quarta-feira, 25 de abril de 2018

Curtinhas: UFC retira Leslie Smith do ranking e Gina Mazany ganha vaga

Peso-galo, que era 9° colocada, teve contrato encerrado pelo UFC após luta cancelada em Atlantic City

Por Combate.com, Rio de Janeiro
 
O Ultimate retirou a peso-galo (até 61kg) Leslie Smith de seu ranking depois de encerrar seu contrato com a lutadora. Ela era a nona colocada na divisão que tem Amanda Nunes como campeã. Com a saída de Smith, Gina Mazany ganhou um lugar no top 15 pela primeira vez, depois de estrear com derrota no UFC e vencer Yanan Wu na sequência. O fim da relação entre a organização e Leslie Smith foi, no mínimo, estranho, já que a americana recebeu sua bolsa e o bônus da vitória mesmo sem lutar no UFC Atlantic City, no último sábado.
Leslie Smith teve bolsa e bônus pagos pelo UFC, que encerrou contrato com ela (Foto: Evelyn Rodrigues)Leslie Smith teve bolsa e bônus pagos pelo UFC, que encerrou contrato com ela (Foto: Evelyn Rodrigues)
Leslie Smith teve bolsa e bônus pagos pelo UFC, que encerrou contrato com ela (Foto: Evelyn Rodrigues)
Leslie Smith teve sua luta com Aspen Ladd cancelada em Atlantic City, depois que a adversária não bateu o peso. Seria sua última luta no contrato, mas o UFC não quis negociar uma nova adversária para ela e ainda lhe pagou a bolsa pela luta que não aconteceu e também o bônus pela vitória. A organização ainda a informou que ela estava liberada do contrato.
Smith lidera o Project Spearhead, uma iniciativa de união entre atletas para negociações contratuais coletivas com o UFC e que vinha buscando adesão dos demais lutadores do elenco. Para a lutadora, seu papel de liderança no projeto e suas declarações confrontando algumas práticas da companhia a transformaram em peça indesejável para o Ultimate.

PFL 1 divulga card com pesos-penas e pesos-pesados

Ex-WSOF, o Professional Fighters League (PFL) divulgou na última segunda-feira o seu card de estreia sob a nova marca. O evento, que acontece dia 7 de junho, no Madison Square Garden, em Nova York, terá lutas em apenas duas categorias: pesos-penas e pesos-pesados, com quatro brasileiros se apresentando: Alexandre Capitão e Marcos Loro entre os penas e Caio Alencar e Francimar Bodão entre os pesados.
O sistema de disputa do torneio dá pontos para os 72 atletas de seis categorias de peso. Os oito maiores pontuadores de cada divisão disputarão um torneio que premiará cada vencedor com US$ 1 milhão.
Confira o card completo do evento:
Peso-pena: Andre Harrison x Jumabieke Tuerxun
Peso-pena: Bekbulat Magomedov x Lance Palmer
Peso-pesado: Shawn Jordan x Mike Kyle
Peso-pena: Max Coga x Timur Valiev
Peso-pesado: Denis Goltsov x Nick Rossborough
Peso-pena: Alexandre Capitão x Lee Coville
Peso-pesado: Valdrin Istrefi x Jake Rosholt
Peso-pena: Magomed Idrisov x Steven Siler
Peso-pesado: Caio Alencar x Jake Heun
Peso-pesado: Francimar Bodão x Daniel Gallemore
Peso-pesado: Josh Copeland x Jack May
Peso-pena: Marcos Loro x Nazareno Malegarie

Leonardo Macarrão estreia contra russo no Brave

O Brave anunciou a estreia de Leonardo Macarrão na organização. O meio-médio enfrentará o russo Gadzhimusa Gaziev no Brave 12: KHK Legacy, no dia 11 de maio, em Jacarta, capital da Indonésia. Esta é a segunda tentativa do brasileiro de fazer sua estreia na companhia, depois que teve combate cancelado com Mohammad Fakhreddine na véspera do Brave 6, depois que o rival não bateu o peso.
Aos 28 anos e ex-integrante do UFC, com passagem pelo TUF Brasil, Macarrão tem um cartel com 14 vitórias e quatro derrotas. Sua última luta foi em novembro de 2017, quando venceu Rogério Santos no Imortal FC 7. Do outro lado, o russo Gaziev fará sua quarta luta no Brave. Na estreia, venceu o brasileiro Thiago Monstro, mas depois emendou derrotas para Carl Booth e Erik Carlsson.
Brave 12: KHK Legacy
Dia 11 de maio, em Jakarta, Indonésia
CARD DO EVENTO (até o momento):
Peso leve: Eldar Eldarov (RUS) x Brian Hooi (HOL)
Peso meio-médio: Jarrah Al-Selawe (JOR) x Tahar Hadbi (FRA)
Peso meio-médio: Mehdi Baghdad (FRA) x Pawel Kielek (POL)
Peso pena: Hamza Kooheji (BAH) x Khaled Taha (ALE)
Peso meio-médio: Leonardo Mafra (BRA) x Gadzhimusa Gaziev (RUS)
Peso mosca: Hussain Maki (BAH) x Jomar Pa-ac (FIL)

