domingo, 10 de abril de 2011

Motocross: piloto brasileiro sofre acidente e passa por cirurgia no baço

Wellington Garcia está acordado e passa bem, mas segue em observação

Por GLOBOESPORTE.COM Sevlievo, Bulgária
Wellington Garcia durante prova de motocross (Foto: VIPCOMM)Wellington Garcia sofre acidente durante treino na
etapa da Bulgária (Foto: VIPCOMM)
O piloto brasileiro Wellington Garcia sofreu um acidente durante os treinos da etapa de abertura do Campeonato Mundial de Motocross, no último sábado, em Sevlievo, na Bulgária. Após os exames apontarem duas pequenas rupturas no baço, ele precisou passar por uma cirurgia para conter um sangramento.
O brasileiro, que caiu após levar uma fechada de outro piloto, já está acordado e passa bem, porém continuará em observação médica. A previsão é que ele ainda fique internado nos próximos cinco dias.
Wellington Silva, pai do piloto, já está a caminho da Bulgária para acompanhar a recuperação do filho no hospital de Gabrovo, que fica a cerca de 20 quilômetros de Sevlievo.

Provável acerto com Juninho anima Ricardo Gomes: 'Ótima pedida'

Técnico acredita que qualidade técnica será decisiva para redaptação ao futebol brasileiro, que é bem diferente do que o meia está acostumado

Por Fred Huber Rio de Janeiro
juninho pernambucano Al-Gharafa Mohammed Nakhli  Al-hilal (Foto: agência Reuters)Juninho em ação pelo Al Gharafa. Reizinho deve
voltar para Colina em julho (Foto: agência Reuters)
O desejo dos torcedores vascaínos, que a cada jogo gritam nas arquibancadas de São Januário "Volta, Juninho", está cada vez mais perto de acontecer. No clube, muitos já dão como certo o retorno do Reizinho, que chegaria após o fim de seu contrato com o Al Gharafa, do Qatar, no fim de junho.
O técnico Ricardo Gomes também está animado com esta possibilidade. Ele confia que a qualidade técnica do meia será decisiva para sua difícil readaptação ao futebol brasileiro.
- É uma ótima pedida. Assim como o Felipe, é um jogador da casa. Se for concretizada, será muito bom. Acompanhei bem de perto a passagem dele pelo Lyon. Com a categoria que tem, a tendência é dar resultado, apesar de ele estar vindo de um outro ritmo de futebol.
Na última rodada da Liga do Qatar, o Reizinho voltou a brilhar, e de um jeito que os cruz-maltinos se acostumaram a ver. Mesmo com pouco ângulo, o meia acertou uma cobrança de falta perfeita na vitória de seu time sobre o Al Saad, ex-clube de Felipe, por 3 a 1.

Torben Grael e Marcelo Ferreira ficam com o bronze na Medal Race

Scheidt e Padra terminam em oitavo lugar na etapa de Palma de Mallorca

Por GLOBOESPORTE.COM Palma de Mallorca, Espanha
Torben e Marcelo Ferreira em Palma de Mallorca (Foto: Divulgação)Barco de Torben Grael e Marcelo Ferreira termina a
competição em terceiro lugar (Foto: Divulgação)
A dupla Torben Grael e Marcelo Ferreira levou a medalha de bronze da Medal Race, etapa da Copa do Mundo de Vela, em Palma de Mallorca, na Espanha, neste sábado. Os brasileiros terminaram em terceiro na classe star, com 79 pontos perdidos. Os campeões foram os ingleses Iain Percy e Andrew Simpson, com 42 pontos desperdiçados, seguidos pelos alemães Robert Stanjek e Frithjof Kleen, com 79.
A dupla formada por Robert Scheidt e Bruno Prada terminou em oitava lugar, com 102 pontos perdidos. O desempenho na etapa espanhola não agradou os brasileiros. Apesar do resultado, Scheidt e Prada seguem liderando o ranking da competição, com 33 pontos. Os americanos Andrew Campbell e Ian Coleman, com 30, e os suecos Fredrik Loof e Max Salminen, com 29, ocupam a segunda e terceira colocações, respectivamente.
- Foi um evento com muitos altos e baixos para nós. Não velejamos de forma consistente e, apesar de a velocidade do barco estar muito boa, os erros téticos e estratégicos nos custaram caro - disse Scheidt.
A próxima etapa da Copa do Mundo será em Hyères, na França, de 23 a 29 de abril.

Com golaço de Falcão, seleção de futsal faz nove e atropela o Uruguai

No segundo jogo entre as duas seleções pelo Desafio Internacional, em Sâo Carlos (SP), o Brasil goleou por 9 a 2. Falcão atuou com a camisa 300

Por GLOBOESPORTE.COM São Carlos, SP
Na segunda partida do Desafio Internacional de futsal, o Brasil jogou bem, com direito a golaço de Falcão, e atropelou o Uruguai no ginásio Milton Olaio Filho, em São Carlos, São Paulo. Se no sábado, o placar foi de ‘só’ 4 a 0, neste domingo a seleção não economizou e venceu facilmente por 9 a 2, com gols de Pixote (2), Jé (2), Valdin (2), Falcão, Danilo, Neto. Buggiano e Catardo descontaram. (Confira os gols no vídeo ao lado)

O técnico Marcos Sorato repetiu o quinteto que começou a partida de sábado, explorando o entrosamento da base do Santos: Léo Oliveira, Jé, Valdin, Neto e Falcão, que jogou com a camisa 300, em homenagem à marca que alcançou ontem.
Antes do jogo, houve um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da tragédia de Realengo, no Rio. Mas, com a bola rolando, só festa na arquibancada e bom futsal em quadra. Com velocidade e marcação forte, o Brasil não deixou o Uruguai respirar e chegou aos 4 a 0, placar do jogo de sábado, ainda no primeiro tempo.
O primeiro gol saiu aos cinco minutos, pela ala direita: Jé ajeitou para trás e Valdin encheu o pé, sem chances para o goleiro Codina: 1 a 0. No segundo, Codina não segurou o chute rasteiro de Danilo e Pixote, quase em cima da linha, só empurrou para o gol vazio: 2 a 0. O Brasil chegou facilmente ao terceiro: Pixote foi ao fundo pela direita e rolou para Danilo, de frente para o gol, marcar o seu.
Seleção Brasileira de futsal (Foto: Igor Christ / Globoesporte.com)Craque Falcão em ação pela seleção brasileria no duelo com o Uruguai (Foto: Luciano Bergamaschi/CBFS)
Só dava Brasil, e Falcão esbanjou categoria dando um lençol no adversário, parando a bola no peito, para delírio da torcida. O craque quase marcou aos 15 minutos, mas a bola explodiu na trave. O Brasil teve um gol bem anulado, já que após o chute de Neto, a bola desviou na mão de Valdin e entrou.
O toque de mão foi a sexta falta do Brasil, que foi punido com um tiro livre, mas Castro desperdiçou a melhor chance do Uruguai na primeira etapa. Quem não faz leva e Pixote sabe disso. Ele limpou a marcação, bateu na saída de Codina e marcou seu segundo gol, o quarto do Brasil, no fim do primeiro tempo.
Falcão marca golaço na etapa final
Seleção Brasileira de futsal (Foto: Igor Christ / Globoesporte.com)Pixote comemora um de seus dois gols no duelo
com o Uruguai (Foto: Luciano Bergamaschi /CBFS
No segundo tempo, o Brasil continuou num ritmo alucinante, criando inúmeras chances claras. A facilidade era tanta, que a seleção relaxou em alguns momentos e o Uruguai marcou seus gols. Logo no início, Falcão serviu Jé, que marcou o quinto na cara do gol. Pressionando a saída uruguaia, Valdin roubou a bola e tocou para Jé, livre, fazer mais um: 6 a 0. Num raro ataque, o Uruguai marcou o primeiro com Buggiano, que bateu firme entre a trave e o goleiro Léo Oliveira.
Faltava o gol de Falcão para completar a festa. E foi um golaço: num toque genial por cobertura, o ala fez o sétimo, seu 302º pela seleção, e foi abraçar os filhos na arquibancada. A torcida ainda comemorava a pintura de Falcão, quando Valdin marcou seu segundo gol no jogo, o oitavo do Brasil. Não perca a conta: 8 a 1. O nono saiu em chute forte de Neto. Mas o Brasil deu espaço e o Uruguai saiu rápido no contra-ataque para marcar o segundo com Catardo.
A torcida pediu mais um, a seleção buscou o 10º, mas a goleada parou mesmo nos 9 a 2, placar final. Na noite deste domingo, a seleção embarca para Portugal para dois amistosos contra a seleção anfitriã.

