domingo, 31 de agosto de 2014

Diretoria segue em discussão para definir quem será o novo treinador

Dirigentes se reuniram no dia seguinte da saída de Adilson Batista para tratar do assunto; nos bastidores, além de Dorival Júnior, surge o nome de Enderson Moreira

Por Rio de Janeiro
Clima tenso no Vasco neste fim de semana. No dia seguinte da goleada por 5 a 0 para o Avaí, estopim para a saída de Adilson Batista, membros da diretoria se reuniram para avaliar nomes e definir quem será o novo treinador da equipe. Ainda não há, porém, decisão. Nos bastidores, Dorival Júnior apareceu como cotado para assumir o time. Agora, além dele, surge forte o nome de Enderson Moreira.
Atualmente sem clube, Enderson estava na Europa de férias e acompanhou o jogo entre Schalke 04 e Bayern de Munique sábado, em Gelsenkirchen. O último trabalho dele foi no Grêmio, neste ano. Ele havia sido anunciado no comando do Tricolor gaúcho no fim de 2013, em substituição a Renato Gaúcho, mas, depois de resultados insatisfatórios, deixou o cargo.
O diretor de futebol Rodrigo Caetano afirmou que por enquanto Jorge Luiz fica à frente da equipe. No jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, terça-feira, contra o ABC, em Natal, o auxiliar deve ser o comandante. Na manhã deste domingo, ele realizou um treinamento com os jogadores que não iniciaram ou não participaram da partida contra o Avaí. Os titulares fizeram atividades regenerativas.
Entre os jogadores, o clima foi de tristeza e tensão pela saída de Adilson Batista. Após a goleada de sábado, muitos deles ficaram com semblantes cabisbaixos e se surpreenderam com a decisão. Ao longo da temporada, nas entrevistas, a maioria dos atletas saiu em defesa do ex-treinador diversas vezes.
*Sofia Miranda, estagiária, sob a supervisão de Raphael Zarko.
Enderson Moreira técnico jogo Grêmio x Coritiba (Foto: Lucas Uebel / Site Oficial do Grêmio)Enderson Moreira durante jogo do Grêmio: nome surge forte nos bastidores (Foto: Lucas Uebel / Site Oficial do Grêmio)

Carlos Diego recebe R$ 112,5 mil por fazer a "Luta da Noite" no UFC 177

Brasileiro consegue nocaute sobre Ramsey Nijem e mantém invencibilidade na carreira. TJ Dillashaw e Yancy Medeiros fazem as "Performances da Noite"

Por Sacramento, EUA
O brasileiro Carlos Diego Ferreira não só nocauteou Ramsey Nijem e manteve-se invicto em 11 lutas na carreira como recebeu, após o UFC 177, o prêmio de "Luta da Noite" na Sleep Train Arena em Sacramento neste sábado. A luta rendeu ao brasileiro e a Nijem o prêmio de US$ 50 mil (cerca de R$ 112,5 mil).
Além de Carlos Diego e Ramsey Nijem, foram premiados pelas "Performances da Noite" TJ Dillashaw e Yancy Medieros, por suas vitórias respectivamente sobre Joe Soto e Damon Jackson. Ambas aconteceram por nocaute, sendo a de Dillashaw no quinto round e a de Medeiros no segundo.
Diego Ferreira x Ramsey Nijem ufc sacramento (Foto: Getty Images)Carlos Diego nocauteou Ramsey Nijem no UFC 177 em Sacramento (Foto: Getty Images)
Veja como foram todas as lutas da noite:
CARD PRINCIPAL
TJ Dillashaw venceu Joe Soto por nocaute aos 2m20s do R5
Tony Ferguson venceu Danny Castillo por decisão dividida (29-28, 28-29 e 29-28)
Bethe Correia venceu Shayna Baszler por nocaute técnico a 1m56s do R2

Carlos Diego Ferreira venceu Ramsey Nijem por nocaute técnico a 1m53s do R2
Yancy Medeiros venceu Damon Jackson por finalização a 1m54s do R2

CARD PRELIMINAR
Derek Brunson venceu Lorenz Larkin por decisão unânime (triplo 30-27)
Anthony Hamilton venceu Ruan Potts por nocaute técnico aos 4m17s do R2
Chris Wade venceu Cain Carrizosa por finalização a 1m12s do R1

Bethe Correia dá show de boxe, nocauteia Baszler e desafia Ronda

Brasileira começa perdendo, mas impede jogo de quedas da americana no segundo round e encaixa sequência de golpes até interrupção do árbitro

Por Direto de Sacramento, EUA
Com uma grande performance na luta em pé, Bethe Correia fez mais uma vitíma no grupo "As Quatro Amazonas" (Four Horsewomen, em inglês) e cravou seu nome na categoria peso-galo (até 61kg) feminina. A brasileira, que havia derrotado Jessamyn Duke em sua última aparição no octógono, bateu a veterana americana Shayna Baszler por nocaute técnico na noite deste sábado, no card principal do UFC 177, em Sacramento (EUA), e aproveitou o momento para desafiar a líder do grupo, a campeã Ronda Rousey. A quarta integrante é Marina Shafir, que não está no Ultimate e, segundo Bethe, é "café com leite".
Bethe "Pitbull", como também é conhecida, teve dificuldade para impedir o jogo de chão de Shayna no primeiro round. No segundo, por outro lado, encontrou brechas em pé e, com um jogo sólido de boxe, minou a resistência da adversária com uma sequência interminável de golpes certeiros.
Bethe Correia x Shayna Baszler ufc sacramento (Foto: Getty Images)Bethe Correia castigou Shayna Baszler em pé e venceu por nocaute técnico no UFC 177 (Foto: Getty Images)
- Quero deixar um recado para a Ronda. Quem vai se aposentar invicta com o cinturão serei eu. Desafio a Ronda a tirar minha invencibilidade - disse ela, com muita personalidade, no microfone após o triunfo.
A luta: Bethe sai perdendo e consegue "virada"
Shayna agarrou já de início, aplicou joelhada no corpo e acabou caindo por baixo. Com Bethe em sua guarda, Shayna foi se ajustando e tentou fechar um triângulo. A brasileira teve trabalho, mas conseguiu sair e se levantou. Em pé, as duas trocaram alguns socos, e a americana agarrou novamente. Bethe foi se desgrudando aos poucos e acertou bons ganchos na linha de cintura. Shayna botou para baixo e ensaiou uma guilhotina até o fim do primeiro round.
No segundo assalto, Shayna logo tentou quedar, mas Bethe resistiu e iniciou uma série de ótimos golpes. Com uma mistura de cruzados, diretos e ganchos, além de cotoveladas, ela viu Shayna ficar sem saída. A americana não chegou a cair e, sem forças para quedar e até mesmo para se defender, viu o árbitro John McCarthy interromper o duelo a 1m56s.

