domingo, 23 de fevereiro de 2014

Ronda vence 'Batalha olímpica' contra McMann em luta polêmica no UFC 170

Árbitro Herb Dean interrompe a luta após joelhada na linha de cintura que derrubou a desafiante com apenas 1m06s de luta. Público vaiou a decisão

Por Las Vegas, EUA
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A polêmica parece rondar a campeã feminina dos pesos-galos do UFC Ronda Rousey. Na madrugada deste domingo, a lutadora venceu pela nona vez na carreira, e defendeu seu cinturão pela terceira vez diante de Sara McMann, uma medalhista olímpica de wrestling que jamais havia sido derrotada em sete combates. Tudo certo para ela, a não ser pela forma como a vitória foi conseguida. Com apenas 1m06s de luta, a campeã aplicou uma joelhada na linha de cintura da desafiante, que caiu. O árbitro Herb Dean decidiu encerrar a luta no exato instante que McMann dava sinais de recuperação, o que provocou a ira do público presente ao Mandalay Bay, em Las Vegas, lembrando a mesma vaia ouvida pela campeã quando não apertou a mão de MIesha Tate após derrotá-la em sua última luta.
- Vendo seus vídeos, sabíamos que ela deixava o corpo aberto. Sendo wrestler, ela tinha postura ruim, então focamos em golpes no fígado neste camp. A joelhada de esquerda estava funcionando bem. Sobre as vaias, é legal que haja vaias, porque quem está do lado de quem vaia tem que aplaudir mais alto para ser ouvida. Obrigado pelas emoções, pessoal - disse a campeã.
Ronda Rousey acerta Sara McMann no UFC 170 (Foto: Getty Images)Ronda Rousey acerta uma forte cotovelada no rosto de Sara McMann no UFC 170 (Foto: Getty Images)
Para Sara McMann, o erro foi seu, e não da arbitragem.
- Achei que era uma boa luta. Ninguém consegue fortalecer o fígado, não importa o quanto você treina. Vou melhorar, ganhar lutas e espero ter uma revanche algum dia. Eu estava tentando me levantar, mas é minha culpa. O árbitro tem que nos proteger, eu deveria ter levantado mais rápido. Tenho que controlar onde a luta é disputada e deveria ter saído da grade mais rápido.
A luta
Ronda Rousey vence Sara McMann no UFC170 (Foto: Getty Images)Ronda Rousey acerta a joelhada que derrubou a rival
Sara McMann no UFC 170 (Foto: Getty Images)
A luta começou com as duas lutadoras buscando a trocação aberta, e Sara McMann acertou bons socos no rosto de Ronda Rousey, que não recuou e buscou as joelhadas na altura da cintura, encurralando a desafiante na grade. Após algumas trocas de golpes, a campeã acertou uma bela joelhada na altura da cintura de Sara McMann, que sentiu e caiu, ficando alguns segundos sem ação. O árbitro Herb Dean encerrou a luta quando a desafiante mostrou reação, o que levou os fãs presentes ao Mandalay Bay a vaiarem a decisão.
Esta foi a primeira vez que Ronda Rousey venceu uma luta sem ser por chave de braço, que é a sua marca registrada. A lutadora chega à nona vitória em nove lutas, e acaba com a invencibilidade da adversária, Sara McMann, que vinha invicta em sete combates.

Esquiadora esquece a polêmica com fotos e quer 'ajudar Líbano a melhorar'

Depois de concluir sua participação nos Jogos de Sochi, Jackie Chamoun decide ignorar problemas e já planeja visitar sua terra natal: 'As pessoas querem me ver'

Por Direto de Sochi, Rússia
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Sem mágoas e de cabeça erguida. É assim que Jackie Chamoun se despede dos Jogos Olímpicos de Sochi. Após competir no slalom, a esquiadora libanesa quer deixar para trás a polêmica criada pelo vazamento de fotos suas de topless. Apesar de viver na Suíça, ela revelou ter planos de retornar em breve para seu país de origem e esquecer as críticas que recebeu.
- Costumo ir ao Líbano três vezes por ano. Mas devo ir antes do planejado desta vez. As pessoas querem me ver e estou animada para voltar. Não tenho problemas com isso - disse a atleta.
Jackie Chamoun competição esqui Sochi (Foto: Reuters)Jackie Chamoun em ação na prova de slalom nos Jogos Olímpicos de Sochi (Foto: Reuters)


Em Sochi, Jackie terminou sua participação olímpica com 47ª colocação no slalom, com o tempo de 2m28s74. Mais do que pelo resultado nas pistas de esqui, ela ganhou destaque na imprensa mundial depois que fotos sensuais suas foram vazadas na internet. Diante de toda a repercussão, ela chegou a pedir desculpas aos seus compatriotas, reconhecendo que o Líbano é um país muitas vezes conservador. Segundo ela, o material que caiu na rede fazia parte de um ensaio que fez para um calendário austríaco, há três anos. A atleta garantiu que as imagens eram apenas dos bastidores e não deveriam ter sido divulgadas.
A libanesa Jackie começou a esquiar quando tinha apenas três anos de idade nas montanhas de Faraya. Atualmente, reside na Suíça, onde também estuda e trabalha com eventos esportivos. Apesar de ter sido duramente criticada pelo lado mais conservador do país, tem planos prontos para iniciar o crescimento do esporte em sua terra. Sem se importar com nenhum julgamento, quer ser exemplo para as futuras gerações.
- Estou animada para voltar. Vai ser ótimo. Depois que tudo passar, gostaria de ajudar o Líbano a melhorar em diversos aspectos. Principalmente nos assuntos relacionados aos atletas. Quero ajudar no crescimento e no acesso ao esqui por lá. É meu objetivo ajudar na formação de novos atletas - disse.
O ouro na prova de slalom, disputada por Jackie, ficou com Mikaela Shiffrin. A americana de 18 anos se tornou a atleta mais jovem a vencer a prova do slalom nas Olimpíadas de Inverno. Na segunda e terceira colocações, duas austríacas subiram no pódio. Marlies Schild ficou com a medalha de prata e Kathrin Zettel com a de bronze. Representante brasileira, Maya Harrison terminou em 39ª.
Jackie Chamoun Esqui Sochi (Foto: AP)Jackie Chamoun virou pivô de polêmica (Foto: AP)
Entenda o caso
Após o vazamento de suas fotos, Jackie enfrentou problemas em seu país. Ministro da Juventude e do Esporte do Líbano, Faisal Karami determinou uma investigação sobre o vazamento, como medida para preservar a imagem do país. Já o Comitê Olímpico do Líbano realizou reuniões e concluiu que a polêmica não afetaria a participação do país em Sochi.

Nas redes sociais, no entanto, o apoio foi maciço. Em pouco tempo, Jackie também passou a receber apoio de fãs de inúmeros países. Nas redes sociais, eles compartilharam a página ''I am Not Naked'' (em português, ''Eu Não Estou Nu''), como a intenção de defender a esquiadora. A campanha chegou, inclusive, ao Brasil. No Twitter, a hashtag #stripforjackie (tire a roupa para Jackie) também foi muito compartilhada.
Jackie Chamoun Esqui Sochi (Foto: Reprodução / YouTube)Imagens da esquiadora de 'topless' vazaram na internet  (Foto: Reprodução / YouTube)

Ronda não desiste de desafio contra Cris Cyborg: 'Ainda quero essa luta'

Americana, entretanto, diz que brasileira pediu para ser liberada pelo
Ultimate após anunciarem testes antidoping fora de competição

