sexta-feira, 25 de maio de 2012

Top 5: Dátolo escolhe meias argentinos que inspiram sua carreira

Nascido na terra dos enganches, camisa 23 colorado se transformou em uma das estrelas do Inter em 2012

Por Tomás Hammes Porto Alegre
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Dátolo quer Guiñazu no bafo de Deco (Foto: Caetanno Freitas / GLOBOESPORTE.COM)Dátolo lembra os seus ídolos no futebol
(Foto: Caetanno Freitas / GLOBOESPORTE.COM)
Trazido para ser uma alternativa no início da temporada, Dátolo conquistou seu espaço no Inter e é um dos destaques da equipe. No Gauchão vencido pelo Colorado, foi eleito o craque da competição. O camisa 23 vai a campo com uma inspiração natural. Afinal, nasceu no país dos meias e mantém a mística da linhagem. Apesar de não ser um legítimo “enganche”, o hermano se destaca pela velocidade, condução de bola e o potente chute, que já balançou as redes em nove oportunidades.
E, para marcar sua história entre os grandes do futebol, Dátolo escolheu a dedo ícones dos nossos vizinhos como espelho. Maradona, o mais óbvio de todos, é o primeiro. Como bom argentino, o meia não esconde a paixão por El Diez, por quem ainda teve a honra de ser treinado quando o craque comandou a seleção albiceleste.
Se Dieguito abre a lista, Messi, atual melhor do mundo, também aparece entre suas referências. Dátolo elogia o camisa 10 do Barcelona e agradece pela oportunidade de ter jogado com ele pela Argentina.
Dátolo se destaca na conquista da Taça Farroupilha (Foto: Diego Guichard / GLOBOESPORTE.COM)Dátolo ajudou o Inter a conquistar o Gauchão (Foto: Diego Guichard / GLOBOESPORTE.COM)
Os xeneizes permeiam o imaginário do camisa 23. Outro ídolo do bairro de La Boca, Riquelme – atual capitão e grande astro da equipe – também é venerado como um dos grandes meias do país. Ao lado do craque, Dátolo conquistou a Libertadores de 2007.

A pedido do GLOBOESPORTE.COM, o colorado elegeu cinco meias nascidos na Argentina em que se inspirou.

Confira a lista completa do camisa 23:
1) Diego Maradona

Maradona 1986 (Foto: FIFA)Maior ídolo dos argentinos, Maradona treinou
Dátolo na seleção (Foto: FIFA)
O maior ídolo dos argentinos encabeça a lista de Dátolo. Maradona é o número 1 das preferências do colorado. Principal jogador da história do país, El Pibe marcou a vida do camisa 23.
O meia se emociona ao falar do 10. Dátolo o conheceu ainda em seus tempos de Boca Juniors. Depois, quando o ídolo foi treinador da seleção, o convocou para duas partidas. Na visão do jogador, o talento do pé esquerdo de Diego está eternizado no esporte e é uma grande bandeira da Argentina:
– Todos sabem o que ele representou para o futebol, não só no nível local, mas também internacionalmente. É um orgulho argentino como jogador de futebol.
2) Lionel Messi

Comemoração Messi - Barcelona X Malaga (Foto: Ag. AFP)Dátolo jogou ao lado de Messi na derrota da
Argentina para o Brasil pelas Eliminatórias da Copa
de 2010 (Foto: Ag. AFP)
Depois de Maradona, a sequência de Dátolo apresenta o atual melhor jogador do mundo. Fã do camisa 10 do Barça, o colorado coloca Messi no Olimpo dos deuses do futebol e o considera “um revolucionário”. Não se trata exatamente de um meia, mas a genialidade do craque permite que ele também jogue como criador. Assim, ele entra na lista do colorado.
O jogador do Inter já atuou ao lado de Messi, na partida contra o Brasil, em que o time de Dunga venceu por 3 a 1 a seleção de Maradona pelas Eliminatórias da Copa de 2010. A chance de fardar com o craque é guardada com carinho na sua memória:
– Graças a Deus pude jogar com ele na partida contra o Brasil, em Rosário. Posso dizer que me senti muito bem e feliz com essa oportunidade. A verdade é que não sei como ele faz algumas coisas. É como se levasse a bola atada aos seus pés, algo maravilhoso. Creio que está no grupo de muitos grandes que têm seu momento, e Leo revolucionou, como fizeram Pelé, Platini e muitos outros.
3) Ricardo Bochini
Ricardo Bochini (Foto: Agência AFP)Ricardo Bochini participou de cinco títulos de
Libertadores pelo Independiente (Foto: AFP)
A lista de meias de Dátolo também apresenta um herói do Independiente. Se Maradona é o principal nome da Argentina e expoente quando se fala no Boca Juniors, Ricardo Bochini entra na esfera dos ícones ao se tratar dos Rojos.
O ex-jogador marcou época no Rey de Copas. Aliás, foi um dos artífices para a equipe ficar conhecida pelo apelido. Com sua genialidade, ajudou o Independiente a conquistar cinco Libertadores e dois Mundiais. O lendário Bochini tem lugar de destaque não só no coração de Dátolo, como também de seu pai:
– É um ídolo nacional. Quando você pergunta sobre Bochini para os torcedores mais antigos de Buenos Aires, falam que ele pensava dois segundos mais adiantado que o rival. Antes de tocar na bola, já sabia como te deixar sozinho na cara do goleiro. É ídolo do meu pai e, também por isso, está na minha lista.
4) Juan Román Riquelme

Riquelme, Boca Juniors (Foto: EFE)Riquelme conquistou com Dátolo o título da
Libertadores em 2007 (Foto: EFE)
No templo de La Bombonera, Riquelme está entre os maiores. O camisa 10 é o símbolo de vitórias do clube nos últimos anos. Dátolo foi companheiro do armador entre 2007 e 2009 no time mais popular da Argentina.
Riquelme se destaca pelo toque refinado, elegância em campo, cobranças de faltas certeiras e passes milimétricos para os companheiros. Para o colorado, a inteligência do ídolo xeneize é seu grande trunfo. Dátolo percebe no articulador alguém que antevê as jogadas e o coloca como um dos principais craques com quem já atuou:
– Tive a oportunidade de jogar com ele e, sinceramente, tem um estilo parecido com o Bochini, pensando antes de receber a bola. Isso me surpreendeu, porque jamais havia atuado com um jogador assim. Por isso acho que Román merece estar entre os grandes do futebol argentino.
5) Rubén Capria
Ruben Cápria meia argentino (Foto: AFP) Capria encerrou a carreira no Peñarol (Foto: AFP)
O quinto meia escolhido por Dátolo é Rubén Capria. O habilidoso enganche foi revelado pelo Estudiantes em 1990, mas seu grande momento ocorreu no Racing. Tinha como principais características a técnica e o estilo clássico.
Em 1995, seu primeiro ano defendendo La Academia, ficou marcado com uma atuação de luxo. O adversário e o palco não poderiam ser melhores: o Boca Juniors na sua temida La Bombonera. E o time azul e ouro contava com ninguém menos do que Maradona. A histórica partida terminou 6 a 4 para o Racing, com três gols de Capria. El Pibe anotou um, de pênalti.
– Tinha uma grande visão de jogo e um bom chute. Era conhecido como "El Mago". Eu o considerava um jogador com muita qualidade – comentou Dátolo.
Pelo clube de Avellaneda, teve três passagens (1995 a 1997, 1998 a 1999 e 2005 a 2006). Em 2003, quando vestia a camisa do Unión, de Santa Fé, despertou o interesse do Inter. Sua carreira encerrou em 2007, no Peñarol.