Bethe Correia, de 31 anos, chegou a um cartel de nove vitórias em nove combates, três deles no UFC. Já Shayna Baszler, de 34 anos e que enfim fez sua estreia no octógono após participar do "The Ultimate Fighter", agora tem 15 triunfos e nove reveses na carreira.
Tony Ferguson vence Danny Castillo em luta movimentada e equilibrada
Em uma luta movimentada e equilibrada, o peso-leve Tony Ferguson venceu Danny Castillo por decisão dividida dos juízes (29-28, 28-29 e 29-28) e frustrou o público de Sacramento, que esperava que o lutador da casa fosse o vencedor. Ferguson chegou à sexta vitória em sete lutas pelo UFC, e à 16ª vitória em 19 combates. Já Castillo sofreu sua quarta derrota em 11 lutas no UFC, e à sétima derrota em 24 lutas como profissional.
- Primeiro, deixe-me dizer: Danny, nunca deixe para os juízes. É só um conselho de um wrestler para o outro. Quando você está deitado sobre alguém sem fazer nada, os juízes veem - disse Ferguson após a luta.
Danny Castillo x Tony Ferguson ufc sacramento (Foto: Getty Images)Ferguson acerta cruzado em Danny Castillo na sua vitória no card principal do UFC 177 (Foto: Getty Images)
A luta começou com Ferguson tomando a iniciativa do combate e buscando os chutes baixos,  incomodando Castillo, que buscou reagir com um cruzado de esquerda que passou no vazio, e vários outros que pararam na guarda. A luta se manteve em pé e com trocação aberta até a metade do round, quando Ferguson conseguiu encaixar um triângulo de mão, mantendo Castillo dominado no chão, mas sem posição para finalizar. Após quase um minuto, Castillo livrou-se e ficou por cima no chão, aplicando alguns golpes sem muita efetividade.
No segundo round, apoiado pela torcida de sua cidade natal, Danny Castillo buscou ser mais agressivo, mas Ferguson devolvia os golpes e defendia as tentativas de ataque do rival. Castillo conseguiu uma derrubada na metade do round, ficando por cima na meia-guarda, mas foi raspado por Ferguson, que tentou novamente uma guilhotina. Castillo defendeu novamente e voltou a ficar por cima no chão, pressionando o rival mas sem ser efetivo em suas investidas.
No terceiro e último round, após cerca de um minuto de equilíbrio em pé, Ferguson tentou um movimento inusitado, dando uma cambalhota em direção ao tornozelo de Castillo, buscando uma chave de perna, que não funcionou. A luta ficou no chão, e Ferguson tentou aplicar uma kimura, que foi defendida. Castillo aplicou uma nova queda e ficou por cima no chão, sem conseguir ameaçar o adversário, que era mais ativo mesmo estando por baixo. A segundo do fim, Castillo encaixou um katagatame, mas sem tempo de finalizar Ferguson, que aguentou a pressão até o fim.

Barão se irrita com TJ Dillashaw: "Ele vai engolir tudo o que está dizendo"

Ex-campeão conta que não se lembra direito do que aconteceu, diz estar triste com o episódio e alerta campeão: "Vou arrancar a cabeça dele"

Por Direto de Sacramento, EUA
renan barão ufc sacramento (Foto: Ana Hissa )Barão garantiu que voltará rápido e fará TJ Dillashaw
engolir tudo o que disse sobre ele (Foto: Ana Hissa )
Depois de passar mal e ser retirado da luta principal do UFC 177, Renan Barão compareceu à Sleep Train Arena, em Sacramento (EUA), na noite deste sábado e deu entrevista ao canal americano "Fox Sports" contando a sua versão dos fatos. O potiguar acredita que a principal razão para ter desmaiado foi a maneira como se levantou da banheira de água quente. Ele se mostrou irritado com as provocações de TJ Dillashaw, que o acusou de estar com medo.
- Em 35 lutas na carreira eu sempre perdi peso dessa forma. Eu estava quase batendo o peso, mas comecei a passar mal. A sensação foi a pior possível. Acho que me levantei muito rápido e apaguei. Estou muito triste. Lutei a minha vida toda por isso. Isso é um sonho se tornando realidade para mim. Fiquei decepcionado com o que aconteceu. Treinei a minha vida toda para essa luta. Espero enfrentar novamente o Dillashaw e ele vai engolir tudo o que está dizendo. Vou arrancar a cabeça dele.
O ex-campeão peso-galo, no entanto, não se lembra direito do que aconteceu:
- Eu sei que apaguei, bati a cabeça e só fui acordar no hospital. Eu só me lembro do que aconteceu depois. Não lembro de mais nada. Fiz 35 lutas profissionais na minha vida e nunca tive problemas desse tipo. Não sei explicar o que aconteceu. Eu bati a cabeça na banheira. Tirando isso eu estava ok.
Apesar da declaração do brasileiro, seu treinador Dedé Pederneiras explicou em entrevista exclusiva ao Combate.com que o lutador não sofreu nenhum ferimento e na verdade só encostou a cabeça na banheira no momento da queda, sem que aquilo tivesse causado um impacto considerável.

TJ Dillashaw faz o dever de casa, nocauteia Joe Soto e mantém título

Campeão tem trabalho contra desafiante, mas faz valer superioridade como lutador, domina todo o duelo e defende seu cinturão pela primeira vez

