EUA
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Em sua segunda luta no Ultimate, a brasileira Amanda Nunes venceu a holandesa Germaine de Randamie por nocaute técnico no primeiro round, na noite desta quarta-feira, no UFC Fight for the Troops 3, em Fort Campbell (EUA). Com o resultado positivo, a brasileira número oito do ranking oficial da organização conseguiu a nona vitória na carreira, que tem ainda três derrotas.
A luta entre as pesos-galos começou em ritmo lento, com as atletas se estudando bastante e procurando achar a melhor distância através de chutes baixos. Enquanto a holandesa foi a primeira a tomar a iniciativa do combate, a brasileira se mostrou mais eficiente e perfomática, após dar um chute baixo forte de esquerda e logo em seguida, uma meia lua sem mão que passou no vazio. Com Germaine dominando o centro do octógono, Amanda explodiu cinturando a adversária e após muito esforço, conseguiu derrubar a oponente. Já caindo na montada, a baiana coemçou a trabalhar o ground and pound com fortes sequências de socos e potentes cotoveladas. Apesar de, no início, a maioria dos golpes explodirem na defesa da holandesa, Amanda continuava a massacrar a adversária, que não apresentava mais resistência e viu o combate ser encerrado pelo árbitro Herb Dean aos 3m56s do primeiro round.
Amanda Nunes vitória luta UFC (Foto: Getty Images)Amanda Nunes castiga Germaine de Randamie no chão e vence segunda luta no UFC (Foto: Getty Images)
Ainda no octógono, a brasileira agradeceu ao UFC pela oportunidade de lutar no evento destinado aos soldados e oficiais americanos. Além disso, Amanda Nunes elogiou os companheiros e treinadores da equipe MMA Master.
- Eu treinei muito duro e fiz um camp muito qualificado com meus treinadores e companheiros de equipe. Obrigado ao UFC por essa incrível oportunidade na carreira. Tenho certeza que o Brasil está feliz com a minha vitória e obrigado também a quem veio ver minha luta. Essa é para vocês - falou Amanda Nunes. 
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Bobby Green vence James Krause por nocaute técnico polêmico
A última luta do card preliminar do UFC Fight for the Troops 3 foi emocionante do início até o fim, com Bobby Green vencendo James Krause por nocaute técnico aos 3m50s do primeiro round. O começo do combate foi recheado de adrenalina com ambos os lutadores buscando o nocaute, desferindo fortes socos e chutes. Entretanto, Green foi quem levou mais perigo com um pisão frontal. Além de melhor na luta em pé, Bobby Green fazia questão de provocar, lutando de guarda baixa e chamando Krause para ir para cima. Após dois chutes na reginão da genitália de James Krause, o juiz John McCarthy avisou Green que ele havia perdido um ponto e se acontecesse de novo, poderia encerrar a luta. Determinado a recuperar o ponto perdido, Bobby Green foi com tudo e bons socos de esquerda e direita e desferiu um chute de esquerda abaixo do abdômen do adversário, que caiu. Como o árbitro encerrou a luta imediatamente, ficou a dúvida se ele havia encerrado o duelo por uma terceira ação ilegal ou se havia sido um nocaute. Com os lutadores alinhados lado a lado, Bruce Buffer anunciou que Bobby Green foi vencedor da luta por nocaute técnico aos 3m48s do primeiro round.
Francisco Rivera domina combate e nocauteia George Roop
Com estilo agressivo durante todo combate, Francisco Rivera venceu George Roop com um nocaute técnico aos 2m27s do segundo round e alcançou a terceira vitória na divisão dos galos do UFC. A luta desta quarta-feira no UFC Fight for the Troops 3 começou logo com uma franca trocação entre os atletas e Rivera conectando duas bombas no rosto do adversário, que resistiu bem. Como resposta, Roop aplica uma queda, mas não trabalha o ground and pound e deixa a luta travada no chão. No final do combate, Roop desferiu uma joelhada no adversário, mas sem real perigo. No segundo round,, Roop tentou novamente a joelhada voadora, mas passa no vazio de novo. Como resposta imediata, Rivera acertou bom direto de direita no adversário, que balançou a cabeça indicando que nada havia sentido. Em seguida, Roop tenta um direto, mas Rivera se esquiva e acerta um forte upper de direita. Após um breve momento de estudo, Francisco Rivera decide impor seu estilo agressivo e passou a perseguir Roop pelo octpogono com fortes cruzados, diretos e ganchos de direita, que resultaram em um desespero de George Roop. Tropeçando na grade, Roop ficou no chão recebendo um massacre de Rivera, que acertou várias vezes Roop na cabeça. Sem ver reação de George Roop, o árbitro Mario Yamasaki interrompeu o combate aos 2m27s do segundo round, oficializando Francisco Rivera como vencedor da luta por nocaute técnico.
Dennis Bermudez vence Steven Siler por decisão unânime
Mantendo a boa sequência de vitórias no UFC, o peso-pena Dennis Bermudez venceu Steven Siler por decisão unânime dos juízes (30 a 27, 30 a 27 e 30 a 27), alcançando assim, o 5º triunfo consecutivo na organização. Em uma luta muito movimentada, Bermudez já dava início do poder de ataque logo no início quando começou tocando o rosto do adversário com jabs e cruzados, enquanto Silver buscavaa queda. Com a luta no chão, Bermudez se mostrou ainda mais eficiente pegando duas vezes o adversário na guilhotina e quase encerrando prematuramente o duelo. No chão, a única opção de Siler era tentar encaixar um triângulo, mas o oponente se mantinha tranquilo. No segundo round, o combate ficou bem animado com Bermudez começando com um superman punch e um chute alto de direita, mas que depois passou a ficar mais truncado com a luta no chão. Nessa posição, Dennis Bermudez trabalhou praticamente todo o assalto o ground and pound. Já no terceiro round, a luta ficou mais franca, com muitos momentos de franca trocação. Alternando socos e chutes, Bermudez mostrava superioridade e por isso, venceu Steven Siler por decisão unânime.
Lorenz Larkin castiga Chris Camozzi e vence por decisão unânime 
Com ambos os lutadores pesos-médios precisando de vitória para se recuperar na  organização, quem levou a melhor foi Lorenz Larkin, que venceu Chris Camozzi por decisão unânime dos juízes (30 a 27, 30 a 27 e 29 a 28). Com ampla superioridade nos três rounds, Lorenz Larkin começou a luta desferindo um chute alto, sendo prontamente respondido por Camozzi com um chute baixo. Após um novo chute baixo de Lorenz, seu adversário levou perigo com uma sequência de socos, que obrigou Larkin a andar para trás no octógono. Depois de se recuperar do susto, Lorenz Larkin conectou um incrível cruzado de direita, conseguindo um knockdown sobre Camozzi. No segundo round, Camozzi continuou apostando nos chutes em detrimento de levar a luta para o chão, enquanto Lorenz Larkin já começava a abrir vantagem com socos e cotoveladas que quase sempre encontravam o rosto do adversário, castigando-o. Preferindo alternar sequências de socos e chutes, Camozzi telegrafava quais seriam seus passos e quase não oferecia perigo ao oponente. Com a luta agarrada, Lorenz Larkin conseguiu abrir espaço para socar o adversário de direita e em seguida, desferiu um chute alto de direita. No terceiro round, o combate ficou mais franco, porém Lorenz Larkin continuou superior e ainda inovou com chutes rodados baixo e em meia altura. Já com rosto bastante machucado e sangrando, Chris Camozzi procurava contra golpear, mas Lorenz Larkin era mais contundente e começava a fazer mais estragos agora com cotoveladas. E foi em uma cotovelada rodada que o bom combate se encerrou, com Lorenz Larkin sendo declarado vencedor por decisão unânime.
Yancy Medeiros nocauteia Yves Edwards no primeiro round
Em sua segunda luta no UFC, Yancy Medeiros se recuperou da derrota na estreia para Rustam Khabilov e venceu Yves Edwards por nocaute, ainda no primeiro round. A luta entre os pesos-leves começou com grande variedade de golpes, e em um ritmo frenético, dando a certeza que o combate não chegaria ao final dos três rounds. Alternando socos e chutes, Yancy levava perigo constante ao medir a distância do adversário com perigosos jabs de esquerda. Já Yves Edwards preferiu uma estratégia de contra-ataques com chutes na linha de cintura. Um pouco antes da metade do round, Yancy Medeiros conectou um potente upper de esquerda no queixo de Edwards, que já caiu “desligado” e ainda sofreu com três golpes no rosto antes da interrupção do árbitro aos 2m47s do primeiro round.
Seth Baczynski vence Neil Magny por decisão unânime 
Na segunda luta do card preliminar, Seth Baczynski venceu Neil Magny por decisão unânime dos juízes (29 a 28, 29 a 28 e 29 a 28), e se recuperou das duas derrotas consecutivas que acumulava no Ultimate. A luta começou com ambos os atletas desferindo chutes baixos na parte de dentro do joelho, mas Seth Baczynski foi quem proporcionou o primeiro momento de emoção, quando aplicou um potente golpe de encontro em Neil Magny, que ficou tonto. Em seguida, o duelo entre os meio-médios ficou agarrado na grade e assim que houve um espaço, Seth conseguiu uma boa sequência esquerda-direita e logo depois aplicou uma queda para trabalhar o ground and pound com fortes cotoveladas. Nos segundo e terceiro rounds, o cenário não foi muito diferente, com Seth soltando potentes cruzados e diretos de direita, após a luta ficar a maior parte do tempo truncada no clinch. No melhor momento do segundo assalto, Baczynski bloqueia um chute baixo de Magny e explode um direto de direita no adversário, já caindo por cima para voltar a trabalhar no chão. No último assalto, Neil Magny buscou ser mais agressivo e evitou as quedas do adversário, conseguindo já no final do combate levar perigo para Seth. Entretanto sem grande potência nos socos, acabou perdendo por decisão unânime.
Derek Brunson finaliza Brian Houston em 48s 
O peso-médio Derek Brunson deu início aos trabalhos do UFC Fight for the Troops desta quarta-feira com uma finalização relâmpago, vencendo Brian Houston em apenas 48s com um mata-leão. Assim que o combate começou, o primeiro golpe aplicado por Brunson foi um chute alto de esquerda, acertando em cheio o rosto de Houston, que caiu tonto. Aproveitando o ótimo momento, Derek Brunson foi para as costas do adversário e já encaixou o mata-leão. Na base do desespero, Houston tentou se desvencilhar, mas acabou batendo e desistindo da luta aos 48s do primeiro round.

