sábado, 26 de janeiro de 2013

Tati Minerato estreia como ring girl
do Jungle: 'Gosto muito de lutas'

Rainha de bateria da Gaviões da Fiel trabalha na edição desta sexta

Por Diogo Venturelli São Paulo
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Tati Minerato e Geisa Vitorino. (Foto: Arquivo Pessoal)Tati Minerato e Geisa Vitorino no Jungle Fight 48 (Foto: Arquivo Pessoal)
Rainha de bateria da Gaviões da Fiel e participante da segunda temporada do reality show "Hipertensão", da TV Globo, Tati Minerato estreia nesta sexta-feira como ring girl do Jungle Fight. Em São Paulo, ela acompanha a musa Geisa Vitorino na 48ª edição da organização e se diz muito empolgada com a chance de poder trabalhar no evento.
- Gosto muito de lutas. Quando eu não estou participando como convidada, eu gosto de assistir. Meu marido é faixa preta de jiu-jítsu... Eu me sinto em casa - disse Tati Minerato.
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Punido por não bater o peso, Sérgio Soares finaliza gringo com mata-leão

Acima do peso, lutador teve desconto de 20% na bolsa e começou com um ponto a menos

Por Diogo Venturelli São Paulo
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Sérgio Soares não conseguiu bater os 66kg da categoria durante a pesagem oficial para o Jungle Fight 48. Com isso, além de um desconto na bolsa de 20%, o lutador entrou para a luta contra o peruano Joel Iglesias com uma desvantagem de um ponto.
Mas Sérgio não precisou  chegar ao final da luta para depender dos juízes. No primeiro round, o lutador encaixou um mata leão no peruano e finalizou o combate.
Sérgio Soares finaliza gringo com mata-leão (Foto: Diogo Venturelli)Sérgio Soares finaliza gringo com mata-leão (Foto: Diogo Venturelli)
- Foi espetacular. Eu venho à quase dois meses treinando todo dia, não tive natal nem ano novo. O ponto a menos nem me esquentou a cabeça. Eu estava focado e tinha certeza que não chegaria ao terceiro round – disse o lutador.

Cheio de estilo, lutador ousa no figurino e usa calção ‘astronauta’

Estiloso, Junior Alpha nocauteia Jorge ‘Michelan’ e sonha chegar ao UFC

Por Diogo Venturelli São Paulo
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Não é só de ‘porrada’ que é feito o MMA. Marcar presença e ter o próprio estilo também faz parte da estratégia dos atletas para as lutas. E não é só no cabelo que os lutadores podem chamar a atenção.
No Jungle Fight 48, realizado no estádio da Portuguesa, em São Paulo, um dos grandes destaques da noite ficou por conta de Junior Alpha e seu calção ‘brilhante’. Além de vencer Jorge ‘Michelan’ por nocaute técnico, Alpha roubou a cena com o estilo ‘astronauta’.
- Quem escolheu meu calção foi meu amigo Paulo Henrique, ele me pediu para usar para homenageá-lo. Ele me falou que eu precisava ter personalidade para usar. É um calção bonito! – disse o lutador.
Junior Alpha x Jorge Michelin, Jungle Fight MMA (Foto: Wander Roberto/Divulgação)Junior Alpha ataca Jorge Michelin no Jungle Fight 48 (Foto: Wander Roberto/Divulgação)
Alpha conseguiu segurar a luta em pé, e garantiu a vitória com um direto de direita que derrubou ‘Michelan’.
- Ele é um lutador muito duro, bota no chão mesmo, felizmente consegui segurar. Eu quero ir longe, quero chgar ao UFC – afirmou.

Rampage provoca Glover Teixeira na pesagem do UFC: Johnson x Dodson

Americano fala bastante na encarada oficial, mas brasileiro mantém a compostura. Todos os lutadores batem o peso para evento deste sábado

Por SporTV.com Chicago, EUA
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Rampage Jackson abriu a boca para provocar e intimidar Glover Teixeira na encarada oficial da pesagem do UFC: Johnson x Dodson, nesta sexta-feira, em Chicago. O que ele disse, só Dana White, presidente do Ultimate, e Joe Rogan, comentarista oficial da organização, ouviram. O brasileiro não se intimidou, manteve a compostura e só respondeu após ser liberado para descer do palco. Ambos os pesos-meio-pesados e os demais lutadores do torneio passaram sem problemas pela balança e estão confirmados no evento, que acontece neste sábado.
- Rampage disse naquela hora que está na melhor forma da vida e que vai me nocautear. Mas eu garanto que amanhã vou dar tudo de mim ali dentro do octógono e vou sair com mais essa vitória para o Brasil - disse Glover ao SPORTV.COM.
Rampage e Glover fazem o coevento principal da noite e, portanto, foram os penúltimos a subirem ao palco. O brasileiro bateu 93,4kg, no limite de tolerância de uma libra (494g) permitido para lutas que não valem cinturão. O americano, por sua vez, registrou 92,5kg, uma libra abaixo do limite. Ele rumou para a encarada e falou muito, em tom ameaçador, para Glover, que permaneceu calado e sério, enquanto Dana White e Joe Rogan observavam, salivando. Apenas quando Dana mandou os dois se separarem, o mineiro respondeu.
Rampage Jackson encara Glover Teixeira na pesagem do UFC (Foto: Reprodução/Instagram)Rampage Jackson encara Glover Teixeira na pesagem do UFC (Foto: Reprodução/Instagram)
Outra encarada que teve palavras ditas foi entre Anthony Pettis e Donald Cerrone, que lutam no peso-leve. Cerrone, com seu tradicional chapéu de caubói, disse algumas provocações, mas Pettis permaneceu imóvel, olhando fixo para o adversário.
No evento principal, o desafiante John Dodson não economizou no visual: entrou com uma calça colorida e subiu à balança com uma cueca estampada das Tartarugas Ninjas e um saco de balas na boca. Mesmo assim, marcou 56,2kg, uma libra abaixo do limite da categoria. Bem mais abatido pelo corte de peso e sério, o campeão peso-mosca Demetrious Johnson subiu à balança com uma cueca verde. A encarada foi amena, sem tensão, e os lutadores se cumprimentaram logo após.
Rafael "Sapo" Natal foi o primeiro brasileiro a subir ao palco da pesagem e marcou 83,9kg, valor exato da categoria médio. Seu rival, Sean Spencer, pesou 84,4kg, dentro do limite de tolerância de uma libra permitido.
O UFC: Johnson x Dodson acontece neste sábado, em Chicago, e tem transmissão ao vivo com exclusividade do canal Combate. O SPORTV.COM acompanha em Tempo Real. Confira o card completo do evento, com os valores registrados por cada lutador na pesagem desta sexta:
UFC: Johnson x Dodson
26 de janeiro de 2013, em Chicago (EUA)
CARD PRINCIPAL
Pesos-moscas (até 56,7kg): Demetrious Johnson (56,7kg) x (56,2kg) John Dodson
Pesos-meio-pesados (até 93kg)*: Rampage Jackson (92,5kg) x (93,4kg) Glover Teixeira
Pesos-leves (até 70,3kg)*: Anthony Pettis (70,3kg) x (70,3kg) Donald Cerrone
Pesos-penas (até 65,8kg)*: Erik Koch (65,8kg) x (65,8kg) Ricardo Lamas
CARD PRELIMINAR
Pesos-leves (até 70,3kg)*: T.J. Grant (70,3kg) x (70,8kg) Matt Wiman
Pesos-penas (até 65,8kg)*: Clay Guida (66,2kg) x (66,2kg) Hatsu Hioki
Pesos-meio-médios (até 77,1kg)*: Pascal Krauss (77,6kg) x (77,1kg) Mike Stumpf
Pesos-meio-pesados (até 93kg)*: Ryan Bader (93kg) x (93kg) Vladimir Matyushenko
Pesos-pesados (até 120,2kg)*: Shawn Jordan (113,8kg) x (116,1kg) Mike Russow
Pesos-médios (até 83,9kg)*: Rafael Sapo (83,9kg) x (84,4kg) Sean Spencer
Pesos-meio-médios (até 77,1kg)*: David Mitchell (77,6kg) x (77,6kg) Simeon Thoresen
* Em lutas sem disputa de título, há uma tolerância de uma libra (454g)

Dana: 'Rampage não pode reclamar, ganhou US$ 15, 2 milhões do UFC'

