segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Luta entre Ronda e Cat Zingano deve acontecer no UFC 182, em janeiro

Disputa do cinturão feminino dos pesos-galos, que devia ter sido realizada no UFC 168, estaria sendo preparada para acontecer no primeiro evento de 2015

Por Las Vegas, EUA
Após vencer a brasileira Amanda Nunes por nocaute técnico no UFC 178, no último sábado, Cat Zingano pode ser confirmada como próxima desafiante ao cinturão de Ronda Rousey. Segundo Dana White afirmou, durante a conferência de imprensa posterior ao evento, a luta entre as pesos-galos deve acontecer no UFC 182, programado para 3 de janeiro, em Las Vegas, no primeiro evento da organização em 2015.
Ronda Rousey x cat zingano mma (Foto: Reprodução)Ronda Rousey e Cat Zingano se encararam na coletiva do TUF 17 Finale (Foto: Reprodução)
A luta entre as duas deveria ter acontecido no UFC 168, cerca de um ano e meio atrás, logo após o TUF 17. Mas Zingano sofreu duas lesões no joelho que a obrigaram a passar por uma cirurgia e a ficar mais de um ano afastada do octógono. Miesha Tate, que havia sido nocauteada por Zingano no TUF 17 Finale, assumiu seu lugar como técnica no reality show, e fez sua segunda disputa de título contra a campeã, sendo novamente derrotada por finalização.

Para Dana White, Conor McGregor é astro maior que Brock Lesnar e GSP

"Chefão" diz que irlandês é responsável por sucesso de vendas do UFC 178 e que potencial disputa pelo cinturão dos pesos-penas pode ser na Europa

Por Las Vegas

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UFC Conor McGregor (Foto: Agência Getty Images)Para Dana, sucesso de vendas do UFC 178 se
deve a Conor McGregor (Foto: Getty Images)
O presidente do UFC, Dana White, está muito empolgado com o sucesso do lutador irlandês Conor McGregor. Após o controverso peso-pena nocautear Dustin Poirier no primeiro round no UFC 178, no sábado, em Las Vegas, frente a milhares de compatriotas que comparam boa parte dos ingressos, o "chefão" decretou que o "Notório" McGregor é o maior astro da companhia - maior até que dois dos lutadores mais populares da história do Ultimate, Brock Lesnar e Georges St-Pierre.
- Conor McGregor é para valer, ele é legítimo. Ele é uma força que eu nunca vi. Maior do que Brock Lesnar quando ele estava aqui. Maior do que qualquer um dos lutadores que já tivemos. Sim (maior que Georges St-Pierre). Nunca vi nada como isso. (...) Havia uma nação por trás de GSP quando GSP começou? Deixe-me te dizer o seguinte: nós estamos bem acima (das projeções de venda de pay per view do UFC 178). Eu e Lorenzo (Fertitta, co-proprietário do UFC) estávamos conversando sobre isso, e nós atribuímos tudo isso ao Conor McGregor - disse White ao canal de TV americano "Fox Sports 1", segundo transcrição do site "BJ Penn.com".
Na coletiva de imprensa após o evento, o dirigente não se comprometeu a afirmar se McGregor seria de fato o próximo desafiante ao cinturão dos pesos-penas após o UFC Rio 5, em 25 de outubro, quando o título estará em jogo em luta entre o atual campeão, José Aldo, e o desafiante Chad Mendes. Porém, admitiu que, caso o irlandês chegue à disputa, poderia fazê-lo em seu continente.
- Sim, a resposta é sim (pode ser na Europa). Absolutamente - comentou.
O dirigente lembrou que ouviu sobre Conor McGregor pela primeira vez em fevereiro de 2013, durante uma visita à Irlanda em que foi homenageado pela universidade Trinity College. Na época, o "Notório" era campeão do Cage Warriors em duas categorias, peso-pena e peso-leve, e ele foi contratado pelo UFC na mesma semana.
- Toda essa coisa do Conor McGregor tem sido fascinante para mim. (Quando) fui à Irlanda, recebi aquele prêmio da Trinity College, e literalmente tudo o que ouvi foi Conor McGregor o tempo inteiro que eu estava lá. Eu voltei para cá e perguntei, "Quem diabos é esse garoto? Vamos contratar esse garoto." Então, o contratamos, ele veio a Las Vegas, e nós saímos, comemos e passamos um tempo juntos. Eu disse ao Lorenzo, "Se esse garoto conseguir lutar só um pouquinho, um pouquinho, se ele pelo menos souber dar um soco, esse garoto vai ser especial." É maior do que qualquer coisa que já vi. É loucura - repetiu White.

Weidman rebate declarações de Vitor: "Quero fazer ele parecer um velho"

Campeão dos pesos-médios ainda afirma que brasileiro falhou em exames antidoping e que ele "tem a audácia, a coragem, de falar sobre eu não lutar"

Por Las Vegas
Chris Weidman não digeriu bem as declarações de Vitor Belfort, que afirmou que ele não vai lutar em dezembro porque quer passar o Natal com o cinturão. O campeão dos pesos-médios do UFC rebateu as provocações do brasileiro e prometeu deixá-lo com vergonha após o combate entre eles, que acontecerá em fevereiro de 2015, depois de o americano sofrer uma fratura na mão esquerda e ter que ser retirado do card do UFC 181.
- Eu quero deixá-lo completamente envergonhado. Quero fazer ele parecer um velho. Esse cara falhou em exames antidoping e tem a audácia, a coragem, de falar sobre eu não lutar - disparou Chris Weidman, em entrevista ao "MMA Hour".
Vitor Belfort e Chris Weidman têm trocado farpas através da imprensa (Foto: Editoria de Arte)
Vitor Belfort chegou a sugerir a criação de um título interino após saber da lesão de Weidman sob a justificativa de que é a segunda vez que uma luta do campeão é adiada por lesão. A primeira foi contra Lyoto Machida, quando machucou o joelho esquerdo.
- Acho que para todo detentor de cinturão que se lesionar mais de uma vez, o UFC já deveria criar o cinturão interino. Com isso, os fãs, os lutadores e o próprio UFC não sairiam prejudicados, somente o atleta lesionado - disse Belfort.

Alan Nuguette fratura mandíbula e sai do UFC Rio 5, no Maracanãzinho

Lutador peso-leve vai precisar colocar placa de titânio no queixo após sofrer joelhada dura em treino. Ultimate busca novo adversário para Beneil Dariush