Belfort tapa ouvidos para evitar perguntas sobre chance de título

Lutador brasileiro fala pouco de estratégia para luta contra Dan Henderson e nega que tenha feito campanha por duelo entre Mutante e Daniel Sarafian

Por Goiânia
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A dois dias de uma luta que pode determinar uma nova chance de disputar o cinturão do UFC, o lutador brasileiro Vitor Belfort tentou se manter afastado de polêmicas no treino aberto do UFC Fight Night Combate: Belfort x Henderson. Durante bate-papo com a imprensa internacional após a rápida atividade numa academia em Goiânia, nesta quinta-feira, o peso-médio, que luta na categoria de cima contra Dan Henderson, evitou fazer projeções sobre o duelo, comentar a promessa de Dana White de que lutaria pelo título e responder às críticas feitas por Daniel Sarafian no início da semana.
Em dado momento, quando foi perguntado sobre o risco que assumiu ao pedir o combate com Henderson em 93kg, Belfort levou as mãos aos ouvidos para tapá-los e fechou os olhos.
- Não quero nem ouvir o que está acontecendo fora. Eu repreendo a sua pergunta. Não quero saber. Minha luta é vitória. Estou focado na minha luta e só recebo coisas positivas, nada negativo entra na minha mente - afirmou o lutador brasileiro.
Vitor Belfort entrevista UFC (Foto: Rodrigo Malinverni)Vitor Belfort mostra foco e não quer pensar em luta de título antes de Dan Henderson (Foto: Rodrigo Malinverni)
Indagado se a possibilidade de disputar o cinturão não era algo positivo, Belfort lembrou Michael Jordan, lenda do basquete americano.
- A possibilidade é vencer. O business funciona assim: você é lembrado por sua última luta. As pessoas têm medo de arriscar, e tudo é um risco. Na verdade, a gente tem que ter a ousadia, ousadia de arriscar, de vencer. Como o Michael Jordan disse: a diferença entre o Michael Jordan e os outros jogadores é que ele arriscava. Ninguém fala, ninguém lembra dele (errando), geralmente as pessoas lembram das coisas positivas. As pessoas ficam muito focadas no negativo.  Cada pergunta que é feita para mim, a que não produz fruto não pode entrar na minha cabeça, essa pergunta pode ficar na cabeça de vocês, mas não pode entrar na minha - explicou.
O ex-campeão peso-meio-pesado também evitou prometer qualquer coisa sobre a luta contra Dan Henderson e deu respostas curtas sobre seu plano de jogo e análise do combate.
-  A estratégia é vencer em todas as áreas, em cada momento da luta, tentar dominá-lo. Favoritismo para mim é vencer o dia. Respeito meus oponentes, e confio na vitória - disse.
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Mensagem a Sarafian: 'Valorize onde está' 
No início da semana, Daniel Sarafian revelou ter se sentido traído por Vitor Belfort, que teria treinado com ele em São Paulo enquanto fazia campanha junto ao UFC para que o lutador paulista enfrentasse Cézar Mutante, seu antigo companheiro de treinos. Belfort tentou escapar das perguntas sobre o caso, mas negou que tenha pedido pelo combate.
- Não fiz campanha nenhuma, eu sou lutador, não sou manager. Não sei de onde ele tirou isso. Tem uma empresa que cuida dele, de cada lutador. Eu sou lutador, meu trabalho é lutar - respondeu.
Vitor Belfort com Dan Henderson em treino aberto UFC (Foto: Rodrigo Malinverni)Vitor Belfort e Dan Henderson posam juntos em treino aberto (Foto: Rodrigo Malinverni)
O atleta carioca ainda afirmou que segue com um sentimento de amizade quanto a Sarafian e mandou um recado.
- Lutadores jovens, valorizem a plataforma em que vocês estão. Acho que deveria ser um sonho realizado para eles estar lutando num (coevento principal). Quanto tempo demora para se lutar num coevento principal? Quanto tempo? Os lutadores não fazem ideia, levam muito para o pessoal. Primeiro: eu sou lutador! Ele está falando comigo por quê? Não tenho nada, estou fazendo meu trabalho. Só tenho a dizer o seguinte: valorizem, curtam, porque milhões de brasileiros sonham em um dia estar na sua posição. A gente tem que parar com essa picuinha. Esquece, eu tenho minha mulher e filhos em casa, e ela não cobra de mim… Tem que agradecer a Deus onde chegou, demorei anos para chegar onde eu cheguei - declarou Vitor Belfort.
O Combate transmite o UFC Fight Night Combate: Belfort x Henderson ao vivo e com exclusividade neste sábado, a partir de 20h (horário de Brasília). O Combate.com acompanha o torneio em Tempo Real e exibe em vídeo ao vivo a primeira luta, entre José Maria Sem Chance - ou "No Chance", em inglês, como vem usando no UFC - e Dustin Ortiz. Confira o card completo:
UFC Fight Night 32: Belfort x Henderson
9 de novembro, em Goiânia
CARD PRINCIPAL
Vitor Belfort x Dan Henderson
Cezar Mutante x Daniel Sarafian
Rafael Feijão x Igor Pokrajac
Paulo Thiago x Brandon Thatch
Santiago Ponzinibbio x Ryan LaFlare
Rony Jason x Jeremy Stephens
CARD PRELIMINAR
Godofredo Pepey x Sam Sicilia
Thiago Bodão x Omari Akhmedov
Thiago Tavares x Justin Salas
Adriano Martins x Daron Cruickshank
José Maria No Chance x Dustin Ortiz

