quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Dos carrões às minissaias, Abu Dhabi se abre ao Ocidente e recebe a F-1

Capital dos Emirados Árabes, palco da decisão da categoria neste fim de semana, ainda não respira automobilismo, mas busca a internacionalização

Por Rafael Lopes Direto de Abu Dhabi, Emirados Árabes
Palco da decisão da temporada da Fórmula 1, neste fim de semana, Abu Dhabi vive uma crise de identidade. A capital dos Emirados Árabes se equilibra entre o crescimento e o fato de se tornar cada vez mais ocidental. Localizada em um dos países mais liberais do mundo árabe, a cidade tenta se transformar na "Mônaco do Oriente Médio". E não só pelas supermáquinas de corrida. O Ocidente está em toda parte: carrões importados, mulheres de minissaia, praias artificiais cheias de turistas e empreendimentos imobiliários crescendo em quase todas as ruas.
Preparação GP de Abu Dhabi - Ferrari laranja no trânsitoA Ferrari laranja e outros carros importados: marcas do Ocidente (Foto: Rafael Lopes / Globoesporte.com)
Clique aqui e veja a galeria com as imagens dos preparativos para o GP do fim de semana
É quase impossível ver sinais de pobreza, e isso também colabora para a chegada dos turistas europeus, que fogem do rigoroso inverno e enchem os hotéis do país. Grandes prédios comerciais crescem a olhos vistos na enseada do Golfo Pérsico. Nas ruas, mulheres usam o hijab, que cobre todo o corpo, mas desfilam lado a lado com outras de minissaias, sem serem incomodadas. Quase todos os carros são importados, desde enormes picapes até rápidos esportivos, como Porsches, Mustangs e Ferraris. Nas praias, o fim de tarde é dominado pelos donos de jet skis e lanchas, que aceleram nas águas próximas ao porto, onde banhistas não são permitidos.
Preparação GP de Abu Dhabi - Mulheres vestidas de forma diferente dividem espaço nas ruasFigurinos diferentes nas ruas de Abu Dhabi
(Foto: Rafael Lopes / Globoesporte.com)
Nas ruas, todo mundo fala inglês
A maior mostra de que Abu Dhabi busca a internacionalização é o uso do inglês. É difícil encontrar uma pessoa que não entenda e saiba se expressar no idioma. Na hora de pedir informações nas ruas, todos são prestativos. Além disso, perder-se na cidade é tarefa árdua: todas as placas de trânsito têm inscrições em árabe e em inglês. Apesar disso, com medo de possíveis atentados, os hotéis exigem que seus hóspedes passem por detectores de metais na entrada, para evitar armas de fogo.

O centro de Abu Dhabi, no entanto, também sofre com um dos maiores problemas das grandes cidades: o trânsito pesado. Apesar de as avenidas serem bastante largas, com até quatro pistas, algumas obras para a ampliação ajudam a tumultuar o fluxo de carros. Em determinados momentos, apenas uma faixa de rolamento está disponível, criando um show de buzinas e reclamações dos motoristas - bastante impacientes, por sinal.
Preparação GP de Abu Dhabi - Pôster do Zayed bin Sultan Al Nahayan, ex-governadorGovernador Zayed bin Sultan Al Nahayan, morto em 2004, é venerado (Foto: Rafael Lopes /Globoesporte.com)
Apesar disso, locomover-se é muito fácil. Assim como outras cidades planejadas, como Brasília e Palmas, Abu Dhabi é toda dividida em setores, com rotatórias para indicar o caminho. As ruas são numeradas e poucas têm nomes - as que têm, homenageiam personalidades do governo dos Emirados. Também chamam a atenção os inúmeros pôsteres do sheik Zayed bin Sultan Al Nahayan, ex-governador e principal responsável pelo crescimento da cidade. Ele morreu em 2004, após um longo tempo doente, mas o povo local continua a idolatrá-lo.
Preparação GP de Abu Dhabi - Jet skis dividem espaço na enseada do Golfo Pérsico Jet skis na enseada do Golfo Pérsico
(Foto: Rafael Lopes / Globoesporte.com)
Cultura e esporte em crescimento

A Fórmula 1 ainda não caiu no gosto popular local. Apesar da lotação esgotada do circuito, com capacidade para 50 mil pessoas, é raro ouvir nas ruas comentários sobre a categoria. Poucos cartazes estão expostos no Centro, e apenas a Fórmula 1 Fanzone se destaca na Praia de Corniche, muito parecida com o carioca Aterro do Flamengo.

A infraestrutura do autódromo na Yas Island impressiona. Além de largas rodovias, com até seis pistas impecavelmente asfaltadas, o acesso ao autódromo é dos mais fáceis, com longos trechos para estacionamento. Do lado de fora, funcionários bem treinados ajudam na locomoção dentro do complexo, que tem ainda um campo de golfe e o Ferrari World, parque temático da equipe italiana.