Por Rio de Janeiro
Alan Nuguette UFC aciente em treino (Foto: Arquivo Pessoal)
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Alan Nuguette mostra o resultado da joelhada sofrida
durante treino na última semana (Foto: Arquivo Pessoal)
O lutador brasileiro Alan Nuguette é o segundo desfalque anunciado no card do UFC Rio 5, ou UFC 179, programado para o dia 25 de outubro no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. O peso-leve fraturou a mandíbula em treinamento na sua academia, XGym, e será forçado a desistir de sua luta contra Beneil Dariush no evento carioca.
O site "Portal do Vale-Tudo" foi o primeiro a noticiar a lesão e o Combate.com confirmou a informação com fontes próximas ao lutador. Nuguette disse ao site que a fratura foi na parte inferior da boca e que ele vai ter de colocar uma placa de titânio no queixo (imagens fortes abaixo).
Seria a terceira luta do brasileiro no UFC, após vitórias sobre Garett Whiteley e John Makdessi. Na carreira no MMA, Nuguette acumula 12 vitórias em 12 lutas. Agora, o UFC busca um adversário para o iraniano Beneil Dariush, lutador da academia Kings MMA que venceu uma e perdeu outra no evento. Seu cartel inclui oito vitórias e uma derrota.
A radiografia e a imagem do maxilar de Alan Nuguette logo após sofrer a lesão no treino (Foto: Arquivo Pessoal)
Confira o card atualizado do UFC Rio 5:
UFC 179
25 de outubro de 2014, no Rio de Janeiro (RJ)
CARD DO EVENTO
Peso-pena: José Aldo x Chad Mendes
Peso-meio-pesado: Glover Teixeira x Phil Davis
Peso-pena: Lucas Mineiro x Darren Elkins
Peso-meio-pesado: Fábio Maldonado x Hans Stringer
Peso-leve: Beneil Dariush x Adversário a ser definido
Peso-mosca: Wilson Reis x Scott Jorgensen
Peso-pena: Felipe Sertanejo x Andre Fili
Peso-meio-médio: Neil Magny x William Patolino
Peso-leve: Fabrício Morango x Tony Martin
Peso-leve: Yan Cabral x Naoyuki Kotani
Peso-leve: Gilbert Durinho x Christos Giagos

Cruz salta ao 2º lugar no ranking dos galos; Demetrious supera Velásquez

De volta após quase três anos parados, ex-campeão dos galos fica atrás de Renan Barão. Conor McGregor sobe ao quinto lugar entre os pesos-penas

Por Las Vegas
De volta ao octógono após quase três anos parado, o ex-campeão dos pesos-galos do UFC, Dominick Cruz, mandou uma mensagem aos seus críticos no sábado ao nocautear Takeya Mizugaki em apenas 1m01s, no UFC 178. Na segunda-feira, a atualização do ranking oficial da organização mostrou que os jornalistas prestaram atenção e acreditaram no retorno em grande forma do "Dominador". Cruz subiu oito posições e tomou a segunda posição em sua categoria, atrás apenas do brasileiro Renan Barão - os campeões não são incluídos na classificação de suas respectivas divisões no UFC, apenas no ranking peso-por-peso.
Dominick Cruz teve atuação convincente contra Takeya Mizugaki no UFC 178 (Foto: Getty Images)
A vitória impressionante sobre Mizugaki, que caiu apenas um lugar no ranking, para sexto colocado, também foi o bastante para Dana White, presidente do UFC, garantir a Dominick Cruz uma disputa pelo cinturão contra o atual campeão, TJ Dillashaw, que tomou o título das mãos de Barão em maio. O brasileiro conquistou o cinturão interino durante a ausência de Cruz devido a lesões no joelho e foi promovido a campeão absoluto quando o americano foi incapaz de enfrentá-lo em fevereiro deste ano, devido a nova lesão na virilha. O "Dominador", todavia, jamais foi derrotado em três lutas pelo Ultimate e 10 lutas como peso-galo, incluindo três lutas valendo cinturão no extinto WEC.
Cruz também voltou a figurar no ranking peso-por-peso da organização, na 15ª posição. Nesta classificação, o campeão dos pesos-moscas, Demetrious Johnson, entrou no top 3 após sua quinta defesa de cinturão bem sucedida no UFC, uma vitória sobre Chris Cariaso por finalização no segundo round da luta principal do evento. O "Super Mouse" ultrapassou Cain Velásquez, campeão dos pesos-pesados da organização, e agora está atrás apenas de Jon Jones, campeão peso-meio-pesado, e José Aldo, campeão peso-pena, na lista dos melhores lutadores do mundo no Ultimate.
Demetrious Johnson Pesagem UFC 178 (Foto: Getty Images)Demetrious Johnson é agora o terceiro melhor
lutador do mundo no UFC (Foto: Getty Images)
Outro que subiu no ranking de sua categoria foi o irlandês Conor McGregor, que ganhou quatro posições e passou a ocupar o quinto lugar entre os pesos-penas após sua vitória sobre o americano Dustin Poirier, quinto colocado anterior. Nocauteado em 1m46s, Poirier caiu duas posições e agora é o sétimo colocado. A ascensão de McGregor derrubou também Dennis Bermudez e Nik Lentz uma posição cada, para oitavo e nono, respectivamente.
Vencedor de uma luta polêmica entre os pesos-médios, o cubano Yoel Romero também subiu quatro posições em sua categoria, assumindo a sexta posição na categoria. Sua vítima, o americano Tim Kennedy, caiu para o sétimo lugar. Já entre os pesos-leves, Donald Cerrone subiu ao quarto lugar com sua vitória sobre Eddie Alvarez, que surpreendentemente ganhou quatro posições mesmo com a derrota por decisão unânime. O ex-campeão do Bellator é agora o 10º do ranking, à frente de Michael Johnson, Edson Barboza, Jorge Masvidal e Rustam Khabilov, que caíram uma posição cada.
A última mudança significativa do ranking nesta semana foi na classificação do peso-galo feminino. Derrotada por Cat Zingano, primeira colocada da divisão, a brasileira Amanda Nunes acabou caindo uma posição, para nono lugar, sendo superada pela compatriota Bethe Correia, nova oitava colocada.
Confira abaixo a classificação atualizada do ranking do UFC:
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Nova marca: Grohe entra no top 10 de goleiros invictos no Brasileiro desde 71

Gremista é o nono em ranking de arqueiros não vazados no Nacional, na era antes da reunificação; ao segurar o Botafogo, chegou ao oitavo jogo sem gols na competição

Por Porto Alegre
marcelo grohe Botafogo x Gremio (Foto: Getty Images)Marcelo Grohe mais uma vez foi decisivo para manter resultado gremista no Brasileiro (Foto: Getty Images)
Marcelo Grohe pode nem se dar conta, mas o tempo persegue cada defesa que executa pelo Brasileirão desde 24 de agosto de 2014. Na data, o Grêmio bateu o Corinthians por 2 a 1 na Arena, pela 17ª rodada. E o goleiro foi vazado pela última vez na competição: aos 17 do segundo tempo, Paolo Guerrero invadiu a área e chutou forte. Mais de um mês ou oito jogos depois, o camisa 1 deixa o gramado do Maracanã para celebrar um retrospecto histórico. Ao fechar a meta gremista na vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo (veja ao lado), neste domingo, o goleiro chegou a 743 minutos de invencibilidade no nacional - a nona melhor marca de um arqueiro pelo Campeonato Brasileiro. O levantamento desconsidera os acréscimos das partidas.
O ranking, que engloba as edições do torneio desde 1971, é liderado por Jairo, camisa 1 do Corinthians em 1978, que permaneceu 1.132 minutos sem ser vazado. Grohe precisa de pouco mais de quatro jogos, ou 389 minutos, para alcançar o recorde. Mas tem um alento: se não sofrer gols diante do São Paulo, no próximo sábado, às 16h20, na Arena, chega a 833 minutos invicto, pode dar um salto e ultrapassar Neneca (778 minutos, pelo Guarani, também em 1978) para assumir a quinta posição. Outro fator positivo é de que nenhum goleiro entrava na lista desde 2007, com Rogério Ceni e Renan.(confira o ranking na tabela abaixo).
Neste domingo, Grohe foi decisivo para segurar o empate antes de Barcos abrir o placar. Aos 3 do segundo tempo, Ramírez tocou de letra para Emerson Sheik, que mandou um voleio. O camisa 1 voou para espalmar a bola para o lado, em lance de grande reflexo (veja ao lado). Mais uma defesa difícil, tipo de lance que se tornou rotina desde que sofreu o gol de Guerrero. Foram sete defesas difíceis em oito jogos no Brasileirão, segundo estatísticas do GloboEsporte.com. Ainda assim, minimiza sua participação para enaltecer os companheiros pelo retrospecto.
- Eu fico muito feliz. Agradeço a deus por esse momento da minha carreira, mas a equipe toda está de parabéns. A vitória veio e foi fundamental para o que queremos na competição - ressalta, ainda em campo no Maracanã, para depois comemorar no vestiário e postar a foto da confraternização em sua página no Facebook.
Grohe posta foto com os demais companheiros no vestiário do Maracanã (Foto: Reprodução/Facebook)