'Chato' e silencioso, Jorge Henrique é alvo dos adversários em pesquisa

Atacante do Corinthians é eleito jogador mais chato pelos colegas e não se pronuncia. Gringos Valdivia e D'Alessandro vêm na cola: provocadores

Por Alexandre Lozetti São Paulo
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O GLOBOESPORTE.COM e a revista "Monet" fizeram uma pesquisa com 334 jogadores. Nos últimos dias, revelaram suas preferências, gostos, quem são seus favoritos a craque, artilheiro, mais violento do Campeonato Brasileiro. Escolheram seus reforços preferidos, a comida mais gostosa, quais os maiores obstáculos da competição e votaram em seus times do coração.
Do questionário, é possível tirar várias conclusões. Uma delas: como tem chato no futebol!
Corinthians x Vasco, Jorge Henrique (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Jorge Henrique escapa de Thiago Feltri em vitória sobre o Vasco (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Uma das perguntas feitas era: "Quem é o jogador mais chato do futebol brasileiro?" Apesar de 144 terem optado por não responder, 63 atletas foram citados, maior índice entre todas as questões do formulário. E numa diferença apertada, o corintiano Jorge Henrique "venceu". Recebeu 33 votos, contra 25 do palmeirense Valdivia, 24 do colorado D'Alessandro, 11 do santista Neymar e cinco de Domingos, atualmente sem clube.
Grafico Mais Chato (Foto: Infoesporte)Jorge Henrique ficou pouco à frente de Valdivia e D'Alessandro na disputa pelo mais chato  (Foto: Infoesporte)
Campeão segundo os companheiros, Jorge Henrique não quis se pronunciar. Chatice? De acordo com sua assessoria de imprensa, não. Alegam que o atacante do Timão é recluso, não se sente à vontade em reportagens. Bem diferente do que é em campo, onde fica bem "soltinho" para fazer os rivais perderem os fios de cabelo.
Algumas imagens valem mais do que mil palavras. Na última quarta-feira, Jorge Henrique estava sentado no chão após choque com Eder Luis. Depois de trocarem palavras não muito gentis, se levantou, encarou o adversário e chegou a encostar sua cabeça na do vascaíno, que desabou no gramado. O árbitro Leandro Vuaden deu cartão amarelo para os dois.
Quem fez
parte da
pesquisa
Quem não
fez parte da
pesquisa
América-RN, Atlético-GO, Atlético-MG, Atlético-PR,
Barueri, Boa
Esporte,
Botafogo,
Bragatino,
Ceará,
Corinthians,
Criciúma,
Flamengo, Fluminense,
Goiás, Guarani, Guaratinguetá, Náutico, Ponte
Preta,
Portuguesa,
Santos, São Caetano, São
Paulo e Sport
ABC, América-MG, Avaí, Bahia, CRB, Cruzeiro, Figueirense, Grêmio, Internacional, Ipatinga,
Palmeiras, Vasco e Vitória. Até o fechamento desta matéria, não estavam cumputados os votos de ASA, Coritiba,
Joinville e Paraná, os últimos
a chegar
Além de "chata", a classe também revelou um certo corporativismo. Apesar da insistência, ninguém quis falar abertamente sobre a vitória de Jorge Henrique ou nem mesmo o equilíbrio da disputa, que também deu destaque aos gringos Valdivia e D'Alessandro. Nem mesmo o técnico Tite, que disse não se sentir bem, já que o comandado preferiu o silêncio.
Em off, os boleiros abrem o jogo. Afirmam que o trio provoca o adversário, fala muito durante o jogo, se joga teatralmente no chão a cada dividida, reclama com a arbitragem o tempo todo. Já o zagueiro Dedé preferiu levar a expressão "chato" para o lado bom, e citou o amigo Neymar.
- Um Neymar da vida é um jogador chato. Um jogador que improvisa, não pensa para fazer as coisas, elas saem na hora. Está em todo lugar do campo. O jogador chato é habilidoso. Não fala nada, se tomar uma porrada pega a bola e vai para cima do zagueiro. Esse é o pior jogador para se enfrentar - definiu o vascaíno, numa prova de que o critério adotado pelos eleitores também varia.
Chute no vácuo é sinônimo de chatice
O chute no vácuo popularizado pelo chileno Valdivia se transformou em argumento de muitos para escolherem o mais chato do país. Na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2011, inclusive, o feitiço virou contra o feiticeiro e criou um embate entre os mais "malas". No início do segundo tempo, o meia alviverde foi expulso após deixar o braço no rosto de Jorge Henrique (veja vídeo ao lado), que depois, a instantes de ser campeão, imitou o rival e chutou o ar (veja vídeo abaixo).
- Só retribuí o carinho que ele teve com a gente - ironizou o atleta do Timão.
- O árbitro caiu na pressão da torcida. Foi uma dividida - defendeu-se o Mago, falando da expulsão.
Mas não é só quem chuta o vazio que irrita os adversários. Houve votos inusitados entre os atletas das Séries A e B do Brasileirão. Alguns citados nem vão disputar a competição, casos do argentino Tevez, campeão inglês pelo Manchester City (ING). Sua passagem pelo Corinthians, em 2005/06, lhe rendeu quatro votos.
Conca, do Guangzhou (CHN), e Cristian, do Fenerbahçe (TUR), também foram lembrados com dois votos cada, mesmo número do aposentado Marcelinho Carioca. E inusitados, mesmo, foram duas indicações: uma que generalizou e votou em todos os argentinos como mais chatos, e outra para o volante italiano Gattuso, que recentemente deixou o Milan e é conhecido por sua raça e os carrinhos nem sempre na bola.
Veja as outras matérias da série especial do Brasileirão:
Timão e Santos, os favoritos dos jogadores ao título
Náutico é o mais indicado como candidato ao rebaixamento
Neymar está em todas: é "o cara" do Campeonato Brasileiro
Jefferson ganha entre os goleiros preferidos dos atletas
Luis Fabiano: moral de goleador em disputa parelha
Morumbi não satisfaz Fifa, mas agrada jogadores
Paulo César de Oliveira é aposta para melhor árbitro
Corinthians e Flamengo: amados e odiados
Viagens são a maior reclamação dos jogadores
'Bando de loucos' do Corinthians é a torcida mais temida
Fenomenal: Ronaldo ganha com sobras como ídolo dos atletas
Meia Montillo é o gringo preferido dos jogadores
Domingos luta contra fama de atleta mais violento
Ronaldinho Gaúcho ainda é referência para ídolos

Endividados, clubes recorrem mais vezes a patrocínios pontuais

Altos valores e dificuldades burocráticas afastam investidores de longo prazo, e alternativas vão de empresas de varejo a dupla sertaneja