Vettel comemora bom início em 2011: 'Duas corridas, duas vitórias. Perfeito'

Alemão da RBR quer manter boa fase e esquecer a irregularidade de 2010

Por GLOBOESPORTE.COM Sepang, Malásia
Após a segunda vitória em duas provas, na Austrália e na Malásia, Sebastian Vettel exaltou o início perfeito na temporada 2011 da Fórmula 1. Atual campeão mundial, o alemão tem agora 24 pontos de vantagem sobre Jenson Button, novo vice-líder do campeonato. Após ter um ano irregular em 2010, apesar do título, ele quer manter a boa fase pelo maior tempo possível neste ano.
- Acho que, primeiramente, podemos ficar felizes neste domingo e aproveitar. Temos de manter a boa fase, levar para a próxima corrida. Duas corridas, duas vitórias. Perfeito. Não poderia ser melhor, mas ainda temos um caminho muito longo a percorrer. Vários pontos ainda estão em disputa e precisamos manter os pés no chão. Se esta é a recompensa por nosso trabalho, não me importo em me esforçar ainda mais. Agora é ver como andaremos na China - diz Vettel.
O piloto da RBR não pode usar o Sistema de Recuperação de Energia Cinética (Kers) durante boa parte da corrida após alguns problemas. Mas o alemão admitiu que o equipamento funcionou bem na largada. Ele considera o momento crucial para a vitória em Sepang.
- Se não tivéssemos o equipamento na largada, a corrida poderia ter sido diferente. O Kers funcionou e nos deu a vantagem de que precisávamos. Depois, ele não funcionou de acordo com os planos. O  voltou durante a corrida e teve funcionamento intermitente. É algo em que temos de trabalhar. Estou orgulhoso do que fizemos, mas não podemos parar de forçar. Foi apertado, muito mais que na Austrália. Temos de manter a cabeça fria, mas podemos aproveitar a festa hoje.
vettel rbr gp da malásia bandeirada (Foto: agência Getty Images)Vettel recebe a bandeirada na Malásia e abre boa vantagem na liderança do Mundial (Foto: Getty Images)

Coritiba bate Corinthians-PR e segue 100% no returno do estadual

Coxa sofre para superar Timãozinho, mas chega à 14ª vitória seguida no Campeonato Paranaense com gol de pênalti de Davi

Por Luciano Balarotti Curitiba
Bill do Coritiba no jogo contra o Corinthians-PR (Foto: Ag. Estado)Bill, do Coritiba, no jogo contra o Corinthians-PR
(Foto: Ag. Estado)
O Coritiba segue imbatível na temporada. Mesmo sem jogar tão bem quanto nas últimas rodadas, o time bateu o Corinthians-PR, por 1 a 0, no Couto Pereira, chegando à expressiva marca de 18 vitórias seguidas em 2001 – 14 delas no Campeonato Paranaense. Campeão do primeiro turno da competição, o Coxa lidera também o returno, com 100% de aproveitamento. Com 24 pontos, tem cinco de vantagem sobre o Atlético-PR, faltando apenas três partidas para o fim do estadual.
Na competição local, o próximo adversário do Coritiba será o Roma, em Apucarana, no domingo. Mas o time vai a campo já na quinta-feira, quando recebe o Caxias-RS, no Couto Pereira, na partida de ida das oitavas-de-final da Copa do Brasil.
O Timãozinho, que corre algum risco de rebaixamento no estadual, em que soma 23 pontos na classificação geral, joga só no domingo, quando visita o já rebaixado Cascavel. Se vencer, garante a permanência na elite estadual.
Coritiba perde chances e é salvo por Edson Bastos
No início do jogo, o Coritiba deu a impressão que manteria o ritmo das últimas partidas, quando praticamente não deu chances a seus adversários. Aos dois minutos, Bill invadiu a área e chutou cruzado para boa defesa de Valter. Aos cinco, o atacante tabelou com Anderson Aquino e cruzou para Davi, que bateu à direita do gol. Seis minutos depois, Lucas Mendes cruzou e Bill desviou, de costas para o gol, e quase encobriu Valter, que se recuperou a tempo.
A primeira chance corintiana só veio aos 15 minutos, mas foi mais perigosa que todas as anteriores do Coxa. Nelsinho cruzou para área, Edson Bastos saiu mal do gol e Cleiton cabeceou na direção de sua própria meta, só não fazendo gol contra porque Bill salvou quase em cima da linha.
Poucos minutos depois, Jonas, em chute de longe, para fora, e Anderson Aquino, exigindo defesa com a ponta dos dedos de Valter, quase abriram o marcador antes que o Timãozinho voltasse a ter excelente chance de gol. Aos 35 minutos, Pereira trombou com Cícero na área alviverde e o árbitro Anderson Carlos Gonçalves marcou pênalti. Dois minutos depois, Araújo bateu fraco, rasteiro, facilitando a defesa de Edson Bastos.
Antes do intervalo, os corintianos desperdiçaram mais uma chance, com Andrezinho, que pegou rebote da defesa, mas bateu por cima do gol.
Foi apenas a terceira vez na temporada que o Coxa deixou de marcar ao menos uma vez na etapa inicial.
- Entramos meio desligados. Parece até que quem está jogando em casa é o Corinthians. Temos que voltar com tudo no segundo tempo para vencer – resumiu Bill ao entrar no vestiário.
Gol no começo da segunta etapa tranquiliza Coxa
O Coritiba voltou com o lateral-esquerdo Dênis no lugar de Cleiton. Com isso Lucas Mendes voltou ao miolo da zaga, sua posição de origem.
E logo os donos da casa abriram o marcador. Em mais uma marcação duvidosa, o árbitro deu pênalti de Peixoto em Anderson Aquino, entendo que o carrinho do zagueiro, que acertou inicialmente a bola, foi imprudente. Davi bateu com categoria, no canto esquerdo de Valter, que pulou para o outro lado, colocando o Coxa na frente aos quatro minutos. Foi o 12º gol do artilheiro isolado do estadual.
Davi teve outra boa chance aos 11 minutos, batendo de virada para defesa da Valter. Aos 14, Andrezinho deu o troco, mas Pereira abafou a conclusão, salvando o Coxa. Aos 22, o mesmo Andrezinho chegou ainda mais perto de empatar, em chute de longe que triscou o travessão antes de sair.
O Timãozinho, já com Adriano Gabiru e Mineiro em campo, partiu para o abafa, enquanto o Coxa recuou para tentar armar o contra-ataque. Apesar disso, as chances de gol rarearam. A melhor delas foi de Willian, que após cobrança de falta ensaiada bateu rente à trave esquerda de Edson Bastos.
coritiba 1 x 0 corinthians-pr
Edson Bastos; Jonas, Pereira, Cleiton (Dênis) e Lucas Mendes; Leandro Donizete, Léo Gago, Everton Ribeiro (Marcos Paulo) e Davi (Leonardo); Anderson Aquino e Bill. Valter; Araújo, Leandro, Peixoto e Nelsinho; Paulo Henrique (Mineiro), Cícero, Andrezinho e Willian; Renan (Adriano Gabiru) e Rodrigo Hote (Roberto).
Técnico: Marcelo Oliveira. Técnico: Luciano Gusso.
Gol: Davi, aos quatro minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Cleiton, Dênis, Jonas, Marcos Paulo, Leandro Donizete e Anderson Aquino (Coritiba); Renan, Leandro, Paulo Henrique e Cícero (Corinthians-PR).
Data: 10/04/2011. Local: Couto Pereira, em Curitiba.
Árbitro: Anderson Carlos Gonçalves, auxiliado por Adair Carlos Mondini e Daniel Cotrim de Carvalho.
Público pagante: 12.441. Público total: 14.007. Renda: R$ 157.740,00.

Atlético-PR vence Cianorte e evita festa antecipada do Coritiba

Adilson Batista estreia com vitória fora de casa no Furacão, que segue na briga pelo título do Campeonato Paranaense