Por Rio de Janeiro
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Com o fim do Strikeforce, as principais lutadores da organização migraram automaticamente para o Ultimate, que comprou o concorrente pouco antes de ela ser fechada. Ronda Rousey e Cris Cyborg faziam parte desse pacote de transferências. Ronda foi declarada campeã peso-galo da companhia, mas Cris Cyborg pediu para ser liberada. Ela era de uma categoria no qual o UFC não teria, e as duas partes não chegaram a um acordo sobre como ela seria utilizada.
Ronda Rousey UFC MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)Ronda Rousey está no Ultimate desde fevereiro do ano passado (Foto: Evelyn Rodrigues)
Com isso, o esperado duelo entre Ronda Rousey e Cris Cyborg jamais foi realizado. A ideia do Ultimate era convencer Cyborg a descer de categoria, mas ela não aceitou na época. Apesar disso, Ronda ainda espera enfrentá-la.
- Eu ainda quero essa luta, mas ela (Cris Cyborg) parece determinada em não deixá-la acontecer. Acho que foram 24 horas depois que eles anunciaram testes antidoping fora de competição no UFC que ela pediu para ser liberada, e já estávamos em negociação com ela para nós lutarmos pelo título do peso-galo. Quando esse anúncio foi feito, as negociações acabaram - disse Ronda ao site do canal americano "ESPN".
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A americana revelou que tudo depende de Cris Cyborg. Ronda declarou que pode continuar sua carreira normalmente no UFC sem se preocupar com o que a brasileira vai decidir.
- Nunca digo nunca, ainda estou torcendo por isso. Mas ela tornou tudo muito difícil para nós. Eu tenho muitas outras oportunidades chamando minha atenção, e sou a única oportunidade para ela, então a jogada é dela. Eu tenho o cinturão, ela sabe onde estou. Não posso controlar outras pessoas.
Enquanto Cris Cyborg não chega ao Ultimate, Ronda Rousey, como ela mesmo diz, segue normalmente a sua carreira. Neste sábado, ela enfrenta Sara McMann em sua terceira defesa de cinturão na organização.
UFC 170
22 de fevereiro de 2014, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Peso-galo: Ronda Rousey x Sara McMann
Peso-meio-pesado: Daniel Cormier x Patrick Cummins
Peso-meio-médio: Rory MacDonald x Demian Maia
Peso-meio-médio: Mike Pyle x T.J. Waldburger
Peso-meio-médio: Robert Whittaker x Stephen Thompson
CARD PRELIMINAR
Peso-galo: Alexis Davis x Jessica Eye
Peso-galo: Raphael Assunção x Pedro Munhoz
Peso-galo: Cody Gibson x Aljamain Sterling
Peso-mosca: Zach Makovsky x Josh Sampo
Peso-leve: Rafaello Oliveira x Erik Koch
Peso-leve: Ernest Chavez x Yosdenis Cedeno

Cyborg diz que tentará descer para galos e desafiar Ronda no fim do ano

Brasileira garante que 'chutará o traseiro' da campeã do UFC e lhe concederá revanche imediata: 'Assim o mundo saberá que não foi por sorte'

Por Rio de Janeiro
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Cris Cyborg lutadora MMA (Foto: Esther Lin / STRIKEFORCE)Cyborg quer Ronda Rounsey em dezembro
(Foto: Esther Lin / STRIKEFORCE)
Depois de Ronda Rousey declarar que ainda quer enfrentar Cris Cyborg, dizendo que é a dona do cinturão e que brasileira é quem tem que decidir se vai ou não correr atrás da oportunidade, agora foi a vez da paranaense desafiar a campeã peso-galo do UFC. Em um comunicado ao programa de TV “Inside MMA”, nos EUA, Cris afirmou que vai tentar descer para 61,3 kg com o objetivo de derrotar Ronda em dezembro. E tem mais: ela afirma que dará uma revanche imediata à campeã do UFC, para provar que não vencerá a primeira luta por sorte. Cyborg ainda declarou que o UFC poderá submetê-la a testes antidoping uma vez por semana até o dia do duelo, assim não haveria mais desculpas para o combate não acontecer.
Confira o comunicado na íntegra:
“Com relação às declarações de Ronda, de que eu estou apenas interessada em uma bolsa alta para me aposentar, você está certa, eu estou querendo uma bolsa alta para te aposentar, da mesma forma que eu fiz com a Gina Carano. Porém, para mostrar que não se trata apenas de dinheiro, eu te desafio a lutar - e o vencedor fica com tudo. Ou, melhor ainda, vamos lutar DE GRAÇA. QUALQUER HORA! QUALQUER LUGAR! Peça ao seu papai Dana para fazer acontecer.
O meu inglês não é tão bom, então me desculpe se eu não fui compreendida. Eu não disse literalmente que iria morrer se batesse 61,3 kg. O que eu quis dizer é que o meu médico me recomendou a não lutar o resto da minha carreira nessa divisão de peso, que era exatamente o que o UFC queria.
Você lutou nos 50 kg nas Olimpíadas e nos 65,9 kg no MMA. Você pode me enfrentar nos 63,6 kg muito mais facilmente do que eu descer para 61,3 kg. A única razão pela qual você quer essa luta nos 61,3 kg é porque você sente que será a sua única chance, pois você espera que o processo de perda de peso me afete. Vocês dizem que eu sou irrelevante, mesmo assistindo aos meus melhores momentos. A verdade é que os fãs de MMA não só me conhecem, mas sabem que eu sou a melhor. É triste que você não reconheça os verdadeiros fãs de MMA ao dizer que eles não têm importância.
Eu estou atualmente treinando para lutar nos 65,9 kg no dia 28 de março e no início de maio. O meu time contratou um médico para me ajudar a descer para 61,3 kg. Eu planejo desafiar e vencer o cinturão dos pesos-galos do Invicta FC no verão e, então desafiar você, de campeã para campeã, pelo seu cinturão do UFC em dezembro.
Eu sei que, agora, os críticos vão dizer: 'Eu achei que você disse que iria morrer se baixasse paz 61,3 kg'. Tudo o que estou prometendo é que eu vou dar 100% para tentar descer para 61,3 kg para fazer esse plano acontecer. No entanto, eu ainda vou fazer o que meu médico me aconselhou, portanto não vou lutar mais do que três vezes no peso-galo: a primeira para vencer o cinturão do Invicta, a segunda para chutar o seu traseiro e a terceira para chutar o seu traseiro de novo, assim o mundo vai ver que não foi por sorte. Você pode até me testar toda semana até a data da luta. Dessa forma você não terá desculpas depois de eu chutar o seu traseiro”.

Enquanto Cris ainda está longe do Ultimate, Ronda Rousey faz, neste sábado, mais uma defesa de seu cinturão peso-galo. Desta vez, ela enfrenta Sarah McMann, que foi medalha de prata nas Olimpíadas de Athenas, em 2004.
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O canal Combate transmite o UFC 170 ao vivo neste sábado, com exclusividade, a partir das 21h30m (horário de Brasília), e o Combate.com acompanha tudo em Tempo Real, com vídeo ao vivo da primeira luta do card preliminar, entre os pesos-leves estreantes Ernest Chavez e Yosdenis Cedeno.
UFC 170
22 de fevereiro de 2014, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Peso-galo: Ronda Rousey x Sara McMann
Peso-meio-pesado: Daniel Cormier x Patrick Cummins
Peso-meio-médio: Rory MacDonald x Demian Maia
Peso-meio-médio: Mike Pyle x T.J. Waldburger
Peso-meio-médio: Robert Whittaker x Stephen Thompson
CARD PRELIMINAR
Peso-galo: Alexis Davis x Jessica Eye
Peso-galo: Raphael Assunção x Pedro Munhoz
Peso-galo: Cody Gibson x Aljamain Sterling
Peso-mosca: Zach Makovsky x Josh Sampo
Peso-leve: Rafaello Oliveira x Erik Koch
Peso-leve: Ernest Chavez x Yosdenis Cedeno

Erik Koch estreia nos leves do UFC com nocaute sobre Rafaello Trator

Brasileiro sofre sua quarta derrota em cinco lutas e fica ameaçado de demissão. Americano consegue sua primeira vitória nas últimas três lutas

Por Las Vegas, EUA
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A segunda luta do card preliminar do UFC 170 marcou a primeira participação brasileira no evento, disputado no Mandala Bay, em Las Vegas (EUA). E Rafaello Oliveira, o "Trator", viu seu ímpeto ser rapidamente controlado pelo americano Erik Koch, que precisou de apenas 1m24s para vencer a luta na categoria peso-leve por nocaute técnico, no primeiro round, neste sábado.
- Eu fiz o melhor que pude no octógono nesta noite, mas não foi o bastante. Meu oponente fez o que deveria. Ele me socou na hora certa e no melhor momento, então eu dou a ele todos os créditos da vitória. Eu penso agora só em ter um pouco de tempo com a família antes de ver o que virá para mim - analisou Trator.
Erik Koch luta UFC 170 (Foto: Getty Images)Erik Koch fica por cima e nocauteia Rafaello Trator no card preliminar do UFC 170 (Foto: Getty Images)
A vitória de Koch deixou o brasileiro em uma situação delicada na organização, já que foi sua quarta derrota nas últimas cinco lutas (uma para o compatriota Edson Barboza). Dessa forma, Trator tem agora um card de 17 vitórias e oito derrotas.
O brasileiro começou a luta tomando a iniciativa, mas o nervosismo atrapalhou suas decisões. Um dos momentos mais emblemáticos foi quando ele tentou acertar um chute no adversário, que conseguiu se desviar do golpe facilmente. Depois, Koch se aproveitou da instabilidade do rival e acertou um direto de esquerda, deixando-o no chão. A partir daí, ele iniciou uma sequência de socos no chão que deixou Trator indefeso e levou o árbitro Yves Lavigne a encerrar a luta, com 1m24s de combate.
- O que vocês viram hoje é o verdadeiro Erik Koch. Não sou mais um garoto, sou um homem. Esta é minha nova casa, e quero que todos entendam para o que vim. Esta é minha categoria - disse Koch logo após o combate.