Otimista, Serginho Moraes confia na total recuperação da namorada

Meio-médio se espelha na luta pela vida da namorada para buscar forças contra americano Sean Spencer, dia 30 de novembro, no TUF 18 Finale

Por Rio de Janeiro
9 comentários
Com menos de um mês para sua próxima luta no UFC, Serginho Moraes passou a última semana dividido entre os treinamentos na academia Alliance, em Curitiba, e as visitas à namorada Maria Melilo, que está internada no hospital Sírio-Libanês (São Paulo), se recuperando de uma operação para tratar de um câncer no fígado. Em conversa com o Combate.com, o peso-meio-médio  falou sobre o drama pessoal e como o fato pode ser um incentivo a mais para o duelo contra Sean Spencer, dia 30 de novembro, no TUF 18 Finale, em Las Vegas (EUA).
Com seu estilo brincalhão e extrovertido, Serginho Moraes procura passar tranquilidade sobre a recuperação da namorada. Ele confidenciou até um pedido de Maria Melilo ao namorado nesta quarta-feira, quando o lutador passou o dia no hospital ao lado da ex-BBB.
Serginho Moraes e Maria Melilo (Foto: Reprodução / Instagram)Serginho Moraes está confiante na total recuperação da namorada, Maria Melilo. O meio-médio disse que ela vai voltar a treinar forte para mudar de faixa no jiu-jítsu (Foto: Reprodução / Instagram)
- Ontem eu fiquei o dia todo com ela no hospital, ela está se recuperando e já começa a fazer fisioterapia para ficar plenamente saudável em breve. Ela até me disse que queria sair da faixa-branca (Maria Melilo treina jiu-jítsu com Serginho). Eu disse para ela que tem que ficar boa e treinar muito para mudar (risos). Ela logo vai superar isso e voltar a se divertir. Mas eu queria ficar mais tempo com ela, full time, e infelizmente não posso por conta da luta. Mas a gente se fala o dia inteiro pelo telefone e como eu tenho também a Alliance em São Paulo, não alterou muito minha rotina de treinamentos - disse Serginho Moraes.
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Pensando na vitória para aumentar sua sequência de vitórias no UFC e ainda homenagear a namorada, Serginho fará seu camp até a semana anterior ao combate em Curitiba. O objetivo, segundo o lutador, é mostrar que não é apenas um lutador de chão e promete mostrar que é um atleta de MMA moderno para alcançar o primeiro nocaute na carreira.
- Graças a Deus, eu venho fazendo a melhor preparação possível para essa luta. O tempo todo na academia e treinando para evoluir no MMA. Poucos atletas, hoje em dia, vão querer levar a luta para o chão comigo. Então, a minha estratégia de treinamento e de luta não vai mudar: buscar melhorar meu boxe e fazer o adversário sentir o peso da minha mão. Eu não me preocupo com antecedência se eu vou levar a luta para o chão ou não. Apenas acontece naturalmente. Quero mostrar que sou um lutador de MMA moderno e não fico apenas buscando o chão - falou o meio-médio.
A luta contra Sean Spencer será a primeira em que o atleta irá competir fora do Brasil no UFC. Entretanto, graças aos títulos mundiais de jiu-jítsu, Serginho conta com muitos fãs nos Estados Unidos e por isso, não teme sentir a pressão por lutar fora de casa.
UFC  146 Serginho Moraes x Neil Magny (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Serginho Moraes acredita que a luta vai para o chão naturalmente, mas garante estar preparado para conseguir o primeiro nocaute na carreira (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
- Eu não sinto muito a pressão por lutar fora do Brasil, até mesmo porque eu tenho um bom público lá desde a época em que eu lutava jiu-jítsu. Então, só quero chegar lá e mostrar meu trabalho, minha evolução e dentro do octógono são dois homens buscando a vitória e nada mais importante.
Peça fundamental na história da primeira edição do TUF Brasil: Em busca de campeões, já que substituiu Daniel Sarafian na final contra Cezar Mutante, Serginho Moraes mostra empolgação com a realização do combate. No entanto, o meio-médio garante: não vai tomar partido na rivalidade.
- Eu convivi com os dois lá dentro da casa e para falar a verdade, eu não vou torcer para nenhum dos dois no sábado. Tenho certeza que vai ser um combate muito interessante, já que o Mutante é explosivo e pode acabar com a luta em um golpe, e o Sarafian é mais completo e combina bem com vários estilos. Eu vou assistir com meu laptop no colo e tomando um guaraná - resumiu Serginho Moraes.
TUF 18 Finale
30 de novembro de 2013, em Las Vegas (EUA)
CARD DO EVENTO
Demetrious Johnson x Joseph Benavidez
Gray Maynard x Nate Diaz
Serginho Moraes x Sean Spencer
Rani Yahia x Tom Niinimaki
Akira Corassani x Maximo Blanco
Jared Rosholt x Walter Harris
Banner Combate (Foto: Combate)

Sonnen teme recepção, mas volta a atacar: 'Luta fácil. Wanderlei é horrível'

Ao mesmo tempo em que tira sarro do rival, falastrão admite preocupação com período no Brasil para ser técnico do TUF e ressalta: 'Fã não pode me tocar'