O tempo não é o único fator que explica a grande temporada de Grohe sob as traves do Grêmio. O goleiro não sofreu gols em 15 das 24 partidas que disputou no Brasileirão - ficou ausente da primeira rodada, na derrota por 1 a 0  para o Atlético-PR. Já fez 34 difíceis pela competição - média de 1,2 por jogo. Não bastasse, a equipe conquistou cinco vitórias - Bahia (1 a 0), Flamengo (1 a 0), Atlético-PR (1 a 0), Chapecoense (1 a 0) e Botafogo (2 a 0) e três empates - contra Atlético-MG, Santos e Fluminense - no período invicto.
Se por um lado, o atleta é modesto, o presidente Fábio Koff tem elogios de sobra ao goleiro. Ainda no Maracanã, o mandatário concedeu entrevista coletiva neste domingo e não poupou palavras para exaltar a vitória sobre o Botafogo e o papel de Grohe para a construção do resultado.
- O placar podia até ser mais dilatado. A defesa foi muito segura, com marcação muito bem feita e com presença na área adversária. Fora o momento excepcional por que está passando o Marcelo. Fez duas defesas quando estava 0 a 0. Fez duas importantíssimas - pondera Koff.
*Desde a edição 1971, antes da reunificação dos campeonatos, e sem contar os acréscimos


O bom retrospecto da defesa é acompanhado das primeiras precauções tomadas para que a equipe não se desestabilize diante de um inevitável tento a ser sofrido. Após a vitória no Maracanã, o técnico Luiz Felipe Scolari revelou que conversa com os jogadores para que mantenham o “equilíbrio” nas circunstâncias da partida.
- Eu converso nas vésperas dos jogos, assim como nos treinamentos nas bolas paradas, que a gente trabalha durante a semana. A gente tenta corrigir para que ele não leve gols. Hoje (domingo) fez duas defesas brilhantes e conseguiu não sofrer gols. No momento em que tomarmos gol, temos que ter equilíbrio. Podemos estar vencendo ou sair atrás, mas temos que buscar o equilíbrio para tentar o empate. Depende do jogo e do que irá acontecer. Vamos ver o que vai ser - pondera Scolari.
De folga nesta segunda-feira, o Grêmio retoma os trabalhos na manhã desta terça. O Tricolor é quinto colocado do Brasileirão, com 43 pontos - mesma pontuação de São Paulo e Atlético-MG, que estão na terceira e quarta posições.

Clube que lançou Kaio Márcio passa por crise e tem piscinas interditadas

Vigilância Sanitária de João Pessoa fecha parque aquático por causa da má qualidade da água, mas presidente diz que parque está arrendado para nadador olímpico

Por João Pessoa
Piscinas do Clube Cabo Branco, Clube Cabo Branco (Foto: Karine Ximenes / Arquivo Pessoal)Piscinas do Clube Cabo Branco estão interditadas há três semanas (Foto: Karine Ximenes / Arquivo Pessoal)
Um dos clubes mais tradicionais da Paraíba, o Cabo Branco, que no passado já teve uma das mais fortes equipes de natação do Nordeste, está há três semanas com suas piscinas interditadas pela Vigilância Sanitária da Prefeitura de João Pessoa. O problema afeta principalmente atletas que dependem do local para treinos diários, como é o caso da triatleta Karine Ximenes, que procurou a reportagem para denunciar a falta de manutenção das piscinas e a consequente coloração verde encontrada no local.
Eu chegava lá e estava tudo verde. E ainda tinha muita gente em uma piscina só, um caos total"
Karine Ximenes, triatleta
A curiosidade é que o parque aquático do clube (que tem uma das duas únicas piscinas olímpicas da Paraíba) está atualmente arrendada para o nadador olímpico paraibano Kaio Márcio, que começou a carreira como nadador do clube. O Cabo Branco passa por dificuldades financeiras e transferiu a responsabilidade de suas piscinas para uma empresa do nadador, que em troca tinha o direito de explorá-la financeiramente.
De toda forma, o resultado atual não agrada os atletas, que reclama:
- Isto ocorre há mais de ano, mas só agora foi interditado. Liguei para lá nesta segunda-feira e eles não têm previsão de quando poderemos voltar. No momento estou tendo que me virar. Passei dois dias sem treinar, mas um amigo conseguiu para mim uma permissão em um condomínio onde ele mora para os treinos, mas não posso ficar muito tempo lá, já que é para uso dos condôminos - explicou Karine Ximenes, que se associou ao Cabo Branco exclusivamente para poder usar as piscinas.
kaio márcio, nadador kaio márcio, nadador olímpico kaio márcio (Foto: Lucas Barros / GloboEsporte.com/pb)Kaio Márcio é nadador olímpico e hoje responsável pelas piscinas do Cabo Branco
(Foto: Lucas Barros / GloboEsporte.com/pb)

De acordo com a triatleta, além dos problemas com a sujeira das piscinas, ainda existia uma superlotação, que dificultava sua preparação e a de outros atletas de esportes aquáticos.
- Eu chegava lá e estava tudo verde. E ainda tinha muita gente em uma piscina só, um caos total. Isto acontecia porque só tinha uma piscina liberada, então, todo mundo tinha que dividir a mesma área: o pessoal do nado sincronizado, da natação (adulto e infantil), da hidroginástica, do polo aquático - contou.
Ela disse que chegou a ligar para a Vigilância Sanitária, mas o órgão só aceita denúncias presencias, e por causa do trabalho, Karine não teve como ir. Entretanto, alguém denunciou e o parque aquático do clube foi fechado.
Diretoria culpa empresa de Kaio Márcio, mas diz que caso está resolvido
Piscinas do Clube Cabo Branco, Clube Cabo Branco (Foto: Karine Ximenes / Arquivo Pessoal)Coloração verde escura pode ser vista na piscina do clube (Foto: Karine Ximenes / Arquivo Pessoal)
O presidente do clube, Tavinho Santos, garantiu que a Vigilância Sanitária vai reabrir as piscinas nesta semana. Conforme informou, a demora se deu por causa das entregas das análises da água. Ele afirmou ainda que a responsabilidade por fazer a manutenção é da empresa terceirizada Aquática Kaio Márcio.
- A Vigilância Sanitária deve ir ao clube na terça-feira ou quarta-feira para liberar o local. O que demorou foi a entrega das análises da água. Mas,eu entendo que o ocorrido de certa forma foi bom porque deu uma melhorada nas piscinas. É importante que se saiba que existe uma terceirização com a Aquática Kaio Márcio. São eles que devem fazer a manutenção. Como houve este problema, nós fomos obrigados a intervir - declarou.

