terça-feira, 26 de julho de 2011

Cientistas inventam sutiã que mantém os seios fixos

Eduardo Moreira Para o TechTudo
Essa é uma boa notícia para as atletas que buscam um maior conforto nas atividades esportivas. Cientistas desenvolveram um sutiã esportivo que promete “fixar” os seios, evitando que eles se movimentem durante a ação.
Sutiã deixa os seios fixos (Foto: BPM Media)Sutiã deixa os seios fixos (Foto: BPM Media)
Diferente dos tops atléticos convencionais, esse sutiã encapsula cada mama separadamente, acondicionando os seios em uma espécie de “copo” moldado, reduzindo o movimento dos seios em todos os ângulos. O produto passou por diversos testes, e foi aprovado em todos eles, e segundo os seus criadores, essa nova solução atua no atleta “como se duas mãos estivessem segurando os seios”, e não como o sutiã esportivo convencional que contrai os seis contra a caixa torácica.
O produto é uma criação da designer Clare Fallon, e foi testado pela Loughborough Sports Technology Institute. Durante a sua pesquisa, eles chegaram a conclusão que o novo sutiã pode reduzir o movimento dos seios em 83%, contra 65% das opções mais existentes no mercado. Porém, o fabricante alerta que o sutiã só vai funcionar com atletas (ou mulheres) mais novas. Ou seja, as vovós não serão beneficiadas com os efeitos do produto. Fallon diz que esse foi o sutiã mais difícil que ela teve que projetar, pela quantidade de elementos integrados na sua composição.
O novo sutiã será lançado pela Panache, uma marca de lingeries especializada em mulheres com seios volumosos. Eles passaram três anos pesquisando uma solução para o problema do movimento dos seios durante as atividades esportivas. Agora, eles se preparam para o lançamento do produto no Reino Unido, que estará disponível no mercado no mês de outubro, com preço inicial de 35 libras. Sem previsão de chegar no Brasil.
A Panache fez uma pesquisa, e detectou que 42% das usuárias desses sutiãs esportivos responderam que os modelos atuais não eram adequados para as atividades, e mais da metade alegaram que sentem dor durante os exercícios. E parece que o produto da Panache deve resolver o problema de uma vez por todas.

Depois de competição, Bia e Branca Feres curtem praia no Havaí

Atletas participaram do US Open de nado sincronizado em Honolulu.
Do EGO, no Rio
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Divulgação/-Divulgação

Bia e Branca Feres no Havaí (26/07/2011)


As gêmeas Bia e Branca Feres relaxaram em uma praia de Honolulu, no Havaí, depois de participarem do Us Open de nado sincronizado. As atletas, que se apresentaram ao som de Amy Winehouse, ficaram em terceiro lugar.

‘Made in Cotia’: por jogadores mais completos, São Paulo abole 3-5-2

Medida adotada no CT do clube com mais jogadores na Seleção Sub-20 visa a ampliar conhecimento técnico e tático no processo de formação

