quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

D'Ale visita jovem com doença na medula e se emociona: "Fiz um amigo"

Ídolo presenteou o menino Denis com a camisa que vestiu contra o Shakhtar Donetsk

Por Porto Alegre
D'Alessandro Internacional visita (Foto: Rafael Antoniutti/TXT Assessoria)Denis recebeu a visita de D'Ale, nesta
terça-feira (Foto: Rafael Antoniutti/TXT Assessoria)
Prestes a completar 18 anos em 25 de abril de 2015, Denis Marques da Silva não esconde a ansiedade de, enfim, poder desfrutar do Fusca reformado por seus pais para lhe dar de presente por chegar à maioridade. O modelo, que será pintado nas cores vermelho e branco, é uma de suas três paixões, ao lado do Inter e do ídolo, Andrés D'Alessandro. O adolescente, que teve uma lesão medular aos 12 anos, que limitou sua locomoção e o obrigou a respirar apenas através de aparelhos, não esperava, porém, que receberia um presente ainda melhor, três meses antes do aniversário. Nesta terça-feira, o camisa 10 argentino visitou Denis em casa e o acometeu de uma alegria que a mãe, Flávia Marques, não tem palavras para explicar.
D'Ale ainda presenteou o garoto com a camisa que vestiu no amistoso diante do Shakhtar Donetsk, no último domingo, e com algumas peças de sua linha de roupas. Depois, conversou com Denis sobre o Inter, paixão que cultivam em comum. A iniciativa surgiu de uma campanha nas redes sociais, lançada por Flávia com a ciência do menino, para cativar o ídolo colorado.
- O Denis sabia que estávamos organizando a visita do D'Ale, e o avisamos quando ele disse que viria. Mas ele não queria acreditar. Ele só acreditou quando viu o D'Ale entrando pela porta e logo desatou a chorar. Foi uma alegria muito grande. Algo que nem sabemos como explicar. Hoje (quarta-feira) ele acordou eufórico. Não parava de falar nisso. Foi a primeira noite em muito tempo que ele conseguiu dormir tranquilo - conta Flávia, por telefone, ao GloboEsporte.com.
D'Alessandro Internacional visita (Foto: Rafael Antoniutti/TXT Assessoria)D'Alessandro autografa camisa para Denis (Foto: Rafael Antoniutti/TXT Assessoria)

A camiseta presenteada por D'Alessandro surge como um troféu para homenagear a vitória de um menino que, aos 12 anos teve de ficar internado por seis meses no hospital e que, mesmo diante das limitações, não desiste de levar sua vida dentro da maior normalidade possível. Denis tem preocupações e divertimentos típicos de adolescentes. Frequenta as aulas do segundo ano do Ensino Médio, em aulas domiciliares, joga video games com a mão direita, que o possibilita de maiores movimentos, e "fuça" em um tablet. Atividades que ficam em segundo plano em dia de jogos do Colorado.
- Ele não perde um jogo do Inter. A gente sabe. Quando o Inter joga, ele tem que assistir. É uma paixão muito grande. Ele fica inquieto quando não assiste. Só não vestiu a camiseta ainda, porque quer esperar a fisioterapeuta visitá-lo para poder mostrar a peça para ela - relata Flávia.
Do contato com o ídolo, brotou uma nova amizade. Tocado pela visita à casa onde Dênis mora ainda com o pai, Claudiomiro Rech, os irmãos Deivid, Larissa e Felipe, e com a avó paterna, Romilda, no bairro Cavalhada, zona sul de Porto Alegre, o argentino recorreu ao Facebook para anunciar seu "novo amigo colorado".
- Hoje fui visitar meu novo amigo colorado Denis. Que bom que existem esses momentos para poder ver e viver outras coisas que a nossa carreira de atleta às vezes impede. Encontrei uma família muito legal, com um coração enorme e com uma força imensa. Conhecer o Denis foi emocionante. Foi diferente e sai com um sentimento de alegria. Essa alegria que ele teve quando me viu entrar. Fiz outro amigo em Porto Alegre e se chama Denis. Obrigado por me proporcionar esse momento - escreveu D'Ale.
É difícil que Denis fale em outra coisa, se não a visita de D'Ale, até receber o Fusca vermelho e branco de presente dos pais, em 25 de abril. A partir daí, poderá desfilar na carona do pai, vestindo a camisa autografada pelo maior ídolo.
D'Alessandro Internacional visita (Foto: Rafael Antoniutti/TXT Assessoria)D'Ale posa  para foto ao lado da família de Denis, durante a visita (Foto: Rafael Antoniutti/TXT Assessoria)

