domingo, 29 de julho de 2012

brasileirão série a

CLASSIFICAÇÃOPJVEDGPGCSG%
1
Atlético-MG
32
13
10
2
1
25
8
17
82.1
2
Vasco
30
13
9
3
1
20
11
9
76.9
3
Fluminense
26
13
7
5
1
22
8
14
66.7
4
Grêmio
24
13
8
0
5
18
12
6
61.5
5
Cruzeiro
23
13
7
2
4
17
14
3
59
6
Internacional
23
13
6
5
2
18
11
7
59
7
São Paulo
22
13
7
1
5
21
16
5
56.4
8
Botafogo
20
13
6
2
5
22
17
5
51.3
9
Corinthians
16
13
4
4
5
13
13
0
41
10
Ponte Preta
16
13
4
4
5
16
17
-1
41
11
Flamengo
16
13
4
4
5
16
21
-5
41
12
Coritiba
15
13
4
3
6
23
27
-4
38.5
13
Sport
14
13
3
5
5
13
19
-6
35.9
14
Náutico
13
13
4
1
8
17
27
-10
33.3
15
Portuguesa
13
13
3
4
6
10
16
-6
33.3
16
Santos
13
13
2
7
4
9
12
-3
33.3
17
Bahia
12
13
2
6
5
11
18
-7
30.8
18
Palmeiras
10
13
2
4
7
13
16
-3
25.6
19
Atlético-GO
9
13
2
3
8
12
25
-13
23.1
20
Figueirense
8
13
1
5
7
13
21
-8
20.5
  • Sab 28/07/2012 - 18h30 Beira Rio
    Internacional
    INT
    0 0
    VAS
    Vasco
  • Sab 28/07/2012 - 18h30 Couto Pereira
    Coritiba
    CFC
    2 1
    GRE
    Grêmio
  • Sab 28/07/2012 - 21h00 Engenhão
    Botafogo
    BOT
    1 0
    FIG
    Figueirense
  • Dom 29/07/2012 - 16h00 Engenhão
    Fluminense
    FLU
    0 0
    CAM
    Atlético-MG
  • Dom 29/07/2012 - 16h00 Morumbi
    São Paulo
    SPO
    4 1
    FLA
    Flamengo
  • Dom 29/07/2012 - 16h00 Ilha do Retiro
    Sport
    SPT
    0 0
    ACG
    Atlético-GO
  • Dom 29/07/2012 - 16h00 Pituaçu
    Bahia
    BAH
    0 0
    COR
    Corinthians
  • Dom 29/07/2012 - 18h30 Vila Belmiro
    Santos
    SAN
    2 1
    PON
    Ponte Preta
  • Dom 29/07/2012 - 18h30 Independência
    Cruzeiro
    CRU
    2 1
    PAL
    Palmeiras
  • Dom 29/07/2012 - 18h30 Canindé
    Portuguesa
    POR
    3 1
    NAU
    Náutico
Taça LibertadoresRebaixados
P pontosJ jogosV vitóriasE empatesD derrotasGP gols próGC gols contraSG saldo de gols(%) aproveitamento
Com dois de Borges, Cruzeiro faz 2 a 1 no Palmeiras e cola no G-4
Raposa está em quinto lugar, atrás do Grêmio. Verdão, que chegou a esboçar reação no segundo tempo, fica na zona de degola
 
DESTAQUES DO JOGO
  • arbitragem
    Fabrício Neves
    Fabrício Neves teve atuação contestada. O pênalti que originou o primeiro gol do Cruzeiro, por exemplo, foi marcado após falta cometida fora da área.  
  • nome do jogo
    Borges
    Com dois gols e boa atuação, Borges voltou a mostrar a habilidade que o levou à artilharia do Brasileirão 2011, quando atuava pelo Santos.
     
  • deu certo
    Wallyson
    O ostracismo foi longo, mas Wallyson voltou bem. O atacante, que entrou no lugar de Wellington Paulista, mostrou boa afinidade com Borges.
A CRÔNICA
por Tarcísio Badaró
196 comentários

Em sua melhor atuação no estádio Independência no Brasileiro, o Cruzeiro venceu o Palmeiras por 2 a 1, neste domingo, em Belo Horizonte. Os gols celestes foram marcados por Borges, o primeiro após pênalti duvidoso, em que os alviverdes reclamaram, com razão, de falta fora da área. Barcos descontou. Com a vitória, o time mineiro, com 23 pontos, colou no G-4 e está em quinto lugar, e empurrou o Palmeiras de volta à zona de rebaixamento, em 18º.
O lateral Ceará, do Cruzeiro, admitiu que foi uma partida difícil, principalmente pelo 2º tempo, mas que o time foi eficiente em campo.
- Nós dominamos bem a partida. O Palmeiras forçou no segundo tempo, mas fomos bem, principalmente na primeira etapa.
O goleiro Bruno, decepcionado com o resultado, que jogou o time paulista para a zona da degola, disse que a posição na tabela não é digna para o time, que recentemente se sagrou campeão da Copa do Brasil.
- É algo para se preocupar. Estamos fazendo muito pouco para o que é o Palmeiras.
Os gols celestes foram marcados por Borges, mas o destaque ficou por conta do atacante Wallyson, que voltou a ser titular e teve pela primeira vez uma grande atuação nesta temporada. Muito pela atuação de Wallyson e Montillo, o Cruzeiro foi soberano a maior parte do tempo. O Palmeiras sentiu os desfalques, principalmente para criar jogadas, e esteve mais perto de levar mais gols do que chegar ao empate.
Borges, Cruzeiro x Palmeiras (Foto: Ramon Bitencourt / Vipcomm)Borges marcou os dois gols do Cruzeiro (Foto: Ramon Bitencourt / Vipcomm)
O Cruzeiro assumiu a quinta colocação, com 23 pontos, um a menos que o Grêmio, quarto colocado. O Palmeiras permaneceu com 10, e caiu duas posições por conta dos resultados de Santos e Portuguesa.
O Palmeiras volta a campo no próximo sábado, quando recebe o Internacional, às 18h30m (de Brasília), na Arena Barueri. O Cruzeiro, no domingo, pega a Ponte Preta, às 18h30m (de Brasília), no Independência.
Lá e cá
Cruzeiro e Palmeiras entraram em campo muito desfalcados. A Raposa teve nova dupla de zaga, o Verdão, mais uma vez, sem Marcos Assunção, além de Valdivia. O time mineiro ainda tinha a novidade da entrada de Wallyson no lugar de Wellignton Paulista. O atacante velocista começou bem e foi ele quem quase marcou aos quatro minutos. Após penetrar na área, tentou encobrir o goleiro e errou por pouco.
O início de jogo foi lá e cá. O Palmeiras marcava bem e conseguiu levar perigo duas vezes, com Daniel Carvalho e Patric. Mas depois dos quinze minutos, o Cruzeiro tomou conta. Após boa trama de Wallyson e Borges pela direita, a bola quase chegou para Tinga marcar. Bruno foi bem e salvou. Aos 24, Montillo finalizou da esquerda para outra boa defesa de Bruno. Logo depois, Ceará cobrou falta no travessão.
O Cruzeiro pressionava, mas tinha dificuldades de penetrar. Por isso foi preciso um contra-ataque para os mineiros abrirem o placar. Aos 34, o Palmeiras cobrou escanteio, e a zaga celeste rebateu. Tinga fez bela enfiada para Montillo, que foi derrubado por João Victor, só que fora da área. Mesmo assim, o árbitro Fabrício Neves deu pênalti. Borges bateu e marcou. Festa nas arquibancadas do Independência.
Após sofrer o gol, o Palmeiras quis sair para o jogo. O Cruzeiro se acuou e deu campo ao adversário. Mas o time de Celso Roth marcou forte, como exige o treinador celeste, e levou a vantagem para o vestiário. Os jogadores do time alviverde deixaram o campo reclamando da marcação do pênalti, que para eles aconteceu fora da área.
Pressão até o fim
O Palmeiras voltou para o segundo tempo com Obina no lugar de Patrik e foi para cima. Com dois atacantes de área, as melhores chances do Verdão eram em bolas alçadas. Roth tentou segurar o ímpeto alviverde recuando Leandro Guerreiro, como já fez outras vezes.
A pressão palmeirense durou dez minutos. A mudança de Roth ajustou o Cruzeiro, e foi justamente com Leandro Guerreiro que começou a jogada do segundo gol celeste. Montillo fez belo passe para Wallyson, que tramou com Tinga e tocou para Borges marcar de novo: Cruzeiro 2 a 0.
A torcida se levantou, e o Cruzeiro cresceu. Em seguida, Guerreiro antecipou, entregou para Montillo, que deu passe magistral para Wallyson. Sozinho com o goleiro, o atacante tentou um toque por cima, mas Bruno salvou.
Felipão colocou mais um atacante em campo, e a mudança surtiu efeito. Logo após entrar, Maikon Leite recebeu lançamento entre os zagueiros e sofreu falta de Victorino dentro da área. Barcos foi para a cobrança do pênalti e fez aos 23 minutos.
O Palmeiras foi atrás do empate e deu espaço para o Cruzeiro. No contra-ataque o time mineiro criou algumas oportunidades para ampliar. A melhor delas com Tinga, aos 33. Roth mexeu no time: sacou o cansado Wallyson para a entrada de Willian Magrão. O atacante cruzeirense saiu aplaudido de campo.
No minuto final, em cobrança de falta, o Palmeiras ainda chegou ao empate, mas a arbitragem havia marcado impedimento. Alívio para os cruzeirenses.
 