Por Rio de Janeiro
223 comentários
Chael Sonnen já admitiu que, por se considerar um lutador mediano, usa o dom de provocar e se vender bem para conseguir bons combates e chamar os holofotes para si. Ele não teve filtro na hora de provocar Anderson Silva, Vitor Belfort, Minotauro, Minotouro e, com força ultimamente, Wanderlei Silva. Já falou muito mal também do Brasil, o que piorou a imagem dele para o público verde-amarelo. E não é que Sonnen será treinador do terceiro TUF Brasil e virá ao país tanto para o período em que estiver gravando o reality show quanto para o evento que terá o confronto com Wand, o outro técnico do programa? Em entrevista exclusiva ao Combate.com, por telefone, Sonnen admitiu pela primeira vez que está preocupado com sua segurança no Brasil:
- Sim - limitou-se a responder ao ser questionado se tinha a mesma preocupação que o presidente do UFC, Dana White, em relação à recepção que terá por parte do povo brasileiro.
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chael sonnen coletiva mma ufc (Foto: Evelyn Rodrigues)Chael Sonnen está preocupado com sua segurança no Brasil (Foto: Evelyn Rodrigues)
Sonnen sabe que as coisas que já falou fizeram muita gente odiá-lo no Brasil e não espera ter uma boa recepção. Mas existem limites, e o lutador pede que não eles sejam ultrapassados:
- Posso te dizer o seguinte: nunca pedi a aprovação do público, seja no Brasil ou nos EUA. E não vou começar agora. Um fã pode fazer o que quiser quando se está relacionado a vaias, gritos ou algo parecido. E eu posso fazer a mesma coisa. Posso dizer e fazer o que eu quiser. Eu não posso tocar num fã, e um fã não pode me tocar. Esse é o acordo. Eu não vou fazer nada, desde que os fãs também não façam nada.
Eu não posso tocar num fã, e um fã não pode me tocar. Esse é o acordo. Eu não vou fazer nada, desde que os fãs também não façam nada"
Chael Sonnen
Ao mesmo tempo em que se mostra preocupado, Sonnen segue dentro de seu personagem e volta a atacar Wanderlei Silva, que é ídolo no Brasil. Perguntado sobre como via a luta se desenrolando, o falastrão tirou sarro do próximo adversário:
- Contra o Wanderlei? É uma luta fácil. Wanderlei é horrível. As lutas dele no Japão eram uma farsa. As pessoas o tratavam como campeão do evento de lá (Pride), e isso me deixa muito irritado.
A tensão com o "Cachorro Louco" é evidente. O brasileiro já combinou com amigos de o filmarem duas vezes dando dura no americano. A primeira, mais antiga, foi dentro de um carro, onde disse a Sonnen que "respeito é bom e preserva os dentes". E a segunda, bem recente, foi em uma exposição, onde apontou o dedo na cara do desafeto e exigiu respeito. Esta última foi a que mais irritou o falastrão, que reagiu também de forma enérgica e gritou de volta:
- Wanderlei tem que tomar muito cuidado quando faz isso. Eu não conheço o Wanderlei Silva. Quando ele vem até mim e me ameaça, eu vou me defender. Se ele vier de forma privada e quiser me dizer algumas coisas, eu vou escutá-lo. Mesmo que eu não goste do que ele esteja falando, vou escutá-lo. Mas se ele se aproxima de mim publicamente, e ainda leva amigos com ele, eu não tenho escolha a não ser devolver. Ele tem que tomar muito cuidado. Ele não deveria fazer isso, especialmente com um cara como eu.
chael Sonnen Mauricio shogun UFC fight night (Foto: Agência Getty Images)Americano finalizou Shogun com uma guilhotina em sua última luta (Foto: Agência Getty Images)
Por outro lado, Sonnen garante que não vai deixar o clima ruim com Wand interferir em seu trabalho como treinador. Ele, inclusive, teve grande destaque na função durante o TUF 17, nos EUA, quando foi técnico do time rival ao de Jon Jones e fez o campeão da casa, Kelvin Gastelum:
Não vou deixar minhas diferenças com o Wanderlei atrapalharem o trabalho que eu disse que faria: ser mentor de jovens lutadores e ensinar o que puder a eles"
Chael Sonnen
- Eu sou um profissional e, quando eu digo que vou fazer uma coisa, eu faço, e isso inclui ser treinador. Tenho um trabalho quando concordo em fazer isso: ajudar um grupo de jovens e famintos homens que querem alcançar seus objetivos. É isso que vou fazer. Não vou deixar minhas diferenças com o Wanderlei atrapalharem o trabalho que eu disse que faria: ser mentor de jovens lutadores e ensinar o que puder a eles.
O falastrão revelou quem serão seus treinadores auxiliares no Brasil. Serão os mesmos que o ajudaram no TUF 17: Clayton Hires (head coach), Scott McQuary, Jamie Huey e Vinny Magalhães. O único que ele já havia anunciado é Vinny, lutador brasileiro que é fera no jiu-jítsu, mas foi demitido do Ultimate recentemente. E Sonnen garantiu que o convite a seu carrasco Anderson Silva, revelado nos últimos dias, é para valer:
- Anderson Silva será oficialmente convidado. Liguei para o Ed Soares (empresário) para me ajudar, mas Ed estava em Iowa a trabalho e não podia falar. Mas Anderson Silva será convidado.
Wanderlei Silva e Chael Sonnen por pouco não se agridem em Las Vegas (Foto: Reprodução - Internet)Wanderlei Silva parte para cima de Chael Sonnen
em Las Vegas (Foto: Reprodução / Internet)
Em seu tempo livre no Brasil, quando estiver fora da casa e do centro de treinamentos, Sonnen pretende visitar alguns pontos turísticos, apesar de focar mesmo nos ensinamentos aos participantes. O TUF, por sinal, deve ser mais uma vez gravado em São Paulo:
Wand alerta Sonnen: 'Manda ele ligar
para o dentista, porque vai precisar'

- Eu não sei onde será o show ainda. Onde for o show, eu planejo ficar nessa cidade. Estive no Rio muitas vezes. Já competi no ADCC, que foi realizado em São Paulo. Se eu tiver um tempo, vou visitar a cidade. Mas não estou indo para isso, estou indo para ser treinador. É isso que vou fazer. Planejo vencer, planejo a vitória do meu time.
Por fim, Sonnen, sempre Sonnen, garantiu que foi real durante toda a entrevista. Personagem? Isso não existe, segundo o maior falastrão do MMA, nem para promover lutas:
- Eu não promovo lutas, meu amigo. Se não for verdade, não sai da minha boca. Se eu não realmente acho uma coisa, eu não digo. Eu sou assim.

Lyoto: 'Se perder, vou do quinto no ranking pro quinto dos infernos'

Lutador dá show de simpatia em evento com fãs do UFC e chega a atuar como juiz em jogo de perguntas e respostas em um shopping de Goiânia