Dirigente diz que alegações de exploração do lutador são infundadas, garante que não está magoado e revela que novo contrato pode acontecer

Por SporTV.com Chicago, EUA
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Dana White entrevista UFC Las Vegas (Foto: Marcelo Russio / Sportv.com)Dana White revela quanto Rampage Jackson
ganhou no UFC (Foto: Marcelo Russio / SporTV.com)
Em conversa com a imprensa após a coletiva oficial do "UFC: Johnson x Dodson", Dana White foi perguntado se estaria chateado com Quinton Rampage Jackson pelas declarações de que estaria deixando o UFC por nunca ter sido valorizado pela companhia, e que o UFC deveria repassar mais dinheiro aos lutadores. A resposta do presidente foi bem ao seu estilo.
- Isso não me chateia em nada. Rampage é um adulto. Só fico surpreso e lamento por ele estar fazendo as coisas dessa forma. Não entendo o porquê de ele conduzir o assunto assim. Se você quer odiar o UFC ou a mim, fique à vontade. Pessoalmente, eu sinto que agi corretamente com Rampage. Ele disse que até skatistas ganharam mais que ele no UFC. Desde 2007, Quinton Rampage Jackson faturou US$ 15,2 milhões (cerca de R$ 31 milhões). Eu conheço muitos skatistas. É estranho, mas sou muito próximo a esse universo de skatistas e surfistas. A não ser que façamos referência a Tony Hawk ou Rob Dyrdek, skatistas não ganham US$ 15,2 milhões. Mas, se Rampage queria US$ 100 milhões e acha que o que ganhou é pouco, não posso fazer mais nada.
Para Dana White, a intenção de Rampage é valorizar uma possível renovação de contrato. Mas, na opinião do dirigente, ele não está fazendo as coisas do jeito certo.
- O que quer que esteja passando pela sua cabeça, ele está fazendo as coisas da forma errada. Quando a luta contra Glover Teixeira acabar, não podemos discutir uma renovação de contrato ou não, vamos ver o que acontece. Eu só acho que ele está fazendo tudo errado. Tratar a imprensa como ele tratou hoje (ontem) é suicídio profissional. Rampage tem o talento para ser uma das maiores estrelas mundiais do MMA, mas quando ele está com a cabeça em ordem. Quando ele está bem, não existe um cara que entretenha mais o público. As coletivas com Rampage inspirado são sempre as melhores.

José Aldo e a expectativa para luta contra Frankie Edgar: 'Vai ser épico'

Campeão peso-pena revela detalhes de sua preparação para enfrentar o ex-campeão dos leves, como, por exemplo, voltar a treinar jiu-jítsu de quimono

Por Ana Hissa Rio de Janeiro
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Há mais de um ano parado, José Aldo tem pela frente um dos maiores desafios da carreira. No próximo sábado, no UFC 156, em Las Vegas (EUA), o campeão peso-pena do Ultimate coloca o cinturão em jogo contra o americano Frankie Edgar, em um confronto que estava marcado inicialmente para outubro de 2012. Um acidente de moto três semanas antes da luta deixou o brasileiro fora de combate, o que serviu de mais motivação para o manauara.
- Naquela ocasião a gente tinha só um mês de treinamento, já que a luta inicialmente estava marcada contra o Erick Koch, que se lesionou. Não acreditei quando me acidentei e fiquei fora da luta, que era algo que eu queria muito e pedi para o Ultimate manter meu adversário. Agora tive o tempo necessário para me preparar bem. Acho que eu fico motivado por ser uma grande luta, é uma superluta, que vai ficar na história, quando encerrar minha carreira todo mundo vai comentar desse combate. A motivação é enorme, eu chegava aqui nos treinos e procurava ganhar todo tipo de treino porque sei que vai ser épico - contou Aldo.
Dudu Dantas, Marlon Sandro, Dedé Pederneiras, Renan Barão e José Aldo MMA UFC (Foto: Ana Hissa/ SporTV.com)Dudu Dantas, Marlon Sandro, Dedé Pederneiras, Renan Barão e José Aldo: treino de quimono leva o campeão peso-pena, que é faixa-preta, de volta às origens no jiu-jítsu (Foto: Ana Hissa/ SporTV.com)
Recuperado dos ferimentos, Aldo iniciou o treinamento no fim de novembro. Com quase 20 confrontos marcados entre janeiro e fevereiro, o líder da Nova União, André Pederneiras, optou pelo trabalho com a base de lutadores da academia. Alguns reforços vieram,  como Bruno Carvalho, experiente no muay thai, Davi Souza, medalhista pan-americano de boxe, e o atleta do UFC Gray Maynard, que ajudou o brasileiro para a luta contra Chad Mendes no UFC Rio 3 e já enfrentou Edgar três vezes na categoria dos leves.
- Por conta de problemas pessoais - minha operação no joelho e o nascimento da minha filha - só vim durante um tempo, mas é tudo que ele precisa. Aldo aprende muito rápido, você ensina para ele algo em um dia e ele já está fazendo exatamente o que você passou. Em todas as áreas é o melhor de todas as categorias, acho que ele é o melhor peso por peso do mundo. Agora ele sabe as pegadinhas do Edgar, o que é muito bom para evitar surpresas. Ele sempre foi muito bom em defender quedas e aplicar quedas. Quando você chega no topo não são grandes coisas, apenas pequenos ajustes que fazem com que você melhore - afirma Gray, ressaltando a estatística de que Aldo é um dos melhores atletas em defesa de queda do Ultimate, com 75% de aproveitamento no quesito.
Aldo aprende muito rápido, você ensina para ele algo em um dia e ele já está fazendo exatamente o que você passou"
Gray Maynard, lutador do UFC
Para Dedé, o caminho para vencer a luta vai ser dado pelo adversário. Entretanto, a preocupação com o bom nível de wrestling de Edgar foi uma constante nos treinos. Por conta disso, Pederneiras inovou na preparação -  inseriu um treino de pano combinado com o de luta olímpica, para preparar bem o campeão para situações com as costas no chão.
- A gente sempre procura criar coisas diferentes a cada luta e nessa eu voltei a adaptar o treino de quimono porque é algo que te deixa mais pesado e quando você tira o quimono você fica mais leve e mais rápido. Eu acho que todo mundo que lutou com o Aldo ultimamente derruba muito bem, o Edgar é mais um que derruba muito bem, não sei se ele é melhor ou pior, se naquele momento da luta ele vai conseguir fazer melhor do que os outros, tudo vai depender do momento. Eu posso dizer que o Aldo é um faixa-preta muito bom, a gente fez um trabalho muito forte de quimono para essa luta agora e todos que treinaram com ele de quimono - que são atletas que competem de pano frequentemente - falaram a mesma coisa: se ele lutasse em algum campeonato de jiu-jítsu ele seria campeão. Ele tem uma base muito boa de chão - disse Dedé.
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MMA Gray Maynard e José Aldo (Foto: Ana Hissa)Gray Maynard (esq.) veio dos EUA para ajudar nos treinos de José Aldo (Foto: Ana Hissa)
Faixa-preta na arte suave, Aldo também se diz mais confiante no jogo por baixo.
- Essa foi uma das vezes que eu mais treinei jiu-jítsu, eu sempre treino jiu-jítsu quando passam minhas lutas. Acho que o Dedé puxando novamente esse treino combinado com o wrestling foi muito bom, porque um anda ao lado do outro. A gente treinou muito em pé, sempre caindo e praticando o chão, para resgatar. É bom rever o passado porque foi de onde a gente surgiu - reafirmou Aldo.
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Outro fator que impressiona no jogo do americano é a movimentação no octógono e o ritmo frenético imposto. A aposta para parar o adversário pode estar nos potentes chutes baixos de Aldo, que deixaram um ex-desafiante, Urijah Faber, com as pernas debilitadas após o confronto.
- Acho que conectando bons chutes a gente consegue frear a movimentação dele, acho que quantos mais chutes encaixados na perna ele vai ficar mais preso, acho que vai ficar um pouco mais receoso, então pode ser, sim, o caminho das pedras - conta o campeão, que também vê na descida de peso um fator a seu favor no combate.
- É a primeira vez que ele vai ter que bater o peso-pena, acho que quando você tem que perder peso não é a mesma coisa de você ficar jogando no peso que você tem, a resistência diminui. Acho que tudo muda porque é a primeira vez que ele está baixando. Isso a gente vai procurar também porque a gente sabe que não é a mesma resistência do que quando ele jogava nos leves.
Parceiro de treinos de Aldo, o atleta do Bellator Marlon Sandro também vê nos chutes o caminho para a vitória.
- O Edgar é um cara que não bloqueia chutes, mesmo movimentando... Ninguém nunca chutou ele tanto, o chute que ele recebeu na perna ele não bloqueia... E todo mundo sabe que o Aldo tem uma perna muito pesada, eu que o diga, a gente sofre aqui com os chutes dele mesmo com caneleiras quando ele quer bater forte, ele vai minar ali. O Aldo é um cara que tem um reflexo muito bom, uma esquiva muito boa, acho que ele vai conseguir ir para cima o tempo todo e quem sabe conseguir um nocaute ainda em pé.
cinturão José Aldo Frankie Edgar UFC (Foto: Getty Images)José Aldo e Frankie Edgar na época em que ambos tinham cinturão do UFC (Foto: Getty Images)
Em dezembro, Junior, como é conhecido entre os amigos, viu o xará peso-pesado Junior Cigano perder o cinturão para Cain Velasquez. Mas o peso-pena garante que não se sente pressionado a manter um dos três cinturões do Brasil no UFC - os outros dois são de Renan Barão, campeão interino dos galos, e Anderson Silva, nos médios.
- Acho que cada pessoa é uma pessoa, não sinto peso algum, eu sou o José Aldo. O José Aldo vai estar lá dentro, e eu vou lutar por mim e vou sair vencedor. Para mim todas as lutas são meu grande desafio. Eu acho que essa vai ser um grande desafio, a próxima também... Sempre a próxima é a luta da minha vida que eu não posso perder.
Da última vez que esteve em ação, Aldo surpreendeu na comemoração, ao se jogar nos braços da torcida após a vitória em cima de Chad Mendes do UFC 142. E dessa vez, não será diferente.
- No Brasil, não poderia ser diferente, eu falei que ia fazer isso porque a galera estava vibrando e cantando, então, nada mais justo que ir para a galera. Com certeza vai ter uma galera brasileira em Las Vegas eu estou contando com a invasão do pessoal e com certeza vou fazer algo para eles.

