sexta-feira, 13 de abril de 2012

Após cirurgia, Adriano precisa ficar seis semanas sem colocar pé no chão

Runco faz alerta: 'Ele sabe da importância de se cuidar, trabalhar e respeitar o prazo. Vai precisar controlar o peso também'

Por Thales Soares Rio de Janeiro
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Adriano, no Barra D'Or (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)Adriano ainda não tem previsão de alta
(Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)
Depois de quase duas horas de cirurgia, o médico José Luiz Runco mostrou otimismo com relação ao futuro de Adriano. O jogador precisou ser submetido a uma intervenção no tendão de Aquiles do pé esquerdo, que já havia sido operado em abril do ano passado, quando estava no Corinthians. Apesar da expectativa de recuperação, o alerta foi dado ao Imperador para que ele faça o tratamento da forma devida.
No dia 23 de março, Adriano teve anunciada a sua demissão por justa causa do Corinthians. O clube paulista alegou que ele havia faltado a 67 sessões de fisioterapia, o que acabou comprometendo a recuperação da lesão no tendão. Segundo Runco, ele deverá ficar seis semanas sem colocar o pé no chão.
- Gato escaldado tem medo de água quente - disse Runco, mudando o ditado que se refere ao medo de água fria. - Ele sabe da importância de se cuidar, trabalhar e respeitar essas seis semanas. Se algo levá-lo a colocar o pé no chão, vai comprometer o tratamento. E ele vai precisar controlar o peso também.
Se algo levá-lo a colocar o pé no chão, vai comprometer o tratamento"
José Luiz Runco
Adriano será reavaliado em uma semana para saber se já poderá iniciar o trabalho de fisioterapia. O jogador ainda não tem alta definida. Runco vai acompanhá-lo, e a sua liberação pode acontecer sábado ou domingo. O médico contou que o jogador mostrou otimismo, brincando pelo fato de ter passado por uma cirurgia em uma sexta-feira 13.
- O Adriano mandou avisar que ficou feliz por isso. Afinal, 13 é o número do Zagallo, e ele tem fé nesse relacionamento. Sabe que o Zagallo torce muito por ele - comentou Runco.
Especialista em cirurgia no pé e tornozelo, o médico Carlos Alfredo Jasmin também participou da operação. Chefe do departamento médico do Corinthians, Joaquim Grava não teve disponibilidade para estar no Rio, pois houve necessidade de sua presença em uma cirurgia de emergência.
- Ele vai fazer uma fisioterapia com cuidados maiores. Queremos que ele volte o mais rapidamente possível para uma atividade, para que não haja complicações. Se não fizer movimentos em um trabalho fisioterápico, pode haver complicações - explicou Jasmim.
O Flamengo ainda não tem qualquer compromisso firmado com Adriano. O clube colocou suas instalações e equipe à disposição do jogador para a sua recuperação da lesão.

Até jejum do Brasil em Olimpíada vira justificativa na queda do Flamengo

Joel reclama do calendário, valoriza o Carioca e cita títulos de Boca Juniors e Olimpia na Libertadores: 'Ganhamos pouco pelo que produzimos'

Por Richard Souza e Thales Soares Rio de Janeiro
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Pela segunda vez no comando do Flamengo, Joel Santana sofreu uma eliminação traumática na Taça Libertadores. Em 2008, ele era o técnico na derrota por 3 a 0 para o América-MEX, no Maracanã, nas oitavas de final da competição. Agora, viu uma série de gols nos minutos finais do outro jogo de seu grupo aumentar o sofrimento e transformá-lo em decepção, mesmo com uma vitória por 3 a 0 sobre o Lanús-ARG.
Para justificar mais uma queda, Joel chegou a falar até no fato de a Seleção Brasileira nunca ter conquistado a medalha de ouro em uma Olimpíada. O número de títulos da Taça Libertadores do Boca Juniors-ARG e até do Olimpia-PAR, outro elimninado no grupo do Flamengo, entraram no pacote.
Flamengo, Joel (Foto: Reuters)Joel Santana pede mudanças no calendário, mas valoriza o Campeonato Carioca (Foto: Reuters)
- Precisamos estudar as competições que os clubes preferem jogar. Dar mais espaço para elas. Tivemos uma semana com 15 dias terríveis. Não paramos no Rio, mesmo jogando o Campeonato Carioca. Tem que modificar algumas coisas aqui no Brasil, não sei o quê. Como país, conquistamos poucas vezes a Libertadores, pelo que temos e produzimos. A Olimpíada vem aí. Nunca vencemos. Estamos satisfeitos com cinco Copas. Poderíamos ter vencido oito. Todos devem dar opinião. O Boca, o Olimpia, quantos títulos já ganharam? - questionou Joel.
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Como país, conquistamos poucas vezes a Libertadores, pelo que temos e produzimos. A Olimpíada vem aí. Nunca vencemos. Estamos satisfeitos com cinco Copas. Poderíamos ter vencido oito"
Joel Santana
Apesar do discurso exigindo mudanças no calendário brasileiro, o técnico do Flamengo não deixa de valorizar o Carioca. O time entra em campo domingo, para enfrentar o Americano, às 16h (de Brasília), no Engenhão, pela última rodada da Taça Rio. Com 18 pontos, lidera o Grupo A e já está classificado para a semifinal.
- Temos as competições programadas e não entramos como coadjuvantes.O Flamengo é sempre o artista principal, move multidões. Precisamos do resultado para sermos o primeiro do nosso grupo. O Campeonato Brasileiro já está batendo na porta e não é brincadeira. Nossa obrigação é, pelo menos, ficar entre os quatro primeiros. É uma competição muito equilibrada e de responsabilidade. Vamos em busca de outra conquista - afirmou Joel.
 

Sete pecados: Fla se complica na Libertadores dentro e fora do campo

Início de ano turbulento nos bastidores, mudança de técnico e futebol instável encurtam a participação do Rubro-Negro na competição continental

Por Richard Souza Rio de Janeiro
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Joel Santana deixou a explicação sobre a queda precoce do Flamengo na Libertadores para os deuses do futebol. O Rubro-Negro encerrou a participação na competição sul-americana em terceiro lugar no Grupo 2. O principal projeto do primeiro semestre fracassou. Numa chave equilibrada, dois clubes sem tradição no campeonato avançaram: Lanús e Emelec se classificaram para as oitavas de final. O Olimpia, tricampeão da América, também ficou pelo caminho e se despediu na lanterna.