Nos passos de Ronda Rousey, Kayla Harrison estreia no MMA em junho

Bicampeã olímpica de judô em Londres-2012 e Rio de Janeiro-2016, atleta americana tem sua primeira luta na modalidade marcada para a cidade de Chicago

Por Combate.com, Nova York, EUA
 
Por dois anos Ronda Rousey reinou absoluta no MMA. Medalhista olímpica de bronze e campeã pan-americana no Rio, em 2007, a loura fez história no Strikeforce, e depois no UFC, até se retirar do esporte e partir para o WWE, evento de lutas coreografadas muito popular nos EUA. Agora, quase dois anos após a sua retirada do octógono, o mundo está prestes a ver uma judoca ainda mais dominante seguir os seus passos em direção ao MMA. Em entrevista ao programa "MMA Hour", a bicampeã olímpica em Londres (2012) e Rio de Janeiro (2016) Kayla Harrison anunciou oficialmente sua chegada ao cenários das artes marciais mistas, se apresentando na segunda edição do Professional Fighters League (PFL).
Kayla Harrison comemora uma vitória nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016 (Foto:  REUTERS/Stoyan Nenov)Kayla Harrison comemora uma vitória nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016 (Foto:  REUTERS/Stoyan Nenov)
Kayla Harrison comemora uma vitória nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016 (Foto: REUTERS/Stoyan Nenov)
- Venho esperando por muito tempo para lutar. O primeiro obstáculo era eu mesma. Queria me sentir nervosa, entrar lá e ver como eu me sentia recebendo socos na cara. Depois que descobri que gostava, passamos a esperar pela Professional Fighters League se estabelecer, o que acabou de acontecer. Como o primeiro card deles está formado e acontece dia 7 de junho em Nova York, vou me apresentar no segundo, dia 21 de junho, em Chicago - disse a lutadora, que preferiu não revelar o nome de sua oponente, já que duas lutadoras cogitadas anteriormente teriam desistido de enfrentá-la.
Kayla Harrison ganhou fama mundial ao se tornar a primeira americana a conquistar a medalha de ouro olímpica no judô, em 2012. Após repetir o feito quatro anos mais tarde, nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, a lutadora decidiu aposentar o quimono e se preparar para fazer a transição para o MMA.

Shevchenko quer disputar cinturão peso-mosca em Chicago ou Las Vegas

Atleta do Quirguistão se diz pronta para ser campeã do UFC e não descarta revanche contra Amanda Nunes em superluta no futuro: “Primeiro vou fazer história nessa divisão”