Em UFC com disputa de título, Glover tenta arruinar adeus de Rampage

Invicto há 17 lutas, brasileiro tem primeiro grande teste no Ultimate contra ex-campeão. Demetrious Johnson defende cinturão dos moscas contra Dodson

Por SporTV.com Chicago, EUA
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O segundo torneio do UFC no ano tem um card repleto de nomes com história na organização e de lutas valendo posição de desafiante número 1 em suas respectivas categorias, além da disputa de cinturão que dá nome ao evento. Entretanto, o coevento principal do UFC: Johnson x Dodson, entre o brasileiro Glover Teixeira e o americano Quinton "Rampage" Jackson, é o que mais interessa aos fãs no Brasil e intriga a maior parte dos fãs do MMA pelo mundo. Para Rampage, é a chance de se despedir do Ultimate por cima. Para Glover, é a oportunidade de provar que merece figurar no Top 10 do peso-meio-pesado e entrar na fila por uma disputa de cinturão.
rampage jackson glover teixeira ufc mma (Foto: Textual)Rampage e Glover: um está de saída, outro está só chegando no UFC (Foto: Divulgação/UFC)
Rampage Jackson é um dos maiores nomes da história do MMA, com passagens marcantes pelo King of the Cage e Pride, dois dos principais eventos da modalidade na primeira década do século 21. Quando chegou ao UFC, o americano já era um astro estabelecido, mas aumentou ainda mais o peso de seu currículo ao nocautear Chuck Liddell em maio de 2007 e conquistar o título peso-meio-pesado da organização. Em seguida, unificou os cinturões com o Pride ao derrotar o último campeão da já extinta companhia, Dan Henderson, no mesmo ano.
Desde então, foram mais oito lutas, Rampage perdeu o cinturão, perdeu uma chance de reconquistá-lo contra Jon Jones, mas manteve-se entre os melhores do mundo. Após a derrota para Jones, porém, começou a entrar em conflito com o Ultimate. Primeiro, precisou implorar para, de última hora, ser incluído no card do UFC 144, no Japão, onde foi ídolo no Pride. Depois, não gostou da forma como foi criticado por Dana White, presidente da companhia, por não bater o peso para o evento (Jackson alegou que havia sofrido uma lesão no joelho que atrapalhou seu corte de peso). A partir daí, começou a declarar que estava cansado do UFC e que, com apenas uma luta restando no contrato, se despediria após enfrentar Glover Teixeira.
O brasileiro quer garantir que o adeus seja o pior possível. Glover está num momento oposto ao de Rampage: acabou de chegar ao UFC, após anos de espera para regularizar seu passaporte e conseguir um visto para retornar aos EUA, onde morou ilegalmente por boa parte da década passada. Após vencer 15 lutas seguidas, o mineiro de Sobrália enfim estreou no Ultimate no ano passado e, em dois combates na organização, venceu Kyle Kingsbury e Fábio Maldonado com facilidade. Jackson, porém, está num nível acima dos oponentes anteriores de Glover, e ele se preparou com dois ex-campeões da categoria: Liddell e Lyoto Machida. Ambos, coincidentemente, perderam para Rampage. O brasileiro pode vingar os companheiros de time.
Disputas de cinturão e de posição de desafiante número 1
UFC Johnson x Dodson MMA (Foto: Reprodução/ Twitter)Demetrious Johnson e John Dodson se encaram
na pesagem (Foto: Reprodução/ Twitter)
O evento principal terá a primeira defesa de cinturão dos pesos-moscas na história do UFC. Demetrious Johnson, primeiro campeão da história da divisão na organização, defende seu título contra John Dodson, ex-campeão do reality show The Ultimate Fighter. O duelo de cinco rounds promete ser disputado em ritmo alucinante, já que ambos os lutadores são conhecidos pela velocidade de sua movimentação. Johnson usou de sua rapidez para frustrar Joseph Benavidez na final do torneio que apontou o campeão dos moscas, e Dodson também conseguiu passar pelo brasileiro Jussier Formiga devido, em grande parte, à velocidade de seu jogo de pés e de seus golpes.
O card principal tem ainda dois combates que valem uma posição de desafiante número 1 em suas respectivas categorias. No peso-leve, Anthony Pettis, último campeão do evento extinto WEC, enfrenta Donald Cerrone, que também disputou o cinturão do WEC três vezes, sem sucesso. No peso-pena, Erik Koch, que chegou a ser escalado para enfrentar o campeão José Aldo no UFC Rio III, mas sofreu uma lesão e desistiu do evento, tenta recuperar sua chance de disputar o título na luta contra Ricardo Lamas, que vem de três vitórias consecutivas desde que desceu para o peso-pena.
Além de Glover, outro brasileiro estará em ação, também de Minas Gerais: Rafael "Sapo" Natal, que enfrenta o estreante Sean Spencer pelo peso-médio, no card preliminar. Sapo busca a recuperação após ser nocauteado por Andrew Craig em sua última luta.
O UFC: Johnson x Dodson acontece neste sábado, em Chicago, e tem transmissão ao vivo com exclusividade do canal Combate. O SPORTV.COM e GLOBOESPORTE.COM acompanhaM em Tempo Real a partir das 19h35m. Confira o card completo do evento, com os valores registrados por cada lutador na pesagem desta sexta:
UFC: Johnson x Dodson
26 de janeiro de 2013, em Chicago (EUA)
CARD PRINCIPAL
Demetrious Johnson x John Dodson
Rampage Jackson  x Glover Teixeira
Anthony Pettis x Donald Cerrone
Erik Koch x Ricardo Lamas
CARD PRELIMINAR
T.J. Grant x Matt Wiman
Clay Guida x Hatsu Hioki
Pascal Krauss x Mike Stumpf
Ryan Bader x Vladimir Matyushenko
Shawn Jordan x Mike Russow
Rafael "Sapo" Natal x Sean Spencer
David Mitchell x Simeon Thoresen