Tavinho garantiu que vai ser mais rigoroso no cumprimento do contrato, e se tiver outra interdição, pretende rescindir o contrato com a Aquática.
Empresa de Kaio Márcio se explica
A Aquática Kaio Márcio, através do sócio-gerente José Márcio, garantiu que o problema já foi solucionado e não voltará a se repetir. Segundo o representante da empresa, a causa da interdição é que um laudo das piscinas, que precisava ser entregue anualmente, agora é semestral. Como a empresa não providenciou os testes a tempo, o lugar foi fechado.
Sobre o fato da superlotação, José Márcio garantiu que isso só acontece porque eles precisam limpar as piscinas de tempos em tempos. E que por causa disto a limpeza é feita de forma alternada entre a olímpica e a semiolímpica.
- O Clube Cabo Branco é o único da Paraíba que abre todos os dias. Nós precisamos limpar as piscinas, por isso que em alguns dias na semana fechamos uma ou outra piscina - justificou.
Piscinas do Clube Cabo Branco, Clube Cabo Branco (Foto: Karine Ximenes / Arquivo Pessoal)Piscina do tradicional Clube Cabo Branco, em João Pessoa (Foto: Karine Ximenes / Arquivo Pessoal)
História esquecida
O Esporte Clube Cabo Branco já foi uma das associações mais importantes da Paraíba. Nas décadas de 1920 e 1930, inclusive, manteve uma equipe de futebol profissional que se sagrou nove vezes campeão paraibano (ainda hoje é o quarto maior campeão paraibano da história, atrás apenas dos grandes Botafogo-PB, Treze e Campinense). Mas é nos esportes olímpicos onde está sua maior força.
A natação do clube já venceu várias competições regionais e nacionais e foi o descobridor do finalista olímpico Kaio Márcio. E tem títulos e tradição ainda em esportes como futsal, basquete, tênis e vôlei.
Piscinas do Clube Cabo Branco, Clube Cabo Branco (Foto: Karine Ximenes / Arquivo Pessoal)Piscinas do Clube Cabo Branco, em João Pessoa (Foto: Karine Ximenes / Arquivo Pessoal)

Na história paraibana, historiadores ainda creditam ao Cabo Branco um importante papel político. Estes dizem que nas décadas de 1950 e 1960 o presidente do clube era a terceira pessoa mais poderosa da Paraíba, atrás apenas do governador e do prefeito de João Pessoa, tamanha a força que o clube possuía na sociedade paraibana.
A crise no clube, no entanto, foi iniciada na década de 1990, e por várias vezes o clube já correu o risco de ir a leilão devido às suas dívidas trabalhistas. Apesar disto, o Cabo Branco ainda sobrevive.

Desejado pelos Pelicans, Marquinhos diz: "Eu me sinto mais perto do Fla"

Com proposta para voltar à NBA, ala segue indeciso sobre o futuro, mas afirma que só deixa a Gávea se americanos oferecerem acordo de, no mínimo, duas temporadas

Por Rio de Janeiro
A fisionomia cansada e a fala mansa retratam bem a atmosfera vivida por Marquinhos nos últimos sete dias. Com uma proposta do New Orleans Pelicans nas mãos e a decisão da Copa Intercontinental, contra o Maccabi Tel Aviv, na cabeça, o ala do Flamengo viveu uma semana complicada. Esgotado fisicamente e mentalmente em virtude do pouco tempo, ou quase nenhum, de descanso entre a participação da seleção na Copa do Mundo de Basquete da Espanha e a preparação para os dois jogos mais importantes da história do clube rubro-negro, o camisa 11 deixou a Arena da Barra, no domingo, com o sentimento do dever cumprido, mas dividido entre a razão de cumprir seu contrato com o campeão intercontinental e o desejo de voltar à NBA.
Longe do calor da decisão e sem a adrenalina que elevou seus batimentos diante do campeão da Euroliga, Marquinhos mostrou serenidade ao falar sobre o assunto nesta segunda-feira antes de sua participação no Globo Esporte, ao lado do técnico José Neto e dos companheiros Marcelinho, Olivinha e Nico Laprovittola, MVP (jogador mais valioso) da competição.
Basquete Flamengo (Foto: Amanda Kestelman)Marquinhos participou do Globo Esporte nesta segunda-feira ao lado de José Neto e Olivinha (Foto: Amanda Kestelman)

Sem rodeios, o camisa 11 do Flamengo confirmou o desejo de retornar à NBA seis anos depois de sua primeira passagem pelo basquete americano e explicou em que pé andam as negociações com a franquia da Louisiana.
- Essa semana foi bem difícil para mim. Eu e o Marcelinho talvez sejamos os únicos atletas no mundo que jogamos 20 partidas em 50 dias. Mal voltamos do Mundial e já começamos a treinar com o Flamengo, nem tivemos tempo para descansar. As negociações com os Pelicans começaram logo após a Copa do Mundo e continuam em andamento. Foi complicado porque era para ser uma coisa sigilosa e eu não podia deixar que isso me abalasse psicologicamente nos dois jogos. O que está pegando é o tempo de contrato. Eles me ofereceram um acordo por uma temporada, com a possibilidade de renovação por mais uma, enquanto eu gostaria de assinar por, no mínimo, duas - destacou Marquinhos.
Embora reconheça que hoje se sente mais perto do Brasil do que dos Estados Unidos, o ex-jogador do próprio New Orleans, que na temporada 2006/2007 ainda se chamava Hornets, não descarta um retorno à NBA aos 30 anos e no auge da carreira.
- Como hoje não existe nada de concreto, me sinto mais perto do Flamengo. Até porque nunca quis deixar o clube. Jogo no melhor time do mundo, tenho toda a estrutura necessária para trabalhar e me sinto em casa. Mas não posso negar que seria excelente para minha carreira ter uma nova chance de jogar no melhor basquete do mundo. Hoje me sinto muito mais maduro e preparado para ir bem. Mas tem que ser uma coisa boa para mim e para minha família. Não adianta eu voltar para lá e não ter tempo de quadra. Mas qualquer que seja minha decisão será boa para mim - explicou.
Além de uma possível volta para os Estados Unidos, Marquinhos falou sobre Flamengo, conquista da Copa Intercontinental, seleção brasileira e Jogos Olímpicos de 2016. Entre a tristeza da eliminação para a Sérvia e o sonho de conquistar uma medalha no Rio de Janeiro, o ala rubro-negro admite que não esperava que fosse viver tantas alegrias com a camisa vermelho e preta.
Confira os principais trechos da entrevista:
flamengo
Basquete Flamengo (Foto: Amanda Kestelman)Marquinhos exibe a medalha de campeão da Copa Intercontinental (Foto: Amanda Kestelman)
"Sinceramente, eu não esperava ganhar tudo isso. Achava que seria muito difícil. Muita gente falava que eu e Marcelinho não podíamos jogar juntos, que era um time com muitas estrelas e que não daria liga. Nada disso aconteceu. Eu e Marcelo nos encaixamos perfeitamente, depois chegaram o Nico e o Jerome, e encontramos uma química nesse grupo que tem feito a diferença. No nosso grupo não existe vaidade. Temos o mesmo pensamento, criamos uma amizade muito grande e todos se respeitam. Com certeza o Flamengo é o clube com o qual mais me identifiquei na careira. Em nenhum outro lugar encontrei um ambiente tão bom e uma torcida tão fanática. Eu me surpreendi com a estrutura do clube e hoje me sinto em casa."
NBB
"Acho que estamos um passo à frente das demais equipes porque temos um grupo entrosado e que já joga junto há duas temporadas. Ganhamos um reforço importante que foi o Herrmann, um cara experiente e campeão olímpico, e temos tudo para ter o mesmo sucesso da temporada passada. Bauru formou um grande time, mas acho que ainda está no estágio de quando nós formamos o nosso grupo. Eles ainda estão se conhecendo. Desejo que eles tenham muito sorte, menos contra o Flamengo (risos)."
seleção brasileira
"Sabemos que temos uma geração talentosa e que podíamos ter ido mais longe na Copa do Mundo. Todos nós nos sentimos em dívida com a camisa da seleção brasileira e talvez por isso a gente se cobre tanto internamente a cada competição. Após a derrota contra a Sérvia foi um choradeira geral no vestiário. Fizemos uma primeira fase maravilhosa, quando vencemos os mesmos sérvios com uma atuação muito melhor do que a que tivemos nas quartas, e tínhamos tudo para ter feito história na Espanha. Acho que a principal diferença desse grupo é que tivemos a maturidade necessária para entender o sistema que o Rubén (Magnano) implantou na seleção. Ele conseguiu achar uma forma dessa equipe jogar coletivamente e criou um ambiente onde todos têm orgulho de defender a seleção."
Marquinhos, Brasil X Servia - Basquete (Foto: Agência AP)Destaque da seleção na Copa do Mundo da Espanha, Marquinhos aposta numa medalha em 2016 (Foto: Agência AP)