Em uma ilha próxima, a Saadyiat Island, parte de Abu Dhabi, um enorme centro cultural está em construção. Nele, filiais do Museu do Louvre, de Paris, e do Guggenheim terão suas sedes, reforçando ainda mais a ideia de que as portas para o Ocidente estão escancaradas.
Preparação GP de Abu Dhabi - Engarrafamento no centroNas ruas, o engarrafamento típico das grandes metrópoles (Foto: Rafael Lopes / Globoesporte.com)

Big riders descobrem pico de ondas gigantes na costa da Irlanda: Prowlers

Furação Thomas formou paredões tubulares de 12m a 15m de altura

Em Dublin
Ondas gigantes e tubulares. A cena dos sonhos para big riders era, na verdade, em um país que, até pouco tempo atrás, quase não fazia parte da rota do surfe. Trata-se de um novo pico, a cerca de 2km da costa oeste da Irlanda. Um grupo de seis surfistas - irlandeses, ingleses e sul-africanos - esteve por lá na terça-feira e batizou o local como Prowlers.
ondas Gigantes Irlanda SurfeA onda gigante de Prowlers, a cerca de 2km da costa oeste da Irlanda (Foto: Reprodução / surfline.com)
Sob efeito do furacão Thomas, que passou por Portugal durante a semana, o mar formou paredões de 12m a 15m. Os seis descobridores se recusaram a dar detalhes sobre a localização.
Até então, o pico mais famoso da Irlanda era Aileen, onda que quebra ao lado dos penhascos de Moher.

Teixeira, sobre pedido de unificação de títulos nacionais: 'É factível'

Presidente da CBF diz que análise da entidade não deve demorar. Santos, Cruzeiro, Botafogo, Bahia, Fluminense e Palmeiras seriam beneficiados

No Rio de Janeiro
Um velho sonho de seis clubes brasileiros ganhou, nesta quarta-feira, um novo capítulo para se tornar real. Representantes de Santos, Botafogo e Cruzeiro - que têm o aval de Bahia, Palmeiras e Fluminense - entregaram nesta quarta-feira um dossiê ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Objetivo: ver os títulos da Taça Brasil, do Robertão e da Taça de Prata, disputados entre 1959 e 1970, reconhecidos como Campeonatos Brasileiros. Em entrevista ao site oficial da CBF, o presidente Ricardo Teixeira não descartou a possibilidade de unificação.
- Eles vieram me solicitar uma postulação antiga deles para que houvesse a unificação de todos aqueles que, no conceito deles, foram campeões brasileiros nas competições anteriores à criação do Campeonato Brasileiro. Vamos mandar fazer uma análise em cada um dos setores, do setor técnico, enfim, para ver a possibilidade da legalidade dessa iniciativa. Mas, em princípio, é factível.
Curioso é que em algumas competições, como as Taças Brasil de 1960 (Palmeiras), 1963 e 1965 (Santos), os campeões precisaram de apenas quatro jogos para chegar ao título. E em um ano (1967), o Palmeiras ganhou as duas competições (Taça Brasil e Robertão) O presidente da CBF disse ainda que não há um prazo fechado para a resposta aos clubes.
- Temos que fazer uma análise de cada um dos setores envolvidos. Não deverá demorar muito, mas tem que ser feito um estudo.
Presidente Ricardo Teixeira recebe presidentes de clubes na CBFRicardo Teixeira recebe representantes de Santos, Botafogo e Cruzeiro (Foto: Divugação / Site da CBF)
Estiveram presentes à reunião com Teixeira o presidente do Santos, Luiz Álvaro Oliveira, o vice-presidente do Botafogo, Antonio Carlos Mantuano, e o diretor executivo do Cruzeiro, Dimas Fonseca, além do diretor de comunicação do clube mineiro, Guilherme Mendes. O dirigente explicou que foram entregues documentos e vídeos que mostram a dimensão das competições na época em que ocorreram.
- A reunião foi para fazer a entrega do dossiê para o presidente. Ele recebeu e disse que vai encaminhar para o departamento técnico da CBF analisar. Não estipulou prazo. Falou que foi a primeira vez que recebeu uma iniciativa desta dimensão.
Além dos três clubes que participaram do encontro, Bahia, Palmeiras e Fluminense teriam seus títulos reconhecidos. Guilherme Mendes contou que a iniciativa partiu do Santos, principal beneficiário do reconhecimento - afinal, venceu cinco Taças Brasil e um Robertão.
- Quem encabeçou o movimento desta vez foi o Santos. O Cruzeiro já tinha feito há um tempo. Mas todos os clubes interessados participaram.
Taça Brasil
A Taça Brasil foi disputada de 1959 a 1968. O torneio contava com os campeões dos principais estados - uma versão menor da Copa do Brasil, com rodadas eliminatórias e regionalizadas até ser apontado o vitorioso - ou seja, o famoso mata-mata.
A primeira fase incluía mais clubes. Alguns, principalmente do eixo Rio-SP,  só entravam nas semifinais. Mas no primeiro, em 1959, o campeão foi o Bahia, que jogou 12 partidas. Depois, o Palmeiras levou, em 1960, atuando quatro partidas - duas nas semifinais, duas na decisão.
Daí em diante, o Santos de Pelé & Cia. passou a dar as cartas, conquistando o pentacampeonato (1961-62-63-64-65). Em 1966, o Cruzeiro de Tostão e Dirceu Lopes brilhou.  O Palmeiras de novo, em 1967, com Ademir da Guia, e o Botafogo, em 1968, com Gerson, Jairzinho e Paulo Cesar completam a lista.
Veja os campeões e de quantos jogos precisou para chegar ao título
1959 - Bahia (12 jogos)
1960 - Palmeiras  (4 jogos)
1961 - Santos (7 jogos)
1962 - Santos (5 jogos)
1963 - Santos (4 jogos)
1964 - Santos (6 jogos)
1965 -  Santos (4 jogos)
1966 - Cruzeiro (8 jogos)
1967 - Palmeiras (6 jogos)
1968 - Botafogo (7 jogos)
Robertão e Taça de Prata
Realizado junto com a Taça Brasil por dois anos, o Roberto Gomes Pedrosa (Robertão) foi criado em 1967 e ficou até 1969. Nos dois primeiros anos, era um Rio-São Paulo maior. O primeiro campeão foi o Palmeiras, que no mesmo ano levou o título da Taça Brasil. Depois, o Verdão ganhou o de 1969 - o Santos deu a volta olímpica em 1968.
Em 1970 houve a Taça de Prata, que surgiu como uma ampliação do Torneio Rio-São Paulo, recebendo também os grandes clubes de cada estado, tal como o Robertão de 1969. O formato é praticamente o mesmo do atual Campeonato Brasileiro. E o Fluminense sagrou-se campeão.
Veja os campeões do Roberto Gomes Pedrosa (1967 a 1969) e Taça de Prata (1970)
1967 - Palmeiras
1968 - Santos
1969 - Palmeiras
1970 - Fluminense
DIA 12/11(SEXTA) SERESTA COM FABIO GUERRA A PARTIR DAS 21:00HORAS
SERVIREMOS MOQUECA 
PRESENÇA DA EQUIPE VASCO DA GAMA JUNIORES
DIA 13/11(SABADO) ESPORTE X VASCO DA GAMA RJ - EQUIPE JUNIORES
DIA 14/11(DOMINGO) 16:00HORAS - FINAL DO CAMPEONATO VETERANO - ESPORTE X SANTA MARIA JETIBA