Por Mariana Kneipp Rio de Janeiro
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De postos de combustíveis a lâmpadas, passando por tintas de parede e até mesmo uma dupla sertaneja. A prática de patrocínios pontuais está se tornando cada vez mais comum no futebol brasileiro. Em um mercado cujos valores de negociação a longo prazo estão estratosféricos, exibir a marca na camisa de um time de expressão em apenas um jogo com exibição na TV virou o foco de muitas empresas, que se poupam de assumir riscos com as variações de resultados no campeonato.
E é com esse dinheiro que os dirigentes de marketing dão suas contribuições para tentar diminuir as altas dívidas acumuladas. Solução prática e rápida para ambos os lados, mas que gera consequências para a imagem dos clubes.
- Eles não estão se preocupando com o valor de suas marcas, apenas com a dificuldade financeira em que se encontram. Não podem abrir mão disso porque precisam do dinheiro. O mundo ideal não teria patrocínios pontuais, porque haveria contratos de longo prazo lucrativos. O mundo real, no entanto, não permite que a prática seja dispensada por ninguém - afirmou José Carlos Brunoro, especialista em marketing esportivo e presidente do conselho da Brunoro Sport Business.
Montagem patrocínios Vasco e Corinthians (Foto: Montagem com fotos da Agência O Globo)Vasco e Corinthians usaram patrocínios pontuais no duelo (Foto: Montagem com fotos da Agência O Globo)
No Brasil, os altos valores impostos pelas diretorias e as exigências de certidão de débito negativo pelas empresas estatais e - em alguns casos - privadas estão afastando os potenciais investidores masters. Entre os 20 clubes da Série A, quatro atualmente estão sem patrocínio na camisa: Flamengo, Corinthians, São Paulo e Ponte Preta.
Recorrer aos patrocínio pontuais não é exclusividade de clubes sem patrocínio. Um exemplo disso é o duelo entre Corinthians e Vasco pelas quartas de final das Libertadores. O primeiro não acertou a renovação com a Hypermarcas, que teve o vínculo encerrado no fim do Campeonato Paulista. E o segundo ainda busca apresentar as certidões negativas para receber o valor depositado semestralmente pela Eletrobras. O próximo pagamento tem previsão para junho.
A marca da estatal continua no uniforme do Vasco, mas mesmo assim a diretoria de marketing se apressou em fechar três patrocínios pontuais para os dois jogos contra o Corinthians - com a Total Lubrificantes, a LDU Lâmpadas e a dupla sertaneja Henrique & Diego. O destino da renda adquirida deve ser o pagamento de salários, atrasados há dois meses, e direitos de imagem dos jogadores.
Patrocínio em duas partidas
na Libertadores valeu para o
Vasco o equivalente a 'um ou dois shows' de Henrique & Diego,
afirma empresário
- Claro que preferimos trabalhar com patrocínios de prazo longo, mas tem horas em que a camisa fica com espaço vago, e não podemos perder oportunidades. Até o momento, o Vasco foi o clube carioca com mais número de jogos na TV aberta, 15, contra dez do Flamengo. Isso valoriza a nossa marca como vitrine para os anunciantes, que chegam até nós. Não podemos recusar, já que essas cotas são muito bem-vindas para ajudar a quitar as dívidas - disse Marcos Blanco, diretor executivo do Vasco, sem revelar os valores dos contratos.
O dirigente contabiliza que o clube já fechou aproximadamente 13 patrocínios pontuais desde o início da gestão do presidente Roberto Dinamite, na metade de 2008, sendo seis apenas em 2012.
No Corinthians, a solução mais rápida para o espaço vazio no meio da camisa foi o contrato com a empresa de varejo Magazine Luiza. O clube também não divulgou os números do acordo, mas o anunciou como "o maior patrocínio pontual da história do futebol brasileiro". Apesar disso, o gerente de marketing do clube, Caio Campos, reconhece que a prática não estava no planejamento inicial.
- Não estava na nossa projeção ter patrocinadores pontuais, mas sim patrocinadores. Porém, o que você chama de patrocínio pontual, para nós é um patrocínio de oportunidade. Claro que, se tivéssemos quatro ou cinco patrocinadores na camisa, não haveria abertura para os pontuais, já que preferimos parcerias a longo prazo. Mas acreditamos que, quando bem negociados, esses contratos de oportunidade são importantes para um momento em que ainda negociamos com os masters - afirmou Campos.
Pontuais abrem as portas para contratos mais longos
Os patrocínios pontuais também são porta de entrada para empresas que nunca participaram do mercado de marketing esportivo e não têm condições de pagar um comercial de 30 segundos no horário nobre da TV - que, de acordo com o mercado publicitário, custa em torno de R$ 450 mil. Assim, contratos de curta duração e com menores investimentos viram experiências que, se tiverem sucesso, podem se transformar em longas relações, como lembra o gerente do Corinthians.
Claro que, se tivéssemos quatro
ou cinco patrocinadores na
camisa, não haveria abertura
para os pontuais"
Caio Campos, gerente do (Corinthians
- O patrocínio pontual se torna um veículo para que o cliente tenha a possibilidade de fazer com que a parceria se torne duradoura. Isso aconteceu com a Bozzano - argumentou Campos, referindo-se à marca que apareceu na camisa corintiana no primeiro jogo da final do Paulista de 2009 e depois renovou contrato até o fim do ano.
O mesmo aconteceu com a empresa de postos de combustíveis Ale no caso do Vasco. A relação teve início em maio de 2009, quando a marca foi estampada nas semifinais da Copa do Brasil, e estendeu o patrocínio até dezembro de 2011.
Patrocínio custou 'um ou dois shows' da dupla sertaneja
Nos dois últimos jogos, uma logomarca chamou a atenção dos torcedores vascaínos - da dupla sertaneja Henrique & Diego, nas mangas da camisa. Os cantores de Cuiabá têm maior expressão com público da região Centro-Oeste e do interior de São Paulo. Porém, a agência Dut's Promoções e Eventos, que também gerencia a carreira do cantor Gustavo Lima, quis fazer uma experiência no mercado esportivo e escolheu o Vasco.
- Claro que não é com qualquer empresa que vamos fechar patrocínios pontuais, vamos avaliar caso a caso. Tudo depende do valor, que, nessa situação da dupla sertaneja, foi ótimo para o clube - disse o diretor executivo Marcos Blanco.
Para Eduardo Maluf, empresário de Henrique & Diego, a experiência também foi positiva. Por contrato, o profissional não pôde revelar quanto pagou pela exposição, mas afirmou que é o equivalente a um ou dois shows da dupla.
- Fomos nós que procuramos o Vasco. No início a negociação foi um pouco complicada, mas depois chegamos a um acordo. A ideia era expôr a marca mesmo. E, pela audiência que o jogo teve, o retorno foi muito bom. Já pensamos até em repetir no duelo entre Corinthians e Santos na Libertadores, vamos estudar - afirmou o empresário, que representou a dupla nas negociações com o Vasco.

Neymar 'viaja' e já pensa em disputar final contra o Boca para repetir 63

Craque 'vê' se repetir a história dos anos 60, quando o Peixe foi bicampeão continental batendo Peñarol e Boca. 'Posso estar maluco...'

Por GLOBOESPORTE.COM Santos, SP
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Para ser bicampeão continental, na década de 60, o Santos, de Pelé, desbancou o Peñarol, em 1962, e o Boca Juniors, em 63. Agora, a história pode se repetir. Ano passado, o Peixe, de Neymar, venceu os uruguaios para ser tricampeão. E o tetra pode vir após uma final com a temida equipe argentina. O próprio Neymar já “viaja” com essa possibilidade.
Neymar, coletiva, Santos (Foto: Lincoln Chaves)Neymar respeita Corinthians, mas demonstra confiança (Foto: Lincoln Chaves/Globoesporte.com)
Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, no CT Rei Pelé, um dia após a dramática vitória sobre o Vélez Sarsfield-ARG, nos pênaltis, pelas quartas de final da Taça Libertadores, o jogador revelou que, embora respeite muito o Corinthians, adversário santista na semifinal, e o Universidad de Chile, que fará a outra semi com o Boca, acredita a história pode se repetir. E com o mesmo final, claro.

Posso estar maluco, mas vejo história se repetir"
Neymar
- Posso estar ficando meio maluco, mas vejo se repetir, sim. Em 2011, fomos campeões em cima do Peñarol. Agora, temos condições de vencer o Boca. Claro que respeito demais o Corinthians, um time fortíssimo. Mas estou aqui viajando na maionese: quem sabe isso tudo não pode acontecer de novo? - comentou o jogador.
Em 62, o Santos bateu o Peñarol em três jogos: no primeiro, em Montevidéu, vitória por 2 a 1. Na Vila Belmiro, os uruguaios deram o troco: 3 a 2. A finalíssima foi disputada na Argentina e o Peixe não deu chance ao time de Pedro Rocha, Spencer e companhia, com um inapelável 3 a 0. No ano seguinte, foi a vez do Boca Juniors se dobrar à frente do esquadrão comandado por Pelé. Foram duas vitórias santistas: 3 a 2, no Maracanã, e 2 a 1, na Bombonera, em Buenos Aires.
Para o Santos chegar às finais, seja contra o Boca ou contra o Universidad, seria importante também para o meia Paulo Henrique Ganso. Isso porque, logo após a coletiva de Neymar, uma notícia ruim foi confirmada: o camisa 10, que operou o joelho direito nesta sexta-feira, terá de parar por um mês e desfalcará o Peixe nas semifinais. Só voltará a jogar nesta Libertadores se o Peixe avançar.
Vélez, o mais difícil
Neymar acredita que o Vélez tenha sido o adversário mais difícil que ele já enfrentou desde que subiu ao time principal do Peixe, em 2009. Por outro lado, garante que, em nenhum momento, deixou de acreditar na classificação. Como havia perdido o jogo de ida, na Argentina, por 1 a 0, o Peixe precisaria vencer por dois gols. Se devolvesse o 1 a 0, levaria a disputa para os pênaltis. Foi o que aconteceu.

- O Vélez é uma equipe muito qualificada, que sabe jogar fora de casa. Eles se defenderam muito bem. Eu sabia que seria difícil, mas estava confiante. Tanto que eu falei para o Kardec ficar atento que, uma hora, a bola iria sobrar. Ele estava esperto e nos deu a vitória. Eu estava muito bem marcado. O jogo era mesmo para o Kardec – admite.

Agora, Neymar se prepara para se juntar à Seleção Brasileira que disputará uma série de amistosos nos Estados Unidos. Ele e o goleiro Rafael viajam neste sábado à noite.

Belfort critica Wand, Spider e Lyoto e garante que enfrentaria até Mutante

Lutador se abre em entrevista exclusiva e revela que pretende fazer, no máximo, mais três lutas antes de parar. Pensamento é ser dirigente do UFC

