sábado, 16 de novembro de 2013

'A Toda Velocidade', Vettel rouba a pole de Webber nos Estados Unidos

Alemão supera companheiro de RBR nos segundos finais e comemora conquista com bordão 'Shake and Bake' de comédia americana sobre NASCAR. Massa é 13º

Por Texas, EUA
Comente agora
vettel x webberAcompanhe os melhores momentos do treino classificatório
sacode e assa!Vettel comemora pole com bordão de filme sobre NASCAR
massa em 14ºBrasileiro acredita que 'tem algo errado' em sua Ferrari


“Shake and Bake” (algo como "Mandou Bem", em tradução livre). Foi com o bordão do personagem interpretado por Will Ferrell na famosa comédia “Ricky Bobby - A Toda Velocidade”, que Sebastian Vettel comemorou a conquista da pole position para o GP dos EUA deste domingo, válido pela penúltima etapa da temporada 2013 da Fórmula 1. Uma homenagem, em terras americanas, ao filme que conta as aventuras de um irreverente piloto da NASCAR, a principal categoria automobilística do país.
VOANDO BAIXO: Rádios de Vettel  têm sido capítulos à parte nas corridas e treinos
Pole essa que veio nos segundos finais para Vettel, aproveitando pequenos vacilos de seu companheiro de RBR, Mark Webber, nas duas últimas curvas do desafiador circuito de Austin. O australiano vinha fazendo uma volta mágica no fim do Q3: um primeiro setor perfeito, um segundo setor muito bom e um terceiro setor não tão bom assim. O tempo de 1m36s441, porém, pôs Webber no topo da folha de tempos e parecia suficiente para lhe assegurar a posição de honra.
Mas não se pode errar quando se tem Vettel como concorrente. O tetracampeão, que não é de desperdiçar oportunidades, ainda não havia completado sua volta rápida. E, claro, não deixou barato. Após virar mais alto no primeiro e segundo setores, o alemão tirou a diferença no terceiro trecho, cravou 1m36s338 e roubou a pole position do parceiro.
- Foi muito próximo com Mark. Felizmente, consegui ficar à frente. Acho que ele cometeu um erro em sua última volta – disse Vettel.
- Não fiz o suficiente em minha segunda tentativa no Q3. A primeira parte da minha volta final foi muito boa, estava feliz com ela. Mas não consegui acertar as curvas 19 e 20 como gostaria. Se eu fizesse o que fiz inicialmente, provavelmente seria suficiente, mas tentei forçar um pouco mais, mas é fácil perder o carro nessas condições. Às vezes você está feliz e pensa que deu o seu melhor, mas hoje a pole escapou pelos meus dedos. Parabéns a Seb, que encaixou os três setores enquanto eu encaixei apenas dois e meio – admitiu Webber.
Sebastian Vettel, Mark Webber e Romain Grosjean, os três primeiros no grid do GP dos EUA (Foto: EFE)Sebastian Vettel, Mark Webber e Romain Grosjean, os três primeiros no grid do GP dos EUA (Foto: EFE)
Foi a 40ª pole de Vettel na carreira, a oitava em 2013. Neste domingo, ele terá a chance de alcançar sua oitava vitória seguida na temporada e superar o recorde de 2004 de Michael Schumacher, que igualara há algumas semanas em Abu Dhabi. O GP dos EUA será transmitido ao vivo pelo SporTV a partir das 17h (horário de Brasília). O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real. A TV Globo mostra a corrida na íntegra após o "Sai de Baixo".
Massa é eliminado no Q2 e desabafa: 'Tem alguma coisa errada no meu carro'
E se as RBR estavam imbatíveis, “para variar”, coube a Romain Grosjean, da Lotus, ser o melhor do resto do pelotão, com a marca de 1m37s155. Tão inspirado quanto o franco-suíço estava o alemão da Sauber, Nico Hulkenberg, o quarto colocado. Os jovens pilotos ficaram a frente dos badalados Lewis Hamilton (Mercedes) e Fernando Alonso (Ferrari), que dividem a terceira fila do grid. Já Felipe Massa não conseguiu avançar para a disputa da superpole. Eliminado no Q2 com o 15º tempo, o brasileiro largará em 13º, já que Jenson Button perdeu três posições no grid em razão de uma punição no treino livre e caiu para 16º e Esteban Gutiérrez foi penalizado com dez posições por atrapalhar Pastor Maldonado no Q1. Após o treino, Massa disse acreditar "que há algo errado" em sua Ferrari.
- Tem alguma coisa errada, algo que não vem funcionando. Venho sofrendo com o carro. Não consigo usar o carro. Tem algum problema, e temos que entender o que é, até porque o problema é no meu carro. O Fernando conseguiu fazer uma boa volta e está usando o carro da maneira que tem de usar, mas eu não consigo por algum motivo que a gente ainda não entendeu o que é. Mas temos que revirar o carro inteiro para ver se a gente acha, senão a corrida vai ser um desastre – desabafou o brasileiro.
Além de Gutiérrez, Max Chilton também foi punido após o treino. O piloto da Marussia foi penalizado por atrapalhar Maldonado e Adrian Sutil no Q1 e terá que cumprir um drive-through até a quinta volta da corrida.
Felipe Massa GP dos EUA 2013 (Foto: Getty Images)Felipe Massa foi eliminado no Q2 e criticou duramente o carro da Ferrari (Foto: Getty Images)

Grosjean, Hulk e Bottas brilham
Quem também acabou foi surpreendido no Q2 foi Nico Rosberg, que largará em 13º com a Mercedes. Uma das atrações do treino classificatório foi a presença do finlandês Heikki Kovalainen na Lotus, no lugar do compatriota Kimi Raikkonen, que foi submetido a uma cirurgia na coluna nesta semana e só retorna às pistas no ano que vem, pela Ferrari. Kova, que por força do hábito foi chamado de Kimi pelo rádio em determinado momento do treino, foi superado pelo outro piloto do time britânico, Grosjean, mas não fez feio. Terminou com o oitavo lugar no grid, logo atrás de Sergio Pérez, que mostrou serviço em seu primeiro GP após saber que não seguirá na McLaren na próxima temporada. Em nono apareceu o futuro companheiro de Massa na Williams em 2014, Valtteri Bottas. O jovem finlandês foi um dos destaques da atividade. Foi o mais rápido no Q1, o terceiro no Q2, e largará bem à frente de seu parceiro de time, Pastor Maldonado, o 17º. 
q1
A dupla da Ferrari por pouco não foi eliminada no Q1. Fernando Alonso e Felipe Massa ficaram, respectivamente, com a 15ª e a 16ª posições, as duas últimas vagas para o Q2. Sorte do brasileiro é que Adrian Sutil sofreu um problema no freio da Force India em sua última tentativa de volta rápida, não conseguiu melhorar o tempo e foi eliminado (vídeo). Além dos pilotos das “nanicas” Caterham (Giedo van der Garde e Charles Pic) e Marussia (Jules Bianchi e Max Chilton), acostumados a caírem no Q1, ficou fora também Pastor Maldonado com sua Williams. Desempenho bem diferente teve o outro piloto do time britânico, Valtteri Bottas, o mais rápido desta parte da sessão, com o tempo de 1m37s821. Como de praxe, os pilotos da RBR, favoritos à pole position, deixaram  para ir à pista nos minutos finais. Sebastian Vettel avançou com um discreto oitavo tempo, quatro posições atrás de Mark Webber.
q2

Vettel e Webber voltaram a deixar os boxes nos minutos finais, mas dessa vez trataram de mostrar que seria difícil tirar a pole de um dos carros da RBR. O tetracampeão fez o melhor tempo do Q2 (1m37s065) e o australiano veio logo a seguir, com 1m37s312. Massa não acertou sua última tentativa de volta rápida e acabou eliminado com o 15º tempo: 1m38s592. Já seu parceiro de Ferrari, Alonso, foi bem, passando em terceiro (1m37s368), logo à frente da grande surpresa do dia, Bottas, que avançou à superpole em quarto. Além de Massa, outro piloto das equipes de ponta que acabou cortado no Q2 foi Nico Rosberg, com o 14º tempo. Também caíram: Daniel Ricciardo (STR), Paul di Resta (Force India), Jenson Button (McLaren) e Jean-Eric Vergne (STR).
q3
Pérez foi o primeiro a completar uma volta cronometrada no Q3: 1m38s074, marca logo destruída por Mark Webber, que cravou 1m36s699, melhor marca do fim de semana até então. Vettel, Grosejan e Kovalainen também anotaram tempo. Bottas também chegou a deixar os boxes no início do treino, mas não completou volta. Nos minutos finais, todos os pilotos foram para a pista para buscar as melhores posições. Inspirado, Webber fazia uma bela volta: um primeiro setor perfeito e um segundo setor muito bom. O tempo de 1m36s441 lhe colocou no topo, mas suas duas últimas curva não foram perfeitas, o que poderia lhe custar caro, já que seu companheiro Vettel, ainda não havia completado sua volta. E custou. O alemão virou mais alto no primeiro e segundo setores, mas tirou a diferença no terceiro e roubou a pole position do australiano. Grosjean anotou o terceiro tempo, seguido por Hulkenberg, Hamilton, Alonso e Pérez. 
grid de largada