Fred faz dois, Deco vai bem, e jogadores animam em coletivo

 

Atacante e meia estão liberados para a partida contra o Goiás

Por Diego Rodrigues e Thiago Fernandes Rio de Janeiro
Fred Emerson e Diguinho no treino do FluminenseFred, Emerson e Diguinho no treino do
Fluminense (Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo)
Fred e Deco estão afinados. Nesta quarta-feira, nas Laranjeiras, os jogadores foram bem, atuaram com desenvoltura em um coletivo entre os reservas e o time de juniores e fizeram até tabelinha na atividade. Enquanto o meia luso-brasileiro distribuiu bons passes e mostrou visão de jogo, o atacante marcou dois gols e ajudou sua equipe a vencer por 5 a 0. Willians, Digão e Cássio completaram o placar. Os dois estão liberados para atuar diante do Goiás, domingo, no Engenhão, pela 35ª rodada. Os titulares fizeram um trabalho físico a parte.
Outro que pode voltar a atuar, mas que tem uma evolução mais lenta, é o atacante Emerson. Liberado para trabalhar a parte física, o Sheik treinou nesta quarta com o preparador Ronaldo Torres. Se não sentir dores, ele pode atuar diante Esmeraldino.
A surpresa ficou por conta do volante Diogo. Ainda em fase de fisioterapia, ele foi a campo e deu voltas no gramado. O jogador sofreu uma lesão no joelho direito diante do Atlético-PR, na 31ª rodada, e desde então está fora.
Deco não joga desde o dia 10 de outubro, quando saiu durante o jogo contra o Cruzeiro, na derrota por 1 a 0, na 29 rodada. Já Fred, com uma lesão na panturrilha esquerda, saiu uma rodada antes, contra o Santos.
Com Diguinho, que cumpriu suspensão no último jogo e retorna no próximo, o time reserva treinou com Rafael, Marquinhos (Thiaguinho), Cássio, Digão e Thiago Sales; Diguinho, Belletti, Julio Cesar e Deco; Willians (Rodriguinho) e Fred.

Márcio Rosário pode reforçar o Botafogo contra o Ceará

Zagueiro foi o único dos indisponíveis a não participar de trabalho físico na manhã desta quarta-feira, em Fortaleza

Por Gustavo Rotstein Fortaleza
O Botafogo acordou com pelo menos uma boa notícia. Reavaliado pelos médicos na manhã desta quarta-feira, Márcio Rosário mostrou-se com boas possibilidades de reforçar a equipe na partida contra o Ceará, no Castelão, às 21h50m (de Brasília).
Um indício de que o zagueiro deverá estar em campo foi o fato de ele ter sido o único dos indisponíveis para a partida a não participar de um treino físico na manhã desta quarta. Marcelo Cordeiro e Somália, que também se recuperam de lesão muscular, e Antônio Carlos e Marcelo Mattos, suspensos, realizaram um trabalho de corrida numa praia de Fortaleza, supervisionados pelo preparador físico Dudu Fontes e pelo fisiologista Altamiro Bottino.
Na última terça-feira, Márcio Rosário foi o único dos machucados a realizar um treinamento com bola mais efetivo. O zagueiro foi submetido a um treinamento no qual rebatia bolas que eram lançadas. Substituído no intervalo da partida contra o Atlético-GO por causa de dores na coxa esquerda, o jogador não enfrentou o Avaí, no último domingo.