Cristiano Ronaldo pega dois jogos de gancho por chute em adversário

Luso desfalcará Real Madrid contra Real Sociedad e Sevilla, mas está liberado para o dérbi contra o Atlético, no dia 7 de fevereiro, trazendo alívio para Carlo Ancelotti

Por Madri
Famoso pela sede de gols e a vontade de atuar em todas as partidas, Cristiano Ronaldo terá que apenas assistir ao Real Madrid nas duas próximas rodadas do Campeonato Espanhol. A Liga de Futebol Profissional (LFP) da Espanha anunciou nesta quarta-feira que o luso recebeu dois jogos de suspensão pelo chute dado no brasileiro Edimar na partida contra o Córdoba, no último sábado.

Desta forma, CR7 desfalcará o time de Carlo Ancelotti nos duelos contra o Real Sociedad, no sábado, e diante do Sevilla, no dia 4 de fevereiro. Entretanto, o sentimento para o clube merengue é de alívio, uma vez que havia a possibilidade do astro ficar de fora do dérbi contra o Atlético de Madrid, no dia 7, no Vicente Calderón. Esta partida marcará o retorno de Cristiano à equipe.
A punição pequena causou revolta nos jornais catalães, que destacaram o fato de que o tapa do luso em Crespo - imediatamente depois do chute em Edimar - não foi considerado agressão. O "Mundo Deportivo" chega a citar "vista grossa" com o segundo ato de Cristiano, que ainda provocou a torcida local ao exibir seu escudo do Mundial de Clubes na saída de campo, logo depois de ser expulso.
Já a imprensa de Madri destacou o fato de Cristiano não ser reincidente na temporada e ter manifestado arrependimento logo depois da partida como favoráveis a uma punição menor. O Real Madrid ainda poderia recorrer da decisão, mas o temor de um aumento de pena certamente fará com que o clube aceite a decisão da LFP.
cristiano ronaldo agressão cordoba x real madrid   (Foto: AFP)Cristiano desfalcará o Real por duas partidas (Foto: AFP)

Palmeiras apresenta patrocínio da Crefisa


O patrocínio da Crefisa virou motivo para mais um confronto entre presidentes de Palmeiras e São Paulo. Carlos Miguel Aidar, são-paulino, disse que os rivais fecharam por menos do que R$ 23 milhões que circularam na imprensa. Paulo Nobre, palmeirense, rebateu que, sem ter visto o contrato, o colega não sabia do que estava falando e o mandou cuidar de seus escândalos. Leila Pereira, presidente da Crefisa, foi vaga em coletiva de imprensa ao dizer que “o projeto do Palmeiras era muito melhor”. O blog comparou propostas e contextos para esclarecer por que a Crefisa preferiu o Palmeiras.

Os valores eram os mesmos. O São Paulo começou a negociar com a Crefisa entre novembro e dezembro de 2014, com reuniões entre diretores, sem que houvesse contato entre Aidar e Leila ou José Roberto Lamacchia, controlador da Crefisa. Os tricolores pediram inicialmente R$ 28 milhões pela cota máster e, depois, fixaram seu mínimo para assinar contrato: R$ 23 milhões. Fariam R$ 22 milhões para não perder o negócio, segundo revelou dirigente são-paulino ao blog, mas não passariam disso.

O valor mínimo do São Paulo foi o que a Crefisa decidiu pagar ao Palmeiras, com quem as conversas também começaram em números acima. O blog obteve confirmações de três fontes, no clube e em empresas que fazem negócios com ele, de que a instituição financeira repassará à equipe alviverde R$ 23 milhões em cada um dos dois anos de contrato. Só Aidar acusa um valor menor, sem saber qual, e ele o faz porque, além do gosto pela polêmica, o São Paulo de fato entregaria mais propriedades.