1) Sebastian Vettel (ALE/RBR) 1m36s338 (Q3)
2) Mark Webber (AUS/RBR) 1m36s441 (Q3)
3) Romain Grosjean (FRA/Lotus) 1m37s155 (Q3)
4) Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) 1m37s296 (Q3)
5) Lewis Hamilton (ING/Mercedes) 1m37s345 (Q3)
6) Fernando Alonso (ESP/Ferrari) 1m37s376 (Q3)
7) Sergio Pérez (MEX/McLaren) 1m37s452 (Q3)
8) Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) 1m37s715 (Q3)
9) Valtteri Bottas (FIN/Williams) 1m37s836 (Q3)
10) Daniel Ricciardo (AUS/STR) 1m38s131 (Q2)
11)  Paul di Resta (ESC/Force India) 1m38s139  (Q2)
12) Nico Rosberg (ALE/Mercedes) 1m38s364  (Q2)
13) Felipe Massa (BRA/Ferrari) 1m38s592 (Q2)
14)Jean-Eric Vergne (FRA/STR) 1m38s696 (Q2)
15) Jenson Button (ING/McLaren) 1m38s217 (Q2)*
16) Adrian Sutil (ALE/Force India) 1m39s250 (Q1)
17) Pastor Maldonado (VEN/Williams) 1m39s351  (Q1)
18) Giedo van der Garde (HOL/Caterham) 1m40s491  (Q1)
19) Jules Bianchi (FRA/Marussia) 1m40s528  (Q1)
20) Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber) 1m38s034 (Q3)**
21) Max Chilton (ING/Marussia) 1m41s401  (Q1) ***
22) Charles Pic (FRA/Caterham) 1m40s596 (Q1) ****
* Jenson Button (ING/McLaren) fez o 13º tempo, mas perdeu três posições no grid de largada por realizar uma ultrapassagem com o cronômetro zerado durante a 1ª sessão de treinos livres **Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber) fez o décimo tempo, mas foi punido com dez posições no grid de largada por atrapalhar Pastor Maldonado durante o Q1*** <i>Max Chilton (ING/Marussia)</i> foi punido com um drive-through a ser cumprido até a quinta volta da corrida por atrapalhar Pastor Maldonado e Adrian Sutil durante o Q1
**** Charles Pic (FRA/Caterham) fez o 21º tempo, mas perdeu cinco posições no grid de largada em razão da troca de câmbio do carro


info circuito ESTADOS UNIDOS 2013 - 690px (Foto: arte esporte)

Jogadores invadem coletiva com gelo e champanhe para pedir: 'Fica, Kleina'

Treinador fica contente com manifestação do elenco e diz que vai resolver o seu futuro a partir de segunda. Nobre diz que ele é o técnico ideal para 2014

Por São Paulo
189 comentários
 
O técnico Gilson Kleina ainda negocia sua permanência no Palmeiras, mas se dependesse dos jogadores, a situação já estaria resolvida há tempos. Após a confirmação do título da Série B, neste sábado, em vitória por 3 a 0 sobre o Boa Esporte, no Pacaembu, o treinador partiu para a tradicional entrevista coletiva. No entanto, não conseguiu concluir sua primeira resposta.
A sala de entrevistas do Pacaembu foi invadida por atletas palmeirenses, que despejaram champanhe e gelo sobre o treinador, sempre aos gritos de “Fica, Gilson Kleina”. A bagunça sobre a mesa foi tanta, que a coletiva do técnico teve de ser realizada num canto da sala. 
- Nunca vi algo assim na minha vida. Até machucou um pouco. Mas é bom. Mostra que o trabalho foi correto – afirmou o treinador. 
O presidente Paulo Nobre comentou a festa e o apoio dos jogadores ao treinador e fez uma afirmação importante: disse que Kleina é o nome ideal para o cargo. O mandatário não achou errado o Palmeiras procurar Marcelo Bielsa na última semana, mas não quis mais falar sobre o assunto.
- Não digo que a manifestação faça a diferença, mas a partir do momento que estamos negociando a permanência, quer dizer que queremos continuar. Julgamos que o técnico ideal para o Palmeiras em 2014 é o Gilson. Se ele não aceitar, procuraremos outro. Isso (manifestação dos atletas) me deixa satisfeito e com provas de que ele é muito querido e tem comando do vestiário. Uma renovação de contrato envolve vários fatores, e o financeiro é só um deles. existe vontade de ambas as partes, mas temos de atingir um bom senso. Não vejo (o caso Bielsa) como deselegância, vejo como transparência. Tudo o que o Palmeiras tinha a falar sobre o Bielsa, o Brunoro já falou.
 Kleina vai descansar no domingo e, a partir de segunda, vai tratar do seu futuro.
- Vamos sentar e conversar para resolver. De qualquer forma, isso (manifestação dos jogadores) é algo que me deixa muito feliz e realizado, um reconhecimento - disse. 
O atacante Leandro explica que todo o elenco quer a permanência do técnico. Por isso, eles fizeram questão de demonstrar isso diante das câmeras.
- Fizemos essa festa para mostrar o nosso apoio.

Costa do Marfim segura pressão de Senegal e se garante na Copa de 2014

Seleção de Drogba e Yaya Touré se junta à Nigéria entre os classificados da África

Por Casablanca, Marrocos
11 comentários
O torcedor brasileiro pode comemorar: ele poderá ver os craques Didier Drogba e Yaya Touré ao vivo e em cores a partir de junho de 2014. Mas não pense que foi fácil para a Costa do Marfim, pressionada durante todo o jogo por Senegal até conseguir o gol de empate por 1 a 1, nos acréscimos, neste sábado, no Estádio Mohamed V, em Casablanca, e assim garantir a vaga na próxima Copa do Mundo.
drogba costa do marfim e senegal (Foto: Agência AFP)Costa do marfim de Drogba empata com o Senegal e vai disputar a Copa do Mundo no Brasil (Foto: Agência AFP)
A derrota por 1 a 0, diga-se, já serviria aos Elefantes, que venceram por 3 a 1 o confronto de ida, disputado no mês passado. O gol de Salomon Kalou, no contra-ataque, aos 48 minutos do segundo tempo, porém, deu fim aos seguidos sustos dos mandantes. A partida foi disputada no Marrocos devido à pena imposta pela Fifa ao Senegal por conta dos episódios violentos que aconteceram na última Copa Africana de Nações. Moussa Sow havia aberto o placar em pênalti cometido por Drogba aos 32 da etapa final.
Esta será a terceira participação da Costa do Marfim em Copas do Mundo - coincidentemente, de forma consecutiva. Resta saber se o país terá melhor sorte no sorteio, a ser realizado no dia 6 de dezembro, na Costa do Sauípe, na Bahia. Em 2006, Drogba e companhia tiveram de jogar com Argentina, Holanda e Sérvia e Montenegro, enquanto 2010 reservou uma chave com Brasil, Portugal e Coreia do Norte.
torcida costa do marfim e senegal (Foto: Agência AFP)Torcida de Costa do Marfim celebra vaga que garante a terceira participação do país na Copa (Foto: Agência AFP)

Por enquanto, apenas duas seleções africanas garantiram suas respectivas vagas na Copa. Além da Costa do Marfim, a Nigéria também se classificou após derrotar a Etiópia por 2 a 0 neste sábado. Como havia vencido por 2 a 1 fora, as Super Águias estarão no Brasil. Camarões x Tunísia (domingo) e Egito x Gana e Argélia x Burkina Faso (ambos na terça) são os outros confrontos do continente.
Sobram apenas nove vagas para a Copa de 2014. Além das três restantes africanas, há ainda quatro seleções europeias e duas de repescagens mundiais - Uruguai e México são favoritíssimos após golearem Jordânia e Nova Zelândia, por 5 a 0 e 5 a 1, respectivamente. Todas as decisões serão realizadas até quarta-feira.
Info_PAISES-CLASSIFICADOS_Copa-2014_4 (Foto: Infoesporte)

Criciúma vence o Coritiba no Couto Pereira e reage na tabela do Brasileiro

Resultado de 2 a 1 na casa do alviverde coloca o time na 13ª posição e um pouco mais longe da ZR. Para o Coritiba, a situação ficou mais complicada

Por Curitiba
13 comentários
  •  
  • sobe e desce
    Coxa x Cri
    Bastaram dois jogos para que Coritiba e Criciúma trocassem de lugar. Os catarinenses venceram e respiram. Enquanto o alviverde está a perigo
  • bola fora
    Alex
    Alex não foi nem sombra do capitão e jogador decisivo que a torcida deposita tanta esperança. Participou pouco e só ajudou em poucas cobranças de falta
  • nome do jogo
    Lins
    O Criciúma não deixou a torcida do Coritiba comemorar o gol de empate e Lins fez um belo gol menos de um minuto depois e jogando água fria
Coritiba e Criciúma fizeram um confronto direto para saber quem está menos disposto a encarar os apuros da zona de rebaixamento nas últimas rodadas do Brasileiro e pouco mais de 5,5 mil pessoas (renda de R$ 73.598,00) viram o time catarinense mostrando mais vontade, no Couto Pereira. O placar foi aberto com Wellington Paulista e a resposta um minuto depois do empate de Junior Urso, do Coritiba, veio com Lins. Já o Coritiba não teve nem o brilho do seu capitão Alex, que saiu de campo substituído no final da partida.
Com dois resultados, Coritiba e Criciúma trocaram de lugar dentro da tabela do Brasileirão. A equipe catarinense ganhou as duas últimas partidas e, na 13ª posição, respira um pouco mais aliviado do perigo da zona de rebaixamento. Derrotado em dois jogos, o alviverde cai ainda mais na tabela, está na 15ª posição e vê sua situação cada vez mais complicada. Portuguesa, Bahia e Fluminense jogam no domingo e podem passar o Coritiba.
O Coritiba joga contra o Internacional, no próximo domingo, na casa do adversário. O Criciúma, no sábado, recebe o Vitória.
Lins Wellington Paulista criciúma gol coritiba brasileirão (Foto: Giuliano Gomes / Agência Estado)Lins fez um belo e deu a importante vitória para o Criciúma no Couto (Foto: Giuliano Gomes / Agência Estado)
Criciúma aguarda o Coxa e marca na hora certa
Jogando em casa e precisando dos pontos, o Coritiba foi a campo com Alex armado como atacante ao lado de Deivid, mas desde o início do jogo, as únicas chances do alviverde se davam quando o camisa 10 fazia suas assistências. Em uma delas, a bola foi na cabeça do zagueiro Leandro Almeida que quase abriu o placar. No entanto, a participação de Alex se resumiu ao começo do jogo.
A equipe catarinense apostou em marcar e se aproveitar dos contra-ataques e, apesar do maior volume do alviverde, chegava com muito perigo. Em uma das descidas, o time ganhou o escanteio cobrado por Ricardinho e Welington Paulista apareceu para marcar de cabeça aos 28 minutos.
Veloz, o time dos carvoeiros passou a tomar conta do jogo e se aproveitar dos erros de passe e da pouca inspiração de todo elenco coxa-branca. O Criciúma ainda perdeu a chance de fazer o segundo gol quando Ricardinho tirou tinta da trave em uma jogada que começou ainda no campo de defesa catarinense.
Empate do Coritiba e resposta dos carvoeiros
O segundo tempo começou com o Coritiba recuperando as forças e tentando tomar as rédeas da partida. O torcedor que foi ao Couto Pereira sentiu que a história poderia ser diferente com as primeiras jogadas e a falta cobrada por Alex, que bateu na trave. O grito de gol também ficou entalado depois do cruzamento de Gil e o cabeceio de Deivid dentro da área, que passou muito perto.
Como o Coritiba se mantinha com a bola, criava as jogadas e passou a ficar cada vez mais próximo da área do Criciúma, aos 10 minutos, o técnico Argel Fucks deu o primeiro sinal de que a ordem era segurar o resultado. O treinador tirou o meia Ricardinho e colocou o volante Bruno Renan.  Chamusca reagiu apostando no atacante Julio César no lugar do inoperante meia Emerson Santos.
As estratégias dos treinadores não deram certo como eles planejaram. O Coritiba fez o seu gol de empate com o volante Junior Urso, sempre tão criticado por perder as oportunidades. Mas não deu tempo nem de comemorar e, na descida rápida, o Criciúma desempatou com Lins, que matou no peito e bateu com categoria para o gol enquanto a defesa do Coritiba via a banda passar.
Os gols causaram uma mudança radical na configuração do Coritiba e Chamusca, no desespero, tirou Alex para a entrada de Keirrison e tentar superlotar a área. A torcida não gostou nada e vaiou num misto de crítica à escolha do treinador e também ao pouco que o capitão fez em campo. As vaias persistiram no apito final dentro do Couto Pereira, enquanto o time dos carvoeiros saiu ainda mais fortalecido na intenção de não deixar a Série A.
Sob o comando de Seedorf, Botafogo goleia Furacão por 4 a 0 e volta ao G-4
Vitória deixa time em terceiro na tabela e secando Grêmio e Goiás para terminar a rodada entre os primeiros. Atlético-PR ainda pode perder 2º lugar
 