Por Cahê Mota e Pedro Veríssimo Direto de Arapongas, Paraná
“Craque made in Cotia”. A inscrição gravada no currículo de quatro dos 21 jogadores que representarão o Brasil no Mundial Sub-20, a partir do fim deste mês, na Colômbia, deixa a certeza de que o São Paulo é uma das referências no trabalho de base no futebol brasileiro. Dono do mais completo centro de treinamento para as categorias inferiores, o clube tem como preocupação preparar o jogador para consumo interno e externo. Ou seja, estar pronto para defender as cores do Tricolor paulista não é suficiente, é importante fabricar talentos tipo exportação.
Vice-campeão da Copa Brasil Sub-15, a equipe do Morumbi mostrou no interior do Paraná, com a primeira categoria que disputa competições, o passo inicial de um trabalho que revelou nomes como Kaká e tem como exemplo a ser seguido Lucas, que disputou a última Copa América pela Seleção principal. E se a preocupação social e educacional, com escola particular, reforço escolar, aulas de inglês, acompanhamento de psicólogos e assistentes sociais, é responsável pela formação do cidadão, em campo uma medida diferente trata de formar o chamado jogador global: a proibição de esquemas com três zagueiros.
Jogadores do São Paulo Sub-15 (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)São Paulo Sub-15: fãs de Neymar, mas na escola de Lucas (Foto: Pedro Veríssimo / Globoesporte.com)
Conduta curiosa para quem dominou o futebol brasileiro nos últimos anos atuando exatamente no 3-5-2, mas aprovada por quem implementou esta filosofia no time de cima:
O próprio Muricy, que jogava com três zagueiros, ia na base e orientava a não usarmos. Exatamente por ser um esquema que não é de formação, mas de busca por vitórias"
Marcelo Lima, coordenador do São Paulo
- O próprio Muricy, que jogava com três zagueiros, ia na base e orientava a não usarmos. Exatamente por ser um esquema que não é de formação, mas de busca por vitórias. Por isso, nossos treinadores não têm a cobrança e a obrigação de buscar resultados, mas, sim, de formar jogadores – explica Marcelo Lima, coordenador das categorias de base são-paulinas.
Para o clube, o modelo Barcelona, que prima por um estilo padrão de jogo desde a chegada do jovem atleta ao Camp Nou até os profissionais, não cabe em um futebol ainda refém da venda de jogadores como o brasileiro. Preparar para defender o São Paulo é, sim, importante, mas praticamente restringi-lo às características tricolores é inviável.
- O Barcelona forma o jogador para jogar no Barcelona. Já o futebol brasileiro ainda é dependente do mercado exterior. Então, não posso formar um atleta pensando em utilizar somente para mim. Essa gama de opções serve para isso. Temos que formar primeiro para o profissional e depois para o mundo – justifica Lima
A medida, tomada em 2006, tem como objetivo abrir o leque de opções tanto para o próprio atleta quanto para os treinadores. Comandante do Sub-15 do São Paulo, Menta explica de que forma o 3-5-2 restringe o crescimento de um jogador ainda em formação.
- O 3-5-2 limita muito os jogadores e é muito complexo para se jogar. A adaptação deste sistema depende de zagueiros com muita inteligência tática e acabamos engessando os meias. Não dá para atuar com dois meias. Se fizer isso, tem que tirar um atacante. Então, começa a limitar as posições. Paramos de formar laterais que apoiem e fechem a zaga com qualidade. Fica um sistema mais para não tomar gol. Mas, para formação, atrapalha o crescimento cognitivo do menino. Ele vira um robô em campo. Já nos esquemas com uma linha de quatro variamos mais as opções e formamos jogadores com entendimento mais global.
O coordenador Lima complementa o raciocínio.
- Nossa missão é formar o jogador completo e dar a opção para que o treinador decida como utilizá-lo. O São Paulo faz o jogador para que ele esteja apto a atuar em qualquer lugar do mundo e com qualquer profissional. No 3-5-2 não conseguimos formar isso. Na linha de quatro, o lateral apoia, marca e faz cobertura. Isso acontece também com zagueiros. As funções táticas são mais abrangentes.
Procuram-se meias e laterais
chuteira restritas dos Jogadores do São Paulo Sub-15 (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)Apesar dos detalhes coloridos, chuteiras devem ser
predominantementes nas cores do São Paulo
(Foto: Pedro Veríssimo / Globoesporte.com)