Por Direto de Sacramento, EUA
Escalado de última hora como substituto de Renan Barão, Joe Soto até que deu trabalho a TJ Dillashaw, mas as diferenças de técnica e agilidade falaram mais alto, e o campeão dos galos (até 61kg) manteve seu cinturão com uma performance dominante na luta principal do UFC 177, na noite deste sábado, em Sacramento (EUA). Como prêmio pelo trabalho duro, Dillashaw conquistou o nocaute no meio do quinto round após acertar um belo chute alto na cabeça do desafiante. No fim das contas, no entanto, o americano fez apenas o dever de casa e impediu o que seria a maior zebra da história do Ultimate.
- Tem sido uma loucura. Uma hora antes de bater o peso, dizem que vai mudar o adversário, e ele é um adversário duro, vocês não o conhecem mas ele é duro. Eu faria isso por Sacramento, minha cidade, adoro vocês! Não tenho certeza de quem gostaria de enfrentar a seguir. Minha cabeça estava em Renan Barão nos últimos nove meses. Vou tirar um tempo para descansar, mas vou esperar para ver o que o UFC quer - disse Dillashaw após a luta.
TJ Dillashaw x Joe Soto ufc sacramento (Foto: Getty Images)TJ Dillashaw acerta o chute alto que nocauteou Joe Soto no UFC 177 em Sacramento (Foto: Getty Images)
Durante os quatro rounds e meio do duelo, Dillashaw acertou um número bem maior de golpes do que o oponente. Soto, por sua vez, lutou com a guarda bem fechada, chegou a encaixar bons contra-ataques e não vendeu barato o revés.
Aos 28 anos, TJ Dillashaw fez sua primeira defesa de cinturão, o qual tomou de Barão três meses atrás. Os dois deveriam ter lutado de novo neste sábado, mas o brasileiro desmaiou horas antes da pesagem e teve de ir ao hospital, sendo retirado do card logo depois. O campeão agora tem um cartel de 11 vitórias e duas derrotas. Já Joe Soto, de 27 anos, fez sua estreia na organização e sofreu o terceiro revés em 18 combates na carreira. Soto deveria enfrentar Anthony Birchak no card preliminar, mas aceitou o convite para entrar no lugar de Barão após o inesperado incidente.
Com a confiança lá em cima e lutando em casa, Dillashaw sorriu, gritou para a torcida e começou a luta com uma movimentação um pouco mais dançante. No primeiro chute baixo, derrubou Soto. Num chute alto, Soto pegou a perna e se desequilibrou. O campeão foi rápido e pegou as costas. Os dois se levantaram, e Dillashaw acertou boa combinação de boxe. Soto encaixou um cruzado no rosto, mas TJ nao esboçou reação. Dillashaw diminui um pouco o ritmo no fim do round, mas seguiu cercando o oponente. Deu tempo para Soto chutar baixo e devolver o tombo.
Dillashaw partiu para o ataque no segundo round, e Soto fez belas esquivas. O campeão balançou o rival com um gancho no queixo. Soto não se intimidou e também atacou. Dillashaw abriu a guarda de vez e acertou jabs não tão potentes em Soto, que respondeu com bom direto. Dillashaw ficou ainda mais agressivo e seguiu em cima até o fim do assalto.
TJ Dillashaw x Joe Soto ufc sacramento (Foto: Getty Images)TJ Dillashaw festeja o nocaute no quinto round sobre Joe Soto no UFC 177 (Foto: Getty Images)
TJ investiu mais nos chutes na parcial seguinte, já que Soto, com a guarda bem fechada, vinha se defendendo bem dos socos. O campeão, então, variou o jogo e botou para baixo, mas nao ficou muito tempo por lá. Dillashaw acertou mais golpes, mas novamente levou diretos no contra-ataque.
Empolgado com a vibração da torcida, Dillashaw encaixou um gancho que pareceu ter feito Soto balançar no começo do quarto round e emendou um chute alto que passou de raspão. Ele desequilibrou o oponente com um chute baixo. TJ se movimentou bem, combinou mais jabs, diretos e cruzados e foi nas pernas. No chão, não conseguiu fazer muito e se levatou.
Soto tentou a queda na abertura do quinto round, mas não conseguiu. Dillashaw o encurralou contra a grade e disparou ganchos potentes na linha de cintura. Soto fez cara de dor e saiu de lá. Quando o duelo se encaminhava para o fim, Dillashaw acertou um chute alto de direita na cabeça de Soto, que tonteou e caiu. O campeão sentiu o cheiro da vitória, foi para cima e soltou mais alguns socos para liquidar a fatura aos 2m20s da última parcial.
Veja como foram todas as lutas da noite:
CARD PRINCIPAL
TJ Dillashaw venceu Joe Soto por nocaute aos 2m20s do R5
Tony Ferguson venceu Danny Castillo por decisão dividida (29-28, 28-29 e 29-28)
Bethe Correia venceu Shayna Baszler por nocaute técnico a 1m56s do R2

Carlos Diego Ferreira venceu Ramsey Nijem por nocaute técnico a 1m53s do R2
Yancy Medeiros venceu Damon Jackson por finalização a 1m54s do R2

CARD PRELIMINAR
Derek Brunson venceu Lorenz Larkin por decisão unânime (triplo 30-27)
Anthony Hamilton venceu Ruan Potts por nocaute técnico aos 4m17s do R2
Chris Wade venceu Cain Carrizosa por finalização a 1m12s do R1

Ronda pede luta contra Bethe, mas tem outras desafiantes antes, diz Dana

Americana teria dito que quer derrotar brasileira "antes que outra pessoa o faça". Bethe é elogiada pelo chefe e afirma ter "carta na manga" para campeã

Por Sacramento, EUA
Fora o campeão dos pesos-galos e vencedor do evento principal, TJ Dillashaw, o assunto da coletiva de imprensa pós-UFC 177, em Sacramento (EUA), foi a brasileira Bethe Correia. A lutadora paraibana venceu a veterana Shayna Baszler com autoridade e desafiou a campeã de sua categoria, Ronda Rousey, ainda dentro do octógono. A mensagem chegou aos ouvidos da loura, que estava assistindo ao torneio e torcendo por Baszler, sua companheira de equipe.
Segundo o presidente do UFC, Dana White, a estratégia funcionou, e a campeã quer enfrentar Bethe o quanto antes. Todavia, o dirigente "cortou o barato" das duas e avisou que a luta não vai acontecer agora.
- Vocês conhecem a Ronda. Ela disse: "Quero essa luta, quero bater esta garota antes que outra pessoa o faça". Eu respondi: "Calma, garota, você tem outras coisas pela frente ainda". Então veremos ainda o que vai acontecer - disse White, que citou Cat Zingano, caso vença Amanda Nunes no UFC 178, como opção para a próxima luta de Rousey.
Bethe Correia UFC 177 (Foto: Evelyn Rodrigues)Bethe Correia abre o sorriso após vitória: lutadora está na mira da campeã Ronda (Foto: Evelyn Rodrigues)
Bethe Correia, pelo menos, está nas "cabeças" da fila para enfrentar a campeã, de acordo com o presidente. Ele não poupou elogios à atuação da paraibana e disse que ela não precisava nem ter provocado a campeã para seguir crescendo na competição:
- Não acho que Bethe sobe por causa da rivalidade (com a equipe de Rousey), mas pelo que ela fez hoje. Foi doido, as combinações que ela acertou, não vejo coisa assim desde (Phil) Baroni x (Dave) Menne (luta de setembro de 2002 pelos pesos-médios). Foi doido. Ela foi muito bem hoje. Isso é que vai levá-la a uma luta contra a Ronda - analisou White, que também revelou ter concordado com a interrupção do árbitro "Big" John McCarthy, que deu nocaute técnico mesmo com Baszler de pé.
Correia não entende inglês, mas abriu um grande sorriso quando seu compatriota Carlos Diego Ferreira, outro vencedor do UFC 177, traduziu a fala do chefe em seu ouvido. A lutadora da equipe Pitbull Brothers comemorou muito a vitória sobre Baszler, refletiu sobre sua trajetória e, invicta em nove lutas, se declarou pronta para dar um passo além.
- Eu adoraria (enfrentar Ronda) sim, o meu sonho é ser a campeã, é lutar pelo título. Tenho três lutas no UFC, estou invicta. Quero lutar contra ela e, se me derem essa oportunidade, vou mostrar que vou fazer uma grande luta e que posso vencer, sim - afirmou "Pitbull".