Garotada do Brasil mostra eficiência
e dá goleada na Hungria em Joinville

No segunda partida pelo Desafio Internacional, Seleção Brasileira de futsal
vence por 6 a 0 e faz a festa dos torcedores no Centreventos Cau Hansen

 

Por GLOBOESPORTE.COM Joinville, SC
A Seleção Brasileira de futsal fez a alegria da torcida, na noite desta terça-feira, em Joinville (SC), no segundo jogo contra a Hungria pelo Desafio Internacional. Com uma equipe renovada e média de idade inferior a 25 anos, o Brasil venceu por 6 a 0, no Centreventos Cau Hansen. Os gols da partida foram marcados por Darlan, Dieguinho (2), Pixote, Murilo e Gadeia. No primeiro duelo, no último domingo, o time comandado pelo técnico Marcos Sorato havia vencido por 4 a 2.
O Brasil entrou em quadra com o goleiro Franklin, os alas Darlan, Murilo e Guina e o pivô Vander Carioca e abriu o placar logo no primeiro minuto. Darlan aproveitou lateral rápido cobrado pela direita e completou de primeira para abrir o placar. A Hungria tentou segurar a Seleção canarinho com uma forte marcação, mas acabou levando o segundo gol aos oito minutos. O pivô Dieguinho recebeu pela direita e bateu rasteiro, por entre as pernas do goleiro, para ampliar.

Com vantagem, a garotada comandada pelo técnico Marcos Sorato, o Pipoca, passou a abusar dos toques e dribles rápidos e não demorou a fazer o terceiro. O ala Pixote dominou no peito pela esquerda, chutou forte e a bola ainda desviou no adversário antes de entrar: 3 a 0. Aos 12, quase o quarto gol. Murilo tabelou com Vander e soltou uma bomba na trave. Atrás no marcador, a seleção húngara passou a atacar mais e deu espaços para o contra-ataque brasileiro. A três minutos do fim, Dieguinho recebeu livre e, de frente para o gol, mandou outra bola na trave.
Goleada na etapa final
No intervalo de jogo, uma queda de energia no ginásio atrasou o retorno dos times para a etapa final em mais de 20 minutos. Com a bola rolando, o Brasil tentou ampliar a vitória, mas só não levou o primeiro gol porque Franklin defendeu o pênalti cobrado pelo pivô Sivák, logo aos três minutos. Na cobrança, o arqueiro levou uma bolada no rosto e precisou ser substituído pro Djony.
A equipe verde-amarela não ficou abalada e tratou de responder. Após cobrança de escanteio pela esquerda, Murilo pegou de voleio no cantinho e fez o quarto. Um minuto depois, mais um gol. O ala Gadeia tabelou com o ala Deives e bateu com categoria no canto. A partir daí, o Brasil passou a valorizar a posse de bola e ainda conseguiu espaço para fazer mais um gol, com Dieguinho: 6 a 0.

Futebol americano

Agência Getty ImagesNo dia 6 de fevereiro de 2011, o suntuoso Cowboys Stadium (que custou US$ 1,3 bilhão) irá receber o Super Bowl XLV. Nem preciso dizer que o Dallas Cowboys entrou na temporada com a obrigação de disputar o título. Mas tudo deu errado. Se no futebol brasileiro, sempre sobra do técnico, no time do Texas não foi diferente. Como bem me alertou o amigo Alexandre Cossenza (do Saque e Voleio), de acordo com o site da NFL a franquia demitiu o treinador Wade Phillips. O assistente técnico Jason Garrett será o interino.
Verdade seja dita, esta é a primeira vez que os Cowboys demitem um treinador principal (head coach) no meio da temporada. E o dono do time, Jerry Jones, postergou bastante a decisão de demitir o técnico que estava em Dallas desde 2007.
O Dallas Cowboys venceu apenas uma partida nesta temporada e perdeu as outras sete. A situação ficou muito pior no jogo contra o New York Giants, quando o quarterback Tony Romo fraturou a clavícula. No Sunday Night Football deste domingo, o time foi atropelado pelo Green Bay Packers, perdendo por 45 a 7.