Os são-paulinos acreditam ainda que a atitude colabora por tabela para que algumas carências marcantes no futebol brasileiro nos últimos anos sejam supridas. Se Maicon e Daniel Alves surgem como dois dos melhores do mundo na lateral direita, a busca por um nome de peso no lado oposto é permanente. Assim como Ganso aparece como água em um deserto de opções para a função de camisa 10. Para muitos treinadores, a escassez é fruto da onda de 3-5-2 provocada pelo pentacampeonato da Seleção Brasileira em 2002.
- Sofremos por um tempo com a escassez de jogadores que pensam o jogo pelo crescimento do futebol força, da cultura que o principal era não tomar gol, com muitos volantes, com: “Primeiro não perco para depois ganhar”. E isso está mudando. O Barcelona é um exemplo disso. Um time que hoje busca mais jogadores de inteligência acima da média, que raciocinam a todo momento – justifica Menta.
Seja com restrições táticas ou com busca específicas de jogadores com determinadas características, o que se viu na Copa Brasil Sub-15 foi uma preocupação evidente em diminuir cada vez mais a dependência do físico para que um atleta vingue no futebol. Até mesmo a sempre tradicional escola gaúcha de futebol força tem buscado garotos mais técnicos e com entendimento global do esporte, conforme revela o treinador do infantil Gustavo Fragoso.
- Todas as comissões técnicas seguem um documento orientador metodológico, que vai servir da Sub-20 até a primeira categoria, com 10 anos, e vai definir princípios de jogo. Não é esquema tático, mas é preciso ter alguns entendimentos de jogo, se tornar um jogador mais inteligente. É isso que estamos buscando. O Grêmio há um bom tempo é visto como um time de força, de garra, mas nós, no próprio clube, temos tentado mudar isso. Tanto que temos um volante baixo e de boa técnica no nosso sub-15. E isso o fez jogar.
Avaliação de características individuais é fundamental
Bem servido tanto na lateral esquerda quanto no meio-campo, o Santos faz uso de observadores espalhados por todo o país para que não sofra deste mal. Supervisor da base do Peixe, Bebeto Stival lembra que a visibilidade dada por determinadas posições, principalmente ofensivas, acaba fechando a mente da molecada no momento das avaliações. É quando o dedo do profissional responsável pela captação de talentos se faz fundamental para identificar onde cada um se encaixa.
time do São Paulo sub-15 faz a festa no ônibus (Foto: Cahê Mota / GLOBOESPORTE.COM)Apesar das normas, são-paulinos não abrem mão dos momentos de lazer e descontração (Foto: Pedro Veríssimo / GLOBOESPORTE.COM)
- É preciso procurar e ir atrás. O Brasil é um grande celeiro de talentos, mas criou-se uma ilusão de que quem ganha dinheiro é atacante. Em uma seleção hoje, 70% das crianças querem jogar nessa posição porque querem ficar ricos. Por isso, é importante orientar para que joguem em outras posições. Às vezes, temos ali um grande lateral, um grande zagueiro... É preciso observar para avaliar o perfil técnico de cada um. A busca é incessante.
Há carência de laterais é muito pelo esquema de três zagueiros. Vimos muito isso na Copa Brasil. Acaba que o jogador “lateral” não é lateral, e cresce como ala"
Emerson Ballio, técnico do Santos
Mesmo sem uma proibição como no São Paulo, o Santos tem como característica escalar suas equipes de base no 4-4-2 ou no 4-3-3, esquemas de sucesso entre os profissionais. O treinador Emerson Ballio, inclusive, compartilha da teoria dos companheiros de profissão do São Paulo.
- Há carência de laterais é muito pelo esquema de três zagueiros. Vimos muito isso na Copa Brasil. Acaba que o jogador “lateral” não é lateral, e cresce como ala.
Nem mesmo clubes criados exclusivamente para formação e venda de jogadores estão imunes às dificuldades do mercado. Eles, no entanto, buscam o tiro certo e seguem permanentemente atrás do perfil que anda em falta.
- É difícil achar um jogador que se encaixe em alguns esquemas. Temos dificuldades com lateral-esquerdo, zagueiro canhoto, camisa 10 clássico está em extinção... Futebol hoje tem o pensamento de mais força do que técnica. Por isso, pedimos para os observadores buscarem jogadores com essas características – revela Arnaldo Macedo, técnico do PSTC, clube localizado em Londrina que tem como foco o trabalho de base.
Fica a dica para os milhares de jovens pelo Brasil em busca do sonho do profissionalismo: laterais e armadores estão em extinção, mas fujam do 3-5-2.