Raphael Assunção não dá chance e vence Pedro Munhoz no UFC 170

Pernambucano, terceiro colocado no ranking dos pesos-galos do UFC, domina totalmente o paulista e consegue sua sexta vitória consecutiva na categoria

Por Las Vegas, EUA
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O pernambucano Raphael Assunção, atual terceiro colocado no ranking dos pesos-galos do UFC, não teve dificuldades para vencer, por decisão unânime dos juízes (triplo 30-27), o paulista Pedro Munhoz, que estava invicto em dez lutas como profissional e que é também instrutor da academia Black House, em Los Angeles. A vitória, válida pelo card preliminar do UFC 170, foi a sexta em sequência de Assunção na categoria, e o credenciou ainda mais para uma possível disputa de cinturão contra o campeão, o também brasileiro Renan Barão.
A luta começou com Assunção buscando um chute baixo e uma sequência de socos nos primeiros segundos de disputa. Com uma base melhor postada no octógono, o pernambucano conectava golpes seguidos, assumindo a liderança no combate. Munhoz tentava aos poucos igualar as ações, mas seus golpes eram bloqueados por Assunção, que sempre contra-golpeava com mais precisão. Os chutes baixos e na linha de cintura faziam efeito, e minavam a movimentação do paulista, que ia se tornando um alvo um pouco mais fácil na luta.
Raphael Assunção luta contra Pedro Munhoz no UFC 170 (Foto: Getty Images)Raphael Assunção acerta Pedro Munhoz no duelo de brasileiros do UFC 170 (Foto: Getty Images)
No segundo round, os dois voltaram usando muitos chutes baixos, visando as pernas um do outro. Mas, com muito reflexo, Assunção conseguiu bloquear um dos chutes de Munhoz e o jogou no chão, partindo para o ground and pound. Munhoz buscou a chave de calcanhar em um descuido do pernambucano, mas Assunção conseguir sair da posição e acertou uma sequência de socos no chão, até que Munhoz conseguisse se erguer  e voltar a lutar de pé. A 1m30s do fim do round, um novo bloqueio de Assunção levou o paulista novamente para o chão, e Assunção voltou a atacá-lo por cima, mesmo estando na guarda.  Mais forte fisicamente, Raphael Assunção se aproveitava disso para se impor ao adversário.
No terceiro e último round, mesmo com vantagem nos rounds anteriores, Raphael Assunção manteve a postura na luta, castigando Munhoz em pé e acertando repetidamente o olho esquerdo do paulista, que começou a sentir o local, seguidamente passando a mão sobre o ferimento que aos poucos apresentava um inchaço. Com uma trocação muito mais completa, o pernambucano consolidava o domínio na luta, não dando chance para Munhoz até o fim, garantindo a sua sexta vitória seguida, e se aproximando ainda mais de uma disputa de cinturão.

Rory MacDonald vence Demian Maia por pontos em luta dura no UFC 170

Canadense é dominado no primeiro round, mas se impõe fisicamente nos rounds seguintes e conta com o cansaço do brasileiro para sair vencedor

Por Las Vegas, EUA
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Em uma luta muito disputada no começo, e dramática no fim, o peso-meio-médio canadense Rory MacDonald venceu o brasileiro Demian Maia por decisão unânime dos juízes (triplo 29-28) em uma luta em que Demian foi melhor no começo, mas sofreu com o cansaço e os golpes sofridos e acabou sendo sobrepujado pelo rival, que se mostrava melhor preparado fisicamente, no fim.
- Tentei me manter calmo para lutar contra um cara do calibre de Demian Maia. O animal está de volta, e está pronto para matar - disse MacDonald logo após a luta.
A luta
A luta começou com Demian Maia surpreendendo e acertando um direto em MacDonald, e em seguida tentando levá-lo para o chão, mas o canadense conseguiu fazer o sprawl. Em sua segunda tentativa, o brasileiro conseguiu deixar o rival com as costas no chão, ficando por cima, montando e aplicando cotoveladas e joelhadas. Após ajustar a montada, Demian Maia passou a aplicar socos no rosto de MacDonald, que se desgastava muito ao tentar sair da posição sem obter sucesso. A 50s do fim do round, Rory MacDonald conseguiu levantar-se, mas foi surpreendido novamente por dois socos de direita do brasileiro que o desequilibraram.
Rory MacDonald voltou para o segundo round mais agressivo, e conseguiu um belo golpe logo no início que derrubou Demian Maia. O brasileiro perdeu rendimento e o canadense aproveitou para acertar chutes na altura da cintura e combinações de jab-direto aproveitando que Maia se tornara um alvo mais fácil. Nem mesmo as tentativas do brasileiro de levar a luta para o chão tinham efeito, já que o canadense as defendia com facilidade, mostrando mais velocidade e menos desgaste.
O panorama do segundo round não se alterou no terceiro. Com MacDonald mais inteiro fisicamente e com mais poder de ataque, ele acertava o brasileiro seguidamente, mas em um chute alto, Demian Maia agarrou sua perna e aplicou uma bela queda, ficando por cima no chão buscando manter o canadense sob controle. Mas MacDonald conseguiu sair da posição e, em uma tentativa desesperada do brasileiro de se jogar sobre ele para voltar a segurá-lo no chão, o canadense  o arremessou por cima do seu corpo, em um belo movimento. A luta voltou a ser disputada em pé, e MacDonald se manteve em vantagem, enquanto Demian Maia parecia exausto, mal conseguindo executar um chute alto. No fim, ambos levantaram os braços e foram aplaudidos pelo público presente ao Mandalay Bay.

Atual número 1 do mundo no jiu-jítsu planeja estrear no MMA em agosto

Gabi Garcia revela três convites para lutar. Ela diz que fãs imploram por luta contra Ronda Rousey: 'Em todo lugar que vou, só querem falar sobre isso'