Por Luciano Balarotti Curitiba
FRAME lance de Atlético-PR x Cianorte (Foto: Reprodução)Atlético-PR vence e ainda pode levar segundo turno
(Foto: Reprodução)
Na estreia do técnico Adilson Batista, o Atlético-PR nem precisou mostrar um futebol de encher os olhos para vencer o Cianorte, fora de casa. Com um gol aos 19 minutos do primeiro tempo, o Furacão garantiu os três pontos no Estádio Albino Turbay e mantém viva a possibilidade de impedir o título do rival Coritiba.
Com a vitória, o Atlético chegou aos 19 pontos no returno do Campeonato Paranaense, impedindo a comemoração antecipada do principal adversário. Na próxima rodada, recebe o Paranavaí, ameaçado pelo rebaixamento, na Arena. Antes disso, na quarta-feira, visita o Bahia, no Estádio doPituaçu, em jogo das oitavas-de-final da Copa do Brasil.
O Cianorte, sem chances de vencer o returno, ainda foi superado pelo Arapongas na briga por uma vaga na decisão do título do interior. O Leão do Vale soma 28 pontos em toda a competição, dois a menos que o rival direto nesta luta. E na próxima rodada visita o Operário, melhor equipe de fora da capital, que soma 36 pontos.
Primeiro tempo com poucos lances de perigo e susto no fim
O jogo começou bastante agitado e o Atlético quase abriu o marcador já aos 15 segundos, em chute forte de Adaílton que parou na ótima defesa de Marcelo. Um minuto depois, Paulo Baier bateu falta na área e Paulinho cabeceou por cima, com perigo. Com claro domínio do jogo, o Furacão diminuiu o ritmo e, aos poucos o Cianorte se animou. E só não saiu na frente porque Renan Rocha foi ágil para evitar gol de Valdir, que surgiu por trás da zaga após a cobrança de escanteio para bater de primeira, aos 18 minutos. No lance seguinte, Paulo Baier bateu escanteio com a precisão habitual e Guerrón, livre de marcação, cabeceou sem chance alguma para Marcelo, fazendo o solitário gol da primeira etapa.
A partida só voltou a ter alguma emoção quando o técnico Ronaldo Bagé sacou o zagueiro Macula para a entrada do atacante Marquinhos. Em seu segundo lance, Marquinhos recebeu na pequena área e bateu em cima de Renan Rocha, que fechou bem o ângulo, aos 29 minutos.
Thiago Santos desperdiçou outra boa chance aos 40, batendo de primeira, rente à trave, antes do lance mais forte do jogo. Em dividida com Wagner Diniz, o lateral Rafael Mineiro foi atingido no rosto e caiu desacordado em campo. O jogador do Cianorte só recuperou os sentidos depois de alguns minutos.
- Levei uma pancada forte e fiquei tonto na hora, mas estou bem para seguir no jogo – contou Rafael antes do intervalo.
Atlético aperta e goleiro Marcelo brilha na etapa final
Rafael Mineiro cumpriu a promessa e voltou para a etapa final, que começou como uma repetição do primeiro tempo. Nos primeiros segundos, Paulinho cruzou e Robston cabeceou mal, para fora. Aos três minutos, Guerrón aproveitou rebote de cobrança de falta para exigir mais uma boa defesa de Marcelo, destaque do Cianorte no jogo.
A resposta do Leão do Vale veio aos dez minutos, em chute cruzado de Marquinhos que deu trabalho para Renan Rocha. Aos 11, Marcelo brilhou novamente ao evitar gol de Kleberson, que tabelou com Paulo Baier antes de bater no cantinho.
O goleiro atleticano também seguiu tendo trabalho e salvou seu time aos 25, em chute de virada de Marquinhos. Em seguida, o atacante recebeu na área e marcou, mas em claro impedimento assinalado pela arbitragem. Aos 34 minutos, Marcelo salvou novamente os donos da casa, em bomba de Robston.
Depois disso o Furacão recuou e sofreu forte pressão do Cianorte, que rondou a área atleticana mas falhou nas conclusões.
cianorte 0 x 1 atlético-pr
Marcelo; Macula (Marquinhos), Valdir e Brinner; Rafael Mineiro, Jovane (Almir), Geandro, Deives (Felipe Pinto) e Ligger; Thiago Santos e Giancarlo Renan Rocha; Wagner Diniz (Bruno
Costa, Dalton (Fransérgio), Rafael Santos e Paulinho; Deivid, Robston, Kleberson e Paulo Baier; Guerrón e Adaílton (Héverton).
Técnico: Ronaldo Bagé Técnico: Adilson Batista
Gol: Guerrón, aos 19, aos 14, minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Deives e Thiago Santos (Cianorte), Rafael Santos, Renan Rocha, Deivid, Paulinho e Guerrón (Atlético)
Data: 10/04/2011. Local: Estádio Albino Turbay, em Cianorte
Árbitro: Leandro Júnior Hermes, auxiliado por Roberto Braatz e Arestides Pereira da Silva Jr.
Público e renda:  Não divulgados.

Grêmio empata no fim com o Santa Cruz-RS e evita Gre-Nal nas quartas

Borges faz de pênalti aos 43, em jogo marcado por defesas do goleiro César. Tricolor gaúcho agora vai enfrentar o Ypiranga

por GLOBOESPORTE.COM
Graças a um gol de pênalti de Borges, aos 43 minutos do segundo tempo, o Grêmio evitou enfrentar prematuramente o seu principal rival, o Internacional, na Taça Farroupilha, o segundo turno do Campeonato Gaúcho. Na tarde deste domingo, no estádio dos Plátanos, o Tricolor gaúcho arrancou um empate com o Santa Cruz por 1 a 1 e terminou na terceira posição do Grupo 2, com 13 pontos. Como estava perdendo, corria o risco de terminar em quarto e enfrentaria o Colorado, campeão da outra chave.
O grande nome do jogo foi o goleiro César, do time anfitrião, que evitou com boas defesas e muita sorte alguns gols do time da capital e fez o Santa ficar com a quarta posição, com 12. Agora, o clássico Gre-Nal só acontece em uma possível final do turno. O Tricolor gaúcho venceu a Taça Piratini e está garantido em uma decisão, mas, se vencer o returno, leva o título antecipadamente.
O Cruzeiro de Porto Alegre foi o vencedor da chave gremista ao derrotar o Pelotas por 2 a 1, fora de casa, terminando com 15 pontos. O Juventude, que virou o jogo em cima do Veranópolis por 3 a 1, ficou em segundo, com 14. Com isso, os cruzamentos das quartas da Taça Farroupilha ficaram assim:
Internacional (1º do 1) x Santa Cruz (4º do 2)
Juventude (2º do 2) x Lajeadense (3º do 1)
Cruzeiro POA (1º do 2) x São Luiz (4º do 1)
Ypiranga (2º do 1) x Grêmio (3º do 2)
Antes de entrar no mata-mata para lutar pelo título da Taça Farroupilha e, consequentemente, o bicampeonato gaúcho, o Grêmio entra em campo nesta quinta-feira, às 22h45m (de Brasília), contra o Oriente Petrolero, no estádio Ramón Tahuichi Aguilera, em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), pela Taça Libertadores. Já classificado para as oitavas de final, o Tricolor ainda briga com o Junior Barranquilla pelo primeiro lugar da chave.
Mario Fernandes na partida do Grêmio contra o Santa Cruz (Foto: Wesley Santos / PressDigital)Mario Fernandes no empate do Grêmio contra o Santa Cruz (Foto: Wesley Santos / PressDigital)
A César o que é de César
O Grêmio teve total domínio da etapa inicial, mas esbarrou em um paredão: o goleiro César. Logo aos três minutos, o arqueiro do Santa mostrou que estava com ótimo tempo de reação. Pessalli, opção de Renato Gaúcho para poupar o titular Escudero, cruzou para Rodolfo cabecear com perigo. O camisa 1 alvinegro defendeu com os pés. A sorte também o ajudou. Aos dez, em mais uma jogada pelo alto, Lúcio cruzou da esquerda para Mário Fernandes, de cara para o gol, raspar de cabeça para fora.
O Santa até que tentou encaixar alguns contra-ataques, mas sem sucesso. Lá atrás, no entanto, César seguia fazendo seu trabalho com muita competência e bastante sorte. Aos 16, Pessalli chutou forte de fora da área, e o goleiro fez ótima defesa. No rebote, voltou a defender com os pés a conclusão de Lúcio. Aos 33, Willian Magrão chegou de frente para o gol, mas, ao tentar tocar no canto, foi surpreendido com tapinha salvador de César.
Aos 40, um lance comprovou o dia de sorte do rapaz de 25 anos. Magrão recebeu de Borges e finalizou no cantinho: a bola bateu caprichosamente na trave e voltou para morrer nos braços do goleiro. Dois minutos depois, a fortuna voltou a sorrir para César. Em falta na entrada da área, Lúcio cobrou no travessão. A bola voltou na entrada da área, e Rodolfo emendou de primeira, mas César, atentíssimo, fez uma defesa espetacular. O detalhe: durante toda esta etapa, o goleiro atuou de frente para o sol poente de Santa Cruz do Sul.
Salvação no fim
Se César se saiu bem tendo o sol lhe queimando os olhos, na segunda metade do jogo foi a vez de o goleiro Victor encarar a forte claridade. E logo no primeiro minuto ele sofreu com isso, já que Anelka cabeceou com perigo para fora, após cobrança de falta de Régis. O Tricolor respondeu com boa jogada aos sete, com Borges dando ótimo passe para Gilson chutar rente à trave na rede por fora. Aos 12, porém, o sol e o erro de marcação na área gremista resultaram no gol do Santa. Em mais uma falta de Régis alçada no ataque, Alejandro deu uma leve raspada na bola, que morreu no fundo das redes: Santa 1 a 0 (assista ao vídeo acima).
Depois de sofrer o gol, o técnico Renato mexeu no time: sacou Gilson e Willian Magrão e botou Escudero e Vinicius Pacheco. O time perdeu a organização que tinha em campo para tentar ficar mais ofensivo. E, aos 16, quase sofreu o segundo gol, com Régis acertando a trave esquerda de Victor. Quando o Grêmio voltou a apresentar perigo, aos 20, o goleiro César voltou a brilhar. Após escanteio, Borges cabeceou, mas o arqueiro defendeu. Na volta, Pessalli tentou uma meia-bicicleta e mandou por cima do travessão. Aos 31, Escudero fez boa jogada individual passando por quatro marcadores, mas concluindo para fora.
A derrota parcial combinada com a vitória do Inter sobre o Canoas no Beira-Rio fazia com que os arquirrivais gaúchos estivessem se encontrando já nas quartas do returno. Até que, aos 41, em uma das derradeiras tentativas do Grêmio, o atacante Borges foi puxado dentro da área: pênalti. O próprio centroavante cobrou com força no canto direito de César, que desta vez ficou sem ter o que fazer (assista ao vídeo acima). Com isso, outro Gre-Nal no Gauchão só acontece na final do returno e/ou nas duas decisões dos campeões de cada turno.
SANTA CRUZ 1 x 1 GRÊMIO
César, Anelka, Rodrigo Rizo e Luiz Henrique; Régis, Xipote, Alejandro, Uillian e Cristiano (Vinicius); Juari (Osmar) e Leonardo (Maico Gaúcho) Victor; Mário Fernandes, Rafael Marques, Rodolfo e Gilson (Escudero); Adilson, Willian Magrão (Vinicius Pacheco), Lúcio e Pessalli; Leandro (Lins) e Borges
Técnico: Edson Porto Técnico: Renato Portaluppi
Gols: Alejandro, aos 12. e Borges (de pênalti) aos 43 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Luiz Henrique, Régis e Rodrigo Rizo (Santa Cruz); Pessalli e Rodolfo (Grêmio)
Estádio: Plátanos, em Santa Cruz do Sul (RS). Data: 10/04/2011. Arbitragem: Ronaldo Santos da Silva, auxiliado por José Eduardo Calza e Marcelo Oliveira e Silva.

