domingo, 12 de junho de 2011

Stoner confirma favoritismo, vence GP da Inglaterra e assume a liderança

Em grande fase, piloto australiano faz corrida segura e garante a terceira corrida seguida. Jorge Lorenzo abandona corrida e perde lugar no topo

Por SporTV.com Silverstone, Inglaterra
Vivendo um momento brilhante no Mundial de Motovelocidade, Casey Stoner venceu a terceira corrida seguida, algo que não acontecia desde 2003, com Valentino Rossi, e assumiu a liderança do campeonato, tomando o lugar de Jorge Lorenzo, que abandonou a prova. Companheiro de equipe de Stoner, Andrea Dovizioso garantiu o surpreendente segundo lugar. Já a terceira posição acabou caindo no colo do americano Colin Edwards. Boa largada de Lorenzo e um duelo entre italianos pela segunda posição
Em uma pista molhada, os companheiros de equipe Casey Stoner e Andrea Dovizioso brigaram pela primeira posição logo  no início da corrida. Nos primeiros minutos da prova, Jorge Lorenzo, que largou em terceiro, mostrou força, ficando na primeira posição nos primeiros instantes. Apesar de ter sido ultrapassado pouco depois por Stoner, em primeiro, e Dovizioso, em segundo, Lorenzo continuou na cola, deixando claro que não entregaria fácil a liderança do MotoGP. Se ficasse em segundo, independente da vitória de Stoner, o espanhol não perderia o lugar no topo do ranking.
Casey Stoner vence a prova da MotoGP na Inglaterra (Foto: Reuters)Casey Stoner vence a prova da MotoGP na Inglaterra e assumiu a liderança do campeonato (Foto: Reuters)
Enquanto Stoner abria vantagem na segunda volta, Marco Simoncelli ganhou força e ultrapassou Lorenzo, ficando em terceiro. A partir daí, um duelo entre os italianos Simoncelli e Dovizoso começou a ser travada pela segunda posição.
No entanto, Simoncelli acabou traído pela pista molhada na terceira volta. Após sua moto sofrer uma pequena aquaplanagem, ele acabou ficando novamente atrás de Jorge Lorenzo, que na sexta volta resolveu atacar  para ultrapassar Dovizioso e, consequentemente, não perder a liderança. Mas Marco Simoncelli também não desistiu fácil da ideia de subir pela primeira vez em um pódio. Recuperado do erro, ele voltou a se aproximar na sétima volta, ficando na bem perto de Lorenzo.
Pista molhada tira Jorge Lorenzo da corrida e da liderança. Simoncelli também é traído
No entanto, a pista molhada não demorou para fazer uma graça com os pilotos das primeiras posições. Na oitava volta, o atual líder Jorge Lorenzo viu a liderança deslizar junto com sua moto para fora da pista de Silverstone. Após passar por uma escorregadia, o espanhol foi ejetado para fora da corrida, dando adeus ao GP da Inglaterra. A partir daquele momento, Casey Stoner, que sobrava na pista,  assumia o topo da classificação, abrindo uma excelente vantagem sobre os italianos que vinham atrás, em terceiro e segundo lugar.
Marco Simoncelli, muito perto de conseguir seu primeiro pódio, não desistiu de tentar a segunda posição, ficando colado na moto de Dovizioso. Mas ele também acabou sendo vítima da pista molhada, que não costuma poupar erros simples. Faltando 10 voltas para o fim da corrida, Simoncelli tombou na curva 1 de Silverstone e se uniu ao espanhol Jorge Lorenzo na plateia. Naquele momento, o americano Colin Edwards assumia a terceira posição até o fim da corrida, enquanto Stoner, seugido por Dovizioso, continuavam firmes nos primeiros lugares.
Diante do fato de Jorge Lorenzo não ter marcado pontos, Stoner assumiu a liderança com uma boa vantagem de 18 pontos, se credenciando como franco favorito para a conquista do Mundial de Motovelocidade. A próxima corrida do compeonato acontece no próximo dia 25, na Holanda.
Veja como ficou a classificação do Mundial de Motovelocidade
Confira os primeiros colocados do GP da Inglaterra
1. Casey Stoner (AUS) Honda HRC
2. Andrea Dovizioso (ITA) Honda HRC
3. Colin Edwards (EUA) Yamaha Tech 3
4. Nicky Hayden (EUA) Ducati
5. Alvaro Bautista (ESP) Suzuki
6. Valentino Rossi (ITA) Ducati

Antes da decisão, Peñarol vê maior rival conquistar o título uruguaio

Prestes a decidir Libertadores com o Santos, na próxima quarta, equipe assiste ao arquirrival Nacional bater o Defensor e ser campeão no país

Por Sérgio Gandolphi Direto de Montevidéu
torcida nacional uruguai campeão  (Foto: Sergio Gandolphi / Globoesporte.com)Torcida do Nacional comemora título nacional
(Foto: Sérgio Gandolphi / Globoesporte.com)
O Peñarol está focado na disputa da decisão da Libertadores, contra o Santos, que começa na próxima quarta-feira, dia 15. Porém, neste domingo, a equipe assistiu ao Nacional, seu maior rival, conquistar o campeonato uruguaio com uma vitória por 1 a 0 sobre o Defensor, no estádio Centenário, mesmo palco do encontro com o Peixe.
Com um gol de Tabaré Viudez, o Nacional garantiu sua 43º conquista no Uruguai, tornando-se líder isolado de conquistas. Campeão do Torneio Clausura e equipe com maior número de pontos na temporada, o Tricolor de Montevideu fez valer o seu favoritismo e encheu o rival de pressão para o jogo da próxima quarta-feira.
Na saída do estádio, os torcedores, eufóricos, não escondiam que vão virar santistas esta semana. Durante a partida, muitos gritos da torcida contra o principal rival da cidade, que pode conquistar seu sexto título sul-americano, contra três do Nacional.
- Não existe esse negócio de futebol uruguaio na final da Libertadores. Tenho certeza que todas as pessoas que estão aqui no Centenário hoje vão torcer para o Santos na próxima quarta-feira - disse Martin Buchiano, torcedor do Nacional.
Cerca de 45 mil pessoas foram ao Centenário neste domingo, público pouco menor do que deve acompanhar a decisão de quarta-feira, já que alguns setores (atrás do gol) não foram abertos. O Peñarol terminou em terceiro lugar o campeonato nacional.
A equipe dirigira por Diego Aguirre abriu mão da competição a partir da classificação para as quartas-de-final da Libertadores, após eliminar o Internacional, no Beira-Rio. Naquele momento, apenas os reservas atuaram no torneio, já que o sonho da conquista do título sul-americano, que não vem desde 1987, pesou, em vez de tentar empatar com seu rival em número de conquistas dentro do país.