Por Rio de Janeiro
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Gabi Garcia, jiu-jítsu (Foto: Arquivo Pessoal)Gabi Garcia em momento raro fora dos treinos
de jiu-jítsu ou MMA (Foto: Arquivo Pessoal)
Os fãs já se acostumaram a ver brasileiros campeões mundiais de jiu-jítsu em ação no MMA, como Ronaldo Jacaré, Demian Maia, Roger Gracie, entre outros. Com as mulheres, entretanto, essa transição é praticamente inexistente. Principal expoente da arte suave feminina no momento, Gabi Garcia quer mudar essa história. Oito vezes campeã do mundo - quatro na categoria acima de 74kg e quatro no absoluto -, ela agora traçou novos desafios para si mesma e já sonha em lutar no UFC.
Ir para o MMA não era um dos objetivos da atleta de 1,87m e que já chegou a pesar mais de 100kg. Justamente pelo porte físico, seria difícil conseguir lutas nas artes marciais mistas. Mas aos poucos Gabi percebeu que seria possível. Mudou radicalmente os hábitos alimentares e hoje apresenta um corpo mais atlético. O sucesso assombroso no jiu-jítsu, além de duas conquistas no ADDC, começou a render convites para o MMA. E a atleta que representa a Alliance e o Corinthians decidiu assumir esse desafio. Para deixá-la na ponta dos cascos, uma equipe de mestres formada por Fabio Gurgel (jiu-jítsu), Washington Silva (boxe), Fernando Maestro (muay thai) e Edson Gonçalves (MMA em geral).
Em entrevista ao Combate.com, Gabi Garcia contou um pouco sobre a grande mudança que aconteceu na sua vida e a dificuldade e os conflitos diários da perda de peso. Ela também fez uma análise sobre o nível técnico do jogo de solo no MMA feminino atualmente e disse que Ronda Rousey não teria colecionado tantas chaves de braço para o currículo caso as principais brasileiras do jiu-jítsu já estivessem no UFC. Confira o bate-papo:
Combate.com: Você tem postado fotos mostrando que já está treinando a parte de trocação. É um indício de que você vai mudar para o MMA em breve ou ainda é só uma fase de experimentação?
Gabi Garcia: Ano passado eu ganhei o meu oitavo título mundial, o quarto no absoluto, e eu vinha ganhando tudo, vivendo uma fase boa desde a última derrota. Eu amo jiu-jítsu, treino jiu-jítsu todos os dias, mas eu queria uma nova experiência, um novo desafio na minha vida. Na verdade eu sempre fui grande e tal e acha que seria difícil entrar no MMA por causa da categoria e tudo mais. Então, eu fui para a China lutar o ADCC, fui e voltei com ele no mesmo voo... Eu sempre fui uma pessoa que não cuidava da alimentação, fazia (dieta) muito radical, depois subia e baixava... E decidi que vou levar uma vida mais saudável, manter a dieta, mesmo sendo uma peso-pesado. Eu também queria aprender coisas novas, tanto no jiu-jítsu quanto em outras artes. Aprender boxe, muay thai... Queria tirar 2014 para aprender. Só que isso foi se tornando algo maior, pelo nome que tenho até. Eu não tinha pretensão de lutar (MMA), mas agora já surgiram lutas para mim. Então, não estou apenas treinando, virou para mim um desafio. Vou lutar mesmo este ano.
Gabi Garcia, jiu-jítsu (Foto: Arquivo Pessoal)Gabi Garcia vem treinando chutes para elevar técnica no MMA (Foto: Arquivo Pessoal)
E já tem alguma previsão para essa estreia?
A data vai depender de mim, pois quero entrar para lutar bem treinada, quero entrar confiante porque... Todo mundo me pergunta: "Gabi, de onde vêm suas vitórias?" É da minha confiança. Quando piso no tatame, tenho confiança de que ninguém treinou mais do que eu. E quero ter isso no MMA. E por isso eu achava que era fácil, pois sou a "Gabi casca grossa", como dizem, porque gosto de treinar, gosto de lutar. Mas quando comecei a treinar MMA, boxe e muay thai, é muito difícil. Eu digo que essas pessoas que estão no MMA são muito guerreiras, pois tomar soco na cara não é para qualquer um. Então, não é só na hora da luta, o treinamento é muito difícil. Estou tendo muita dificuldade de aprendizado na parte de andar do boxe. Eu achava que os movimentos de chute seriam ruins para mim, por eu ter a perna pesada, mas é algo que estou descobrindo que está muito legal. Alguns organizadores de evento vieram conversar comigo, com meus técnicos, e falaram que têm a luta. Só que eu quero estar pronta. Não adianta dizer que vou lutar em abril, em junho e não estar pronta. Mas provavelmente será em agosto, é uma data que está nos nossos planos, nos planos dos organizadores. Vou fazer esse desafio na minha carreira. Pode ser que eu engrene no MMA, mas pode ser também que não seja isso, mas está valendo a pena esse novo aprendizado.
Gabi Garcia, jiu-jítsu (Foto: Arquivo Pessoal)Gabi Garcia já chegou a pesar 125kg e agora
mostra o corpo sarado  (Foto: Arquivo Pessoal)
Você machucou o joelho esquerdo na semana passada. Essa lesão vai atrasar os seus planos para estrear no MMA?
Isso é até legal de falar porque o atleta se cobra muito. Eu venho em uma fase da minha vida em que estou de dieta constantemente e não estou fazendo nada de absurdo para ficar com o corpo que estou. E antigamente eu fazia várias loucuras para ficar com o corpo legal, já que a tendência da família é engordar. Se eu parar agora... Eu sou muito ansiosa, eu começo a comer, e isso é muito ruim. Minha preocupação, quando me machuquei na sexta, era parar de treinar. E as pessoas falar: "Ah, Gabi, mas você treina demais, isso foi overtraining". E na verdade o treino para mim é um escape de todos os problemas que tenho, da minha ansiedade. Então eu tenho que lutar contra a balança. Quando me machuquei, fui para o hospital e o médico veio me dar o remédio, o soro, eu perguntei se me faria inchar. Na verdade, foi um descuido no treino que acontece. Eu nunca tinha me machucado gravemente nesses 21 anos de carreira, nunca passei por uma cirurgia séria. No primeiro exame tinha dado que era no menisco, e no exame que fiz segunda-feira deu que era uma lesão no ligamento colateral do posterior, mas não é tão grave e posso continuar treinando, com fisioterapia três vezes por semana. Quando saiu o laudo eu já estava treinando escondida, treinando a parte superior. Meu medo era parar de treinar. Isso só me mostrou que a gente tem que ter a cabeça boa e que não estou com a cabeça tão boa neste momento. Me bateu um desespero, pois a gente depende muito do corpo, e quando veio o resultado do laudo eu fiquei mais tranquila e sabendo que posso treinar.
Então pode-se dizer que a data de estreia não mudou?
A previsão era agosto mesmo. Não tem como ser antes, eu não vou estar pronta tecnicamente para lutar. Vou lutar em abril o Abu Dhabi Pro, evento de jiu-jítsu que sou a dona do cinturão, isso era uma coisa que me preocupava também, mas vou lutar (MMA) em agostou ou setembro, não atrasou a minha estreia.
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o que a gente quer é que abra a categoria no UFC e em eventos grandes. Então, vou tentar baixar o máximo que eu conseguir, estou nessa luta diária. Está sendo muito difícil, mas acho que vai valer a pena"
Gabi Garcia, número 1 do mundo no jiu-jítsu
Os convites são para lutar no Brasil ou no exterior?
Um evento do Brasil, um que vai acontecer no Japão e um nos Estados Unidos. Mas quero primeiro fazer umas lutas no Brasil antes de ir lá para fora.
Hoje temos poucas lutas de MMA feminino nos principais eventos acima do peso-leve (até 70,8kg). Com 1,87m e muita força física, até que categoria você conseguiria chegar?
Lá fora tem bastante luta entre meninas mais pesadas, isso a gente já estava correndo atrás. Eu sempre fui grande. Eu brinco que nunca fui pequena, e sim que eu era criança (risos). Se eu ficar muito magra, muito seca, vou ficar com uns 90 quilos. No máximo uns 85 ou 86kg é o que consigo chegar fisiologicamente. Estou tentando baixar o máximo que eu conseguir. Tem meninas pesadas lá fora, tem eventos com meninas pesadas. Mas o que a gente quer é que abra a categoria no UFC e em eventos grandes. Então, vou tentar baixar o máximo que eu conseguir, estou nessa luta diária. Está sendo muito difícil, mas acho que vai valer a pena.
Você citou que poderia chegar a 85kg. O limite do peso-médio é 84,4kg. Nessa categoria daria para lutar?
Hum... Eu vou tentar, eu vou tentar. Há um tempo já que estou em uma dieta muito rígida e estou sentindo um pouco essa dieta, mas quero começar a treinar perto do peso que eu vá lutar. Porque não adianta eu treinar de um jeito agora e na luta chegar com outro peso, me sentir fraca. Foi até o que aconteceu com o Roger Gracie e com outros atletas que baixam de categoria. E não é isso que eu quero. Quero me adaptar a um peso e ficar nesse peso. No jiu-jítsu já mudou muito, estou muito mais rápida, com muito mais agilidade, estou me sentindo muito. Para o muay thai também. Mas eu tenho que chegar no meu mínimo de peso e vai ser difícil. se eu não chegar no peso-médio, tem a categoria de cima (meio-pesado), onde até a Amanda Lucas, a filha do George Lucas (cineasta americano), é dona de um cinturão. A última menina que me ganhou já tem 16 lutas no MMA e é peso-pesado. Tem bastantes meninas lá fora, e o que a gente quer mostrar é que tem atletas para lutar.
Gabi Garcia, jiu-jítsu (Foto: Arquivo Pessoal)Treino duro para Gabi Garcia chegar ao nível físico que deseja (Foto: Arquivo Pessoal)
No MMA masculino há muitos brasileiros faixas-pretas campeões mundiais e isso não aconteceu ainda com as mulheres. Por quê?
Para a mulher é tudo mais difícil, né? Eu gosto muito de lutar, de me desafiar. Não tenho medo de perder, isso eu aprendi muito na vida. Acho que essa transição... E tem o medo. Eu também tenho medo. Hoje eu posso me dar ao luxo de lutar MMA porque eu tenho os títulos que eu queria ter. Então, posso tirar este ano para me dedicar ao MMA. E nos próximos anos, se não der certo, eu posso voltar e continuar minha carreira no jiu-jítsu. Mas acho que essa transição (das lutadoras de jiu-jítsu) vai acontecer porque está explodindo agora o MMA feminino. Mais para frente as meninas vão para o MMA, conheço várias que já estão treinando. A Talita Treta... A Michelle Nicolini vai lutar. Muitas meninas estão indo, e isso vai ser uma consequência.
Você tem conversado com colegas de academia? Há outras meninas interessadas em ir para o MMA?
Ando conversando, sim, com bastante gente, até tentando convencer algumas (risos). Mas muitas não querem e preferem seguir só o caminho do jiu-jítsu. O que dá certo, pois eu consigo viver do jiu-jítsu. Mas para mim é um desafio pessoal. Não pelo dinheiro, embora eu saiba que paga mais, mas eu consolidei o meu nome dentro do jiu-jítsu e poderia continuar, fazer minha carreira. No entanto, é um desafio para eu lá frente sentir aquela vontade de vencer um Mundial de novo, lutar de novo jiu-jítsu, ou vou me dar bem no MMA e lutar no UFC. Porque hoje em dia o que está na minha cabeça é ganhar um cinturão do UFC e nada tira isso da minha mente. É do sonho de cada um. Eu vejo lá na academia as meninas falando de MMA e parece que está aflorando em todas essa vontade. Eu já comecei a treinar. Na hora que tiver a oportunidade, vou lutar.
Gabi Garcia, jiu-jítsu (Foto: Arquivo Pessoal)Gabi Garcia entre o ex-presidente do Timão Andres
Sanches e Anderson Silva (Foto: Arquivo Pessoal)
O que você acha do jiu-jítsu aplicado no MMA feminino? O nível técnico está bom?
Olha, eu não estou achando (risos). Não estou achando. Não sei se são as lutas que são casadas para isso, mas tem muita menina boa de jiu-jítsu que, se treinasse trocação, daria muito mais trabalho. Acho que estão faltando meninas boas, graduadas, que venham do jiu-jítsu para fazer frente. Na minha opinião, se a Ronda lutasse contra uma Luana (Alzuguir), a Michelle Nicolini, a Kyra Gracie, que são mais ou menos do peso dela, ou até contra a Cris (Cyborg), seria outra luta. Estou achando muito ruim o nível técnico nas lutas de MMA do UFC. A Ronda vem do judô e aplica a chave de braço, que também tem no judô, mas estão faltando meninas aí... Acho que daqui a pouco a gente vai acabar migrando e vai ser o diferencial.
Falando na Ronda, ela é atualmente a atual estrela do MMA feminino e é conhecida uma chave de braço até hoje indefensável. Você já parou para analisar esse golpe dela? Qual é o antídoto?
Vou te falar que toda luta que vejo da Ronda, ela comete muitas falhas. Mas ela nunca pegou uma menina muito boa de jiu-jítsu. Ela dá muito as costas quando vai quedar. A Ronda tem uma queda muito boa, mas dá muito as costas. Aquela chave de braço é um golpe que ela realmente executa muito bem, mas se ela pegar uma menina do jiu-jítsu... Todo mundo me cobra para lutar com ela, mas não vai existir essa possibilidade (por causa da diferença de peso). Em todo lugar que eu vou, é só sobre isso que as pessoas querem falar. Não vai ser possível, mas existem outras meninas que acho que, se conseguirem treinar, vão lutar bem com ela. No momento, não vai ter uma menina que lute e ganhe da Ronda pela experiência e por tudo que ela está fazendo. E nem tirar os méritos dela. Eu, como fã de MMA feminino, gostaria muito de ver Ronda contra Cris Cyborg. Acho que essa chave de braço nem ia acontecer (risos). Só (luto contra a Ronda) se ela quiser. Se ela quiser uma luta casada em um peso que eu consiga bater, aí eu luto com ela. Se ela quiser lutar um dia comigo, estou totalmente à disposição.
Acredita que ela se daria bem no ADCC?
Olha... Não (risos). Ela poderia fazer frente com algumas meninas, mas se pegar uma Luana Alzuguir, uma Michelle Nicolini, uma Beatriz Mesquita, ela não se sairia tão bem assim, não.