Ronda pede luta contra Bethe, mas tem outras desafiantes antes, diz Dana

Americana teria dito que quer derrotar brasileira "antes que outra pessoa o faça". Bethe é elogiada pelo chefe e afirma ter "carta na manga" para campeã

Por Sacramento, EUA
Fora o campeão dos pesos-galos e vencedor do evento principal, TJ Dillashaw, o assunto da coletiva de imprensa pós-UFC 177, em Sacramento (EUA), foi a brasileira Bethe Correia. A lutadora paraibana venceu a veterana Shayna Baszler com autoridade e desafiou a campeã de sua categoria, Ronda Rousey, ainda dentro do octógono. A mensagem chegou aos ouvidos da loura, que estava assistindo ao torneio e torcendo por Baszler, sua companheira de equipe.
Segundo o presidente do UFC, Dana White, a estratégia funcionou, e a campeã quer enfrentar Bethe o quanto antes. Todavia, o dirigente "cortou o barato" das duas e avisou que a luta não vai acontecer agora.
- Vocês conhecem a Ronda. Ela disse: "Quero essa luta, quero bater esta garota antes que outra pessoa o faça". Eu respondi: "Calma, garota, você tem outras coisas pela frente ainda". Então veremos ainda o que vai acontecer - disse White, que citou Cat Zingano, caso vença Amanda Nunes no UFC 178, como opção para a próxima luta de Rousey.
Bethe Correia UFC 177 (Foto: Evelyn Rodrigues)Bethe Correia abre o sorriso após vitória: lutadora está na mira da campeã Ronda (Foto: Evelyn Rodrigues)
Bethe Correia, pelo menos, está nas "cabeças" da fila para enfrentar a campeã, de acordo com o presidente. Ele não poupou elogios à atuação da paraibana e disse que ela não precisava nem ter provocado a campeã para seguir crescendo na competição:
- Não acho que Bethe sobe por causa da rivalidade (com a equipe de Rousey), mas pelo que ela fez hoje. Foi doido, as combinações que ela acertou, não vejo coisa assim desde (Phil) Baroni x (Dave) Menne (luta de setembro de 2002 pelos pesos-médios). Foi doido. Ela foi muito bem hoje. Isso é que vai levá-la a uma luta contra a Ronda - analisou White, que também revelou ter concordado com a interrupção do árbitro "Big" John McCarthy, que deu nocaute técnico mesmo com Baszler de pé.
Correia não entende inglês, mas abriu um grande sorriso quando seu compatriota Carlos Diego Ferreira, outro vencedor do UFC 177, traduziu a fala do chefe em seu ouvido. A lutadora da equipe Pitbull Brothers comemorou muito a vitória sobre Baszler, refletiu sobre sua trajetória e, invicta em nove lutas, se declarou pronta para dar um passo além.
- Eu adoraria (enfrentar Ronda) sim, o meu sonho é ser a campeã, é lutar pelo título. Tenho três lutas no UFC, estou invicta. Quero lutar contra ela e, se me derem essa oportunidade, vou mostrar que vou fazer uma grande luta e que posso vencer, sim - afirmou "Pitbull".

Dana White diz que há uma nova Ronda no "The Ultimate Fighter 20”

Programa tem sua estreia prevista para dia 10 de setembro nos EUA e terá como treinadores o campeão peso-leve Anthony Pettis e Gilbert Melendez

Por Direto de Sacramento, EUA
Dana White UFC 177 (Foto: Evelyn Rodrigues)Dana White revelou haver uma nova Ronda Rousey entre
as pesos-palhas do TUF 20 (Foto: Evelyn Rodrigues)
A vigésima temporada do reality show “The Ultimate Fighter” estreia no dia 10 de setembro nos EUA e deve coroar a primeira campeã peso-palha da história do UFC. Segundo o presidente do Ultimate, Dana White, o nível das lutas desta edição surpreendeu tanto pela qualidade técnica que uma das garotas está sendo apontada como a nova versão da campeã peso-galo Ronda Rousey, considerada hoje uma das maiores estrelas da organização:
- Esperem até vocês assistirem a essa edição do TUF. Está muito boa! Há uma Ronda Rousey nesta temporada, definitivamente - declarou o chefão, ao ser questionado sobre as gravações durante conversa com jornalistas após o UFC 177, em Sacramento, nos EUA.
O TUF 20 tem como treinadores os pesos-leves Anthony Pettis e Gilbert Melendez e conta com 16 participantes, incluindo a campeã da categoria no Invicta FC e favorita ao título, Carla Esparza. Apesar de estar extremamente satisfeito com as lutas femininas da organização, Dana afirmou que o UFC não pretende abrir novas divisões de peso para mulheres no futuro:
- Nós temos duas categorias de peso hoje - a peso-palha e a peso-galo. Criar a divisão peso-mosca feminino poderia estragar as coisas, então vamos ficar com essas duas por um bom tempo - explicou o chefão.

Bethe promete nocautear Ronda e provoca: "Estou aqui te esperando"

"Vou me aposentar invicta, bato o pé e afirmo isso", garante a brasileira


Por Direto de Sacramento, EUA
A vitória sobre Shayna Baszler colocou Bethe "Pitbull" Correia na mira de Ronda Rousey. A campeã, que viu a brasileira derrotar mais uma integrante de seu grupo "Four Horsewomen" (As Quatro Amazonas, em português) - Bethe já havia batido Jessamyn Duke -, mandou uma mensagem de texto para Dana White pedindo para enfrentá-la, pois queria "vencê-la antes que outra pessoa o fizesse", segundo as palavras do presidente do UFC. Após saber do pedido da loura, a paraibana abriu um sorriso de satisfação e mandou um recado direto para Ronda.
- Que venha! Ronda, estou aqui te esperando. Quero o que é meu, que é o cinturão que está com você. Você não vai me finalizar. Eu vou te nocautear. Vou me aposentar invicta, bato o pé e afirmo isso - disse, em entrevista ao Combate.com.
Bethe Correia x Shayna Baszler ufc sacramento (Foto: Getty Images)Bethe Correia (D) agora quer enfrentar Ronda Rousey (Foto: Getty Images)
No duelo contra Baszler, Bethe teve dificuldade no primeiro round, mas conseguiu impedir o jogo de quedas da adversária no assalto seguinte e achou espaço para colocar em prática seu boxe. Ela disse ter concordado com a decisão do árbitro de interromper a luta e decretar o nocaute técnico, mesmo com a americana ainda de pé:
- Acho que fiquei um pouco perdida no início e demorei um pouco a me achar. Mas pensei em usar o que eu tinha de mais forte, que é o boxe. E foi o que fiz. Tentei usá-lo no segundo round, e funcionou bem. Ela levou muitos golpes e ficou nocauteada em pé, estava se apoiando na grade. Eu notei que ela não estava bem. O árbitro fez muito bem em ter parado a luta.
Espontânea e verdadeira, Bethe explicou seu jeito de promover as lutas:
- Eu falo mesmo porque sou muito franca. Falo o que vem no meu coração, não tenho medo algum. Mas vou lá e faço também. Não sou de ficar só falando e dar para trás quando chega a hora. Eu mostro resultado, porque procuro sempre evoluir.