Parte das arquibancadas do Castelão é implodida para obras da Copa

Para secretário estadual operação neste domingo foi um sucesso

Por Roberto Ranulfo Fortaleza, CE
A implosão de parte do estádio Castelão na manhã deste domingo, em Fortaleza, durou poucos segundos mas o suficiente para significar mais um passo para que a cidade seja sede da Copa das Confederações, em 2013, e das semifinais da Copa 2014. O Estádio Plácido Aderaldo Castelo, o Castelão, teve 130 metros de suas arquibancadas implodidos com 500 kg de dinamite. Centenas de curiosos foram ao local ver a implosão e as ruas em torno ficaram interditadas até as 10h. A operação foi aplaudida pelo público.
A ação seguiu a programação da Secretaria Especial da Copa. A implosão é a terceira das quatro etapas do projeto de reforma do estádio. As obras começaram no dia 13 de dezembro e, pela previsão da Secretaria Especial da Copa, 20% da execução terá sido feita até o fim deste mês.
Para que a cidade possa ser sede da Copa das Confederações, em 2013, as modernizações e a reforma completa devem estar prontas até dezembro de 2012. O secretário estadual da Copa, Ferrúcio Feitosa, afirma que as datas planejadas da reforma estão sendo cumpridas e que as ações estão dentro do planejado.
- A implosão foi um sucesso e a obra está dentro do prazo - disse Feitosa.
Com a implosão das arquibancadas concluída, começa uma corrida para que seja feita a limpeza de cerca de 10.000 toneladas de concreto, e comece a construção do Edifício Central, onde irão funcionar parte da inteligência, informática, vestiários, área da imprensa e área vip.
Plateia
Pelo menos uma pessoa passou mal durante a implosão, uma senhora de 70 anos. Ela foi atendida por uma ambulância que estava de prontidão no entorno do Castelão. Outras pessoas reclamaram da forte poeira nos olhos. Elas assistiram a 200 metros de distância do estádio. No fim da operação, vários curiosos tentaram entrar no estádio, mas a Defesa Civil impediu.
 

De férias no Milan, Robinho participa de partida beneficente em Santos

Jogador curte últimos dias no Brasil antes de embarcar para a Argentina com a Seleção Brasileira, no dia 21, para a disputa da Copa América

Por GLOBOESPORTE.COM Santos, SP
O atacante Robinho esteve presente neste domingo de um jogo beneficente no Estádio Urico Mursa, casa da Portuguesa Santista. A partida foi organizada pelos irmãos Moraes, que assim como Rei das Pedaladas foram revelados pelo Santos. A partida arrecadou cerca de duas toneladas de alimentos, que serão enviadas para instituições de caridade da região.
Robinho não participou da partida porque acabou chegando atrasado ao local do evento, mas elogiou a iniciativa dos ex-companheiros de Santos.
Robinho participa de jogo beneficiente em Santos (Foto: Divulgação)Robinho participa de jogo beneficiente organizado pelos irmãos Moraes, em Santos (Foto: Divulgação)

- Vim do Guarujá e acabei me atrasando um pouco por causa da balsa. Mas fiz questão de dar um abraço no Bruno e no Moraes, que tiveram a excelente ideia de promover esse jogo para reunir amigos e ajudar quem precisa - afirmou Robinho.
Além de Robinho e dos irmãos Moraes, os zagueiros Domingos, ex-Portuguesa, e Marcelo, do PSV Eindhoven, e o volante Adoniran, do Ituano, participaram do evento.
No próximo dia 20, Robinho vai se apresentar ao time canarinho para iniciar a preparação para a Copa América, entre os dias 1º e 24 de julho, na Argentina. A delegação da Seleção Brasileira segue para o país apenas no dia 21.
Os alimentos obtidos com o Futebol entre Amigos serão entregues para famílias carentes da Vila Telma, em Santos, e Área Continental de São Vicente, além das creches mantidas pela Escola Portuguesa e Igreja Cristo é a Resposta.

Com nova dupla de ataque, Atlético-GO atropela o Ceará: 4 a 1

Dragão conta com os gols de Anselmo e as assistências de Marcão para se recuperar no Brasileiro em grande estilo diante de um adversário irreconhecível

por GLOBOESPORTE.COM
O Atlético-GO se recuperou das últimas duas derrotas com um ótimo resultado neste domingo ao golear o Ceará por 4 a 1, de virada, no Serra Dourada, em jogo válido pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Com gols de Anselmo (dois), Adriano e Bida (Thiago Humberto descontou), o Dragão conseguiu a primeira vitória em casa e subiu para seis pontos, enquanto os cearenses, que jogaram muito mal, permanecem com quatro. Na próxima rodada, o Ceará encara o São Paulo, no domingo, no estádio Presidente Vargas. O Atlético-GO visita o Atlético-MG, na mesma data, em Sete Lagoas.
Durante a semana, o técnico PC Gusmão declarou que iria deixar Marcão na reserva, pois achava que o atacante havia tido uma queda no rendimento por causa de rumores envolvendo uma negociação para o futebol turco. No entanto, o barrado foi Felipe. Marcão jogou e deu duas assistências.
O primeiro tempo foi bastante movimento e aberto, com chances para os dois lados, apesar do grande número de passes errados. Mesmo jogando fora de casa, o Ceará procurava sair para o jogo, principalmente com Vicente pela esquerda. O primeiro gol da partida, aos 21 minutos, saiu justamente numa jogada por aquele setor.
Iarley deu ótimo passe para Vicente, que bateu cruzado e viu Thiago Humberto aparecer no meio da área para completar para a rede e fazer 1 a 0. Na comemoração, Thiago imitou o João Sorrisão, boneco do "Esporte Espetacular". O programa lançou uma campanha para dar o João Sorrisão aos jogadores que imitarem a dança ao festejarem os gols.
Mas não deu nem tempo para comemorar porque, três minutos depois, o Atlético-GO chegou ao empate numa bela jogada. Thiago Feltri cruzou da esquerda, Marcão dominou a bola girando e cruzou na medida para Anselmo subir e cabecear para o fundo do gol: 1 a 1. Na comemoração, Anselmo também fez a dança do João Sorrisão.
Com mais volume de jogo, o time da casa conseguiu chegar ao segundo gol aos 38, quando Adriano arriscou rasteiro de longe e Fernando Henrique não alcançou: vira-vira do Dragão e 2 a 1 no placar.
Ceará esbarra na falta de objetividade
O time comandado por PC Gusmão voltou ainda mais organizado para o segundo tempo e não deu chances ao Ceará. O terceiro gol foi questão de tempo. Aos 15 minutos, Marcão deu belo passe para Bida, que invadiu a área e bateu rasteiro, sem chance para Fernando Henrique. 3 a 1.
O time de Fortaleza tentava trocar passes, mas sem objetividade. O Dragão, nos seus domínios, não perdoou. Em grande tarde, Anselmo deu bom passe para Marcão, aos 29 minutos, mas o atacante desperdiçou cara a cara. No entanto, no rebote, Anselmo só teve o trabalho de tocar para fazer 4 a 1 e sacramentar a goleada no Serra Dourada.
Até o final do jogo, o Atlético-GO ainda desperdiçou algumas chances, deixando de aplicar uma goleada ainda maior. O Ceará, por sua vez, confirmou a atuação irreconhecível. O time que venceu o Inter na primeira rodada, no Beira-Rio, agora perde de goleada e segue em busca de equilíbrio. Final: 4 a 1.
ATLÉTICO-go 4 x 1 ceará
Márcio, Adriano, Gilson (Paulo Henrique), Leonardo e Thiago Feltri; Agenor, Pituca, Bida (Felipe Brisola) e Vitor Júnior; Anselmo (Felipe) e Marcão. Fernando Henrique, Murilo (Marcelo Nicácio), Anderson Luis, Erivélton e Vicente; Michel, João Marcos, Eusébio e Thiago Humberto; Iarley (Heleno) e Osvaldo (Preto). 
Técnico: PC Gusmão. Técnico: Vágner Mancini.
Gols: Thiago Humberto (Ceará), aos 21min do primeiro tempo; Anselmo (Atlético) aos 24min do primeiro tempo; Adriano (Atético) aos 38 do primeiro tempo; Bida (Atlético) aos 15 min do segundo tempo; Anselmo (Atlético) aos 29 min do segundo tempo.
Cartões amarelos: Leonardo (Atlético); Eusébio e Vicente (Ceará)
Data: 12 de junho de 2011. Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia. Arbitragem: Paulo César Oliveira(SP), auxiliado por Márcio Eustáquio Sousa Santiago (MG) e Marcelo Carvalho Van Gasse (SP). Público:Não divulgado. Renda: Não divulgada.