O São Paulo colocava o Morumbi no pacote do patrocínio. A proposta do clube dava à Crefisa um camarote de frente para o centro do campo, dava 1 mil ingressos por jogo em casa, personalizava um setor de cadeiras numeradas com a comunicação visual da instituição financeira, inseria a marca dela em testeiras e placas nos anéis das arquibancadas e em regiões que são mostradas pela televisão em transmissões – o que aumenta o retorno de mídia da patrocinadora. O banco também teria pontos de venda dentro do estádio, nos quais poderia oferecer empréstimos consignados aos torcedores.

Leila Pereira, Paulo Nobre e José Roberto Lamacchia, representantes de Palmeiras e CrefisaO Palmeiras não tem a mesma liberdade com o Allianz Parque, porque a gestão dele é da WTorre, mas Paulo Nobre montou uma operação para diminuir a desvantagem. O presidente palmeirense primeiro ofereceu cerca de 300 ingressos por partida em toda a temporada para a empresa, mas Lamacchia e Leila preferiram trocar essas entradas por um camarote no estádio. O Palmeiras irá assumir a locação de um espaço, cujo preço varia de R$ 200 mil a R$ 300 mil conforme proximidade ao centro do campo e pavimento da arena, e irá repassá-lo à patrocinadora. Há uma reunião a ser marcada para definir esta operação. Ainda que não entregue outros ativos que o São Paulo oferecia no Morumbi, deste modo Nobre conseguirá ao menos garantir à Crefisa o mais valioso deles, inclusive para além do futebol, em shows.

Em termos de exposição na televisão, o São Paulo joga a Libertadores em 2015. O Palmeiras, não. Isso dá aos são-paulinos jogos transmitidos em TV aberta em noites de meio de semana, quando a audiência é maior, além de dois potenciais clássicos com o Corinthians, caso os corintianos passem pelo Once Caldas e caiam no mesmo grupo. Haveria mais exposição da marca da Crefisa na camisa tricolor.

Para compensar essa desvantagem em visibilidade, Paulo Nobre se comprometeu a ajudar na ativação do patrocínio – como o mercado esportivo chama ações feitas com o intuito de comunicar à torcida que o investimento está sendo feito. No mais, ambas propostas tinham marca exposta na cota máster da camisa, em placas no centro de treinamento e backdrops – fundo usado em entrevistas à imprensa.

Friamente, mesmo com os esforços de Nobre para que o Palmeiras entregue mais resultado, a proposta do São Paulo ainda era superior. Mas aí pesaram o emocional e as circunstâncias de ambos os clubes.
Lamacchia é palmeirense, como admitiu à imprensa, e afirmou ver um sonho realizado ao ocupar a área nobre da camisa do time que torce. Isso faz diferença numa negociação. O contexto palmeirense também favorece ao ser, hoje, um dos únicos clubes que de fato se reforçou na pré-temporada, por ter o sócios-torcedor em ascensão e por prometer à torcida, enfim, uma temporada vitoriosa.

Já o São Paulo, embora tenha também um time promissor, foi colocado em polêmicas pouco simpáticas a patrocinadores recentemente por seu presidente. Aidar tinha um contrato com sua namorada, Cinira Maturana, para que ela recebesse 20% de comissão sobre contratos que trouxesse ao clube. Também a enfiou numa negociação com a Puma para que ela fizesse a “transição” entre fornecedoras. O mandatário ainda manchou a imagem do clube com três grandes fornecedoras de materiais esportivos – Penalty, Puma e Under Armour – ao atravessar executivos brasileiros, desrespeitar contratos e pré-contratos e fazer leilão para ganhar milhões a mais. Fora polêmicas com outros dirigentes.

Além de gerar exposição sobre o logotipo de um patrocinador, o patrocínio trata de transferir valores de uma marca para outra. Companhias, em geral, procuram o esporte para dar a suas marcas aparência de vitória, paixão, emoção. As circunstâncias que Aidar coloca o São Paulo na imprensa e perante agentes do mercado esportivo certamente atrapalham ao negociar um patrocínio desta magnitude.