Por Direto de Goiânia
102 comentários
Se quando você pensa em Lyoto Machida, o que vem à sua cabeça é um lutador sério, compenetrado e pouco disposto a brincar, essa matéria o fará mudar de ideia. Em evento promovido pelo UFC em um shopping de Goiânia, onde será realizado o UFC Fight Night no Combate: Belfort x Henderson, o agora peso-médio deu um verdadeiro show de simpatia e bom humor, brincando com os cerca de 200 fãs presentes à sessão de autógrafos e fotos. Acompanhado da ring girl Jheny Andrade, Lyoto respondeu perguntas dos fãs e chegou a atuar como juiz em um jogo de perguntas e respostas que renderam prêmios aos acertadores.
- Cara, não se complica. Você já acertou a resposta, vai querer ficar falando mais do que perguntaram? Pega teu prêmio... - disse às gargalhadas a um fã que acertou uma das perguntas e tentou mostrar conhecimento aprimorando a resposta.
Lyoto Machida em evento para fãs em Goiânia (Foto: Rodrigo Malinverni)Lyoto Machida em evento para fãs em Goiânia (Foto: Rodrigo Malinverni)
Sempre simpático com os presentes, o lutador fez diversas brincadeiras, e atendeu até aqueles que chegaram atrasados para a sessão de autógrafos, como uma dupla de irmãos que chegou após o fim da sessão e pedia que ele desse autógrafos a eles. Um dos meninos surpreendeu o lutador ao pedir que ele autografasse o seu braço.
- Mas e quando você tomar banho, não vai sair? - brincou Lyoto, antes de dar o autógrafo e posar para foto com os meninos.
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Ring girl Jehny Andrade em evento para fãs do UFC em Goiânia (Foto: Rodrigo Malinverni)Ring girl Jheny Andrade atendeu fãs do UFC
em Goiânia (Foto: Rodrigo Malinverni)
Em conversa com a apresentadora Paula Sack, do UFC, Lyoto falou sobre diversos assuntos, e garantiu que pretende um dia lutar contra Chris Weidman, caso ele permaneça com o cinturão da categoria. Já se Anderson Silva reconquistar o título, Machida revelou o que o Spider disse pretender fazer.
- Ele me disse que não lutaria comigo por nada, por sermos como irmãos. O Anderson me falou que tem outros objetivos, que já foi campeão muito tempo, e que está concentrado em outros objetivos, como superlutas, e me falou que até largaria o cinturão se fosse para uma luta entre nós acontecer. Mas vamos ver como as coisas vão andar. Eu tenho uma luta dura contra o Gegard Mousasi em Jaraguá do Sul, em fevereiro, e quero pensar nela primeiro. Um passo de cada vez.
Mais tarde, conversando com a imprensa, Lyoto falou mais sobre seu próximo rival, e brincou com o que seria o seu futuro caso fosse derrotado.
- O Mousasi é um cara muito duro, já vi lutas dele e ele já foi campeão em outros eventos, mas só vou me preparar mais especificamente para o jogo dele faltando quatro ou cinco semanas para a luta. Não quero espaçar muito as minhas lutas, porque ritmo é muito importante para mim. Quero me sentir bem nessa categoria, meu lugar é aqui. Ele está no ranking do UFC, um pouco abaixo de mim. Eu hoje estou no quinto lugar. Uma vitória sobre ele, pelo nome que ele já fez, me consolidaria no ranking e me credenciaria muito mais. Mas se eu perder essa luta vai ser complicado. Vou cair do quinto lugar pro quinto dos infernos - brincou, arrancando risos da imprensa.
Lyoto Machida em evento para fãs em Goiânia (Foto: Rodrigo Malinverni)Lyoto Machida respondeu as perguntas de forma descontraída (Foto: Rodrigo Malinverni)
Confira a entrevista completa de Lyoto Machida:
Polêmica sobre a lei que pretende restringir o MMA na TV
- Eu acho que essa proposta não é válida, porque o MMA já mostrou que é um esporte que veio para ficar, que cativa e tem muitos praticantes e fãs que o acompanham. Que fundamento esse projeto de lei tem? Dizer que o esporte é violento? O MMA é um esporte de contato, agressivo, mas não é violento. Violência é outra coisa, e é encontrada em outros esportes, como num carrinho por trás no futebol, como nas lesões que cansamos de ver no futebol americano, com cabeçadas e fraturas até na coluna. No MMA as pessoas que o praticam profissionalmente estão preparadas e treinaram uma vida toda para aquilo e estão ali porque querem e podem praticá-lo, não foram jogadas ali contra a vontade. E o evento dá todo o suporte, como preparação física, exame de sangue, os árbitros estão muito bem preparados, conversam com os atletas antes da luta, e para a luta a qualquer sinal de perigo à integridade do atleta. Hoje o esporte é diferente de quando surgiu o UFC, em 1993. Naquela época você podia dizer que era um esporte violento, porque tinha poucas regras. Mas hoje, não. Mudou muita coisa.
Ver a luta de fora, podendo estar enfrentando Vitor Belfort
- Não foi o momento de nos enfrentarmos, o Vitor tem as suas razões e eu respeito. Mas ver de fora é bom porque eu consigo ver, e também dar atenção aos fãs. Se eu fosse lutar não teria o prazer que tive hoje de interagir com quem veio aqui. Eu estaria mais recluso e reservado, concentrado para lutar. Aproveito pra dizer que não tenho nada de pessoal contra o Vitor, sempre nos demos muito bem, ele sempre me tratou muito bem. O que haveria seria uma luta profissional. Não existe nenhuma motivação pessoal em enfrentá-lo. Somos profissionais e faríamos uma luta, e depois conversaríamos e sairíamos para jantar se fosse o caso. Uma luta minha com o Vitor faz bem ao esporte. Os fãs começaram a entender que derrota e vitória fazem parte do caminho do lutador. O Randy Couture, por exemplo, venceu muitas lutas, perdeu algumas, tem cinco títulos e está aí no Hall da Fama, em reconhecimento à história dele no UFC.
Previsão para o duelo entre Vitor e Dan Henderson
- O Vitor é um cara que se reinventou, está em uma fase fantástica, e o Dan Henderson está mais em baixa, mas é muito duro, absorve bem os golpes, bate muito forte, e já ganhou do Belfort uma vez. Cada luta é diferente, mas o Vitor é favorito.
Momento para o cinturão
Preparado eu já estou, mas acho que tenho que obedecer um pouco o ranking. Não gosto de ultrapassar nada, o momento certo vai chegar.
Luta com Chael Sonnen
- Lógico que eu quero! Eu estou dentro, tamos aí! (risos). Eu cheguei a falar com o meu empresário que, se o Rashad Evans se machucasse pra essa luta contra o Sonnen no UFC 167, eu estaria à disposição, porque eu tinha lutado há pouco tempo e estava ainda em fase de performance, porque não tinha me machucado contra o Muñoz. Mas depois me disseram que o Rashad tava bem e acabou não acontecendo. Mas as pessoas falam muito do Sonnen, só que esquecem que ele é um cara duro de se enfrentar. Venceu o Shogun e, agora vai enfrentar o Wanderlei. Acho que a casa do TUF vai ter muito palavrão (risos). E a luta contra o Wanderlei vai ser daquelas que o público gosta de ver. O Shogun aceita mais o jogo de chão, a luta agarrada. O Wanderlei, não. Ele gosta de trocar chute e soco o tempo todo. Acho que os fãs vão gostar muito dessa luta.
Lyoto Machida em evento para fãs em Goiânia (Foto: Rodrigo Malinverni)Lyoto Machida mostrou empolgação por eventual duelo contra Sonnen (Foto: Rodrigo Malinverni)
Temor dos estrangeiros em lutar no Brasil
- Tenho certeza absoluta que eles têm medo de vir lutar aqui, porque a nossa torcida é muito "agressiva" com os oponentes dos brasileiros no dia da luta. Eles gritam "Uh, vai morrer!" e os caras acreditam mesmo. A nossa torcida bota mesmo pressão, faz os lutadores reagirem mesmo quando estão por baixo. Você não vê isso em lugar nenhum do mundo. Nossa torcida não grita loucamente, ela conhece o esporte e grita na hora certa. Hoje os americanos começaram a imitar, fazem "Hola" e acompanham o Bruce Buffer nos bordões dele, como nós fazemos aqui. É bonito ver que essa forma de torcer nasceu no Brasil, como o MMA, que também nasceu no Brasil. Na minha luta no Rio, contra o Phil Davis, a minha entrada com a galera cantando mesmo após o fim da música do Gonzaguinha que eu escolhi pra entrar foi uma espécide de doping positivo. Eu estava machucado, tinha torcido o meu pé dez dias antes da luta nos treinos, mas fiz questão de lutar no Brasil para não desfalcar o evento e não decepcionar os fãs que compraram ingresso. Tive a oportunidade de dizer que não poderia lutar, mas decidi prosseguir. Consegui andar normalmente no dia da luta, não é desculpa para a derrota, mas quis ouvir a galera cantando a música.
Anderson e Glover campeões do UFC
- Se isso acontecer eu me aposento (risos). Falando sério, eu e o Glover já conversamos sobre isso, eu estou nos médios, mas posso fazer algumas lutas no meio-pesado como desafio ou para atender a algum pedido para substituir alguém lesionado, desde que haja tempo hábil. O Anderson está em outro patamar. Ele me disse que não lutaria comigo por nada, por sermos como irmãos. O Anderson me falou que tem outros objetivos, que já foi campeão muito tempo, e que está concentrado em outros objetivos, como superlutas, e me falou que até largaria o cinturão se fosse para uma luta entre nós acontecer. Mas vamos ver como as coisas vão andar.
Treinar fora do Brasil
- Essa é uma questão pessoal. Eu senti necessidade dessa mudança porque o meu camp ficava complicado e caro trazer alguns caras para o Brasil. A logística é mais difícil, como levar o cara para almoçar porque a cidade não oferece a estrutura toda para chamar esse grupo de gente. A academia que eu tenho não é especializada em MMA, é aberta ao público, e quem vai tem que ser atendido. Existe um conflito nisso. Nos EUA não, a academia em que nós treinamos é especializada em MMA, tem uma estrutura profissional, como um clube de futebol. O acesso à estrutura física e humana é muito mais rápido e fácil, você contrata parceiros de treino com mais facilidade. Olhando sob esse prisma, para mim, foi muito bom, eu me adaptei bem. Mas cada um tem seu momento e seu tempo de analisar as coisas. O Anderson sempre treinou no Brasil e foi campeão por sete anos seguidos. Temos grandes treinadores, técnicos e sparrings aqui. Mas para coletar tudo isso é preciso ter uma certa possibilidade financeira.
UFC Fight Night 32: Belfort x Henderson
9 de novembro, em Goiânia
CARD PRINCIPAL
Vitor Belfort x Dan Henderson
Cezar Mutante x Daniel Sarafian
Rafael Feijão x Igor Pokrajac
Paulo Thiago x Brandon Thatch
Santiago Ponzinibbio x Ryan LaFlare
Rony Jason x Jeremy Stephens
CARD PRELIMINAR
Godofredo Pepey x Sam Sicilia
Thiago Bodão x Omari Akhmedov
Thiago Tavares x Justin Salas
Adriano Martins x Daron Cruickshank
José Maria No Chance x Dustin Ortiz