Na volta de Ceni, Fabuloso brilha, e São Paulo goleia o Flamengo
Goleiro é principal atração do jogo deste domingo, mas Luis Fabiano faz dois, Tricolor vence por 4 a 1 e deixa Fla em situação complicada
 
DESTAQUES DO JOGO
  • nome do jogo
    Luis Fabiano
    Ainda sem o apoio de parte da torcida, o Fabuloso fez dois gols, ambos de cabeça. No primeiro, comemorou tirando a camisa e levou cartão amarelo.
  • lance capital
    14 do 2º tempo
    Após sucessão de erros da defesa do Fla, Cortez cruza na medida para Luis Fabiano. Com 3 a 0 no placar, Tricolor só administrou o resultado.
  • estatística
    zero
    Esse foi o número de finalizações do Flamengo no primeiro tempo. Após o intervalo, foram cinco. O São Paulo concluiu 13 vezes durante a partida.
A CRÔNICA
por Diego Ribeiro e Sergio Gandolphi
359 comentários
Embalado pela volta de Rogério Ceni, que estreou na temporada após se recuperar de lesão no ombro, e com Luis Fabiano inspirado, o São Paulo goleou o Flamengo por 4 a 1 neste domingo, no Morumbi, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em duelo de duas equipes que ainda se arrumam no Campeonato Brasileiro, a maior qualidade técnica dos donos da casa fez a diferença. A torcida tricolor atendeu ao chamado pelo retorno do capitão e compareceu em peso: foram 35.049 pagantes, recorde de público na competição.
A boa vitória leva o São Paulo aos 22 pontos, mais perto no G-4 e viva na disputa por uma vaga na Taça Libertadores do ano que vem. Além do triunfo, a torcida pôde comemorar o retorno tranquilo de Rogério Ceni, que quase não trabalhou. Já Luis Fabiano se reafirmou com os gols e passou Leônidas da Silva na lista de artilheiros da história do clube - 145 a 144. Mas levou um cartão amarelo - ao tirar a camisa na comemoração do primeiro gol - e ainda mostrou algum rancor com parte de uma torcida organizada.
- Eu não tinha de dar satisfação, tenho de fazer meu trabalho com honestidade, respeitando sempre a camisa do São Paulo. A torcida se manifesta muitas vezes em cima da emoção do jogo, mas a grande maioria ainda me apoia e é nisso que eu tenho de acreditar - afirmou o artilheiro tricolor.
O Flamengo, com mais uma atuação abaixo da média, estaciona nos 16 pontos, na segunda partida de Dorival Júnior no cargo. O time está sem vencer há quatro rodadas (dois empates e duas derrotas) e, sobretudo no primeiro tempo, teve muita dificuldade de criar lances. Tanto é que foi para o intervalo da partida sem finalizar a gol.
- Por todos esses jogos sem vencer, estou com bastante vergonha para falar com a torcida. Tenho uma vitória, uma vida dentro do clube, estou com bastante vergonha para justificar o injustificável - afirmou Ibson.
Na próxima rodada, o São Paulo enfrenta o Sport no domingo, às 16h, no Morumbi. Antes, porém, a equipe de Ney Franco estreia na Copa Sul-Americana diante do Bahia, quarta-feira, às 21h50m, em Pituaçu. Já o Flamengo pega o Atlético-MG no próximo sábado, às 18h30m, no Engenhão. Será o reencontro com Ronaldinho Gaúcho.
Luis Fabiano, São Paulo x Flamengo (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)Luis Fabiano comemora seu primeiro gol contra o Flamengo (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)
Ceni comanda, Fabuloso comemora... e leva cartão
A quase duas horas do início do jogo, a presença de Rogério Ceni já ecoava no sistema de som do Morumbi: a banda australiana AC/DC, que só tem suas músicas executadas no estádio quando o goleiro está em campo. Quando o ídolo subiu para o gramado, então, parecia título. Por mais de um minuto, Rogério teve seu nome gritado seguidamente, e ele retribuiu com acenos e um gol de falta no aquecimento. A torcida ficou animada com a presença do ídolo, esperando por uma grande exibição. Esse clima contagiou os jogadores em campo.
Na equipe rubro-negra, por outro lado, apatia. Dorival Júnior escalou Camacho e pediu aproximação constante com Vagner Love, algo que não ocorreu. Apagado, Ibson contribuiu muito pouco e não fez a ligação entre meio e ataque. Apenas Léo Moura, pela direita, tentou algo diferente, mas teve de recuar quando Cortez percebeu a avenida às costas do ala flamenguista.
No ataque, outro que retornava ao São Paulo queria jogo, enfiava-se no meio de Welinton e González e criava chances. Recuperado de uma lesão na coxa, Luis Fabiano teve duas ótimas chances de abrir o placar, ambas em vacilos de uma zaga que custa a passar confiança. Num escanteio, Welinton olhou de um ângulo privilegiado - do chão, bem à sua frente - a cabeçada firme que Paulo Victor salvou. Depois, Luis Fabiano se antecipou à zaga, finalizou de direita e o goleiro trabalhou bem novamente.
Quando o Flamengo se organizou no miolo da zaga, deu espaço no meio-campo. E Maicon, que ainda não havia aparecido no jogo, aproveitou a brecha para fazer o que mais gosta: chutar de longe. Aos 41 minutos, o meia recebeu de Rodrigo Caio, olhou para o gol, percebeu o posicionamento de Paulo Victor e bateu cruzado, sem tanta força. A marcação não chegou, o goleiro não alcançou, e o São Paulo fez 1 a 0, segundo gol de Maicon no Brasileirão. Lá atrás, Rogério Ceni vibrava como um garoto.
Mesmo com a vantagem, Luis Fabiano insistia em deixar sua marca. Logo ele, que vivia às turras com a torcida nos últimos dias, aproveitou novo escanteio de Jadson e cabeceou aos 46 minutos, em cima de Ibson e Camacho, bem mais baixos do que o centroavante - outro indício da desorganização deste Flamengo. Paulo Victor saiu mal, e o Tricolor fez 2 a 0. Na comemoração, o Fabuloso tirou a camisa, beijou o escudo e... levou cartão amarelo. E ainda se igualou a Leônidas da Silva como o sétimo maior artilheiro da história do clube: 144 gols.
Vagner love, são paulo e flamengo (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)Bem marcado, Vagner love pouco fez na partida (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)
Tricolor goleia. No Fla, desolação
Dorival queimou suas três substituições antes do segundo tempo. No fim da etapa inicial, Airton, machucado, deu lugar a Amaral. No intervalo, os sumidos Camacho e Adryan deram lugar a Bottinelli e Thomás, respectivamente. Se não deu para exibir um futebol vistoso, ao menos o Flamengo deu sinais de reação. Thomás mudou a dinâmica do ataque, aproximando-se de Vagner Love e partindo para cima dos zagueiros. Sozinho, porém, o meia-atacante não tinha como resolver.
Com o domínio das ações, o São Paulo ampliou aos 14 minutos, em uma troca de passes precisa: Ademilson para Maicon, para Cortez, que acertou belo cruzamento para Luis Fabiano. Sozinho, ele só tirou de Paulo Victor e chegou aos 145 gols com a camisa tricolor: 3 a 0. Na comemoração, tensão. O centroavante comemorou com os companheiros, e parte da torcida, a organizada, gritou só o nome de Ademilson, que iniciou a jogada.
Só aí, com um déficit de três gols na conta, é que o Flamengo deixou de ser tímido e passou a arriscar. Ramon diminuiu o placar, aos 21, na segunda finalização da equipe no jogo, a primeira a gol. A estatística ajuda a explicar a apresentação deste domingo: uma equipe que corre, se esforça, mas não tem criatividade suficiente para superar uma defesa armada. No fim, com as mãos apoiadas sobre os joelhos, Vagner Love era a imagem da desolação.
Mesmo com algumas ameaças tardias do Flamengo, o Tricolor segurou a vitória com tranquilidade. O Flamengo estava tão desligado em campo que nem percebeu que o rival chegou a ficar com 12 jogadores em campo num determinado momento. Rodrigo Caio foi substituído por João Schmidt, mas se esqueceu de sair. Ele ficou ali, escondido pela direita, até Dorival Júnior perceber o erro e comunicar o árbitro. O volante saiu e ainda levou cartão amarelo.
Havia tempo para mais. Aos 48 minutos, Jadson recebeu ótimo passe de Luis Fabiano e marcou o quarto. Em ritmo de treino. Rogério Ceni saiu muito satisfeito com a festa - e a vitória, claro - em seu retorno. A confiança do time aumentou com o ídolo e capitão em campo. No Flamengo, muito a corrigir. A expressão preocupada de Dorival Júnior deixa transparecer o tamanho do trabalho que ele terá nos próximos dias.
 