Por Evelyn Rodrigues, Las Vegas, EUA
 
Ex-desafiante ao cinturão peso-galo (61,2 kg) do UFC, Valentina Shevchenko estreou no peso-mosca (56,7 kg) em fevereiro, quando atropelou a brasileira Priscila Pedrita na co-luta principal do UFC Belém. Desde então, ela assumiu o posto de desafiante número um da recém-criada categoria feminina no Ultimate, e aguarda a recuperação da campeã, Nicco Montaño, para que o duelo se concretize.
Valentina Shevchenko em entrevista no Instituto de Performance do UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Valentina Shevchenko em entrevista no Instituto de Performance do UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)
Valentina Shevchenko em entrevista no Instituto de Performance do UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)
Mas o retorno da atleta quirguistanesa ao octógono pode estar mais próximo do que o que ela esperava. Em entrevista ao Combate na sede do Instituto de Performance do UFC, em Las Vegas, Shevchenko revelou que gostaria de disputar o cinturão no UFC 225, que acontece dia 9 de junho, em Chicago:
- Eu não tenho preferência. Estou pronta agora. Se eu receber uma ligação dizendo pra lutar amanhã, estou pronta. Até meu peso está ótimo, então pra mim não importa o dia ou o mês, mas se eu pudesse escolher, sei que o UFC vai fazer um evento em Chicago e que vai ser um ótimo evento. Eu amo Chicago, a minha luta com a Holly Holm foi lá, tive ótimos momentos. Eles têm uma comunidade muito grande de pessoas do Quirguistão, que é o meu país natal, e há também ótimos restaurantes de comida quirguistanesa. Eu adoraria voltar lá, aproveitar ao máximo, mas não importa. Se não for Chicago, pode ser em outro lugar. Em Las Vegas também seria ótimo – declarou.
Aos 30 anos, e com um cartel de 15 vitórias e três derrotas no MMA, Valentina já enfrentou por duas vezes a campeã peso-galo do UFC, Amanda Nunes. No duelo mais recente, pelo cinturão da categoria, a brasileira levou a melhor na decisão dividida. A derrota até hoje não foi digerida pela agora peso-mosca, que apesar de estar planejando uma carreira dominante na nova divisão, não descarta uma futura revanche com a “Leoa”:
- Eu reassisti a luta muitas vezes, e foi dolorido. Quanto mais eu via a luta mais eu tinha certeza de que tinha vencido. Se você pontuar a luta vai ver que eu pontuei mais, pro lado dela foi mais a última queda no último round. Mas o que podemos fazer agora? As coisas são assim. Mas sim, isso ainda está na minha mente e eu planejo agora dar o meu melhor no peso-mosca, vencer o máximo que eu puder nessa divisão. Primeiro vou fazer história nessa divisão, depois disso, claro, eu terei a minha revanche com a Amanda e vai ser uma luta ainda mais empolgante. Eu não quero fazer agora, mas sei que no futuro essa luta vai acontecer.
No bate-papo com o Combate, Shevchenko ainda falou da rivalidade com Joanna Jedrzejczyk, ex-campeã peso-palha. As duas já se enfrentaram por duas vezes no muay thai e a rivalidade pode, em breve, migrar pro UFC, já que a polonesa declarou que faz parte dos seus planos subir para o peso-mosca no futuro. Valentina também revelou um convite de Cris Cyborg para treinarem juntas e contou que sua irmã, Antonina Shevchenko, vai lutar no Contender Series Americano buscando uma vaga no UFC também no peso-mosca.
Leia a entrevista na íntegra:
A luta contra a Priscila Pedrita teve muita polêmica. Alguns disseram que o árbitro deveria ter encerrado o combate antes, outros que o córner deveria ter jogado a toalha. Qual foi a sua opinião sobre isso, agora que já passou um tempo e você pode rever a luta?
Eu revi a luta algumas vezes e, claro… e fácil dizer agora que eles deveriam ter parado a luta mais cedo. Mas sabe, ao mesmo tempo, quando você está na ação, quando você está lá dentro, você precisa decidir muito rápido. E não é sempre que você consegue prestar atenção a todos os detalhes que estão acontecendo à sua frente. Claro que, vendo o vídeo, você pode parar, analisar por mais tempo, mas quando é ali, na luta, é diferente. Da minha parte eu não iria parar se ninguém me parasse. Isso é a vida de lutador. Você não quer que eles parem muito cedo e que depois recomecem. Eu entendo o lado do Mario Yamasaki, porque ele disse que ela estava se mexendo, estava tentando escapar. Ela não estava parada lá esperando a ajuda cair do céu. Eu vi a luta e ela realmente estava se mexendo, tentando escapar da posição, e eu acho que é por isso que ele deixou a luta seguir mais um pouco. Quando eu fui para o mata-leão, ela bateu, mas foram três batidas talvez muito rápidas e acho que é por isso que ele não viu. Na segunda vez, ela bateu novamente e dessa vez ele parou. Luta é luta, tudo pode acontecer. Estou feliz por ter saído com a vitória. Eu não fico pensando muito nessa luta, quero seguir em frente. Estou focada na minha próxima luta. Ainda estou aguardando a data, mas sei que ela vai chegar e espero que seja logo. Só quero fazer meu trabalho: treinar, me preparar e vencer.