Em seis jogos, o Rubro-Negro conquistou oito pontos. Foram duas vitórias, dois empates e duas derrotas, com um aproveitamento de 44,4%. A equipe fez 12 gols e sofreu dez. No fim das contas, a partida contra o Olimpia, em 15 de março, virou o símbolo da eliminação. Naquele confronto, o Flamengo abriu 3 a 0, no Engenhão, mas permitiu a igualdade nos 15 minutos finais. Um pecado. Na verdade, um deles. O GLOBOESPORTE.COM destaca os sete pecados cometidos pelo clube na campanha frustrante.
Má condução da crise e das mudanças no departamento de futebol
O Flamengo entrou em ebulição desde a reapresentação. Os dois primeiros treinos de 2012 foram realizados em dois períodos. Ronaldinho alegou insônia e dormiu no CT na manhã dos dias 3 e 4 de janeiro. O comportamento contrariou o técnico Vanderlei Luxemburgo, que procurou a presidente Patricia Amorim para se queixar e pedir providências. Nada foi feito. Durante a pré-temporada em Londrina, no interior do Paraná, os jogadores entraram em crise com o vice de finanças Michel Levy. Cobraram publicamente o pagamento de luvas atrasadas. Como resposta, foram chamados de “marqueteiros” pelo dirigente. Luxa defendeu o grupo e cobrou os atrasados, mas ouviu da presidente que cada um deveria responder pelo seu departamento. O treinador não gostou do que classificou como “Cala boca, Luxa”.
A crise foi parar debaixo do tapete, e a delegação embarcou para a Bolívia. A preparação para o primeiro jogo da Pré-Libertadores, contra o Real Potosí, foi feita em Sucre. Alex Silva, no entanto, não viajou. O zagueiro se separou do grupo em São Paulo. Além de insatisfeito com as dívidas do clube, não gostou de saber que o processo de fritura de Luxemburgo havia começado. Naquele momento, Ronaldinho e seu irmão e empresário, Roberto Assis, tinham a garantia de que o técnico não seguiria no cargo.
Fato é que a pré-temporada no Brasil e na Bolívia não foi de calmaria. O Flamengo perdeu o primeiro jogo contra o Real Potosí por 2 a 1, mas decidiria a vaga no Rio. Na volta, venceu por 2 a 0. Antes mesmo da segunda partida, a demissão de Vanderlei Luxemburgo estava decidida. A contratação de Joel Santana, também. Luxa comandou o time no Engenhão e foi dispensado no dia seguinte. Na véspera, Patricia Amorim havia garantido o treinador no cargo. Com ele, saíram o preparador físico Antônio Mello, o auxiliar Júnior Lopes e o gerente de futebol Isaís Tinoco. O diretor de futebol Luiz Augusto Veloso entregou o cargo.

Aliado a isso, a diretoria esqueceu de se planejar para o torneio. Até a estreia na primeira fase da competição, contra o Potosí, o clube só se reforçou com Magal e Itamar - este sequer foi inscrito. Posteriormente, Michel Levy viajou à Rússia e pagou cerca de R$ 23 milhões para contratar Vagner Love. O outro reforço foi o zagueiro Marcos González, ex-La U, contratado sem a aprovação do então técnico Vanderlei Luxemburgo.

Joel Santana não encontra o time ideal
Joel dirigiu o time pela primeira vez em 9 de fevereiro, pelo Campeonato Carioca, contra o Madureira. Seis dias mais tarde, escalou a equipe para enfrentar o Lanús, na Argentina, pela primeira rodada da fase de grupos. A partida terminou empatada: 1 a 1. A equipe entrou em campo com Felipe, Léo Moura, Welinton, David Braz e Junior Cesar; Airton, Maldonado, Willians e Renato; Ronaldinho e Deivid. Por motivos diversos, ela jamais se repetiu. Em seis jogos, Joel usou seis escalações diferentes. Tentou encontrar a equipe ideal durante a competição, mas sem sucesso.
Patricia Amorim Renato Abreu hospital cirurgia (Foto: Divulgação)Renato precisou fazer cirurgia para corrigir
uma arritmia cardíaca (Foto: Divulgação)
Série de lesões graves
Um dos motivos que atrapalharam Joel foi o excesso de lesões graves. Num período curto, o técnico perdeu em sequência Airton, Willians, Felipe, Renato, Léo Moura, Camacho e Maldonado. Como só 25 jogadores estavam inscritos na Libertadores, chegou a ter apenas o número mínimo de atletas para montar o time e o banco de reservas (18). Foi Vanderlei Luxemburgo quem fez a lista. Antes do início da fase de grupos, Joel mudou três nomes. Saíram Marllon, João Filipe e Jael, entraram Marcos González, Galhardo e Vagner Love.
Síndrome da bola aérea
Apesar de trabalhar o posicionamento defensivo da equipe na jogada aérea em vários momentos, o técnico do Flamengo não conseguiu corrigir a deficiência da equipe no fundamento. O Rubro-Negro tem sofrido na temporada com as bolas alçadas e não foi diferente na Libertadores. Nas derrotas para Olimpia e Emelec, ambas por 3 a 2, o time sofreu gols assim. Nos jogos, sempre ficou em apuros quando o adversário cobrou escanteios ou faltas na direção da grande aérea. Os zagueiros Marcos González, David Braz, Welinton e Gustavo não conseguiram passar segurança ao longo da competição.
Flamengo se apequena fora de casa
Em nove pontos disputados como visitante na Libertadores, só um conquistado. Contra o Lanús, na estreia, Joel Santana armou o meio-campo com quatro volantes na Argentina: Airton, Maldonado, Willians e Renato. O time conseguiu sair na frente, mas se encolheu e permitiu a igualdade: 1 a 1. Contra o Olimpia, o Flamengo até lutou, mas não teve boa atuação no Defensores del Chaco, em Assunção. Após ceder empate em 3 a 3 no Engenhão, o time foi derrotado por 3 a 2 e viu sua situação na Taça Libertadores se complicar de maneira considerável.

O pior jogo foi contra o Emelec, em Guayaquil. A equipe esteve em vantagem no placar por duas vezes, mas sofreu a virada aos 45 minutos do segundo tempo. Uma alteração de Joel convidou os equatorianos para o campo rubro-negro. A entrada do zagueiro Gustavo no lugar do atacante Deivid para reforçar a marcação fez o time se encolher e permitir reação do Emelec. O que se viu foi uma pressão que até então não havia acontecido. Todo encolhido, o Fla não conseguia trocar três passes quando tinha a bola. O Emelec insistia com perigo nas jogadas pelo alto e não saía do campo defensivo dos brasileiros. Fez isso até conseguir a vitória por 3 a 2.
Síndrome dos minutos finais e decisão de não poupar titulares
O Flamengo sofreu dez gols em seis partidas na Libertadores, sendo metade deles a partir dos 30 minutos do segundo tempo. Contra o Emelec, no Equador, o time vencia por 2 a 1 até os 37 da etapa final. Sofreu o empate e ainda tomou o terceiro, aos 45. Mas o maior vacilo veio contra o Olimpia, no Rio. A equipe de Joel Santana abriu 3 a 0 com facilidade. Só que os paraguaios marcaram aos 31, 38 e 43 e deixaram o Engenhão com sensação de vitória.

Até agora o técnico não conseguiu explicar a queda de rendimento do time na parte final do segundo tempo das partidas. Mesmo quando não sofreu gols, a equipe passou por apuros. Uma possível explicação é o fato de que Joel não poupou o grupo em momento algum. O treinador sempre usou a força máxima nos jogos do Carioca, mesmo com a rotina desgastante de viagens pela Libertadores e das lesões em sequência. Apesar de nas entrevistas dizerem que a decisão era acertada, longe das câmeras e dos microfones alguns jogadores consideravam um equívoco. Achavam que pelo menos Ronaldinho, Vagner Love e Léo Moura deveriam ganhar um tempo de repouso maior entre as partidas. Classificados para as semifinais da Taça Guanabara, Vasco e Fluminense chegaram a poupar titulares em cinco duelos no Carioca.

Fator Olimpia
A relação entre Olimpia e Flamengo nesta edição da Libertadores vai ficar marcada. O Rubro-Negro não conseguiu vencer os paraguaios (3 a 3 no Rio e derrota por 3 a 2 no Paraguai) e na rodada decisiva viu o tricampeão da América sucumbir diante do modesto Emelec. No Defensores del Chaco, em Assunção, o Olimpia não conseguiu sequer empatar com os equatorianos. Foi derrotado por 3 a 2 e também está eliminado.

Na saída do Engenhão após a queda, quase todos os jogadores que concederam entrevista citaram o empate no Rio como decisivo para a despedida precoce do Flamengo da competição.