Com mistão, Tricolor goleia Noroeste e segue na cola do líder Palmeiras

Mesmo com cinco desfalques, time comandado por Paulo Cesar Carpegiani não dá chances ao adversário. Ceni, Marlos, Ilsinho e Dagoberto marcam

por GLOBOESPORTE.COM
São Paulo e Palmeiras disputarão no próximo domingo quem terminará a fase de classificação do Campeonato Paulista na primeira posição. Se no sábado o líder fez a lição de casa ao bater o Prudente por 2 a 1, neste domingo o vice-líder Tricolor não deixou por menos e passou fácil pelo Noroeste com o triunfo por 4 a 1. Mesmo atuando com cinco desfalques e na casa do adversário, o time de Carpegiani não teve dificuldades e segue na cola do rival. Os dois estão separados por apenas um ponto na tabela de classificação (41 a 40).
No próximo fim de semana, a equipe comandada por Luiz Felipe Scolari vai a Campinas para enfrentar a Ponte Preta. E o time de Paulo César Carpegiani receberá o Oeste, em Mogi Mirim, já que o São Paulo foi punido com dois jogos de gancho pelo STJD por causa dos incidentes registrados no clássico contra o Corinthians.
O Noroeste, com 17 pontos, terminou a rodada na zona de rebaixamento (na 17ª colocação), após ser ultrapassado pelo Linense, que bateu o Bragantino por 2 a 1. No domingo que vem, o Norusca visita o Ituano para tentar fugir da queda.
Tricolor domina primeiro tempo, e Ceni faz de pênalti
Sem poder contar com cinco titulares (Alex Silva, Miranda, Fernandinho, Lucas e Juan), o técnico Paulo César Carpegiani apostou na força do seu elenco e mandou o São Paulo a campo no esquema 3-5-2, com Rodrigo Souto fazendo o papel de falso zagueiro ao lado de Xandão e Rhodolfo. Na lateral, Junior Cesar ganhou uma oportunidade. Rivaldo apareceu no meio-campo, e Marlos formou dupla de ataque com Dagoberto.
Quando a bola rolou no estádio Alfredo de Castilho, o calor era superior aos 30ºC. Apesar dos desfalques, o São Paulo fez exatamente o que o seu treinador gosta. Saiu para o jogo e rapidamente tomou conta da partida. Aos cinco minutos, Rivaldo arrancou pela esquerda e cruzou para Marlos na área. Gleidson fez o corte de cabeça e quase marcou contra.
Seis minutos depois, o camisa 10 tricolor cobrou falta da entrada da área, pelo lado direito, na cabeça de Casemiro, que testou no travessão de Yuri. Na volta, Dagoberto bateu de pé direito e o goleiro do Noroeste não deu rebote. O time de Bauru, apesar de atuar em casa, não levava o menor perigo ao gol defendido por Rogério Ceni. O único lance de perigo ocorreu aos 19, quando Gleidson desceu pela esquerda e cruzou para a área. O goleiro são-paulino caiu bem e fez a defesa.
Rogério Ceni comemora gol contra o Noroeste (Foto: Futura Press)Rogério Ceni comemora gol contra o Noroeste. Foi o 101º de sua carreira (Foto: Futura Press)
No mais, o São Paulo seguiu melhor. É claro que o ritmo não podia ser acelerado, como o time gosta de atuar, já que o calor não dava trégua. Mas a equipe seguiu criando grandes chances de gol. Aos 28, Dagoberto arriscou de fora da área e Yuri defendeu. Dois minutos depois, Jean e Dagoberto tabelaram desde a intermediária até a área, quando o camisa 2 chutou e o goleiro do Noroeste fez grande defesa. Na sobra, Marlos bateu e a muralha de Bauru seguiu firme.
Até que, aos 34, a superioridade do São Paulo se refletiu no marcador. Marlos deu belo passe para Junior Cesar, que invadiu a área e foi derrubado por Márcio Gabriel na área. Rogério Ceni bateu o pênalti sem cavadinha, que o levou ao erro contra o Santa Cruz. O chute foi no canto direito de Yuri e garantiu o 101º gol ao maior goleiro artilheiro do futebol mundial.
Domínio mantido, gols de Marlos e Dagoberto e volante do Noroeste expulso
Para alívio dos jogadores, o calor diminuiu no segundo tempo, e a sombra tomou conta do gramado. Os times mudaram de lado, mas o São Paulo seguiu sem ser incomodado em campo. É bem verdade que o Noroeste criou seu primeiro lance de perigo, em cobrança de falta de Otacílio Neto, que raspou a trave de Rogério Ceni. Mas logo depois o São Paulo ampliou a vantagem.
Aos 14 minutos, após arrancar pelo meio-campo, Junior Cesar foi agarrado pela camisa por França, que, como já tinha cartão amarelo, foi expulso pelo árbitro Rodrigo Ferreira Guarizo do Amaral. Na cobrança de falta, Dagoberto chutou de pé direito, a bola bateu na barreira e sobrou na direita para Casemiro, que achou Marlos sozinho na pequena área. O camisa 11 só teve o trabalho de deslocar Yuri e sair para o abraço: 2 a 0.
Mesmo com a tranquila vantagem, Carpegiani queria mais. Ele sacou o volante Casemiro e colocou Ilsinho no meio-campo. Depois, tirou Rivaldo e colocou Willian José para atuar como referência no ataque. Do lado do Noroeste, sem muita alternativa, o técnico Jorge Saran foi obrigado a colocar o volante Geovani para recompor a marcação no meio. Depois, alterou o ataque, com a entrada de Aleilson na vaga do apagadíssimo Diego.
Jogando com tranquilidade, o São Paulo chegou ao terceiro gol aos 31. Marlos, desta vez atuando com inteligência e soltando a bola com rapidez, fez bela assistência para Dagoberto, que fuzilou Yuri: 3 a 0. Foi o décimo gol do camisa 25, o artilheiro do Tricolor em 2011. No minuto seguinte, Aleílson recebeu nas costas de Rodrigo Souto e descontou para o time da casa.
Aos 40, Marlos fez bela jogada individual, invadiu a área e bateu cruzado, à esquerda do gol adversário. Três minutos depois, Junior Cesar, um dos melhores em campo, foi ao fundo e cruzou na medida para Jean, que bateu de primeira e só não marcou porque Yuri fez grande defesa. Na sequência, Ilsinho roubou a bola de Giovanni e mandou no ângulo para marcar um golaço e decretar em alto estilo o final de partida em Bauru.
NOROESTE 1 X 4 SÃO PAULO
Yuri; Halisson, Cris e Da Silva (Hernani); Marcio Gabriel, França, Tiago Ulisses,Vandinho (Giovanni) e Glaydson; Diego (Aleílson) e Otacilio Neto Rogério Ceni; Jean, Xandão, Rhodolpho e Junior Cesar; Rodrigo Souto, Casemiro (Ilsinho), Carlinhos Paraiba e Rivaldo (Willian José); Dagoberto (Cleber Santana) e Marlos
Técnico: Jorge Saran Técnico: Paulo César Carpegiani
Gols: Rogério Ceni, aos 34min do 1º tempo; Marlos, aos 15min, Dagoberto, aos 31min, Aleílson, aos 32min e Ilsinho, aos 45min do 2º tempo
Cartões amarelos: Márcio Gabriel, Da Silva e Otacílio Neto (Noroeste); Casemiro (São Paulo). Cartão vermelho: França (Noroeste)
Público e Renda: não divulgados
Local: estádio Alfredo de Castilho, em Bauru (SP). Data: 10/04/2011. Árbitro: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral. Auxiliares: Daniel Paulo Ziolli e Maria Eliza Correia Barbosa

Vitória entre Roth e Falcão: Sobis ressurge, e Inter faz 6 a 2 no Canoas

D'Alessandro comanda goleada colorada no Beira-Rio no primeiro jogo sem Roth e na partida anterior à chegada de Falcão

por Alexandre Alliatti
Uma goleada ocupou o espaço entre a saída de Celso Roth e a chegada de Paulo Roberto Falcão no Inter. Na tarde deste domingo, treinado interinamente por André Döring, o Colorado trocou atuação escandalosa nos primeiros minutos por vitória convincente no restante da partida. Os 6 a 2 aplicados no Canoas tiveram as marcas de Rafael Sobis, em processo de renascimento, e de D’Alessandro, cada vez mais dono do time. Cada um deles fez dois gols.
Quase todo o placar foi construído no primeiro tempo. A exceção foram os gols marcados por Cavenaghi, seu primeiro com a camisa colorada, e Leandro Damião, mantendo uma rotina, na etapa final. O resultado confirmou o Inter como campeão de sua chave.
E a combinação quase indicou Gre-Nal nas quartas de final do returno do estadual. Foi assim até os últimos minutos da partida do Grêmio, que buscou um empate perto do final do duelo com o Santa Cruz, aos 43 minutos do segundo tempo. Com isso, a estreia de Falcão será justamente contra o Santa Cruz, o quarto colocado do outro grupo.