Eddie Alvarez perde primeira batalha no tribunal e fica fora do UFC 159

Lutador tenta pedido de injunção que o liberaria do Bellator, mas é negado

Por SporTV.com Newark, EUA
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Eddie Alvarez bellator mma (Foto: Getty Images)Eddie Alvarez é ex-campeão peso-leve do Bellator
(Foto: Getty Images)
O peso-leve Eddie Alvarez teve seu "primeiro round" com o Bellator nesta sexta-feira, e saiu derrotado. O lutador da equipe Blackzilians teve uma audiência em Newark para um pedido de injunção que o permitiria assinar com o Ultimate e lutar no coevento principal do UFC 159, em 27 de abril, na mesma cidade. O pedido, porém, foi negado pelo juíz Jose L. Linares, da Corte Distrital de Nova Jersey.
A audiência durou 75 minutos, mas a decisão só saiu seis horas depois, de acordo com o site "MMA Fighting". A equipe de advogados de Alvarez defendeu que, caso o lutador não participasse do card de 27 de abril, perderia oportunidades de patrocínio, avanço na carreira e exposição mais ampla na mídia. O time também citou a garantia de receber cortes das vendas de pay per view no UFC, enquanto o Bellator não tem experiência com o pay per view.
Patrick English, conselheiro legal do Bellator, representou a companhia sozinho e refutou a ideia de que a franquia não seria capaz de promover um pay per view com sucesso. Ele lembrou que o UFC cresceu justamente no canal de TV que atualmente abriga o Bellator, e representou à corte que a organização ofereceu a Alvarez uma revanche contra Michael Chandler, atual campeão dos pesos-leves, como luta principal de um evento em pay per view.
Blog UltiMMAto: notícias, vídeos e curiosidades do mundo do MMA
Em sua decisão, Linares escreveu que a equipe de Alvarez "falhou em satisfazer o peso de demonstrar uma probabilidade razoável de sucesso e dano irreparável". Porém, ele acrescentou que o lutador tem mais uma chance de convencer a corte que o contrato oferecido pelo Bellator não igualou a oferta do UFC: provar a diferença de exposição entre o canal aberto que é parceiro atualmente do Ultimate e o canal a cabo que exibe os torneios do Bellator. As ações movidas pela companhia e pelo lutador um contra o outro ainda serão julgadas nos próximos meses.
PRIMEIRA FASE - 3ª RODADA
Ganso e Cañete desencantam, e São Paulo vence o Atlético Sorocaba
Armadores mostram a Jadson que estão fortes na briga pela vaga de principal articulador de jogadas do Tricolor. Adversário assusta no fim
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • lance capital
    31 do 2º tempo
    Cañete acerta um belo chute de fora da área e marca um golaço, ampliando o placar a favor do São Paulo justamente no momento que o adversário crescia.
  • recomeço
    Meias
    Ganso e Cañete sofreram com lesões, encararam desconfiança, mas começam a se reabilitar com os gols que marcaram neste sábado, o primeiro de cada um.
  • deu errado
    Retranca
    Estevam Soares armou ferrolho para tentar conter o São Paulo. O Atlético Sorocaba até conseguiu segurar no início, mas logo sucumbiu.
A CRÔNICA
por Marcos Guerra
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Paulo Henrique Ganso e Marcelo Cañete deram um recado para Jadson neste sábado: estão firmes na briga para serem titulares do São Paulo. Os dois armadores garantiram a vitória do São Paulo por 2 a 1 sobre o Atlético Sorocaba, no Morumbi, pela terceira rodada do Paulistão. Sem os titulares do Tricolor, poupados para o duelo com o Bolívar, os meias mostraram que estão recuperados de suas lesões, fizeram seus primeiros gols pelo Tricolor e comandaram os reservas em mais um triunfo no Campeonato Paulista.
Jadson foi o nome do jogo na goleada por 5 a 0 sobre o Bolívar, quarta passada, pela primeira fase da Taça Libertadores, mas tem sombras de peso. Ganso foi perseguido pela marcação sorocabana. No entanto, aproveitou o momento de descuido do rival para fazer, de cabeça. O argentino chamou a responsabilidade na armação e fez um golaço justamente quando o rival crescia. Fábio Sanches até diminuiu no fim, mas não evitou a derrota do Atlético.
Com a vitória, o São Paulo vai a seis pontos, mantém o 100% de aproveitamento no Paulistão, mas tem uma partida a menos. O foco da equipe, porém, está muito longe do estadual no momento. Depois de golear no jogo de ida contra o Bolívar, o Tricolor se apronta para encarar os 3.650m de altitude de La Paz, nesta quarta-feira, às 22h (de Brasília).
O Atlético Sorocaba, por sua vez, já acende o sinal de alerta. Embora o Paulistão esteja apenas no início, o time só somou um ponto em três rodadas e ainda não apresentou um futebol convincente. O próximo desafio no estadual será o duelo com o Botafogo-SP, em casa, na quinta, às 21h.
Abre alas
Os suplentes do São Paulo entraram em campo com uma missão clara: aproveitar a chance para mostrar serviço ao técnico Ney Franco. No entanto, a falta de entrosamento pesou, e o time demorou a se encontrar.
O Atlético Sorocaba assumiu a condição de azarão, armou uma retranca com duas linhas de quatro jogadores no campo de defesa e explorou os contra-ataques. A estratégia deu certo de início. O Tricolor batia cabeça e errava muitos passes. Só que a falta de mira dos sorocabanos fez o anfitrião quase não ser ameaçado no primeiro tempo.
Ganso gol São Paulo (Foto: Mauro Horita / Ag. Estado)Ganso comemora com Maicon seu primeiro gol pelo Tricolor (Foto: Mauro Horita / Ag. Estado)
Os defensores do time visitante se revezavam para marcar de perto a principal arma são-paulina: Paulo Henrique Ganso, que mal conseguia pegar a bola. A solução, então, foi investir nas jogadas pela ponta, principalmente pela esquerda, com Cañete. E o meia argentino por pouco não abriu o placar aos 21 minutos, quando tentou encobrir o goleiro Marcelo Moreto.
Cañete chamava o jogo, enquanto Ganso estava apagado. Até que, aos 26 minutos, o camisa 8 deu o primeiro aperitivo do que estava por vir, com um belo passe para Paulo Miranda arrematar da intermediária. Marcelo Moreto conseguiu parar o lateral, mas não o meia tricolor.
Aos 30 minutos, enfim, Ganso se livrou da perseguição dos marcadores e recebeu um cruzamento perfeito de Carleto, pela direita. O cabeceio foi certeiro. O goleiro adversário chegou a triscar na bola, mas não evitou o gol. Depois de sete jogos em branco, Ganso alcançou o tão esperado objetivo: seu primeiro gol pelo São Paulo, o abre-alas.
Com Ganso acordado, o Tricolor quase chegou ao segundo gol em uma bela triangulação entre o meia, Cañete e Edson Silva, aos 32 minutos, mas o zagueiro não concluiu bem: errou o chute e mandou por cima. Ademilson também desperdiçou bom passe do argentino, aos 38 minutos. Os reservas, enfim, se entendiam em campo.
Cañete define
Em desvantagem no placar, o técnico Estavam Soares sacou o volante Gilberto para a entrada do atacante Bruninho. A alteração deixou a partida aberta, com os dois lados se lançando ao ataque. Logo aos oito minutos, o próprio Bruninho puxou contra-ataque e só foi parado por Edson Silva na hora do arremate, quando já estava cara a cara com Denis.
O Tricolor tentou responder com Ademilson, mas o chute da intermediária passou longe da meta sorocabana. Apesar dessa tentativa do time da casa, o visitante era mais agressivo e perdeu um gol incrível, aos 15 minutos: Tiago Marques pegou o rebote do chute de César, mas mandou em cima de Denis.
Ney Franco, então, mexeu no time e colocou os garotos Henrique Miranda e Rodrigo Caio. A solução para conter o crescimento do Atlético Sorocaba, porém, já estava em campo. Se o Tricolor não conseguia criar jogadas, Cañete resolveu o problema em um chute da entrada da grande área, aos 31. E que chute! O argentino disparou um foguete no canto direito do goleiro Marcelo Moreto. Assim como Ganso, o meia fez seu primeiro gol pelo São Paulo, justamente em um momento em que o rival pressionava.
Aos 38, Fábio Sanches ainda diminuiu de cabeça após cobrança de escanteio de Júnior Timbó. Nada que atrapalhasse o recomeço dos meias tricolores.