'Reservas' do Vasco treinam nesta sexta com Felipe e Carlos Alberto

Jogadores que não viajaram ao Paraguai fazem atividade em campo
reduzido no Cefan. Já Juninho trabalha a parte física em São Januário

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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A manhã desta sexta-feira foi de trabalho para os jogadores do Vasco que não viajaram para o Uruguai para enfrentar o Nacional. No Cefan (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes), na Avenida Brasil, a atividade contou com a participação do maestro Felipe, que não se queixou das dores que vinha sentindo no ombro direito, e de Carlos Aberto, que deve ser relacionado para a partida contra o Nova Iguaçu.
Juninho Pernambucano não esteve no Cefan. O Reizinho fez um trabalho de força na academia de São Januário, ao lado do zagueiro Fabrício. Já Dedé continua fazendo fisioterapia para se recuperar de um edema ósseo na fíbula da perna esquerda.
Com a maior parte do elenco em Montevidéu, cinco jogadores da base completaram o grupo no treinamento que foi realizado em campo reduzido, com ênfase nas finalizações. Assim, os atacantes Marquinhos e Yago e os meias Arthur, Marlone e Jhon Cley trabalharam com os profissionais.
O elenco cruz-maltino volta a treinar completo neste sábado, visando o jogo de domingo, contra o Nova Iguaçu, em Moça Bonita.
As informações são do site oficial do clube.

De olho nas brechas, Vasco ainda discute escalação de trio 'expulso'

Presidente e técnico cruz-maltinos afirmam que decisão para jogo contra Nova Iguaçu terá como base análise de departamento jurídico do clube

Por Gustavo Rotstein Montevidéu, Uruguai
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Súmula Vasco (Foto: Reprodução)A polêmica súmula do duelo entre Vasco e Flamengo
pela Taça Rio (Foto: Reprodução)
Quando desembarcar no Rio de Janeiro, na tarde desta sexta-feira, após a vitória por 1 a 0 sobre o Nacional, em Montevidéu, o Vasco poderá descansar o corpo. Mas a cabeça estará novamente voltada para o Campeonato Carioca, e mais precisamente para o verdadeiro drama que se tornou a escalação da equipe que enfrenta o Nova Iguaçu, neste domingo. O clube ainda decidirá se vai apostar no aval da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) e escalar os três jogadores que foram citados na súmula pelo árbitro Wagner dos Santos Rosa.

A Ferj, por meio de um ofício, confirmou o juiz do clássico contra o Flamengo não expulsou Rodolfo, Eduardo Costa e Fellipe Bastos de fato na confusão após a partida. No entanto, o Vasco ainda se reunirá para resolver se segue a orientação ou preserva o trio para resguardar qualquer brecha que permita prejuizos futuros.

- Vamos conversar sobre isso quando chegarmos ao Rio. Será uma decisão em conjunto do departamento jurídico, da direção do futebol e da comissão técnica. Nossa intenção é sempre o melhor para o Vasco e, por isso, não vamos fazer nenhuma maluquice. O clube vai cumprir o que é legal - frisou o presidente Roberto Dinamite.

O técnico Cristóvão Borges seguiu a linha e explicou que a decisão terá como base a opinião do departamento jurídico do clube. A posição atual é de permitir a escalação dos três jogadores.

- Chegamos a conversar sobre isso no Uruguai, mas quando chegarmos ao Brasil vamos nos reunir para decidir o que fazer - disse.

Assim como Dinamite, vice do Vasco defende Juninho e quer renovação

José Mandarino garante que documento sobre contrato do jogador tem circulação bem restrita e quem o vazou teve 'más intenções'

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Não foi só o presidente do Vasco, Roberto Dinamite, que saiu em defesa do meia Juninho Pernambucano. Vice-presidente de futebol, José Hamilton Mandarino negou ser o responsável por liberar detalhes do contrato do camisa 8 e, assim como o mandatário cruz-maltino, mostrou insatisfação com o fato e tentou conter a ameaçada de crise.
- A insatisfação dele tem todo o cabimento. Mas ele sabe que direção e administração do clube jamais tomaria uma iniciativa como essa. Pelo contrário, nós somos bastante criticos a esse tipo de atitude. Quando se vaza um documento como esse, não é com boas intenções (...) Esse tipo de documento tem circulação restrita. Alguém imbuído de más intenções teve acesso ao documento e fez ele vazar.
Na última terça-feira, em entrevista ao programa "Tá na Área", o meia Juninho Pernambucano, irritado com o vazamento de informação, confirmou que firmou com o clube um contrato de produtividade. O meia tem direito a R$ 50 mil por partida disputada em 2012, mais uma gratificação por gol marcado e título. Em 2012, foram 15 jogos, com sete gols marcados. Mas o clube pagou apenas o valor referente uma partida até agora.
Apesar do jogador deixar em aberto o seu futuro no clube após o fim do contrato no meio do ano, o dirigente garantiu o interesse na renovação do compromisso.
- Ele vai chegar próximo ao meio do ano e vai fazer uma nova avaliação. Da parte do clube, nós temos todo o interesse por todos os benefícios que o Juninho nos traz.

Vasco se apoia em desempenho fora e minimiza 2º lugar do grupo

Com campanha do time superior longe de São Januário na primeira fase, Cristóvão Borges reforça confiança em bom desempenho nas oitavas

Por Gustavo Rotstein Montevidéu, Uruguai
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Embora tenha terminado com a moral em alta pela vitória sobre um adversário de tradição, o Vasco volta de Montevidéu sem ter conseguido cumprir o objetivo de ser o primeiro colocado do Grupo 5 da Libertadores. Portanto, a equipe vai decidir fora de casa o duelo das oitavas de final da competição. Mesmo assim, após o 1 a 0 sobre o Nacional, na última quinta-feira, o grupo preferiu ver a questão por um lado positivo. Na primeira fase, a equipe teve melhor desempenho fora de São Januário.

O Vasco terminou invicto a sua campanha fora de casa no Grupo 5 da Libertadores. Foram duas vitórias (Alianza Lima e Nacional) e um empate (Libertad). Em São Januário houve uma derrota (Nacional) e duas vitórias (Libertad e Alianza). Por isso, o técnico Cristóvão Borges não mostra-se contrariado pelo fato de a equipe ter finalizado a primeira fase como segundo lugar atrás do Libertad, com desvantagem apenas nos gols marcados – dez contra 11 dos paraguaios.
Diego Souza gol Vasco (Foto: AP)A vitória sobre o Nacional em Montevidéu manteve o Vasco invicto fora de casa na Libertadores (Foto: AP)
- Vamos aproveitar isso da melhor maneira possível. Fizemos boas atuações fora de casa, e a equipe mostrou amadurecimento e aprendizado da competição, mesmo com as dificuldades que ela proporciona. Em casa o Vasco é forte, e vamos contar com o apoio da nossa torcida para fazermos um bom jogo de ida - destacou o treinador.

A equipe cruz-maltina ainda aguarda o desfecho da sexta rodada, na próxima semana, para saber se será o melhor ou segundo melhor segundo colocado de todos os oito grupos e, assim, conhecer seu adversário nas oitavas de final. Mas desde já, Cristóvão Borges faz uma avaliação positiva da campanha do Vasco na fase de classificação.

- Existia uma expectativa muito grande pela volta do Vasco à Libertadores. Ela vinha desde que conquistamos a Copa do Brasil, e houve uma decepção quando perdemos logo a primeira partida. Mas depois a equipe conseguiu se recuperar mostrando superação e maturidade, teve boas atuações e venceu as dificuldades que encontrou - observou.