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Vitor Belfort CT MMA UFC (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)Vitor Belfort descansa durante mais um dia de
treino no CT (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)
Vitor Belfort encontrou na religião a força para superar o desaparecimento da irmã, caso que ocorreu em 2004 e até hoje não tem explicação. Desde então, diz ter se tornado um homem mais maduro e dedicado, acima de tudo, à família. Dentro do octógono, o lutador vive uma das melhores fases da carreira, física e tecnicamente. Mais centrado, ele procura não entrar em provocações de adversários. Porém, Vitor quebrou boa parte desse protocolo ao conceder entrevista exclusiva ao SPORTV.COM, em seu novo centro de treinamentos na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
À sua maneira - sem ofensas ou palavrões -,  ele direcionou críticas ao desafeto Wanderlei SilvaAnderson Silva e até Lyoto Machida, a quem chamou de "demagogo". Sobre Spider, mostrou uma ponta de decepção por conta do episódio do último domingo do The Ultimate Fighter Brasil - Em busca de campeões, em que o campeão dos médios do UFC não visitou o time de Belfort, passou dicas dele para Wanderlei e ainda se referiu ao treinador da equipe verde com um xingamento:
- Quando eu não tenho nada de bom para falar de alguém, não falo nada. Acho que cada um vai colher o seu fruto. Ele vai colher o dele. Estava lá torcendo (para Pé de Chumbo, que perdeu para Serginho Moraes), depois ficou com cara de tacho, né? Como campeão, ele tem mostrado quem ele é. (...) Na realidade, às vezes o sucesso sobe à cabeça das pessoas, e elas tendem a se sobrepujar em algumas coisas. O verdadeiro guerreiro não se excede na vitória. Acho que muitas coisas poderiam ser evitadas, mas, enfim, ele está mostrando sua raiz como pessoa.
UFC - Encarada de Anderson Silva e Vitor Belfort (Foto: Getty Images)Encarada de Anderson Silva e Vitor Belfort no UFC 126: Spider venceu por nocaute (Foto: Getty Images)
Antes da entrevista, ao ser brevemente questionado a respeito da "goleada" de 7 a 1 nas quartas de final do TUF Brasil, Vitor esbanjou confiança e disparou:
- É 8 a 1! É 8 a 1! - disse, abrindo um largo sorriso no rosto, em referência à luta que fará contra Wanderlei Silva, o técnico da equipe rival, no dia 23 de junho, em Belo Horizonte, pelo UFC 147.
Mas o duelo contra o "Cachorro Louco" é um dos poucos que ainda estão no caminho de Vitor Belfort. Ele revelou que vai fazer, no máximo, esta e mais duas lutas antes de se aposentar. Depois disso, pensa seriamente em se tornar dirigente do UFC, convite que já recebeu da organização. E não para por aí: o peso-médio conversou bastante sobre o reality show e admitiu o erro por ter dito que Rony Jason não havia lhe pedido para não enfrentar o amigo Gasparzinho. Sobre a luta entre amigos, defendeu mais do que nunca sua tese a favor da competição e garantiu que, caso fosse desejo do Ultimate, enfrentaria até o pupilo Cezar Mutante. Leia, a seguir, na íntegra:
SPORTV.COM: Você reencontrou esta semana o Juan, seu ex-companheiro de zaga. Você era bom de bola?
VITOR BELFORT: Acho que não (risos). Acho que eu fazia o meu papel como zagueiro, mas nunca fui muito habilidoso. O Juan é muito habilidoso. Ele é um zagueiro difícil de se achar. Faz gol, trabalha o meio de campo. O Juan é um diamante que o Brasil tem.
Se não tivesse se tornado lutador, teria ingressado na carreira de jogador de futebol?
Toda criança no Brasil tem esse sonho. Hoje, toda criança sonha ser jogador de futebol ou lutador do UFC. O futebol sempre fez parte do brasileiro. Só que eu migrei para a luta desde cedo. Graças a Deus consegui ser um precursor, um abridor de caminhos para o meu esporte. Nós (o MMA) não temos a economia ainda como o futebol, não ganhamos contratos milionários como o futebol, mas no futuro breve vamos ter grandes contratos, assim como existe hoje no boxe, onde ganham US$ 30 milhões por luta (o equivalente a R$ 60 milhões). Vai demorar ainda, mas, economicamente falando, não estamos no mesmo patamar, só em nível de visibilidade. A mídia hoje tem um retorno com o MMA como tem com o futebol. O UFC é uma grande plataforma para o Brasil. Então, fico feliz de poder ter tido sucesso na minha empreitada. E feliz também pelo Juan, por ele ter conquistado o que conquistou. Ele merece.
Vitor Belfort CT MMA UFC (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)Belfort treina de olho no UFC 147, quando enfrenta
Wanderlei (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)
Você é um cara bem instruído, fala inglês muito bem. Pensa em se tornar dirigente de MMA quando parar de lutar?
Ah, penso... O UFC (Dana White e Lorenzo Fertitta) já me ofereceu o papel de executivo para quando me aposentar. Eu tenho vontade de poder trabalhar para o UFC, de ser um executivo para eles, principalmente no meu país. Só para se ter uma ideia, o reality show dos Estados Unidos atinge 1,4 milhão de pessoas na televisão aberta de lá. O reality show na Globo atinge 90 milhões de pessoas. A gente vê o valor do brasileiro. Eu estava conversando com o Dana antes de vir para cá, e ele fica abismado com essa diferença. Esse fruto é graças ao Brasil, à mídia, à Globo, de terem acreditado no nosso esporte. Demorou, mas acreditaram na hora certa. Acho que eles entraram e estão investindo aos poucos, estão se especializando.
E você pretende lutar até quando?
Procuro fazer mais duas ou três lutas e parar, contando com essa agora (contra Wanderlei Silva). Essa e de repente mais uma, essa e de repente mais duas... É a primeira vez que falo isso.
Se eu estiver com vontade de ir para a academia, vou lutar mais uma vez (e completar três no total). Se eu já estiver cansado e sem vontade, acho que não é justo com quem vai pagar o ingresso para me ver, não é justo comigo, com a minha família, por esse sacrifício que eu faço"
Vitor Belfort, sobre aposentadoria
Você pensa em terminar com o cinturão, ou esse não é mais seu objetivo?
Isso é uma coisa que vai ser sempre meu objetivo. Mas meu objetivo é ganhar meu próximo combate. Quero lutar pelo cinturão, mas isso não é uma decisão minha. Mas não sou um cara frustrado. Já conquistei dois cinturões no UFC em categorias diferentes (peso-pesado e meio-pesado). Eu hoje luto por prazer, não por necessidade. Graças a Deus tenho uma situação financeira estável. Acho que o cinturão é uma coisa que faz parte de todo lutador, mas luto por prazer. O povo brasileiro pode esperar mais duas ou três lutas do Vitor Belfort, e espero que eu possa dar o meu melhor nessas duas ou três lutas que vou fazer. Se eu estiver com vontade de ir para a academia, vou lutar mais uma vez (e completar três no total). Se eu já estiver cansado e sem vontade, acho que não é justo com quem vai pagar o ingresso para me ver, não é justo comigo, com a minha família, por esse sacrifício que eu faço. Então, sou um cara bem satisfeito, bem realizado. Estou feliz pelo lugar onde o MMA chegou. Acho que vou ter muito para oferecer para o futuro do esporte no Brasil. Vai ser uma grande jornada para mim.
Sua relação com o Dana White é claramente mais próxima do que a de outros lutadores com ele. E eu li que você foi morar em Las Vegas para ficar mais próximo desse mundo de negócios. Você se considera um homem de negócios?
Isso é uma das coisas que eu gosto. Aprendi que tudo que a gente faz tem de ser com alegria. A Bíblia diz que a alegria do Senhor é a nossa força. Quando a gente fala que é a nossa força, é o nosso prazer, a nossa fortaleza, como se fosse um castelo. A vida do ser humano é baseada em três valores importantes: nos relacionamos com a economia, a política e a religião. Então esses são os três fatores que geram todo presidente, toda eleição, toda decisão, todo Senado... E o povo brasileiro não entende muito de política e não tem prazer. Quando você tem prazer em saber, não precisa entender as coisas totalmente, mas tem que entender o contexto. Quando alguém te oferece um negócio, você primeiro tem que entender do que se trata e ter prazer em fazer um negócio. Para citar um exemplo, fui contratar uma pessoa para trabalhar lá em casa, e na entrevista ela falou que não gosta de fazer o trabalho doméstico. Ali ela já foi banida. Então o RH (recursos humanos, responsável por contratações) de toda empresa é muito importante hoje em dia. O RH é o coração de uma empresa. Eu amo o que eu faço. Amo fazer negócios, amo me relacionar, amo ter ideias e poder transformá-las em coisas que tragam benefícios prazerosos pessoais e profissionais. E adoro negócios. Tenho certeza de que vou ter prazer em fazer negócios, mas a realização depende muito de a quem você se associa e de que tipo de negócio você faz.