Valentina Shevchenko venceu Priscila Pedrita por finalização no UFC Belém (Foto: Tarso Sarraf/O Liberal)Valentina Shevchenko venceu Priscila Pedrita por finalização no UFC Belém (Foto: Tarso Sarraf/O Liberal)
Valentina Shevchenko venceu Priscila Pedrita por finalização no UFC Belém (Foto: Tarso Sarraf/O Liberal)
A expectativa é que você enfrente a Nicco Montaño, campeã peso-mosca, na sequência. Ela não luta há bastante tempo. É essa a luta que você está aguardando?
Essa é a luta que eu farei na sequência. Eu não quero outra luta, não quero enfrentar mais ninguém. Meu objetivo é disputar o cinturão. Eu sei que ela estava lesionada e que agora está se recuperando, está se sentindo melhor. Lutar no verão dos EUA é bom para mim e acho que pra ela também. Então, vamos lutar agora no verão.
Tem alguma data ou evento que você gostaria que essa luta acontecesse?
Eu não tenho preferência. Estou pronta agora. Se eu receber uma ligação dizendo pra lutar amanhã, estou pronta. Até meu peso está ótimo, então pra mim não importa o dia ou o mês, mas se eu pudesse escolher, sei que o UFC vai fazer um evento em Chicago e que vai ser um ótimo evento. Eu amo Chicago, a minha luta com a Holly Holm foi lá, tive ótimos momentos. Eles têm uma comunidade muito grande de pessoas do Quirguistão, que é o meu país natal, e há também ótimos restaurants de comida quirguistanesa. Eu adoraria voltar lá, aproveitar o máximo, mas não importa. Se não for Chicago, pode ser em outro lugar. Em Las Vegas também seria ótimo.
Como você analisa a Nicco Montaño?
Eu sei que estou preparada para todos os estilos. Não estou esperando lutar apenas em pé ou no chão, estou apenas tentando estar pronta em todas as áreas para ter mais armas para sair de lá com a vitória. Então, de acordo com o movimento da minha adversária, eu vou tentar escolher a técnica apropriada ou a estratégia certa. Eu terei algumas estratégias pra luta, mas a que eu vou usar eu vou escolher na hora da luta.
Que tipos de desafios ela traz pro seu jogo?
Eu espero que ela traga todos os desafios que ela puder. Ninguém nesse mundo quer perder e com ela é a mesma coisa, vai tentar vencer a luta. Mas isso é o que eu amo, lutar de verdade. Vou enfrentar uma oponente verdadeira que não tem medo de nada. Vou fazer meu trabalho da melhor forma possível.
Joanna Jedrzejczyk está no radar de Valentina Shevchenko caso vá para o peso-mosca do UFC (Foto: Jason Silva)Joanna Jedrzejczyk está no radar de Valentina Shevchenko caso vá para o peso-mosca do UFC (Foto: Jason Silva)
Joanna Jedrzejczyk está no radar de Valentina Shevchenko caso vá para o peso-mosca do UFC (Foto: Jason Silva)
Você teve uma rivalidade muito grande com a Joanna Jedrzejczyk no muay thai. No MMA ela acabou de perder a revanche pra Rose Namajunas pelo cinturão peso-palha. Você treina com a Rose... o que achou dessa luta e da performance da Joanna?
Eu vi a luta e eu tinha certeza de que a Rose iria vencer. A Joanna é uma lutadora muito forte, muito constante e disciplinada, mas a Rose é uma lutadora completa, é uma lutadora de MMA, completa. Ela não tem só o jogo em pé, ou no chão. Ela tem um pouco de tudo. Eu diria que a Rose é o tipo de lutadora da próxima geração, porque antes as artes marciais mistas traziam estilos contra estilos. Era o wrestling contra boxe, ou algo assim... mas agora MMA é um estilo. Você tem suas próprias táticas e treinos, e precisa ter esse pensamento de lutador de MMA. E essa nova geração faz isso.
A Joanna seria bem-vinda na divisão peso-mosca se resolvesse subir de categoria?
Todo mundo é bem-vindo na nossa divisão. Nós queremos que a divisão peso-mosca seja uma das mais empolgantes no UFC. Muitas meninas do peso-palha vão subir e muitas meninas do peso-galo vão descer e há ainda mais talentos que não estão ainda no UFC e que vão entrar nessa divisão. Então, nós seremos uma divisão bem divertida, mas bem complicada.
Essa rivalidade com a Joanna pode se tornar realidade no octógono?