Vasco desembarca no Rio com a cabeça no Carioca

Equipe busca, neste domingo, vaga nas semifinais da Taça Rio

Por Thiago Fernandes Rio de Janeiro
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O Vasco desembarcou na tarde desta sexta-feira no Rio, depois de vencer o Nacional-URU, em Montevidéu, por 1 a 0 e encerrar sua participação na primeira fase da Libertadores com 13 pontos conquistados, em segundo lugar no Grupo 5. Mas o assunto mais comentado entre os jogadores não foi o jogo internacional, mas o que está por vir neste domingo, contra o Nova Iguaçu. Em segundo lugar no Grupo B da Taça Rio, com 11 pontos, o Vasco precisa vencer para se garantir nas semifinais.
- Agora é descansar esse pouco tempo que temos e pensar no Nova Iguaçu. A vitória domingo é de suma importância e temos que buscar o resultado. Queremos estar na semifinal para, se Deus quiser, sermos campeões do turno e disputarmos o título com o Fluminense (que venceu a Taça Guanabara) - disse o volante Fellipe Bastos.
Desembarque Vasco (Foto: Thiago Fernandes / Globoesporte.com)Vascaínos retornam ao Rio de Janeiro após vitória em Montevidéu (Thiago Fernandes / Globoesporte.com)
Para o técnico Cristóvão Borges, o time tem que se desligar rapidamente da Libertadores para ter fôlego para encarar o Nova Iguaçu.
- A gente chegou hoje (sexta) e vai treinar só amanhã para o jogo decisivo. É cansativo, mas já passamos por momentos semelhantes e reagimos bem. A gente depende só da gente e é isso que importa. Depender dos outros não costuma dar certo.
Até quem não joga neste domingo se mostrou preocupado com a partida. Autor do gol da vitória sobre o Nacional-URU, Diego Souza está suspenso no Estadual, mas diz que mesmo assim a tensão é grande.
- É ruim ficar fora em um jogo desse. Óbvio que queria estar em campo, mas vou torcer pelos meus companheiros para que a gente consiga essa classificação.
Vasco e Nova Iguaçu se enfrentam em Moça Bonita, às 16h (horário de Brasília). O jogo é válido pela oitava rodada da Taça Rio.

De Tufão a choro de Love: rivais não perdoam rubro-negros após fracasso

Torcedores usam as redes sociais para provocar o Flamengo, que está fora da Libertadores mesmo com vitória por 3 a 0 sobre o Lanus, no Engenhão

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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A noite foi tensa para os torcedores do Flamengo. Após a vitória por 3 a 0 sobre o Lanús, os rubro-negros torciam por um empate entre Emelec e Olimpia para garantir a classificação na Taça Libertadores. E o resultado quase veio restando alguns minutos para o fim. Mas, aos 47 do segundo tempo, o time equatoriano fez 3 a 2 e ajudou a eliminar os carioca. Logo em seguida, as brincadeiras dos torcedores rivais começaram a aparecer nas redes sociais.
Em uma delas, dois jogadores do Inter foram citados. A pergunta “O Flamengo está classificado na Libertadores?” era seguida da imagem dos jogadores Tinga e Nei como resposta. Em outra o personagem Tufão, interpretado por Murílo Beníficio na novela "Avenida Brasil" é citado. O choro de Vagner Love ainda no campo também foi muito utilizado para provocar os rubro-negros.

O principal alvo, porém, foi Léo Moura. O lateral-direito dava uma entrevista ao vivo no canal Fox Sports quando recebeu a notícia do gol do Emelec. Em uma das brincadeiras, perguntam: "Você trocaria uma eliminação na Libertadores por um Carioca? Sim".
Montagem zoação flamengo (Foto: Reprodução)(Foto: Reprodução)
A presidente Patricia Amorim também não escapou das gozações. Vagner Love, pelo choro, foi um dos maiores alvos.
Flamengo montagens Internet (Foto: Reprodução)Presidente Patricia Amorim e Vagner Love 'sofrem' nas mãos dos rivais (Foto: Reprodução)
As brincadeiras envolvendo o personagem Tufão, da novela "Avenida Brasil", foram as preferidas.
Flamengo montagens Internet (Foto: Reprodução)

Felipe melhora e chances de jogar domingo aumentam

Jogador não sente mais dor no ombro e deve ser liberado para o jogo contra o Nova Iguaçu

Por Thiago Fernandes Rio de Janeiro
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O Vasco deve ganhar um importante reforço para o jogo deste domingo, contra o Nova Iguaçu. O meia Felipe melhorou das dores no ombro e deve estar à disposição do técnico Cristóvão Borges. O jogador, que está com uma bursite (inflamação na membrana que envolve o tendão), vai ser avaliado neste sábado, mas a expectativa é boa.
- A informação que eu tive no Uruguai é que o Felipe já está sem dores e que pode treinar. Acho que deve ter condições de jogo. A expectativa é essa - explicou o chefe do departamento médico, Clovis Munhoz.
O técnico Cristóvão Borges diz que vai esperar o treino deste sábado para saber se poderá contar com o meia. Porém, admite que seria bom ter o camisa 6 à disposição, já que não poderá contar com Diego Souza, que está suspenso.
- A notícia que eu tenho é que ele não sente mais dores. Isso é muito bom. Mas vamos esperar para ver como ele se sente neste sábado. Se estiver liberado, vai jogar, claro.
Vasco e Nova Iguaçu se enfrentam em Moça Bonita, às 16h (horário de Brasília). O jogo é válido pela oitava rodada da Taça Rio. O Gigante da Colina, segundo colocado do Grupo B com 11 pontos, precisa vencer para se garantir nas semifinais da Taça Rio

Spider faz 37 anos, não pensa em parar e já preocupa os familiares

Anderson Silva comemora seu aniversário neste sábado e família torce para aposentadoria nos próximos dois anos. Minotauro relembra momentos difícies