Brasil supera ‘treino’ difícil contra os EUA e confirma a liderança do grupo

Já classificada, seleção sofre com bom sistema defensivo das americanas, mas mantém invencibilidade no Mundial. Adversário nas semifinais será o Japão

Por Mariana Kneipp Direto de Nagoya, Japão
Jaqueline passa pelo bloqueio de Alisha Glass, dos EUAJaqueline supera o bloqueio de Alisha Glass
(Foto: Divulgação / FIVB)
Era para ser um “treino”, como chamou José Roberto Guimarães. Só esqueceram de avisar aos Estados Unidos. As americanas, que brigavam pela vaga nas semifinais do Mundial do Japão, deram trabalho para o Brasil. Classificada para a próxima fase, a seleção brasileira teve dificuldades de passar pelo bom sistema defensivo das adversárias e pecou na distribuição de jogadas no segundo set, mas conseguiu superar as dificuldades e manter a invencibilidade de nove jogos. Ao apito final, o objetivo estava cumprido. Despedida de Nagoya com vitória por 3 sets a 1 (25/19, 24/26, 25/19 e 25/23) e liderança do Grupo F. Veja a galeria de fotos da partida.
Apesar de ter vencido a partida, o Brasil não teve a maior pontuadora do jogo. Foi Destinee Hooker, com 20 pontos. Pela seleção, Jaqueline somou 18 pontos.

A seleção viaja para Tóquio na manhã desta quinta-feira (madrugada de Brasília). Depois de dois dias de treinos, disputará a semifinal no sábado. O adversário será o Japão, que perdeu para a  Rússia, atual campeã mundial. Os Estados Unidos ganharam a vaga depois que a Itália perdeu para Cuba.
Mundial Feminino de vôlei - Brasil comemoraçãoMeninas se abraçam para comemorar a nona vitória no Mundial do Jaão (Foto: EFE)

Natália abre o placar para o Brasil


O clima de alegria voltou à seleção nesta quarta-feira. Logo no primeiro ponto, Natália mandou uma bomba, que deixou Logan Tom sentada, sem saber para onde a bola tinha ido. Fabiana também parou Hooker no bloqueio, para o início da comemoração em quadra. Porém, as americanas não queriam entregar a vitória tão fácil. Começaram a defender bem e a montar a muralha sobre o ataque brasileiro.

Fabíola, que esteve muito bem na partida contra a Alemanha, forçou jogadas com Jaqueline, muito marcada, e levou uma bronca de Zé Roberto. O técnico parou o jogo. Na volta, a levantadora mandou a bola para Natália. A ponteira, que estava virando tudo, colocou mais uma no chão. Palmas de Zé Roberto.

O jogo continuou equilibrado, e os Estados Unidos chegaram a ficar à frente do placar, com dois fortes ataques de Akinradewo. Mas Natália voltou a voar na entrada de rede, e Sheilla foi para o saque para dar início a uma sequência de três pontos para o Brasil. Akinradewo conseguiu um ace e fez Zé Roberto pedir tempo técnico novamente. Natália, então, chegou ao saque, e Jaqueline resolveu a parcial no contra-ataque. Com dois pontos seguidos, fechou o set em 25/19.

Fabíola peca na distribuição das jogadas

Na segunda parcial, os Estados Unidos começaram a gostar do jogo. O Brasil cometeu muitos erros, e o bloqueio americano parou o ataque verde-amarelo: 9 a 5. Fabiana foi para o saque e conseguiu dois pontos de contra-ataque, com Jaqueline, que anotou quatro vezes seguidas. A distribuição de bolas, porém, ficou muito centrada na ponteira. Fabíola demorou para virar o jogo, e as jogadas na entrada de rede foram marcadas.

Do outro lado, Hooker comandava a reação americana. A oposta voava na rede, com sua habilidade adquirida nos tempos de campeã nacional de salto em altura. Zé Roberto voltou a chamar Dani Lins e Joycinha para a quadra. A levantadora forçou o saque e diminuiu a diferença para dois pontos.

A tática de mandar a bola sempre em Logan Tom, que estava mal na recepção, deu certo, e o Brasil passou à frente no placar, com Natália, que tentou marcar três vezes no ataque e conseguiu, em seguida, no bloqueio, após belo rali. No entanto, Hooker, em dia inspirado, e Akinradewo inverteram a vantagem novamente e, no erro de Natália, fecharam a parcial e empataram a partida (26/24).
Natália e Thaisa bloqueiam Logan Tom, dos EUANatália e Thaisa bloqueiam a americana Logan Tom (Foto: Divulgação / FIVB)
Seleção embala no terceiro set
Na volta para o terceiro set, Fabíola começou a distribuir melhor as jogadas. Thaísa e Fabiana voltaram a marcar pelo meio, e Sheilla voou na saída de rede. Depois de um rali com belas defesas, quando Larson salvou uma bola como se estivesse na praia, dando orgulho ao assistente técnico, Karch Kiraly, Sheilla respondeu com uma largada de leve, que fez duas americanas caírem no chão.

Os Estados Unidos erraram bastante na parcial. Akinradewo viu a bola cair dentro de seu bloqueio, após o paredão de Natália funcionar. Jaqueline também pontuou pela entrada de rede, saindo melhor da marcação. Thaisa pegou Hooker no bloqueio e até Joycinha, que veio do banco, ganhou oportunidade de mexer no placar. No saque para fora de Hooker, a seleção abriu 2 a 1 no jogo, com 25/19.