Vamos falar sobre o TUF. Foi bem marcante a cena em que você chorou. Costuma se emocionar daquela maneira ou a sua reação surpreendeu a si próprio?
Sou um cara que vivo muito o momento e não tenho vergonha de me expressar. Eu cometo erros, e uma das coisas em que achei que cometi um erro grave no TUF foi na hora da discussão (com Wanderlei). Lembro que o (Luiz) Dórea falou: comecei a dar satisfação na hora em que o Wanderlei me indagou, porque ele estava muito frustrado com as derrotas, então ele achou um motivador para poder se soltar e vencer aquela batalha de conversa. Não entrei muito na dele, nunca entrei muito naquela coisa da agressão e tal, e ele ficou muito naquela de amigo, amigo, amigo... Na realidade, é como o Cigano falou uma vez para mim: ele não lutaria contra o Minotauro por dinheiro nenhum, por cinturão nenhum. Eu respeito isso, o amigo que não quer lutar contra o amigo. Agora, o amigo que se inscreve e fala que não quer lutar na primeira, mas quer lutar na segunda não tem coerência. Se você não quer lutar contra seu amigo, você não compete, não entra em uma competição com ele. Há coisas que não têm preço. Você não vai lutar contra o seu irmão por 10, 20, 30, nem por um milhão de dólares. Você não vai trair sua esposa só porque a mulher é bonita ou feia. Essas coisas para mim não têm preço. Eu respeito a pessoa que não tem o desejo, mas da maneira que foi...
Eu me lembro que ele (Rony Jason) entrou no vestiário, pediu para não lutar. Eu me esqueci e acabei falando que não tinha me pedido, e na realidade o Gaspar pediu para o (Gilbert) Durinho para lutar contra o Jason. É muito pedido ali. São lutadores mimados, têm tudo e querem as coisas. O treinador não tem que dar satisfação do porquê de não ter escalado. Ele assume uma posição de poder ter resultado, e não de agradar ao atacante ou ao zagueiro. E resultado a gente teve, foi 7x1, tanto que a gente teve que fazer um empréstimo ao Wanderlei, coisa que não gostei. Mas, enfim, tive que fazer isso. O Dana White disse que se eu não fizesse, ele faria. E eu falei que não. Se eu sou um líder, tenho que fazer. Foi triste de ver aquilo, mas é óbvio que cada um recebe de uma maneira. Eu não julgo ninguém, e acredito que fiz um bom trabalho como treinador. E não tive vergonha de chorar no momento em que senti. Senti principalmente pelo Bodão, de ter que entregá-lo para o Wanderlei. Não tanto pelo Serginho, que não treinou como acho que deveria treinar. Mas na própria troca a gente vê o valor. Vocês vão ver quando eles incorporarem o time azul. Teve uma desvantagem para quem foi para o time do Wanderlei, porque teve que se adaptar durante uma semana a uma equipe nova. Então é isso, sentimento é isso, a gente tem que botar para fora. Falo para o meu filho que, se estiver com vontade de chorar, que chore, mas tem que ter um motivo. Se Jesus chorou, por que eu não vou chorar?
(...) o Lyoto foi demagogo, porque ele competiu com o irmão várias vezes em final de caratê, o Chinzo Machida. Por que ele não é a favor? Se ele competiu no caratê, então está se contradizendo"
Sobre a questão da luta entre amigos
Você é o único dos grandes nomes do nosso MMA que defende essa ideia de que amigos devem lutar entre si, por se tratar de uma competição. Como você vê essa diferença de opinião?
É como no início lá, na época de treinar arte marcial. Eu era o único, e depois todo mundo aderiu. Pode anotar: esses caras vão ter que aderir, vão ter que mudar a mentalidade. Acho que visão de negócios é isso. O homem de negócios consegue ver um bom negócio no futuro. O homem que não é não consegue. Você fala "enxerga!", mas ele não consegue. Como eu! No ano 2000 eu botei o MMA na televisão aberta (na luta contra Chuck Liddell). A gente deu 12 pontos de ibope. Isso à 1h da madrugada é muita coisa. Cada um tem uma visão, respeito a visão deles. Quando eu sou a favor disso, as pessoas encaram como se o Vitor não tivesse amigo. Gente, amizade para mim é muito profundo. As pessoas confundem amizade com treinamento e profissionalismo. Você trabalha dentro de uma empresa, o Eike Batista por exemplo. Se ele for amigo de todo mundo e não for despedir, não vai ter sucesso. Na bolsa de valores, se o cara não estiver rendendo é mandado embora.
É óbvio que se cria o vínculo de amizade, e eu respeito aquelas pessoas que falam que não lutam por dinheiro algum. Agora, luta contra você só na final? Por exemplo, o Lyoto foi demagogo, porque ele competiu com o irmão várias vezes em final de caratê, o Chinzo Machida. Por que ele não é a favor? Se ele competiu no caratê, então está se contradizendo. Em todos os esportes eles competem, no judô... Por que no MMA vai ser diferente? É muito egoísmo eu ser o campeão do UFC, ganhar dinheiro do "pay per view" e dizer: "Olha, a gente é amigo, então não vem tirar meu cinturão, porque eu sou o campeão. Quando eu perder o cinturão, você pode ser o campeão". Acho isso desleal. Muitos lutadores aderiram a esse pensamento porque têm medo de perder, aí querem se tornar amigos, outros são inseguros, outros vêm de equipes que têm esse pensamento. Eu não condeno, eu respeito, mas acho que as pessoas têm que respeitar a minha visão, que é profissional. E todo mundo que vive do esporte pensa assim. O Bernardinho pensa assim. As Olimpíadas pensam assim. Então, se nós queremos ser aceitos, ser um esporte olímpico, temos que pensar como esporte. Não tem nexo, não tem profissionalismo, não vamos chegar a lugar nenhum pensando dessa maneira.
Vitor Belfort Wanderlei Silva TUF Brasil (Foto: Divulgação - TUF Brasil)Vitor discute com Wanderlei no TUF por causa da luta Jason x Gasparzinho (Foto: Divulgação - TUF Brasil)
Se eu tivesse que lutar contra o Mutante, eu iria lutar. Se o Dana White virar e falar para mim que é hora de eu lutar contra o Mutante, se eu for o detentor do cinturão, e ele for lutar pelo título, não vou ser injusto com ele, caso ele tenha essa oportunidade"
Exemplificando sua posição
Então te pergunto: se fosse desejo do UFC, você lutaria contra o Mutante, por exemplo?
Já falei para ele. Se eu tivesse que lutar contra o Mutante, eu iria lutar. Se o Dana White virar e falar para mim que é hora de eu lutar contra o Mutante, se eu for o detentor do cinturão, e ele for lutar pelo título, não vou ser injusto com ele, caso ele tenha essa oportunidade. É óbvio que não tenho o desejo, não quero lutar contra o meu amigo, mas eu sou a favor de as pessoas se enfrentarem mediante essas circunstâncias. Então me explica: o Wanderlei não treina com o Anderson Silva, mas também é amigo do outro, e do outro. Daqui a pouco ninguém luta com ninguém. O Pezão é amigo do Cigano, que é amigo do Minotauro, e daqui a pouco ninguém se enfrenta mais. Eu respeito as pessoas que não querem lutar contra amigos, mas quando você entra em uma competição como o TUF com o seu amigo, você sabia que ia lutar pelo mesmo objetivo que ele, então os dois (Jason e Gasparzinho) sabiam que poderiam se enfrentar. Eu não programei de botá-los. Por acaso o Gasparzinho era o mais indisciplinado e ficou por último. Não lutou na primeira porque estava menos preparado e menos treinado. Fui casando as lutas mediante as escolhas dos treinadores, e sobraram os dois. Foi fato do acaso.
Agora, ficou aquele peso de que o Vitor botou os amigos para lutar. Não! Os amigos se inscreveram em uma competição, pô! Eu tinha que casar as lutas mediante a amizade dos caras? Não. Fomos casando mediante as escolhas. E acabou. Estavam ali para competir, e continuam amigos, não mudou a amizade deles em nada. Acho que isso prova que você competir com o outro não muda nada. A gente tem que ver o outro lado. Respeito quem pensa assim, mas acho que vão mudar de opinião quando tiver ainda mais competição no esporte. Hoje todo mundo treina junto, praticamente, então é difícil falar. Estou adiantando algo que vai ser um mito, que vai se desfazer. Não tenho problema em me expor. Se alguém não concorda com isso, paciência. Que arrume outra competição, outro trabalho, né?
Você recebeu muitas críticas nas redes sociais por ter casado a luta Rony Jason x Gasparzinho e depois ter brigado para não ter que redividir os times. Acharam que você foi contraditório. O que você tem a dizer sobre isso?