Expulsões, tensão e empate no fim
marcam a volta de Alex no Coritiba

Diante da eterna rivalidade com argentinos, 'Menino de Ouro' manda bola na trave, tem gol olímpico bem anulado, e Deivid 'salva' a festa no Couto

Por Gabriel Hamilko Curitiba
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A festa da tarde deste sábado foi para o meia Alex, que voltou a vestir a camisa do Coritiba após 17 anos. O "Menino de Ouro" da torcida coxa-branca fez bonito, principalmente no segundo tempo, com cobrança de faltas perfeitas, um gol olímpico invalidado e bons passes. Mas foi Deivid quem evitou o gosto amargo da derrota ao marcar o gol de empate no último minuto, evitando a festa argentina e selando o resultado de 1 a 1 com o Atlético Colón.
O convidado indigesto quase estragou a tarde. O Colón não estava no espiríto de cordialidade e chegou à capital paranaense para impor o seu ritmo e assustar os 12.734 torcedores que foram ao Couto Pereira. A equipe argentina não entendeu o conceito de amistoso e bateu, muitas vezes sem bola. Resultado: cinco expulsões (duas para o Coritiba e três para o Colón).
Alex Coritiba x Cólon (Foto: Geraldo Bubniak / Ag. Estado)Alex foi a estrela, mas Deivid que empatou e evitou a derrota no amistoso (Foto: Geraldo Bubniak / Ag. Estado)
Festa para Alex, o mais acionado, que não conseguiu fazer
O Coritiba iniciou a partida com um objetivo: deixar Alex confortável em campo, com oportunidades para marcar e fazer a festa dos torcedores. Após a recepção especial no gramado e um show pirotécnico e musical, os passes eram para Alex, e as cobranças de falta também. O jogador chegou a ter três escanteios seguidos. A cada lado que ia, era aplaudido em pé. Na última cobrança, Denis fez fila pela esquerda, e Rafinha quase balançou a rede.
Depois, o que era para ser um amistoso, ficou só no nome. Em uma partida entre brasileiros e argentinos não existe cortesia em campo, assim abriu-se o leque de maldades com vários empurrões e chegadas mais fortes. O mais raivoso entre os hermanos era o meia Bastie. Em lance mais forte, ele chegou a se desentender com Lincoln, e quase os dois foram às vias de fato.
O clima de hostilidade chegou ao ápice com 47 minutos. Após uma boa arrancada de Alex pela direita, Rafinha recebeu o passe e levou uma cotovelada no rosto de Raldes. O meia coxa-branca deu um tranco no argentino, e ambos foram expulsos pelo árbitro.
Colón marca, Alex não tem sorte, e Deivid salva o amistoso
Os dois times voltaram do intervalo com a cabeça ainda quente. O Colón ainda voltou com mais disposição e aproveitou melhor os espaços em campo, dominando a partida. O resultado veio aos oito minutos, quando Bastia fez lançamento da área, e Gicliotto desviou de cabeça para mandar para as redes. Silêncio no Couto.
Aos 18 minutos, em cobrança de escanteio, Alex mandou direto para o gol e contou com uma providencial ajuda do goleiro argentino, que socou a bola para o fundo das redes. No entanto, o árbitro viu que a bola fez uma trajetória por trás da linha de fundo e anulou o que seria um gol olímpico (assista ao lance ao lado).
O que se viu depois foi uma sucessão de brutalidade dos dois lados, o que resultou em mais uma expulsão para o lado do Coritiba e duas para o Colón. Enquanto isso, Alex tentava desesperadamente fazer um gol. Em uma bola paradas, o jogador colocou no ângulo esquerdo, e o goleiro Pozo fez excelente defesa. Depois foi a vez de a trave atrapalhar. Na terceira tentativa, o jogador cobrou falta, e Gil desviou na entrada da área. A bola bateu no chão, depois na trave e saiu. Na sequência, o camisa 10 cobrou escanteio, e ela sobrou limpa para Deivid dar um toque para fora.
Mas a falta de sorte acabou antes do jogo. No último minuto, Deivid aproveitou a bola lançada na área e conseguiu cabecear para dentro. O atacante e amigo de Alex salvou a tarde e fez a massa alviverde deixar o estádio mais aliviada. No final, o coro "Alex voltou" tomou conta e deu início, definitivamente, ao ano coxa-branca.
Ramírez estreia na Ponte com gol 'à la Ronaldinho' e decide o dérbi 190
Com pouco tempo em campo, peruano mostra estrela, faz um gol e dá passe para outro. Resultado derruba o técnico Zé Teodoro, do Guarani
 