Apagão na recepção quase complica a vitória

As americanas estavam determinadas a levar a partida para o tie-break. No início do quarto set, defenderam bolas quase impossíveis e dificultaram os ataques brasileiros, com uma muralha no bloqueio. Fabíola empatou o jogo com um ace, deixando o placar em 9 a 9. Bown, porém, respondeu na mesma moeda, com dois pontos extras. Foram três seguidos no fundamento.

Sheilla e Natália tiveram de buscar a diferença. No saque de Jaqueline, a seleção voltou a dominar o marcador. Bown e Hooker, porém, começaram a incomodar na rede novamente, mostrando falhas na defesa brasileira, e os Estados Unidos assumiram à frente no placar.
Aí chegou a vez de Thaisa assumir a responsabilidade, com dois belos pontos pelo meio (22/21). Em seguida, a central armou o paredão com Jaqueline para parar o ataque adversário e voltou a marcar, voando no meio. Foram quatro pontos seguidos dela. E coube a Sheilla fechar o jogo. Adeus, Nagoya. Rumo a Tóquio.

Promotor diz que construção do estádio do Corinthians é ilegal

Promotoria de Habitação e Urbanismo quer impedir construção do ‘Fielzão’.
Clube contesta promotoria; Prefeitura diz que é prematuro se manifestar