Briguei para não dividir os times. Eles iam competir da mesma maneira. Eu achei injusto com os caras que foram para lá. Eu era a favor de eles competirem sendo da mesma equipe. As pessoas não entenderam ainda. São um bando de ignorantes! Eu não queria dar o cara para o outro time. Queria que eles treinassem e competissem juntos. Não tinha necessidade. Eu queria que o time do Wanderlei ficasse na plateia assistindo aos amigos competirem. Estão achando que eu não queria que eles competissem? São ignorantes! Iam sair na mão pelo time verde. Não foi o azul que os classificou. Foi injusto o Serginho, o Bodão e o Pepey terem que ir para lá. Pelo amor de Deus! Os caras são muito ignorantes! Têm que fazer escola de vida! Queria que os verdes saíssem do vestiário abraçados e fossem lá mostrar que amigo luta contra amigo. E que vencesse o melhor, isso que seria feito.
Você já se antecipou e disse que não lembrava de quando o Jason pediu para não enfrentar o Gasparzinho. Acha que aquilo pode ter sido ruim para a sua imagem de alguma maneira?
É isso, foi um erro meu. Todo mundo erra. A integridade do homem é assumir seu erro. Agora, tem gente que faz coisas erradas e diz que não sabia. Eu errei. Está provado que o cara falou comigo e eu não lembrei na hora que o Wanderlei falou. E o Gaspar foi falar com o Durinho que queria lutar contra o Jason. E a gente acabou atendendo a um pedido do Gaspar, e não mostrou isso. Se você pegar a fita lá vai ver que depois da confusão entre eles, em um episódio anterior, ele disse que queria lutar contra o Jason. Então acabou que tive que me explicar para o Wanderlei, mas não tinha que explicar nada. Tinha que ter batido nas costas dele e falado: "Wanderlei, você está tomando de 7 a 1, fica quieto aí porque está dando certo para mim, e guarde seus sentimentos para você. Decide aí que eu decido aqui. Você é time azul, eu sou verde, e ponto final". Agora, errei, fazer o quê? O Jason tinha falado comigo de uma maneira sutil, "se der" (para não enfrentar Gasparzinho). Mas sou homem para assumir meu erro. Ninguém é perfeito, e assumi meu erro.
Antes da vitória do Serginho, você chegou a dizer que ele foi o único que não se encaixou na sua equipe. Por quê?
Depois ele se mostrou lá, falou que queria ir para o time do Wanderlei. Ele não se encaixou, não treinava, estava sempre ali reclamando do joelho, disso, daquilo. Não sei. Os treinadores também reclamaram o tempo inteiro dele, dizendo que ele estava sempre reclamando e não treinava. Eles me passaram isso, e eu percebi.
No último episódio, o Serginho apareceu em uma conversa com o Bodão falando que houve falsidade no time verde e que teve dedo seu. Ele insinuou que o Mutante e o Sarafian já estivessem escolhendo, junto de você, adversário para as semifinais.
Eu sou o cara que decido. Tanto que falei abertamente com eles. Não deixei o Dana White dividir porque eu sou o líder. Falei lá que o Cezar não tinha clima para ir para o time azul.
E como foi essa questão da intriga entre o Mutante e o Wanderlei?
O Wanderlei ficou de coisinha e birrinha com o Cezar porque ele treina comigo, querendo implicar. E o Sarafian teve um atrito com o Babalu lá dentro. Então fui correto. Fiquei triste principalmente pelo Bodão, fui sincero, porque ele foi um dos caras com quem eu mais me identifiquei na casa. E pelo Serginho também, apesar de a gente ter tido alguns desentendimentos. A decisão foi essa. O dedo foi do Vitor mesmo. Eu sou o treinador, e a comissão toda votou a favor disso.
Uma possibilidade que você levantou foi a de chamar o Bodão para treinar com você após o programa. Ele vai fazer parte da sua equipe?
Já chamei o Bodão. Ele pode vir quando quiser. Cada um sabe o que é bom para si. Respeito muito isso. Ele foi convidado e sabe que a qualquer momento pode estar aqui. Só depende dele.
Ah, eu nem ligo. Cada um tem sua horta. Deixa ele comer a dele que eu vou comer a minha, que é orgânica. A dele não está orgânica, está muito 'junk food'"
Sobre as provocações de Wanderlei Silva
As provocações do Wanderlei te atingiram em algum momento? Como recebe as coisas que ele fala de você quando está assistindo ao programa?
Ah, eu nem ligo. Cada um tem sua horta. Deixa ele comer a dele que eu vou comer a minha, que é orgânica. A dele não está orgânica, está muito "junk food" (expressão americana que define a chamada "comida engordativa", como pizza, hambúrguer, etc.). As palavras estão muito "junk food".
O Anderson Silva só visitou o time azul e ficou na torcida por eles. Achou injusto da parte dele com os atletas do seu time, pelo que ele representa e pelo fato de Lyoto, Cigano e etc. terem visitado os dois times?
Quando eu não tenho nada de bom para falar de alguém, não falo nada. Acho que cada um vai colher o seu fruto. Ele vai colher o dele. Estava lá torcendo (para Pé de Chumbo, que perdeu para Serginho Moraes), depois ficou com cara de tacho, né? Como campeão, ele tem mostrado quem ele é. E tem muita gente que gosta dele. Eu não estou aqui para falar o que eu acho. Isso eu guardo para mim. Cada um tem direito de errar. Basta você perguntar o que ele acha. O que acho fica guardado para mim, e cada um tira suas conclusões. Vamos seguindo a vida. Todo mundo tem direito às suas escolhas, é o livre arbítrio.
Ele ainda desenhou um pé no seu pôster, em alusão à luta entre vocês no UFC 126 (Anderson venceu por nocaute com um chute frontal cinematográfico). A rivalidade entre vocês é tão grande assim?
Não tem não. A luta entre a gente trouxe grande louros para ele. Na realidade às vezes o sucesso sobe à cabeça das pessoas, e elas tendem a se sobrepujar em algumas coisas. A vitória é isso aí, eu reconheço. Ele foi muito bem naquela luta, me deu um chute muito bem aplicado, colheu o fruto dele. Acho que merece, não foi à toa. Esse chute foi uma coisa que ele treinou e conseguiu acertar. Dando sorte ou não, tem que respeitar. O verdadeiro guerreiro não se excede na vitória. Acho que muitas coisas poderiam ser evitadas, mas, enfim, ele está mostrando sua raiz como pessoa. A vida é assim, cada um fazendo sua hortinha, e em um futuro mais breve isso tudo vai passar.
Viu que ele passou dicas suas para o Wanderlei? Disse que não poderia andar para trás e se referiu a você com um xingamento. O que achou disso?
O que eu achei? Como falei, minhas palavras são orgânicas, e as dele são "junk food". Não gosto de falar palavras feias, sou contra isso. É difícil a gente controlar a boca e a vontade dos outros. Acho que isso é um exemplo ruim para os filhos dele. Quando a gente fala com falta de respeito... O respeito a gente demonstra, não fala. Ele está fazendo a horta dele. Eu não concordo, mas fazer o quê? Ele falou, mas também não guardo rancor. Sou bem realizado, sei quem eu sou e do que sou capaz. Competição é isso: um ganha, outro perde. Não quer dizer que um é pior do que o outro. E nada como um dia após o outro. A virtude do grande campeão é respeitar seu adversário. Eu o perdoo.
Entre as lutas que você pretende fazer, uma delas seria contra o Anderson?
Com certeza seria um bom combate, um bom tira-teima. Se tudo der certo, quem sabe? O futuro está nas mãos de Deus. Mas hoje eu tenho outro Silva no meu caminho (risos).
Um palpite: Anderson Silva ou Chael Sonnen?
Não sei. Acho que o Anderson tem mais chance, leva mais vantagem
Em relação ao Lyoto Machida, ele disse que pensa em baixar para os médios para fazer uma luta experimental. Como você acha que ele se sairia na sua categoria?
É um grande lutador, mas acho que ele não poderia lutar contra o Anderson ou o Wanderlei, porque eles são amigos, né? (risos) Acho que ele deveria repensar. Teriam muitos amigos nessa categoria. Então, não sei se ele teria muito êxito. Mas se ele for a favor (da luta entre amigos) e conseguir executar o que executava no caratê, acho que teria um grande favoritismo. É um atleta muito duro e muito competente.
Vitor Belfort CT MMA UFC (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)O lutador ajeita o equipamento de treino, com Mutante (de preto) atrás (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)
Favoritismo contra qualquer um?
Contra qualquer um, em qualquer peso. O Lyoto é um grande atleta.
Até contra você?
Até contra mim, com certeza (risos). Ah, não tem favorito não. Favorito é aquele que treina mais, mas acho que o Lyoto seria um dos grandes favoritos. Não existe "o" favorito. Favorito é aquele que treina e ganha, aquele que executa. Mas ele tem grandes qualidades, seria um grande adversário.
Para finalizar: o Gil Martinez, seu treinador de boxe, foi córner do Jorge Lopez, atleta do Wanderlei, e vestiu uma camisa do Wand Fight Team no último evento do UFC. Afinal, ele virou a casaca?
Não sei, é difícil. Não controlo os desejos das pessoas, esse negócio de camisa. Isso não cabe a mim. Eu sou um profissional, e ele é um treinador de boxe que me treina, como outros treinadores também. Desta vez eu estou com o (Rubens) Dórea. Ele (Gil Martinez) não está na preparação, mas é um dos que me treinam lá em Las Vegas.