Medalhistas olímpicas Ronda Rousey e Sara McMann disputam cinturão

Atual campeã foi bronze no judô em 2008. Desafiante conquistou a prata na luta-livre em 2004. No coevento principal, rivalidade entre ex-companheiros

Por Las Vegas, EUA
214 comentários
Menos de dois meses depois de lutar no UFC 168 e derrotar Miesha Tate, Ronda Rousey está de volta ao octógono do Ultimate neste sábado, em Las Vegas (EUA). A luta principal do UFC 170 proporcionará a ela e aos fãs de MMA um encontro do mais alto nível técnico, colocando frente a frente duas atletas invictas e que no passado conquistaram medalhas olímpicas. Ronda foi bronze no judô em 2008. A desafiante, Sara McMann, conquistou a prata na luta-livre em 2004.
Ambas iniciaram a carreira no MMA em 2011. A diferença entre elas é que Ronda Rousey chegou às organizações mais importantes antes de Sara McMann, que tem apenas uma vitória a menos do que a campeã (8 a 7). Especialista em quedas - e consequentemente na defesa delas -, Sara deve ser um grande desafio para a Ronda, que em todos os seus combates jogou as adversárias no solo para derrotá-las com uma chave de braço.
Montagem Ronda Rousey e McMann medalhas olimpiadas (Foto: Editoria de Arte)Ronda (à esq.) com medalha em Pequim, e Sara com a prata de Atenas (Foto: Editoria de Arte)
A desafiante, por sua vez, variou um pouco mais. Sara derrotou três de suas adversárias por finalização, três por pontos e uma por nocaute (exatamente na última, quando derrotou Sheila Gaff após uma sequência de golpes).
Rivalidade à flor da pele no coevento principal
Ronda e Sara vêm demonstrando respeito mútuo nos momentos que antecedem a luta, mas no coevento principal os ânimos andaram exaltados. Convocado para substituir o lesionado Rashad Evans na semana passada, Patrick Cummins irritou o seu adversário, Daniel Cormier, ao revelar que fez o seu ex-companheiro da equipe americana de luta-livre chorar em um treino.
Daniel Cormier e Patrick Cummins MMA UFC 170 (Foto: Evelyn Rodrigues)Daniel Cormier e Patrick Cummins na pesagem do UFC 170 (Foto: Evelyn Rodrigues)
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 Cormier mostrou toda a sua irritação na entrevista coletiva da quinta-feira, quando empurrou Pat Cummins na hora da encarada. Na pesagem desta sexta, o campeão do último Grand Prix peso-pesado do Strikeforce estava mais contido, mas ainda assim tentou intimidar o rival mais uma vez (assista ao lado).
Quatro brasileiros em ação
O UFC 170 reserva ainda a participação de quatro brasileiros. O único no card principal é Demian Maia, que vai medir forças com Rory McDonald por um lugar no top 5 do peso-médio-médio.
Raphael Assunção e Pedro Munhoz MMA UFC 170 (Foto: Evelyn Rodrigues)Raphael Assunção (esq.) pode disputar cinturão caso vença Pedro Munhoz (Foto: Evelyn Rodrigues)
Mas é no card preliminar que pode sair o próximo atleta do país a ganhar uma chance de disputar um título. Raphael Assunção enfrentará o compatriota e estreante Pedro Munhoz e pode ter a oportunidade de desafiar o campeão do peso-galo, Renan Barão, caso consiga chegar à sexta vitória consecutiva.
No peso-leve, Rafaello Trator vai dar as boas-vindas a Erik Koch na categoria. O americano estava no peso-pena e subiu para tentar retomar o caminho das vitórias.
Confira o card completo e o resultado da pesagem:
UFC 170
22 de fevereiro de 2014, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Peso-galo (até 61,2kg): Ronda Rousey (61,2kg) x Sara McMann (61,2kg)
Peso-meio-pesado (até 93,4kg*): Daniel Cormier (93kg) x Patrick Cummins (93kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg*): Rory MacDonald (77,6kg) x Demian Maia (77,1kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg*): Mike Pyle (77,6kg) x T.J. Waldburger (77,6kg)
Peso-meio-médio (até 77,6kg*): Robert Whittaker (77,1kg) x Stephen Thompson (77,3kg)
CARD PRELIMINAR
Peso-galo (até 61,7kg*): Alexis Davis (61,2kg) x Jessica Eye (61,7kg)
Peso-galo (até 61,7kg*): Raphael Assunção (61,7kg) x Pedro Munhoz (61,2kg)
Peso-galo (até 61,7kg*): Cody Gibson (61,5kg) x Aljamain Sterling (61,5kg)
Peso-mosca (até 57,2kg*): Zach Makovsky (56,7kg) x Josh Sampo (57,2kg)
Peso-leve (até 70,8kg*): Rafaello Oliveira (70,3kg) x Erik Koch (70,3kg)
Peso-leve (até 70,8kg*): Ernest Chavez (70,8kg) x Yosdenis Cedeno (70,53kg)
* Limites das categorias já contando com uma libra (454g) a mais, que é a tolerância para lutas que não valem título.