Sim, por que não? Nós tivemos a nossa rivalidade no muay thai, lutamos por três vezes, tivemos a nossa era no muay thai e agora podemos começar a nossa era no MMA, por que não?
Como você está se sentindo no peso-mosca?
Eu me sinto muito bem, exatamente onde eu deveria estar. No peso-galo eu sentia a mesma força, mas não tinha que cortar peso, era o meu peso natural. No peso-mosca, com o meu camp de treinamento, eu chego a 59kg, e na semana da luta já estou no peso. Antes da pesagem oficial eu suo um pouco mais e já estou nos 57kg. Por isso a perda de peso não é difícil pra mim. Agora eu estou pesando 59kg ou 60kg no máximo. Eu gosto sempre de tentar não ganhar muito peso. Eu não gosto de cortar peso, porque é um sofrimento desnecessário. Você tem que pensar na sua técnica, em como se preparar, na sua estratégia para a luta. Você tem tantas coisas pra pensar e eu tento reduzir pelo menos uma coisa, que é o corte de peso.
E a dieta? Mudou muito? Tem alguma coisa que você deixa de comer agora?
Sim. Eu tive que cortar um pouco de doces e de chocolate. Então, é um pouco mais de sofrimento pra mim. Eu amo chocolate.
Amanda Nunes vibra diante de uma chocada Valentina Shevchenko no UFC 215 (Foto: Getty Images)Amanda Nunes vibra diante de uma chocada Valentina Shevchenko no UFC 215 (Foto: Getty Images)
Amanda Nunes vibra diante de uma chocada Valentina Shevchenko no UFC 215 (Foto: Getty Images)
Na sua última luta com a Amanda Nunes, muita gente achou que você foi melhor e venceu. Você assistiu àquela luta de novo muitas vezes provavelmente, e acredita que venceu. Já pensou em tentar uma superluta com ela, caso você vença o cinturão dos moscas e ela continue sendo a campeã peso-galo?
Sim, eu reassisti a luta muitas vezes, e foi dolorido. Quanto mais eu via a luta, mais eu tinha certeza de que tinha vencido. Se você pontuar a luta, vai ver que eu pontuei mais, pro lado dela foi mais a última queda no último round. Mas o que podemos fazer agora, né? As coisas são assim. Mas sim, isso ainda está na minha mente e eu planejo agora dar o meu melhor no peso-mosca, vencer o máximo que eu puder nessa divisão. Primeiro vou conquistar o cinturão, depois disso, claro, eu terei a minha revanche com a Amanda e vai ser uma luta ainda mais empolgante. Eu não quero fazer agora, mas sei que no futuro essa luta vai acontecer.
O que você acha dessa luta da Amanda contra Raquel Pennington?
Eu acho que vai ser uma luta interessante. A Raquel é uma boa lutadora, está sem lutar há mais de um ano, o que não é muito bom para um lutador. Ela está vindo de lesão na perna, espero que ela esteja 100% pronta para a luta. Eu acho, porém, que essa luta não vai durar cinco rounds e que a Amanda vai finalizar antes.
Muitas pessoas estavam falando sobre uma superluta entre a Amanda e a Cris Cyborg. Como você vê essa luta?
Ah, vai ser uma ótima luta. Eu acho que a Amanda é grande pro peso-galo, ela não vai precisar cortar peso e vai estar do mesmo tamanho da Cyborg. Acho que vai ser interessante de se ver. A Cris Cyborg, inclusive, me contatou para ajudá-la no camp de treinamento, para treinar um pouco e desenvolver a estratégia. Então eu vou estar muito preparada para a minha luta também.
Valentina Shevchenko junto com a sua irmã, Antonina Shevchenko (Foto: Reprodução Instagram)Valentina Shevchenko junto com a sua irmã, Antonina Shevchenko (Foto: Reprodução Instagram)
Valentina Shevchenko junto com a sua irmã, Antonina Shevchenko (Foto: Reprodução Instagram)
Sua irmã, Antonina Shevchenko, vai lutar no Contender Series nos EUA. Como está sendo essa preparação?
Sim, agora ela está se preparando para defender o título de muay thai e no verão (inverno no Brasil) ela vai lutar no Contender Series. Eu sei que ela vai se dar muito bem, porque ela estava lutando MMA há muito tempo. Nós começamos em 2002, 2003, tivemos muitas lutas no MMA. Mas naquela época era muito difícil encontrar oponentes, então nós nos concentramos mais no muay thai e no kickboxing. Em 2010 nós começamos a voltar ao MMA, eu passei a ter mais lutas no esporte e a Antonina, no ano passado, começou a voltar para a carreira no MMA também. Ela lutou duas vezes em Phoenix, em Londres e Dubai e agora vai participar do Contender.
Qual a categoria de peso dela?
No muay thai ela é peso-mosca, e no Contender também. Ela vai lutar no peso-mosca, mesma divisão que eu. É a mesma divisão de peso, mas vamos ver... Porque eu ainda tenho essa opção de subir pro peso-galo, então vamos saber gerenciar isso (risos).