Dana White: "Barão terá que lutar mais para voltar a disputar o cinturão"

Presidente do UFC imagina cenário com Renan Barão, Raphael Assunção, Dominick Cruz e TJ Dillashaw no topo da divisão dos pesos-galos

Por Sacramento, EUA
Dana White UFC 177 (Foto: Evelyn Rodrigues)Dana White vê Renan Barão lutando mais vezes antes
de disputar o título novamente (Foto: Evelyn Rodrigues)
Para Dana White, a divisão dos pesos-galos do UFC está entre as mais fortes da organização. A prova disso foi a entrevista coletiva dada após o UFC 177, em que o dirigente garantiu que quatro grandes nomes estarão disputando o direito de disputar o cinturão, que atualmente pertence a TJ Dillashaw.
- Ainda não sei quem vai lutar com quem nesta divisão, mas temos nomes como Raphael Assunção e Dominick Cruz, além de Renan Barão e, claro, TJ Dillashaw. Entre Assunção e Cruz, quem não lutar com TJ, lutará contra Barão. Para Barão voltar a disputar o cinturão ele terá que lutar mais. Não disse mais uma luta. Falei que deve lutar mais. Temos um bom problema pela frente - disse Dana.
Ao lado do presidente do UFC, TJ Dillashaw teve de responder algumas perguntas sobre ter dito que Barão estaria com medo de enfrentá-lo.
- Eu estava irritado e disse que ele estava com medo. Quem sabe o que aconteceu com ele? Depois da pesagem, comendo um pouco e recebendo líquido, tive uma hipnoterapista me falando coisas positivas, e isso me ajudou a relaxar. Foi duro aceitar uma outra luta, demorei um pouco para relaxar. Foi uma noite muito estressante. Fiquei em pé até uma hora da manhã dando entrevistas sobre Soto para o UFC. Foi uma situação que nunca esperei, mas como não precisava chegar à arena até 16h15m, pude dormir bem e descansar. Sempre durmo bem com o estomago cheio (risos).
O campeão também falou sobre a sua derrota para Raphael Assunção, que para muitos foi uma injustiça.
- Não presto atenção nisso, apenas foco na arte marcial, em ser melhor. Para mim eu venci o Raphael Assunção, e não penso em mais mais nada, apenas foco em quem está na minha frente. Quero sempre estar pronto. Daqui a alguns dias voltarei para a academia para ajudar Chad Mendes a se preparar para a luta contra José Aldo em outubro no Brasil. Não pararei de treinar - disse Dillashaw.
TJ Dillashaw UFC 177 (Foto: Evelyn Rodrigues)TJ Dillashaw analisou sua atuação contra Joe Soto na luta principal do UFC 177 (Foto: Evelyn Rodrigues)
Sobre a luta contra Joe Soto, Dillashaw admitiu que teria atuado de outra forma se seu rival fosse Renan Barão.
- Acho que poderia ser mais agressivo se enfrentasse o Barão. Sabia que o Soto era bom no wrestling e tinha que ser mais conservador na minha queda. Talvez ficasse mais confortável se tivesse tido mais tempo para me preparar, mas ele derruba e finaliza muita gente, e eu não queria lhe dar essa oportunidade. Ele fez um bom trabalho de defesa, eu fiquei um pouco solto demais e tive de ser agressivo porque ele é perigoso. Eu tinha que tentar tocá-lo mais. Soto é duro, tem um bom overhand de direita. Eu deveria estar preparado, porque muita gente na Alpha Male tem esse overhand, mas ele acertou dois. Meus chutes estavam soltos no começo, mas deveria ter mudado o ângulo, porque ele estava se abaixando. No quinto round eu consegui pressioná-lo no cage e, quando ele fez o caminho que normalmente teria que fazer, saindo pela esquerda, eu o acertei.
No fim, perguntado sobre o apoio recebido da torcida em Sacramento, o campeão brincou.
- Eu soube que meu primo vendeu uns 600 ingressos. Vi que estava todo mundo aqui quando cheguei. Foi incrível, a cidade inteira estava no evento - finalizou.

Barão não recebe valor da bolsa, e Dana diz: "Vai voltar sem um centavo"

Dirigente critica o brasileiro, a quem considera culpado pela mudança no evento principal em Sacramento: "Não tem desculpa para o que ele fez"

Por Direto de Sacramento, EUA
Renan Barão lutador de MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)Renan Barão (Foto: Evelyn Rodrigues)
Renan Barão perdeu bastante prestígio com o Ultimate por conta de sua saída do UFC 177. Se a princípio pareceu ser um pouco mais compreensivo, Dana White subiu o tom na coletiva de imprensa e no bate-papo com jornalistas após o evento em Sacramento (EUA), na madrugada de domingo, e fez duras críticas ao ex-campeão dos galos (até 61kg). Barão, por sinal, não recebeu o valor da bolsa e voltará ao Brasil "sem um centavo", segundo o chefe da organização.
- Barão não vai ganhar dinheiro algum. Não vou pagar a ele por não aparecer para lutar. (...) Não tem desculpa para o que ele fez. Não tem desculpa para não bater o peso. Mas ele pagou caro. Ele nos prejudicou. Aquele garoto não ganhou o cheque e vai voltar para casa sem dinheiro. Vai voltar sem um centavo. Ele acabou de pagar uma preparação para a luta, e ninguém sabe quando vai lutar de novo.
Há casos e casos no UFC para quando acontece algum problema com um lutador e um duelo acaba sendo cancelado. O peso-pesado Stefan Struve é um exemplo. Ele havia se recuperado de uma doença grave no coração, mas teve uma crise de pânico momentos antes de entrar no octógono contra Matt Mitrione no UFC 175, e a luta foi cortada do evento. Na ocasião, Dana White ficou do lado do holandês e pagou a ele sua bolsa integral.
O problema de Barão é que, na opinião do dirigente, ele falhou no corte de peso e causou um grande problema ao UFC por conta da mudança do combate principal em cima da hora - Joe Soto entrou em seu lugar contra TJ Dillashaw. Horas antes da pesagem oficial de sexta-feira, o potiguar passou mal e desmaiou ao se levantar da banheira de água quente e foi levado inconsciente até o hospital. Ele se encontra bem no momento.