Com Nasr e o filho Felipinho, Massa brinca: 'Williams é o time dos Felipes'

Piloto titular faz brincadeira com a chegada do xará à tradicional equipe inglesa

Por Sakhir, Bahrein
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A chegada de Felipe Nasr à nova casa do xará Felipe Massa transformou a Williams na escuderia mais brasileira da história da Fórmula 1. No primeiro teste do reserva, realizado neste sábado, no Bahrein, os engenheiros se esqueceram de mencionar o sobrenome dos pilotos e causaram algumas dúvidas e confusões pelo rádio. Mas o veterano de 32 anos não esconde a empolgação pela estreia do brasiliense de 21 anos, e já apelidou o time inglês de "equipe dos Felipes".
- A Williams é a equipe dos Felipes - escreveu Massa em uma rede social, compartilhando uma foto em que aparece ao lado de Nasr e do filho, Felipinho, de 4 anos.
Felipe Massa, Felipe Nasr e Felipinho (Foto: Reprodução / Instagram)Felipe Massa, Felipe Nasr e o pequeno Felipinho, de 4 anos (Foto: Reprodução / Instagram)

O acordo entre Nasr e a Williams garante a participação do brasileiro em três testes e cinco sessões das sextas-feiras (FP1) neste ano, inclusive no GP do Brasil. A partir da próxima quinta-feira, os pilotos voltam ao Bahrein para mais uma bateria de testes. Os quatro dias de avaliações coletivas encerrarão a preparação para a etapa de abertura do campeonato, marcada para o dia 16 de março, em Melbourne, Austrália.

Sharapova do dia: bela snowboarder austríaca esbanja simpatia no pódio

Sorriso de Julia Dujmovits chama atenção no penúltimo dia dos Jogos de Sochi

Por Sochi, Rússia
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HEADERS-SELOS-SOCHI-SHARAPOVA (Foto: infoesporte)


Julia Dujmovits não se contenta com pouco. Se não bastasse ser a melhor do mundo no que faz, a snowboarder austríaca também é bonita, charmosa e simpática. Neste sábado, a atleta austríaca de 26 anos conquistou a medalha de ouro na prova de slalom paralelo nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi e, quando subiu no alto do pódio para buscar a premiação, atraiu muitos olhares.
Quando estava em ação, a beleza da morena ficou "escondida" atrás dos trajes para a neve. Mas, depois de garantir o ouro, Julia colocou o uniforme para receber a medalha e chamou a atenção. Maquiada e com o cabelo arrumado, a snowboarder de 1,68m e 60kg distribuiu sorrisos e faturou também o "título" de "Sharapova do dia".
Julia Dujmovits sochi olimpiadas de inverno sharapova do dia (Foto: AP)Belo sorrido de Julia Dujmovits chama atenção no alto do pódio de Sochi (Foto: AP)



Julia Dujmovits sochi olimpiadas de inverno sharapova do dia (Foto: Reuters)Julia Dujmovits comemora a conquista da medalha de ouro no slalom paralelo (Foto: Reuters)
Invicto, Cruzeiro alternativo passa pelo Boa Esporte e mantém ponta
Com dois gols de Marcelo Moreno e outro de Júlio Baptista, equipe celeste vence em Varginha e abre vantagem na liderança do Campeonato Mineiro
 
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
Boa Esporte e Cruzeiro fizeram na noite deste sábado, no Estádio Municipal de Varginha, um jogo digno dos melhores colocados no Campeonato Mineiro. Os ingredientes foram muita velocidade, disposição e, sobretudo, emoção. E quem se deu melhor foi o Cruzeiro, que venceu por 3 a 1 e disparou na liderança do estadual, com 17 pontos. O Boa, que tem uma partida a menos, fica com 13. Melhor em campo, Marcelo Moreno marcou duas vezes, e Júlio Baptista fechou o placar. Bruno Aquino descontou para o anfitrião.
Marcelo Moreno, Luan e Marlone comemoram gol do Cruzeiro (Foto: Reprodução / Premiere)Marcelo Moreno fez dois dos três gols do Cruzeiro (Foto: Reprodução / Premiere)
A proposta do técnico Marcelo Oliveira de poupar os jogadores titulares em algumas partidas do Mineiro deu certo mais uma vez. Assim como aconteceu contra o América-MG, há duas semanas, os reservas deram conta do recado e conseguiram a vitória, mantendo a ponta da competição e dando tranquilidade ao clube para se dedicar à Taça Libertadores. Marcelo Moreno, que vinha sendo questionado nas últimas semanas, aproveitou a oportunidade e foi o nome do jogo, com os dois gols, outras chances perdidas e muita movimentação.
O Boa Esporte lutou muito em campo, mas não foi páreo para o maior talento do adversário e perdeu a invencibilidade na temporada. Nada que preocupe o torcedor da Coruja, no entanto, já que a equipe do sul de Minas acumulou gordura nas primeiras rodadas e tem apresentado bom futebol.
Os dois times voltam a jogar pelo estadual no sábado de carnaval, às 16h (de Brasília). O Cruzeiro recebe o Minas Futebol no Mineirão – antes, porém, a Raposa joga pela Libertadores contra o Universidad de Chile, terça-feira, às 17h30m, também no Mineirão. Pelo Mineiro, o Boa Esporte tem o confronto com o Guarani-MG, novamente em Varginha.
Jogaço em Varginha
Boa e Cruzeiro começaram o jogo em alta velocidade. O time de Varginha buscava reassumir a liderança da competição, e os jogadores do time B do Cruzeiro procuravam chamar a atenção do técnico Marcelo Oliveira para conseguir uma vaga entre os titulares. Os donos da casa não se intimidaram com a camisa e a tradição do adversário, partindo para cima concentrando as jogadas pela direita, com o lateral Edmar e o veterano meia Francismar sendo responsáveis pelos principais lances.
O Cruzeiro também não abria mão de atacar, tendo nos meias Marlone e Élber os jogadores mais criativos. E quem abriu o placar foi o visitante. Aos 28 minutos, Henrique deu lindo passe para Marcelo Moreno, que entrou na área e teve tranquilidade para driblar o goleiro Emerson e mandar para o fundo das redes. O Boa Esporte não demorou a se recuperar do golpe sofrido. Des minutos depois, o bom lateral Edmar tocou dentro da área para Bruno Aquino dentro da área, que bateu na saída de Fábio e deixou tudo igual em Varginha.
Visitante soberano
O Cruzeiro voltou quente do intervalo, criando quatro boas chances com menos de 12 minutos de bola rolando. A pressão era tanta que o Boa Esporte não conseguia sair para o ataque, e seu primeiro lance de perigo só saiu aos 18, num chute de Betinho de fora da área, e a superioridade cruzeirense em campo acabou sendo premiada dois minutos depois. Élber e Mayke fizeram boa tabela pela direita. O lateral teve muita frieza e talento para rolar a bola para Marcelo Moreno soltar a bomba e marcar o segundo gol celeste na partida.
Novamente atrás no placar, os donos da casa tentaram ganhar espaço, mas não conseguiram. Em parte porque faltou fôlego, em parte porque o Cruzeiro não permitiu. O líder manteve a marcação forte e a proposta ofensiva, controlando o jogo de forma segura e consciente. O golpe de misericórdia veio aos 46, quando Júlio Baptista aproveitou assistência de Alisson e cabeceou para fazer 3 a 1