Dan Henderson: 'Luta contra Vitor
já será uma superluta para mim'

Veterano não se exercita no treino aberto, diz que não pensa em
aposentadoria e garante que buscará o nocaute do começo ao fim

Por Goiânia
104 comentários
Para quem acompanha os eventos oficiais do UFC, o treino aberto é uma oportunidade de ver os atletas se exercitando, mesmo sabendo que a movimentação não é exatamente a mesma que os lutadores realizam nos seus treinamentos normais. Nesta quinta-feira, no entanto, Dan Henderson surpreendeu a todos que compareceram ao treino aberto em Goiânia e não fez qualquer movimentação. Na sua hora de se apresentar, ele apenas posou para fotos e deixou a área de treinos em poucos minutos. Surpresa para os brasileiros, o comportamento é padrão.
- Eu nunca faço treinos abertos, nunca treino além do que é planejado. Treinei ontem à noite e não quis me desgastar hoje. Fiquei empolgado quando me disseram que iria voltar a lutar no Brasil. Fiz minhas primeiras lutas aqui e voltar agora me fez relembrar e voltar a sentir o que senti aqui daquelas vezes. Espero ter alguns fãs na plateia no sábado.
Dan Henderson, lutador do UFC (Foto: Rodrigo Malinverni)Dan Henderson fala com os jornalistas após o treino aberto (Foto: Rodrigo Malinverni)
Perguntado sobre sua condição física em comparação à época da primeira luta contra Belfort, em 2006, Henderson disse se sentir melhor do que há sete anos.
- Estou melhor. Melhorei com a experiência, meu corpo está respondendo bem aos treinos, e me sinto mais esperto como lutador. Tecnicamente eu diria que estou melhor como um todo, porque sendo lutador de MMA eu não treino apenas uma modalidade ou outra. Minha trocação está bem melhor do que era, meu wrestling e minha luta agarrada também melhoraram. Acho que sou um lutador melhor hoje do que era em 2006. Minhas expectativas são as mesmas de sempre: vencer os melhores. Isso significa disputar e conquistar cinturões. Esse sempre vai ser o meu objetivo. Uma superluta que eu terei pela frente é contra Vitor Belfort. E ela já é grande o suficiente.
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não vou me aposentar por causa de uma ou duas derrotas frustrantes. Ainda estarei aqui por algum tempo. Acho que ainda levarei uns dois anos para começar a pensar em parar."
Dan Henderson, lutador do UFC
Para o veterano, Vitor Belfort também melhorou muito, e adicionou novas armas ao seu arsenal. Ele avaliou o brasileiro como muito perigoso, elogiou os novos "chutes podersosos" do rival, mas ressaltou que tem estilo diferente dos últimos derrotados por Belfort, Michael Bisping e Luke Rockhold.
Após elogiar o jogo de Vitor, Hendo garantiu que não pretende deixar a luta ser decidida pelos juízes. No primeiro encontro entre ambos, o americano levou a melhor.
- Nossa última luta foi boa, e eu me lembro de dominá-la do começo ao fim. Eu venci por pontos, e isso é algo que eu não quero que aconteça agora. Não quero deixar a decisão para os juízes. Hoje, o que os fãs podem esperar é ver dois caras que buscam o nocaute o tempo inteiro se enfrentando. Nossas lutas nunca são chatas, e no sábado acho que será mais uma luta interessante. É frustrante quando você sabe que fez o suficiente para vencer e não vence. Mas, por outro lado, (caso a luta seja decidida por pontos) é importante você saber que poderia ter feito alguma coisa diferente do que fez, ou que poderia ter se esforçado um pouco mais. Mas não há nada que eu possa fazer agora, e eu não vou me aposentar por causa de uma ou duas derrotas frustrantes. Ainda estarei aqui por algum tempo. Acho que ainda levarei uns dois anos para começar a pensar em parar.
Vitor Belfort com Dan Henderson em treino aberto UFC (Foto: Rodrigo Malinverni)Vitor Belfort e Dan Henderson lado a lado em Goiânia (Foto: Rodrigo Malinverni)
O assunto aposentadoria, aliás, foi abordado pelos jornalistas em outras perguntas. Calmo, Henderson garantiu que não pensa em pendurar as luvas por enquanto e garantiu que não teme que essa seja sua última luta pelo Ultimate. O americano pretende continuar lutando MMA mesmo se for derrotado e disse que a chave para o sucesso é se sentir bem.
- Estou confiante em permanecer no UFC depois deste evento. Sei que ainda consigo competir com os principais lutadores do mundo de igual para igual. Hoje eu não corto peso para lutar entre os meio-pesados. Meu peso normal é 93kg, e por isso bater 84kg (limite dos médios) não é tão difícil para mim. Se não tiver que cortar peso, eu não vou cortar. Mas se houver um pedido dos fãs, ou uma luta acertada entre os médios, e eu tiver que cortar peso, eu cortarei. A verdade é que eu fico mais confortável quando eu como, e menos quando eu não como (risos).
O Combate transmite o UFC Fight Night Combate: Belfort x Henderson ao vivo e com exclusividade neste sábado, a partir de 20h (horário de Brasília). O Combate.com acompanha o torneio em Tempo Real e exibe em vídeo ao vivo a primeira luta, entre José Maria Sem Chance - ou "No Chance", em inglês, como vem usando no UFC - e Dustin Ortiz.