DESTAQUES DO JOGO
  • azarado
    Rafael Marques
    O atacante teve boa atuação na vitória alvinegra, mas esbarrou duas vezes na trave em dois bons chutes e saiu de campo sem balançar a rede.
  • o nome do jogo
    Seedorf
    O camisa 10 voltou aos bons dias e desequilibrou. Só no primeiro tempo, acertou 14 dos 18 passes. Ainda fez o dele e foi garçom no primeiro, de Elias.
  • bola fora
    Léo
    O lateral do Furacão perdeu a cabeça em dois lances num espaço de dois minutos , foi expulso e prejudicou o time, que ainda tentava uma reação.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
378 comentários
Um Seedorf envolvente, em quase todos os setores do campo, garçom e marcando gol. Um Bruno Mendes com estrela, que entrou no segundo tempo e balançou a rede duas vezes num espaço de quatro minutos . Some-se a isso velocidade, determinação, vontade... Sim, o Botafogo fez as pazes com sua torcida, que pedia mais empenho na busca pelo G-4. A goleada por 4 a 0 sobre o Atlético-PR, neste sábado à noite, no Maracanã - o primeiro gol da partida foi de Elias -, não só deixou o clube novamente entre os quatro primeiros no Brasileirão como devolveu a confiança na relação com os alvinegros.
Agora, o Glorioso, provisoriamente em terceiro lugar na tabela, com 57 pontos ganhos, torcerá por tropeço do Grêmio, que enfrentará o Flamengo, no Sul, ou do Goiás, que receberá o Internacional no Serra Dourada. O Atlético-PR, que dorme na vice-liderança, com 58 pontos, também secará o Tricolor Gaúcho e o Esmeraldino para permanecer na posição.
Na próxima rodada, o Botafogo enfrentará o São Paulo, domingo (dia 23), no Morumbi. Depois, vai ao Couto Pereira encarar o Coritiba e encerrará o Brasileirão no Rio, contra o Criciúma. O Furacão, que quarta-feira receberá o Flamengo na primeira partida da final da Copa do Brasil, pegará pelo Brasileirão o Náutico, domingo, em casa. Depois, vai à Vila Belmiro jogar contra o Santos e fará a despedida da competição em casa, contra o Vasco.
Na saída de campo, o time do Botafogo recebeu o carinho de sua torcida, que apoiou o time no Maracanã - com público pagante de 10.924 e presente de 14.147 torcedores, a renda chegou a R$ 252.940,00. Além de Seedorf, o atacante Bruno Mendes foi muito festejado pela boa atuação.
- É o meu sexto jogo no Brasileiro, venho me esforçando muito e graças a Deus entrei no segundo tempo e fiz dois gols - disse o atacante,  artilheiro da partida, ao marcar aos 32 e 36 minutos do segundo tempo - ele não fazia gols desde 21 de abril, quando balançou a rede contra o Volta Redonda, ainda pelo Carioca.
No lado do Furacão, o goleiro Weverton tratou de garantir que o mau resultado não vai influir na atuação do time quarta-feira, contra o Flamengo, no primeiro jogo da final da Copa do Brasil.
- Temos que esquecer tudo o que foi feito neste lugar (Maracanã). As críticas vão vir, mas chegamos à final por méritos. Não é um resultado desse que vai nos abater. Quarta-feira é decisão, e decisão não podemos jogar dessa forma - declarou o goleiro.
seedorf botafogo gol atlético-pr maracanã (Foto: Vitor Silva / SSPress)Seedorf vibra com o seu gol, o segundo na partida, após receber de Hyuri (Foto: Vitor Silva / SSPress)
Bota e Seedorf dominam
Um Botafogo veloz e arrasador. Essa era a forma de fazer as pazes com a torcida. Essa era a estratégia para tomar a iniciativa do jogo contra uma equipe rápida como o Furacão. E sair do primeiro tempo com boa vantagem. Com Hyuri aberto pela direita e um Seedorf bem mais ligado e procurando tocar de primeira, essa arma se tornou a principal da equipe. Logo no começo, o meia lançou o atacante... Mas faltou força no chute cruzado.
O Atlético-PR deixava claro que, pelo menos neste sábado, tentaria decidir nos contra-ataques. E com a torcida alvinegra apoiando, o Botafogo procurou jogar bem adiantado. Os meias, principalmente Seedorf e Renato, municiavam bem Edilson e Hyuri, pela direita, e Julio Cesar e Rafael Marques, pela esquerda. Hyuri, novamente ele, perdeu chance sozinho. Depois, foi a vez de Renato mandar pelo alto, com perigo. Era questão de tempo para o gol sair. E de usar bem a cabeça. Principalmente contra uma zaga boa na jogada aérea. O jeito era confundir. E o primeiro gol saiu de bom passe de Renato pela esquerda, passando pelo toque de cabeça inteligente de Seedorf e o peixinho de Elias: gol bastante comemorado pela torcida e pelo time.
Léo lateral-direito do Atlético-PR Botafogo (Foto: Site oficial do Atlético-PR/Gustavo Oliveira)Léo começa bem no Furacão mas depois é expulso (Foto: Site oficial do Atlético-PR/Gustavo Oliveira)
A pressão só aumentou. O Atlético-PR, que até procurava a boa jogada de Marcelo e Ederson, esbarrou na marcação alvinegra. Enquanto isso, Seedorf mandava na partida. Pela direita, foi novamente um eficiente garçom ao servir a Rafael Marques, que emendou na área explodiu o travessão. Dois, mas dois minutos depois, a defesa do Furacão se confundiu: Luiz Alberto, Juninho e Bruno Silva se enrolaram. Elias se meteu e tocou a bola sobrou para Hyuri, que rolou para Seedorf mandar para a rede, aos 36 minutos e ampliar a vantagem. Euforia alvinegra, irritação no banco do rubro-negro do Paraná. O técnico Vagner Mancini se irritou com a apatia do time. Agora, o jeito era esperar mudança no segundo tempo.
Estrela de Bruno Mendes
O treinador do Furacão mexeu na equipe para o segundo tempo. Tirou Fran Mérida, que não substituiu à altura o poupado Paulo Baier, para pôr Dellatorre. O time deu uma melhorada. E na bola parada deu o chute mais perigoso até então, com Ederson cobrando falta com perigo, para fora.
Bem anulado no primeiro tempo, Everton arrumava espaço para jogar. Já parecia o Atlético-PR que ocupou a vice-liderança do Brasileiro e chegou à final da Copa do Brasil. O time estava mais rápido e interessado no jogo a partir dos 10 minutos, quando Marcelo, tal qual um Usain Bolt, ganhou de Julio Cesar numa velocidade espantossa e só não completou a jogada porque sofreu falta. Mas o Alvinegro também tinha seu homem veloz: Hyuri deu belo drible da vaca e levou Manoel na conversa e na corrida. Mas bateu pelo alto.
Elias rafael marques botafogo e atlético-pr (Foto: Vitor Silva / SSPress)Elias (dir) celebra o primeiro gol do jogo junto a Rafael Marques (Foto: Vitor Silva / SSPress)
Elias, contundido, pediu para sair no Botafogo. Bruno Mendes entrou. Ederson, artilheiro do Brasileiro, mal no jogo, acabou sacado. Roger o substituiu. O Furacão subia e deixava espaços. Bruno Mendes entrou bem na partida e mandou uma bomba, que Weverton salvou. Depois, Rafael Marques mandou outra na trave. A coisa piorou para o Furacão quando o lateral Léo perdeu a cabeça e, num espaço de dois minutos, levou o cartão amarelo e depois o vermelho ao dar tapa em Seedorf e uma cotovelada em Rafael Marques. O holandês, já pela esquerda, resolveu fazer a festa. Bruno Mendes também. Marcou o terceiro, aos 32, ao receber "passe" esquisito de Bolívar. E o quarto, aos 36, após centro de Lima, que entrara na partida no lugar de Julio Cesar.
Bolívar ainda acabou expulso, mas nada deixaria o torcedor alvinegro menos feliz no Maracanã. E o Furacão não tinha mais nada a fazer. Pelo menos até quarta-feira, é pensar só na Copa do Brasil.
 