Porta-voz da AFA admite que novo campeonato 'protegerá' times grandes

Cherquis Bialo explica regras do novo torneio e confessa: 'Se o River não tivesse caído isto não aconteceria'

Por GLOBOESPORTE.COM Buenos Aires
Cherquis Bialo, porta-voz da AFA (Foto: AFP)Cherquis Bialo: 'Equipes pequenas podem ser campeãs
e grandes podem cair'  (Foto: AFP)
Um campeonato com times da Primeira e da Segunda divisão. Esta pode ser a solução encontrada pela Associação de Futebol Argentino (AFA) para garantir renda satisfatória dos direitos de transmissão do que seria a principal competição do país e para "proteger" grandes equipes do tão temido rebaixamento. De acordo com o porta-voz da entidade, Cherquis Bialo, a proposta - que ainda será votada em outubro - tem o aval dos dirigentes devido à queda do River Plate.
- Se o River não tivesse caído isto não aconteceria. É para garantir todos. Que River e Boca joguem a Primeira, mas também o Quilmes, Rosário, Racing, San Lorenzo... Temos que fazer uma fusão como proteção para que nenhuma outra equipe passe pelo que passou o River - disse Bialo a uma rádio local.
Blog Futebol Argentino: Saiba como deve ser o novo campeonato
O assessor ainda explicou as regras do torneio, que será disputado a partir de agosto de 2012 caso seja aprovado.
- No primeiro ano não haveria rebaixamento, mas a partir do segundo voltaríamos a ter. Será preciso somar pontos nesta temporada (2012) porque as médias vão continuar. Assim como equipes pequenas podem ser campeãs, equipes grandes podem cair.

Surpreso, Ralf comenta convocação: ‘Achei que era brincadeira’

Volante do Corinthians afirma ter levado um susto ao saber da notícia e exalta suas qualidades e sua relação com o técnico Mano Menezes

Por Carlos Augusto Ferrari e Leandro Canônico São Paulo
Ralf em entrevista no Corinthians (Foto: Carlos Augusto Ferrari (GLOBOESPORTE.COM))Sorridente, Ralf dá entrevista no CT do Corinthians
(Foto: Carlos A. Ferrari/GLOBOESPORTE.COM)
Um dos destaques do Corinthians no Campeonato Brasileiro, Ralf comentou nesta terça-feira a sua primeira convocação para a Seleção Brasileira. No próximo dia 10 de agosto, o Brasil faz um amistoso com a Alemanha, em Stuttgart, e o volante do Timão é uma das novidades. Só que ele ainda está surpreso com o chamado.
Segundo o camisa 5 do Alvinegro, ao receber a notícia, na última segunda-feira, sua primeira reação foi achar que era uma brincadeira do empresários e familiares.
- Eu dormi bastante ontem, porque estava com a cabeça inchada por conta da derrota (para o Cruzeiro, no domingo). Meu empresário e meus pais estavam preocupados e conseguiram falar comigo apenas às 16h. Eu fui pego meio de surpresa e de instante achei que era brincadeira – contou Ralf.
Obviamente feliz com a convocação, o volante do Timão acredita que só vai se dar conta da importância dessa nova fase a hora que estiver no avião, a caminho da Alemanha. Em sua cabeça, no entanto, já está pronto o plano para manter-se firme nas convocações do técnico Mano Menezes, com quem trabalhou no Corinthians.
Eu fui pego meio de surpresa e de instante achei que era brincadeira "
Ralf
- Fiquei muito feliz, mas até agora a minha ficha ainda não caiu. Só vou perceber mesmo a hora que entrar no avião e encontrar os outros jogadores da Seleção. Lá eu tenho de fazer o simples, o arroz com feijão, e inventar pouco. Espero que seja a primeira de muitas outras convocações – declarou o meio campista.
Ralf está muito agradecido ao Corinthians pela recente convocação para a Seleção Brasileira. Mas faz questão também de exaltar suas qualidades.
- Devo tudo isso que está acontecendo em minha carreira ao Corinthians. O clube me abriu portas. Mas a minha vontade e determinação também – finalizou.
Ainda com Ralf, o Corinthians volta a atuar no Campeonato Brasileiro no próximo domingo, contra o Avaí, no estádio da Ressacada, em Florianópolis. O Timão é líder isolado da competição, com 28 pontos, seis à frente do São Paulo, segundo.