Confira o card completo:
UFC Fight Night 32: Belfort x Henderson
9 de novembro, em Goiânia
CARD PRINCIPAL
Vitor Belfort x Dan Henderson
Cezar Mutante x Daniel Sarafian
Rafael Feijão x Igor Pokrajac
Paulo Thiago x Brandon Thatch
Santiago Ponzinibbio x Ryan LaFlare
Rony Jason x Jeremy Stephens
CARD PRELIMINAR
Godofredo Pepey x Sam Sicilia
Thiago Bodão x Omari Akhmedov
Thiago Tavares x Justin Salas
Adriano Martins x Daron Cruickshank
José Maria No Chance x Dustin Ortiz

'Homem-pássaro' sobrevoa Monte Fuji usando colete com asas e miniturbinas

Aviador suíço Yves Rossy, conhecido como Jetman ('homem-jato') salta de helicóptero
e voa a 3.600m, contornando a montanha mais alta do Japão, Patrimônio Mundial

Por Honshu, Japão
Comente agora
Yves Rossy voando de wingsuit no Japão (Foto: AP)Yves Rossy saltou de helicópeto a 3.600m de altura
e voou ao lado do Monte Fuji, no Japão (Foto: AP)
Sobrevoar a montanha mais alta do Japão, de 3.776m, usando apenas um colete com asas e quatro miniturbinas acopladas. Na última semana, o aviador suíço Yves Rossy, conhecido como Jetman ("homem-jato", na tradução livre), realizou um feito ousado. Saltou de um helicóptero a 3.600m de altura e contornou o Monte Fuji, na ilha de Honshu. A montanha foi reconhecida como Patrimônio Mundial pela Unesco em junho.
Rossy é um piloto suíço, engenheiro, inventor e entusiasta da aviação, sendo a primeira pessoa a conseguir sustentar um voo humano usando uma asa com um jato fixo acoplado em suas costas. Graças a este feito, ele foi apelidado de "homem-jato".
O suíço já atravessou Com o aparelho com asa com quatro turbinas já cruzou o canal da Mancha e os desfiladeiros do Grand Canyon usando o aparelho com asa e as quatro turbinas. No ano passado, ele saltou de um helicóptero na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, deu uma volta sobre Corcovado, onde está a estátua do Cristo Redentor, e aterrissou na Praia de Copacabana, depois do voo de 1.200m de altura a 300 km/h.
Yves Rossy voando de wingsuit no Japão (Foto: AFP)Com Monte Fuji como pano de fundo, Yves Rossy realiza aventura na Terra do Sol Nascente (Foto: AFP)

Paraquedista suíço Yves Rossy  (Foto: Reuters)Com colete de asas e quatro miniturbinas, suíço voa ao lado da montanha mais alta do Japão (Foto: Reuters)

Schumi, Kimi ou Alonso? Massa elege o melhor companheiro de equipe

Após dividir os boxes da Ferrari com três companheiros campeões mundiais da F-1, brasileiro vota em quem é o melhor, em entrevista ao site da escuderia de Maranello

Por Maranello, Itália
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Felipe Massa largará em quinto no GP da Índia, três posições à frente de Fernando Alonso (Foto: AFP)Entre os três companheiros de Ferrari, Felipe Massa elege o melhor de todos (Foto: AFP)
Faltando duas provas para se despedir da Ferrari, equipe que defendeu durante os últimos oito anos, Felipe Massa analisou os companheiros que teve, e decidiu quem é o melhor entre eles. Só na escuderia de Maranello, o brasileiro foi companheiro de Michael Schumacher, Kimi Raikkonen – seu substituto em 2014 – e Fernando Alonso, que ainda divide os boxes do time italiano. Em meio a três campeões mundiais, Massa, quando questionado, apontou, sem pestanejar, quem ele considera o melhor de todos.
- Fernando! Schumacher era rápido, mas, em termos de inteligência, o Alonso é melhor porque ele consegue fazer encaixar tudo de maneira perfeita – revelou em entrevista ao site da Ferrari.
Após 11 temporadas na F-1, Felipe continua trabalhando duro para permanecer no grid em 2014. Mas ainda que deseje permanecer na principal categoria do automobilismo mundial, ele admite que a ida para a DTM (campeonato alemão de turismo), ou a Stock Car, são planos que ele considera para o futuro.
- Eu amo correr. É parte da minha vida e me faz muito feliz. Talvez após a Fórmula 1, eu coloque minha mão em outra categoria. Ou a DTM ou a Stock - revelou.
Massa Alonso treino GP da Austrália (Foto: Getty Images)Massa elege Alonso como o melhor companheiro que já teve (Foto: Getty Images)



Massa e Raikkonen na Ferrari (Foto: Getty Images)Massa e Raikkonen na Ferrari (Foto: Getty Images)

massa Schumacher alemanha 2006 formula 1 (Foto: Getty Images)Massa e Schumi: primeiro companheiro do brasileiro na Ferrari (Foto: Getty Images)

Elias vê futuro rubro-negro para Davi e avisa: ‘Só não pode ser são-paulino’

Volante, que é corintiano assumido, reativa rivalidade com o Tricolor paulista e se diz muito grato aos torcedores do Flamengo: ‘Vou guardar para o resto da vida’