Após ser vítima de racismo, Fabiana diz: "Não tenho raiva dele, tenho dó"

Ainda chocada, bicampeã olímpica agradece mensagens de apoio e relata insultos de torcedor em Minas: "Não acreditava que um dia isso poderia acontecer comigo"

Por São Paulo
Fabiana protesta contra irregularidades da CBV (Foto:  Lucas Dantas/Sesi-SP Divulgação)Fabiana protesta contra irregularidades da CBV (Foto: Lucas Dantas/Sesi-SP Divulgação)
“Racista! Racista!” Fabiana olhava para a arquibancada sem entender a confusão entre os torcedores. Concentrada no jogo contra o Minas, clube em que começou sua carreira, a central do Sesi-SP mal havia escutado “um senhor” que a insultava com expressões como “macaca quer banana” e “macaca joga banana”, bem ao lado da família da jogadora. Foi inevitável o choque ao compreender o que aconteceu na partida da Superliga feminina, na última terça-feira, em Belo Horizonte, mesmo que a torcida a tenha abraçado e expulsado o agressor. Aos poucos, a bicampeã olímpica juntou forças e deu um primeiro passo para dar um basta no racismo ao tornar o caso público. Um dia após o incidente, Fabiana disse não guardar rancor pelo “senhor” que disparou injúrias raciais, apesar de ainda estar tomada pela tristeza.
- Estou muito triste, parece que a ficha ainda não caiu. Não acreditava que um dia isso poderia acontecer comigo. Estou ainda chocada e um pouco sem reação, mas muito triste. Não tenho raiva dele, não tenho ódio. Só tenho dó, pena. Peço que Deus possa iluminar o coração dele para que reflita, que ele tem que ser um exemplo, ele pode ter filhos, netos, e tem que dar o exemplo - contou Fabiana.
Em entrevista ao GloboEsporte.com, a bicampeã olímpica relatou o incidente e a tristeza de sua família, que presenciou a cena e tentou como pôde proteger a jogadora. Ela agradeceu as manifestações de solidariedade da comunidade do vôlei e de fãs. Fabiana também afirmou que ainda estuda junto com o Minas as medidas adequadas para dar um desfecho ao caso, que está sendo investigado pela Polícia Civil após a abertura do boletim de ocorrência por “atrito verbal” na 2ª Delegacia do Centro de Belo Horizonte.
GloboEsporte.com: No seu desabafo, você disse ter passado por uma situação difícil de vivenciar. Você pode descrever como ocorreu o incidente? Como os xingamentos te afetaram em quadra?
Fabiana: Foi no meio do jogo. Para ser sincera, não sabia o que estava acontecendo no começo, porque eu estava muito concentrada no jogo. Teve uma confusão na arquibancada, na parte de cima. Depois me contaram que era um senhor que estava me insultando quando eu ia para o saque. E ele estava do lado dos meus pais. Os torcedores logo compraram a briga, começaram a gritar: “Racista! Racista!”. Os seguranças do Minas já tiraram o senhor e levaram para a delegacia.
Fabiana Claudino, do SESI e da Seleção (Foto: Reprodução/ Instagram)Capitã da seleção, Fabiana recebeu apoio das jogadoras (Foto: Reprodução/ Instagram)
Como foi o momento em que te contaram o que tinha acontecido?
Quando eu soube, fiquei sem reação. Estou até agora chocada. É um assunto complicado até de se falar. O senhor estava ao lado da família da Suelen (líbero do Sesi-SP) e do meu pai (Vital Claudino). Eles não estavam nem entendendo o que estava acontecendo. Isso que me deixou bem chateada.