Goleiro do Sport se arrepende de voadora: 'Não acreditei no que fiz'

Gustavo tentou se encontrar com Elivélton no hospital, mas desistiu devido ao movimento de jornalistas no local. Goleiro depõe nesta quarta-feira

Por GLOBOESPORTE.COM Barão de C
Sério, mas sem chorar. Arrependido, mas consciente de que não agiu de má-fé. O goleiro do time júnior do Sport, Gustavo Pereira de Lima, não esconde a chateação pela repercussão da 'voadora' que deu no colega de profissão, o jogador Elivélton, do Vasco, durante partida entre as duas equipes na Taça BH de Futebol Júnior. E quer se encontrar com o agredido para pedir desculpas.
- Estou muito arrependido. Na hora não pensei, foi gesto sem pensar, no calor do momento, pois estava perdendo a partida. Nunca fiz isso nem em campo, nem fora. Não acreditei no que fiz. Só me dei conta quando o menino estava na maca. Eu me desesperei. Estou arrependido. Que sirva de lição para todos os atletas e pessoas que viram, para que não aconteça de novo.
Goleiro Gustavo  junior  Sport recife (Foto: Maíra Lemos / TV Globo Minas)Gustavo quer pedir desculpas pessoalmente ao
vascaíno (Foto: Maíra Lemos / TV Globo Minas)
Nesta quarta-feira, ele prestará depoimento em Barão de Cocais, cidade localizada a 93 quilômetros de Belo Horizonte, onde estava sendo realizada a partida durante a qual ocorreu a agressão - o jogo foi encerrado antes do fim, e Elivélton levado ao hospital, onde passou a noite.
 Gustavo foi afastado da competição, mas ainda não se sabe se ele fica com a delegação ou retorna a Recife. Outra informação, dada pelo supervisor de Futebol do Sport, Carlos José Araújo, é que apesar de o clube ter anunciado no site oficial que o goleiro seria afastado, ainda haverá uma reunião entre dirigentes para definir o futuro do atleta, de 18 anos.
Gustavo ainda revelou que já tentou pedir desculpas a Elivélton. Mas, quando chegou à porta do hospital municipal de Barão de Cocais, preferiu voltar atrás devido ao grande número de jornalistas no local.
Apesar de toda a repercussão negativa do fato, Gustavo avisa que não quer desistir do sonho de ser jogador e não quer encerrar a carreira.
Confira a entrevista do goleiro Gustavo no Jornal Nacional desta terça-feira.
*Colaboraram os repórteres Maíra Lemos e Eric Soares.
ocais, MG
 

No dia em que Telê faria 80 anos,
filho lembra assédio do Barça

Renê conta que o pai chegou a recusar proposta por respeito a Cruyff, que ainda era o técnico da equipe na época. Depois, Mestre sofreu AVC e parou