Por Amanda Kestelman Rio de Janeiro
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Maior lutador peso por peso do mundo, campeão dos médios do UFC, invicto há seis anos e ídolo no Brasil: Anderson Silva pode ser apontado como grande representante do sucesso do MMA no país. Neste sábado, o Spider comemora 37 anos com uma das carreiras mais vitoriosas do esporte, e não passa por sua cabeça um adeus antes dos 40. O próprio lutador já deixou claro que pretende continuar no octógono por, no mínimo, mais seis ou sete anos, para desespero de Dayane, sua esposa e companheira desde antes do sucesso.
- Não aguento mais dez anos (risos). Espero mesmo que ele pare no máximo em dois.
Nossa filha mais velha, Kaory, é a que ainda fica mais nervosa e vive pedindo: “Agora chega, pai” - contou a esposa do campeão.
Anderson Silva e sua família (Foto: Arquivo Pessoal)Spider-papai: Anderson Silva e sua família na festa de 15 anos de sua filha Kaory (Foto: Arquivo Pessoal)
Mas o pedido de Kaory terá mesmo que esperar. Além da vontade do atleta de se manter no octógono, um dos treinadores que acompanham a carreira de Anderson há mais de dez anos, Luiz Dórea, garante que o Spider se cuida como poucos, mantendo preparo físico semelhante ao de um jovem atleta, e por isso está apto para lutar em alto nível por muito tempo.
- Não tenho a menor dúvida. Ele tem uma técnica apurada, boa defesa e dificilmente se
machuca. Além disso, o Anderson se cuida demais. É um grande profissional, não vive na rua, não bebe absolutamente nada. Luta desde criança, tem um físico ótimo e um organismo de um atleta de 25, 26 anos. Pela saúde que tem, luta mais uns dez anos com tranquilidade - disse Dórea.
Minotauro e Anderson Silva (Foto: Divulgação/Twitter)Minotauro e Anderson Silva: amigos também nos
momentos complicados  (Foto: Divulgação/Twitter)
Atleta profissional há mais de 15 anos, Anderson Silva sempre demonstrou muita gratidão aos amigos Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro por tudo que conquistou no mundo das lutas. Há cerca de dez anos, o Spider esteve prestes a abandonar as competições e contou com o suporte dos irmãos Nogueira para continuar no esporte.
- Não digo salvadores, e sim incentivadores da carreira dele. Conhecíamos o Anderson
desde quando ele lutava no Pride, chegou um momento em que ele foi cortado do evento e ficou sem lutar, desanimado e desacreditado com o mundo da luta. Por várias vezes pensou em desistir, e nunca deixamos que ele parasse - lembrou Minotauro, que ressalta a importância do amigo no crescimento do MMA no Brasil.
- O Anderson chegou ao UFC num momento em que não tínhamos brasileiros se destacando, e ele abriu as portas de vez conquistando o cinturão da categoria dos médios e virando o fenômeno que ele é hoje - completou.
Quando ficou sem contrato com o Pride, Anderson Silva passou uma temporada em Salvador, onde disputou um torneio de boxe profissional organizado por Rodrigo Nogueira, o Minotauro Fight, em 2005. Na ocasião, Luiz Dórea foi apresentado ao ainda jovem Anderson e logo ficou impressionado com a facilidade e o talento do lutador.
- Eu o conheci por volta de 2002, quando o Minotauro me apresentou, dizendo que era um garoto com potencial e estava pensando em desistir. Então, eu o coloquei para estrear no boxe profissional, e foi incrível como ele aprendeu tudo aquilo rápido. Não era a área dele. Ele enfrentou, em 2005, um atleta forte e duro no Minotauro Fight e conseguiu nocautear. Sempre foi acima do normal - contou Dórea.
Vitória sobre Vitor Belfort foi o melhor momento para esposa
Perto de completar 37 anos, Anderson Silva coleciona momentos vitoriosos e alegrias. No entanto, para sua esposa, Dayane, a vitória sobre o compatriota Vitor Belfort, em fevereiro de 2011, teve um sabor especial na família Silva.
Anderson Silva encara Vitor Belfort (Foto: Divulgação/UFC)Após ser chamado de mascarado, Anderson Silva encara Vitor Belfort  na pesagem (Foto: Divulgação/UFC)
- Acompanho o Anderson desde o começo da carreira, em todos os momentos e bem antes disso tudo. O mais difícil foi a luta contra o Sonnen, em 2010. Eu sabia que ele estava machucado e só rezava para ele voltar inteiro. Mas o mais emocionante foi a vitória por nocaute sobre o Vitor Belfort - lembrou.
O próximo desafio de Anderson Silva será no dia 23 de junho, no Engenhão, quando defende novamente seu cinturão diante de seu arquirrival Chael Sonnen. Os dois já se enfrentaram em agosto de 2010, quando o Spider finalizou o americano após ser dominado nos cinco rounds.

Brasil Afora: time sem cidade tenta provar que é 'dono do Espírito Santo'

Espírito Santo FC rejeita ligação com município de Anchieta, processa time homônimo por quebra de patente e oferece piscina de plástico ao elenco

Por Bruno Marques Vitória, ES
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time do Espírito Santo (Foto: Divulgação)O time de vários lares: Espírito Santo e suas
peculiaridades... (Foto: Divulgação)
Jogar em casa sempre foi um fator relevante no futebol. Não é à toa que uma das formas de se punir um clube é justamente a retirada de seu mando de campo. Atuar longe do estádio a que se está habituado também costuma servir de desculpa quando os bons resultados não aparecem. Mas no Campeonato Capixaba uma equipe subverte a lógica e propõe uma rediscussão sobre a necessidade de um clube ter vínculo com alguma cidade.
O caso é um pouco diferente dos de Barueri, que virou Prudente e depois voltou a ser Barueri, ou Guaratinguetá, que passou um tempo como Americana. O Espírito Santo Futebol Clube, fundado em 2006, simplesmente não pretende representar nenhum município específico.
Em tese, o clube-empresa é de Anchieta, no litoral sul do estado, onde o time inclusive treina. Mas desde que estreou no futebol profissional, na Série B do Capixabão de 2008, só mandou três jogos por lá. A ligação com o município, que já era frágil, desfez-se quase totalmente após a prefeitura local interromper, há cerca de um ano, o apoio financeiro que dava ao clube. Assim, o Espírito Santo vem cada vez mais consolidando seu estilo "cigano" de ser.
Mas ser itinerante está longe de ser a única peculiaridade da equipe. Recentemente, chamou a atenção a divulgação de uma foto em que jogadores faziam tratamento com gelo dentro de uma piscina, como acontece nos maiores clubes brasileiros. Com um porém: a piscina era de plástico...
Jogadores do Espírito Santo, de Anchieta, fazendo recuperação pós-jogo em piscina de plástico (Foto: Divulgação/ ESFC)Jogadores fazem recuperação com gelo em piscina: de plástico... (Foto: Divulgação/ ESFC)
Andanças
Em 2009, a casa do Espírito Santo foi o estádio Salvador Costa, do Vitória-ES, na capital capixaba, a 80 quilômetros de Anchieta. No mesmo ano e também em 2010, o time usou o Estádio do Sumaré, do Estrela, em Cachoeiro do Itapemirim, a 60 quilômetros. Em 2011, chegou a vez do Clube dos Estivadores, na Serra, a 115 quilômetros. E no Capixabão 2012, o Espírito Santo decidiu jogar em Guarapari, a 30 quilômetros, no Estádio Davino Matos. Porém, só para a sexta rodada o estádio foi liberado pela Polícia Militar. Assim, o time exerceu seus dois primeiros mandos desta temporada no Estádio do Sernamby, em São Mateus, a 303 quilômetros de distância de Anchieta.
Cacá Stiebler, presidente do Espírito Santo de Anchieta (Foto: Fábio Vicentini/Cedoc A Gazeta)Cacá Stiebler, presidente do ES de Anchieta
(Foto: Fábio Vicentini/Cedoc A Gazeta)
Para o presidente do Espírito Santo de Anchieta, ou melhor, do Espírito Santo Futebol Clube, Carlos Alberto Stiebler, mais conhecido pelo apelido de Cacá, ver seu time vagando por todo o estado não é exatamente um mal. Com a ideia de conquistar admiradores de Pedro Canário, no extremo norte capixaba, a Presidente Kennedy, município que faz divisa com o estado do Rio de Janeiro, o mandatário do time sulino acredita que o troca-troca de estádios a cada temporada traz algo de bom para a equipe.
- Não é correto dizer que somos apenas de Anchieta. Somos do Espírito Santo inteiro. Queremos ter torcida em todo o estado e estamos trabalhando para isso. Não precisamos ter ligação com uma cidade específica. Somos o Espírito Santo Futebol Clube, o Espírito Santo do Brasil - argumentou Cacá.
O presidente do clube, inclusive, já projeta um novo local para a equipe começar a jogar a partir de 2013, quando o estado ganhará um novo estádio.