Com erros de arbitragem, Bahia e Atlético-MG ficam no 1 a 1

Árbitro Marcos André da Penha, do Espírito Santo, cometeu diversos erros, que influenciaram no resultado da partida, realizada em Pituaçu, em Salvador

por Marco Antônio Astoni
Bahia e Atlético-MG reviveram um tradicional confronto do futebol brasileiro, que não era disputado havia oito anos. E, no reencontro entre as equipes, tudo igual. Tricolores e alvinegros empataram por 1 a 1, com gols apenas no segundo tempo. Souza, de pênalti, marcou para o Bahia, e Neto Berola, de cabeça, fez para o Galo. A partida foi realizada no estádio Pituaçu, em Salvador, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro.
A partida foi marcada por erros do trio de arbitragem, comandado por Marcos André da Penha, do Espírito Santo. Na primeira etapa, anulou um gol legítimo de Fahel, para o Bahia, alegando impedimento. No segundo tempo, marcou pênalti para os donos da casa, em um toque inexistente na mão do zagueiro Leonardo Silva. Além disso, anulou um gol do Atlético-MG, por impedimento, também incorreto, de Dudu Cearense.
Jobson, pivô de uma polêmica durante a semana, foi um dos destaques da partida. O jogador, emprestado pelo Galo, só entrou em campo porque a diretoria do Bahia prometeu pagar uma multa de R$ 60 mil, prevista em contrato.
Com o resultado, o Atlético-MG, mesmo sem vencer nas duas últimas rodadas, permaneceu no G-4, em quarto lugar, com sete pontos. Na quinta rodada, receberá o Atlético-GO, às 18h30m de domingo, na Arena do Jacaré. Já o Bahia, com apenas dois pontos, segue na zona de rebaixamento, em 18º. E vai ao Engenhão encarar o Fluminense às 18h30m do próximo sábado.
Reclamações e chances de gol
No primeiro tempo, o Bahia reclamou da arbitragem, em dois momentos, no começo do jogo. Aos quatro minutos, Fahel recebeu passe de Lulinha e marcou para o Tricolor, mas o bandeirinha, equivocadamente, viu impedimento e anulou o gol. Pouco depois, foi a vez de Jobson chiar com o árbitro. O atacante cruzou na área, e a bola desviou na mão de Rafael Cruz. Marcos André da Penha interpretou o lance como legal e deixou a partida seguir.
lulinha bahia leandro atlético-mg (Foto: Romildo de Jesus / Agência Estado)Lulinha é vigiado de perto por Leandro no Pituaçu (Foto: Romildo de Jesus / Agência Estado)
O Atlético-MG também levava perigo ao gol de Marcelo Lomba. Magno Alves e Mancini assustaram a torcida do time da casa, com um cabeceio e um chute cruzado, que explodiu na trave. Ricardinho e Jobson, ex-jogadores do Galo, eram os mais perigosos do Bahia. Souza era quem destoava dos dois e não dava sequência à maioria das jogadas.
Pelo time mineiro, Giovanni Augusto, além da dupla de ataque, estava bem em campo. O lateral Leandro, pelo lado esquerdo, também era uma das opções ofensivas. Mesmo com várias boas chances criadas pelas duas equipes, o gol teimou em não sair no primeiro tempo. Bahia e Atlético-MG voltaram para o vestiário com o 0 a 0 no placar.
Arbitragem polêmica e empate que veio do banco
O árbitro entrou em campo no segundo tempo sendo chamado de ladrão pela torcida do Bahia. E a pressão parece ter intimidado o juiz. Logo no começo, ele marcou um pênalti inexistente de Leonardo Silva, após chute de Fahel. Souza cobrou aos cinco minutos e abriu o marcador em Pituaçu.
O gol do Bahia fez com que o Atlético-MG fosse para o ataque de forma mais efusiva. O goleiro Marcelo Lomba passou a se destacar, com defesas firmes e seguras. As entradas de Daniel Carvalho e Neto Berola deram mais velocidade e qualidade no toque de bola ao Galo. Os dois criaram a jogada do gol de empate, justamente com estas duas características. Aos 31 minutos, Daniel tocou, e Berola, de cabeça, marcou.
Após o empate atleticano, o jogo ficou mais aberto. Como o empate não era bom, o Bahia foi para cima. Como consequência, foram concedidos espaços para o Atlético-MG criar contragolpes perigosos. Quando parecia que o jogo chegaria ao fim sem mais trapalhadas da arbitragem, um gol legítimo de Dudu Cearense foi anulado. Revoltado, Berola, na sequência, fez falta por trás e foi expulso.
BAHIA 1 X 1 ATLÉTICO-MG
Marcelo Lomba, Jancarlos, Titi, Thiego (Paulo Miranda) e Ávine; Fahel, Diones (Camacho), Ricardinho e Lulinha; Souza (Jones Carioca) e Jobson. Renan Ribeiro; Rafael Cruz, Réver, Leonardo Silva e Leandro; Richarlyson (Dudu Cearense), Serginho, Toró (Neto Berola) e Giovanni Augusto (Daniel Carvalho); Magno Alves e Mancini.
Técnico: René Simões. Técnico: Dorival Júnior.
Motivo: quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Data: 12/6/2011. Horário: 16h (de Brasília). Local: Pituaçu, em Salvador (BA). Árbitro: Marcos André Gomes da Penha (ES). Auxiliares: Fabiano da Silva Ramires (ES) e Thiago Gomes Brigido (CE).
Cartões amarelos: Diones, Jobson, Titi (Bahia); Richarlyson, Leonardo Silva, Daniel Carvalho (Atlético-MG). Cartão vermelho: Neto Berola (Atlético-MG).
Gols: Souza (Bahia), aos 5 minutos, e Neto Berola (Atlético-MG), aos 31 minutos do segundo tempo.

Empate maluco: Inter e Palmeiras ficam no 2 a 2 com golaço contra

Márcio Araújo (num chute indefensável) e Rodrigo marcam contra, Luan vira o jogo para os paulistas e Leandro Damião empata para os gaúchos