Por Kleber Tomaz e Roney Domingos, do G1 SP São Paulo
Após a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o governo do estado de São Paulo anunciarem que o Corinthians pretende construir um estádio de futebol com mais de 65 mil lugares para abrigar o jogo inaugural da Copa do Mundo de 2014, o promotor José Carlos de Freitas, em entrevista ao G1, diz que a realização da obra é ilegal e que fará o que estiver dentro da lei para impedi-la.
Obras Corinthians ItaqueraObras do Corinthians no terreno de Itaquera (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Procurado pela reportagem, o Corinthians contesta os argumentos do promotor, mas diz que está à disposição para solucionar o impasse (veja abaixo). A Secretaria de Negócios Jurídicos da Prefeitura de São Paulo informa ser "prematuro" se manifestar, já que a ação ainda não foi julgada.
Segundo a Promotoria de Habitação e Urbanismo na capital paulista, a decisão sobre o destino da área na Zona Leste, onde o clube pretende erguer o “Fielzão”, ainda está sob análise da Justiça e qualquer “promessa" pode ser encarada como desrespeito ao Poder Judiciário.
- A construção do estádio do Corinthians é ilegal - afirmou o promotor José Carlos de Freitas, responsável por uma ação civil pública que pede à Justiça que o Corinthians devolva à Prefeitura de São Paulo o terreno onde quer construir o seu estádio, atualmente ocupado pelo centro de treinamento do time alvinegro.
A área, com mais de 200 mil metros quadrados e que fica próxima à Avenida Jacu Pêssego e estação de Metrô Corinthians-Itaquera, foi concedida ao clube paulistano em 1988 para ser usufruída por 90 anos. Segundo o promotor Freitas, em contrapartida, o Corinthians se comprometeu a construir um estádio em cinco anos, mas isso não foi cumprido dentro do prazo estabelecido.
- Por isso peço a anulação da concessão - disse Freitas.
CPI
Há mais de dez anos, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal havia divulgado que o clube desrespeitou o acordo da concessão, e a Prefeitura não cobrou a devolução do terreno. A partir desse dado, o Ministério Público entrou com uma ação civil pública em 2001 pedindo a anulação da concessão. Um ano depois, o processo foi extinto a pedido da Justiça. Mas em 2005 o Tribunal de Justiça de São Paulo anulou essa sentença e pediu que o caso fosse reaberto.
Após declarações da Prefeitura e do Corinthians no processo, em 2008 a Promotoria pediu ao juiz Randolfo Ferraz de Campos, da 14ª Vara da Fazenda Pública, que sentenciasse o clube a devolver a área. No início do ano passado, o juiz determinou novas diligências à administração pública.
- A construção do estádio é um desrespeito à Justiça. Neste momento sou contra a construção do estádio. Falar em construção do estádio é irregular. Estão passando por cima do Poder Judiciário. Eles não podem desconsiderar que há um processo em curso e sub júdice. Embora não tenhamos decisão é desrespeito porque juiz ainda precisa apreciar o processo - reiterou o promotor Freitas.
De acordo com a Promotoria, não existe previsão a respeito de quando sairá a decisão da Justiça sobre o impasse que envolve o terreno que o Corinthians recebeu da Prefeitura. Procurada, a assessoria de imprensa do TJ-SP informa que o juiz Ferraz de Campos ainda analisa o processo.
Vetar ‘Fielzão’
Enquanto isso, o promotor Freitas afirma que fará o que estiver dentro da lei para impedir a construção do estádio.
- É proibido construir edificação sobre qualquer área pública sem a anuência do poder público. Eu vou pedir a paralisação da obra à Justiça se começarem a construir o estádio antes da decisão da Justiça sobre a concessão do terreno que o Corinthians recebeu da Prefeitura. Ouvi dizer que tem movimentação de terra no local, mas o presidente do Corinthians (Andrés Sanches) disse que são obras da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Pedi informações sobre essas obras e aguardo essas informações - disse Freitas.
O promotor informa, no entanto, que existe uma possibilidade de o Corinthians continuar no terreno concedido pela Prefeitura, mas que para isso será preciso haver um novo acordo entre Promotoria, clube e administração pública.
- Precisa haver o interesse do clube e da Prefeitura, mas o Ministério Público precisará acompanhar que acordo será esse, se vai beneficiar a população, que impacto isso trará para o trânsito etc. Depois disso, a Justiça terá de homologá-lo.
Corinthians
Procurado pelo G1, o Corinthians afirma que a ação ainda não foi julgada em primeira instância e não há, pois, qualquer impedimento para a construção do estádio. "Respeitosamente, o Corinthians discorda da opinião de que seria "prematura" a construção do estádio", informa a nota assinada pelo diretor jurídico do clube, Sérgio Alvarenga.
O Corinthians vê ainda uma contradição na ação do Ministério Público. “Primeiro, o MP entra com a ação civil pública afirmando que o Corinthians teria descumprido sua parte, ao não obedecer o prazo para a construção do estádio - o que não é verdade, diga-se de passagem, já que, até bem pouco tempo atrás, razões alheias à vontade do Corinthians impediam, até mesmo, o registro da escritura de cessão de uso. Agora, ele entende ser prematuro? “, questiona Alvarenga.
O clube diz ainda que está à disposição do promotor. “De qualquer forma, por meio de manifestação oficial e expressa, o Corinthians, independentemente da inexistência de qualquer impedimento de ordem legal, já externou ao promotor de Justiça seu interesse em apresentar contrapartidas de interesse social pela cessão de uso, na esteira do que está administração já vem fazendo espontaneamente", afirma Alvarenga.
Anúncio do estádio
Na segunda-feira, no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, recebeu das mãos do governador de São Paulo, Alberto Goldman, e do prefeito, Gilberto Kassab, uma carta do Corinthians apresentando seu futuro estádio como palco para receber jogos do Mundial, incluindo o de abertura. O futuro estádio do Timão passa a ser o representante do estado para o evento.
A partir daí, o projeto será entregue ao COL (Comitê Organizador Local) durante a próxima semana, e passará por todas etapas que os outros estádios já enfrentaram: aprovação do COL, da Fifa e, por fim, apresentação das garantias financeiras. De forma incisiva, Ricardo Teixeira se mostrou confiante na realização da abertura em São Paulo.
Porém, apesar do clima festivo, segue o impasse sobre quem pagará a ampliação da futura arena corintiana. Para executar uma obra que receba 65 mil espectadores, o Timão gastará cerca de R$ 600 milhões, e por enquanto tem garantido investimento de R$ 400 milhões, oferecidos pela Odebrecht.
Como o projeto ainda passará por todas as etapas de aprovação, teoricamente há tempo para que o clube consiga captar os recursos restantes. O governo reiterou que não tem como investir financeiramente no estádio, mas fará todas as obras necessárias para adequar o bairro de Itaquera ao recebimento do evento, com investimento estrutural.
O Corinthians ainda não formalizou ao BNDES o pedido de empréstimo dos R$ 400 milhões para a construção do seu estádio em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. Pretende fazer isso no próximo mês. Mas, caso a liberação do valor não saia até janeiro de 2011, o clube estuda um “empréstimo ponte” para iniciar as obras.
A previsão para o início das obras no Fielzão é março de 2011. Alguns falam em finalizar a obra até dezembro de 2012, mas o mais provável é que seja apenas no último trimestre de 2013.
Anteriormente, a cidade de São Paulo apostava na escolha do Morumbi para a abertura da Copa do Mundo, mas o projeto de modernização do estádio, aprovado pela Fifa inicialmente, não obteve garantias financeiras. O clube paulista ainda tentou emplacar um projeto mais barato, mas não conseguiu e foi retirado do Mundial.

Furacão divulga fotos da nova Arena da Baixada e confirma cronograma

Estádio deverá ser fechado em definitivo em junho de 2011, e clube terá que procurar alternativa para mandar os jogos. Presidente explica operação