Jogos Olímpicos do rio de janeiro-2016
"Sabemos que estamos muito perto de conquistar uma medalha história. Acho que temos tudo para chegar nos Jogos Olímpicos de 2016 no auge e com condições de brigar por essa medalha. É claro que teremos as melhores seleções e os grande jogadores do mundo no Rio de Janeiro, mas temos um grupo forte e uma geração maravilhosa vindo por aí, comandada pelo Lucas Bebê e Bruno Caboclo."
copa intercontinental
"Essa conquista é fruto do nosso trabalho. Temos um grande time, uma estrutura incrível e uma torcida maravilhosa que nos apoia em qualquer competição. É um título que ficará marcado para sempre nas nossas carreiras, mas acho que a ficha ainda não caiu. Foi uma semana de muita tensão e complicada e agora eu só quero descansar e relaxar antes dos jogos da pré-temporada da NBA para resolver meu futuro com a cabeça tranquila."

Santos é quem revela mais jogadores para a Série A em 2014; veja o ranking

Peixe foi o primeiro time profissional de 33 jogadores do Brasileirão. Cruzeiro, atual campeão, ocupa apenas a 13ª colocação na lista, com menos da metade

Por Rio de Janeiro
Além de craques e promessas com potencial para defender a seleção brasileira, o Santos revela em uma quantidade não alcançada pelos outros clubes do Campeonato Brasileiro. Dos 651 jogadores que entraram em campo até a 25ª rodada nesta Série A, 33 têm no seu currículo o Peixe como o primeiro clube como profissional. Grêmio, com 26, e São Paulo, com 24, completam o pódio. O Cruzeiro, atual campeão, ocupa a modesta 13ª colocação nesse ranking.
O número do Santos foi turbinado por jogadores que defenderam o próprio time: foram 19. Outros 14 estão espalhados por outros clubes. Neste quesito, Grêmio e São Paulo levam a melhor, já que revelaram 16 atletas (cada um) que estão nos concorrentes.
- O Santos dá oportunidade aos melhores, independentemente da idade. Já houve casos em que atletas tinham propostas mais atraentes financeiramente em outros clubes, mas escolheram o Santos, porque sabem que aqui eles terão chances. Além disso, a torcida valoriza o prata da casa, que sabe que vai ser bem recebido e se sente seguro para desenvolver um bom futebol  - diz o coordenador da base do Santos, Hugo Machado.
Entre os jogadores formados pelo Santos, estão nomes consagrados, como Robinho e Elano, que atuou no Flamengo, e promessas como Gabriel e Geuvânio. Há também aqueles que surgiram como promissores, mas não vivem atualmente o melhor momento na carreira. São os casos de André, do Atlético-MG, e Tiago Luís, atualmente na Chapecoense.

O Grêmio, segundo colocado, tem em sua lista nomes como Walace, de 19 anos e titular do time principal, Ronaldinho Gaúcho, que atuou pelo Atlético-MG, e dois dos principais goleiros do campeonato, Marcelo Grohe, do próprio Grêmio, e Cássio, do Corinthians. São 10 pratas da casa no elenco atual, resultado avaliado como positivo pelo coordenador técnico da base, Junior Chávare.

- Isso é fruto de duas coisas: a integração entre os departamentos de base e dos profissionais e o que chamamos aqui de Projeto Transição, com diversos jogadores sub-19 se revezando no banco do time principal, até para se ambientarem com o elenco - disse.
O São Paulo, assim como o Grêmio, vê os concorrentes usarem mais as suas revelações do que ele próprio. Tardelli (Atlético-MG), Emerson (Botafogo) e Jean (Fluminense) são três bons exemplos dos 16 que estão em outros clubes. Os 10 que estão no Morumbi vão de promessas como Auro e Ademílson ao trintão Kaká, que voltou após passagem pela Europa.
Corinthians e Cruzeiro aparecem na metade de baixo do ranking pelo mesmo motivo: usam pouco seus pratas da casa, embora haja um número razoável de jogadores seus em outros clubes. O primeiro tem 14 em outros clubes e, no Parque São Jorge, apenas Fagner, Malcom, Paulo Victor e Zé Paulo. O segundo tem 12 espalhados pelos rivais e Alisson, Lucas Silva, Mayke - esses três, titulares - e Wallace na Toca da Raposa.
Na última posição da tabela está a Chapecoense, que revelou apenas dois jogadores para a Série A: o lateral-direito Fabiano e o zagueiro Douglas Grolli, ambos no próprio clube. Entre os clubes de fora da Série A, destaca-se o Guarani. O clube campineiro, que luta contra o rebaixamento na Série C, revelou nove jogadores que atuam no Brasileirão, três a mais do que Vasco, América-MG e Vélez Sarsfield-ARG, estrangeiro que mais fornece jogadores para a primeira divisão.

Os clubes da Série A revelaram, ao todo, 351 dos 651 jogadores que atuaram no Brasileiro até a 25ª rodada, o que corresponde a 54%. O levantamento teve como critério o primeiro time pelo qual o jogador atuou profissionalmente, desde que estivesse vinculado a esse clube, e não emprestado.

O "caso Petros" andou. Na última sexta-feira, o auditor do STJD Gabriel Marciliano Júnior concluiu o inquérito aberto para apurar uma eventual irregularidade na inscrição do meia do Corinthians.

Em resumo: Petros apareceu no BID da CBF no dia 1 de agosto, uma sexta-feira, mas o contrato registrado na Federação Paulista de Futebol tem data de 2 de agosto (um sábado). O jogador enfrentou o Coritiba no dia 3 de agosto. Neste link há um texto mais detalhado sobre o caso. O Corinthians afirma ter cumprido os dois requisitos para escalar o jogador: ter seu nome publicado no BID e ter um contrato válido.

No despacho, ao qual este blog teve acesso, Marciliano Júnior escreve que há possibilidade de que CBF, FPF e Corinthians tenham infringido regras legais e/ou regulamentares. O caso agora está com a procuradoria do STJD, que pode denunciar as três partes envolvidas ou arquivar o caso. O auditor recomenda que o caso não seja arquivado.