por Alexandre Alliatti e Julyana Travaglia
Estranhos são os jogos em que cada time marca um gol contra. Mais estranho ainda é pensar que um deles foi o mais bonito entre os quatro marcados no empate por 2 a 2 entre Inter e Palmeiras, no Beira-Rio, neste domingo. Márcio Araújo concluiu colocado, de lado de pé, no ângulo, fora do alcance de... Marcos! Rodrigo também pôs a bola na própria rede, enquanto Luan e Leandro Damião seguiram a ordem natural das coisas e marcaram a favor de seus times.
O Palmeiras segue bem no Brasileirão. E os gaúchos não engrenam. Tudo aconteceu no segundo tempo, depois de uma etapa inicial muito parelha. O gol contra de Márcio Araújo colocou o Inter na frente, mas os palmeirenses buscaram a virada - em grande parte por culpa do sistema defensivo vermelho. Leandro Damião, quase no fim do duelo, empatou.
O time de Felipão, com o empate, foi para a terceira colocação, com oito pontos. O Inter, com cinco, está afastado das primeiras posições - ocupa a 12ª. As duas equipes voltam a campo no domingo. O Palmeiras recebe o Avaí, e o Colorado visita o Coritiba.
O Velho Oeste do Beira-Rio: Renan contra Marcos Assunção
Houve momentos no primeiro tempo em que 20 dos 22 atletas em campo bem que poderiam dar no pé e deixar o gramado apenas para Renan e Marcos Assunção. O Beira-Rio pareceria cenário daqueles filmes de faroeste, com dois homens frente a frente, se olhando nos olhos, sem piscar, cada qual com suas pistolas: as chuteiras para o palmeirense, as luvas para o colorado.
Foi o reencontro entre eles. No ano passado, o volante fez dois gols de falta no goleiro. Mas o Velho Oeste do Beira-Rio foi diferente desta vez. Nos quatro tiros, Renan foi mais ágil. Marcos Assunção mandou duas de falta: uma no ângulo, outra em pancada em diagonal. E o goleiro espalmou ambas. O palmeirense também mandou duas cobranças de escanteio que costumam cheirar a morte para o time adversário. E o goleiro conseguiu se contorcer, feito homem-elástico, para evitar os gols olímpicos.
Renan venceu Marcos Assunção em 45 minutos de equilíbrio no Beira-Rio. Cada time teve pelo menos quatro boas chances de gol. O Palmeiras, com Adriano no time e Wellington Paulista no banco, deixou em surto o lado direito da defesa vermelha. Fez o que bem entendeu por ali. O Inter reagiu com D’Alessandro aberto pela esquerda e Oscar esparramado para a direita.
Leandro Damião foi figura ativa no ataque vermelho. E Kleber no setor ofensivo alviverde. O camisa 9 do Inter mandou chute de fora, arriscou de cabeça, fez parede para pancada de D’Alessandro. Mas o lance mais impressionante foi em cruzamento de Oscar. O centroavante voou em diagonal contra a bola, como se fosse um foguete disparado rumo ao espaço. Ele cabeceou, e a bola saiu: mas há quem diga que Damião já deixou a órbita terrestre, em trajetória para sabe-se lá onde.
Oscar internacional kleber palmeiras (Foto: Marcos Nagelstein / VIPCOMM)O colorado Oscar chega para fazer a marcação em Kleber (Foto: Marcos Nagelstein / VIPCOMM)
Kleber também incomodou. Brigou por cada centímetro de gramado como se fosse terra sagrada. Ele deu passe precioso para Luan dar de cara com Renan, pertinho do gol, mas sem ângulo. No cruzamento, Rodrigo cortou. O atacante também teve sua chance. Recebeu em profundidade, só que desequilibrado, e aí não concluiu do melhor jeito.
Os colorados deixaram a etapa inicial revoltados com a arbitragem. Em rápido contra-ataque, Zé Roberto acionou Damião, que avançaria livre para a área. Mas a arbitragem marcou impedimento do centroavante. Paulo Roberto Falcão deu pulos na beira do campo, fazendo gestos de "não", falando quase dentro do ouvido do bandeirinha. O Palmeiras, em contrapartida, resmungou dos cartões recebidos na etapa.
Gols dos dois lados. E de todos os jeitos
Márcio Araújo não mandou flores para a bola, não declamou poemas ao pé do ouvido dela, não ofereceu a ela um jantar à luz de velas. Faltou romantismo na relação entre ele e sua eterna companheira no Dia dos Namorados. É a única explicação lógica para a vingança da redonda neste domingo. A relação entre eles foi estremecida por um golaço. Contra...
Foi um lance quase sobrenatural. Oscar, pela esquerda, mandou cruzamento na área. Leandro Damião encaixou o corpo para mandar o chute. Márcio Araújo roubou a ideia do centroavante. Ele mesmo emendou a pancada: precisa, direta, indefensável, no ângulo de Marcos. Não tinha como acreditar naquilo...
Mas o Palmeiras teve que crer. E logo assimilou o golpe. E logo empatou. Quando a bola foi alçada na área vermelha, jogadores das duas equipes se enrolaram. E a bola, tocada pelo colorado Rodrigo, acabou entrando. Renan ainda espalmou, mas não o suficiente para evitar o gol. Detalhe: a cobrança foi de Marcos Assunção, aquele do duelo do primeiro tempo com o goleiro.
Dos males, o menor para o Palmeiras. E depois o bem. A derrota virou empate, que virou vitória - momentânea, porém. Luan apareceu bem pela esquerda e mandou chute cruzado, mesmo com pouco ângulo. Renan não conseguiu evitar que a bola passasse. Era a virada paulista.
O Inter tentou reagir com as entradas de Gilberto e Fabrício. Os colorados botaram pressão para cima do adversário, especialmente com cruzamentos para a área. E tiveram sucesso. Aos 45 minutos, Leandro Damião, nascido para ser centroavante, conseguiu desviar. Que jogo!

INTERNACIONAL 2 X 2 PALMEIRAS
Renan, Nei, Bolívar, Rodrigo e Kleber; Guiñazu, Tinga (Fabrício), D'Alessandro e Oscar (Gilberto); Zé Roberto e Leandro Damião. Marcos, Cicinho, Danilo, Thiago Heleno e Gabriel Silva (Chico); Márcio Araújo, Marcos Assunção, Patrik (Lincoln) e Luan; Adriano (Dinei) e Kleber.
T: Paulo Roberto Falcão T: Luiz Felipe Scolari
Estádio: Beira-Rio, em Porto Alegre (RS). Data: 12/06/2011. Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca (RJ). Auxiliares: Rodrigo Pereira Jóia (RJ) e Rodrigo Henrique Corrêa (RJ).
Gols: Márcio Araújo, contra, aos cinco, Rodrigo (contra), aos nove, Luan, aos 20, e Leandro Damião, aos 45 minutos do segundo tempo;
Cartões amarelos: Patrik, Luan, Marcos Assunção, Danilo (Palmeiras); Zé Roberto, Gilberto (Inter).

Botafogo usa velocidade e vira para cima do Coritiba no Engenhão: 3 a 1

Gols de Maicosuel, Elkeson e Alex derrubam os paranaenses no Rio e levam o Alvinegro a sete pontos. Coxa segue perto da zona do rebaixamento