Flu para o líder Atlético-MG, mas não consegue sair do zero no Engenhão
Em jogo equilibrado, Tricolor pressiona no fim, tem gol de Fred mal anulado, e goleiro Victor sai como destaque do Galo, que foi melhor só no 1º tempo
 
DESTAQUES DO JOGO
  • o nome do jogo
    Victor
    O goleiro do Atlético-MG fez três boas defesas na partida, a mais difícil delas em cabeçada de Wellington Nem no fim do primeiro tempo.
  • lance capital
    42 do 2º tempo
    Wellington Nem lança Fred, que dribla Victor e faz o gol. O assistente marca impedimento, mas o zagueiro Leonardo Silva dava condição de jogo.
  • estatística
    faltas
    Wellington Nem foi o jogador mais caçado da partida, sofrendo oito faltas. O que mais cometeu foi outro atacante: o atleticano Jô, que fez seis.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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A sequência de vitórias do Atlético-MG finalmente foi interrompida. Mesmo assim, o Fluminense não foi capaz de derrotar o líder do Campeonato Brasileiro, e o duelo no Engenhão, na tarde deste domingo, terminou 0 a 0. O Galo, no entanto, contou com uma ajudinha da arbitragem, que marcou impedimento em gol legal de Fred, em lance difícil aos 42 minutos do segundo tempo.
Ao final da partida, alguns jogadores tricolores foram em direção ao auxiliar Vicente Romano Neto para protestar.
- Estávamos a seis pontos do Atlético. Se ganhássemos, estaríamos no bolo de novo. E agora, como faz? Treinamos a semana inteira para isso aí. Se ele tivesse errado na hora do lance, não teria nada. Por que ele esperou driblar goleiro, colocar a bola na rede, para invalidar o gol? Levei uns cinco segundos nisso - reclamou Fred, na saída do campo.
Com dois times ofensivos, os 16.175 pagantes (19.761 presentes) viram um jogo equilibrado, com alternância de domínio, e o goleiro Victor como um dos destaques, segurando o Tricolor. Com o resultado, as posições e distâncias entre os primeiros não mudam. A equipe mineira, que vinha de sete vitórias, soma agora 32 pontos, dois à frente do Vasco, que empatou com o Inter no sábado, e seis de dianteira sobre o Fluminense, que foi a 26.
Ronaldinho Gaúcho, que jogou no Rio pela primeira vez desde sua mudança do Flamengo para o Atlético-MG, criticou o gramado.
- Com o campo horrível, não havia chance de fazer jogada ou tentar tabela, só com bola aérea. E, como o nosso ataque é baixo, só restava o Jô - analisou o meia, que ressaltou a importância do empate. - Fora de casa, contra um dos favoritos, é um ponto importantíssimo.
O Fluminense, que usou a camisa tricolor após nove rodadas, volta a jogar no próximo domingo, às 16h, contra o Coritiba, no Couto Pereira. O Atlético-MG repete a dose no Engenhão, medindo forças desta vez com o Flamengo, às 18h30m de sábado. Será o reencontro de Ronaldinho Gaúcho com os rubro-negros.
Ronaldinho e Digao, Fluminense x Atlético-MG (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)Em sua volta ao Rio, Ronaldinho enfrentou boa marcação de Digão (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)
Alternância de domínio e bom futebol
Se o Galo não dá brecha para ninguém na ponta há mais de um mês, no duelo com o terceiro colocado a alternância de domínio foi marcante. Contando com o apoio da torcida, o Flu começou assustando. Carlinhos cruzou para Fred, que dominou e, sozinho, na marca do pênalti, bateu mal. Um cartão de visitas aos três minutos, que precedeu o controle territorial pelo menos até os 15 minutos. Mas o time mineiro soube se segurar. E esperou passar a correria.
Aos poucos, nos contragolpes, o visitante se soltou e gostou do jogo. Foi a sua vez de envolver o Tricolor, que pecava na saída de bola. Deco também não brilhava. Ronaldinho, por sua vez, sobressaía no retorno ao Rio desde que deixou o Flamengo. Mesmo marcado de perto por Digão, o camisa 49 finalizou duas vezes com perigo e distribuiu bons passes, não aproveitados por Jô, que parou em Diego Cavalieri.
Com jeitão de decisão, a partida também era pegada, com muitas faltas, reclamações e tensão. O Atlético-MG recebeu dois cartões antes da metade da etapa (Danilinho e Junior Cesar) e reclamou dos critérios do árbitro. Um lance em especial criou polêmica: a bola bateu no braço de Wallace dentro da área, desviando sua trajetória. Mas Rodrigo Braghetto tratou como acidente e mandou seguir.
Mais compacta, a equipe de Cuca deixou o Flu para trás nos números de posse de bola: 52% a 48%, apesar de ter finalizado menos - 6 a 4. Nos dez minutos finais do primeiro tempo, a pressão cresceu, com jogadas ensaiadas diversas, passando quase sempre por todo o quarteto formado por R49, Danilinho, Bernard e Jô. Antes do apito, porém, a melhor chance foi tricolor: Wellington Nem escorou cruzamento da esquerda e obrigou Victor a fazer uma belíssima defesa com o braço esquerdo.
Fred, Fluminense x Atlético-MG, Gol Anulado (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)Vicente Romano Neto levanta a bandeira, enquanto Fred dribla Victor (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)
Flu pressiona e acaba prejudicado
Sem alterações, os rivais voltaram mais cautelosos. Não sair derrotado passou a ser a ordem de lado a lado no começo. Ainda assim, o jogo não perdeu tanto em emoção. Aos 12 minutos, Fred aproveitou uma bola dividida no meio, arrancou, bateu na saída de Victor, mas parou novamente no goleiro. A resposta foi imediata: Marcos Rocha levantou bola para Danilinho, na área, mas o meia-atacante isolou. A jogada inflamou a torcida do Galo por alguns momentos.
Cuca e Abel, então, resolveram explorar as opções no banco de reservas para achar um detalhe que quebrasse o equilíbrio. Marcos Junior entrou no lugar de Thiago Neves e transformou o Flu em um esquadrão à antiga, com dois pontas velozes e um centroavante. Já os mineiros fizeram trocas simples: Bernard, que saiu por causa de uma pancada na coxa direita, por Escudero, e Danilinho por Guilherme.
Daí em diante, o Tricolor retomou as rédeas de vez e ensaiou uma pressão. De todos os lados Victor foi bombardeado, mas manteve-se seguro. A essa altura, o Galo tinha dificuldades para sair e só criou perigo em bola isolada de Ronaldinho. Até que aos 42, Fred foi lançado, em condição legal, driblou o goleiro e marcou o gol, anulado pelo assistente Vicente Romano Neto. O time se desestruturou e não foi capaz de criar mais nada nos acréscimos.
O erro - milimétrico, diga-se - foi muito contestado até depois do apito final. Os jogadores cercaram o trio de arbitragem, alegando demora na hora de parar a jogada.
 