Você disse que seus pais estavam na arquibancada. Conseguiu ver a reação deles? Como foi o momento de encontro entre vocês depois do jogo?Meus pais são muito religiosos e muito tranquilos. Eles não estavam acreditando. Ficaram sem reação também. Minha mãe (Maria do Carmo) me ligou hoje (quarta-feira) e disse que estava muito mal por não ter tido reação, de ir para cima, de falar com o senhor. Eles estavam bem chateados (depois do jogo). Eles tentaram esconder de mim. Minha mãe acabou falando: “Filha, eu vi, eu estava lá”. Ela queria me proteger, queria que eu não soubesse.
Muitos jogadores manifestaram solidariedade, e você também recebeu apoio de muitos fãs do vôlei. Nesse momento de dor, o que representam essas palavras de incentivo para você? É um conforto saber que tenho o carinho e o amor das pessoas. É complicado falar sobre esse assunto, até me perco um pouco. Fico feliz pelas mensagens. Todo mundo me ligou, me mandou mensagem. Todas as mensagens me marcaram. Falaram: “Fabiana, você é um pessoa incrível, pelo exemplo que você representa”. Todo mundo está mandando força. O Minas foi o clube em que cresci. Todo mundo lá comprou a briga. Não julgo que ele seja um torcedor do Minas. Tenho um carinho grande pelos torcedores do Minas, e os torcedores têm carinho por mim também. Ele estava ali sem saber direito o que estava acontecendo.
 Não tenho nem palavras, foi muito triste. Enxergo que essas são pessoas sem coração, sem espírito. Não entra na minha cabeça como alguém pode ter esse tipo de atitude
Fabiana
 No seu desabafo você fala que refletiu muito para decidir se divulgava o caso ou não. Que pontos você colocou na balança e o que te motivou a tornar o incidente público?Eu resolvi falar porque acredito que isso possa vir a mudar, que possa ser um exemplo. Refleti por causa dos meus pais, vi o quanto eles sofreram, o quanto ficaram tristes. Quero que as pessoas se coloquem nessa situação, porque atacar e fácil, quero ver se isso acontece com você. Mas a atitude do Minas foi incrível de tirar logo o torcedor de lá.
Você já havia passado por alguma situação semelhante dentro ou fora de quadra?
Foi a primeira vez que passei por isso. Nunca tinha visto acontecer algo parecido com ninguém. Eu já morei em outro país (na Turquia) e também não passei por isso lá.
Vimos no ano passado outros casos de racismo no esporte, como o do goleiro Aranha, que voltou a ser alvo, por vezes com ironias como ser chamado de Branca de Neve por exemplo. Você teme que isso possa se repetir com você?Não tenho nem palavras, foi muito triste. Enxergo que essas são pessoas sem coração, sem espírito. Não entra na minha cabeça como alguém pode ter esse tipo de atitude. Acredito que isso nunca aconteceu com uma pessoa como essa. Fico triste, chateada. No século XXI, a pessoa não entende que somos iguais, que iremos para o mesmo lugar.
O Minas encaminhou o agressor à Polícia Civil. Você está acompanhando o caso para saber o desfecho?
Estou conversando com o Minas, ainda estamos vendo qual é a melhor medida para eu tomar. O Minas está acompanhando o caso de perto e me ajudando.
Um dia depois do calor do momento, qual é o sentimento que fica e que mensagem você tem para ele?
Estou muito triste, parece que a ficha ainda não caiu. Não acreditava que um dia isso poderia acontecer comigo. Estou ainda chocada e um pouco sem reação, mas muito triste. Não tenho raiva dele, não tenho ódio. Só tenho dó, pena. Peço que Deus possa iluminar o coração dele para que reflita, que ele tem que ser um exemplo, ele pode ter filhos, netos, e tem que dar o exemplo.