por GLOBOESPORTE.COM
Ainda sem peças consideradas importantes, como Renato e Loco Abreu, o Botafogo de Caio Júnior busca o seu jeito de jogar. E, enquanto o conjunto não vem, a velocidade é a principal arma. Neste domingo, foi dessa maneira que o Alvinegro encontrou o caminho para virar o placar e vencer por 3 a 1 o Coritiba, vice-campeão da Copa do Brasil, no Engenhão, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Maicosuel, Elkeson e Alex fizeram os gols alvinegros. No Coxa, Bill marcou logo no primeiro minuto.
Foi a segunda vitória do Botafogo, que chega a sete pontos e à quinta colocação na tabela do Campeonato Brasileiro. Já o Coritiba, que apesar da derrota não se mostrou afetado pela perda do título da Copa do Brasil, está logo acima perto da zona de rebaixamento, com apenas três pontos, em 16º. No próximo domingo, o Botafogo volta a campo para enfrentar o Flamengo, em clássico no Engenhão. No mesmo dia, o Coritiba recebe o Internacional no Couto Pereira.
Mal começou a partida, e o Coritiba, mais atento, saiu na frente do Botafogo. Everton Ribeiro chegou ao lado esquerdo com facilidade e cruzou. Sem marcação, Bill nem precisou pular para cabecear no canto direito de Jefferson, fazendo 1 a 0 com um minuto e quarenta segundos de partida.
Assim, não demorou muito para que fosse criado o clima típico dos jogos do Botafogo no Engenhão. No momento em que a equipe está em desvantagem, Herrera mostra descontrole emocional, abusando das faltas e das reclamações com a arbitragem. Ao mínimo erro, Alessandro recebe vaias da torcida, que mostra toda a sua impaciência.
Mas o Botafogo não foi como a sua torcida. Enquanto a arquibancava se preocupava em criticar, os jogadores se acenderam. Com disposição, correram atrás e, usando principalmente a velocidade, tomaram conta da partida. Elkeson, pela esquerda, e Maicosuel, pela direita, eram as grandes armas da equipe de Caio Júnior.
E foi a dupla que construiu o gol de empate do Botafogo, aos 16 minutos. Elkeson ganhou no corpo uma dividida pela esquerda e puxou o contra-ataque. Maicosuel partiu em velocidade e recebeu lançamento rasteiro perfeito. Venceu o combate de um adversário e chutou cruzado, no canto direito de Edson Bastos, fazendo 1 a 1. A comemoração do camisa 7 foi de desabafo, celebrando o primeiro gol em partidas oficiais pelo Alvinegro desde 1º de setembro de 2010, antes de sofrer uma grave lesão no joelho esquerdo.
elkeson botafogo coritiba (Foto: Satiro Sodré / AGIF)Elkeson teve boa atuação (Foto: Satiro Sodré / AGIF)
Disposto a virar o placar ainda no primeiro tempo, o Botafogo continuou a pressionar o Coritiba, valendo-se de uma eficiente marcação na saída de bola do adversário. A equipe de Marcelo Oliveira levava perigo quando atacava pelo lado esquerdo, mas não conseguia construir claras chances de gol. E, quando a partida voltava a se equilibrar, o Alvinegro tirou a virada da cartola, numa jogada de bola parada. Elkeson se apresentou para cobrar falta no bico da grande área. Quando todos achavam que o objetivo seria uma cabeçada, o meia-atacante cobrou diretamente para o gol. A bola ainda bateu em um adversário no meio do caminho, pegando Edson Bastos de surpresa: Botafogo 2 a 1, aos 38 minutos.
Apesar da desvantagem, o Coritiba mostrou-se estável e esteve perto do empate. No último lance antes do intervalo, Léo Gago cobrou falta com violência, e Jefferson espalmou. A bola sobrou para Rafinha, que, livre, chutou para fora.
Emerson é expulso, e Botafogo faz o terceiro gol
O Coritiba voltou para o segundo tempo dominando as ações de ataque. Para isso, contava com uma marcação menos apertada do Botafogo, que novamente mostrava-se disperso nos minutos iniciais. No entanto, a equipe de Marcelo Oliveira seguia com pouca objetividade, não ameaçando o adversário da forma que deveria para chegar ao empate.
O Botafogo também pouco incomodava o adversário e tampouco conseguia controlar a vantagem. A defesa se mostrava confusa, enquanto o setor ofensivo não se articulava. E, quando o Coritiba aparecia com boas chances de empatar, perdeu o zagueiro Emerson, expulso por entrada desleal em Lucas Zen.
No entanto, com Geraldo como principal arma, o Coritiba seguiu levando perigo e criou as melhores chances de gol do segundo tempo. Numa delas, o angolano acertou a trave direita de Jefferson. O lance caprichoso mostrou que, competência à parte, o dia de sorte era do Botafogo.
Tanto que, para fechar o caixão do time paranaense, Alex fez boa jogada aos 48 minutos e bateu com estilo para fazer 3 a 1 e dar números finais à partida.
BOTAFOGO 3 X 1 CORITIBA
Jefferson, Alessandro, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Cortês; Marcelo Mattos, Lucas Zen, Everton (Cidinho) e Elkeson; Maicosuel (Caio) e Herrera (Alex). Edson Bastos, Jonas, Emerson, Jeci e Lucas Mendes (Eltinho); Willian, Léo Gago (Tcheco), Rafinha e Davi (Geraldo); Éverton Ribeiro e Bill.
Técnico: Caio Júnior. Técnico: Marcelo Oliveira.
Gols: Bill, a 1 minuto, Maicosuel, aos 17, Elkeson, aos 38 minutos do primeiro tempo;
Alex aos 48 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Herrera, Marcelo Mattos (Botafogo); Léo Gago, Rafinha (Coritiba).
Cartão vermelho: Emerson (Cortiba).
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 12/06/2011. Árbitro: Francisco Carlos Nascimento (AL). Auxiliares: Erick Bandeira (AL) e Carlos Titara da Rocha (AL). Público: 6.332 pagantes (8.390 presentes). Renda: R$ 143.090,00.

Com reação antológica, Button supera Vettel no fim e vence o GP do Canadá

Em corrida que ficou duas horas parada por causa da chuva, inglês ganha após duas batidas e seis paradas; Massa arranca sexto lugar no último instante