Brasil garante vaga em sua oitava final consecutiva na Libertadores

Sequência, que começou em 2005 com São Paulo x Atlético-PR, é a maior do país na história, mas ainda está longe do recorde argentino (17 edições)

Por Cassius Leitão Rio de Janeiro
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Comemoração Jogadores do Santos (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Santistas comemoram ida à semifinal
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
O futebol brasileiro está em um de seus melhores momentos na história da Taça Libertadores. Com a semifinal entre Corinthians e Santos confirmada, o Brasil garantiu um representante na decisão da principal competição sul-americana pela oitava temporada consecutiva.
A série teve início em 2005, quando São Paulo e Atlético-PR duelaram pelo troféu, com vitória paulista. Na competição seguinte, o Tricolor voltou à decisão, mas desta vez foi derrotado pelo Internacional. Em 2007, o Grêmio foi vice-campeão ao cair diante do Boca Juniors-ARG.
 O mesmo aconteceu com o Fluminense frente à LDU-EQU em 2008 e com o Cruzeiro diante do Estudiantes-ARG em 2009. Mais um ano se passou, e o Colorado deu fim aos insucessos brasileiros em finais, faturando o bicampeonato ao despachar o Chivas Guadalajara-MEX. Na temporada passada, o Santos sagrou-se tricampeão ao bater o Peñarol-URU.
A maior sequência permanece nas mãos dos argentinos, que colocaram ao menos um time na final da Libertadores em 17 edições consecutivas, de 1963 a 1979. Antes da série atual, o futebol brasileiro tinha como melhor marca os períodos de 1992 a 1995 e 1997 a 2000. A final de 1996, entre River Plate-ARG e América de Cáli-COL, atrapalhou o embalo dos representantes brasucas na época. O futebol uruguaio, dono de oito títulos, chegou no máximo a quatro finais consecutivas (1964 a 1967).
O Brasil também está distante da Argentina em número de títulos da Libertadores: são 15 contra 22. Se o futebol canarinho deposita suas esperanças em Corinthians e Santos, no país vizinho o representante é o Boca, que vai enfrentar o Universidad de Chile na outra semifinal. O futebol chileno, campeão em 1991 com o Colo Colo, vai atrás de sua segunda glória.
Sequência brasileira na Libertadores:2005 - Atlético-PR 1 x 1 São Paulo; São Paulo 4 x 0 Atlético-PR
2006 - São Paulo 1 x 2 Inter; Inter 2 x 2 São Paulo
2007 - Boca Juniors 3 x 0 Grêmio; Grêmio 0 x 2 Boca Juniors
2008 - LDU 4 x 2 Fluminense; Fluminense 3 x 1 LDU (1 x 3 nos pênaltis)
2009 - Estudiantes 0 x 0 Cruzeiro; Cruzeiro 1 x 2 Estudiantes
2010 - Chivas Guadalajara 1 x 2 Inter; Inter 3 x 2 Chivas Guadalajara
2011 - Peñarol 0 x 0 Santos; Santos 2 x 1 Peñarol

Palmeiras e Coritiba decidem em casa semifinais da Copa do Brasil

Grêmio e São Paulo serão os mandantes nas partidas de ida. Datas e horários dos duelos ainda não estão definidos

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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Coritiba e Palmeiras decidirão em casa as semis da Copa do Brasil. Em sorteio na sede da CBF, na tarde desta sexta-feira, os times, que encaram respectivamente São Paulo e Grêmio por uma vaga na final, conquistaram o direito de mandar o jogo de volta diante de suas torcidas. As datas e horários ainda serão divulgadas, mas os duelos de ida serão realizados nos dias 13 e 14 de junho, enquanto as partidas decisivas estão agendadas para os dias 20 ou 21 do mesmo mês.
Depois de superar o Bahia nas quartas de final, o Grêmio entra na reta final da competição nacional para tentar se isolar como o maior campeão. Atualmente, o time gaúcho tem quatro títulos e está empatado na liderança desse ranking com o Cruzeiro, que foi eliminado nas oitavas de final, diante do Atlético-PR. O Furacão, por sua vez, deixou a competição após cair justamente diante do Verdão, adversário dos gremistas nas semis.
Para avançar na Copa do Brasil, o Palmeiras aposta na experiência do técnico Luiz Felipe Scolari. Ele tem nada menos do que três taças da competição no currículo. Uma pelo Criciúma (em 1991), outra à frente do próprio Verdão (em 1998) e uma terceira exatamente pelo Grêmio (em 1994).
Dentre tantos experientes em Copa do Brasil, São Paulo e Coritiba buscam seu primeiro título. Depois de bater na trave e perder a decisão de 2011 para o Vasco, o Coxa aposta no desempenho no Couto Pereira para, enfim, levara taça. Foram quatro triunfos – o último sobre o Vitória – e sempre com pelo menos dois gols de saldo.
O São Paulo, por outro lado, tem retrospecto semelhante no Morumbi. Foram três vitórias em três jogos – não precisou encarar o Bahia de Feira de Santana-BA na segunda fase – e também sempre com ao menos dois gols de saldo – a última vítima foi o Goiás.
Jogos de ida (13 e 14/06/2012):
São Paulo x Coritiba - Morumbi
Grêmio x Palmeiras - Olímpico
Jogos de volta (20 e 21/06/2012):
Coritiba x São Paulo - Couto Pereira
Palmeiras x Grêmio - a confirmar

Torcedor terá que cadastrar rádios
de pilha na entrada do Independência

Polícia Militar pretende diminuir casos de arremessos do objeto no gramado

Por Rodrigo Fuscaldi Belo Horizonte
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Coronel Carvalho Jogo no novo estádio Independência (Foto: Marco Antônio Astoni/Globoesporte.com)Coronel Carvalho explicou motivos da medida
(Foto: Marco Antônio Astoni / Globoesporte.com)
A Polícia Militar de Minas Gerais comunicou uma medida, no mínimo, curiosa, que será implantada a partir deste sábado, às 16h20m (de Brasília), na partida do América-MG contra o CRB, pela Série B, em Belo Horizonte. A partir de agora, o torcedor que, na entrada do estádio Independência, for identificado com rádio de pilha, terá que se dirigir a um setor especial e cadastrar o equipamento.
O Comandante do Policiamento Especializado da Polícia Militar de Minas Gerais, Coronel Carvalho, explicou os motivos da medida.
- Esse trabalho começou no Mineirão, por causa da incidência dos arremessos de rádios e pilhas no gramado. Na Arena do Jacaré, chegou a ser proibida a entrada desse tipo de equipamento. Agora, no Independência, pela proximidade entre gramado e cadeiras, vamos pedir o cadastramento dos equipamentos.
O torcedor terá que apresentar o nome completo, o número da carteira de identidade e a marca e o modelo do radinho de pilha. Caso haja algum arremesso no gramado, será mais fácil identificar o infrator.
No domingo, no confronto entre Atlético-MG e Corinthians, pela Série A, e em todas as partidas realizadas no Independência, esse procedimento será novamente repetido.

Mano escala quarteto ofensivo com Lucas, Oscar, Hulk e Damião

Sem Neymar, que só jogará nos EUA, treinador aposta em entrosamento da sub-20 e do Internacional para amistoso contra a Dinamarca, neste sábado

Por Márcio Iannacca Direto de Hamburgo, Alemanha
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O técnico Mano Menezes comandou nesta sexta-feira o primeiro e único treino antes do jogo contra a Dinamarca, sábado, às 10h30m (de Brasília), na Imtech Arena, em Hamburgo, na Alemanha. Sem muito tempo de preparação, o treinador optou por apostar no entrosamento dos meias Lucas e Oscar do time sub-20 e do próprio apoiador do colorado com Leandro Damião, companheiro de Internacional.
Além disso, sem poder contar com Neymar, que só se apresentará à Seleção Brasileira no domingo, nos Estados Unidos, Mano apostou na entrada de Hulk no ataque. Com isso, o time canarinho começou o treinamento com a seguinte formação: Jefferson, Danilo, Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro, Rômulo, Lucas e Oscar; Hulk e Leandro Damião.

- Estamos utilizando o Lucas e o Hulk pelas beiradas. Eles podem fazer alternâncias, com variantes na movimentação do Oscar. Precisamos estar prontos para fazer essa assistência para o Damião, que precisa receber essa bola com qualidade - disse o técnico.
Mano Menezes comanda treino da Seleção em Hamburgo (Foto: Mowa Press)Mano Menezes comanda único treinamento da Seleção em Hamburgo (Foto: Mowa Press)





Na primeira parte do treino, Mano trabalhou o posicionamento da defesa e a saída de bola do goleiro Jefferson para o ataque. Após o treino tático, que durou cerca de 30 minutos, ele comandou uma atividade técnica. Os jogadores trabalharam fundamentos como finalização e cruzamentos na área.