- Não posso negar as possibilidades de erro material, de mero equívoco, etc. No entanto, pelos documentos constantes dos autos e pelas informações oficiais, sobretudo pelas informações prestadas pela própria CBF, não me vejo diante da hipótese de arquivamento do Inquérito.

Do despacho de Gabriel Marciliano Júnior constam perguntas e respostas feitas ao departamento de registro da CBF. A partir dessas informações, o auditor conclui:

- As próprias respostas do Diretor de Registro e Transferência estão indicando que, no mínimo, falhas existem no sistema.

A seguir, trechos do documento:

A Indagação feita por este relator, no sentido de ser ou não possível a um atleta rescindir seu contrato de trabalho e no mesmo dia firmar e registrar outro, a resposta da CBF foi afirmativa: “Sim, o jogador pode rescindir um contrato no dia e fazer um novo.”

Ao pedido de informação de se há casos de rescisão de contrato por empréstimo sem assinatura do clube cedente, respondeu: “Pode, pois os clubes tem a praxe de autorizar empréstimos e rescisões de empréstimos através de ofícios.”

Ao responder a indagação, se não deveria constar o motivo da rescisão do atleta, no campo 13, informou: “Essa informação é relevante, mas as vezes os clubes não colocam.”

A indagação “informe se há publicação do BID aos sábados e domingos” respondeu: “Sim, depende somente das Federações registrarem os contratos nos fins de semana, mas normalmente elas não trabalham fins de semana.”

A indagação “informe se é regulamentar ou hábito da CBF registrar no BID contratos ainda não vigentes”, respondeu: “De acordo com a RDP 03/2007 a responsabilidade de registrar os contratos é das federações, elas que registram. Estamos aperfeiçoando, e agora não é mais permitido.”

A última indagação se houve outra publicação no BID do atleta Petros, após aquela lançada no dia 01/08/2014, a resposta fou taxativa: “Não.”

Trio de Ferro paulista sofre no 2º turno e emperra no Campeonato Brasileiro

Com campanhas iguais na segunda metade da competição, São Paulo e Corinthians veem vaga na Libertadores sob risco, e Palmeiras não consegue escapar da degola

Por São Paulo
O Trio de Ferro paulista enferrujou. Se no Palmeiras os sinais de oxidação são claros e preocupantes desde o início do Campeonato Brasileiro, as aspirações de Corinthians e São Paulo, que passaram todo o primeiro turno como candidatos a destronar o Cruzeiro, começaram a ser corroídas no começo desta segunda metade do torneio. Os maus resultados, que mantêm o alviverde na zona de rebaixamento, agora também afastam os rivais da capital da luta pela taça e ameaçam a participação do estado na próxima Copa Libertadores.
Cada um, porém, tem seus próprios problemas para se preocupar. E, para que tenham algo a comemorar no fim da competição, é preciso resolvê-los com rapidez. Em seis jogos no returno, as três equipes têm campanhas idênticas: sete pontos, com duas vitórias, um empate e três derrotas – no mesmo período, Internacional e Atlético-MG somaram 13 pontos e mudaram suas ambições: o primeiro agora sonha com o título, o segundo entrou, finalmente, no G-4.
São Paulo: crise dentro e fora de campo
A derrocada são-paulina começou, ironicamente, no momento em que a equipe mais se aproximou da primeira colocação. Após bater o Cruzeiro por 2 a 0 em casa, na 21ª rodada, diminuiu para apenas quatro pontos a vantagem mineira na ponta. No dia seguinte, o presidente Carlos Miguel Aidar concretizou a crise que se anunciava ao demitir o ex-mandatário tricolor Juvenal Juvêncio do cargo que ocupava no comando da base do clube.
O técnico Muricy Ramalho prometeu proteger o elenco das polêmicas de bastidores, mas a sequência de tropeços deixa dúvidas sobre a eficácia dessa blindagem. A partir de então, o São Paulo perdeu três vezes – Coritiba, Corinthians e Fluminense – e empatou com o Flamengo. Se tivesse levado os 12 pontos, deixaria o Morumbi, no último sábado, um ponto à frente do Cruzeiro.
Rogério vê a bola passar em gol do Flu, na última rodada: São Paulo não vence há quatro jogos (Foto: Marcos Ribolli)

O celebrado quarteto ofensivo, com Kaká, Ganso, Alan Kardec e Pato, esfriou. Mas a defesa tem participação mais objetiva nessa fase ruim: foram 11 gols sofridos nessas quatro partidas, um terço de todos as bolas que balançaram a rede da equipe em todo o torneio – apenas Figueirense, Palmeiras e Vitórias têm desempenho pior até aqui.
 – Quando faz os gols, a defesa ajuda. Quando toma, é só a defesa. Somos um time. Temos de valorizar, principalmente quando ficamos invictos. Quem sofre os gols é o time todo, não só a defesa. Tem que recuperar o time como um todo – disse Milton Cruz, que substitui Muricy no banco desde a semana passada, quando o titular sofreu uma arritmia cardíaca.
 Somos um time. Quem sofre os gols é o time todo, não só a defesa. Tem que recuperar o time como um todo
Milton Cruz
Na terceira posição, com 43 pontos, o elenco já não alimenta mais a esperança de um sétimo título brasileiro.
– Além de estarmos muito atrás do Cruzeiro, cada vez tem menos jogos – afirmou Luis Fabiano, que elevou o clima do elenco ao reclamar de ser reserva após a derrota para o Flu.
No sábado, a equipe viaja para enfrentar o Grêmio. Os gaúchos têm a mesma pontuação e podem tirar o Tricolor do G-4 pela primeira desde a 15ª rodada. Antes, entretanto, o São Paulo inicia a disputa das oitavas de final da Copa Sul-Americana, terça, contra o Huachipato, do Chile, no Morumbi.
corinthians: um visitante inofensivo
Por rodadas, receber o Corinthians em casa era um tormento para os anfitriões. A equipe de Mano Menezes sempre trazia ao menos um ponto de suas viagens pelo Brasileiro. Foi só na 17ª partida que o alvinegro perdeu um jogo como visitante, para o Grêmio, por 2 a 1. Foi, também, a última vez que anotou um gol longe da Arena de Itaquera.
Neste segundo turno, o time do Parque São Jorge foi derrotado nas três vezes que deixou São Paulo – mais do que em toda a primeira metade do torneio, quando perdeu só dois jogos. O ataque passou em branco contra o Flamengo, Figueirense e Atlético-PR, todos em posições inferiores na tabela, em derrotas sempre por 1 a 0.
Além da seca de gols, há outro padrão negativo nessa sequência de reveses corintianos: o baixo número de finalizações. Foram apenas seis em Florianópolis e Curitiba e só cinco no Rio de Janeiro. Quando mandante, a produção ofensiva da equipe é bem superior. Em seus domínios, o Corinthians costuma incomodar mais os goleiros rivais – foram 13 chutes a gol contra a Chapecoense, 12 no clássico com o São Paulo e 10 na meta do Atlético-MG.
Contra o Atlético-PR, Corinthians completou quatro partidas sem marcar gols fora de casa (Foto: Getty Images)