Por GLOBOESPORTE.COM Montreal, Canadá
Faça chuva ou faça sol, Sebastian Vettel vinha dominando a Fórmula 1. E parecia pronto para ampliar o domínio no GP do Canadá, que teve chuva – a ponto de interromper a corrida por duas horas – e sol, numa aparição tímida após a relargada. O alemão da RBR controlou a prova do início até última volta, quando enfim, apareceu alguém para beliscar seu reinado. Com uma reação antológica, o inglês Jenson Button ultrapassou Vettel nos instantes finais e arrancou uma vitória improvável ao conduzir sua McLaren após duas batidas e seis passagens pelos boxes, incluindo uma punição. Quatro horas depois da largada, ninguém imaginava que o desfecho seria aquele. Mas Button teve um domingo para derrubar todos os prognósticos.
Como se não bastasse, o britânico ainda precisou torcer contra mais uma reviravolta, já que a direção da prova julgou dois incidentes que ele teve na corrida, um com Lewis Hamilton e outro com Fernando Alonso - os dois abandonaram. Quase duas horas depois da corrida, veio a decisão que aliviou o inglês: sem punição, vitória mantida.
Um decepcionado Vettel chegou em segundo, seguido pelo companheiro Mark Webber e pelo alemão Michael Schumacher, da Mercedes. Vitaly Petrov, da Renault, foi o quinto, e Felipe Massa também tirou um feito da cartola no último instante da corrida. Após escorregar 10 posições por causa de uma parada não prevista nos boxes, o piloto da Ferrari arrancou a sexta posição quase em cima da linha de chegada, ao ultrapassar o japonês Kamui Kobayashi, da Sauber.
jenson button mclaren gp do canadá (Foto: agência Getty Images)Eufórico, Jenson Button comemora o triunfo dramático no GP do Canadá (Foto: agência Getty Images)
Rubens Barrichello, da Williams, chegou em nono, na prova caótica que viu seis abandonos, incluindo Fernando Alonso, da Ferrari, e Lewis Hamilton, da McLaren. Após a batalha de Montreal, os pilotos folgam no próximo fim de semana e voltam à pista no dia 26 deste mês, para o GP da Europa, em Valência, na Espanha.
Apesar do tropeço, Sebastian Vettel ainda é o líder isolado do campeonato, com 161 pontos. A vitória fez Button assumir o segundo lugar, com 101, seguido pelos 94 de Webber. Massa é o sexto da temporada, com 32. Veja aqui a classificação completa.
A chuva canadense forçou uma largada sem jeito de largada, com o safety car puxando a fila. Na quarta volta, aí sim, o carro de segurança saiu de cena e a disputa começou de verdade. Alonso pressionou o pole Vettel, Massa pressionou Alonso, mas todo mundo se defendeu bem.
Safety Car na corrida do GP do Canadá (Foto: AFP)O safety car foi presença constante na corrida deste
domingo no Canadá (Foto: AFP)
Em dez minutos, Hamilton diz adeus
Hamilton abriu ali a montanha-russa dos seus dez minutos de corrida. Primeiro tentou forçar para cima de Webber, mas sua roda dianteira direita tocou o carro do australiano, que rodou e perdeu dez lugares na fila, caindo para 14º. O inglês caiu para sexto, atrás de Nico Rosberg e Schumacher. Afoito, tentou dar o bote no heptacampeão, mas levou um passa-fora, saiu da pista e perdeu posições. Pouco depois, na oitava volta, Lewis tentou forçar de novo, desta vez tocando o companheiro Button (veja no vídeo abaixo). Era só o primeiro percalço de Button, que caiu para 12º, mas quem se deu mal mesmo foi Hamilton, que bateu no muro e quebrou a suspensão traseira. Com a roda quase solta, continuou na pista – só por mais alguns segundos, até parar e abandonar o GP.
Com o incidente, lá foi o safety car de novo para a pista, e àquela altura a chuva até que dava uma trégua. Quando a disputa recomeçou, Button era o mais rápido - tão rápido que, antes da saída do safety car, excedeu a velocidade e, punido, foi obrigado a passar pelos boxes. Ainda assim, ele começou a deixar adversários para trás. Webber também subia pelas tabelas e, com as paradas nos boxes, voltou à quarta posição.
Na 19ª volta, a água voltou com força. Melhor para Vettel, Massa, Kobayashi e Webber, que não tinham trocado os pneus de chuva. Seus rivais foram obrigados a parar de novo, e o mau tempo foi buscar outra vez o safety car.
As paradas continuavam mexendo na fila, com Alonso tendo problemas e caindo para oitavo. Massa perdeu a segunda posição para Kobayashi – que manteve os pneus intermediários – e Vettel voltou em primeiro. E voltou reclamando. Pelo rádio, cobrou que não houvesse relargada naquele momento, por causa da aquaplanagem entre as curvas 9 e 13.
Ele tinha razão, porque, na 25ª volta, a chuva venceu. Bandeira vermelha, e todos os carros pararam no grid para esperar as condições melhorarem. Vettel liderava, seguido por Kobayashi, Massa, Heidfeld, Petrov, Di Resta, Webber, Alonso, De la Rosa e - ainda lá atrás - Button.
caminhão tenta melhorar as condições da pista no GP do Canadá (Foto: Reuters)Enormes poças se formaram na pista e forçaram a interrupção da corrida (Foto: Reuters)
Durante uma hora e meia, a água castigou o circuito Gilles Villeneuve. Com os carros cobertos no grid, a organização mandou máquinas à pista para lutar contra enormes poças. Já eram 16h12m (no horário de Brasília) quando a chuva, enfim, parou. O céu ficou mais claro, as lonas começaram a ser retiradas e alguns motores foram ligados, enquanto o carro da direção de prova dava suas voltas para inspecionar as condições. Outra meia hora se passou e, quando foi anunciada a relargada para as 16h50m... outra pancada de chuva. Mas a corrida recomeçou mesmo assim, com o safety car à frente.
Até o sol, ainda que tímido, apareceu
Enquanto os carros iam levantando spray, a torcida nas arquibancadas vibrava. Na sétima volta após o recomeço, até o sol deu uma espiada rápida na corrida. Foi quando o safety car voltou aos boxes na volta 34, e a disputa recomeçou. Vettel conseguiu abrir um certo conforto, e Massa deu o bote em Kobayashi. Chegou a ultrapassá-lo, mas o japonês deu o troco imediatamente, mantendo a segunda posição.
Na 37ª volta, logo após sair dos boxes, Alonso se chocou com Button ao se defender de uma tentativa de ultrapassagem e foi parar no muro. O espanhol abandonou, e o inglês, no seu calvário, teve de voltar aos boxes. Nem deu para sentir saudades do safety car, que voltou à pista e ali ficou por três voltas.
Na relargada, os três primeiros mantiveram seus postos, e a emoção ficou a cargo de Schumacher. Em sétimo lugar, ele passou Webber e, logo depois, Di Resta, que tocou Heidefeld e teve problemas no bico. Heidfeld fez o que pôde para segurar Schumi, mas não resistiu na 44ª volta.
Dos boxes, a Ferrari pedia que Massa “tirasse Kobayashi do caminho” para perseguir Vettel, mas o japonês segurava a vice-liderança com unhas e dentes. Quando o brasileiro finalmente conseguia superar o japonês, na volta 52, veio uma manobra digna de heptacampeão: Schumacher aproveitou a disputa e ultrapassou os dois ao mesmo tempo, assumindo a segunda posição.
Massa e Schumi pararam logo em seguida, e o brasileiro deu azar. Com pneus slick, perdeu o controle na reta, bateu no guard rail e teve de voltar para trocar a asa dianteira. Com isso, escorregou para o 12º posto. Kobayashi também perdeu posições para Webber e Button, que àquela altura já fazia uma espetacular corrida de recuperação.
felipe massa ferrari gp do CAnadá (Foto: Agência EFE)Felipe Massa perdeu posições no fim, mas arrancou o sexto lugar no último instante (Foto: Agência EFE)
Heidfeld, que estava em sexto, tocou Kobayashi à sua frente, quebrou a asa dianteira e bateu. A Renault agiu rápido, mas com a pista suja, não houve jeito: a 13 voltas do fim, o safety car voltou. Atrás dele, Vettel, Schumacher, Webber, Button, Kobayashi, Petrov e Barrichello. Na relargada, faltavam dez voltas.
Desfecho espetacular
O atual campeão conseguiu escapar bem na ponta, mas os três seguintes vinham colados. Webber chegou a passar Schumi, mas errou e permitiu não só o troco, mas a ultrapassagem de Button. Após seis paradas nos boxes, incluindo uma punição, o inglês foi para cima do alemão e não demorou nada para ultrapassá-lo. Webber também conseguiu deixar Schumi para trás e resistiu aos seus ataques, arrancando um pódio suado.
Na última volta, a cereja no bolo da reação de Jenson Button. O inglês partiu para cima de Vettel, que, pressionado, cometeu um erro e viu a quinta vitória escorrer pelos dedos. Com uma ultrapassagem improvável, contra tudo e contra todos, Button cruzou em primeiro.
Massa ainda teve tempo para perseguir Kobayashi e arrancar a sexta posição de forma dramática, quase em cima da linha de chegada. Com tantas reviravoltas na parte final, o Canadá já pode se orgulhar de ter visto neste domingo uma das melhores corridas de Fórmula 1 nos últimos tempos.
button mclaren Pódio gp do canadá (Foto: agência Reuters)Diante de um Vettel frustrado (à esquerda), Button parece não acreditar em seu feito (Foto: agência Reuters)
Confira o resultado final do GP do Canadá (309,396 quilômetros):
1 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 70 voltas em 4h04m39s539
2 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - a 2s709
3 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - a 13s828
4 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 14s219
5 - Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) - a 20s395
6 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 33s225
7 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - a 33s270
8 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - a 35s964
9 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - a 45s100
10 - Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - a 47s000
11 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 50s400
12 - Pedro de la Rosa (ESP/Sauber-Ferrari) - a 1m03s600
13 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth) - a 1 volta
14 - Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth) - a 1 volta
15 - Jerome D'Ambrosio (BEL/MVR-Cosworth) - a 1 volta
16 - Timo Glock (ALE/MVR-Cosworth) - a 1 volta
17 - Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault) - a 1 volta
18 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - a 3 voltas/acidente
Não completaram:
Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - a 9 voltas/mecânico
Nick Heidfeld (ALE/Renault-Lotus) - a 15 voltas/acidente
Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - a 21 voltas/acidente
Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 34 voltas/acidente
Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault) - a 42 voltas/mecânico
Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - a 63 voltas/acidente
Melhor volta: Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m16s956, na 69ª