- Precisamos ter muitas conversas detalhadas com esse grupo porque a formação que estamos utilizando é uma formação totalmente nova, com nomes novos e que você coloca em campo após um treino de apenas 30 minutos. Temos que fazer mais conversando do que treinando. O Juan tem um companheiro experiente, que é o Thiago Silva. Estava acostumado a jogar com linha de quatro pelo Internacional antes de sair do Brasil. É uma conversa que começa hoje e termina amanhã após o jogo contra a Dinamarca.

Sem estar com o grupo completo, já que só pôde contar com 19 jogadores na atividade desta sexta-feira, o treinador escalou os reservas com oito atletas (Neto, Bruno Uvini, Alex Sandro, Rafael Casemiro, Wellington Nem, Giuliano e Alexandre Pato).

O confronto deste sábado será transmitido ao vivo pela TV Globo, Sportv e GLOBOESPORTE.COM. O site também acompanha em Tempo Real.
Hulk no treino da Seleção em Hamburgo (Foto: Mowa Press)Hulk deverá ganhar uma chance como titular da Seleção contra a Dinamarca  (Foto: Mowa Press)

Sorato discorda de PC e diz que não há jogadores rejeitando a seleção

Técnico do Brasil contesta declarações do treinador corintiano e descarta amistosos com finalidade política. Supervisor também comenta caso

Por SporTV.com Rio de Janeiro
Marcos Sorato em Manaus (Foto: Anderson Silva)Marcos Sorato ressalta que todos amistosos foram
necessários à preparação (Foto: Anderson Silva)
Técnico da seleção brasileira de futsal, Marcos Sorato, o Pipoca, comentou nesta sexta-feira as declarações do técnico do Corinthians, PC de Oliveira, que afirmou que há muitos atletas pedindo para não serem convocados e que vários amistosos estão sendo marcados com mera finalidade política. Ex-auxiliar de PC na seleção, Sorato discordou do comandante corintiano e tratou de explicar o porquê das partidas realizadas neste primeiro semestre, que contaram, em sua maioria, com atletas que disputam a Liga Futsal.
- Não acredito na hipótese de os atletas não quererem vir para a seleção e me baseio no comportamento, disciplina e principalmente na vontade com que participam dos treinos e jogos - afirmou Marcos Sorato, em entrevista ao blog Toca e Sai, do comentarista do SporTV, Marcelo Rodrigues.
Sobre o excesso de amistosos criticados por PC, Pipoca destacou que os jogos contra seleções estaduais no início do ano foram marcados por conta da falta de adversários. Ele lembrou que, naquela época, os times europeus estavam envolvidos em seu torneio continental e que não compensava enfrentar adversários da América.
- Naquele momento, tinha que aproveitar para me reunir com a seleção e assim fizemos. Tinha acabado de jogar contra as duas melhores seleções da America Central, Costa Rica e Guatemala, e não interessava jogar contra seleções sul-americanas, pois enfrentaríamos dois meses depois nas Eliminatórias - destacou.
Marcos Sorato, treinador do Brasil (Foto: Thiago Barbosa/GLOBOESPORTE.COM)Pipoca conversa com o supervisor Reinaldo: sem crise (Foto: Thiago Barbosa/GLOBOESPORTE.COM)
Supervisor da seleção brasileira, Reinaldo Simões também discordou da afirmação de PC de que muitos amistosos têm sido marcados com a finalidade de angariar votos para o presidente da Confederação Brasileira de Futsal (CBFS), Aécio de Borba Vasconcelos, que tenta a reeleição no próximo ano.
- Todas as praças dos amistosos são sugeridas pelos nossos patrocinadores, portanto não jogamos para angariar votos e sim para treinar a seleção e tirar dúvidas do nosso treinador - explicou.
Ari orienta a marcação da seleção brasileira observado por Rodrigo (Foto: Divulgação/CBFS)Brasil fez série de amistosos contra seleções estaduais
no início do ano (Foto: Divulgação/CBFS)
Reinaldo ainda reforçou a opinião de Marcos Sorato de que não há rejeição à seleção por parte dos atletas.
- Converso com todos os atletas quase que diariamente. Todos os jogadores querem estar na seleção brasileira e é infundada essa declaração de que os atletas não querem estar na seleção. O problema é que o Corinthians libera os jogadores ao seu bem querer. Não podemos ficar na dependência da liberação ou não dos clubes pois a seleção é muito maior que tudo isso. É muito maior que os interesses pessoais - finalizou o supervisor.
Um dos principais patrocinadores da seleção, os Correios também conversaram com o blog Toca e Sai através de um representante. Segundo o gerente de patrocínio, Atiê Araujo, o contrato com a seleção brasileira foi renovado até 2014, o que desfaz os rumores sobre uma eventual crise na parceria.
Reinaldo Simões (de óculos) observa o técnico Marcos Sorato (de pé) (Foto: Zerosa Filho/CBFS)Reinaldo Simões (de óculos) observa o técnico Marcos Sorato (de pé) (Foto: Zerosa Filho/CBFS)

McLaren oferecerá R$ 318 milhões por 5 anos para Hamilton, diz imprensa

De acordo com jornais ingleses, escuderia deverá oferecer aumento de R$ 15,8 milhões anuais para piloto, que tem contrato válido apenas até fim do ano

Por GLOBOESPORTE.COM Londres, Inglaterra
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Lewis Hamilton, GP do Bahrein treino (Foto: AP)Lewis Hamilton, da McLaren (Foto: AP)
Com contrato válido apenas até o fim desta temporada com a McLaren, Lewis Hamilton pode receber um considerável aumento de R$ 15,8 milhões anuais para permanecer na escuderia de Woking. De acordo com a imprensa inglesa, a McLaren pretende oferecer um novo contrato de cinco anos de duração com o salário de R$ 63,6 milhões anuais ao piloto de 27 anos, num total de R$ 318 milhões. Campeão mundial de 2008, Hamilton tem apoio da McLaren desde os 13 anos de idade, quando corria de kart. A escuderia quer se blindar contra possíveis assédios de equipes rivais como Mercedes e RBR que podem não contar com os serviços de Michael Schumacher e Mark Webber, respectivamente, em 2013.
Segundo o "The Guardian", o piloto mais bem pago da Fórmula 1 é o espanhol Fernando Alonso, com ganhos anuais em torno de R$ 76 milhões. No entanto, a publicação afirma que Hamilton poderá superar o piloto da Ferrari, através de bônus e ações publicitárias
O britânico tem 95 GPs disputados na F-1, possui 17 vitórias, 45 pódios e 21 pole positions. Hamilton se prepara para o GP de Mônaco deste fim de semana. Ele volta às ruas do principado no sábado (6h, horário de Brasília) para o terceiro treino livre, com transmissão do SporTV. O treino classificatório será disputado também no sábado, às 9h, mesmo horário da corrida de domingo, ambos com transmissão ao vivo da TV Globo e em Tempo Real pelo GLOBOESPORTE.COM.
Arte horários GP de Mônaco (Foto: Editoria de arte / Globoesporte.com)

Chefão do UFC, Dana White já cogita aposentadoria para daqui a sete anos

Presidente da organização diz que pensa em parar após conclusão de
acordo com a TV aberta dos EUA: 'É algo que passa pela minha cabeça'

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Dana White, UFC (Foto: Adriano Albuquerque)Dana White é o presidente do Ultimate Fighting
Championship (Foto: Adriano Albuquerque)
Dana White não é lutador, mas também pensa em aposentadoria. O presidente do UFC, que tem a vida bastante atribulada de compromissos e eventos, revelou que passa pela sua cabeça deixar a função daqui a sete anos. Aparentemente o Ultimate tem um acordo com um canal de TV aberta dos Estados Unidos para conseguir transmitir suas lutas no mundo inteiro dentro desse período. Depois disso, a organização corre o risco de perder sua figura executiva mais representativa:
- Mais sete anos desse acordo com a TV aberta e vocês estarão finalizados comigo. (...) Não é que eu tenha esse plano de sair daqui a sete anos. Eu penso nisso... (...) A nossa meta por fazer é colocar isso (o MMA) em todos os países. Vamos estar lá em sete anos. Então, não estou dizendo "vou me aposentar no dia em que o acordo com a TV aberta chegar ao objetivo", mas é algo que passa pela minha cabeça  - disse ao "MMA Fighting".
Hoje com 42 anos, Dana White ingressou no MMA lá atrás, empresariando os lutadores Chuck Liddell e Tito Ortiz. Anos mais tarde, viu o amigo de infância Lorenzo Fertitta comprar o UFC, junto do irmão Frank Fertitta, e recebeu dele um convite para ser o presidente da companhia. Desde então, Dana contribuiu para o crescimento e a transformação do Ultimate no que é atualmente.