– Penso que o Corinthians jogou melhor que o Atlético-PR. Controlou todo o jogo. O torcedor (curitibano) estava vaiando a equipe porque o Corinthians estava taticamente muito melhor, mas com o seu defeito: concluindo pouco. É isso que, como time, temos de corrigir. Quando se joga melhor, como jogamos, você tem de criar oportunidades – analisou o treinador.
Sobrou não só para os atacantes, mas também para os homens de meio-campo, que, segundo Mano, construíram poucas oportunidades paras os companheiros.
Corinthians estava taticamente muito melhor (contra o Atlético-PR), mas com o seu defeito: concluindo pouco. É isso que, como time, temos de corrigir.
Mano Menezes
– Só criando e concluindo bem que podemos chegar a marcação do nosso gol. Esse jogo é completamente diferente do de quarta-feira passada (contra o Figueirense). Jogamos bem como equipe hoje (domingo). O que nos faltou mesmo foi a criação com mais qualidade, e a definição dessa criação, traduzindo em chances de gol.
O desempenho recente tirou o Corinthians da zona de classificação para a Libertadores, onde era frequentador assíduo desde a oitava rodada. Estacionado nos 40 pontos, viu Atlético-MG, Grêmio e Fluminense o ultrapassarem e, na sétima colocação, já convive com a sombra de Santos e Sport, quatro pontos abaixo.
Na próxima rodada, sábado, conta com seu principal trunfo, a Arena, para retomar o caminho do G-4 exatamente contra os pernambucanos. Depois, porém, a tabela reserva uma preocupação para a torcida alvinegra: o time fará três partidas longe de São Paulo contra Cruzeiro, Botafogo e Internacional. A possibilidade de terminar o Brasileiro abaixo da quarta posição faz o técnico Mano Menezes tratar o confronto com o Atlético-MG, pelas quartas da Copa do Brasil, como uma “final”. O jogo de ida é nesta quarta, às 22h, em Itaquera.
palmeiras: reação, apesar dos pesares
O Palmeiras é o 17º colocado, dentro da zona de rebaixamento do Brasileiro e, nas últimas três rodadas, foi goleado pelo Goiás (6 a 0) e perdeu de virada para o Figueirense (3 a 1). A frieza dos números, entretanto, mostra uma pequena reação alviverde no torneio. Nos seis primeiros jogos do segundo turno, a equipe anotou mais pontos do que nas seis partidas anteriores. Mas ainda pouco: os sete pontos (contra quatro da parte final do primeiro turno) não foram suficientes para livrar o alviverde da degola.
As duas vitórias alviverdes a partir da 20ª rodada deram um pouco de oxigênio ao time, mas não servem para projetar um futuro muito melhor. Os jogadores de Dorival Júnior só conseguiram bater, até aqui, rivais que ocupam posições abaixo na tabela, o Criciúma (1 a 0) e o Vitória (2 a 0). Como está no limite dos que caem, resta ao Palmeiras enfrentar apenas o Coritiba entre os que estão piores classificados.
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Lúcio comemora gol contra o Vitória, mas reação discreta ainda não tirou Palmeiras do Z-4 (Foto: Marcos Ribolli)


Para evitar o desânimo de seus comandados, o técnico tem utilizado discursos positivos e motivação para tentar tirar o clube do que pode ser seu terceiro rebaixamento desde 2002.
– Jamais vou desanimar dentro da minha profissão. Você exerce uma função e, se chegar desanimado, é natural que teu grupo vai se sentir da mesma forma. Não existe isso. Estamos trabalhando muito e o Palmeiras vai sair dessa situação. Se continuarmos trabalhando dessa forma, fatalmente iremos encontrar nosso caminho – disse Dorival depois do último jogo.
 Jamais vou desanimar dentro da minha profissão. Estamos trabalhando muito e o Palmeiras vai sair dessa situação.
Dorival Júnior
Para os que preferem ver o copo meio cheio, a parte de baixo da tabela do Brasileiro é um alento. A ameaça de degola ronda ao menos 11 clubes – só sete pontos separam o Palmeiras do Figueirense, 12º colocado (32 a 25) – e os paulistas ainda farão confrontos diretos com boa parte deles.
O primeiro é já nesta quinta-feira, no Pacaembu, quando enfrenta a Chapecoense. A equipe de Santa Catarina tem 28 pontos, mas um triunfo palmeirense tira o clube do Z-4 por causa do primeiro critério de desempate, o número de vitórias. Seria um alívio, ainda que insuficiente para abandonar a calculadora tão cedo.

Valdivia pega dois jogos de gancho no STJD; Palmeiras vai recorrer

Chileno, que havia cumprido uma partida na goleada por 6 a 0 para o Goiás, não poderá pegar a Chapeconse na próxima quinta-feira. Verdão tentará reduzir a pena

Por Rio de Janeiro
Valdivia Palmeiras STJD (Foto: Gustavo Rotstein )Valdivia acompanha julgamento por pisão em Amaral no STJD (Foto: Gustavo Rotstein )
O meia Valdivia escapou de uma punição pesada no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Em julgamento realizado na tarde desta segunda-feira, no Rio de Janeiro, o chileno foi punido pelo cartão vermelho diante do Flamengo, no último dia 17, com dois jogos de suspensão. Ele corria o risco de pegar até 12 partidas de gancho.
Como o Mago já cumpriu um jogo, o atleta terá de ficar fora da próxima rodada do Campeonato Brasileiro - o Palmeiras encara a Chapecoense, quinta-feira, no Pacaembu.
O departamento jurídico do Verdão vai entrar com um recurso no STJD pedindo a diminuição da pena do Mago para uma partida. Além disso, o clube tenta um efeito suspensivo para dar condições de jogo ao atleta até que o recurso seja julgado.
 