Por Márcio Mará Rio de Janeiro
Das muitas histórias que o nome de Telê Santana carrega no mundo da bola, uma foi lembrada pelo seu filho, Renê, nesta terça-feira, 26 de julho, dia em que o pai completaria 80 anos de idade se vivo estivesse. Resume, com perfeição, por que virou sinônimo de ética e arte nos quase 50 anos de carreira. Seja como "Fio de Esperança", apelido recebido em pesquisa com torcedores nos tempos em que, franzino, com a camisa do Fluminense, fazia a diferença nos campos como um dos primeiros pontas a cumprir sem erros a missão tática de voltar para ajudar a marcar no meio-campo. Seja como "Mestre", quando, treinador, principalmente no São Paulo, imprimiu às equipes que dirigiu o futebol arte tão sonhado pelos amantes do jogo bonito.
O ano era o de 1996. Telê vivia grande fase. Bicampeão da Libertadores e mundial interlcubes  pelo São Paulo em 1992-1993 (veja este último no vídeo abaixo), entre outros tantos títulos, deixava para trás a fama injusta de pé-frio recebida após os insucessos na Seleção Brasileira que encantou o mundo mas retornou para casa mais cedo em 1982 e 1986.  Voltou a virar notícia e ganhou o assédio de clubes, como o Valencia, da Espanha, e de seleções, como a japonesa. Mas a prioridade era o São Paulo, com quem tinha contrato e compromisso moral. Dizia não sem pestanejar. Até que surgiu no caminho um dos grandes gigantes, o Barcelona...
telê santana são paulo libertadores faixa (Foto: Agência Estado)No São Paulo, sepre de camisa vermelha, que usava por superstição, Telê Santana ganhou os títulos mais importantes como treinador, como duas Libertadores e dois Mundiais Interclubes (Foto: Agência Estado)
- Pela primeira vez, ele admitiu ouvir os dirigentes. Mas aí disse o seguinte. "Olha, fico lisonjeado com o convite de um clube como o Barcelona, mas vocês têm um treinador, que é o Cruyff. Não posso aceitar, não seria nada ético." O dirigente  respondeu: "Ele sabe que estamos aqui." Pegou o telefone e ligou para o Cruyff, que explicou estar de saída em um mês. Aí, ele aceitou continuar a conversa, logicamente ouvindo o São Paulo. Só que aconteceu o pior. Adoeceu, teve o AVC e não voltou mais a dirigir clube nenhum. Mas sinto um orgulho enorme pelo comportamento que teve. Sempre com ética e caráter  - afirmou por telefone o filho Renê Santana, em São Paulo para participar de alguns eventos em homenagem a Telê.
Quis o destino que não se concretizasse a união do técnico brasileiro mais identificado com o futebol bem jogado com o clube cujo lema é formar grandes equipes e encantar o mundo. Nem dá para imaginar como seria essa parceria. Certo na cabeça de Renê Santana é que o Barcelona de hoje, com Messi, Xavi, Iniesta & Cia., deixaria o pai feliz em sua poltrona, em casa, diante da TV. O futebol de toques precisos, rápidos e objetivos foi o que sempre pregou. E o exemplo do comportamento de Telê citado por Renê mostra que arte e ética podem andar juntas sem prejuízo para o esporte. As primeiras palavras de Zico para se referir ao eterno Mestre só reforçam a ideia.
- Falar de Telê Santana é falar de bom futebol, lisura, disciplina, jogar bola como numa pelada. Coisas mais raras hoje em dia, que o futebol virou um grande negócio e se quer ganhar a qualquer preço. Ele sempre pedia para tirarmos a bola sem fazer falta. Chegava pra nós e dizia: "Joguem bola. Vocês têm condições." Lembro até hoje de uma imagem dele muito bacana. Foi num jogo contra o Paraguai, no Serra Dourada, pelas eliminatórias. Um dos gols que marquei foi muito bonito, por cobertura. Quando vi o teipe do jogo na TV, uma das imagens era do Telê sorrindo logo após esse gol. Ele adorava uma jogada bonita...
Ainda que às vezes mostrasse uma cara amarrada nas entrevistas, os jogadores conheciam um Telê mais leve, solto, bem-humorado. O sorriso que Zico viu na TV era presenciado pelos jogadores no dia a dia. Principalmente na tensão que precedia os jogos.
- Quando a gente entrava no ônibus da Seleção, já sabia que o Telê poria uma fita com piadas do Ari Toledo e do Juca Chaves. Mas o Ari era o favorito dele. Tinha jogador que já botava o fone para não ouvir. Ele era muito dvertido, adorava contar piada - afirmou o Galinho, recuperado do susto na sexta passada, quando foi internado no hospital com suspeita de meningite. Se Zico lembra do bom humor do treinador, dona Ivonete, viúva do eterno "Mestre", recorda com saudades do lado supersticioso do técnico nos tempos de São Paulo.
- Ele sempre vestia uma camisa polo vermelha. Dizia que dava sorte. Quando chegava, após uma vitória, ficava todo sorridente, brincando. E procurava sempre passar tranquilidade para a família antes das partidas. Não queria ver ninguém nervoso. Sinto muita saudade. Era um grande marido e companheiro. Cada ano sem ele vai se tornando mais triste - afirmou dona Ivonete, que viveu mais de 50 anos ao lado de Telê, dividindo os momentos de alegria e incertezas, seja na carreira de jogador como de treinador.
Nervosismo em Itabirito
A caminho de uma exposição fotográfica em São Paulo lembrando os 80 anos de Telê, o filho Renê fez uma viagem no tempo e recordou uma das partidas mais tensas do pai como jogador.
telê santana  fluminense (Foto: Agência O Globo)No Flu, Telê ganhou títulos e projeção como jogador