- Nosso sonho é ter como casa o Kleber Andrade (estádio que está sendo reconstruído pelo governo estadual e deve ser reinaugurado no ano que vem, com capacidade para 22,8 mil pessoas). Esse será o nosso Maracanã.
Espírito Santo 'pirata' gera briga judicial
Espírito Santo de Anchieta (Foto: Fábio Vicentini/A Gazeta)Espírito Santo costuma jogar com público quase
inexistente (Foto: Fábio Vicentini/A Gazeta)
A vontade de ser o representante de um estado mesmo sem "conquistar" primeiro uma cidade encontrou, porém, um obstáculo inesperado. Em 2011, outro clube, até então chamado de CTE (Centro de Treinamento do Edmilson), também adotou o nome de Espírito Santo e anunciou sua mudança de Colatina para Marilândia. Não ficou por isso mesmo.
Alegando ter patenteado o nome "Espírito Santo", Cacá Stiebler entrou com uma ação na Justiça para obrigar seu concorrente do noroeste do estado a trocar de nome e ainda pagar uma indenização. Segundo Cacá, o Espírito Santo de Marilândia, a quem ele chama de "Espírito Santo pirata", já foi notificado judicialmente. O processo corre na 1ª Vara Cível de Colatina.
- Primeiro, busquei um entendimento. Marcamos um almoço, mostrei os documentos, mas o presidente do CTE (Edmilson Pimenta, o Ratinho), que agora quer ser chamado de Espírito Santo, fez pouco caso. Teve um comportamento lamentável. Disse que se eu quisesse, que o colocasse no "pau" (o processasse). Foi o que fiz. Porque a marca "Espírito Santo" pertence a mim. É como o caso do Zico, que nos anos 1990 criou seu time, o chamou de Rio de Janeiro, mas foi obrigado a trocar para CFZ, pois o dono do clube chamado Rio de Janeiro já detinha os direitos sobre essa marca. Isso é possível, existe, está previso em lei. Sei que vou ganhar na Justiça, essa é a minha maior batalha. Mas seria uma disputa desnecessária, caso o pessoal do Espírito Santo pirata (ex-CTE) tivesse bom senso - argumentou Cacá.
Adesivos do Espírito Santo de Anchieta (Foto: Sidney Magno Novo/Globoesporte.com)Adesivos são distribuídos pelo presidente do clube
(Foto: Sidney Magno Novo/Globoesporte.com)
A cruzada para convencer o público de que detém a exclusividade sobre a marca "Espírito Santo", somada à falta de apego por um município em particular, tem feito o dirigente circular no meio futebolístico local munido de um punhado de adesivos de seu clube. Antes de distribuí-los, porém, Cacá faz uma pergunta: "De onde o Espírito Santo é?". A resposta invariável, "de Anchieta", é seguida de uma leve reprimenda por parte do cartola. "É do Brasil", contrapôs Cacá.
- O Espírito Santo é do Brasil, o conceito é esse. Porque só eu posso usar essa marca no país inteiro. Não somos de Anchieta. Somos o Espírito Santo Futebol Clube. Podemos ter nossa sede administrativa em Vitória, treinar em Iriri (em Anchieta), em Xerém (no Rio de Janeiro), em qualquer lugar. Se o município de Marilândia, inclusive, quiser contar com o Espírito Santo oficial em vez do pirata, podemos conversar. Se tivermos uma proposta boa, com local para nos hospedarmos e treinarmos lá, não vejo problema - alfinetou o dirigente.
Sem fãs no próprio ES, clube tenta se internacionalizar
Mesmo sem cidade e ainda sem fazer sucesso no próprio Espírito Santo, o time planeja a internacionalização de sua marca. Um convênio entre o clube e a confederação de futebol de Taiwan está em curso. Por conta dele, no futuro, alguns taiwaneses devem integrar o elenco do clube capixaba, que pretende também criar uma escolinha de futebol do outro lado do mundo, além de levar o time principal para jogar em Taiwan, cuja seleção nacional tem o 144º lugar como o posto mais alto já ocupado no ranking da Fifa, em 2006.
- Fui duas vezes a Taiwan, onde participei de uma feira internacional de turismo, em que o Espírito Santo Futebol Clube representou o futebol brasileiro no estande do Brasil. Tenho bom relacionamento com a confederação de futebol deles. Nossa ideia era trazer três jogadores já para este Estadual, mas ficou em cima. Mas ainda está nos nossos planos. Provavelmente em junho que vem vamos inaugurar uma escolinha de futebol do nosso clube em Taiwan e penso em levar nosso time para amistosos lá. A ideia geral é divulgar a nossa marca. Estou buscando patrocínios de lá também - revelou Cacá Stiebler.
Os asiáticos, porém, não seriam os primeiros estrangeiros no Espírito Santo. Em 2009, quando o time subiu para a Série A do Capixabão sendo vice-campeão da Segunda Divisão estadual, que tinha apenas três times participantes, seu treinador era Mohammed Al Belushi, de Omã, conhecido de Luis Antonio Zaluar, ex-treinador do clube. Em 2011, o angolano Rui Mendes também chegou a comandar a equipe no Campeonato Capixaba, mas sem que isso fizesse parte do projeto de internacionalização da marca.
Mohammed Al Belushi, ex-técnico do Espírito Santo de Anchieta, nascido em Omã (Foto: Carlos Alberto da Silva/ Cedoc A Gazeta)Mohammed Al Belushi subiu o time para a elite do Capixabão. (Foto: Carlos Alberto da Silva/ Cedoc A Gazeta)
O sucesso de público, porém, não tem sido o resultado dessa política de não ter uma cidade fixa para mandar seus jogos. Bem ao contrário. Nos três estaduais da Série A que disputou - 2010, 2011 e 2012 -, em um universo de 23 jogos como mandante, levou somente 1.420 torcedores a campo no total, a maioria em favor dos rivais, numa média irrisória de 61,7 torcedores por partida.
As campanhas também não foram nada boas. No Capixabão de 2010, inclusive, o time ficou marcado por uma goleada de 14 a 2 sofrida para o Rio Branco-ES. Terminou a competição em nono, entre dez times. Apenas um caía. Em 2011, outro penúltimo lugar. O time foi o sétimo, entre oito clubes, mas nem havia rebaixamento. Em 2012, porém, começou dando a impressão de que a história poderia ser diferente. Entre a terceira e a quinta rodadas, o time decidiu frequentar outro "lugar" até então por ele jamais visitado: o G-4. Porém, uma sequência de maus resultados levou a equipe novamente a lutar contra a queda. A sobrevivência foi por um fio. Na última rodada, vitória de 3 a 0 sobre o Serra impediu o rebaixamento do Espírito Santo, que ficou um ponto à frente do Colatina.
- No nosso planejamento, era para estarmos brigando pelo título já nesta temporada, mas o administrador municipal nos cortou a verba acordada no ano passado no meio do campeonato. Corríamos o risco de não jogar em 2012, mas não aceitei que o time ficasse de fora. Estamos disputando, mas sem fazer loucuras. Não devemos nada a ninguém. Com a nossa organização, ainda vamos chegar lá. Temos um projeto pronto até para jogarmos a Copa do Brasil em poucos anos - garantiu Cacá.
Perder de 14 a 2 nunca mais!
Para Wedson Pipoca, zagueiro que estava no Rio Branco quando o time alvinegro maltratou o Espírito Santo por 14 a 2, no Sumaré, em Cachoeiro, em 2010, o Espírito Santo dificilmente levará outra goleada assim. Pipoca jogou o primeiro turno do atual Campeonato Capixaba pelo Espírito Santo, mas deixou o clube e acertou com o GEL, time da Série B estadual. Ainda assim, crê que o clube vem evoluindo.
- O Espírito Santo é um clube novo e nada acontece da noite para o dia. O time aos poucos pode até crescer no estado. No jogo dos 14 a 2, eles tinham jogadores amadores, pois não haviam conseguido inscrever seus atletas. Claro que um resultado elástico assim é estranho, mas nós, do Rio Branco, na época, fizemos nossa parte. Agora, preferi sair do time do Espírito Santo, porque tenho que buscar o melhor para mim. Achei que vir para o GEL era o certo. Mas acredito que o Espírito Santo nunca mais levará uma goleada daquelas.
A derrota marcante foi destaque até num documentário de 29 minutos, lançado no mês passado em um cinema de Vitória. No filme, chamado "Espírito Santo Futebol Clube" e que tem um caráter bem-humorado, quase cômico, a curta trajetória do clube é resgatada por meio da saga do dirigente Cacá Stiebler para viabilizar seu time. Numa das cenas, o dirigente chega a desabafar diante da dificuldade de ser atendido pelo poder público de Anchieta: "No ano passado (2010) o prefeito nos recebeu por ficarmos na mídia após os 14 a 2. Nessa situação, sofrer a goleada foi bom. Para a história do clube foi uma m... Será que vamos ter que tomar de 14 mais uma vez?"
As dificuldades em conseguir patrocínios junto à Prefeitura de Anchieta e a tentativa de manter vivo o projeto do Espírito Santo em meio aos fracassos em campo dão o tom do filme. Mas o que é retratado na narrativa, de algum modo, também é a capacidade de sonhar. Um sonho que, por vezes, ganha ares de pesadelo, mas que seu presidente não pretende abandonar.
- Não vou desistir nunca. Não abro mão de ver o nosso solzinho brilhando - avisou Cacá.