Dois sustos, dois de Sobis, dois de D’Ale: um primeiro tempo de duplos
Foi um primeiro tempo de duplos no Beira-Rio. Teve susto duplo. Teve Rafael Sobis em dose dupla. Teve D’Alessandro duplicado. Tudo vezes dois...
O Inter começou o jogo grogue. Com 17 minutos, havia ameaçado com D’Alessandro, Rafael Sobis e Índio. E já tinha sofrido dois gols. No primeiro, Lauro desviou mal a bola após cruzamento da direita, e Fábio Alemão completou; no segundo, a zaga ficou mais pregada no chão do que os pilares do Beira-Rio. Cirilo, na frente do goleiro, desviou para a rede.
A torcida, sem Celso Roth para xingar, passou a reclamar de jogadores como Índio e Kleber. Não tinha como prever que a equipe reagiria com quatro gols em 20 minutos. A reviravolta teve duas marcas: o talento incontrolável de D’Alessandro e o oportunismo de Rafael Sobis, um ídolo em processo de renascimento.
Rafael Sobis comemora gol do Internacional contra o Canoas (Foto: Lucas Uebel / VIPCOMM)Rafael Sobis comemora um de seus dois gols ontra o Canoas (Foto: Lucas Uebel / VIPCOMM)
O Inter descontou aos 26 minutos. A jogada começou com D’Alessandro, passou por Nei e chegou a Leandro Damião. Ele cruzou na cabeça de Rafael Sobis, que completou quase em cima da linha. Começava a reação.
Sobis ampliaria. E novamente com o toque de D’Alessandro. O camisa 10 fez um daqueles lançamentos que encontram espaços que só ele vê. O atacante, dentro da área, girou para o gol: 2 a 2.
De garçom, D’Alessandro passou a consumidor. Fez dois gols sequenciais. No primeiro, arriscou chute forte de fora da área. No segundo, aproveitou tabelamento e só desviou na cara do goleiro. O Inter fechava o primeiro tempo com uma virada de impressionante: de 2 a 0 contra para 4 a 2 a favor. E com D’Alessandro sobrando...
Cavenaghi desencanta, e Damião fecha a conta
D´Alessandro comemora gol do Internacional contra o Canoas (Foto: Lucas Uebel / VIPCOMM)D´Alessandro comemora com Kleber
(Foto: Lucas Uebel / VIPCOMM)
O segundo tempo manteve o jogo agitado. Leandro Damião teve duas chances para aumentar a vantagem colorada, mas não conseguiu desviar com correção em nenhuma delas. O Canoas também incomodou. Jé mandou bola no travessão de Lauro. Quase.
O Inter criaria outras chances. Pancada de Rafael Sobis passou rente à trave. Cabeceio de Leandro Damião representou perigo. D’Alessandro, dentro da área, não fez porque preferiu que Cavenaghi fizesse. Mas o Torito perdeu.
Perdeu, mas depois fez. Aos 36 minutos, o atacante girou dentro da área, encontrou a rede do Canoas e saiu gritando, eufórico, com seu primeiro gol pelo Inter. A torcida reagiu gritando o nome do argentino.
Já era goleada. E ela ficaria mais gorda. Leandro Damião, aos 40 minutos, aproveitou cruzamento de Kleber e desviou para o gol. Foi o último do Inter na partida.

INTERNACIONAL 6 X 2 CANOAS
Lauro, Nei, Bolívar, Índio e Kleber; Wilson Matias (Glaydson), Guiñazu, Oscar (Andrezinho) e D'Alessandro; Rafael Sobis (Cavenaghi) e Leandro Damião. Anderson, Gian, Ricardo, Cirilo e Marciel; Washington, Anderson Ijuí, Cleiton e Jé; Galvão (Leandro) e Fábio Alemão (Eraldo).
T: André Döring T: Rogério Zimmerman
Gols: Fábio Alemão, aos 12, Cirilo, aos 17, e Rafael Sobis, aos 26 e aos 39, e D'Alessandro, aos 41 e aos 44 minutos do primeiro tempo; Cavenaghi, aos 36, e Leandro Damião, aos 40 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Kleber, D'Alessandro e Cavenaghi (Inter); Fábio Alemão, Washington, Marciel, Cirilo, Gian (Canoas).
Estádio: Beira-Rio, em Porto Alegre (RS). Data: 10/04/2011. Árbitro: Leandro Vuaden. Auxiliares: Júlio César dos Santos e Renata Schaefer. Público: 11.345. Renda: R$ 126.420,00
 

Com um a mais, Atlético-MG faz 2 a 0 na Caldense e alivia o clima pesado

Viera, da Veterana, foi expulso ainda na primeira etapa, após levar dois cartões em menos de cinco minutos. Ricardo Bueno e Magno Alves marcaram

por Marco Antônio Astoni
Foi difícil, mas o Atlético-MG conseguiu uma boa vitória sobre a Caldense, por 2 a 0, em Poços de Caldas, pela décima rodada do Campeonato Mineiro. O resultado aliviou um pouco o clima pesado no Galo, desde o empate com sabor de derrota com o Grêmio Prudente, que eliminou os mineiros prematuramente da Copa do Brasil. Os gols foram marcados no segundo tempo, com Ricardo Bueno e Magno Alves, ambos após rebotes do goleiro Glaysson.
O Galo mostrou mais uma vez problemas de entrosamento e muitas dificuldades táticas. Com um time bastante mexido, o time de Belo Horizonte só se mostrou superior após a expulsão de Vieira, que levou dois cartões amarelos em menos de cinco minutos.
Com o resultado, o Galo segue na vice-liderança do Campeonato Mineiro, agora com 23 pontos, dois a menos que o líder Cruzeiro. A Caldense ocupa a sétima colocação, com dez pontos, sem chances de classificação e sem correr risco de cair para o Módulo II em 2012.
Na próxima rodada, a última da primeira fase do estadual, a Caldense receberá o Guarani-MG, no domingo, às 16h (de Brasília), novamente no Ronaldão, em Poços de Caldas. No mesmo horário, o Atlético-MG pegará o América TO, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.
Futebol pobre
Os primeiros minutos da partida foram de estudo. O jogo começou cadenciado, com os dois times se respeitando muito. O Atlético-MG buscava os ataques, principalmente com os laterais Rafael Cruz e Guilherme Santos, enquanto a Caldense afunilava as jogadas pelo meio, em jogada do habilidoso Luisinho.
No primeiro ataque que fez pelas pontas, aos 17 minutos, a Caldense quase marcou. O lateral Márcio Loyola levantou na área, e Chimba subiu sem marcação para cabecear à direita de Renan Ribeiro. Dois minutos depois, mais um ataque perigoso da Veterana. O zagueiro André Alves recebeu na grande área, girou e bateu forte sobre o gol do Galo.
Com a Caldense melhor em campo, o volante Vieira fez bobagem. O jogador cometeu duas faltas em menos de cinco minutos, recebeu dois cartões amarelos e foi para o chuveiro mais cedo, complicando a situação da Veterana.
Após a expulsão, o Galo passou a ter mais presença de ataque, mas se mostrou totalmente sem criatividade, pois não conseguia penetrar na defesa adversária, além de abusar dos cruzamentos na área, facilmente cortados pelos zagueiros da Caldense. O primeiro ataque com perigo do Atlético-MG somente surgiu aos 37 minutos, com Magno Alves, que recebeu na área e bateu à direita de Glaysson.
A primeira etapa se arrastou até o fim, com o placar em branco, em um jogo de nível técnico baixíssimo. O Galo só deu um ataque nos primeiros 45 minutos.
Da água para o vinho
No intervalo, o técnico Dorival Júnior mandou a campo Cláudio Leleu e Ricardo Bueno, tornando o Atlético-MG muito mais ofensivo, pelo menos na teoria. Na prática, foi o que realmente aconteceu. Com menos de um minuto, Cláudio Leleu invadiu a área e bateu para boa defesa de Glaysson.
No lance seguinte, saiu o gol do Galo. Daniel Carvalho soltou a bomba de fora da área, Glaysson bateu roupa, e Ricardo Bueno, posicionado como verdadeiro centroavante, aproveitou o rebote para abrir o placar no Ronaldão. Depois do gol, a Caldense tentou pressionar, mas com um a menos em campo, não tinha a força suficiente para incomodar. O time da capital, por sua vez, era mais perigoso, principalmente com Daniel Carvalho.
A estrela de Dorival Júnior continuou brilhando. Os dois jogadores que entraram no começo do segundo tempo fizeram a jogada do segundo gol, feita por Magno Alves. Ricardo Bueno cruzou na cabeça de Cláudio Leleu. Glaysson fez a defesa parcial, mas o Magnata não perdoou. Soltou a bomba para fazer 2 a 0 para o Atlético-MG, aos 13 minutos.
O panorama seguiu inalterado. A Caldense era inoperante, com dez homens em campo. O Atlético-MG continuava soberano na partida, mesmo sem ser brilhante. O domínio do Galo se dava muito mais pela fragilidade do adversário do que por seus próprios méritos.
Classificado para as semifinais do Campeonato Mineiro, o Galo torce agora para um tropeço do Cruzeiro, em Uberaba, para terminar a primeira fase na liderança e entrar com vantagem na reta final. À Caldense resta cumprir tabela contra o Guarani-MG, na despedida do estadual.
caldense 0 x 2 atlético-mg
Glaysson; Rodrigo Dias, André Alves, Rafael Dias e Márcio Loyola (Esquerdinha); Maxsuel, Vieira, Jardel e Luisinho; Fernando Gaúcho (Xandinho) e Chimba (William). Renan Ribeiro; Rafael Cruz (Ricardo Bueno), Réver, Leonardo Silva e Guilherme Santos; Fillipe Soutto (Cláudio Leleu), Serginho, Jackson (Daniel Carvalho) e Bernard; Mancini e Magno Alves.
Técnico: Roberto Fonseca. Técnico: Dorival Júnior.
Motivo: décima rodada do Campeonato Mineiro. Data: 10/4/2011. Horário: 16h (de Brasília). Local: Ronaldão, em Poços de Caldas (MG). Árbitro: Renato Cardoso Conceição. Auxiliares: Marconi Helbert Vieira e Frederico Soares Vilarinho.
Público: pagantes. Renda: R$ . Cartões amarelos: Jackson, Rafael Cruz e Bernard (Atlético-MG); Vieira, André Alves, Jardel, Fernando Gaúcho e Rodrigo Dias (Caldense). Cartão vermelho: Vieira (Caldense).
Gols: Ricardo Bueno (Atlético-MG), aos 2 minutos, Magno Alves (Atlético-MG), aos 13 minutos do segundo tempo.