 
A CRÔNICA
por Murilo Borges e Guto Marchiori
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Luizão. Gigena. Medina. Weldon... O maior clássico do interior do Brasil é repleto de estrelas que, logo em seu primeiro dérbi, decidem a favor de seus times. Os historiadores podem colocar agora mais um nome à relação: Luís Ramírez. Principal contratação da Ponte Preta para a temporada, o peruano decidiu para a Macaca nos poucos minutos que esteve em campo. Fez um gol de falta por cobertura (semelhante ao de Ronaldinho Gaúcho contra a Inglaterra, na Copa do Mundo de 2002) e deu o passe para Bruno Silva matar o Guarani e garantir a vitória por 3 a 1 no encontro de número 190 entre os rivais, neste sábado, no Brinco de Ouro, pela terceira rodada do Campeonato Paulista. William abriu o placar para a Macaca, enquanto Fumagalli descontou para o Bugre, ambos no primeiro tempo. Após a partida, Zé Teodoro entregou o cargo.
Assim como há um herói, o confronto deste sábado adicionou um vilão à história. Emerson falhou no lance do segundo gol da Ponte Preta e foi muito vaiado pelos pouco mais de cinco mil bugrinos que foram ao estádio. Depois de uma renovação longa no fim do ano, o titular começa a ver a estrela do reserva Juliano pintar no horizonte.
Gol Ponte Preta x Guarani (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Agarrado por Baraka, Bruno Silva festeja gol derradeiro do dérbi (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Além de Emerson, outro ponto decepcionante aconteceu nas arquibancadas. Com pouco mais de sete mil pagantes, o dérbi deste sábado tem o quarto pior público da centenária história do clássico. No último encontro entre Guarani e Ponte, válido pela semifinal do Paulistão de 2012, o dobro de torcedores compareceu ao mesmo Brinco de Ouro. Um retrato do enfraquecimento da marca bugrina, que detinha 16,5 mil dos 18 mil ingressos à venda.
O resultado mantém a Ponte Preta em alta no Paulistão. Ainda invicta em 2013, a Macaca chega a sete pontos em nove disputados e assume provisoriamente a liderança do estadual - antes, havia empatado sem gols com o Mogi Mirim e vencido o Corinthians no Pacaembu, por 1 a 0. Guto Ferreira tem motivos para comemorar: é sua segunda vitória consecutiva como visitante.
Na outra ponta do confronto, Zé Teodoro viu a pressão em seus ombros aumentar e não aguentou. O treinador deixa o clube sem saber o gosto de vencer uma partida pelo Guarani. Com duas derrotas e um empate, o Bugre está na parte inferior da classificação, dentro da zona de rebaixamento, e pode começar a se preocupar com a irregularidade. Quem também lamenta é Fumagalli, que, apesar do belo gol no primeiro tempo, perdeu a invencibilidade em dérbis.
No retrospecto geral, a vantagem ainda é do Guarani, com 66 vitórias. A Ponte levou a melhor em 61 oportunidades. Foram ainda 62 empates e um resultado desconhecido.
O Guarani volta a campo na quinta-feira, novamente no Brinco de Ouro. O Bugre recebe o Bragantino, às 19h30m, neste que será o terceiro confronto seguido como mandante no Paulistão. Um dia antes, porém, a Ponte Preta recebe o Oeste, às 19h30m, no Estádio Moisés Lucarelli.
Apesar de ser a segunda partida da Macaca como mandante, será a primeira atuação do time em seu estádio. Isso porque a estreia, contra o Mogi Mirim, aconteceu no Estádio Décio Vitta, em Americana, porque o Majestoso estava interditado pela Federação Paulista de Futebol (FPF).
Guarani x Ponte Preta (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Siloé marcado por Artur: Bugre e Macaca lutam pela
vitória (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Ponte usa falhas, Bugre vai na vontade
O maior clássico do interior paulista transformou-se, como previra Zé Teodoro, em um jogo de xadrex. E, na mudança das peças, o treinador bugrino encurralou o rival pontepretano nos momentos iniciais do primeiro tempo. No 4-2-3-1, o Guarani freou as investidas de Cicinho pela direita e os avanços de Uendel pela esquerda. Depois de anular as peças, o time partiu para o ataque, sempre no ritmo de Fumagalli.
Recuperado da lesão no calcanhar esquerdo, o meia arriscou a primeira finalização aos seis minutos, mas foi travado. Também fez lançamentos para Siloé, que, ao lado de Eusébio, dificultavam a vida de Artur pela lateral-direita da Ponte. Do outro lado do gramado, Dener tinha a responsabilidade de encostar no solitário atacante do Guarani. O ex~são-paulino se destacou pela velocidade, mas pecou nos arremates.
Demorou para a Ponte Preta equilibrar a partida, mas, quando conseguiu, fez exatamente aquilo o que o técnico considera ideal em seus times: explorar os pontos fracos do adversário. Nas costas de Bruno Recife, Chiquinho fez a festa, ao quase abrir o placar aos 17 minutos - Emerson defendeu. A resposta do Guarani veio rápida, quando Fumagalli deixou Siloé frente a frente com Edson Bastos, mas o goleiro foi mais veloz e se deu melhor.
William gol Ponte Preta x Guarani (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)William e Cicinho se abraçam para festejar primeiro gol do dérbi (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
O jogo da Ponte já estava consolidado. Mais eficiente do que o rival, a Macaca precisou de mais dois contragolpes certeiros para abrir o placar. Na primeira, Chiquinho passou por Recife, mas cruzou fraco para William. O erro serviu para o aperfeiçoamento minutos depois. Wellington Bruno caiu pela direita, enxergou falha de posicionamento de Montoya e mandou na cabeça do artilheiro, que não perdoou Emerson: 1 a 0.
A desvantagem aumentou a pressão do Guarani, que, não mais organizado como no início, criou suas chances de forma desordenada. Primeiro, Dener furou cruzamento de Oziel. Depois, Eusébio encheu o pé e parou no peito de Edson Bastos. Até cair no pé de quem mais sabe o que é a rivalidade centenária entre os times de Campinas. Após cruzamento de Oziel e desvio de Siloé, Fumagalli acertou um sem-pulo de primeira e colocou tudo igual.
Ramírez vira peça fundamental e acaba com o rival
A intensidade do primeiro tempo se perdeu nos vestiários. Zé Teodoro e Guto Ferreira mantiveram os times que iniciaram o jogo, mas o ritmo não foi mais de um clássico da magnitude de um dérbi. Do lado do Guarani, Siloé pareceu disperso, tanto nos dribles como na finalização (perdeu boa oportunidade de virar o jogo ao demorar para chutar). Na Ponte, quem decepcionou foi Wellington Bruno, preso entre os volantes adversários e sem pique para acompanhar Cicinho e Chiquinho.
Para que o clássico recuperasse o futebol da primeira etapa, os técnicos usaram o banco. Zé Teodoro sacou Sopa, machucado, e garantiu o debute de Michel Elói pelo Bugre. Já Guto Ferreira atendeu o pedido da torcida e pôs o peruano Luís Ramírez em campo, também para sua estreia. Ferrugem, pela Ponte, e Weslley, pelo Guarani, foram as demais novidades para a reta final do dérbi.
Se o xadrex de Zé Teodoro funcionou no primeiro tempo, Guto Ferreira respondeu com um belo xeque ao alterar a Ponte Preta. Logo em sua primeira participação importante na partida, Ramírez mostrou o porquê da tamanha expectativa em seu futebol. Cobrou falta por cobertura - se sem querer ou não, só ele sabe - e surpreendeu Emerson, recolocando a Macaca na frente.
Nem deu tempo para Zé Teodoro pensar em mudar o time. Três minutos após o golaço de Ramírez, Guto Ferreira comemorou o xeque-mate com requintes de crueldade. Após passe do peruano, Bruno Silva dominou pelo lado direito e acertou o cantinho da baliza de Emerson, causando sensações opostas no Brinco: a fúria bugrina com o camisa 1 e o êxtase pontepretano ao praticamente decidir a parada.
Até o final, os bugrinos tiveram que aguentar a gozação. A torcida pontepretana, com gritos de "olé", embalava a partida, enquanto os jogadores em campo trocavam passes com a tranquilidade de quem sabe que já finalizou o adversário. Decepcionados, os bugrinos foram aos poucos esvaziando o já vazio Brinco de Ouro, na cena que fecha o dérbi 190. O embalo da Ponte, reforçado por um peruano que veio para ficar, foi superior à vontade do Guarani.

Santa Cruz vence Feirense e retoma liderança do grupo D do Nordestão

Tricolor pernambucano ganha por 2 a 0, gols de Philco e Renatinho, e deixam baianos na lanterna da chave, com apenas um ponto

Por GLOBOESPORTE.COM Recife
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O Santa Cruz venceu o Feirense por 2 a 0, neste sábado, no estádio do Arruda, no Recife, e reassumiu, temporariamente, a liderança do Grupo D da Copa do Nordeste. Com seis pontos, pode ser ultrapassado por Campinense ou CRB no complemento da rodada neste domingo. Já o time baiano amarga a lanterna da chave com apenas um ponto.
Os gols do Santa Cruz foram marcados no primeiro tempo. Philco, de pênalti, abriu o placar aos seis minutos. Ainda na etapa inicial, mas já nos acréscimos, Renatinho ampliou a vantagem. O Feirense teve dois jogadores expulsos: o goleiro Naldo, aos 36 minutos de jogo, e Leandro, logo depois do intervalo, aos quatro.
Mesmo com a vitória, o Santa Cruz deixou o campo sob vaias, diante de um público de 17.355 torcedores, uma vez que a torcida tricolor esperava que, devido à vantagem de jogadores em campo, o time goleasse o Feirense. A renda da partida foi de R$ 187.179,00.
Na próxima rodada, Santa Cruz e Feirense voltam a se enfrentar, mas com o mando de campo pertencendo aos baianos. As duas equipes entram em campo na quarta feira, dia 30, às 22h15m (de Brasília), no estádio Joia da Princesa.
Santa Cruz x Feirense (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)Philco abriu o placar no Arruda de pênalti (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
Pênalti, gol e expulsão

O Feirense tentou não se intimidar com o fato de jogar fora de casa e ser o lanterna do grupo D e partiu para cima do Santa Cruz. Com um minuto, Roberto rolou a bola para Cristiano, que invadiu a área e chutou prensado. A empolgação dos visitantes não demorou muito. No primeiro ataque dos donos da casa, o meia Natan invadiu a área e foi derrubado pelo goleiro Naldo. Na cobrança do pênalti, o atacante Philco abriu o placar, aos seis minutos.
Apesar de ficar em vantagem, o Santa Cruz pouco aproveitou o fato de jogar diante da torcida. O Tricolor até conseguia chegar à área adversária, mas sem oferecer muito perigo. A displicência dos donos da casa quase acaba em castigo. Aos 24 minutos, a defesa vacilou na marcação, e Flávio tocou para Jaiminho, que acertou a trave.
Santa Cruz x Feirense (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)Naldo levou gol de pênalti e foi expulso no 1º
tempo (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
Recompostos do susto, os pernambucanos começaram a tentar explorar as jogadas pelas laterais. No entanto, como no restante do jogo, o time não conseguia articular bem os passes e conclusões. Já o Feirense também pouco atacou e abusou de faltas no primeiro tempo. Além de ter três jogadores punidos com o cartão amarelo, a equipe viu o goleiro Naldo ser expulso aos 36 minutos.
Com um a menos, o técnico Duzinho precisou mexer no Feirense. Tirou o centroavante Dadai para colocar o goleiro reserva Pedro Henrique. Mesmo em desvantagem, os baianos conseguiram segurar bem o Santa Cruz até os acréscimos do primeiro tempo. Mas, aos 47 minutos, Renatinho furou o bloqueio e marcou o segundo gol dos pernambucanos.
Nova expulsão e nenhum gol
Na volta ao segundo tempo, a situação ficou mais complicada para o Feirense. Além de ver o Santa Cruz mais ofensivo, os visitantes tiveram outro jogador expulso no Arruda. Leandro, que havia recebido cartão amarelo no primeiro tempo, foi punido com o vermelho aos quatro minutos.
A vantagem numérica no placar e no número de jogadores deu tranquilidade ao Santa Cruz, que passou a tocar a bola com mais presença na área adversária, embora insistisse em errar o último passe. O Feirense passou a se defender, tentando diminuir os espaços no campo para evitar levar o terceiro gol.
Aos 17 minutos, Renatinho resolveu testar o goleiro Pedro Henrique e chutou de longe em busca do terceiro gol do Santa Cruz. Depois, aos 27 minutos, Flávio Caça-Rato teve a chance de ampliar o placar, mas esbarrou nas mãos do goleiro do Feirense. Nos acréscimos, Renatinho ainda acertou a trave. Os visitantes continuaram empenhados em impedir a consolidação de uma goleada no Arruda, o que de fato não aconteceu.
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Santa Cruz x Feirense (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)Juiz não economizou nos cartões para o Santa Cruz e o Feirense, que teve dois jogadores expulsos no Arruda (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)