Após 2013 de conquistas, lutador de MG quer tempo de descanso

Pow conquistou cinturão no WGP de Kickboxing, em São Paulo, e agora quer recuperar as energias para as competições de 2014

Por Divinópolis, MG
Comente agora
Lutador Pow com cinturão do WGP Divinópolis (Foto: Jéssica Lopes) Pow exibe cinturão com orgulho
(Foto: Jéssica Lopes)
Após conquistar mais um título, desta vez o cinturão Brasileiro K-1 no WGP de Kickboxing, em São Paulo, o lutador mineiro Edipo Herbert de Lima, o "Pow", só quer saber de descanso. O ano de 2013 foi marcado por várias competições e vitórias, e agora o atleta, de 24 anos, quer aproveitar este fim de ano para repor as energias. Para o último campeonato Pow teve que emagrecer seis quilos em um dia, e para ele o ritmo acelerado atrapalhou na preparação.
- Não deu pra ter uma preparação muito boa porque eu tinha acabado de chegar do Mundial de Artes Marciais, que aconteceu na Rússia – contou.
Apesar do cansaço, Pow não esconde a alegria pelo título, e exibe o prêmio com orgulho.
– Foi uma conquista muito grande porque às vezes tem atletas até com um potencial maior, mas não têm a chance que eu tive de participar dessa competição – afirmou o lutador.
Depois de descansar, o atleta irá lutar para que este prêmio continue em suas mãos. Em março, ele deve defender o cinturão que conquistou no WGP. A data da luta e o desafiante ainda não foram definidos.

Aryane, Bananada e Armênio são as atrações da VIII edição do Coliseu

Evento em Maceió está marcado para o próximo dia 5, no Ginásio do Sesi

Por Maceió-AL
Comente agora
Aryane Steinkopf ring girl mma (Foto: Reinaldo Gama / Divulgação)Aryane Steinkopf é a principal ring girl do Coliseu (Foto: Reinaldo Gama / Divulgação)
A organização do Coliseu está ultimando os detalhes para a VIII edição do evento, marcada para o dia 5 de dezembro, às 20h, no Ginásio do Sesi, em Maceió. As grandes atrações são a luta entre Paulo Bananada e Gilbert Durinho e a participação do alagoano Armênio Neto, campeão europeu, que vai se apresentar pela primeira vez em casa, além da modelo Aryane Steinkopf, eleita a musa do MMA brasileiro no ano passado.
Paula Bananada discute com Gilbert Durinho no Coliseu (Foto: Divulgação / Site PauloBananada.com.br)Paula Bananada discute com Gilbert Durinho
(Foto: Divulgação / Site PauloBananada.com.br)
Bananada e Durinho não lutaram na VII edição do Coliseu. Durinho não bateu o peso, foi provocado pelo adversário e um novo encontro foi marcado para dezembro. Além da luta principal, que envolve atletas da Team Nogueira e  Belfort Team, o evento marca também  o combate entre Rick Monstro e Jackson Naco. Destaque no MMA europeu, Armênio Neto vai enfrentar Alexandre Leão na categoria até 77kg.
Como dizem os próprios organizadores, a cereja do bolo do Coliseu é Aryane, modelo que tem uma legião de fãs no Brasil e fez muito sucesso em Alagoas nas últimas edições do evento.
- Aryane fechou conosco porque foi eleita a melhor ring girl de 2012 e o Coliseu o melhor evento do país. Em Arapiraca, por exemplo, ela parou a cidade. É muito importante contarmos outra vez com ela na próxima edição - diz o organizador Márcio Mrotzeck.
Segundo a organização, os ingressos de arquibancadas vão custar a partir de R$ 20,00 e, em breve, os locais de venda vão ser anunciados.
Card oficial do Coliseu VIII
Super Luta até 73 kg
Paulo “Bananada” Gonçalves da Silva (Team Nogueira | MTC) x Gilbert “Durinho” Burns (Blackzilians | Belfort Team)
Disputa de cinturão até 93 kg
Richardson Moreira “Rick Monstro” (Team Nogueira | Fight & Fitness) x Jackson “Naco” Gonçalves (GF Team)

Até 77 kg - Armênio Neto (Nobrega Team) x Alexandre Leão (Machida Team)
Até 70 kg - Paullemir da Silva Alves (Ricardo Feitosa/ Titãs) x Luiz Bruno Oliveira (Hikari)
Até 66 kg - João Prudêncio da Silva (Adois Fight) x Edcarlos Lima (Gracie Barra Alagoas)
Até 61 kg - Eduardo “Maquina da dor” Silva (Full House) x Alexandre Lima Oliver (Velame Team/ Champion Nordeste)
Até 77 kg - Nilton “Cachorrão” (Adois Fight) x João Paulo “JP” Moura (Chute Fight)
Até 70 kg - Ivo Bezerra da Silva Neto (Ricardo Feitosa | Titãs) x Ricardo Rodrigues Gomes (Hikari)
Até 66 kg - Edcarlos “Peixe” Ferreira (Adois Fight) x Rogério Pereira de Souza (Chute Fight)

Bellator: Rampage nocauteia Beltran,
e Patricio Pitbull vence GP dos penas

Ex-campeão do UFC derrota rival no último segundo do primeiro round. Peso-pesado da organização tem novo campeão após vitória de Minakov

Por Atlantic City, EUA
50 comentários
Demorou quase cinco anos para Rampage Jackson voltar a nocautear um adversário. O jejum terminou nesta sexta-feira, em Atlantic City (EUA), com uma vitória no último segundo do primeiro round sobre Joey Beltran em sua estreia no Bellator. Rampage aproveitou um momento de clinch para acertar dois cruzados, um de esquerda e outro de direita, e levar Beltran à lona.
O Bellator 108 teve no coevento principal a disputa do cinturão dos pesos-pesados. O russo Alexander Volkov fez sua primeira defesa de título e não teve sucesso diante do seu compatriota Vitaly Minakov. O desafiante venceu também no primeiro round por nocaute técnico.
O card principal todo, por sinal, terminou no primeiro round. Patricio Pitbull também nocauteou e faturou o Grand Prix do peso-pena. Ele derrotou Justin Wilcox e assim ganhou a chance de disputar o cinturão da categoria. Em duelo do peso-galo, outro brasileiro, Marcos Loro, passou por Tom McKenna por nocaute técnico.

Mais Combate.com: confira as últimas notícias do mundo do MMA

Confira os resultados:
Rampage Jackson venceu Joey Beltran por nocaute aos 4m59s do round 1
Vitaly Minakov venceu Alexander Volkov por nocaute técnico aos 2m57s do round 1
Marcos Loro venceu Tom McKenna por nocaute técnico aos 4m29s do round 1
Patricio Pitbull venceu Justin Wilcox por nocaute técnico aos 2m23s do round 1
Sam Oropeza venceu Chip Moraza-Pollard por nocaute técnico aos 37s do round 1
Tom DeBlass venceu Jason Lambert por nocaute a 1m45s do round 1
Nah’Shon Burrell venceu Jesus Martinez por decisão unânime (29 a 28, 30 a 27 e 30 a 27)
Anthony Marrison venceu Kenny Foster por decisão majoritária (28 a 28, 29 a 27 e 30 a 26)
Liam McGeary venceu Najim Wali por finalização (chave de braço) a 1m31s do round 1
Will Martinez venceu Kevin Roddy por finalização (mata-leão) aos 3m50s do round 1
Dan Matala venceu Ryan Cafaro por nocaute técnico aos 3m52s do round 2
Rob Sullivan venceu Sergio de Silva por decisão unânime (29 a 28, 30 a 27 e 30 a 27)

Ganhando ou perdendo, GSP leva bolsa de quase R$ 1 milhão em Vegas

Campeão dos meio-médios do Ultimate tem bolsa de US$ 400 mil para
duelo diante de Johny Hendricks, pelo UFC 167, garante o site 'MMA Junkie'

Por Las Vegas, EUA
11 comentários
Georges St-Pierre acostumou-se a ser desafiado e retornar para casa com o cinturão de campeão dos meio-médios do UFC. Na noite deste sábado, diante do desafiante Johny Hendricks, com transmissão ao vivo do Combate a partir das 21h30 (horário de Brasília), GSP coloca novamente sua cinta à prova. Perder nem passa por sua cabeça, mas caso seja derrotado no evento que marca os 20 anos do UFC, o canadense levará para casa ao menos US$ 400 mil (quase R$ 920 mil), sem contar o bônus da vitória, um possível bônus por luta da noite, finalização ou nocaute.
+ Clique aqui e confira galeria de fotos da pesagem do UFC 167
Georges St-Pierre Pesagem UFC 167 (Foto: Evelyn Rodrigues)Ganhando ou perdendo Georges St-Pierre leva R$ 920 mil pela luta (Foto: Evelyn Rodrigues)
A informação foi divulgada pelo site "MMA Junkie", que também listou a bolsa que será paga para outros atletas do card principal. Desafiante, Hendricks tem garantido US$ 50 mil (R$ 115 mil). Rashad Evans vai embolsar US$ 125 mil, valor que pode dobrar caso vença Chael Sonnen, que tem US$ 100 mil de bolsa. Robbie Lawler fechou sua participação por US$ 83 mil.
Seu rival, Rory MacDonald, tem bolsa de US$ 50 mil, e se vencer, dobra o valor. Josh Koscheck, veterano do evento, tem bolsa de US$ 78 mil. Tyron Woodley fechou por US$ 50 mil. Todos os listados acima podem receber, assim como St. Pierre, bônus de luta da noite, finalização ou nocaute, o que aumentaria os ganhos.
Mais Combate.com: confira as últimas notícias do MMA e UFC
O UFC 167, que comemora os 20 anos da organização, será realizado no MGM Grand Garden Arena, na noite deste sábado. O canal Combate transmite o evento ao vivo a partir das 21h30m (horário de Brasília), e o Combate.com acompanha tudo em Tempo Real, além de transmitir o primeiro duelo do card preliminar (Cody Donovan x Gian Villante).
Confira os pesos registrados pelos lutadores na pesagem desta sexta-feira:
CARD PRINCIPAL
Peso-meio-médio (até 77,1kg): Georges St-Pierre (77,1kg) x Johny Hendricks (77,1kg)
Peso-meio-pesado (até 93,4kg*): Rashad Evans (92,5kg) x Chael Sonnen (93,4kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg*): Rory MacDonald (77,6kg) x Robbie Lawler (77,1kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg*): Josh Koscheck (77,1kg) x Tyron Woodley (77,6kg)
Peso-mosca (até 57,2kg*): Tim Elliott (56,7kg) x Ali Bagautinov (57,2kg)
CARD PRELIMINAR
Peso-leve (até 70,8kg*): Donald Cerrone (70,3kg) x Evan Dunham (70,8kg)
Peso-médio (até 84,4kg*): Ed Herman (84,4kg) x Thales Leites (84,4kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg*): Brian Ebersole (77,6kg) x Rick Story (77,1kg)
Peso-galo (até 61,7kg*): Erik Perez (61,2kg) x Edwin Figueroa (61,2kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg*): Jason High (77,1kg) x Anthony Lapsley (77,1kg)
Peso-galo (até 61,7kg*): Will Campuzano (61,2kg) x Sergio Pettis (61,2kg)
Peso-meio-pesado (até 93,4kg*): Cody Donovan (93kg) x Gian Villante (93kg)
* Limites das categorias já contando com uma libra (454g) a mais, que é a tolerância para lutas que não valem título.