Flu sofre no início, mas goleia Americano e assume ponta do grupo

Com dois de Araújo e participação de Conca nos cinco gols, Tricolor vence por 5 a 1, supera Olaria no saldo e depende de empate para chegar à semi

por Cahê Mota
“Enquanto você estiver vivo, vivas estão suas esperanças”. A faixa exposta por um torcedor na arquibancada do estádio Cláudio Moacyr, em Macaé, tinha como objetivo incentivar os jogadores do Fluminense na dura caminhada rumo às próximas fases da Taça Rio e da Libertadores. No Carioca, a missão não ficou tão árdua assim após este domingo. Com uma goleada por 5 a 1, de virada, sobre o Americano, pela sétima rodada, o Tricolor mudou o panorama e agora vai para a última rodada na liderança do Grupo B, com pequena vantagem sobre o Olaria.
Araújo, duas vezes, Conca (um gol e participação nos outros quatro), Mariano e Marquinho marcaram. Gustavinho abriu o placar para o Americano. Com os mesmos 14 pontos do Olaria, o Flu leva a melhor no saldo de gols (6 a 5) e tem pela frente o Nova Iguaçu, domingo, às 16h (de Brasília), no Engenhão. Um empate garante a classificação do Flu para a semifinal do returno.
O Americano, em contrapartida, ficou sem chances de se classificar para a semifinal. Possibilidades que terminaram com a vitória do Flamengo sobre o Botafogo por 2 a 0. Com 11 pontos, a equipe de Campos permanece na terceira colocação do Grupo A. Com os resultados deste domingo, Vasco (16) e Fla (15) asseguraram presenças na semifinal. Na última rodada, os campistas encaram o Bangu, também no domingo, às 16h, em Moça Bonita.
Dois lances de Conca colocam o Flu em vantagem
Ainda baqueado pela crise agravada com a derrota para o Nacional, no Uruguai, na última quarta-feira, e pressionado para não se ver em maus lençóis no Carioca, o Fluminense entrou em campo nervoso, perdido, e foi presa fácil para o Americano nos minutos iniciais. Com Araújo e Deco nas vagas de Emerson e Souza, a equipe tricolor cometia erros infantis no meio-campo e deixava clara a desatenção ao não marcar a principal e repetitiva jogada do Alvinegro de Campos: as subidas do lateral Carlos Alberto pela esquerda.
Foi por ali que o Americano testou a atenção de Ricardo Berna com três cruzamentos sem muito perigo. E foi também pelo setor que encontrou seu gol. De tanto insistir, Carlos Alberto recebeu lançamento aos 20, superou Mariano e cruzou na área. O goleiro tricolor titubeou, mas Gustavinho não. De cabeça, o apoiador testou firme para o fundo do gol.
Abatido, o Fluminense se mostrava travado em campo. Tanto que foi o zagueiro Edinho, na base da força, quem criou as melhores oportunidades até os 30 minutos, com arrancadas e chutes perigosos. Diante do panorama, somente a qualidade individual poderia mudar as coisas para o Tricolor. Foi o que aconteceu. Bastante cobrado por suas atuações em 2011, Conca acordou e, em um espaço de um minuto, foi o principal responsável pela virada no placar.
jogadores comemoram gol do Fluminense contra o Americano (Foto: Agência Photocâmera)Jogadores comemoram o primeiro gol do Fluminense contra o Americano (Foto: Agência Photocâmera)
Aos 34, em cobrança de falta, o argentino acertou o ângulo esquerdo de Jefferson, que ainda tocou na bola, mas não conseguiu evitar o empate. Na comemoração, abraços e sorrisos contidos. Já no minuto seguinte, o argentino descolou um lindo passe para Julio Cesar na esquerda. O lateral foi ao fundo e rolou com açúcar para o meio da área, onde Araújo bateu para fazer 2 a 1. Era o suficiente para o Flu descer para o intervalo em vantagem. E mais tranquilo. Antes do fim do primeiro tempo, porém, uma polêmica em dividida entre Mariano e Carlos Alberto na área. O time campista pediu pênalti, mas o árbitro Leonardo Garcia Cavaleiro nada marcou.
Dez minutos para virar goleada
A virada relâmpago fez com que o Fluminense voltasse mais ligado no segundo tempo. E bastaram dez minutos para que a vantagem sofrida se transformasse em goleada. Logo aos cinco, Conca lançou a bola no peito de Fred. O camisa 9 prendeu e acionou Marquinho, que invadiu a área e rolou para trás. Mariano apareceu em velocidade e encheu o pé para fazer 3 a 1.
Sem perder o embalo, o Tricolor se manteve no ataque em busca do quarto gol, que, de quebra, lhe daria também a liderança do grupo, empatando com o Olaria no saldo, mas ficando à frente nos gols pró. E ele apareceu aos dez. Araújo recebeu belo passe de Conca, deu um lindo drible de corpo no marcador e tocou no cantinho esquerdo de Jefferson.
Com o placar que precisava, o Flu tirou o pé do acelerador e viu o Americano pressionar. Apostando sempre na velocidade e nas jogadas pelas laterais, o adversário até obrigou Berna a fazer boas defesas, carimbou o travessão em cabeçada de Felipe, mas não conseguiu reduzir a desvantagem. Do lado tricolor, os aplausos para Araújo e Fred, substituídos, acabaram se tornando o ponto alto.
Aos 42, o Flu fechou o placar. Em jogada que mais uma vez saiu dos pés de Conca. O argentino lançou Tartá. O goleiro Jefferson saiu mal do gol e chutou para o alto. Marquinho, que entrou muito bem na partida, no lugar de Deco, acreditou no lance e cabeceou para o gol, enquanto o arqueiro tentava voltar desesperadamente para a meta. Foi a senha para que os gritos de "o campeão voltou" ecoassem pelo Moacyrzão. Uma demonstração que a confiança aumentou para o Flu e sua torcida. Na Taça Rio, a vaga para a semifinal está bem encaminhada. Falta a Libertadores.
AMERICANO 1 X 5 FLUMINENSE
Jefferson; Ayrton, Élson, Breda e Carlos Alberto; Índio (Renan), Marciel (Guaçuí), Flávio Medina (Felipe) e Gustavinho; Eberson e Diego Neves. Ricardo Berna, Mariano, Gum, Edinho e Julio Cesar; Valencia, Dieguinho, Deco (Marquinho) e Conca; Araújo (Tartá) e Fred (Rafael Moura).
Técnico: Acácio Técnico: Enderson Moreira
Gols: Gustavinho, aos 20 minutos do primeiro tempo; Conca, aos 34; Araújo, aos 35; Mariano, aos cinco do segundo tempo; Araújo, aos dez; Marquinho, aos 42
Cartões amarelos: Índio (AME), Eberson (AME), Deco e Gum (FLU). Cartão vermelho: Eberson (AME)
Data: 10/04/2011. Local: Moacyrzão (Macaé).  Árbitro: Leonardo Garcia Cavaleiro (RJ). Auxiliares: Ricardo Maurício Ferreira (RJ) e Eduardo de Souza Couto (RJ). Público: 3.094 presentes. Renda: R$ 43.305,00
 