Iarley marca na volta ao Paysandu, mas Remo vence clássico paraense

Diante de mais de 40 mil no Mangueirão, veterano faz gol, mas Val Barreto e Leandro Cearense garantem vitória do líder com 100% de aproveitamento

Por Michel Anderson Belém
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Nem a forte chuva que atrasou o início do clássico em 30 minutos foi capaz de espantar os torcedores do clássico entre os principais rivais do Norte do Brasil. Neste sábado, os 41.604 presentes ao estádio Mangueirão foram recompensados com um bom jogo, decidido apenas no fim, com vitória do Remo sobre o Paysandu por 2 a 1, pela quarta rodada do Campeonato Paraense.
Leandro Cearense foi o herói do dia, fazendo o gol que garantiu os três pontos aos 41 minutos do segundo tempo. Val Barreto abriu o placar logo no início da partida, aos sete, e o veterano Iarley chegou a empatar aos 29 da etapa complementar, na sua volta ao Papão depois de ganhar o mundo por Internacional, Corinthians, Goiás e Boca Juniors.
Clássico entre Remo e Paysandu (Foto: Divulgação)Clássico entre Remo e Paysandu teve mais de 40 mil torcedores (Foto: Divulgação)
Com 12 pontos, o Remo lidera o Paraense. Já o Paysandu permanece somando sete, na segunda colocação, mas depende do resultado do jogo entre Paragominas e Santa Cruz de Cuiarana para manter a posição.
Na próxima rodada, o Remo recebe o Paragominas, quarta-feira, a partir das 20h30m local (21h30m de Brasília), no estádio Mangueirão, em Belém. No mesmo horário, só que no dia seguinte, o Paysandu vai enfrentar o Cametá, no estádio Parque do Bacurau, em Cametá.
Remo começou marcando e segurou resultado
Remo e Paysandu se enfrentam no Estádio Mangueirão (Foto: Divulgação)Remo e Paysandu se enfrentaram no Estádio
Mangueirão (Foto: Divulgação)
Quando a partida começou, o atacante João Neto, do Paysandu, aos 4 minutos, recebeu bom passe de Eduardo Ramos e chutou por cima do gol de Fabiano, animando a torcida bicolor. Parecia que o time de melhor ataque iria dar um sufoco na defesa menos vazada do Parazão, parecia.
Quatro minutos depois, Thiago Galhardo tocou para Fábio Paulista, que passou fácil por Yago Pikachu e cruzou na medida para Val Barreto, de cabeça, abrir o placar para o Remo, fazendo tremer, literalmente, metade do estádio Mangueirão.
Não demorou muito e o Papão voltou ao ataque, aos 12 minutos, Rafael Oliveira fez jogada individual, mas pegou mal na bola e o chute saiu fraco, com Fabiano fazendo a defesa tranquilamente.
A partir daí, as duas equipes ficaram alternando bons e maus momentos da partida, com os bicolores tendo a maior posse de bola e o azulinos jogando no erro do adversário, mas com ambos sempre errando o último passe.
Antes do intervalo, os azulinos tiveram a chance de ampliar com Fábio Paulista, que cobrou falta, mas o goleiro Zé Carlos estava atento e fez a defesa.
Paysandu consegue empatar, mas Leandro Cearense garante vitória
Na segunda etapa o Paysandu voltou com mais velocidade no passe e teve duas boas chances nos minutos iniciais. Aos 4, Eduardo Ramos deu grande passe para Rafael Oliveira, que chutou pra fora.
Já aos 10 minutos o Papão chegou com o volante Vanderson, que pegou de primeira, de fora da área, obrigando Fabiano a fazer uma defesa difícil.
A resposta do Leão veio aos 18 minutos com Leandro Cearense, que entrou no lugar de Val Barreto, batendo de perna esquerda pra fora, mas levando perigo.
Dominando as ações, o Paysandu seguia buscando o empate. Aos 25 minutos, Eduardo Ramos cobrou escanteio, a bola bateu no peito de João Neto, a zaga do Remo tirou em cima da linha e no rebote Diego Bispo cabeceou pra fora, em um lance bastante confuso.
Estrela de Iarley brilha e empate vem
Bastaram apenas 12 minutos em campo para Iarley mostrar que realmente tem estrela. Aos 29 minutos, Heliton fez boa jogada pela esquerda e cruzou para Pikachu, que escorou pro meio, Rafael Oliveira acertou a trave, no rebote, Eduardo Ramos dominou e chutou errado, mas no meio do caminho Iarley desviou e fez a outra metade do Mangueirão balançar.
Leandro Cearense mostra que também tem estrela
Empolgados com o gol, os bicolores foram em busca da vidada, mas esqueceram da defesa e deram brechas para os contra-ataques do Leão. Aos 41 minutos, Fábio Paulista fez grande jogada pela esquerda e tocou para Leandro Cearense, livre, marcar e garantir a vitória remista, explodindo a torcida azulina de felicidade.
Remo 2 x 1 Paysandu
Fabiano; Carlinho Rech, Zé Antônio e Henrique (Mauro); Endy, Nata, Tony (Gerônimo), Thiago Galhardo e Berg; Fábio Paulista e Val Barreto (Leandro Cearense). Zé Carlos; Yago Pikachu, Diego Bispo, Raul e Pablo; Esdras (Vanderson), Ricardo Capanema (Iarley), Alex Gaibu e Eduardo Ramos; Rafael Oliveira e João Neto (Heliton).
Técnico: Flávio Araújo Técnico: Lecheva
Gols: Val Barreto, aos 7 minutos do primeiro tempo; Iarley, aos 29 minutos, Leandro Cearense, 41 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Fabiano, Fábio Paulista, Tony e Leandro Cearense (Remo); Ricardo Capanema (Paysandu)
Local: Mangueirão. Árbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva.
Assistentes: osé Ricardo Guimarães e Luis Diego Nascimento.
Público pagante: 39.076. Credenciados: 2. 528
Público total: 41.604. Renda: R$ 832.120,00

Jade Barbosa mostra elasticidade em visita a parque de diversões nos EUA

Ginasta do Flamengo aproveitou tempo livre para visitar a Universal Studios, na Califórnia, ao lado da amiga e também atleta Gabriela Soares

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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Jade Barbosa aproveitou bastante a estadia nos Estados Unidos. A ginasta mostrou elasticidade ao postar uma foto nas redes sociais, neste sábado, em que está em uma das atrações do Universal Studios, na Califórnia. A atleta do Flamengo já havia feito careta ao posar ao lado de 'Frankenstein', se arriscado em um skate e frequentado uma academia para manter a boa forma física. Jade Barbosa estava com a companhia da amiga e também ginasta Gabriela Soares.
Na viagem aos Estados Unidos, a dupla também visitou um centro de treinamento e posou com a ginasta americana McKayla Maroney. Para quem não lembra, a jovem dos EUA virou uma celebridade da internet durante os Jogos Olímpicos de Londres 2012. Favorita na disputa, ela ficou com a prata e, chateada, subiu no pódio fazendo careta, o que motivou uma série de montagens na rede, com a mensagem “McKayla não está impressionada''.
Jade Barbosa brinca em parque nos Estados Unidos (Foto: Reprodução Instagram)Jade Barbosa brinca em parque nos EUA ao lado da amiga Gabriela Soares (Foto: Reprodução Instagram)
Jade Barbosa e Gabriela Soares em parque nos Estados Unidos (Foto: Reprodução Instagram)Jade Barbosa e Gabriela Soares em parque nos Estados Unidos (Foto: Reprodução Instagram)