sábado, 30 de agosto de 2014

Sobre Barão, Carlson Gracie Jr. recomenda: "Sobe de categoria"

Carlson Gracie Jr. está no Brasil ministrando palestras e demonstra preocupação com obsessão pela perda de peso. "Tenho certeza que Renan voltará firme e forte", diz

Por Uberlândia, MG
Carlson Gracie Filho (Foto: Gullit Pacielle)Carlson Gracie Filho avalia que seria melhor Renan subir de categoria (Foto: Gullit Pacielle)
Conhecimento em arte marcial é com a família Gracie. A genética e a história dentro do jiu-jitsu mostram o quanto eles são respeitados nos mais diversos campeonatos de MMA. Morando em Chicago, o mestre de jiu-jitsu Carlson Gracie Jr. esteve em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, onde realizou um seminário sobre o esporte. Na oportunidade, ele aproveitou para comentar sobre o incidente que tirou o lutador Renan Barão do UFC 177. Ele enfrentaria o lutador TJ Dillashaw, neste sábado,  em Sacramento (EUA) pela categoria peso-galo.
– Conheço muito bem o treinador do Renan, o André Pederneiras, treinamos juntos muitos anos. Acredito que hoje em dia os atletas estão se sacrificando muito para perder peso. Colocando o tamanho dele para a categoria, é difícil mesmo atingir o objetivo. É um profissional excelente, dispensa comentário, e isso acontece com muitos lutadores, mas o Renan toma proporção maior porque está em evidência. Uns vão apoiar, outros vão criticar – disse.
Barão estava em processo de perda de peso na banheira do seu quarto no hotel em Sacramento e, ao se levantar, passou mal. O lutador, que estava a 1,1kg do limite de 61,2kg da categoria dos galos, perdeu momentaneamente os sentidos e caiu, sendo amparado pela equipe. Carlson não quis interferir muito no trabalho do dia a dia e evitou dar conselhos a Renan Barão. Porém, ele deixou no ar que o melhor para o lutador seria subir de categoria. Renan luta no peso-galo e tem 1,80 m.   
 – A melhor coisa seria subir de categoria. Mas ele tem um amigo dele nessa categoria, o José Aldo, mas isso cabe ao time decidir e ao Pederneiras estudar a melhor forma, porque é um treinador competente e está há muitos anos no ramo. Tomara que tomem a melhor decisão para que o Brasil e o jiu-jitsu ganhem. Tenho certeza que o Renan irá se reestruturae e voltará firme e forte – concluiu. 
Carlson Gracie Filho (Foto: Gullit Pacielle)Depois de Uberlândia, Carlson ainda tem compromisso em São Paulo, BH e Rio de Janeiro  (Foto: Gullit Pacielle)


Carlson Gracie é neto de Carlos Gracie, considerado o criador do jiu-jitsu. Ele pertence à terceira geração da família. Em Uberlândia, ele ministrou palestras sobre o jiu-jitsu em academias franquiadas da cidade. Além de Uberlândia, a cúpula que acompanha Gracie no Brasil informou que ele tem compromisso em Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro.

"Não quero ser elogiada por Ronda, quero o cinturão", diz Bethe Correia

Brasileira enfrenta neste sábado mais uma integrante do quarteto da
campeã, de olho na chance de ficar mais próxima do título da divisão

Por Direto de Sacramento, EUA
Depois de ter uma carreira meteórica no MMA e de assinar com o UFC em seu segundo ano lutando como profissional, a paraibana Bethe Correia conseguiu atrair ainda mais holofotes para si mesma ao desafiar o quarteto formado por Ronda Rousey e mais três amigas, em abril passado. A atitude foi considerada extremamente inteligente pela campeã peso-galo do Utimate, que afirmou que aceitaria enfrentar a brasileira caso ela vencesse o duelo deste sábado contra Shayna Baszler, outra de suas pupilas, pelo card principal do UFC 177, em Sacramento (EUA). Bethe, no entanto, não quer saber de receber elogios da ex-judoca:
- Vi que perguntaram para a Ronda sobre mim e que ela me elogiou, mas quer saber a verdade? Para mim não importa. Eu não tenho um pingo de interesse em receber um elogio sequer da Ronda. Dela eu não quero elogios, quero o cinturão e eu estou buscando isso. O que eu quero é lutar contra a campeã. Se for ela ou outra, não importa. Para mim, a Ronda só está com uma coisa que eu quero um dia. Se ela está me elogiando ou não não faz diferença - declarou a atleta da Pitbull Brothers em entrevista ao Combate.com.
Bethe Correia, Pesagem UFC 177 (Foto: Evelyn Rodrigues)Bethe Correia na pesagem do UFC 177 (Foto: Evelyn Rodrigues)
Na sexta-feira, a brasileira e sua rival protagonizaram uma encarada tensa na Sleep Train Arena e tiveram que ser separadas pelo presidente Dana White, o que aumentou ainda mais a expectativa sobre o duelo. Com um cartel invicto de oito lutas na carreira, sendo dois triunfos no UFC, Bethe sabe que terá pela frente uma adversária experiente e perigosa:
- A Shayna é uma atleta muito experiente, tem mais de 20 lutas, é antiga, uma das pioneiras do MMA feminino. Ela tem história no MMA e isso a torna inteligente, porque quanto mais você luta, mais você adquire experiência no octógono. Por isso ela é uma atleta que se sente em casa lá dentro, pois tem uma grande bagagem. Isso me atiça para que seja uma luta ainda melhor para mim, e quero me testar em grandes desafios.
O fato de ter conquistado tanta coisa em tão pouco tempo de carreira tem sido o a principal motivação para a atleta, e ela sabe que, se tiver uma grande performance neste sábado, pode chegar mais rápido a uma chance pelo título:
Bethe Correia X Shayna Baszler, Pesagem UFC 177 (Foto: Evelyn Rodrigues)Encarada com Shayna Baszler teve de ser
separada por Dana White (Foto: Evelyn Rodrigues)
- Por mim, se eu ganhar da Shayna, já posso enfrentar a Ronda, pois o meu objetivo é o cinturão. Se o UFC me der essa oportunidade, eu vou aceitar e vou dar o meu máximo para representar e fazer uma luta digna de disputa de cinturão. Eu estou no UFC e o meu objetivo é buscar o título, é ser a número um, estou trabalhando para isso. Não sei quantas lutas ainda tenho que fazer para conquistar, vou deixar isso a critério deles, mas a oportunidade que me derem vou aceitar muito feliz.
Bethe, no entanto, reconhece que o MMA feminino não existiria no UFC se não fosse Ronda:
- Senti que depois da luta contra a Jessamyn Duke houve bastante repercussão quando eu mexi com as "Quatro Amazonas", que é o brinquedinho da Ronda. Ela é top 1, e reconheço que só existe MMA feminino no UFC por mérito dela. Foi a Ronda quem conseguiu elevar o MMA feminino ao patamar em que está hoje. Eu consegui mexer um pouco ali e repercutiu bem para o meu lado, ganhei bastante atenção e fiquei feliz.
Adversária de Bethe no UFC 177, Shayna Baszler participou da 18ª temporada do The Ultimate Fighter nos EUA. A americana tem 15 vitórias e oito derrotas em seu cartel e passagens pelo Strikeforce, Bellator e Invicta FC.
A luta entre TJ Dillashaw e Joe Soto é a principal do UFC 177, que será realizado na Sleep Train Arena, em Sacramento, neste sábado. O Combate transmite tudo a partir das 20h45m (de Brasília), e o Combate.com acompanha em Tempo Real, transmitindo em vídeo a primeira luta da programação, entre os pesos-leves Cain Carrizosa e Chris Wade.
UFC 177
30 de agosto de 2014, em Sacramento (EUA)
CARD PRINCIPAL
Peso-galo: TJ Dillashaw x Joe Soto
Peso-leve: Danny Castillo x Tony Ferguson
Peso-galo: Bethe Correia x Shayna Baszler
Peso-leve: Ramsey Nijem x Carlos Diego Ferreira
Peso-leve: Yancy Medeiros x Damon Jackson
CARD PRELIMINAR
Peso-médio: Lorenz Larkin x Derek Brunson
Peso-pesado: Ruan Potts x Anthony Hamilton
Peso-leve: Cain Carrizosa x Chris Wade