Bjorn Rebney compara Askren a Royce e não concorda com Dana

Presidente do Bellator diz que fez de tudo para manter o seu campeão meio-médio e garante que Ben 'bateria em vários tops do ranking do UFC'

Por Atlantic City, EUA
14 comentários
Ben Askren Bellator (Foto: Divulgação/Site Oficial do Bellator)Ben Askren não tem prestígio com Dana White
(Foto: Divulgação/Site Oficial do Bellator)
Campeão do Bellator e imbátivel até o momento em sua carreira no MMA, com um cartel de 12-0, Ben Askren não convenceu Dana White de que deve ter desde já uma chance no UFC, por, segundo o mandatário, não ter mostrado potencial para isso. Liberado pelo rival da franquia Zuffa, o meio-médio foi um dos assuntos da coletiva de imprensa após a estreia de Quinton Rampage Jackson com um belo nocaute sobre Joey Beltran. Em conversa com a imprensa, Bjorn Rebney, presidente do Bellator, discordou de White. Não só garantiu que Askren venceria em 99 das 100 vezes que enfrentasse vários tops do ranking do Ultimate, como também comparou seu ex-campeão com a lenda brasileira Royce Gracie.
Mais Combate.com: confira as últimas notícias do mundo do MMA
- Ben é uma anomalia. Uma aberração. É uma aberração como Royce Gracie foi no início do MMA. É um lutador unidimensional, mas ridicularmente dominante em sua dimensão de luta. Eu acho errado e ridículo você levantar em cada conversa com a imprensa e dizer que os melhores lutadores estão com você e você vê que o cara que é o sexto melhor do ranking dos meio-médios não ter vez. E você não faz uma proposta a ele? Então você precisa parar de dizer que os grandes lutadores estão aí. Vários dos lutadores tops do UFC seriam derrotados por Ben Askren em 99 das 100 vezes que duelassem nessa divisão - rebateu Bjorn Rebney ao site "MMA Fighting".
Bellator  Ben Askren x Andrey Koreshkov (Foto: Reprodução / Facebook / Bellator)Ben Askren domina Andrey Koreshkov durante luta do Bellator (Foto: Reprodução / Facebook / Bellator)
O presidente do Bellator também lembrou que não gostaria de ter liberado Askren, que chegou a rebater as críticas de Dana White. Mas frisou que a diferença do que um pedia e o outro oferecia era grande.
- Temos uma boa relação. Eu ligo para o Ben e ele me liga de volta. Mas o valor que ele imagina ter de marketing como lutador é muito maior do que a percepção que tenho e acredito que ele valha para a companhia. Não sei o que ele fará nem para onde ele vai. Fiz várias ofertas para ele, mas ele sempre voltava e pedia mais - explicou o presidente.

Comparado a Dana White, Sonnen vangloria o patrão: 'Ele é meu ídolo'

Lutador se mostra lisonjeado, mas por outro lado diz não ser 'nenhum Dana White'. Presidente do UFC diz que vê Chael ocupando seu lugar no futuro

Por Direto de Las Vegas, EUA
15 comentários
Sonnen Coletiva UFC 167 (Foto: Evelyn Rodrigues)Sonnen tem a fala fácil (Foto: Evelyn Rodrigues)
A fala fácil e os comentários inteligentes de Chael Sonnen fizeram muita gente começar a compará-lo a Dana White, que, assim como ele, é uma pessoa de personalidade e que sabe se portar diante das câmeras. O próprio presidente do UFC concordou e disse que vê o lutador exercendo sua função à frente da organização no futuro:
- Sim, eu consigo vê-lo nessa função. O que eu gosto no Chael é que ele é um motivador e sabe como falar com os lutadores e com o público.
Sonnen se mostrou lisonjeado com a comparação e chamou o patrão, com quem tem ótima relação, de ídolo. Ao mesmo tempo, disse que não é "nenhum Dana White":
- Dana é o mestre, e é um grande elogio ser comparado a ele. Nunca houve alguém que pudesse trabalhar tão duro quanto Dana, se sacrificar como ele fez. Ele é meu ídolo, eu o copio em vários sentidos, mas não sou nenhum Dana White. E eu realmente aprecio essa comparação.
Com Chael Sonnen x Rashad Evans no coevento principal, o UFC 167 será realizado no MGM Grand Garden Arena, na noite deste sábado. O canal Combate transmite o evento ao vivo a partir das 21h30m (horário de Brasília), e o Combate.com acompanha tudo em Tempo Real, além de transmitir o primeiro duelo do card preliminar (Cody Donovan x Gian Villante).
UFC 167
16 de novembro de 2013, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Georges St-Pierre x Johny Hendricks
Rashad Evans x Chael Sonnen
Rory MacDonald x Robbie Lawler
Josh Koscheck x Tyron Woodley
Tim Elliott x Ali Bagautinov
CARD PRELIMINAR
Donald Cerrone x Evan Dunham
Ed Herman x Thales Leites
Brian Ebersole x Rick Story
Erik Perez x Edwin Figueroa
Jason High x Anthony Lapsley
Will Campuzano x Sergio Pettis
Cody Donovan x Gian Villante

Para Koscheck, luta contra Woodley pode significar o seu futuro no UFC

Lutador americano ainda aposta que o canadense Georges St-Pierre
vai vencer Hendricks no duelo principal do UFC 167, em Las Vegas

Por Direto de Las Vegas, EUA
5 comentários
Josh Koscheck realiza neste sábado a sua 23ª luta no UFC de número 167, que acontece no MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas, nos EUA. Aos 35 anos, o americano, que foi um dos participantes da primeira edição do reality show The Ultimate Fighter nos EUA, sabe que o duelo contra Tyron Woodley pode lhe custar o seu futuro na organização.
- Na época em que o primeiro TUF começou, eu acho que nós tínhamos cinco jornalistas sentados na coletiva de imprensa. Hoje se você olhar ao redor você vê todas essas parcerias com emissoras de TV e o crescimento do UFC. Naquela época, eles tinham apenas de seis a doze pay-per-views por ano. E aí eles fizeram o TUF…o esporte mudou muito nos últimos cinco a dez anos, é muito louco ver fãs vindo para as coletivas de imprensa e as pesagens. Nós éramos bem ocupados, mas não como agora O esporte tem se desenvolvido de maneira absurda e, para mim, lutar pela vigésima terceira vez, essa é a maior luta da minha carreira. Eu achava que a luta do TUF era a mais importante da minha carreira, mas não. Essa luta é 10 vezes maior do que aquela. Eu sei que eu estou lutando há bastante tempo e eu tive alguns dias bons e ruins nesse jogo, mas isso é parte de ser um artista de artes marciais mistas. - disse o lutador, antes de completar:
Josh Koscheck Pesagem UFC 167 (Foto: Evelyn Rodrigues)Josh Koscheck na pesagem do UFC 167 (Foto: Evelyn Rodrigues)
- Se você olhar para os últimos cards, por exemplo, o do Diego Sanchez contra o Gilbert Melendez, eu acho que o Diego tinha grande chance de estar desempregado se ele não tivesse tido uma boa performance naquela noite. A mesma coisa acontece comigo. O meu traseiro está em jogo nesse duelo. A minha última luta não foi tão boa, a anterior a essa foi ok, mas você precisa ir lá e vencer.  Nesse esporte, agora mesmo,  há muitos caras que estão esperando para entrar no UFC. E o UFC sabe disso e há uma série de etapas relacionadas às finanças e a perder e vencer lutas. Um lutador precisa ir lá, competir e vencer. - declarou durante a coletiva de imprensa pré-evento.
Com um cartel de 19 vitórias e 7 derrotas no MMA, Koscheck perdeu os últimos dois duelos no UFC contra Robbie Lawler e Johny Hendricks, e depois sofreu uma lesão que o tirou da luta contra Demian Maia no UFC Rio 4, em agosto deste ano. O peso meio-médio, no entanto, acredita que a má fase foi ocasionada pelo fato de ele ainda treinar como nos tempos em que iniciou a carreira.
- Quando você treina duro, as lesões acontecem. Conforme você vai ficando mais velho, é preciso ajustar o seu treino e eu senti que eu estava treinando tão duro quanto quando eu tinha 23, 24 anos de idade. Eu tive algumas pequenas lesões na mão e não pude socar por um tempo, por isso a luta foi cancelada. Mas enfim,  agora falando dessa luta de sábado, trata-se de um grande duelo, assim como todos do UFC. Não importa se é a sua primeira ou a sua última luta, todas elas são grandes. Você não está mais lutando na frente de algumas mil pessoas, você está lutando para milhões de pessoas e para o mundo todo. Toda luta é grande e essa é certamente uma dura luta para mim. Eu treinei duro, estou em excelente forma e estou muito ansioso para esse duelo.
O lutador afirma sente bastante honrado por fazer parte do card de 20 anos do UFC e se emociona ao falar sobre a sua participação na história da organização, que teve início no TUF 1.
- Aquele reality show foi muito maluco e provavelmente eles têm tanta coisa gravada que poderiam voltar, editar e montar um programa totalmente novo. Quando você é jovem, você é um pouco mais louco e havia muita coisa maluca naquela casa. E isso foi bom para a TV. No final das contas, se você olhar para os lutadores que surgiram desse programa, há muitos bons lutadores. Nós no começo apanhamos um pouco, porque éramos participantes de um reality show. Mas dois anos depois, você já veria alguns desses caras lutando pelo título. Forrest Griffin se tornou campeão, Kenny Florian lutou pelo título duas ou três vezes… então você precisa pensar nesse aspecto. Esses caras eram lutadores naquela casa e eu me lembro de ter visto a luta do Stephan Bonnar e do Forrest Griffin e, por menor que aquela arena parecesse, havia 18 mil pessoas batendo os pés no chão e os aplaudindo e isso foi algo elétrico que realmente mudou tudo. As pessoas passaram a nos reconhecer na rua. Aquela luta definitivamente mudou tudo.
Josh Koscheck e Tyron Woodley Coletiva UFC 167 (Foto: Evelyn Rodrigues)Encarada de Josh Koscheck e Tyron Woodley (Foto: Evelyn Rodrigues)
Koscheck, que já enfrentou tanto Hendricks quanto Georges St-Pierre,  também aproveitou para arriscar o seu palpite para o duelo principal do card do UFC 167:
- Eu já disse isso a todo mundo.  Georges St-Pierre entra para uma luta com uma estratégia muito bem definida, em excelente forma e buscando o duelo. Eu acredito que ele leve vantagem na luta em pé por conta do alcance, porque ele é rápido e tem um bom jab. Ele vai entrar com o plano de jogo, qualquer que seja, e vai segui-lo e eu acho que GSP provavelmente vai vencer esse duelo. - finalizou.
O UFC 167 será realizado no MGM Grand Garden Arena, na noite deste sábado. O canal Combate transmite o evento ao vivo a partir das 21h30m (horário de Brasília), e o Combate.com acompanha tudo em Tempo Real, além de transmitir o primeiro duelo do card preliminar (Cody Donovan x Gian Villante).
UFC 167
16 de novembro de 2013, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Georges St-Pierre x Johny Hendricks
Rashad Evans x Chael Sonnen
Rory MacDonald x Robbie Lawler
Josh Koscheck x Tyron Woodley
Tim Elliott x Ali Bagautinov
CARD PRELIMINAR
Donald Cerrone x Evan Dunham
Ed Herman x Thales Leites
Brian Ebersole x Rick Story
Erik Perez x Edwin Figueroa
Jason High x Anthony Lapsley
Will Campuzano x Sergio Pettis
Cody Donovan x Gian Villante