Em ritmo de treino, seleção masculina
de vôlei estreia com vitória nos Jogos

Contra a frágil Tunísia, Brasil tem retornos de Ricardinho e Giba em triunfo fácil por 3 sets a 0 na primeira rodada do Grupo B

Por GLOBOESPORTE.COM Londres, Inglaterra
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Mal dá para chamar de estreia. O primeiro jogo da seleção brasileira masculina de vôlei em Londres 2012 pareceu mais um treino. Diante da frágil equipe da Tunísia, os brasileiros aproveitaram para se acostumar à quadra da Arena de Vôlei. Deu também para o levantador Ricardinho fazer sua reestreia em Olimpíadas, e para o técnico Bernardinho dar ritmo de jogo para Giba. A vitória acabou vindo naturalmente: 3 sets a 0, parciais de 25/17, 25/21 e 25/18.
vôlei Murilo Endres Olimpíadas (Foto: Getty Images)Maior pontuador brasileiro ao lado de Lucão, com nove pontos, Murilo comemora (Foto: Getty Images)
Com a vitória o Brasil divide a liderança do Grupo B com a Rússia e os Estados Unidos, que derrotaram Alemanha e Sérvia, respectivamente. Os quatro primeiros da chave avança para a próxima fase. O próximo adversário brasileiro é a seleção russa, na terça-feira, às 18h (de Brasília). O SporTV transmite o duelo, e o GLOBOESPORTE.COM em Tempo Real.
O primeiro set não deu nem para o Brasil suar, nem para o torcedor se empolgar. Sem encontrar qualquer resistência do adversário, a seleção brasileira atropelou e abriu vantagem sem muito trabalho. De marcante mesmo, apenas o retorno de Ricardinho ao solo olímpico, quando a equipe já vencia por 20/13. E, depois que Murilo fez o ponto no lance seguinte, o levantador recebeu abraços de seus companheiros.
A Tunísia até conseguiu se aproximar um pouco, ficando a cinco pontos de distância (22/17). mas a equipe verde-amarela fechou o set por 25/17 após dois ataques de Leandro Vissotto., mas o Brasil chegou ao set point depois que Wallace salvou uma bola aparentemente impossível, e Leandro Vissotto fez o ponto. Os jogadores fizeram muita festa para Wallace antes de Vissotto marcar mais uma vez para fazer 25/17
Brasil x Tunisia,  Leandro Vissotto, Serginho, Sidnei, Dante e Murilo (Foto: Agência Reuters)Jogadores do Brasil dão abraço em Wallace após grande jogada do oposto (Foto: Agência Reuters)
vôlei Giba olimpíadas (Foto: Getty Images)De volta ao time, Giba comemora um ponto durante
a fácil vitória (Foto: Getty Images)
O segundo set foi um pouco mais complicado. O time brasileiro diminuiu um pouco a concentração, e os saques forçados não estavam funcionando. Mas a partida nunca saiu do controle dos brasileiros. A partir da metade da parcial, o Brasil abriu vantagem, e Bernardinho aproveitou para dar ritmo a Giba e fazer a alegria da torcida. O ponteiro entrou no lugar de Dante quando a seleção vencia por 16/12 e não saiu mais. Mais uma vez a Tunísia até tentou complicar no fim do set, mas mal chegou a incomodar: 25/21 e 2 sets a 0.
Último duelo do dia e sem grandes emoções, o duelo foi perdendo público durante o jogo. Aos poucos, a arquibancada foi esvaziando na Arena de Vôlei. Com as entradas de Rodrigão e Thiago Alves durante o terceiro set, Bernardinho conseguiu colocar todos os atletas em quadra. A seleção brasileira chegou a abrir oito pontos de vantagem no set, e a vitória era questão de tempo. Veio depois que Karamosly errou saque, e o Brasil fez 25/18

Oscar, do Chelsea, após marcar em Old Trafford: ‘Que eu me acostume’

Autor do terceiro gol do Brasil na Bielorrússia, meia quer ter a mesma sorte quando enfrentar o Manchester United vestindo a camisa azul

Por Marcio Iannacca Direto de Manchester, Inglaterra
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As Olimpíadas de Londres estão servindo para Oscar, recém-contratado pelo Chelsea, conhecer um pouco mais os campos por onde começará a jogar. E neste domingo foi a vez de o meia atuar em Old Trafford, campo do Manchester United. A mesma sorte que ele teve com a Seleção espera ter com seu novo clube.
- Tomara que eu me acostume a fazer sempre gols aqui – declarou Oscar, autor do terceiro gol da seleção brasileira sobre a Bielorrússia.
Sobre a vitória de 3 a 1, de virada, no adversário europeu, Oscar salientou que o Brasil teve dificuldade em superar a retranca armada por eles. Principalmente depois que a Bielorrússia saiu na frente, com gol do brasileiro Renan Bressan, naturalizado pelo país do leste europeu.
- O time deles veio bem fechado, tomamos o gol e isso nos complicou mais ainda. Mas a equipe voltou melhor para o segundo tempo e tomamos conta da partida – comentou o meia do Chelsea.
Lateral do Manchester United e futuro rival de Oscar na Inglaterra, Rafael também falou a dificuldade que a seleção brasileira teve em alguns momentos.
- O campo estava um pouco pesado e por isso demorarmos um pouco para entrar no jogo. Mas tivemos muita calma, muita paciência e o resultado é que importa - falou.