e virou o 'Fio de Esperança' (Foto: Agência O Globo)
- Olha, você não vai acreditar, mas ele disse que ficava muito nervoso quando disputava o clássico de Itabirito, onde nasceu, entre o Itaberense, time em que jogava, e o União. Garante que ficava mais tenso do que num Fla-Flu, por exemplo.
Telê parecia saber que dali poderia despontar para o mundo. O menino franzino se destacou pela habilidade e fôlego. Logo, logo, o América de São João del Rei o contratou. De lá, foi para o Fluminense, onde virou ídolo. Na ponta direita, tornou-se o "Fio de Esperança".. Além do futebol técnico, primava pela eficiência tática. e se tornava o primeiro ponta a se preocupar com a função tática de marcação. Tanto que era comum vê-lo recuar para ajudar na marcação. Sempre com muita raça.
O camisa 7 tornou-se logo ídolo. Ganhou os Cariocas de 1951 e 1959, além da Copa Rio, em 1952, e o Torneio Rio-São Paulo, em 1957 e 1960. No Fluminense, seu time de coração. marcou 162 gols e jogou 557 partidas - é o terceiro da história que mais vestiu a camisa tricolor.
Foi no Fluminense também que Telê pendurou as chuteiras e começou a carreira de treinador em 1968. Lá, desde que se tornou técnico e campeão nos juvenis, começou a imprimir sua marca registrada: era adepto do futebol técnico e com disciplina. Não demorou a levantar o primeiro título nos profissionais.
- Meu pai falava muito do título carioca em 1969. Foi um jogo emocionante. Havia mais de 170 mil pessoas no Maracanã, e o Fluminense venceu por 3 a 2, gol do Flávio - disse Renê.
telê santana  Atlético-MG (Foto: Agência Estado)No Atlético-MG. Telê Santana conquistou primeiro Campeonato Brasileiro, em 1971 (Foto: Agência Estado)
Depiois, Telê partiu para o Atlético Mineiro, mas deixou no Flu a base do time que conquistaria o Roberto Gomes Pedrosa em 1970, equivalente ao nacional. No mesmo ano, foi campeão mineiro pelo Galo, e em 1971 deu ao Alvinegro, que tinha no ataque Dadá Maravilha,  o primeiro título da competição já com o nome de Campeonato Brasileiro. Em 1973, teve sua primeira passagem pelo São Paulo, sem sucesso, até chegar a  outro tricolor, o gaúcho. No Grêmio, em 1977, quebrou domínio de oito anos do Inter e ajudou o clube a faturar o título estadual. No Palmeiras, mesmo sem títulos, marcou ao montar grande time, que jogava bonito, despertando o interesse dos dirigentes da CBF, que o convidaram a ser técnico da Seleção Brasileira.
Mesmo eliminado nas Copas de 1982 e 1986, Telê ganhou o respeito e admiração do mundo ao montar boas seleções. Mas a derrota na Espanha em 1982, no estádio Sarriá, para a Itália, por 3 a 2, é vista por Zico até hoje como maléfica para o futebol, porque dali em diante o medo de perder ficou maior do que a vontade de ganhar jogando bem. Passou a ser mais importante vencer, ainda que de forma feia. Afinal, um time dos sonhos com Zico, Falcão, Sócrates, Junior, Leandro e Éder saía derrotado de um Mundial.
Mas esse mesmo futebol, que passou um tempo impregnado por retrancas, viu Telê ressurgir com força no São Paulo no início dos anos de 1990. Com Raí, Palhinha, Cafu, Muller, Leonardo, Cerezo e tantos outros, montou dois times que só deram alegrias. Um bi.da Libertadores e do Mundial em 1992-93 pôs fim às críticas. Telê ganhava o mundo com um time à sua feição.
telê santana  zico sócrates copa do mundo 82 (Foto: Agência Estado)Com Sócrates e Zico, seus favoritos na Seleção Brasileira, Telê montou time dos sonhso em 1982, Mas não conseguiu o título, bem como quatro anos depois, no Mundial de 1986 (Foto: Agência Estado)
- Quando ele chegou ao São Paulo, recuperou o Raí, que estava em baixa. Meu pai conseguiu mexer com os brios dele, que tinha uma proposta do Albacete, da Espanha. Foi aí que meu pai falou: "Olha, se eu fosse você, esperava e acreditava mais no seu futebol. Você tem bola para jogar num clube melhor que o Albacete." Não deu  outra: Raí foi o herói do primeiro Mundial, em 1992, e acabou indo para o PSG, da França. Aí veio o Leonardo, que conheceu no Flamengo, outro que adorava. Esses foram os preferidos. Na Seleção, Sócrates e Zico  - afirmou Renê.
Ao abandonar o futebol em 1996 por conta de um acidente vascular cerebral, Telê saiu de cena dos campos, mas deixou um sucessor que pelo menos o segue na sina de titulos. Muricy Ramalho, auxiliar do Mestre no São Paulo, acabou papão de Brasileiros. Foi tricampeão em 2006-07-08. Antes de faturar a Libertadores no Santos este ano e garantir o direito de decidir, contra o mesmo Barcelona que um dia quis Telê, o Mundial de Clubes no fim do ano, levou no Flu seu quarto título nacional. E foi ali, naquele momento, no clube de coração do "Mestre", fez a homenagem a Telê, falecido em abril de 2006.
- Eu fiquei tão emocionado que queria falar. Essa noite eu sonhei com o Telê Santana. Sonhei que dei um tremendo abraço nele. Tenho certeza de que ele está muito contente lá em cima com esse título do Fluminense... Acho que esse sonho aconteceu porque falaram tanto dele durante a semana... Acho que foi por isso. Vi o Telê vivo no sonho. E prometi a mim mesmo que, se fosse campeão, ia falar sobre isso - disse Muricy, que, como tantos brasileiros, também sonha em rever o futebol bonito e tão desejado pelo "Fio de Esperança".