Os causos pré-fama de GSP: invasão a octógono e gritos de Mark Coleman

Campeão do UFC conta que poderia ter estragado evento do UFC no
passado e que se sentiu intimidado por veteranos antes de sua estreia

Por Direto de Las Vegas, EUA
17 comentários
Georges St-Pierre nem sempre foi famoso e, como quase todo mortal, coleciona espisódios curiosos na sua trajetória até aqui. O canadense, que tentará defender o cinturão dos meio-médios no UFC 167, neste sábado, compartilhou com a imprensa alguns causos que viveu bem antes de se tornar campeão da organização. Um deles é que GSP entrou no octógono antes mesmo de ser contratado pelo Ultimate. Como? Na base da invasão mesmo. Bem-humorado, ele recordou que poderia ter estragado um evento inteiro:
- Meu primeiro UFC foi Tito Ortiz x Ken Shamrock. Eu sonhava em lutar um dia no UFC. Na noite anterior à luta, eu e meu amigo achamos um jeito de entrar no MGM Grand Garden e conseguimos entrar no octógono. Fizemos sombra de boxe dentro do octógono. Ninguém estava lá para tomar conta do cage, eu não podia acreditar. Eu poderia pegar uma faca e cortar tudo (risos). Eles poderiam ter cancelado o show. Foi loucura. Não tinha segurança, e eu entrei lá no octógono e fiz sombra de boxe com meu amigo. Eu era um fã, não era um lutador do UFC - afirmou o campeão, com o sorriso aberto.
Georges St-Pierre Pesagem UFC 167 (Foto: Evelyn Rodrigues)Georges St-Pierre na pesagem do UFC 167 (Foto: Evelyn Rodrigues)
St-Pierre contou também que ficou intimidado pelos grandões Mark Coleman, Kevin Randleman, Ricco Rodriguez e cia. instantes antes de sua estreia no UFC:
- Na minha primeira luta no UFC, eu enfrentei Karo Parysian. Eu lutei no card preliminar. Me colocaram num vestiário bem pequeno. Eu estava com três amigos. Não tínhamos muito espaço para o aquecimento, então decidi tirar as cadeiras de lá. Ainda assim, era pequeno. De repente, ouvi um barulho no corredor, como se terceira guerra mundial tivesse começado. Entraram na sala o Wes Sims, Kevin Randleman, Mark Coleman, Mike Goldberg, o pai de Wes Sim, que é até maior do que ele, e Ricco Rodriguez. Randleman e Coleman foram meus ídolos antes. Não tinha muito espaço, e entraram aqueles gigantes. Eu não sabia falar inglês direiro naquela época e fiquei intimidado. Era minha primeira luta no UFC. Aí o Coleman me perguntou: "Quem é você?" (imitando a voz grossa do ex-lutador). Eu respondi: "Oi. Sou Georges St-Pierre". Ele: "Quem você vai enfrentar?". Eu: "Karo Parysian". Ele me olhou e falou: "Você é wrestler?". Respondi que sim, e ele: "Yeah! Vou torcer por você!". Foi uma gritaria no vestiário. Eles ficaram muito agitados (risos). Eu fiquei com medo. Eu não entendia bem o que ele falava, mas sei que ele me incentivou com muitos palavrões. Mas em vez disso ele estava me apavorando. Eles começaram a socar a parede, e eu não conseguia me aquecer. Pensei: "Meu Deus, que loucura". Fui para o banheiro e pulei um pouco. Aí o Burt Watson chegou no vestiário gritando que era hora da minha luta. Foi a minha primeira (risos).
Durante o Q&A de sexta-feira, Coleman foi questionado e confirmou o acontecido:
- É verdade. Em 1996, 97, 98, a única coisa que sabíamos era ser barulhentos, intensos. Não percebi que estava tomando espaço dele, nem que ele (St-Pierre) não sabia inglês. Nós éramos intimidadores. Agora ele é quem toma o espaço no tatame. E eu diminuí meu tom de voz.
O causo serviu para criar uma amizade entre St-Pierre e Mark Coleman:
- Vi o Mark Coleman algumas vezes depois disso, e ele é um cara incrível. É engraçado você ver seu ídolo na TV e não saber como ele é. Aí você o conhece na vida real. É engraçado. Foi uma grande experiência. É uma boa história para contar.
O UFC 167 será realizado no MGM Grand Garden Arena, na noite deste sábado. O canal Combate transmite o evento ao vivo a partir das 21h30m (horário de Brasília), e o Combate.com acompanha tudo em Tempo Real, além de transmitir o primeiro duelo do card preliminar (Cody Donovan x Gian Villante).
UFC 167
16 de novembro de 2013, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Georges St-Pierre x Johny Hendricks
Rashad Evans x Chael Sonnen
Rory MacDonald x Robbie Lawler
Josh Koscheck x Tyron Woodley
Tim Elliott x Ali Bagautinov
CARD PRELIMINAR
Donald Cerrone x Evan Dunham
Ed Herman x Thales Leites
Brian Ebersole x Rick Story
Erik Perez x Edwin Figueroa
Jason High x Anthony Lapsley
Will Campuzano x Sergio Pettis
Cody Donovan x Gian Villante

UFC 20 anos: reveja 20 momentos que marcaram a história do Ultimate

Do primeiro torneio ao nocaute de Chris Weidman em Anderson Silva, estas lutas e eventos ajudaram a moldar a maior organização de MMA do mundo