Mistão do Grêmio joga fácil na Arena e atropela o Novo Hamburgo: 3 a 0

Em time cheio de caras novas, como o atacante Dudu e o zagueiro Geromel, Tricolor tem boa atuação e agora volta foco para confronto de terça-feira, pela Libertadores

Por Porto Alegre
184 comentários
O Grêmio começou a pensar cedo na Libertadores. Nem precisou esperar acabar o jogo contra o Novo Hamburgo, neste sábado, na Arena, pela décima rodada do Gauchão. Aos dez minutos, já vencia por dois gols - e fechou com sossegado 3 a 0. Que deixa, certamente, Enderson Moreira e os torcedores ainda mais confiantes para o objetivo maior, o confronto de terça, diante do Nacional de Medellín, pelo torneio continental, também na casa tricolor. Até porque, se o time colocado em campo foi misto, a atuação teve algum requinte de equipe principal.
Seis titulares não atuaram - entre eles, Rhodolfo, suspenso -, abrindo brechas para a estreia de Pedro Geromel, nova chance a Alan Ruiz e a primeira vez como titular do atacante Dudu. O trio mais visado comprovou as expectativas e mostrou bom futebol. O gol inaugural, no entanto, foi do velho conhecido Barcos, de pênalti, seu sexto gol em sete partidas no ano. Seria do argentino o lançamento primoroso para Dudu ampliar. E, claro, não poderia faltar o toque refinado da promessa (ou realidade?) Luan para deixar Barcos sem goleiro e fechar o placar.
Agora, tudo é Libertadores. Na terça-feira, novamente na Arena, o Grêmio recebe o Atlético Nacional de Medellín, em confronto que vale a liderança do Grupo 6, uma vez que ambos venceram na primeira rodada seus rivais, Nacional-URU e Newell's Old Boys, respectivamente. O Gauchão retorna ao horizonte tricolor no sábado, quando visita o São Paulo-RS, no Aldo Dapuzzo. Mesmo dia em que o Novo Hamburgo, 11 pontos na chave, desafia o São Luiz, em Ijuí.
grêmio novo hamburgo gol barcos (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)Grêmio bate Novo Hamburgo sem dificulades (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
Massacre em dez minutos
O Novo Hamburgo parecia pressentir as dificuldades no gramado da Arena. Tanto que demorou para entrar. Precisou ser chamado pelo trio de arbitragem, ingressando no campo na hora marcada para o confronto. O Grêmio, tranquilo, já estava à espera do rival. Porque sabia que seu time misto em nada tinha de inferior. Pelo contrário. Sobravam atrações. Pedro Geromel, zagueiro brasileiro ainda desconhecido, carreira feita na Europa, enfim fazia sua estreia. O último reforço, Dudu, começava uma partida pela primeira vez. Sem contar o argentino Alan Ruiz, ainda de poucas participações, que sempre desperta a curiosidade dos gremistas.
Que fizeram valer o ingresso - 9.978 estiveram nas cadeiras, com 6.761 pagantes. Em dez minutos, dois gols. Aos sete minutos, o estreante Geromel fora derrubado por Alberto na área. Pênalti convertido por... Barcos, sempre ele. Um centroavante que também sabe ser garçom. Aos dez, deu belo lançamento para outra cara nova se destacar. Dudu desviou do goleiro e comemorou o seu primeiro gol com a camisa do Grêmio.

Luan comanda passeio e brinda Pirata
grêmio novo hamburgo gol barcos (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)Barcos comemora mais um gol nesse início de ano
(Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
O passeio prosseguiu, está certo que num ritmo bem mais lento. Com o placar aninhado em seu colo, o Grêmio tratou de valorizar a posse de bola. E abusar das tabelas. Como num treino de luxo para a Libertadores. Dos pés do trio de meio-campistas Dudu, Alan Ruiz e Luan saíram passes precisos, de alguma beleza. E objetividade. O argentino arriscou a gol, sem sucesso. Depois, Dudu acionou Barcos, que, num giro veloz, obrigou Max a espalmar a escanteio. O Novo Hamburgo resolveu jogar a partir dos 30 minutos. Logo depois disso, Marcelo Grohe precisou entrar em cena ao rebater chute à queima-roupa de Jonatas Beluso. Aos 35, em cobrança de falta, Alberto não acertou o ângulo por centímetros.
- É bom retornar, poder jogar novamente, é o que gostamos de fazer - celebrou Grohe, que esteve fora das duas últimas partidas por dores no tornozelo esquerdo.
grêmio novo hamburgo luan alan ruiz (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)Luan empolga torcida na Arena, em vitória sobre Novo Hamburgo (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
Quem gostou mesmo foi a torcida. Que pôde ver, no segundo tempo, uma atuação que chegou a empolgar. Toques envolventes, passes de calcanhar, lances de efeito. Que, novamente, não deixaram de ser precisos. Porque foi assim, com plástica, que o Grêmio alcançou o 3 a 0. Aos nove minutos, após receber de Barcos, Luan se desvencilha de um zagueiro e do goleiro, em drible malandro, daqueles de futebol de salão. Também venceu a batalha com a linha de fundo. Ao evitar a saída, viu Barcos sozinho na pequena área. O Pirata só encostou para as redes. Sétimo gol do centroavante, artilheiro isolado do Gauchão.

Aos 18, Luan viveu momento mais sublime. E sem fazer nada. Ou melhor, ele já havia feito tudo em campo. Foi aplaudido de pé por toda a Arena ao dar lugar a Maxi Rodríguez. O jogo poderia ter terminado ali. Um final perfeito. Mas terminaria mais adiante, sem mudança no placar. O ânimo do gremista para a Libertadores, no entanto, não poderia estar mais modificado. E para melhor.

grêmio 3 x 0 novo hamburgo
Marcelo Grohe;Pará, Pedro Geromel, Bressan, Breno; Edinho (Adriano), Léo Gago; Luan (Maxi Rodríguez, Alan Ruiz (Jean Deretti), Dudu; Barcos
Max; Chicão, Fred, Luis Henrique (Sosa), Peixoto; Alberto (Eliomar), Magno (Magno), Zé Rafael, Anderson Pico; Douglas, Jonatas Belusso
Técnico: Enderson Moreira
Técnico: Itamar Schulle
Gols: Barcos, aos 7, e Dudu, aos 10 minutos do primeiro tempo; Barcos, aos 9 do segundo tempo
Cartões: Pará, Pedro Geromel, Alan Ruiz (G); Luis Henrique, Peixoto, Sosa (NH)
Local: Arena do Grêmio, em Porto Alegre
Com dois gols de Alecsandro, Fla bate Resende e dorme na liderança
Atacante vira artilheiro isolado ao abrir caminho para vitória por 3 a 0. Dono de uma nova marca, Léo Moura dá lençol ao iniciar a jogada do terceiro gol
 