Com duas vitórias em dois jogos, a Seleção já está classificada para as quartas de final do torneio de futebol das Olimpíadas. O Brasil encerra a primeira fase na próxima quarta-feira, contra a Nova Zelândia, em Newcastle, às 10h30.
OScar brasil gol bielorrussia futebol londres 2012 (Foto: Agência Reuters)Oscar comemora o gol marcado na vitória por 3 a 1 sobre a Bielorrússia (Foto: Agência Reuters)
Emoção só na torcida: em jogo fraco, Bahia e Timão empatam sem gols
Bom público de tricolores e alvinegros em Salvador vê partida insossa, sem muitas chances de gols e pouca criatividade. Placar breca reações
 
DESTAQUES DO JOGO
  • lance capital
    28 do 1º tempo
    Douglas recebe de Romarinho e, em vez de chutar, toca para Danilo na pequena área. O meia tem boa chance, mas Marcelo Lomba salva o Bahia em Salvador.
  • estatística
    Fábio Santos
    O lateral-esquerdo do Timão teve ótima participação na partida. Foi o jogador que mais passes certos deu no jogo em Salvador: foram 25. Apenas um errado.
  • deu errado
    Romarinho
    Substituto de Emerson Sheik, machuado, o jovem atacante esteve longe de representar o ídolo da Fiel. Chutou muito, sim, mas sem sucesso.
A CRÔNICA
por Leandro Canônico
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Torcida não entra em campo. No caso de Bahia e Corinthians, infelizmente. Talvez se a vibração presente nas arquibancadas do estádio de Pituaçu, em Salvador, tivesse sido transferida para o gramado neste domingo, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, o resultado não teria sido um insosso e cansativo 0 a 0.
Alvinegros e tricolores fizeram a festa. Cantaram, apoiaram, vibraram. Postura bem diferente da vista dentro de campo. Os jogadores, pouco vibrantes, não fizeram um bom duelo. Pelo contrário. O jogo foi arrastado, com raras chances de gols para os dois lados e sem criatividade. Faltou empolgação. Sobrou desatenção.
O resultado breca a ascensão corintiana na tabela (a equipe vai a 16 pontos), mas aumenta para cinco o número de jogos do time de Tite sem perder no torneio nacional. Do lado do Bahia, agora com 12 pontos, a frustração é maior. Até porque a zona de rebaixamento está bem perto no retrovisor.
Agora, o Bahia dá um tempo no Campeonato Brasileiro e se concentra na Copa Sul-Americana. Na próxima quarta-feira, de novo em Pituaçu, o time recebe o São Paulo, às 21h50. No Brasileirão, o próximo desafio dos baianos será no domingo, contra o Grêmio, em Porto Alegre. De folga na semana, o Corinthians encara o Vasco, no mesmo dia, no Rio de Janeiro. As duas partidas estão marcadas para 16h.
Danilo e fahel, bahia e corinthians (Foto: Felipe Oliveira / Agif / Ae)Danilo, do Corinthians, e Fahel, do Bahia, disputam a bola em Salvador (Foto: Felipe Oliveira / Agif / Ae)
Emoção só na arquibancada

O mando de campo era do Bahia, mas o Corinthians se sentiu em casa no estádio Pituaçu. Não só pela boa presença da torcida alvinegra, mas também pela maneira como o jogo se desenhou. Sem deixar os donos da casa jogarem, o Timão dominou as ações do primeiro tempo. Tanto que teve 60% de posse de bola.
Dentro dos seus 40%, o Bahia pouco fez. Não à toa, o goleiro Cássio foi um mero espectador dos primeiros 45 minutos de jogo. A melhor (e única) oportunidade do Tricolor foi aos dez minutos. E mesmo assim em chute prensado de Júnior com o zagueiro Wallace. Nada que levasse muito perigo ao gol alvinegro.
Muito embora o Corinthians tivesse o domínio da partida, não houve muitas chances claras para que os paulistas transformassem o domínio em gols. Melhor para o Bahia, que teve em Marcelo Lomba um porto seguro. As bolas que o Timão conseguiu chutar no gol pararam no goleiro.
Do lado alvinegro, aliás, destaque para Fábio Santos, muito participativo no jogo. Ele teve, em 45 minutos, 21 passes certos. Douglas, por exemplo, responsável pela armação, teve 11. Mas foi dos pés dele, um dos maestros da equipe, que saiu a melhor chance do Corinthians no jogo, aos 28 minutos.
Romarinho rolou para Douglas na esquerda, o meia preferiu cruzar em vez de chutar e Danilo arrematou. Marcelo Lomba salvou. Além disso, o Corinthians só arriscou com alguns chutes de Romarinho. Uns fracos, outros para fora. A verdade é que a etapa inicial foi fraca tecnicamente, sem muita emoção.

Na sombra
Se no primeiro tempo o sol ainda estava forte e atrapalhava os jogadores, na etapa final, com o campo dominado pela sombra, a expectativa era de um jogo mais acelerado. Mas os primeiros minutos continuaram amarrados, sem jogadas criativas e com pouca ação, muito pouca.
Mais ligado do que antes, no entanto, o Bahia cresceu na partida e partiu para o ataque. Tentou com Zé Roberto, com Júnior e mostrou ao Corinthians que não estava mais tão desorganizado quanto no primeiro tempo. Sem ligação entre o meio de campo e o ataque, por outro lado, o Timão sofria para criar.
Então, na tentativa de dar um gás novo ao Corinthians, o técnico Tite sacou Romarinho e mandou a campo o peruano Paolo Guerrero, aos 15 minutos. Mas quem quase abriu o marcador foi Alessandro. O lateral aproveitou saída errada de Marcelo Lomba e mandou por cobertura. Sem sucesso.
À beira do gramado, Caio Júnior e Tite gritavam com os seus times. Mas as duas equipes não respondiam dentro de campo. Pareciam cansadas. E num jogo assim, arrastado, as chances de gols tornam-se escassas. Os dois times mudaram, tentaram, mas não era a tarde de Bahia e Corinthians.
Uma pena para os torcedores que compareceram ao estádio de Pituaçu.
 