São Paulo pede mais tempo ao Internacional, diz advogado colorado

Em entrevista à Rádio Globo, Daniel Cravo afirma que proposta gaúcha é superior aos R$ 7 milhões e que oferta não será aumentada

Por GLOBOESPORTE.COM Porto Alegre e São Paulo
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Oscar e Giovanni Luigi (Foto: Diego Guichard/GLOBOESPORTE.COM)Novela envolvendo Oscar segue sem definição
(Foto: Diego Guichard / Globoesporte.com)
A novela envolvendo Oscar, São Paulo e Inter segue sem definição. Nesta sexta-feira, o advogado do Colorado, Daniel Cravo, afirmou que a tão esperada definição por parte do Tricolor não aconteceu até o início da tarde desta sexta-feira. Segundo o gaúcho, Adalberto Baptista, diretor de futebol do São Paulo, entrou em contato com Fernandão e pediu mais tempo para dar uma resposta final ao Internacional.
- Nós esperávamos que hoje houvesse uma contraproposta, recusa ou aceitação por parte do São Paulo. Houve o contrato prometido, por parte do Dr. Adalberto Baptista com o Fernandão, e ele pediu mais tempo para definir a negociação - disse o advogado, em entrevista à Rádio Globo.
Em reunião que durou cerca de quatro horas na tarde desta quinta-feira, na capital paulista, representantes do Inter fizeram uma proposta formal à cúpula tricolor. Porém, segundo Cravo, os valores ultrapassam os R$ 7 milhões divulgados e que a oferta feita pela direção do Colorado não será aumentada.
- No primeiro número do São Paulo, quando pedimos um parâmetro, eles tentaram colocar na mesa o valor de mercado do atleta. Mas não há uma pedida oficial de R$ 17 milhões. O Inter chegou no seu valor máximo. Num esforço conjunto entre atleta e clube, chegamos ao teto - afirmou o colorado.
Na terça-feira, a Justiça deu cinco dias para que o São Paulo contestasse o pedido de Oscar, que entrou com uma ação cautelar querendo a suspensão do contrato com o clube paulista, reativado no dia 21 de março pelo Tribunal Regional do Trabalho. Caso a liminar fosse deferida, o jogador poderia voltar a atuar pelo Inter. A intenção do Tricolor é tentar manter o jogador ou lucrar o maior valor possível com a venda.
Em entrevista, o técnico Emerson Leão abriu as portas do elenco a Oscar na manhã desta sexta, e fez elogios à qualidade do meia. O Inter tem pressa em resolver a demorada novela, já que o jogador está impedido de atuar e o clube segue na disputa da Taça Libertadores.
Entenda o caso
Depois de uma longa batalha jurídica, o São Paulo recuperou os direitos federativos do meia Oscar. Os desembargadores da 16ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo deram, por unanimidade – três votos a zero – provimento ao recurso do Tricolor.
Aos 18 anos, Oscar entrou na Justiça contra o São Paulo, no dia 18 de dezembro de 2009. Ele alegou que, quando tinha 16 anos, foi coagido pela diretoria tricolor a assinar um contrato com validade de três anos, o que é proibido pela Fifa. O atleta ainda reclamou de estar com os salários e FGTS atrasados desde setembro de 2008.
Em primeira instância, Oscar foi vitorioso e conquistou a liminar que o tornava dono dos próprios direitos federativos. Menos de uma semana após, o São Paulo conseguiu cassar essa liminar, o que fez com o que contrato do atleta, que acaba em dezembro de 2012, voltasse a ter validade.
Oscar e o São Paulo passaram cerca de seis meses entre tentativas de acordo e disputas judiciais. Em junho de 2010, o meia conseguiu a liberação de seu vínculo e assinou com o Internacional.

Às vésperas do jogo 100, Deola evita comparações com Marcos

Mais pressionado após a aposentadoria do ídolo, goleiro do Palmeiras completa marca especial e promete tentar seguir passos do antigo titular

Por Diego Ribeiro São Paulo
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Deola do Palmeiras (Foto: Diego Ribeiro / Globoesporte.com)Deola evita comparações com o ídolo Marcos
(Foto: Diego Ribeiro / Globoesporte.com)
O goleiro Deola vai entrar em campo neste domingo com uma camisa comemorativa, alusiva aos seus 100 jogos pelo Palmeiras. A marca será completada em duelo contra o Comercial, pelo Campeonato Paulista. Mas em 12 anos de Palmeiras, Deola vive seu momento de maior exposição no clube, sem o ídolo e referência Marcos, que se aposentou no início do ano. A cobrança aumentou, e o goleiro tem trabalhado para não se deixar afetar por isso.
A primeira medida de Deola é evitar qualquer tipo de comparação com Marcos, que foi a grande imagem do Palmeiras na última década e participou de títulos da grandeza da Taça Libertadores em 1999. Aos 28 anos, o atual titular do Verdão passou três temporadas no time B, foi emprestado para vários clubes do interior paulista, e só depois conseguiu se firmar. E ainda falta um título.
– Cobrança aqui sempre vai ter, não é de hoje. O Marcos também foi bastante cobrado no início de sua carreira, mas teve títulos logo de cara e alavancou sua condição. Depois que o clube teve o Marcos como goleiro, é normal tentar comparar as pessoas, mas com ele não há a menor possibilidade de comparação – ressaltou Deola.
O titular ainda está longe das conquistas de Marcos, campeão também com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2002. Mas, aos poucos, Deola quer dar alguns passos para se aproximar da idolatria. Permanecer no Palmeiras é a principal medida. O goleiro avisou que será difícil uma proposta tirá-lo do Palestra Itália.
– Enquanto eu for útil ao Palmeiras, quero continuar. Minha vida no futebol foi praticamente toda aqui. Se for possível construir uma carreira longa no clube, quero ter – desejou.
Com Deola em campo, o Palmeiras enfrenta o Comercial em busca de um melhor posicionamento para a segunda fase. Hoje o time ocupa a quinta posição na tabela, e depende de tropeços de Guarani e Santos para terminar entre os quatro melhores e garantir um duelo em casa nas quartas de final.

Tite ignora queda do Fla: 'Quando você olha o rabo dos outros...'

Treinador diz que Corinthians precisa se concentrar apenas nele e aposta em mudanças na última rodada. Hoje, rival nas oitavas seria o Emelec

Por Carlos Augusto Ferrari São Paulo
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tite corinthians   (Foto: Anderson Rodrigues/Globoesporte.com)Tite diz não se importar com a queda do Flamengo
(Foto: Anderson Rodrigues/Globoesporte.com)
Caso a primeira fase da Taça Libertadores terminasse hoje, o adversário do Corinthians nas oitavas de final seria o Emelec-EQU, justamente quem roubou a vaga do Flamengo na dramática rodada de quinta-feira. A eliminação do Rubro-Negro, porém, não foi comemorada no CT Joaquim Grava. Para o técnico Tite, o Timão precisa se concentrar apenas nele se quiser ser campeão.
– Para o Corinthians é bom fazer o papel dele e não ficar pensando nos outros. Quando você olha o rabo dos outros...Quando o macaquinho fica olhando para o rabo dos outros vem o trem e pega o dele. Aprendi a olhar só para o meu trabalho – afirmou.
Com a vitória por 3 a 1 sobre o Nacional-PAR, quarta-feira, em Ciudad del Este, o Corinthians assumiu a liderança do Grupo 6, com 11 pontos, e garantiu a classificação para o mata-mata. O Timão mira agora o primeiro lugar geral entre os 32 participantes para poder decidir em casa nas fases seguintes.
Neste momento, o Corinthians é o quinto colocado, abaixo de Libertad-PAR, Velez-ARG, Fluminense e Nacional de Medellín-COL. Destes, apenas os paraguaios já realizaram seis jogos, chegando aos 13 pontos. O Timão precisa vencer o Táchira-VEN, quarta-feira, no Pacaembu, e torcer por uma combinação de resultados para alcançar o topo entre os líderes.
Tite acredita que o emparelhamento dos times ainda sofrerá alterações com a última rodada, o que mudaria o adversário alvinegro.
– Isso ainda vai mudar – resumiu.