Eduardo estraga festa de Adriano, e Azulão vence o Timão no Pacaembu

Na chegada do Imperador a São Paulo, atacante faz dois e deixa o São Caetano perto da vaga às quartas. Corinthians joga mal e irrita a Fiel

por Carlos Augusto Ferrari
A festa era para Adriano, mas o domingo foi de outro grandalhão que veste a camisa 9. Depois de fazer cinco gols contra o São Bernardo, o centroavante Eduardo transformou o Corinthians em sua mais nova vítima. Aproveitando uma das piores apresentações do Timão na temporada, ele anotou os gols da vitória do São Caetano por 2 a 1, no Pacaembu, pela penúltima rodada da primeira fase do Campeonato Paulista. Paulinho descontou. O Corinthians não tem mais chances de ser líder, enquanto o Azulão está perto de uma vaga nas quartas de final.
O estádio não lotou para ver Adriano, mas recebeu um bom público: 17.260 pagantes. E o Imperador foi recebido como uma estrela: vestindo a camisa 10, caminhou até o centro do gramado, acenou para os torcedores e, na companhia de Ronaldo, assistiu ao primeiro tempo das tribunas. Mas não deu certo. O Corinthians recebeu vaias pelo excesso de erros e preocupa a Fiel para as próximas fases.
Com o revés em casa, o Corinthians permanece com 35 pontos, em terceiro lugar, bem atrás de seus rivais: o São Paulo tem 40, e o líder Palmeiras, 41. O Santos também chegou a 35 pontos, mas com saldo de gols inferior (17 a 19). Na última rodada, os corintianos pegam o Santo André, domingo, às 16h, no ABC.
Já o São Caetano confirma seu crescimento nas últimas rodadas e chega ao grupo dos oito melhores com o triunfo. Assume a oitava colocação, com 26 pontos, e depende apenas de suas forças para avançar na briga pelo título. Na rodada decisiva, encara o Linense, domingo, às 16h, no Anacleto Campanella.
Adriano é apresentado no estádio (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)Adriano é apresentado no estádio do Pacaembu (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)
Timão joga mal, e Azulão marca
O que seria um domingo de festa para os corintianos pela apresentação de Adriano à torcida se transformou em um martírio. O Corinthians esqueceu o bom futebol nos vestiários e foi totalmente dominado pelo São Caetano no primeiro tempo. Sobraram reclamações contra a equipe de Tite, que não consegue manter uma regularidade de exibições e preocupa os torcedores para a fase final do Campeonato Paulista.
Desde os primeiros minutos, o São Caetano se mostrou melhor. Com boa marcação no meio de campo e saídas rápidas para o ataque, o Azulão soube aproveitar a instabilidade da zaga alvinegra para abrir o placar logo aos oito. Artur entrou em disparada na área e foi derrubado por Leandro Castán. Pênalti: Eduardo bateu e fez 1 a 0.
O Timão tentou reagir imediatamente, mas esbarrou na pouca produtividade. Pelo meio, Morais e Ramírez erraram muito e ficaram presos na defesa rival, deixando Liedson e Willian isolados entre os zagueiros. Pelas laterais, mais problemas. Moradei, volante improvisado pela direita, praticamente não chegou à linha de fundo, mesmo desempenho de Fábio Santos pela esquerda.

Percebendo a deficiência, Tite, já criticado por parte da torcida, sacou Moradei e colocou o lateral-direito Moacir para dar mais força ofensiva ao time. Nada mudou. Mas, em um dos poucos espaços dados pelo clube do ABC, o Corinthians criou sua melhor chance, aos 40. Willian disparou pela esquerda e cruzou. Ramírez, livre na pequena área, cabeceou por cima.
O desespero fez alguns torcedores pedirem para Adriano, sentado nas tribunais ao lado de Ronaldo, entrar em campo imediatamente. O Imperador apenas sorriu.


Eduardo faz golaço e garante a vitória azul
O Corinthians voltou para o segundo tempo tentando ser mais ofensivo. Tite apostou na velocidade de Bruno César no lugar do peruano Ramírez. Nos minutos iniciais, o Timão mostrou mais disposição, porém, logo voltou a cometer os mesmos erros ofensivos, sem praticamente levar perigo a Luiz.
O São Caetano seguiu com forte marcação no meio de campo e atuando nos espaços dados pela defesa alvinegra. Deu certo. Aos dez, Eduardo fez um golaço e deixou a equipe muito próxima da vitória. Ele aproveitou uma indecisão do setor, botou a bola entre as pernas de Leandro Castán e bateu na saída de Julio Cesar.
Quando o Corinthians partiu com tudo para o ataque, uma verdadeiro temporal desabou sobre o Pacaembu. Mesmo assim, o Timão passou a pressionar. Aos 24, Danilo aproveitou cruzamento de Fábio Santos e cabeceou para bela defesa de Luiz. No rebote, Bruno César disparou uma bomba contra o travessão.
Aos 35, o Timão finalmente conseguiu descontar. Paulinho arriscou de muito longe, a bola desviou na defesa azul e entrou. O lance fez a torcida explodir e empurrar a equipe para o ataque. Nos minutos finais, o Alvinegro foi todo sufoco para cima do adversário. Mas, no desespero, não conseguiu chegar ao empate.
CORINTHIANS 1 X 2 SÃO CAETANO
Julio Cesar, Moradei (Moi, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Ramírez (Bruno César) e Morais; Willian (Danilo) e Liedson. Luiz, Jean, Thiago Martinelli e Anderson Marques; Artur, Augusto Recife, Souza (Erandir), Aílton e Bruno Recife; Eduardo (Ricardo Conceição) e Antônio Flávio (Renatinho).
Técnico: Tite. Técnico: Ademir Fonseca.
Gols: Eduardo, de pênalti, aos nove minutos do primeiro tempo; Eduardo, aos dez minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Eduardo, Jean, Bruno Recife, Augusto Recife, Souza (São Caetano)
Data: 10/04/2011. Local: Pacaembu, em São Paulo. Árbitro: Robério Pereira Pires. Auxiliares: Dante Mesquita Junior e Ricardo Busette. Público: 17.260 pagantes. Renda: R$ 540.179,50.

Na estreia de Muricy, misto do Santos só empata com o Americana

Dois times sofreram com o gramado ruim do estádio Décio Vitta. Americana teve gol mal anulado no fim. Peixe, com o resultado, segue em quarto

Por GLOBOESPORTE.COM Americana, SP
Ainda não foi neste domingo que o Peixe fez as pazes com a vitória no Campeonato Paulista. Após ser derrotado pelo Palmeiras no último domingo, a equipe apostava na estreia do técnico Muricy Ramalho e nas presenças de Neymar e Paulo Henrique Ganso para bater o Americana e subir na tabela de classificação. Porém, a falta de inspiração na grande maioria do tempo e o péssimo gramado do estádio Décio Vitta impediram que a equipe conquistasse algo melhor do que o 0 a 0. (assista aos melhores momentos no vídeo ao lado).
Com o empate, o quinto em 18 partidas disputadas, a equipe manteve-se na quarta colocação, com 35 pontos, mesma pontuação do Corinthians que, no entanto, leva vantagem por ter melhor saldo de gols (17 a 15). Já o Americana, que estacionou na 11ª colocação, com 23 pontos, tem remotíssimas chances de classificação às quartas de final do estadual.
Confira a classificação completa do Paulistão
Muricy escala três atacantes, mas gramado estraga jogo
Em sua primeira aparição como treinador do Santos, Muricy Ramalho manteve o “DNA ofensivo” da equipe e escalou três homens no ataque: Neymar, Zé Eduardo e Maikon Leite. Em relação ao time considerado principal, só mais dois titulares foram escalados: Pará e Elano. Este último não estará em campo na partida de quinta, contra o Cerro Porteño (PAR), pela Taça Libertadores da América por ter sido expulso contra o Colo Colo (CHI). Todas as outras peças foram preservadas pela comissão técnica para o duelo do meio de semana. Do outro lado, um Americana sem problemas e que precisava a qualquer custo da vitória para seguir vivo na briga por uma vaga nas quartas.
Muricy Ramalho conversa com Neymar no jogo do Santos contra o Americana (Foto: Futura Press)Muricy Ramalho conversa com Neymar: três atacantes na estreia no interior  (Foto: Futura Press)

Apesar da vocação ofensiva do Peixe e da necessidade de buscar o resultado da equipe da casa, o primeiro tempo foi um verdadeiro banho de água fria nos torcedores que compareceram em bom número ao estádio Décio Vitta. As fortes chuvas que começaram a cair durante a tarde  castigaram bastante o gramado, o que dificultou a criação de jogadas.
Muricy pôs Neymar aberto pela esquerda, Maikon Leite como um ponta pela direita e Zé Eduardo mais centralizado. Bem marcado, o ataque santista só foi levar perigo aos 37. Zé Eduardo deu passe açucarado para Maikon Leite, que invadiu a área e bateu cruzado, à direita de Jaílson com muito perigo. O Americana também teve uma boa chance, aos 40, em chute de Marquinhos. Aranha, que fazia sua estreia com a camisa do Peixe, fez boa defesa e mandou para escanteio. Aos 45, o Peixe assustou novamente, em cobrança de falta de Elano, bem defendida por Jaílson.
Jogo melhora na etapa complementar
No segundo tempo, a chuva deu uma trégua e o gramado, com uma ligeira melhora, permitiu que as equipes passassem a conduzir a bola, o que até então era impossível. O Americana começou mais ligado. Magal, em duas cobranças de escanteio, deu trabalho a Aranha. Aos sete, Lucio Flavio aproveitou bobeada da defesa santista e bateu cruzado para fora, com muito perigo. Aos 14, Marquinhos assustou em chute de fora da área.
O Peixe voltou com o meia Alan Patrick na vaga de Maikon Leite e respondeu aos 21, quando Neymar arriscou chute, a bola desviou em Alan Patrick e deu muito trabalho a Jaílson, que conseguiu mandar pela linha de fundo. Seis minutos depois, Possebon disparou uma bomba de fora da área e o goleiro do Americana fez grande defesa. Percebendo o crescimento da equipe, Muricy Ramalho resolveu colocar Paulo Henrique Ganso em campo.
A entrada do camisa 10 deu mais movimentação ao Peixe, que voltou a assustar aos 34, em chute de Zé Eduardo de fora da área. Aos 39, Alan Patrick fez jogada individual e, na hora do chute dentro da área, foi bem desarmado por Leo Silva. O Americana respondeu no minuto seguinte e chegou a marcar com Fumagali, mas o auxiliar Reinaldo Rodrigues dos Santos anulou o lance, alegando impedimento do camisa 10 do Americana, que não existiu, já que ele recebeu a bola do lateral santista Alex Sandro.