Sport e Atlético-GO empatam em jogo de pouca inspiração na Ilha
Placar de 0 a 0 frustra a torcida do Leão, que não vê o time vencer há quatro rodadas. Goianos seguem na penúltima colocação do Brasileiro
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • deu errado
    Moacir
    Novidade  na escalação do Sport, o jogador pouco produziu e ainda protagonizou lance bizarro quando isolou a bola aos 24 do primeiro tempo.
  • tabu
    Atlético-GO
    Embora tenha dado sinais de reação no Brasileiro, o Dragão segue sem vencer fora de casa. Foram dois empates e cinco derrotas como visitante.
  • deu certo
    Jairo Araújo
    Ainda como interino à frente do Dragão, o técnico conseguiu dar um bom padrão de jogo ao time, que se encontrou com um ousado esquema 4-3-3.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Não faltou vontade a Sport e Atlético-GO na Ilha do Retiro. Os dois times esbarraram nas próprias limitações técnicas e não conseguiram balançar as redes em Recife. O placar de 0 a 0 foi pior para os donos da casa, que não vencem há quatro partidas e estão na 14ª colocação do Campeonato Brasileiro, com 14 pontos.
Pelo lado do Dragão, que segue na penúltima posição, agora com nove pontos, o resultado pode não ter sido o ideal diante da situação crítica na tabela, mas comprova a evolução da equipe após início trágico na Série A e dá ao clube o segundo ponto como visitante na competição – o primeiro havia sido contra o Cruzeiro, na rodada de abertura.
O atacante Gilberto ressaltou a importância de o Sport não ter levado gols. Segundo o jogador, esta era uma meta para o duelo contra os goianos. Porém, Gilberto lamentou a falta de sorte no ataque.
- Foi importante não ter sofrido nenhum gol. A gente tinha este objetivo. Faltou balançar as redes lá na frente. Acho que tivemos azar no último passe.
Já o lateral Rafael Cruz, do Atlético-GO, destacou o crescimento do time, que somou duas vitórias, um empate e uma derrota nos últimos quatro jogos. Entretanto, o jogador afirmou que o Dragão poderia ter saído com os três pontos.
- O empate foi importante porque mostra que a gente conseguiu reagir em um momento extremamente delicado. Mas a gente poderia ter vencido. Tivemos muito espaço para atacar no segundo tempo e não soubemos aproveitar.
Na próxima rodada, o Sport visita o São Paulo, no Morumbi. O Dragão recebe o Botafogo, sábado, no Serra Dourada. Antes, o time estreia na Copa Sul-Americana diante do Figueirense, também em Goiânia.
Sport x Atlético-GO (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)Wesley ataca para o Atlético-GO na Ilha do Retiro (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Precisando de um bom resultado para se afastar da zona de rebaixamento, o Sport esperava se impor na Ilha do Retiro e acabar com o jejum que até então era de três partidas sem vitória. Porém, o Leão se mostrou desorganizado desde o início, teve dificuldades para chegar ao gol adversário e ainda foi ameaçado pelo Atlético-GO. Moacir era a novidade na escalação de Vágner Mancini, mas o time se portou de maneira confusa até criar as primeiras oportunidades.
Quem mais aparecia era Cicinho, que tinha relativa liberdade na ponta direita, mas sofria com a falta de aproximação dos companheiros para realizar as jogadas ofensivas. Na primeira descida do ex-jogador da Seleção Brasileira, o goleiro Márcio foi obrigado a fazer boa intervenção. Do outro lado, o Sport encontrava um rival bem aplicado taticamente.
Atlético-GO melhor em campo
A vice-lanterna do Brasileirão não traduzia a postura do Dragão em campo, que repetia o posicionamento do jogo contra o São Paulo, quando venceu por 4 a 3 na rodada anterior. Seria difícil mostrar a mesma eficiência e fazer quatro gols no primeiro tempo, como ocorreu diante do Tricolor, mas os visitantes pelo menos conseguiram incomodar. Se de um lado Cicinho era a válvula de escape, do outro, o lateral-direito Marcos também era muito acionado.
Aos seis minutos, ele já tinha obrigado Magrão a fazer boa defesa e evitar que a bola chegasse a Patric. As jogadas pelos flancos se repetiam com certa frequência pelo lado do Atlético-GO, que ainda contava com a dedicação dos atacantes Wesley, Patric e Ricardo Bueno, que se revezavam e ajudavam na marcação.
Sport x Atlético-GO (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)Os dois times não conseguiram balançar as redes
da Ilha (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Uma cena forte marcou a primeira etapa. O zagueiro Bruno Aguiar dividiu pelo alto com Patric e levou a pior. Após sofrer pancada, o jogador teve grande sangramento no nariz e foi substituído por Diego Ivo.
Nos minutos finais da primeira etapa, o Sport finalmente conseguiu levar perigo ao adversário. Aos 35, Marquinhos Gabriel até mandou para o fundo das redes, mas o impedimento já estava assinalado. Três minutos depois, Reinaldo cobrou falta, a bola desviou e tirou tinta da trave. No último lance, Gilberto chutou, Marcio defendeu com dificuldade e, com os pés, evitou que Cicinho pegasse o rebote.
Sufoco do Leão na etapa complementar
O Sport mudou de lado e também de postura no segundo tempo. Vágner Mancini sequer fez alterações no intervalo, mas a equipe pernambucana iniciou grande pressão em cima do Atlético-GO. Márcio virou figurinha carimbada na partida e participava de forma constante. Logo aos dois minutos, o goleiro evitou o gol de Moacir após cobrança de escanteio. Aos seis, Gilberto fez de cabeça, mas estava em posição irregular.
Mas o Leão controlava totalmente a posse de bola e pecava apenas na hora do último passe. Henrique entrou em campo e deixou o time mais ofensivo. Porém, a bola não chegava com muita qualidade ao ataque. O goleiro Magrão já era mero espectador na Ilha. Felipe Menezes, então, entrou na vaga de Cicinho para tentar melhorar o passe. Contudo, a alteração não surtiu muito efeito.
Acuado, o Atlético-GO começou a valorizar toda posse de bola que tinha. O empate fora de casa já não era um resultado tão ruim, embora a situação da equipe na tabela de classificação ainda fosse crítica. O primeiro bom chute a gol do time goiano no segundo tempo ocorreu aos 31 minutos, quando Ricardo Bueno limpou para a esquerda e finalizou de fora da área. Magrão defendeu sem dar rebote. Nos minutos finais, nenhuma equipe conseguiu chegar perto do gol da vitória.
No sufoco, Santos vence a Ponte Preta e deixa zona da rebaixamento
Peixe e Macaca fazem jogo muito disputado, com a equipe de Campinas reagindo e o Alvinegro Praiano marcando o gol da vitória no fim
 