Central do Mercado: Timão negocia com Love; Vasco tenta Jorge Henrique

Cruzeiro procura Cleiton Xavier e destaques sul-americanos; São Paulo se aproxima de Centurión, e Palmeiras oferece pacote por Arouca. Flu pode perder joias da base

Por Rio de Janeiro
Vagner Love, Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli)Vagner Love ainda tem mais um ano de contrato com o Shandong Luneng, da China (Foto: Marcos Ribolli)
Às vésperas do início dos principais campeonatos estaduais do país, o mercado de negociações do futebol brasileiro teve nesta quarta-feira um de seus dias mais agitados desde dezembro. O Corinthians, por exemplo, que corre o risco de perder Guerrero para a Europa e Lodeiro para o Boca Juniors, abriu negociações com Vagner Love. O atacante do Shandong Luneng, da China, aceitou reduzir o salário e espera por um acordo entre os clubes, embora seu empresário, Evandro Ferreira, e a diretoria alvinegra desconversem sobre o assunto. A procura por reforços ofensivos se intensifica com as situações do elenco: o centroavante peruano revelou à rádio espanhola "Cadena Cope Madrid" o desejo de trocar de continente, e o meia uruguaio deve receber nova investida do clube argentino de R$ 6,45 milhões por 50% de seus direitos.
Com o cofre cheio após as vendas de Lucas Silva, Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart e Egídio, o Cruzeiro entrou forte no mercado para qualificar o elenco após as perdas. Um dos alvos é o meia-atacante brasileiro Felipe Gedoz, que brilhou na última Libertadores pelo Defensor, do Uruguai, e está no Club Brugge, da Bélgica, mas os valores foram considerados altos. Jorge Luna, meia argentino de 28 anos do Santiago Wanderers, do Chile, também interessa, e dirigentes celestes já se reuniram com representantes do jogador. Porém, o custo também seria alto: o clube chileno só admite negociar o atleta em definitivo por R$ 6,7 milhões. Outro nome que entrou em pauta é o de Cleiton Xavier, do Metalist, da Ucrânia. Por causa dos conflitos no país, o meia de 31 anos tem o desejo de retornar ao Brasil, embora tenha contrato por lá até 2017. E segundo o portal colombiano "As", a Raposa estaria perto de Sherman Cárdenas, destaque do Atlético Nacional, da Colômbia. Por ora, o único reforço encaminhado não é do exterior: trata-se do lateral-esquerdo Pará, do Bahia, que deve chegar a Minas nesta quinta.
O São Paulo recebeu um "não" do River Plate, da Argentina, para a oferta que fez pelo zagueiro colombiano Balanta. Mas está perto de Centurión. O Racing apresentou uma contraproposta ao Tricolor de € 4,9 milhões (R$ 14,2 milhões) por 70% dos direitos do jogador, e o clube argentino está confiante em fechar negócio. Já o Vasco, após sondar Rafael Moura e ver o atacante recusar uma possível transferência, foi atrás de outro atacante do Internacional: Jorge Henrique. O meia-atacante não faz parte dos planos do Colorado, e o Cruz-Maltino tenta contrato por empréstimo de uma temporada. O Palmeiras, que avançou nas conversas com o goleiro Aranha, ofereceu três de seu elenco ao Santos por Arouca. Mas do trio, o Peixe se interessou apenas por Mendieta - único nome divulgado -, e deve rejeitar o pacote pela negociação. O Alviverde quer definir a contratação antes da audiência do volante contra o clube santista na Justiça do Trabalho.
Entre as outras negociações do dia, destaque para a volta do atacante Élton ao Vitória, após rescindir com o Flamengo; o retorno ao Brasil do zagueiro Jéci, repatriado pelo Avaí aos 34 anos, depois de três temporadas no futebol japonês; a renovação do empréstimo do zagueiro Thiago Heleno com o Figueirense, encerrando uma longa novela; e a chegada de um campeão mundial para jogar a Segunda Divisão do Campeonato Gaúcho: o atacante Adriano Gabiru, herói do Inter na conquista do Mundial de Clubes de 2006, assinou contrato com o Panambi até o fim da primeira fase do estadual. Ele está com 37 anos.
Flu pode perder joias da base
Depois de ver uma debandada no time principal com a saída da ex-patrocinadora Unimed, a torcida do Fluminense corre o risco de perder também destaques da categoria de base do clube. O Wolfsburg, da Alemanha, fez proposta pelo atacante Kenedy, que está a serviço da seleção brasileira sub-20 e também interessa ao futebol inglês. Já o capitão tricolor na última Copinha, o volante Marlon Freitas, de 19 anos, interessa ao Fort Lauderdale Strikers, dos Estados Unidos - equipe que tem Ronaldo Fenômeno como sócio. A transferência seria por empréstimo até outubro. E segundo o jornal italiano "Gazzetta dello Sport", a Juventus está disposta a oferecer 11 milhões de euros pelo meia-atacante Gerson, de 17 anos e que está disputando o Sul-Americano Sub-20 ao lado de Kenedy. O Flu já havia recusado uma proposta de 10 milhões de euros pelo jovem no ano passado.