Empate mantém Atlético-PR em crise e Flamengo em jejum na Arena

Madson faz o primeiro gol dos paranaenses no Brasileiro, e Deivid estabelece a igualdade, em sua primeira participação no campeonato

por Janir Júnior
O empate por 1 a 1 na Arena da Baixada é daqueles resultados que deixam insatisfeitos os torcedores dos dois times. O Atlético-PR, que marcou seu primeiro gol e conquistou seu primeiro ponto no Campeonato Brasileiro, manteve-se em penúltimo lugar. O Flamengo, que acumulou seu terceiro empate consecutivo, teve atuação ruim e viu mantido seu jejum na Arena da Baixada: em 12 confrontos, são nove derrotas e três empates. Está em 11º lugar, com seis pontos. O jogo foi o recordista de passes errados nesta rodada: foram 80, sendo 43 do Atlético-PR e 37 do Flamengo.
Madson, um dos destaques da partida, abriu o placar cobrando falta, já no segundo tempo. Deivid, em seu primeiro jogo na competição, empatou ao aproveitar passe de Diego Maurício. Na próxima rodada, o Atlético-PR visita o Figueirense, e o Flamengo faz o clássico contra o Botafogo, ambos os jogos no domingo.
O time de Adilson Batista entrou em campo com dois meias velozes, Madson e Branquinho, deixando Paulo Baier no banco de reservas. Demorou a se arrumar no gramado castigado da Arena, mas, empurrado pela torcida, partiu logo para o ataque. O Flamengo, que até teve maior posse de bola no início da partida, pecou nos passes e não conseguia finalizar.
Bottinelli parecia nervoso, fez três faltas logo nos primeiros minutos e errou lances simples. Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves pouco fizeram nos 45 minutos iniciais. Wanderley mal conseguiu tocar na bola. Uma boa cobrança de falta de Renato foi a melhor chance no primeiro tempo.
Foi a partir dos 20 minutos que o time da casa passou a chegar com perigo. Teve as melhores chances diante de um setor defensivo que perdeu praticamente todas as bolas alçadas na área. Em uma delas, Felipe fez defesa milagrosa depois de cabeceio de Manoel. E o gol quase saiu depois de nova jogada aérea, mas os jogadores do Atlético-PR se atrapalharam. Guerrón levou a melhor em espaços deixados por Junior Cesar, mas errou nas conclusões das jogadas.
ronaldinho gaucho flamengo guerron atlético-pr (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)Guerrón errou conclusões, e Ronaldinho esteve apagado na Arena (Foto: Alexandre Vidal/FlaImagem)
Madson abre o placar, e reservas do Fla fazem jogada do empate
Vanderlei Luxemburgo fez duas substituições no intervalo. O Rubro-Negro carioca voltou com Deivid e Diego Maurício nas vagas de Wanderley e Bottinelli, respectivamente. Mas nos primeiros minutos pouca coisa mudou. O Atletico-PR, mesmo longe de ser brilhante, rondava o gol de Felipe e seguiu com sua aposta nas bolas aéreas. E abriu o placar em nova falta cometida próxima à área, de Junior Cesar em Wendel. Madson cobrou com perfeição, e a bola ainda bateu no travessão antes de entrar: 1 a 0, aos 14 minutos.
Ronaldinho Gaúcho cobrou bem uma falta, mas seguiu apagado até os 30 minutos, quando passou a se movimentar mais. O setor defensivo deixava espaços. Mesmo longe de ser brilhante, o Flamengo ainda conseguiu arrancar o empate numa jogada que envolveu os dois jogadores que entraram no segundo tempo. Diego Maurício fez boa jogada e cruzou rasteiro na área. Deivid, que não marcava desde o dia 27 de abril, deixou tudo igual: 1 a 1.
O gol saiu pela esquerda da defesa paranaense, setor em que Paulinho foi mal tanto ao tentar avançar, errando vários cruzamentos, quando na tentativa de conter o adversário. Adilson Batista fez três substituições ao longo da segunda etapa, trocando Guerrón, Branquinho e Madson, nessa ordem, por Adailton, Cleber Santana e Paulo Baier. A torcida vaiou a saída de Madson, mas Baier - que fez sua centésima partida pelo Furacão - teve tempo para cobrar duas faltas. Numa delas, Rafael Santos cabeceou na trave, já nos acréscimos.
Atlético-PR  1 X 1 fLAMENGO
Márcio, Wendel, Manoel, Rafael Santos e Paulinho; Deivid, Marcelo Oliveira, Branquinho (Cléber Santana) e Mádson (Paulo Baier); Guerrón (Adaílton) e Nieto. Felipe, Léo Moura (Galhardo), David Braz, Welinton e Junior Cesar; Willians, Renato, Bottinelli (Diego Maurício) e Thiago Neves; Ronaldinho Gaucho e Wanderley (Deivid).
Tecnico: Adilson Batista Tecnico: Vanderlei Luxemburgo
Gols: Madson, aos 14 minutos do segundo tempo e Deivid, aos 34.
Cartões amarelos: Thiago Neves, Guerrón, Nieto
Local: Arena da Baixada, Curitiba. Data: 12/06/2011. Árbitro: Elmo Alves Resende da Cunha (GO) Auxiliares: Fabrício Vilarinho e Cristhian Passos Público: 19.036 pagantes (20.022 presentes). Renda: R$ 423.780,00

Na estreia de Abel, Willian brilha, faz dois e dá vitória ao Timão sobre o Flu

Vitória por 2 a 0 no Pacaembu mantém o Corinthians na vice-liderança do Brasileirão, com dez pontos. Tricolor carioca fica nos seis

por Carlos Augusto Ferrari e Edgard Maciel de Sá
Em um elenco composto por atacantes renomados, como Adriano, Emerson Sheik e Liedson, quem decide neste momento para o Corinthians é um baixinho desconhecido da torcida até poucos meses atrás. Contratado no início do ano para ser só mais uma opção no grupo, Willian mostra a cada rodada que brigará com as estrelas por uma vaga na equipe. Neste domingo, em partida que marcou a estreia do técnico Abel Braga no Fluminense, o jogador fez os gols da vitória alvinegra por 2 a 0, no Pacaembu, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. São agora 12 partidas sem perder para o clube do Rio de Janeiro pelo torneio nacional - 14 se somada também a Copa do Brasil.
O triunfo mantém o Timão invicto e na segunda colocação, agora com dez pontos, dois abaixo do São Paulo. E o próximo duelo será justamente contra o rival, no Pacaembu, no dia 26. Mais do que fazer o Corinthians permanecer perto da liderança, Willian vive grande fase como titular, depois de passar todo o Paulistão como talismã no banco de reservas. Foi o terceiro gol do atacante nas últimas duas rodadas. Ele também é o vice-artilheiro do time na temporada, com sete, cinco atrás de Liedson.