- Falaram em pena entre quatro e 12 jogos de suspensão. Também se falou em agressão, e terminei com dois jogos e arquivado em ato hostil. Depois de tudo o que se falou, claro que é uma alegria pegar só essa quantidade de jogos. Em um momento torcemos para que fosse um, que foi cogitado (por um dos auditores). Mas sei muito bem do rigor desse tribunal. Foram as mesmas pessoas que analisaram o caso do Petros. O saldo, então, não foi tão negativo assim, como se falou depois do jogo contra o Flamengo - disse Valdivia, referindo-se ao primeiro julgamento do volante corintiano, que pegou 120 dias por agredir um árbitro durante um jogo contra o Santos (semanas depois, em outro julgamento, a pena foi reduzida para três partidas).
Depois de tudo o que se falou, claro que é uma alegria pegar só essa quantidade de jogos
Valdivia
Questionado sobre a sua versão do que ocorreu no lance da expulsão, o Mago voltou a mostrar arrependimento, mas não soube dar uma explicação específica.
- Não vou poder responder isso, porque até hoje não sei o que passou pela minha cabeça. Tanto que logo em seguida tive uma reação de arrependimento. E claro que jamais vou machucar alguém, porque não desejo isso a ninguém. Foi uma reação que não sei explicar, mas agora também ficar falando daquele lance não adianta muito, porque a punição já foi dada e vou ter de cumprir dois jogos. E além desses dois jogos, o que mais tive de aceitar foram as críticas pela minha atitude - afirmou o chileno.
Valdivia STJD Julgamento (Foto: Gustavo Rotstein)Valdivia concede depoimento no plenário do STJD, no Rio de Janeiro (Foto: Gustavo Rotstein)
No jogo contra o Flamengo, válido pela 22ª rodada do torneio nacional, Valdivia entrou no segundo tempo e mudou o jogo. Deu novo ritmo ao ataque palmeirense, conseguiu assistência para o gol de Victor Luis, que empatou o placar em 2 a 2, mas acabou recebendo cartão vermelho do árbitro Anderson Daronco após pisar em Amaral depois de uma disputa de bola.
Denunciado pelo STJD por agressão no artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, o atleta corria o risco de pegar uma punição de até 12 jogos. Mas o departamento jurídico do Verdão conseguiu descaracterizar o lance para "ato hostil", o que diminuiu a pena.
Nada há de agressão ali. Há uma provocação, sim. O Amaral deu um cutucão, e o Valdivia retribuiu com um cutucão na nádega. O que ele fez ali não matava uma formiga
André Sica, advogado do Palmeiras
- Nada há de agressão ali. Há uma provocação, sim. O Amaral deu um cutucão, e o Valdivia retribuiu com um cutucão na nádega. O que ele fez ali não matava uma formiga. Ele simplesmente encosta no atleta adversário. Para constituir uma agressão é querer ver o adversário contundido - afirmou André Sica, advogado do Verdão, durante o julgamento.
No total, cinco auditores votaram no julgamento de Valdivia. Três deles (Douglas Blaichman, Felipe Bevilacqua e Paulo Valed Perry) pediram uma punição de dois jogos, enquanto outros dois pediram uma suspensão de três (Vinicius de Sá Vieira) e de uma (Washington Rodrigues de Oliveira) partida.
No clube existia um temor grande por uma punição mais rígida ao meia. E toda essa apreensão se justifica nos números da equipe no Brasileirão. Com o chileno em campo, o Palmeiras conquistou 41,66% dos pontos disputados. Foram três vitórias, um empate e quatro derrotas em oito partidas. Na ausência do Mago, o aproveitamento da equipe alviverde cai para 29,41%, com quatro vitórias, três empates e dez derrotas em 17 jogos. 
Valdivia pisa em Amaral, do Flamengo, em partida válida pela 22ª rodada (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)

Emerson e Julio Cesar pegam quatro jogos de suspensão por ofensas

Clube irá recorrer e pedir efeito suspensivo para que dupla possa seguir atuando até novo julgamento. Ramírez, também expulso contra o Bahia, está livre para atuar

Por Rio de Janeiro
Emerson Sheik e Julio César Botafogo julgamento STJD (Foto: Gustavo Rotstein)Emerson Sheik e Julio Cesar foram julgados pelo STJD (Foto: Gustavo Rotstein)
Em julgamento que durou mais de 1h30 no STJD, nesta segunda-feira, o atacante Emerson Sheik, do Botafogo, pegou suspensão de quatro jogos (pena mínima) por ofensas ao árbitro Igor Junio Benevenuto durante derrota por 3 a 2 do Alvinegro para o Bahia, no último dia 17, no Maracanã, pelo Brasileirão. Por outro lado, o jogador acabou absolvido das críticas que fez à CBF, quando se dirigiu a uma câmera para falar que a entidade era "uma vergonha".
- Embora houvesse uma enorme confiança, era ponto de interrogação tentar imaginar o que iria acontecer. Respeito a decisão do tribunal, mas o atleta não gosta de ficar fora. Comigo não é diferente. Quero participar, ajudar o Botafogo, principalmente agora que (o time) está passando por um momento difícil na competição. Então, respeito a decisão, mas saio triste porque quero jogar - afirmou Sheik, após o julgamento.
Quando cheguei aqui, vi um monte de engravatados querendo me enforcar. Mas me surpreenderam porque conseguiram dar um passo à frente, principalmente em relação ao futebol, preservando a democracia".
Emerson Sheik
Outros dois botafoguenses estiveram no banco dos réus nesta segunda. Julio Cesar também pegou quatro jogos por ofensas à arbitragem na mesma partida. Já Ramírez, outro expulso no jogo com o Tricolor baiano, foi punido com uma partida de suspensão. Mas como já cumpriu a automática, está liberado para jogar. Sheik e Julio já cumpriram um jogo, cada, então são desfalques contra Vitória, Palmeiras e Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro. Como a pena não é válida para a Copa do Brasil, a dupla está disponível para enfrentar o Santos, nesta quarta-feira.
O Botafogo anunciou que vai recorrer da decisão nesta terça-feira. O Departamento Jurídico alvinegro irá entrar também com um pedido de efeito suspensivo para que Sheik e Julio Cesar possam seguir atuando até o novo julgamento.
Emerson foi denunciado por infringir os artigos 243-F (Ofensa à arbitragem), 254 (Jogada violenta), e 258 (Atitude reiterada de afronta e reclamação contra instituições e autoridades com claro intuito intimidatório e desrespeitoso através da mídia) do CBJD - Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Sobre o primeiro caso, o árbitro do jogo, Igor Junio Benevenuto, relatou na súmula que advertiu Sheik quando o jogador teria disparado: "Apita essa p...!". Acrescentou ainda que, após a expulsão, ouviu o seguinte do atleta: "Safado, sem vergonha, você é um m..., vagabundo, não apita nada!". Benevenuto justificou que o vermelho foi originado por "chute (de Sheik) na altura da coxa direita de seu adversário de número 8 (Uelliton)". A frase "CBF, você é uma vergonha" (relembre em vídeo abaixo), proferida diante das câmeras do Premiere, enquadrou-se no artigo 258.
 
Confira entrevista concedida por Sheik após o julgamento:
Temia que sofresse uma punição exemplar?
- Acho que a bancada hoje deu um espetáculo, preservando a democracia. Não sou um cara muito emotivo, mas ouvi cada palavra, cada frase em relação ao desabafo, a manifestação e a tudo que vocês (jornalistas) criaram em torno disso, quase me prejudicando. Sou muito sincero. Realmente quando cheguei aqui, vi um monte de caras engravatados querendo me enforcar. Mas eles me surpreenderam porque conseguiram dar um passo à frente, principalmente em relação ao futebol, preservando a democracia e o direito de cada um falar o que quer.
Gostaria de participar da reunião proposta pela CBF entre capitães e árbitros?
- Acho que a CBF mais uma vez está agindo equivocadamente em relação a isso. Porque o ideal seria não só a presença dos capitães, mas que todos pudessem participar, já que quando tem um jogo de futebol não são só os capitães que jogam. Acho que quem quer fazer algo para melhorar a arbitragem deveria disponibilizar profissionais qualificados para ir aos clubes para detalhar aos atletas, e não só os capitães, um plano para que a competição até o fim do ano não... não posso falar besteira, estou aqui dentro ainda (risos).
Vai continuar falando o que pensa?
- Muitos de vocês pensam que atletas são ignorantes. Não são. Eu ouvi muito bem, fui muito atencioso a cada frase usada por eles. Vamos escolher a maneira e o lugar certo de falar. Atletas deveriam aproveitar esse momento, que não é normal, para se unirem. Nós precisamos participar de tudo isso sem medo. Eu talvez não tenha escolhido o melhor lugar, mas essa bancada teve sensibilidade para entender isso. Devemos participar dessa discussão, porque se não fossem os atletas não existiria o futebol.
Espera jogar no sábado?
- Acabei de sair do julgamento e a cabeça está a milhão. Agora vamos ter uma reunião no clube, ouvir o pessoal e ver os próximos passos. Naturalmente que tenho vontade de jogar, gosto de jogar, ainda mais a situação em que o Botafogo se encontra. Se perguntar minha opinião, minha resposta é que sim.