DESTAQUES DO JOGO
  • nome do jogo
    Victor Andrade
    Aos 16 anos, estreou como titular e mostrou personalidade. Com arrancadas, dribles e passe de letra para o gol de Bruno Peres, foi o destaque do jogo
  • deu certo
    Rildo
    Atacante da Ponte Preta entrou no segundo tempo e melhorou bastante a movimentação de sua equipe. Ele fez boa jogada para o gol de Roger
  • Lance capital
    40 do 2º tempo
    Sem dar muito tempo para a Ponte crescer e virar o jogo, Miralles, que havia entrado 20 minutos antes, ganhou a dividida com o goleiro Roberto e fechou o placar
A CRÔNICA
por Marcelo Hazan
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Santos e Ponte Preta entraram em campo precisando se reabilitar no Campeonato Brasileiro e, por isso, trataram de fazer um jogo disputado, com muita marcação, força, algumas divididas duras, mas bastante vontade. Dentro das suas limitações, acabaram disputando um duelo emocionante, neste domingo, na Vila Belmiro. No final, o Peixe encerrou o jejum de quatro jogos sem gols e vitórias: venceu por 2 a 1 e saiu da zona de rebaixamento. Agora, o Peixe soma 13 pontos, na 16ª colocação do Brasileirão. O time de Campinas estacionou nos 16 pontos, na 10ª posição - está sem vencer há quatro rodadas.
- Mais importante do que eu ter jogado bem, foi a vitória da equipe, que estava precisando - afirmou o santista Victor Andrade.
Agora, os dois times descansam durante uma semana para compromissos fora de casa. O Santos vai ao Recife, no próximo domingo, para encarar o Náutico, às 18h30m, no Estádio dos Aflitos, enquanto a Ponte Preta enfrenta o Cruzeiro, no Estádio Independência, em Belo Horizonte, no mesmo dia e horário.
Santos domina e abre o placar
O Santos dominou as ações na etapa inicial. Em casa, conseguiu se impôr sobre a Ponte Preta. Com o volante Adriano recuado, atuando como um terceiro zagueiro, Henrique e Arouca bancaram os meias e foram os responsáveis pela transição do meio para o ataque, auxiliando Felipe Anderson, único meia de fato, na armação das jogadas. Todos com a missão de servir Bill e Victor Andrade, o garoto de 16 anos que estreou como titular.
Victor Andrade, Santos e Ponte preta (Foto: Alex Silva / Agência Estado)Victor Andrade estreou como titular e foi bem, dando assistência de letra (Foto: Alex Silva / Agência Estado)
O Peixe, porém, tinha dificuldades para criar jogadas. Fechada, a Ponte Preta não dava espaços. A fórmula encontrada pelos santistas foram os chutes de fora da área. Bill e Bruno Peres não levaram perigo, mas Henrique obrigou Roberto a fazer defesa no susto em uma bomba no centro do gol.
A Ponte Preta estava armada para os contra-ataques. Recuado, Baraka era o principal responsável pela contenção do ataque santista, auxiliado por Somália, segundo volante. Com isso, Renê Júnior tinha mais liberdade para ajudar Nikão na criação, mas todos estavam pouco inspirados. Com isso, Roger e André Luis tinham poucas oportunidades.
Assim, o jeito foi esperar pelos erros do Peixe. E um deles veio logo pelos pés de Aranha, identificado com a Ponte, clube pelo qual atuou por muito tempo. O goleiro canhoto saiu jogando com o pé direito e deu a bola de presente para André Luis, que finalizou fraco.
Depois disso, o time de Campinas praticamente só se defendeu até sucumbir. Bill e Felipe Anderson tentaram, mas tiveram dificuldades para acertar a pontaria. Quando os chutes foram na direção do gol, Roberto estava lá para segurar. O Santos precisava da ousadia de um Neymar para furar a defesa da Macaca, mas o craque está longe, com a Seleção em Londres. Quem vestiu sua camisa 11, no entanto, não deixou a desejar: Victor Andrade. O garoto fez o "algo mais" que a equipe precisava, ao dar passe de letra que limpou a jogada para Bruno Peres invadir a área e bater cruzado no canto direito de Roberto, abrindo o placar aos 37 do primeiro tempo.
O gol foi o chacoalhão que a Macaca precisava para acordar. Em jogadas de Roger e André Luis, a equipe visitante passou perto do empate. Em seguida, o volante Somália ameaçou num chute fora da área. E quando finalmente o time de Campinas conseguiu balançar as redes com Marcinho, que substituiu Nikão, lesionado, o meia-atacante estava impedido.
Macaca cresce, mas Miralles garante
A Ponte Preta voltou para o segundo tempo mantendo o ritmo, pressionando o Santos. Com marcação adiantada, seguia encurralando o time santista, mas sem conseguir acertar o gol de Aranha. O jogou foi se tornando truncado. Até que um lance inusitado, aos 20 minutos, quebrou a monotonia da partida.
Victor Andrade, um dos melhores em campo, pediu para sair. Muricy Ramalho, então, atendeu ao pedido do jogador e colocou o argentino Miralles em seu lugar, para desespero e vaias da torcida do Santos, que não entendeu a substituição. Léo e o próprio Victor Andrade pediram calma aos fanáticos e explicaram que o garoto havia requisitado a mudança. O fato inusitado chegou até a arrancar risos do sisudo Muricy. No primeiro lance de Miralles, o atacante isolou uma finalização para muito longe, gerando mais vaias dos santistas.
Não foi só apenas esse lance que irritou os alvinegros. A Ponte, que ainda tinha o controle do jogo, passou a rondar com mais perigo a área santista. Aos 33, Tiago Alves acertou o travessão numa cabeçada bem forte. Aos 37, o empate. Rildo enfiou Roger e o centroavante bateu no canto esquerdo do goleiro, sem chances.
Quando parecia que o jogo se encaminhava para um empate, Miralles, cuja entrada havia sido questionada pelos torcedores do Peixe, desencantou. Após bola levantada na área, o argentino ganhou de Roberto e, com o gol vazio, completou para as redes, aos 40 minutos do segundo tempo. Foi seu primeiro gol pela equipe alvinegra.
A Ponte ainda tentou nova reação, mas o Santos conseguiu administrar a vantagem.
 
Portuguesa vira para cima do Náutico e sai da zona de rebaixamento
Lusa vence o Timbu por 3 a 1 de virada e sai da zona do rebaixamento
 
DESTAQUES DO JOGO
  • o nome do jogo
    Ananias
    Com boa movimentação, o jogador deu o passe para o gol de empate da Lusa, marcado por Moisés, e marcou o da virada. Acertou 87% dos passes.
  • estatística
    Moisés
    Autor do primeiro gol, o camisa 10 foi o recordista de finalizações na partida: seis. Ele é o artilheiro do time no Campeonato Brasileiro, com três gols.
  • deu errado
    substituição
    Alexandre Gallo escalou João Paulo no lugar de Lúcio, mas ele não conseguiu impedir as jogadas pela direita realizadas pela Lusa.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Uma partida para melhorar a posição na tabela de classificação e se afastar da temível zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Foi com este espírito que Portuguesa e Náutico foram a campo na noite deste domingo, no Canindé. O time paulista se saiu melhor e venceu de virada por 3 a 1, pulando da 17ª para a 15ª colocação, com 13 pontos.
É a mesma pontuação do Náutico, que está logo acima, em 14º lugar, por causa do número maior de vitórias (4 a 3). Os dois estão apenas um ponto à frente do Bahia, equipe que abre o Z-4.
O zagueiro Valdomiro argumentou que a Portuguesa vinha jogando bem - fez partidas equilibradas nos empates com Corinthians e Flamengo - mas sem conseguir sair com os três pontos.
- Levamos um gol muito cedo, mas continuamos calmos. O Geninho foi fundamental no intervalo para arrumar a equipe. O Brasileirão é muito competitivo, e não foi um jogo fácil. Estávamos jogando bem, mas não conseguíamos o resultado.
Maior ladrão de bolas da partida, com quatro, Rhayner disse que o time teve queda de rendimento após o intervalo, quando levou a virada.
- Fizemos uma marcação boa no primeiro tempo. Pecamos na segunda etapa, quando eles tocaram mais a bola. Acabamos ficando com o placar adverso.
Na próxima rodada, a Portuguesa joga novamente em casa, contra o Figueirense, às 21h de sábado. O Náutico recebe o Santos no domingo, nos Aflitos, às 18h30m.
Náutico começa melhor
Mesmo fora de casa, o Náutico iniciou a partida procurando o ataque, principalmente pelo lado direito. E foi recompensado aos oito minutos, com um belo gol de Kieza, o seu quarto em quatro jogos no nacional. Ele recebeu a bola pelo lado esquerdo de ataque, livrou-se do marcador e, da entrada da área, chutou cruzado no ângulo do goleiro Dida, que estava mal posicionado.
A Portuguesa tentou buscar a reação, mas sem muita organização. Na maioria das vezes, chegava ao gol de Felipe com chutes de longe - como numa conclusão de Moisés, da entrada da área. Com a vantagem no placar, o Náutico tocava melhor a bola e tentava ampliar o marcador nas jogadas de contra-ataque, mas errava no último passe.
Em um jogo muito truncado e centralizado no meio-campo, a Lusa conseguiu o empate na primeira jogada que conseguiu realizar com eficiência pela lateral. O meia Ananias cruzou rasteiro da direita, e Moisés completou para o gol, desviando do goleiro Felipe: 1 a 1, aos 30 minutos.
O gol deu ânimo para os donos da casa, que passaram a atacar mais, porém sem muita objetividade. Tinham mais posse de bola, mas sem transformar isso em número de chances reais de gol. O Náutico adotou uma postura defensiva, na tentativa de conseguir um contragolpe, mas suas investidas eram esporádicas. Souza arriscou duas vezes, uma delas em cobrança de falta, mas não levou perigo a Dida.
Na saída para o intervalo, Kieza já criticava a postura do seu time:
- Entramos bem, mas afrouxamos a marcação, e eles conseguiram o empate. Temos que ter a mesma postura do início.
Valdomiro e Kieza, Portuguesa e Naútico (Foto: Marcos Bezerra / Agência Estado)Kieza marca um belo gol, mas não impede derrota do Náutico (Foto: Marcos Bezerra / Agência Estado)
Alterações da Lusa dão resultado
Para a segunda etapa, o técnico do Náutico, Alexandre Gallo, colocou o lateral João Paulo no lugar do zagueiro Lúcio para conter as subidas de Luis Ricardo. O jogo continuou amarrado, mas a Portuguesa comandava as ações. Aos 9, Ananias chuta de fora da área e Felipe defende com firmeza.
De tanto insistir, a Lusa acabou virando a partida aos 12. Após cruzamento pela direita de Luis Ricardo, Ananinas, melhor jogador da partida, cabeceia para fazer o segundo gol. Com o placar adverso, Alexandre Gallo coloca Breitner no lugar de Elicarlos e Rico no lugar de Cleverson no intuito de conseguir o empate. O Timbu passa a arriscar mais chutes de fora da área com Martinez, aos 15, e Souza, aos 20, ambos sem muito perigo para Dida. Na melhor oportunidade da equipe pernambucana, Rico cruzou da esquerda, aos 29, mas ninguém alcançou.
Na Lusa, Geninho tira Ricardo Jesus para a entrada de Boquita e coloca Diego Viana no lugar de Ananias para dar maior movimentação no ataque. As alterações dão certo e a equipe chega ao terceiro gol novamente pela direita. Aos 41, Leo Silva cruza na cabeça de Diego Viana. No final da partida, Geninho ainda coloca o zagueiro Rogério no lugar do atacante Heverton apenas para segurar o resultado e assegurar o 'vira' lusitano.
 