Já o Fluminense não consegue seguir em crescimento na competição justamente na estreia de Abel Braga. A equipe vinha de duas vitórias consecutivas (Atlético-GO e Cruzeiro), mas voltou a jogar mal e estacionou nos seis pontos, ocupando a décima colocação. Na próxima rodada, recebe o Bahia, às 18h30m de sábado, no Engenhão.
A partida marcou também o reencontro de Emerson Sheik com o Fluminense. O jogador, dispensado depois de cantar uma música alusiva ao Flamengo no ônibus do Tricolor carioca, cumprimentou alguns ex-companheiros antes do jogo e não deixou de alfinetar o algoz Fred. O jogador se defendeu das críticas do centroavante de que teria atirado uma bomba no clube:
- Tem gente que fala demais - afirmou o atacante, que entrou aos 20 minutos do segundo tempo e teve uma boa chance de marcar.
Só dá Corinthians no primeiro tempo
O Corinthians sobrou em seu primeiro jogo no Pacaembu no Campeonato Brasileiro. Tite armou a equipe para forçar as jogadas ofensivas nas costas do lateral-direito Mariano. A estratégia encurralou os cariocas, que não conseguiram passar do meio de campo. De contrato renovado, Jorge Henrique abriu espaço pelo setor. O gol veio logo aos cinco minutos, quando Danilo encostou por lá. Em grande fase, o meia fez bela jogada individual e cruzou na medida para o baixinho Willian (de 1,71m) se antecipar à zaga e marcar de cabeça.
Ao contrário do que se esperava, o Fluminense não acordou após a desvantagem no placar. Responsáveis por criar, Deco e Conca sumiram na precisa marcação feita por Ralf e Paulinho e praticamente não acionaram Fred na área. Tartá, substituto de última hora de Araújo, errou muito e pouco apareceu. Sem força ofensiva, o Tricolor carioca só ofereceu trabalho em uma cabeçada de Gum, aos 23. Julio Cesar fez linda defesa.
fluminense corinthians abel braga emerson (Foto: Edgard Maciel de Sá / Globoesporte.com)O estreante Abel Braga dá um abraço no ex-tricolor Emerson (Foto: Edgard Maciel de Sá / Globoesporte.com)
Qualquer sonho do Fluminense em reagir acabou em seguida. O Corinthians passou a esperar o adversário avançar para buscar a saída rápida para o campo ofensivo. Em um espaço na intermediária adversária, o Timão chegou ao segundo gol, aos 30, com a ajuda de Ricardo Berna e da defesa carioca. Homem-surpresa no esquema de Tite, o volante Paulinho arriscou de longe, e o goleiro deu rebote de forma estranha. Liedson se preparava para finalizar quando foi derrubado por Leandro Euzébio na área. Willian bateu o pênalti e fez o segundo dele e do Alvinegro.
Antes do fim do primeiro tempo, o Fluminense ainda perdeu uma de suas estrelas. Deco, em tarde de pouquíssima inspiração, sentiu um problema muscular na coxa direita e foi substituído por Marquinho.
Fluminense reage, mas para em Julio Cesar
Abel Braga deixou o Fluminense mais ofensivo na volta do intervalo. O treinador sacou o volante Edinho e colocou o meia Souza para aumentar a velocidade e o poder de criação. Deu certo. Em apenas quatro minutos, o ex-São Paulo, sempre vaiado pela torcida do Corinthians quando tocava na bola, teve duas boas chances para marcar, mas em ambas parou em ótimas defesas do goleiro Julio Cesar.
A alteração feita no Fluminense mudou a forma de o Corinthians atuar. Todo o controle de bola no campo ofensivo demonstrado pela equipe no primeiro tempo desmoronou. Sem conseguir segurar o jogo, o Timão passou a ser pressionado. Abel forçou ainda mais o ataque com Rafael Moura na vaga de Tartá. Quem levou perigo foi Conca em chute de fora da área, assustando o goleiro paulista.
Para tentar acabar com o problema, Tite sacou Liedson e colocou Emerson, aos 20 minutos. O Timão ganhou velocidade e, em um contra-ataque puxado pelo Sheik, Leandro Euzébio salvou antes de Willian finalizar. Souza voltou a levar perigo com um chute cheio de veneno. Outra vez, Julio Cesar salvou.
A partir dos 35 minutos, o Fluminense diminuiu o ímpeto ofensivo. Com Rafael Moura e Fred na frente, os cariocas perderam parte da velocidade que assustou o Corinthians no início da etapa final. Sorte do Timão, que administrou a vitória e continua na cola do rival São Paulo na briga pela liderança.

CORINTHIANS 2 X 0 FLUMINENSE
Julio Cesar, Weldinho, Wallace, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Danilo; Willian (Morais), Liedson (Emerson Sheik) e Jorge Henrique (Ramírez). Ricardo Berna, Mariano, Gum, Leandro Euzébio e Julio Cesar; Edinho, Valencia, Deco (Marquinho) e Conca; Tartá (Rafael Moura) e Fred.
Técnico: Tite. Técnico: Abel Braga.
Gols: Willian, aos cinco e, de pênalti, aos 30 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Danilo, Paulinho (Corinthians); Leandro Euzébio, Souza, Rafael Moura (Fluminense).
Data: 12/06/2011. Local: Pacaembu, em São Paulo. Árbitro: Marcio Chagas da Silva (RS). Auxiliares: Julio Cesar Rodrigues Santos (RS) e Marcelo Bertanha Barison (RS). Público: 18.400 pagantes. Renda: R$ 575.168,00.

Parte das arquibancadas do Castelão é implodida para obras da Copa

Para secretário estadual operação neste domingo foi um sucesso

Por Roberto Ranulfo Fortaleza, CE

A implosão de parte do estádio Castelão na manhã deste domingo, em Fortaleza, durou poucos segundos mas o suficiente para significar mais um passo para que a cidade seja sede da Copa das Confederações, em 2013, e das semifinais da Copa 2014. O Estádio Plácido Aderaldo Castelo, o Castelão, teve 130 metros de suas arquibancadas implodidos com 500 kg de dinamite. Centenas de curiosos foram ao local ver a implosão e as ruas em torno ficaram interditadas até as 10h. A operação foi aplaudida pelo público.
A ação seguiu a programação da Secretaria Especial da Copa. A implosão é a terceira das quatro etapas do projeto de reforma do estádio. As obras começaram no dia 13 de dezembro e, pela previsão da Secretaria Especial da Copa, 20% da execução terá sido feita até o fim deste mês.
Para que a cidade possa ser sede da Copa das Confederações, em 2013, as modernizações e a reforma completa devem estar prontas até dezembro de 2012. O secretário estadual da Copa, Ferrúcio Feitosa, afirma que as datas planejadas da reforma estão sendo cumpridas e que as ações estão dentro do planejado.
- A implosão foi um sucesso e a obra está dentro do prazo - disse Feitosa.
Com a implosão das arquibancadas concluída, começa uma corrida para que seja feita a limpeza de cerca de 10.000 toneladas de concreto, e comece a construção do Edifício Central, onde irão funcionar parte da inteligência, informática, vestiários, área da imprensa e área vip.
Plateia
Pelo menos uma pessoa passou mal durante a implosão, uma senhora de 70 anos. Ela foi atendida por uma ambulância que estava de prontidão no entorno do Castelão. Outras pessoas reclamaram da forte poeira nos olhos. Elas assistiram a 200 metros de distância do estádio. No fim da operação, vários curiosos tentaram entrar no estádio, mas a Defesa Civil impediu