DESTAQUES DO JOGO
  • lençol e top 10
    Léo Moura
    O lateral completou 468 jogos e se igualou a Zinho como décimo jogador que mais defendeu o Fla. De quebra, iniciou a jogada do terceiro gol com um lençol.
  • xodó
    Negueba
    O atacante teve o nome gritado em vários momentos da etapa final. Entrou aos 35, mas pouco conseguiu fazer enquanto estevem em campo.
  • como fica?
    luta pela ponta
    O Fla só perde a liderança neste domingo se o Flu vencer o Bota por dois ou mais gols de frente. Triunfos por um gol de vantagem, só a partir de 4 a 3.
A CRÔNICA
por GloboEsporte.com
Três lances marcantes, três gols. Não foi preciso mais do que isso para o Flamengo derrotar o Resende na noite deste sábado, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Com dois de Alecsandro no primeiro tempo e um de Everton, após lance lindo de Léo Moura, que deu um lençol no adversário ao iniciar a jogada, o Rubro-Negro triunfou pelo placar de 3 a 0. De quebra, voltou à liderança provisória do Campeonato Carioca, com 25 pontos, e põe pressão no Fluminense, que tem 22 e faz o clássico com o Botafogo neste domingo. Léo Moura, por sinal, tornou-se, ao lado de Zinho, o décimo jogador que mais atuou com a camisa do Flamengo: 468 partidas.
Após a partida, que teve público pagante de 1.786 (2.792 presentes) e renda de R$ 53.285,00, Alecsandro comemorou os gols marcados e seu momento no clube.
- Fazer gol é sempre importante, vestir a camisa do Flamengo e poder estar ajudando, participando diretamente nos outros gols, também. A palavra que se encaixa mais é felicidade. Poder estar fazendo meus gols e disputando a artilharia do campeonato, que já tive a oportunidade de ser - disse Alecsandro, que foi artilheiro do Carioca em 2012, quando defendia o Vasco.
O Flamengo agora vira a chave e passa a se concentrar na Libertadores. O time enfrenta o Emelec, às 22h da próxima quarta-feira, no Maracanã. Pelo Carioca, só volta a jogar no próximo sábado, contra o Nova Iguaçu, também no Maraca. O Resende, por sua vez, vive um drama. Com oito pontos, soma apenas um triunfo, já mudou de técnico (Aílton Ferraz fez sua estreia) e pode entrar na zona de rebaixamento dependendo dos jogos deste domingo.
Alecsandro comemoração Flamengo contra Resende (Foto: Cleber Mendes / Lancepress!)Alecsandro chegou a seis gols e se isolou na artilharia do Carioca (Foto: Cleber Mendes / Lancepress!)
Artilheiro decisivo
O jogo começou truncado e bastante equilibrado em Volta Redonda. Sem conseguir manter a posse de bola, o Flamengo dava espaços ao Resende, que gostava da partida. A torcida chegou a vaiar o certo controle que o mandante impunha. Aos poucos, porém, o Rubro-Negro deixou a lentidão de lado e começou a a criar chances. O goleiro Mauro brilhou duas vezes, mas, na terceira, largou bola fácil na cabeça de Alecsandro, aos 22 minutos, e o artilheiro não perdoou: 1 a 0.

As escassas oportunidades do time alvinegro no primeiro tempo saíram de bolas paradas. Em uma delas, um impedimento salvou o Flamengo. Em outra, foi a vez de Felipe afastar com soco após toque para trás de Alecsandro. Mas o artilheiro do campeonato só queria saber mesmo de balançar a rede adversária e ampliou aos 34, em belo chute de fora da área.
Ficou claro que o Resende sentiu o golpe. A defesa, já vulnerável, passou a bater cabeça. Todas as bolas que rondavam a sua área achavam um jogador livre. Mas a equipe de Jayme de Almeida preferiu cadenciar e foi para o intervalo com a boa vantagem pavimentada.
Lençol contra o marasmo
Sem mudanças práticas, a etapa decisiva viu o clube sul-fluminense agredir mais, porém sem o ímpeto necessário para ameaçar. O Fla, por sua vez, se ressentia de mais agilidade de Mugni no toque de bola para ter seu trabalho facilitado. O duelo ficou cada vez mais morno, sem inspiração, mesmo com a participação ativa de Ailton na beira do gramado. O novo técnico do Resende mexeu, com Marcelo Regis, Bruno Gallo e Felipe Alves, sem sucesso.
Aos 23, Alecsandro até chegou bem perto de pedir música no "Fantástico", mas parou em Mauro depois de arremate rasteiro de primeira sem muita força. Em seguida, no entanto, aquele torcedor que já bocejava no Raulino de Oliveira teve motivo de sobra para levantar e soltar a voz, pois Léo Moura, que completava marca histórica pelo clube, deu um lençol digno de craque e tocou para Alecsandro na área. O artilheiro ajeitou para Everton, que aproveitou para fazer 3 a 0. Festa da galera e reverência ao lateral.
Com o resultado incontestável, os rubro-negros pediram Negueba mais de uma vez. A insistência convenceu Jayme, que o colocou na vaga de Elano. Mas o atacante pouco fez, já que sua equipe não tinha mais interesse em se esforçar. O Resende ensaiou descontar, chutou a gol duas vezes, mas fracassou em mais uma rodada. Já o Flamengo passeia contra os pequenos e ganha moral extra para sair do zero na Libertadores, na próxima quarta-feira.
 
Romarinho brilha de novo, e Timão bate Rio Claro no Pacaembu
Iluminado, atacante marca mais dois e chega a quatro gols nos últimos três jogos. Guerrero continua mal, mas se emociona com o apoio da torcida
 
 
A CRÔNICA
por Diego Ribeiro
Romarinho não brilha mais só nos clássicos contra o Palmeiras ou em jogos decisivos de Taça Libertadores. A torcida corintiana queria uma sequência, e ela veio com maestria em uma semana em que o atacante marcou quatro gols em três jogos. Os dois últimos, neste sábado, fundamentais para a vitória por 3 a 2 sobre o Rio Claro, no Pacaembu, pela décima rodada do Campeonato Paulista. O Timão, que vivia péssima fase, engatou a segunda vitória consecutiva e entrou briga por uma vaga na segunda fase do estadual.
Com dois gols do talismã e um do zagueiro Cléber, o Corinthians chegou aos 14 pontos no Grupo B, mais perto dos rivais Botafogo, Ituano e Audax. O Rio Claro, por outro lado, estacionou nos 15 e perdeu a chance de entrar na zona de classificação do Grupo D, que tem Palmeiras e Bragantino na ponta.
Na próxima rodada, o Corinthians recebe o Comercial no Pacaembu, quarta-feira, às 22h (horário de Brasília). O Rio Claro recebe o Paulista no sábado, às 18h30m, no Augusto Schmidt.
Um toque de confiança
Ficou nítido que as pernas dos corintianos estavam mais leves após o fim do jejum de vitórias que incomodou no início do Paulistão. O toque de bola fluiu mesmo diante de uma defesa bem arrumada como a do Rio Claro, que, não à toa, está na briga por uma vaga na segunda fase. Cada vez mais entrosados, Jadson e Romarinho se aproximaram ora pelo lado esquerdo, ora pelo direito, combinando boas jogadas no setor ofensivo.
As chances, mais uma vez, apareceram para todos. A diferença foi na confiança. Com apenas um gol na temporada, Guerrero perdeu nova oportunidade na cara do goleiro – Cléber, do Rio Claro, virou um gigante diante de um peruano amedrontado. O time do interior tentou responder nas bolas paradas, e Rafael Costa quase abriu o placar.
Depois dos 30 minutos, o dinâmico meio-campo do Corinthians fez o que dele se espera: abriu o jogo pelas pontas, investiu nas trocas rápidas de passes e achou espaços. Uendel quase fez. Aos 40, o xodó Romarinho deu sequência à sua impressionante fase: aproveitou passe cirúrgico de Jadson e tocou na saída do goleiro. O terceiro gol do atacante em três jogos.
A qualidade que Jadson dá ao time corintiano também é notável. Muito mais feliz do que nos tempos de São Paulo, a bola parece sair suave do seu pé direito. Aos 43, ele cobrou um escanteio perfeito na cabeça do zagueiro Cléber, que desviou sem chances para seu xará do Rio Claro: 2 a 0, e tranquilidade total no Pacaembu. Nem parece que havia crise até pouco tempo atrás.

Todos por Guerrero
Jogadores e torcida do Timão se uniram por Guerrero no segundo tempo e fizeram de tudo para o peruano quebrar seu jejum pessoal. Jadson e Romarinho foram generosos, deram passes, e nada de a bola entrar. Impaciente, o centroavante tropeçou, chutou em cima do goleiro, escorregou, fez de tudo. Ficou a centímetros do alívio, mas a fase insiste em não melhorar.
Enquanto isso, o Rio Claro buscava seu jogo e diminuiu o placar com Rafael Costa, aos 25 minutos. Nada que Romarinho, este sim em fase iluminada, não resolvesse. Aos 36, aproveitou a sobra de um cruzamento e mandou para as redes sem dó. O Rio Claro diminuiria no fim, com Carlinhos, mas era tarde demais para uma reação.
Em noite de Jadson e Romarinho, o mais aplaudido foi Guerrero. O esforço do peruano não foi em vão. Teve o nome gritado e quase foi às lágrimas dentro de campo. O Corinthians parece ter retomado a boa fase. Agora, falta o herói do Mundial trilhar o mesmo caminho.