Por Márcio Iannacca Rio de Janeiro
Sede da Copa do Mundo em Curitiba, a Arena da Baixada já tem pronto o cronograma de obras para estar adequado às normas da Fifa para receber jogos do Mundial. Certo no planejamento organizado pelo clube é que a partir de junho de 2011, o estádio não receberá mais jogos do Atlético-PR, que terá que procurar um local alternativo para mandar as suas partidas no segundo semestre do ano que vem. Esta semana, a diretoria do clube paranaense divulgou novas fotos, mostrando como será a cara da arena, que passará a ter capacidade para 42 mil torcedores.
Arena da BaixadaNa foto divulgada, estádio tem contornos arredondados e fachada nas cores do Furacão (Foto: Divulgação)
O custo total de finalização da Arena deve ser de R$ 140 milhões. Os valores serão rateados entre o clube, o governo do estado e a prefeitura. Porém, de acordo com o presidente do Atlético-PR, Marcos Malucelli, o Furacão já gastou cerca de R$ 45 milhões para adequar o estádio a fazer parte dos candidatos a receber a Copa do Mundo de 2014 e esses números serão abatidos do terço que deverá ser desembolsado para concluir as reformas.
Confira a galeria de fotos da Arena da Baixada
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, Malucelli esclareceu como o Atlético-PR vai arcar com as despesas para as obras e admitiu que o Furacão terá perdas técnicas e financeiras por não mandar os seus jogos na Arena da Baixada. Porém, o dirigente afirmou que o clube ficará com um legado por receber a Copa do Mundo de 2014. O presidente aproveitou para explicar como será coordenado o projeto.
- O estado, o munícipio e o Atlético-PR terão engenheiros coordenando as obras. Não teremos participação na parte executiva da obra, que ficará a cargo de uma construtora. Todos esses setores terão uma estrutura para acompanhar as obras - afirmou.
Na conversa, Malucelli afirmou que as reformas só deverão começar de fato em junho do ano que vem. A expectativa é que até o início de 2011 seja aberta a licitação para definir a construtora que vai tocar as obras. A partir daí, o Furacão teria que buscar uma solução paliativa. A intenção é utilizar um dos estádios do Paraná Clube ou o próprio Couto Pereira, do Coritiba.
Arena da BaixadaAtlético-PR já investiu na contrução do anel inferior
da Arena (Foto: Felipe Lessa/Globoesporte.com)
Confira os principais trechos da entrevista com Marcos Malucelli:
GLOBOESPORTE.COM: Com as obras começando em junho de 2011, a ideia do Atlético-PR é ter o estádio pronto para a Copa das Confederações, em 2013?
MARCOS MALUCELLI: A ideia é estar pronto até dezembro de 2012. Se começar até junho, julho, nós estaremos dentro da Copa das Confederações, que é a nossa intenção. Parece que serão cinco cidades e Curitiba quer estar dentro.
Quais serão as principais mudanças que a Arena vai sofrer?
MM: São muitas. O novo caderno de encargos da Fifa entrou em vigor em outubro de 2008 e Copa no Brasil será a primeira que terá que atender essas novas normas. O Mundial de 2010 ainda usou o antigo caderno e não existiam tantas exigências. Teremos que fazer uma sala de imprensa de 300 metros quadrados, uma zona mista, que não temos, com 500 metros quadrados. Temos que fazer uma rampa pra fios e cabos de rádio e televisão. Os vestiários não podem ser atrás de um dos gols como temos atualmente. Hoje, nós temos 500 vagas no estacionamento e passaremos a ter 1.800. Teremos que mudar todas essa estrutura. O estádio será transformado, não radicalmente, mas será quase uma nova Arena da Baixada. O torcedor vai se espantar.
De onde virão os recursos do Atlético-PR para as obras?
MM: A princípio vamos tocar com recursos próprios até o momento que precisarmos de um empréstimo. Fizemos um empréstimo na Caixa para a construção do anel inferior. As cadeiras que fizemos no primeiro anel e vendemos para os sócios pagam a prestação do empréstimo que fizemos. Dos cofres do clube não sai nada. Pagamos em torno de R$ 126 mil de empréstimo e arrecadamos R$ 140 mil com os associados. Podemos tomar um novo empréstimo e pagar com a venda das cadeiras.
Marcos Malucelli presidente do Atlético-PRMarcos Malucelli explica como o Furacão vai bancar
a sua parte na obra (Foto: GLOBOESPORTE.COM)
Com o fechamento da Arena, o Atlético-PR será prejudicado de alguma maneira?
MM: Prejudica financeira e tecnicamente. Financeiramente nós vamos perder receitas, aluguel de lanchonetes, lojas. É possível até que a gente perca alguns sócios, placas de publicidade. Tecnicamente, nós vamos deixar de jogar em casa. Claro que vamos ter alguma perda com tudo isso.
Algo tem sido feito para evitar essa perda?
MM: O setor de marketing está fazendo um trabalho para conscientizar os sócios. Mas ainda precisamos definir tudo para divulgarmos de forma oficial. Vamos fazer um trabalho bem intenso para não perdermos tanto.
E qual será o legado que a Copa deixará para o Atlético-PR?
MM: Teremos um estádio com capacidade para 42 mil pessoas, área com lanchonetes, setor de imprensa, área vip e zona mista. Teremos um estádio pronto, acabado, e se Deus quiser sem dívidas para o clube. Vamos ter no mínimo 50 anos sem pensar em novas obras. Precisamos pensar apenas na manutenção.
Hoje, a Arena possui uma loja do fornecedor de material esportivo do Atlético-PR, uma churrascaria, algumas lanchonetes e uma academia. Outros serviços serão criados no estádio?
MM: Pretendemos que tenha uma agência bancária, mais lojas, um museu do AtléticoPR. Ainda é próvável que o museu da cidade de Curitiba seja aqui.