Nuas, ring girls são pintadas de heroínas em evento nos Estados Unidos sex, 13/04/12 por Núcleo Internet | categoria Sem categoria Compartilhar187 Para delírio dos fãs de MMA, a organização americana Championship Fighting Alliance resolveu criar uma nova forma de divulgar os seus eventos. De forma ousada, a CFA colocou as ring girls para trabalhar de forma diferente. As beldades do octógono foram pintadas, totalmente nuas, de super-heroínas, tirando completamente o foco dos lutadores. As musas aparecem pintadas de ”BatGirl”, ”Mulher Maravilha” e até ”Capitã América”. Confira abaixo o ensaio feito com as musas do Fighting Alliance:

Pelé, sobre Olimpíadas: 'Não ganhamos pois nunca joguei'

Rei do Futebol lembra que na sua época os jogadores profissionais não disputavam a competição. Agora, cobra 'medalha que o Brasil precisa ter'

Por Marcelo Hazan Santos, SP
Evento Lançamento livro centenário, Pelé (Foto: Marcelo Hazan / Globoesporte.com)Pelé, no evento de lançamento do livro do Santos
(Foto: Marcelo Hazan / Globoesporte.com)
O Brasil já conquistou cinco Copas do Mundo, mas nunca ganhou uma Olimpíada. Por quê? Segundo Pelé, o motivo é ele nunca ter disputado a competição. O Rei do Futebol afirma que, se tivesse jogado, o Brasil teria sido campeão olímpico - sem contar seu período no Cosmos, já em fim de carreira, Pelé poderia, em tese, ter participado das Olimpíadas de 1960 (Roma), 64 (Tóquio), 68 (Cidade do México) e 72 (Munique). Mas, naquela época, jogadores profissionais não disputavam a competição.
- Sabe por que exatamente não temos um ouro? Quando eu comecei a jogar, tinha 16 anos. Nessa época, quem era profissional não poderia jogar uma Olimpíada. Eu nunca joguei uma Olimpíada. Por isso não ganhamos - disse o Rei, sorrindo, durante evento de lançamento do livro oficial do centenário do Santos, na Vila Belmiro, na noite desta segunda-feira.
Principais responsáveis por tentar conseguir o inédito título para a Seleção, Neymar, 20 anos, e Ganso, 22 anos, ambos do Santos, além de Lucas, do São Paulo, com 19, são vistos como as promessas brasileiras. Pelé ressalta justamente a idade destas revelações.
- Nossos melhores jogadores estão nessa faixa de idade (até 23). É uma medalha que o Brasil precisa ter - cobra o Rei do futebol.
Mano Menezes, técnico da Seleção, será o responsável por comandar o Brasil nas Olimpíadas de Londres, em julho. A Argentina não estará na competição, mas Pelé voltou a falar sobre os "hermanos". Questionado sobre Messi, o Rei exaltou Neymar e lembrou a comparação que faziam entre ele e Maradona.
- Nunca fui rival do Maradona. Quando eu comecei a jogar, tinha o Di Stéfano no Real e todos diziam que ele era melhor do que o Pelé. Passou um pouco e veio o Maradona. Alguns dizem que o Messi é melhor do que o Pelé. Primeiro, ele tem de ser melhor do que o Neymar, coisa que não é ainda - afirmou o Rei, arrancando aplausos de todos no Salão de Mármore da Vila.
Esta não é a primeira vez que o Rei coloca o camisa 11 do Peixe à frente do meia argentino. Messi foi eleito em 2011 pela terceira vez consecutiva melhor do mundo, feito também alcançado por ídolos como Ronaldo e Zidane.

Irã bloqueia acesso ao site oficial dos Jogos Olímpicos de Londres

Internautas do país que tentam entrar na página são redirecionados para site oficial do governo iraniano, que em 2011 ameaçou boicotar o evento

Por GLOBOESPORTE.COM Londres
Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã (Foto: agência Reuters)Em 2011, Mahmoud Ahmadinejad ameaçou boicotar
os Jogos de Londres (Foto: agência Reuters)
O Irã bloqueou, nesta segunda-feira, o acesso da população ao site oficial dos Jogos Olímpicos de Londres. Segundo a rede de TV britânica BBC, internautas iranianos afirmam que ao tentarem acessar a página, são redirecionados para um endereço do governo, com publicações da agência oficial de notícias do país. As autoridades iranianas não se pronunciaram sobre o assunto.

Essa não é a primeira polêmica envolvendo o Irã e os Jogos-2012. Um boicote chegou a ser anunciado pelo país em fevereiro de 2011, quando a logo oficial do evento foi lançada. Segundo o governo, a marca na realidade soletra “Zion” (Sião, em Hebraico), nome de uma montanha em Jerusálem e palavra usada como sinônimo de Israel.

À época, autoridades iranianas chegaram e exigir que o desenho fosse retirado do ar, e causaram polêmica com os criadores da marca. No entanto, em carta aberta, o presidente Mahmoud Ahmadinejad acalmou os ânimos e disse que o Irã competiria em Londres de forma “gloriosa”.

O controle dos meios de comunicação também não é novidade para a população iraniana. O governo discute planos par acriar uma internet “limpa” para o Irã, com sua própria ferramente de busca e serviço de troca de mensagens. Os cidadãos inclusive já haviam sido avisados de que deverão apresentar identidade e fornecer o nome completo quando utilizarem a rede em um cybercafe.

Quatro anos após Pequim-2008, estádios sofrem com a falta de uso

Fora da rota dos grandes eventos esportivos, Ninho do Pássaro e Cubo D'Água convivem com o abandono e dependem de subsídios do governo

Por Agências de notícias Pequim
Ninho do pássaro Pequim 2008 (Foto: Arquivo)Uma das obras mais caras de Pequim-2008, Ninho
do Pássaro sofre com o abandono (Foto: Arquivo)
Quando foram inaugurados para os Jogos Olímpicos de 2008, o Estádio Olímpico de Pequim e o Cubo D’Água captaram a atenção do mundo pela grandeza. Quatro anos depois, no entanto, as duas arenas e boa parte das obras esportivas feitas para o evento praticamente não são aproveitadas.

Desde o fim das competições, foram raras as partidas de futebol ou competições de atletismo no estádio, conhecido como Ninho do Pássaro. Sem uso, acabou virando sede do primeiro rodeio da China e abrigou um parque temático. Segundo a administração, serão necessários 30 anos para que o investimento de US$ 480 milhões (aproximadamente R$ 912 milhões) na construção do estádio seja recuperado.

Já o Cubo D’Água, que em 2008 abrigou as competições de esportes aquáticos, perdeu cerca de US$ 1,7 milhão (aproximadamente R$ 3,2 milhões) no ano passado. Atualmente, a arena precisa do subsídio do governo e além dos lucros de um parque aquático para se manter.