Dedé Pederneiras rebate críticas e diz que Barão não deve subir de divisão

Lutador, no entanto, passará por bateria de exames para se certificar de que está tudo bem. Treinador deve pedir mais tempo entre as lutas do pupilo

Por Direto de Sacramento, EUA
Dedé Pederneiras em seu escritório na academia Upper (Foto: Ivan Raupp)Dedé Pederneiras (Foto: Ivan Raupp)
Todos foram surpreendidos na sexta-feira com a notícia de que Renan Barão havia desmaiado horas antes da pesagem e não teria condições de enfrentar TJ Dillashaw na tão anunciada revanche pelo título dos pesos-galos. O americano acabou se mantendo no card e agora vai enfrentar o ex-campeão do Bellator Joe Soto, que faria a sua estreia no Ultimate no card preliminar. O episódio fez com que muita gente passasse a questionar o processo do corte de peso do atleta da Nova União.
Momentos após a pesagem, o próprio Dillashaw afirmou que achava que Barão era muito grande para a categoria, dando a entender que ele deveria subir de divisão. O presidente do UFC, Dana White, tem a mesma opinião e chegou a estender a crítica ao campeão peso-pena, José Aldo, afirmando que tanto ele quanto Barão deveriam subir de peso.
Em entrevista ao Combate e ao Combate.com depois do incidente, o treinador principal da Nova União, Dedé Pederneiras, disse não concordar com as críticas e ressaltou que o trabalho de perda de peso de seus atletas é feito com acompanhamento médico. Para Dedé, o problema ocorrido com Barão em Sacramento tem a ver com uma série de fatores, incluindo o fato de ele ter feito três camps de treinamento em cerca de seis meses:
O Barão precisa de um tempo maior entre uma luta e outra para não fazer esses sucessivos treinos para uma luta de cinco rounds,
que são muito mais pesados do
que para uma luta de três rounds,
a cada três meses. É a primeira
vez que isso acontece comigo em
18 anos"
Dedé Pederneiras
- As pessoas ficam falando que Barão deveria lutar na categoria de cima. Ele é realmente um garoto grande para a divisão de 61,2 kg, mas eu acho que se a gente tiver o respaldo dos médicos com os quais a gente trabalha e dos nutricionistas, não vejo por que ele trocar de categoria. O que vejo é que o Barão precisa de um tempo maior entre uma luta e outra para não fazer esses sucessivos treinos para uma luta de cinco rounds, que são muito mais pesados do que para uma luta de três rounds, a cada três meses. É a primeira vez que isso acontece comigo em 18 anos. Venho acompanhando atletas há muito tempo e nunca tive um lutador que apagou e teve que ser retirado de um duelo por não ter condições de lutar.
Dedé, que estava com Barão no momento do incidente, explicou todo o planejamento da equipe para que o corte de peso de seu lutador fosse bem-sucedido. O treinador também ressaltou que Barão sempre perdeu peso da mesma forma em todas as lutas anteriores ao UFC 173, única ocasião em que o atleta decidiu chegar um pouco mais leve para lutar devido ao fato de seu adversário, TJ Dillashaw, ser menor fisicamente e mais rápido:
- Na verdade, o Barão já perdeu peso só aqui no UFC pelo menos 10 ou 12 vezes e nunca teve problema nenhum. O processo sempre foi feito da mesma forma não só com ele, mas com todas as pessoas lá da academia. Na última luta do Barão, ele resolveu perder o peso com uma antecedência maior. E aí, quando você faz isso, você acaba não recuperando tão bem quanto quando você perde o peso mais próximo da luta, que era o que ele tinha feito na maioria das vezes. Na verdade, o Barão não deixou uma quantidade de peso muito grande para esta semana, ele chegou aqui com 68kg*, a categoria é 61,2kg. No primeiro dia que ele chegou em Sacramento, já tirou 3kg e se colocou bem próximo da meta, e foi batendo essa meta dia após dia. Na quinta-feira, a gente terminou o corte de peso umas 23h30. Ele tomou banho, comeu, foi dormir e acordou de manhã para fazer a perda de peso, porque faltavam 2,25kg para ele chegar à meta antes da pesagem.
(*Nota da Redação: Barão, na realidade, chegou com o peso entre 70kg e 71kg, conforme mostrou um vídeo gravado pelo UFC; esse peso, por sinal, é normal para ele em semana de luta).
Renan Barão lutador de MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)Renan Barão deu entrevistas um dia antes do incidente (Foto: Evelyn Rodrigues)
Dedé ainda contou detalhes do que aconteceu com o brasileiro no momento do incidente e explicou que a decisão de cancelar a revanche com Dillashaw partiu do próprio UFC por questões de segurança. Segundo ele, Barão está bem fisicamente, apesar de muito triste e, quando voltar ao Brasil, deve se submeter a uma bateria de exames a fim de determinar outras possíveis causas do desmaio ocorrido na sexta. O treinador também deixou claro que deve pedir mais tempo ao UFC entre lutas para evitar um desgaste tão grande de seu atleta.
Confira o depoimento de Dedé Pederneiras na íntegra:
"Na sexta-feira, último dia de perda de peso para os atletas que fazem a pesagem às 16h, o Barão estava fazendo o processo normalmente, faltavam 2,25kg para ele bater a meta da categoria. Barão se pesou às 9h e faltava a quantidade de peso que a gente tinha deixado para o último dia, dentro de uma tabela que a gente monta para a semana inteira. Ele acordou bem, começou a fazer a perda de peso normal. Depois da pesagem das 9h ele fez uma rodada de banheira e, como tinha o exame médico às 12h e estava fazendo sol aqui, ele quis dar uma corrida, pois já estava de saco cheio de ficar na banheira. Então a gente foi correr por cerca de meia hora, foi bem tranquilo. Depois nós voltamos para o hotel e aí ele tirou a roupa, a gente passou o creme nele, e ele foi fazer a última sessão de banheira.