Por Rio de Janeiro
54 comentários
Em 20 anos de história, o UFC produziu inúmeros momentos memoráveis, e cada fã de MMA tem seu momento favorito, ou o que o fez começar a acompanhar o campeonato. Com 252 eventos e quase 2.500 lutas disputadas, é muito difícil definir quais são os mais importantes e marcantes da história da companhia, mas o Combate.com aceitou o desafio e tentou. Algumas horas antes do UFC 167, que comemora o 20º aniversário da franquia e promete mais momentos inesquecíveis, apresentamos a lista dos 20 momentos que marcaram e ajudaram a definir a trajetória do Ultimate Fighting Championship. Confira abaixo:
20- Shogun x Henderson, UFC 139 - 19 de novembro de 2011
Maurício Shogun e Dan Henderson estiveram envolvidos em várias das melhores lutas da história do MMA, então quando os dois foram colocados no evento principal do UFC 139, era de se esperar um grande combate. Mas ninguém estava preparado para a batalha que se seguiu, em que ambos os lutadores tiveram chances de encerrar o duelo em cada um dos três primeiros rounds e foram até o final dos cinco previstos. Hendo acabou levando a melhor graças aos seus melhores momentos nos três rounds iniciais, e houve muita discussão se Shogun não merecia um 10-8 no round derradeiro e um empate no placar final. O que não se discutiu, por sua vez, foi o lugar do duelo no panteão das grandes lutas de MMA de todos os tempos, e o combate foi comparado até ao "Thrilla in Manila", histórico encerramento da trilogia entre Muhammad Ali e Joe Frazier, tido por muitos como o melhor combate de boxe da história.
UFC 139 - Mauricio Shogun Rua ataca Dan Henderson (Foto: AP)Maurício Shogun e Dan Henderson travaram uma guerra de cinco rounds no UFC 139 (Foto: AP)
19- Vitor Belfort nocauteia Wanderlei Silva, UFC Brazil - 16 de outubro de 1998
A primeira visita do UFC ao Brasil foi marcante por diversos motivos, mas nenhum maior do que o nocaute de Vitor Belfort em Wanderlei Silva. Os dois lutadores já faziam barulho no início de suas carreiras - Vitor no próprio UFC, Wand no IVC - e seu confronto no Ginásio da Portuguesa, em São Paulo, era muito esperado pelos fãs brasileiros de MMA. Porém, o duelo terminou em apenas 44s, com uma sequência incrível de golpes retos de Belfort. O nocaute permanece como um dos mais bonitos da carreira do ex-campeão peso-meio-pesado, e é considerado pelos amigos de Wanderlei como o ponto em que "nasceu" o "Cachorro Louco", que dominaria o Pride, principal evento de MMA do mundo na primeira década dos anos 2000. Os dois estiveram próximos de fazer uma revanche no UFC 147, em 2012, após a primeira temporada do The Ultimate Fighter Brasil, mas uma lesão na mão tirou Belfort do confronto.
18- UFC: Velásquez x Cigano 1 - 12 de novembro de 2011
O UFC comemorou 18 anos e chegou à maioridade tanto em idade quanto em reconhecimento de mídia nesta luta realizada em Anaheim, nos EUA. A disputa do cinturão dos pesos-pesados entre Cain Velásquez e Junior Cigano marcou a estreia do Ultimate na TV aberta nos EUA, numa das quatro maiores emissoras do país, e também sua primeira vez ao vivo na Rede Globo no Brasil. Se 18 anos antes Royce Gracie assombrou o mundo ao derrotar homens muito maiores e mais fortes, seu compatriota Cigano surpreendeu ao derrotar o favorito Velásquez e se sagrar campeão com um nocaute em apenas 64s. Seria o início de uma das mais bem sucedidas trilogias da história da organização, na qual o americano Velásquez se saiu melhor nas duas lutas seguintes.
17- Royce Gracie x Dan Severn, UFC 4 - 6 de dezembro de 1994
Para muitos, é a vitória definitiva de Royce Gracie. Após passar por Ron Van Clief e Keith Hackney nas primeiras fases, o campeão dos primeiros dois Ultimates encontrou na final do UFC 4 o enorme wrestler Dan Severn, de 1,88m de altura e 113kg. Acreditava-se que Severn, que passou com facilidade por Anthony Macias e Marcus Bossett, teria a combinação de jogo de chão e força para neutralizar o jiu-jítsu Gracie, e o americano comprovou essa teoria por 15 minutos, período em que quedou Royce e permaneceu por cima, fazendo pressão com os braços e golpeando. No 16º minuto, porém, o brasileiro encontrou abertura para um triângulo, e Severn bateu em desistência com 15m49s de combate. O duelo fez a duração do evento estourar o limite da janela de pay per view em dois minutos, e os organizadores tiveram de reembolsar os fãs que não puderam ver o fim da luta ao vivo. Isso apenas aumentou o interesse pelo Ultimate, e muitos especularam inclusive que havia sido feito de propósito como golpe de marketing, algo que os criadores do torneio negam até hoje.
16- Anderson Silva x Chris Weidman 1, UFC 162 - 6 de julho de 2013
Em 28 de dezembro, Anderson Silva e Chris Weidman farão uma das revanches mais esperadas da história do MMA, e Dana White já afirmou que espera que o UFC 168 seja o maior evento de toda a trajetória da companhia. Isso se deve ao chocante primeiro confronto entre os dois lutadores, em julho passado. O jovem Weidman, com apenas nove lutas profissionais, era considerado uma ameaça séria ao Spider no chão, por seu pedigreé no wrestling e jiu-jítsu, mas ninguém esperava que Anderson fosse derrotado em pé. Foi o que aconteceu, num combate bizarro, em que o brasileiro, invicto em 16 lutas dentro do octógono, ficou focado em atrair o adversário, mas perdeu o tempo do contra-ataque. Segundos depois de dobrar os joelhos e virar os olhos "de mentira", o então campeão dos pesos-médios não conseguiu se esquivar de um gancho de esquerda que conectou certeiro no queixo e caiu no chão desacordado, agarrando as pernas do árbitro Herb Dean, enquanto a plateia da MGM Grand Garden Arena observava boquiaberta ao primeiro nocaute sofrido pelo paulista na sua carreira.
Anderson Silva x Chris Weidman UFC 162 (Foto: Getty Images)O público quase não acreditou quando Weidman derrubou Anderson Silva no UFC 162 (Foto: Getty Images)
15- Chuck Liddell x Wanderlei Silva, UFC 79 - 29 de dezembro de 2007
Por anos, a rivalidade entre os dois maiores eventos do mundo, Pride e Ultimate, foi personificada por Wanderlei Silva e Chuck Liddell, campeões de categorias correspondentes nos dois eventos e grandes ídolos dos dois torneios. Acordos entre as duas organizações para um combate entre os dois estiveram próximos de serem fechados inúmeras vezes, mas nunca se materializaram. O sonhado duelo enfim se tornou realidade quando o Pride faliu e foi comprado pela Zuffa, empresa proprietária do UFC, em 2007. Nesta altura, Liddell não era mais o campeão do Ultimate e Wand não era mais campeão do Pride, mas a luta correspondeu às expectativas. Os lutadores trocaram bombas por todo o combate e cada um teve um momento em que pareceu estar perto do nocaute. No final, Liddell saiu vencedor por decisão unânime (29-28 e duplo 30-27), e o combate foi considerado o melhor do ano.
14- Chuck Liddell x Tito Ortiz 2, UFC 66 - 30 de dezembro de 2006
A revanche entre Chuck Liddell e Tito Ortiz, no penúltimo dia de 2006, atraiu o interesse de milhões de fãs de MMA no mundo inteiro, e marcou a primeira vez em que um evento do UFC vendeu mais de 1 milhão de pacotes de pay per view. Foram aproximadamente 1.050.000 pacotes comprados, até hoje a terceira maior marca da história da companhia. O duelo também estabeleceu de vez Liddell como o rosto da franquia, após a vitória por nocaute técnico aos 3m57s do terceiro round sobre o antigo rival Ortiz. A torcida foi ao delírio conforme o "Homem de Gelo" punia o "Bad Boy de Huntington Beach" no chão, até Mário Yamasaki encerrar a luta.
13- UFC 7 - 8 de setembro de 1995
O carioca Marco Ruas é reconhecido como o primeiro artista marcial misto a vencer um torneio do UFC, graças à sua trajetória no sétimo evento da companhia. O "Rei das Ruas" já era conhecido no Brasil por treinar em diversas disciplinas e por sua campanha por um duelo contra Rickson Gracie, e demonstrou todo seu repertório no dia 8 de setembro de 1995, em Buffalo, EUA. Ruas finalizou Larry Cureton na primeira rodada com uma chave de calcanhar, forçou Remco Pardoel a bater em desistência após obter vantagem na montada, e conquistou o título ao derrotar o gigante Paul Varelans, de 2,03m e 140kg. Para derrubar o "Urso Polar", o brasileiro usou pisões e chutes na perna, e conseguiu o nocaute técnico após 13m17s de luta.
12- Estreia de Bruce Buffer, UFC 8 - 16 de fevereiro de 1996
Hoje, Bruce Buffer é reconhecido como a "Voz do Octógono" e seus bordões "We are live!" e "It's Time" são partes inseparáveis do UFC, mas o apresentador só fez sua estreia oficial na organização com mais de dois anos de existência, em seu 9º evento, e teve de batalhar para garantir seu emprego. Buffer já havia levado seu irmão Michael, famoso announcer do boxe e do pro wrestling, para anunciar três eventos do UFC, mas vinha tentando convencer Bob Meyrowitz, dono do torneio na época, a lhe dar uma chance. Esta oportunidade veio no UFC 8, em Bayamon, Porto Rico. Os bordões de Buffer ainda não estavam lá, mas o apresentador deixou sua marca, se revezando com o até então apresentador oficial, Rich "G-Man" Goins. Ele teve aparições esporádicas até fazer uma ponta no seriado de comédia "Friends", em que anunciava uma luta entre Tank Abbott e um dos personagens da série. Bruce usou sua aparição para convencer Meyrowitz de que, a partir dali, todos os telespectadores o associariam ao evento, e se tornou o apresentador oficial a partir do UFC 13.
bruce Buffer ufc (Foto: Getty Images)O apresentador Bruce Buffer perdeu apenas um UFC nos últimos 10 anos (Foto: Getty Images)
11- UFC 52 - 16 de abril de 2005
O UFC 52 está entre os melhores torneios de todos os tempos da organização por uma série de motivos: a inclusão de Dan Severn no Hall da Fama, a vitória de Georges St-Pierre sobre Mayhem Miller, e o nocaute devastador de Chuck Liddell em Randy Couture, o que lhe deu o cinturão dos pesos-meio-pesados que muitos achavam que já devia lhe pertencer há anos. Porém, o que mais marcou no UFC 52 foi a revanche entre Matt Hughes e Frank Trigg no coevento principal, considerada entre as melhores lutas de todos os tempos do MMA. Uma joelhada ilegal de Trigg nos primeiros minutos balançou Hughes, que caiu com um golpe de esquerda. No chão, o desafiante deu socos, conseguiu as costas e fechou um mata-leão. Parecia que o reinado de Hughes na divisão meio-médio estava prestes a terminar, mas o americano mostrou ter o coração de um campeão, escapou e se levantou. Ele pegou Trigg, o carregou através do cage e o derrubou, levando a plateia ao delírio. A partir daí, só deu Hughes, que finalizou Trigg com um mata-leão sob uma ovação de pé da torcida.
10- UFC 129 - 30 de abril de 2011
O UFC 129 marcou o recorde de público da história da organização, com 55.724 pessoas presentes ao Rogers Centre, em Toronto, Canadá. Para premiar tamanho amor demonstrado pelos fãs canadenses, Pablo Garza abriu a noite com uma espetacular finalização com triângulo voador, e John Makdessi conseguiu um dos mais belos nocautes da história com um soco rodado que derrubou Kyle Watson. O melhor, porém, viria no card principal. Em sua estreia no Ultimate, José Aldo defendeu o cinturão peso-pena que trouxe do WEC com uma performance dominante contra o canadense Mark Hominick. Pouco antes, o momento mais marcante da noite: após ser ovacionado pelo público, Randy Couture foi mandado para a aposentadoria com um devastador chute frontal voador de Lyoto Machida, que utilizou a famosa técnica do clímax do filme "Karatê Kid". Um dente de Couture voou com o chute, lembrando a primeira luta da história do Ultimate, quando Gerard Gordeau fez o dente de Teila Tuli voar para fora do cage.