José Aldo e a expectativa para luta contra Frankie Edgar: 'Vai ser épico'

Campeão peso-pena revela detalhes de sua preparação para enfrentar o ex-campeão dos leves, como, por exemplo, voltar a treinar jiu-jítsu de quimono

Por Ana Hissa Rio de Janeiro
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Há mais de um ano parado, José Aldo tem pela frente um dos maiores desafios da carreira. No próximo sábado, no UFC 156, em Las Vegas (EUA), o campeão peso-pena do Ultimate coloca o cinturão em jogo contra o americano Frankie Edgar, em um confronto que estava marcado inicialmente para outubro de 2012. Um acidente de moto três semanas antes da luta deixou o brasileiro fora de combate, o que serviu de mais motivação para o manauara.
- Naquela ocasião a gente tinha só um mês de treinamento, já que a luta inicialmente estava marcada contra o Erick Koch, que se lesionou. Não acreditei quando me acidentei e fiquei fora da luta, que era algo que eu queria muito e pedi para o Ultimate manter meu adversário. Agora tive o tempo necessário para me preparar bem. Acho que eu fico motivado por ser uma grande luta, é uma superluta, que vai ficar na história, quando encerrar minha carreira todo mundo vai comentar desse combate. A motivação é enorme, eu chegava aqui nos treinos e procurava ganhar todo tipo de treino porque sei que vai ser épico - contou Aldo.
Dudu Dantas, Marlon Sandro, Dedé Pederneiras, Renan Barão e José Aldo MMA UFC (Foto: Ana Hissa/ SporTV.com)Dudu Dantas, Marlon Sandro, Dedé Pederneiras, Renan Barão e José Aldo: treino de quimono leva o campeão peso-pena, que é faixa-preta, de volta às origens no jiu-jítsu (Foto: Ana Hissa/ SporTV.com)
Recuperado dos ferimentos, Aldo iniciou o treinamento no fim de novembro. Com quase 20 confrontos marcados entre janeiro e fevereiro, o líder da Nova União, André Pederneiras, optou pelo trabalho com a base de lutadores da academia. Alguns reforços vieram,  como Bruno Carvalho, experiente no muay thai, Davi Souza, medalhista pan-americano de boxe, e o atleta do UFC Gray Maynard, que ajudou o brasileiro para a luta contra Chad Mendes no UFC Rio 3 e já enfrentou Edgar três vezes na categoria dos leves.
- Por conta de problemas pessoais - minha operação no joelho e o nascimento da minha filha - só vim durante um tempo, mas é tudo que ele precisa. Aldo aprende muito rápido, você ensina para ele algo em um dia e ele já está fazendo exatamente o que você passou. Em todas as áreas é o melhor de todas as categorias, acho que ele é o melhor peso por peso do mundo. Agora ele sabe as pegadinhas do Edgar, o que é muito bom para evitar surpresas. Ele sempre foi muito bom em defender quedas e aplicar quedas. Quando você chega no topo não são grandes coisas, apenas pequenos ajustes que fazem com que você melhore - afirma Gray, ressaltando a estatística de que Aldo é um dos melhores atletas em defesa de queda do Ultimate, com 75% de aproveitamento no quesito.
Aldo aprende muito rápido, você ensina para ele algo em um dia e ele já está fazendo exatamente o que você passou"
Gray Maynard, lutador do UFC
Para Dedé, o caminho para vencer a luta vai ser dado pelo adversário. Entretanto, a preocupação com o bom nível de wrestling de Edgar foi uma constante nos treinos. Por conta disso, Pederneiras inovou na preparação -  inseriu um treino de pano combinado com o de luta olímpica, para preparar bem o campeão para situações com as costas no chão.
- A gente sempre procura criar coisas diferentes a cada luta e nessa eu voltei a adaptar o treino de quimono porque é algo que te deixa mais pesado e quando você tira o quimono você fica mais leve e mais rápido. Eu acho que todo mundo que lutou com o Aldo ultimamente derruba muito bem, o Edgar é mais um que derruba muito bem, não sei se ele é melhor ou pior, se naquele momento da luta ele vai conseguir fazer melhor do que os outros, tudo vai depender do momento. Eu posso dizer que o Aldo é um faixa-preta muito bom, a gente fez um trabalho muito forte de quimono para essa luta agora e todos que treinaram com ele de quimono - que são atletas que competem de pano frequentemente - falaram a mesma coisa: se ele lutasse em algum campeonato de jiu-jítsu ele seria campeão. Ele tem uma base muito boa de chão - disse Dedé.
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MMA Gray Maynard e José Aldo (Foto: Ana Hissa)Gray Maynard (esq.) veio dos EUA para ajudar nos treinos de José Aldo (Foto: Ana Hissa)
Faixa-preta na arte suave, Aldo também se diz mais confiante no jogo por baixo.
- Essa foi uma das vezes que eu mais treinei jiu-jítsu, eu sempre treino jiu-jítsu quando passam minhas lutas. Acho que o Dedé puxando novamente esse treino combinado com o wrestling foi muito bom, porque um anda ao lado do outro. A gente treinou muito em pé, sempre caindo e praticando o chão, para resgatar. É bom rever o passado porque foi de onde a gente surgiu - reafirmou Aldo.
SporTV.com/Combate: confira as últimas notícias do mundo do MMA
Outro fator que impressiona no jogo do americano é a movimentação no octógono e o ritmo frenético imposto. A aposta para parar o adversário pode estar nos potentes chutes baixos de Aldo, que deixaram um ex-desafiante, Urijah Faber, com as pernas debilitadas após o confronto.
- Acho que conectando bons chutes a gente consegue frear a movimentação dele, acho que quantos mais chutes encaixados na perna ele vai ficar mais preso, acho que vai ficar um pouco mais receoso, então pode ser, sim, o caminho das pedras - conta o campeão, que também vê na descida de peso um fator a seu favor no combate.
- É a primeira vez que ele vai ter que bater o peso-pena, acho que quando você tem que perder peso não é a mesma coisa de você ficar jogando no peso que você tem, a resistência diminui. Acho que tudo muda porque é a primeira vez que ele está baixando. Isso a gente vai procurar também porque a gente sabe que não é a mesma resistência do que quando ele jogava nos leves.
Parceiro de treinos de Aldo, o atleta do Bellator Marlon Sandro também vê nos chutes o caminho para a vitória.
- O Edgar é um cara que não bloqueia chutes, mesmo movimentando... Ninguém nunca chutou ele tanto, o chute que ele recebeu na perna ele não bloqueia... E todo mundo sabe que o Aldo tem uma perna muito pesada, eu que o diga, a gente sofre aqui com os chutes dele mesmo com caneleiras quando ele quer bater forte, ele vai minar ali. O Aldo é um cara que tem um reflexo muito bom, uma esquiva muito boa, acho que ele vai conseguir ir para cima o tempo todo e quem sabe conseguir um nocaute ainda em pé.
cinturão José Aldo Frankie Edgar UFC (Foto: Getty Images)José Aldo e Frankie Edgar na época em que ambos tinham cinturão do UFC (Foto: Getty Images)
Em dezembro, Junior, como é conhecido entre os amigos, viu o xará peso-pesado Junior Cigano perder o cinturão para Cain Velasquez. Mas o peso-pena garante que não se sente pressionado a manter um dos três cinturões do Brasil no UFC - os outros dois são de Renan Barão, campeão interino dos galos, e Anderson Silva, nos médios.
- Acho que cada pessoa é uma pessoa, não sinto peso algum, eu sou o José Aldo. O José Aldo vai estar lá dentro, e eu vou lutar por mim e vou sair vencedor. Para mim todas as lutas são meu grande desafio. Eu acho que essa vai ser um grande desafio, a próxima também... Sempre a próxima é a luta da minha vida que eu não posso perder.
Da última vez que esteve em ação, Aldo surpreendeu na comemoração, ao se jogar nos braços da torcida após a vitória em cima de Chad Mendes do UFC 142. E dessa vez, não será diferente.
- No Brasil, não poderia ser diferente, eu falei que ia fazer isso porque a galera estava vibrando e cantando, então, nada mais justo que ir para a galera. Com certeza vai ter uma galera brasileira em Las Vegas eu estou contando com a invasão do pessoal e com certeza vou fazer algo para eles.