Nesse momento, faltava cerca de 1,1kg para atingir o limite de 61,2kg e era cedo ainda aqui em Sacramento, por volta de 13h, e ele só tinha que descer para ir para a arena às 15h. E aí, nós começamos a fazer as primeiras rodadas de banheira e, depois de cerca de 20 minutos, quando o Barão estava saindo de uma dessas banheiras, desmaiou completamente. Na hora em que ele estava caindo, eu o segurei, mas como ele estava com muito creme, chegou a jogar a cabeça para trás e a encostá-la na parede. A gente o colocou no chão, só que, a partir daquele momento ali, ficou desmaiado por bastante tempo. Isso nos deixou bastante impressionados. Na mesma hora, chamamos o médico do UFC, e eles resolveram por bem chamar uma ambulância.
Quando os paramédicos chegaram ao nosso quarto, checaram os sinais vitais do Barão e resolveram levá-lo para o hospital para fazer uma melhor análise da situação. Eles fizeram exame de sangue, de urina e constataram que o Renan estava desidratado. Então, não tiveram outra escolha senão colocá-lo no soro. A partir do momento em que ele foi para o hospital, o UFC na mesma hora teve que cancelar a luta. Foi uma opção do UFC e, lógico que, pela situação em que o Barão estava, eu também não via outro jeito dessa luta acontecer. Talvez o Barão pudesse se recompor e lutar, mas ninguém tinha certeza de nada. Como foi uma escolha do UFC, a gente aceitou e achou por bem ser o melhor naquele momento, mas nós não queríamos que isso acontecesse, pois o Barão treinou por quase três meses e muito duro para essa luta. Ele estava muito bem preparado para essa revanche, mas vimos a chance escapulir pelas nossas mãos por uma situação que ninguém consegue
controlar.
Na verdade, o Barão já perdeu peso só aqui no UFC pelo menos 10 ou 12 vezes e nunca teve problema nenhum. O processo sempre foi feito da mesma forma não só com ele, mas com todas as pessoas lá da academia. A gente monta uma tabela diária, e a pessoa termina o peso à noite e tem que estar com o mesmo peso na parte da manhã. Então isso é feito de uma forma que a pessoa consegue controlar exatamente a perda de peso dela sem se desgastar muito, para chegar no dia da pesagem e se pesar sem problema nenhum.
Depois de tudo o que aconteceu, o Barão está muito bem agora, pelo menos fisicamente, graças a Deus ele teve nada sério, mas está muito triste porque estava muito bem treinado para essa luta. É até difícil falar o quão treinado ele estava, porque o Renan acabou não se apresentando, né? Então fica parecendo que estou falando isso porque o cara não lutou, mas não, o Renan realmente estava muito bem preparado para essa revanche, como vai estar para as próximas lutas. O que eu conversei com o Barão depois da saída do hospital é que ele tem que dar um tempo para o corpo dele descansar. Por mais que ele seja novo, pois tem 27 anos, se você for ver, só de fevereiro para cá, ou seja, em seis meses, Barão iria fazer a sua terceira luta. Então é uma sobrecarga muito grande de treinamento em cima do corpo. É um desgaste físico e mental. Você pega três meses de treino duro pensando na luta, existe todo aquele camp que realmente te desgasta muito, e você precisa de um período para descansar o corpo antes de começar uma nova fase de treinamento.
Eu falei para ele: 'Barão,  talvez o que aconteceu hoje seja um acúmulo do que você já fez só esse ano. Chegou uma hora em que o teu corpo decidiu se desligar porque não estava aguentando mais, e aí aconteceu isso'. Então a gente vai pedir um tempo maior para o UFC para ele se recuperar fisicamente. Ele chegou nesse camp milagrosamente sem nenhuma lesão, foi um camp perfeito. Mas, quando você acaba de sair de uma luta, é normal você ter algum tipo de lesão, e ele vem emendando isso há algum tempo. Então, talvez o corpo dele realmente nesse momento tenha dado esse estalo.
Quando chegarmos ao Brasil, vamos fazer uma bateria geral de exames no Barão para avaliar tudo, ver como ele está hoje em dia e ter uma visão geral de todos os aspectos. Depois vamos sentar e conversar. As pessoas ficam falando que ele deveria lutar na categoria de cima. Ele é realmente um garoto grande para a categoria de 61,2kg, mas eu acho que, se a gente tiver o respaldo dos médicos com os quais a gente trabalha e dos nutricionistas, não vejo porque ele trocar de categoria. O que vejo é que ele precisa de um tempo maior entre uma luta e outra para não fazer esses sucessivos treinos para uma luta de cinco rounds, que são muito mais pesados do que para uma luta de três rounds, a cada três meses. Treino forte, desgaste físico e mental, perda de peso... O corpo precisa realmente de um descanso.
É a primeira vez que isso acontece comigo em 18 anos de carreira. Eu venho acompanhando atletas há muito tempo e nunca tive um atleta que apagou e teve que ser retirado de um duelo por não ter condições de lutar".
A luta entre TJ Dillashaw e Joe Soto é a principal do UFC 177, que será realizado na Sleep Train Arena, em Sacramento, neste sábado. O evento terá os brasileiros Bethe Correia e Carlos Diego Ferreira em ação no card principal. O Combate transmite tudo a partir das 20h45m (de Brasília), e o Combate.com acompanha em Tempo Real, transmitindo em vídeo a primeira luta da programação, entre os pesos-leves Cain Carrizosa e Chris Wade.
UFC 177
30 de agosto de 2014, em Sacramento (EUA)
CARD PRINCIPAL
Peso-galo: TJ Dillashaw x Joe Soto
Peso-leve: Danny Castillo x Tony Ferguson
Peso-galo: Bethe Correia x Shayna Baszler
Peso-leve: Ramsey Nijem x Carlos Diego Ferreira
Peso-leve: Yancy Medeiros x Damon Jackson
CARD PRELIMINAR
Peso-médio: Lorenz Larkin x Derek Brunson
Peso-pesado: Ruan Potts x Anthony Hamilton
Peso-leve: Cain Carrizosa x Chris Wade