Futebol: Espanha para na trave, cai para a Honduras e dá adeus precoce

Derrota em Newcastle tira a Fúria da disputa pela medalha de ouro em Londres ainda na fase de grupos. Espanhóis reclamam muito da arbitragem

Por GLOBOESPORTE.COM Newcastle, Inglaterra
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A Espanha se acostumou com as vitórias. Duas Eurocopas e uma Copa do Mundo foram conquistadas pela seleção principal em um intervalo de quatro anos. Ainda houve o título de um Europeu Sub-21 com a geração menor, a mesma que entrou em campo nessas Olimpíadas tentando lidar com a pressão interna e o favoritismo pela medalha de ouro. Mas o sonho durou pouco. Neste domingo, a Espanha parou na trave e na guerreira seleção de Honduras, que surpreendeu o mundo do futebol e venceu por 1 a 0, no Estádio St. James Park, em Newcastle, pelo Grupo D de Londres 2012. O gol foi marcado por Bengtson, artilheiro da competição com três tentos.
Não se pode dizer, no entanto, que houve apatia. A Fúria criou inúmeras oportunidades e esbarrou em sua própria incompetência quando o goleiro Mendonza não apareceu. Foram três bolas na trave, duas do brasileiro naturalizado Rodrigo Moreno, do Benfica. Uma de Adrián. E outras tantas finalizações perigosas com Juan Mata, além das reclamações com a arbitragem sobre um pênalti não marcado no fim. Honduras, que também acertou o poste, aproveitou uma de suas poucas chances, como manda o figurino.
Jerry Bengtson, Espanha x Honduras (Foto: Agência AFP)Jerry Bengtson marcou o seu terceiro gol em Londres 2012 e mandou a Espanha para casa (Foto: AFP)
O resultado deixa a Espanha com zero ponto. Não é possível, portanto, alcançar Honduras, que foi aos quatro, e tampouco o líder Japão, que foi a seis com a vitória sobre Marrocos, por 1 a 0. Os africanos, com um, precisarão derrotar os espanhóis na próxima quarta-feira, em Manchester, a partir das 13h (de Brasília). Japoneses e hondurenhos duelam no mesmo horário, em Coventry. Quem avançar em segundo deverá ser o adversário do Brasil nas quartas de final.
Ao contrário da última quinta-feira, os espanhóis não puderam reclamar de chances criadas. O adversário em tese era mais fraco, e a Fúria deixou a inércia diante do Japão para trás. Mas não era o suficiente para acabar com os problemas de quem carregava o peso do favoritismo.
Em uma primeira etapa com 68% de posse de bola, a equipe de Luis Milla teve três grandes oportunidades. Todas com Juan Mata, campeão da Euro com a seleção principal e da Liga dos Campeões com o Chelsea. Faltou calibrar a pontaria: o meia mandou todas ao lado das traves, provocando suspiro no público inglês.
Juan Mata e Wilmer Crisanto, Espanha x Honduras (Foto: Agência AFP)Juan Mata, do Chelsea, desperdiçou três ótimas chances no primeiro tempo (Foto: Agência AFP)
A defesa, porém, continuava a apresentar problemas. Jordi Alba, lateral de apenas 1,70m, era o encarregado de marcar o grandalhão Bengtson, de 1,87m. Bastou Espinoza cruzar na medida para a Honduras abrir o placar.
Traves. Muitas traves
Por muito pouco a seleção da América Central não ampliou no início da etapa final. Aos cinco, Espinosa foi quem cabeceou livre, livre. A bola acertou a trave esquerda de David De Gea. Os espanhóis, precisando de ao menos um empate, foram para cima. Aos nove, Montoya cruzou na cabeça de Adrián, que dessa vez acertou o travessão.
Jose Mendoza, Espanha x Honduras (Foto: Agência Reuters)Jose Mendoza contou com a ajuda da trave, mas
fez linda defesa no segundo tempo (Foto: Reuters)
Àquela altura, Honduras já sabia o que fazer com a bola. Tocava, passava o tempo e tentava não sofrer uma pressão. Conseguiu por alguns instantes. Aos 22, no entanto, a Fúria foi para cima com a entrada do atacante brasileiro naturalizado Rodrigo Moreno. Muniain acertou a trave logo em seguida.
A Espanha seguiu martelando. Aos 26, Rodrigo Moreno conseguiu linda cabeçada, mas Mendoza voou para praticar um milagre. Seis minutos depois o arqueiro voltou a aparecer ao sair nos pés de Rodrigo. Novamente o brasileiro teve grande chance, de cabeça, aos 37. Onde ela foi parar? No travessão, é claro.
Ainda houve tempo para a Espanha reclamar de um pênalti não marcado em cima de Mata, aos 44. Não era mesmo o dia da Fúria, que a partir de agora terá também de lidar com o fracasso, sinônimo de outras tantas gerações em sua história.