Por Rio de Janeiro
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Elias pode dizer: é ídolo das duas maiores torcidas do Brasil. O volante, que brilhou no Corinthians de 2008 a 2010, deixou saudade no Timão. Depois de uma passagem apagada pela Europa, chegou ao Flamengo nesta temporada e rapidamente conquistou os rubro-negros. Prova disso foi que os torcedores abraçaram o camisa 8 no momento mais difícil dele no clube. Elias caiu de rendimento recentemente por conta de um problema de saúde do filho. Davi, de um ano e sete meses, ficou internado com pneumonia.
A paixão corintiana, no entanto, continua forte. Nesta quinta-feira, o jogador disse que Davi tem grandes chances de ser rubro-negro, já que foi “adotado” pela torcida (veja no vídeo acima). Relembrando a rivalidade dos tempos em que jogava no Timão, só tem uma restrição.
- Ele vai ser o que ele quiser. Tentei puxar para o meu lado preto e branco, mas não foi possível. Vai ser flamenguista, tem carinho pelo Flamengo. Vai ser o que quiser, só não pode ser são-paulino - frisou o volante.  
Elias e Filho Flamengo (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)Elias com o filho Davi durante treino do Flamengo (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)
Na vitória por 2 a 1 sobre o Goiás, nesta quarta-feira, que classificou o Flamengo para a decisão da Copa do Brasil, Elias e Davi foram homenageados pelos torcedores, que gritaram o nome do menino. Momento marcante para o camisa 8, que fez um dos gols e deu passe para Hernane marcar o outro.
- Nunca vivi isso, nunca vi alguém viver isso. A não ser o Ronaldinho que teve uma fase parecida com a minha com a mãe dele (Dona Miguelina), a torcida deu carinho. Jogador às vezes precisa de carinho. Às vezes leva muita porrada, é necessário. Mas às vezes a gente precisa de carinho, de apoio, o torcedor do Flamengo entende que não somos máquinas. É fundamental o carinho e o apoio do torcedor. Vou guardar para o resto da minha vida. Só não chorei para não perder a concentração. Foi especial. É uma situação que estava afetando a minha vida. Quem é pai sabe disso. Contra o Botafogo, não queria jogar e contei com o apoio dos meus companheiros. Para mim, aquele gol, essa vitória, ficarão marcados pela volta por cima que dei nesse pouco tempo. E o carinho que o torcedor tem por mim e minha família.   
Na comemoração do seu gol, o segundo sobre o Esmeraldino, Elias fez uma homenagem ao filho. Como Davi vinha usando uma máscara, o volante cobriu a boca com a palma da mão para brincar com o pequeno.
- Depois de dois, três dias internado, o médico disse que ele teria que dormir e passar boa parte do dia com máscara para ajudar na respiração Era difícil colocar nele, tinha de tirar a chupeta, ele gosta muito da chupeta, foi difícil. Você chegar e ver o filho na UTI entubado, com sonda, é difícil ver a cena. Mas ele superou, foi uma forma de homenageá-lo.
O Flamengo enfrentará o Atlético-PR na decisão. O primeiro jogo, dia 20, será no Paraná. No dia 27, as equipes jogam no Rio. Davi, que não foi ao Maracanã nesta quarta por conta do mau tempo, deve estar lá. E a meteorologia precisa ajudar.  
- Espero que sim. Se estiver calorzinho, ele vai. Minha mulher queria levar ele contra o Goiás, mas estava frio, falei para ele ficar em casa, torceu em casa, viu os gols. Espero que ele possa ir no próximo, que esteja presente e possa receber o carinho que recebi.

Confira a entrevista completa do volante:
Encontro com Davi depois do jogo
- Cheguei em casa às duas da manhã e ele estava dormindo. Só que ele acordou do nada, me viu da cama e tive que ficar até cinco horas com ele vendo o replay do jogo, ele comemorando (risos). Mostrei o pessoal cantando o nome dele. Daqui um ano, dois anos, ele vai entender e vou mostrar para ele de novo aquela cena.
Química com a torcida e permanência
- Já sentia isso antes. O torcedor me para na rua, cobra, cobra a permanência. Ontem (quarta) só serviu para confirmar. Vou focar no Brasileiro e na Copa do Brasil, e no fim do ano a gente define. Claro que a vontade é ficar. Só que a gente sabe que não depende só de mim. Depende do Sporting, do Flamengo, do fundo que detém 50% dos meus direitos.
Negociação com os portugueses
- Meu pai já foi lá, sentou com eles, fez acordo do que deviam (cerca de R$ 2,6 milhões). Vamos tentar jogar isso para ajudar o Flamengo a convencê-los.
Identificação com o Flamengo
- Me identifiquei, acho que a torcida gostou do meu jeito. Não só pelo futebol, mas pela liderança. Fico feliz com o carinho, mas quero concretizar com o título.
Final contra o Atlético-PR
- Em final tudo pode acontecer. A gente tem que chegar bem na final, preparados psicologicamente, com nível físico e nível técnico altíssimo.
Durival de Britto, palco do jogo de ida
- Já joguei pela Série B pelo Corinthians, mas foi contra o Paraná. É um estádio acanhado, mas que sempre quando está cheio se torna um caldeirão.
Ansiedade para a decisão
- Não somos máquinas. Não tem como apertar o botão ou virar a chave e jogar o Brasileiro. Temos de aproveitar essa euforia, tentar colocar no Brasileiro, somar mais pontos, mandar de vez essa coisa de rebaixamento para fora, já que estamos próximos disso, para que no fim, se der, a gente possa brigar pela Libertadores.
Atlético-PR dividido entre Brasileiro e Copa do Brasil
- Não muda nada. A responsabilidade é dividida. Libertadores é importante disputar, mas o que marca são os títulos que ficam na história Eles vão dar tudo para ganhar essa final. Se não me engano, podem ser o primeiro clube paranaense a conquistar a Copa do Brasil. Com certeza vão dar a vida, e a gente vai ter que fazer o mesmo. 
Queda de desempenho
- Nessa última partida, não. Mas nos dois últimos jogos não joguei bem, e a equipe venceu. Não estou preocupado em jogar bem. Sei que se jogar bem a equipe vai ter boas chances de conseguir a vitória, mas se não jogar bem e a equipe vencer, é isso que vale.
Esperança na convocação para a Seleção
- Até a última convocação vou trabalhar para que possa ser chamado. São sete meses, seis meses para Copa do Mundo. Tudo pode acontecer. Ele (Felipão) pode ter uma base, os jogadores, mas a gente sabe que alguma coisa pode acontecer durante o percurso. Um jogador pode ser um dos melhores do Brasil e ser convocado. Tenho que estar preparado até o último minuto. Mesmo se não for, vou estar torcendo pela Seleção.
Importância da  torcida e decisão no Maracanã
- Vai ser importante se fizermos um grande resultado na ida. Em todos os jogos a gente conseguiu decidir em casa, a gente fez grandes jogos. É importante fazer um bom primeiro jogo, se manter vivo e decidir no Maracanã. A gente sabe que o apoio tem sido incondicional. A gente sabe que a torcida consegue fazer a diferença.
Será poupado contra o Goiás pelo Brasileiro?
- Vamos conversar até amanhã (sexta-feira), não sei o que o Jayme vai decidir. Temos pouco tempo para nos recuperarmos, senti um desgaste enorme no fim da partida (pela Copa do Brasil). Temos atletas para dar conta do recado.
Virada do Flamengo no ano
- Nós jogadores mudamos a mentalidade. E é um hábito do brasileiro que só consegue mudar no momento crítico. Quando a gente perdeu o Mano (Menezes), chegamos no momento crítico. Tivemos de começar do zero, fechar a equipe mesmo. Hoje podemos falar que somos companheiros mesmo de trabalho. E isso às vezes é mais importante do que sermos amigos.
Comemoração “deita e rola”

- Estávamos combinando, conversando. Foi uma brincadeira. Tenho certeza que o Walter (atacante do Goiás) vai levar na esportiva como a gente levou a dele. Faz parte do futebol. Não considerei provocação dele. Foi uma brincadeira de vestiário e a gente brincou ali (no campo do Maracanã). Foi uma forma de comemorar.