AMERICANA 0 X 0 SANTOS
Jailson, Carlinhos (Luiz Felipe Nascimento), Jorge Luiz, Vinícius e Magal. Gercimar (Jhon), Leo Silva, Juninho (Rafael Chorão) e Fumagalli. Marcinho e Lúcio Flávio Aranha; Pará, Bruno Aguiar, Vinícius e Alex Sandro; Rodrigo Possebon (Paulo Henrique Ganso), Danilo e Elano; Maikon Leite (Alan Patrick), Zé Eduardo e Neymar
Técnico: Toninho Cecílio Técnico: Muricy Ramalho
Cartões amarelos: Léo Silva, Juninho e Fumagalli (Americana); Rodrigo Possebon, Paulo Henrique Ganso, Neymar, Elano, Vinícius e Zé Eduardo (Santos)
Público e Renda: não divulgados
Local: estádio Décio Vitta, em Americana (SP). Data: 10/04/2011. Árbitro: Aurélio Sant’anna Martins. Auxiliares: Reinaldo Rodrigues dos Santos e Osny Antônio Silveira

Thiago Neves brilha no clássico e garante a vaga do Fla na semifinal

Meia é decisivo e faz os dois gols da vitória rubro-negra sobre o Botafogo, neste domingo, no Engenhão. Vítimas de Realengo são homenageadas

por Gustavo Rotstein e Janir Júnior
Thiago Neves decidiu. Oportunista, o meia fez os dois gols da vitória do Flamengo sobre o Botafogo, neste domingo, no Engenhão, pela 7ª rodada da Taça Rio, o segundo turno do Campeonato Carioca. Com o resultado, o Flamengo garantiu uma vaga na semifinal. O Vasco também já está classificado no Grupo A. Agora, os dois rivais disputam na última rodada quem vai ficar com o primeiro lugar. O Rubro-negro, que tem 15 pontos, enfrenta o Macaé. Os Cruz-maltinos, que lideram com 16, encaram o Olaria, que ainda está na briga pela classificação.
Já o Botafogo se complicou. Com 11 pontos, caiu para o terceiro lugar no Grupo B e agora precisa vencer o rebaixado América e torcer por derrotas do Fluminense ou do Olaria (que têm 14 pontos) na última rodada para decidir a vaga no saldo de gols. O Tricolor tem seis gols de saldo, o Olaria está com cinco e o Alvinegro, três. O Fluminense vai jogar contra o Nova Iguaçu. As partidas vão acontecer no próximo domingo, às 16h.
O Flamengo chegou a 21 partidas de invencibilidade, ultrapassando a última grande série invicta do clube. Em 1999, sob o comando de Carlinhos, o time ficou 20 jogos sem perder entre fevereiro e maio. Contando os amistosos contra Londrina e América-MG, além do empate com o Santos na última rodada do Brasileiro do ano passado, o time está com 15 vitórias e seis empates desde que perdeu para o Cruzeiro no dia 28 de novembro de 2011. A vitória também acabou com um jejum de seis partidas contra o Botafogo pelo Campeonato Carioca. Eram duas vitórias alvinegras e quatro empates.
Homenagem às vítimas da tragédia de Realengo
Antes de o clássico começar, um momento de reflexão e homenagem às 12 crianças mortas por Welligton Menezes de Oliveira na Escola Municipal Tasso da Silveira, na última quinta-feira, em Realengo. O menino Iago Dias, que sobreviveu à chacina, entrou em campo de mãos dadas com Ronaldinho Gaúcho vestindo uma camisa branca do Flamengo, com os nomes das 12 crianças assassinadas no massacre escritos nas costas. A torcida do Flamengo estendeu faixas pretas nas arquibancadas em sinal de luto.
homenagem as vítimas de massacre em escola no jogo entre Flamengo e Botafogo (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)Homenagem às vítimas da escola em Realengo no clássico (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)
O Glorioso entrou de camisas pretas. Os jogadores rubro-negros entraram em campo com uma faixa com a mensagem: "Alô, Alô Realengo! Aquele abraço solidário do Flamengo", inspirada em uma música de Gilberto Gil. O árbitro Wagner do Nascimento Magalhães respeitou um minuto de silêncio, com os atletas de mãos dadas e cabeças baixas no círculo central.
Poucos espaços
O clássico começou com poucos momentos de emoção. A marcação dos dois times no meio-campo era forte. E o grande número de passes errados também prejudicavam o espetáculo. No Flamengo, Ronaldinho Gaúcho e Deivid ficavam isolados na frente. Thiago Neves encostava pouco nos atacantes. Um buraco parecido tinha o Botafogo, com Herrera mais aberto e Loco Abreu isolado na área. Apenas Everton tentava armar o time.
A primeira grande chance surgiu aos 14 minutos. Boa jogada de Rodrigo Alvim pela esquerda e o cruzamento foi na cabeça de Ronaldinho Gaúcho. O camisa 10 se antecipou a João Filipe e cabeceou livre na área. Mas a bola acabou indo por cima do travessão de Jefferson. A resposta veio minutos depois, no melhor estilo alvinegro. Herrera faz boa jogada e tocou para Loco Abreu, que desviou para fora.
Sem conseguir furar o bloqueio, os dois times passaram a arriscar mais nos chutes. Marcelo Mattos até levou perigo em uma bomba de fora da área, que foi por cima do travessão. Ronaldinho tentou o mesmo. Mas o chute saiu fraco, para a defesa de Jefferson.
Oportunismo de Thiago Neves
O Botafogo tinha mais a posse de bola, mas o Flamengo aproveitou o oportunismo de Thiago Neves para sair na frente. Renato Abreu recebeu na esquerda e, mesmo marcado, conseguiu arrumar um espaço para cruzar para a área. A defesa alvinegra parou e Thiago Neves apareceu sozinho na segunda trave para tocar de primeira para o fundo da rede. Flamengo 1 a 0.
Ronaldinho Gaúcho até tentava, mas aparecia pouco no clássico. Só foi notado quando partiu em velocidade pela esquerda, invadiu a área, cortou para o meio e chutou. João Filipe se jogou no chão e evitou que a bola chegasse ao gol.
Enquanto isso, o Botafogo se resumia a Loco Abreu. O atacante era o único a levar perigo ao gol de Felipe. O goleiro fez uma grande defesa após o uruguaio dominar no peito e chutar de canhota.
Thiago Neves comemora gol do Flamengo contra o Botafogo (Foto: Felipe Dana / AP)Thiago Neves comemora o primeiro gol do Flamengo sobre o Botafogo (Foto: Felipe Dana / AP)
Poucas chances de gol na segunda etapa
Botafogo voltou para o segundo tempo com Lucas no lugar de Bruno Tiago. O desenho tático dos dois times ficou claro logo nos primeiros minutos. O Flamengo se fechou e passou a  explorar os contra-ataques. E o Alvinegro tentava, desorganizado, chegar ao empate.
Mas faltava criatividade. Caio Júnior, então, tirou Somália e colocou o jovem Guilherme para tentar ganhar mais força no setor esquerdo. Não adiantou muito. Marcelo Mattos assustou a Felipe em um chute de longe, que foi para fora.
O jogo ficou feio, com poucas oportunidades. Era muitos erros, faltas e cartões amarelos. No total, foram 14 jogadores punidos pelo árbitro. O Botafogo insistia nos cruzamentos para a área, para Loco Abreu brigar com os zagueiros.
E quando a partida se encaminhava para um final sem graça, Léo Moura puxou um rápido contra-ataque e achou Thiago Neves livre na esquerda. O meia dominou, entrou na área e tocou com categoria na saída do goleiro Jefferson. Na comemoração, o tradicional Bonde do Mengão sem freio. O Flamengo está classificado para a semifinal.
Ficha técnica:
BOTAFOGO 0 X 2 FLAMENGO
Jefferson, Alessandro, João Filipe, Antônio Carlos e Somália (Guilherme); Marcelo Mattos, Arévalo, Bruno Tiago (Lucas) e Everton (Caio); Herrera e Loco Abreu. Felipe, Léo Moura, Welinton, David Braz e Rodrigo Alvim; Maldonado, Willians (Fierro), Renato Abreu e Thiago Neves; Ronaldinho e Deivid (Diego Maurício).
Técnico: Caio Júnior. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Gols: Thiago Neves aos 35 minutos do primeiro tempo e aos 43 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Willians, Welinton, Maldonado, David Braz, Ronaldinho Gaúcho, Felipe (Flamengo); Somália, Everton, Arévalo, João Filipe, Herrera, Loco Abreu, Antônio Carlos, Caio (Botafogo).
Público: 17.524 pessoas (21.422 pagantes). Renda: R$ 487.905,00
Estádio: Engenhão. Data: 10/04/2011. Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães
. Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés e Luiz Antônio Muniz de Oliveira.