9- UFC 3 - 9 de setembro de 1994
O Ultimate 3 foi o ápice da era "freak show" da organização. Sem categorias de peso na época, a primeira luta teve o lutador mais pesado da história do UFC, o sumô Emmanuel Yarborough, anunciado oficialmente com 279,4kg. Um empurrão seu chegou a jogar Keith Hackney para fora do octógono (a porta estava mal fechada), mas ele durou menos de dois minutos contra o carateca, que o derrubou com uma série de uppers e quebrou a mão ao desferir golpes no chão para encerrar a luta. Na quarta luta da noite, Kimo Leopoldo entrou carregando uma cruz gigantesca, como se fosse Jesus Cristo, e em seguida deu a Royce Gracie seu maior teste até ali. O americano colocou o brasileiro para baixo e o encheu de golpes. Royce fez o que pôde para sobreviver, até puxar o cabelo de Kimo, e conseguiu a vitória graças a uma chave de braço com 4m40s de luta. Exausto depois do combate, o carioca chegou a entrar no cage para sua semifinal contra Harold Howard, mas seus irmãos jogaram a toalha antes do início da luta, ao notarem que ele não teria condições. Ao saber que não teria sua revanche na decisão, Ken Shamrock desistiu de lutar a final e alegou ter se lesionado. No fim das contas, o reserva Steve Jennum, que nem havia lutado até ali, conquistou o título ao derrotar Howard, marcando a primeira vez que Royce Gracie não saiu de um UFC como campeão.
8- Mirko Cro Cop x Gabriel Napão, UFC 70 - 21 de abril de 2007
O Ultimate teve um período incrível entre março e maio, com quatro grandes zebras em evento principais, que incluíram três trocas de cinturão. A única delas que não incluiu título rendeu um dos nocautes mais espetaculares da história do UFC: o chute alto de Gabriel "Napão" Gonzaga no lendário Mirko "Cro Cop" Filipovic, campeão do GP peso-absoluto do Pride. Cro Cop era conhecido justamente pelo chute alto, e muitos achavam que a luta no chão era a única chance do brasileiro faixa-preta de jiu-jítsu. Foi dessa forma que Napão dominou a maior parte do primeiro round: ele marcou o tempo de um chute no corpo, botou o croata para baixo e abriu um corte na testa do adversário com cotoveladas. Com 35s restando, os dois se recolocaram de pé. Quando veio o aviso de 10s restando, o brasileiro arriscou e pegou Cro Cop justamente com sua arma favorita, o chute alto na cabeça. O ex-campeão caiu apagado, e a força da queda foi tão grande que ele lesionou o joelho e o tornozelo. Ninguém esperava um nocaute daquela forma, e a vitória rendeu a Napão uma oportunidade de disputar o cinturão dos pesos-pesados.
7- Anderson Silva x Chael Sonnen 1, UFC 117 - 7 de agosto de 2010
Chael Sonnen prometeu por meses que daria uma batalha para Anderson Silva, que havia irritado Dana White com sua performance desinteressada contra Demian Maia, e o americano cumpriu a promessa no UFC 117, em Oakland. A expectativa geral era que o Spider brincasse com o "falastrão" em pé, mas Sonnen balançou o brasileiro com um direto de esquerda, que abriu o caminho para que ele impusesse seu wrestling. O americano botou Anderson de costas no chão e o massacrou com golpes no ground and pound, terminando o primeiro round em clara vantagem de 10-8 nos cartões dos jurados. A partir daí, o roteiro se repetiria nos dois rounds seguintes, com Anderson eventualmente ameaçando kimuras e chaves de braço e contra-atacando com cotoveladas de baixo para cima, mas Sonnen continuaria melhor. No quarto round, o campeão teve um ótimo momento, com golpes fortes no corpo e uma cotovelada forte que balançou seu adversário, mas o americano se recuperou, reverteu a situação e voltou a ficar por cima. No quinto round, Anderson escorregou, caiu de costas no chão e parecia que o cinturão iria trocar de mãos. Todavia, o paulista conseguiu encaixar um triângulo com pouco mais de dois minutos restando, e Sonnen bateu em desistência com 3m10s de round. A luta foi a melhor de 2010, e Anderson mostrou ter "coração de campeão".
6- Georges St-Pierre x Matt Serra 1, UFC 69 - 7 de abril de 2007
Chris Weidman era uma grande zebra contra Anderson Silva no UFC 162, mas seu mentor Matt Serra era uma zebra muito maior contra Georges St-Pierre no UFC 69, em 7 de abril de 2007. Dana White brinca até hoje que "nem a mãe de Serra acreditava nele" naquela noite. GSP havia acabado de tomar o cinturão de Matt Hughes e já era visto como o futuro do MMA, o atleta mais completo do mundo, enquanto Serra havia vencido um TUF entre lutadores desacreditados e recebeu a oportunidade de disputar o título. A vitória de Serra pagava 11 vezes o que o apostador tivesse jogado, a maior diferença da história do UFC num combate valendo cinturão. Em desvantagem de altura e de envergadura, o novaiorquino não se intimidou e manteve-se calmo, defendendo os chutes e golpes de St-Pierre e entrando e saindo de seu raio de ação para desferir golpes no corpo. Num desses momentos, um direto de direita raspou a nuca de GSP, que perdeu o equilíbrio. Serra sentiu o cheiro de sangue e partiu para cima. Ele conseguiu mais dois knockdowns, e o canadense insistiu em tentar lutar, em vez de tentar se recompor. No final, St-Pierre caiu de costas no chão, Serra montou e desferiu golpes no rosto até o árbitro John McCarthy encerrar o combate, com 3m25s de luta. Foi a maior zebra da história do UFC.
5- UFC 100 - 11 de julho de 2009
O centésimo evento numerado do Ultimate foi o marco do que talvez foi o melhor ano da história da companhia. O torneio bateu o recorde de vendas de pay per view da franquia, com 1,6 milhões - recorde que permanece até hoje. A marca foi obtida graças a um card repleto de estrelas, incluindo as duas maiores do Ultimate, Brock Lesnar e Georges St-Pierre. Lesnar fez uma esperada revanche contra Frank Mir e conseguiu dar o troco ao nocautear o arquirrival com 1m48s de segundo round. GSP dominou Thiago Alves no coevento principal, mesmo sofrendo uma lesão na virilha no meio do terceiro round. O grande destaque da histórica noite, todavia, foi o nocaute devastador de Dan Henderson no falastrão Michael Bisping. Hendo acertou seu conhecido overhand de direita e mandou o britânico para a lona, e finalizou com um soco voador antes que o árbitro Mário Yamasaki pudesse interromper, com 3m20s do segundo round.
4- Primeira luta feminina, UFC 157 - 23 de fevereiro de 2013
Demorou quase 20 anos para as mulheres terem sua primeira chance no Ultimate, mas elas enfim entraram no octógono para lutar em 23 de fevereiro de 2013, em Anaheim, EUA. Ronda Rousey, que conquistou Dana White graças às suas dominantes apresentações no Strikeforce e à sua capacidade de conseguir mídia com declarações bombásticas, defendeu o cinturão dos pesos-galos femininos contra Liz Carmouche, ex-fuzileira naval que também fez história como a primeira lutadora abertamente homossexual da franquia. As duas não decepcionaram e Carmouche ameaçou chocar o mundo ao tomar as costas de Rousey e tentar um mata-leão. A posição não encaixou muito bem, "Rowdy" conseguiu jogar a adversária para o chão e dominou o restando do combate, até encaixar mais uma chave de braço - posição com a qual venceu todas as suas sete lutas profissionais de MMA - com 4m49s de primeiro round. Desde então, as mulheres vêm impressionando, e Rousey atualmente é protagonista do The Ultimate Fighter ao lado de sua arquirrival Miesha Tate.
3- Anderson Silva x Vitor Belfort, UFC 126 - 5 de fevereiro de 2011
Vendida como "a luta do século", o duelo entre os dois brasileiros mais conhecidos do UFC não correspondeu às expectativas de que seria uma "guerra", mas ainda assim marcou época com um nocaute que se tornou uma das imagens-símbolo da companhia. O confronto entre o Spider e o Fenômeno abriu os olhos da mídia brasileira para o potencial do UFC, e o chute frontal que derrubou Vitor Belfort em apenas 3m25s assombrou o mundo. A luta teve poucos golpes trocados; quando Belfort atacou com sua veloz mão esquerda, Anderson mostrou seu incrível poder de esquiva. Quando os dois pararam no centro do ringue, o paulista desferiu a ponteira de esquerda que desmontou o carioca. Ele ainda acertou dois socos no rosto antes de Mário Yamasaki encerrar o combate. A imagem do chute será para sempre um dos "cartões de visita" do UFC.
ufc anderson silva vitor belfort (Foto: Agência Getty Images)O chute de Anderson Silva em Vitor Belfort virou capa de videogame (Foto: Getty Images)
2- Forrest Griffin x Stephan Bonnar, TUF 1 Finale - 9 de abril de 2005
Em termos de pura técnica, a primeira luta entre Forrest Griffin e Stephan Bonnar, decisão do torneio peso-meio-pesado da primeira temporada do reality show The Ultimate Fighter, não foi muito especial. Porém, a raça e vontade demonstradas pelos dois lutadores fez do combate um dos mais incríveis da história do UFC, e marcou o ponto de virada para a franquia. Na época, os irmãos Fertitta já consideravam vender o campeonato, após absorver mais de US$ 40 milhões de prejuízo desde que compraram o torneio em 2001. A realização do reality show no canal de TV a cabo Spike foi a última cartada da Zuffa, e deu certo. A luta entre Griffin e Bonnar, porém, foi o que garantiu a renovação de contrato para uma segunda temporada do TUF, e marcou o início da ascensão do UFC. Durante a luta, os números de audiência do evento foram subindo, e embora não haja uma informação exata sobre os números, Dana White diz que o evento superou o Masters, um dos principais torneios de golfe dos EUA, exibido em rede de TV aberta. Griffin foi anunciado vencedor por decisão unânime, mas White ficou tão empolgado que declarou que não havia um só vencedor e deu contratos com o UFC a ambos os lutadores.
1- UFC 1 - 12 de novembro de 1993
O torneio que começou tudo. Foram muitos momentos inesquecíveis: o chute de Gerard Gordeau que fez o dente de Teila Tuli voar; a primeira aparição do histórico "trenzinho Gracie" que levou Royce ao octógono; Art Jimmerson com apenas uma luva; o histórico duelo entre Royce Gracie e Ken Shamrock nas semifinais; a mordida de Gordeau na orelha de Royce; e a vitória de Royce Gracie que chocou o mundo. O primeiro Ultimate Fighting Championship foi o início da revolução das artes marciais a caminho da criação do MMA, e não haveria Anderson Silva, Randy Couture, Chuck Liddell, Vitor Belfort, Georges St-Pierre e outros sem Royce Gracie, Ken Shamrock, Gerard Gordeau, Kevin Rosier, Art Jimmerson, Patrick Smith, Zane Frazier e Teila Tuli, os oito homens que fizeram parte daquele torneio "sem regras, sem categorias de peso e sem limites de tempo".
Menções honrosas: Retorno do Ultimate ao Brasil no UFC 134; chute rodado de Edson Barboza no UFC 142; Corey Hill quebra a perna no UFC Fight For The Troops 1; Murilo Bustamante finaliza duas vezes no UFC 37; Tank Abbott nocauteia John Matua no UFC 6; Royce Gracie e Ken Shamrock fazem luta de 36 minutos no UFC 5