Sem janela, mercado interno aquece. Confira alguns jogadores disponíveis

GLOBOESPORTE.COM faz lista com nomes que ainda não completaram sete partidas e poderiam entrar na mira de outros clubes para o Brasileirão

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Com o fechamento da janela de transferências do exterior para o Brasil, os olhos do mercado estão voltados para o futebol nacional. Agora, quem quiser se reforçar vai precisar de muita criatividade e jeito para negociar com os clubes que participam da mesma competição. Na Série A do Campeonato Brasileiro, só é permitido inscrever um jogador que tenha feito, no máximo, seis partidas por outra equipe.
Por isso, o GLOBOESPORTE.COM fez um levantamento de cinco jogadores por clube que não atingiram este limite e que poderiam entrar na lista de ofertas. Nomes como Neymar, Ganso e Lucas, por exemplo, não entraram na lista dada a valorização que tornaria quase impossível uma transferência para clubes brasileiros. Também não foram considerados jogadores que chegaram há pouco tempo a um determinado clube, casos de Juninho Pernambucano (Vasco), Carlos Alberto (Bahia) e Cícero (São Paulo), entre outros.
Recentemente, o Grêmio esteve perto de contratar Marquinho, do Fluminense, mas este completou o sétimo jogo pelo tricolor carioca em grande estilo, marcando o gol da vitória sobre o Palmeiras. O clube paulista, por sua vez, quase perdeu Kleber para o Flamengo, mas o atacante fez a sétima partida justamente contra os rubro-negros, e agora não poderá mais sair para um clube brasileiro até o fim do ano, para alívio dos palmeirenses.
As inscrições de novos jogadores estão liberadas até o dia 23 de setembro, véspera da 26ª rodada. Cada clube poderá contratar, no máximo, cinco jogadores de clubes da Série A durante a competição. E um atleta só pode defender dois clubes, o que impossibilita uma terceira transferência. Seria o caso do lateral-esquerdo Egídio, por exemplo. O jogador já defendeu Flamengo e Ceará, não podendo vestir outra camisa na atual competição. Mesmo caso de Maikon Leite (Santos e Palmeiras) e Reinaldo (Figueirense e Bahia).
Mas ainda há boas opções no mercado. Tomando como base a última parcial do Troféu Armando Nogueira com as notas dadas até a 10ª rodada, é possível ver que o melhor goleiro do campeonato - Marcelo Grohe (Grêmio) -, o melhor lateral-direito - Boiadeiro (Ceará) -, e o melhor zagueiro - Rhodolfo (São Paulo) - estão aptos a receber propostas, já que ainda não completaram a sétima partida.
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INFO Jogadores disponíveis 19h (Foto: Editoria de Arte / GLOBOESPORTE.COM)

Dilma nomeia Pelé 'embaixador honorário' do Brasil para Copa 2014

Presidente recebeu rei do futebol nesta terça no Palácio do Planalto.
'Não poderia deixar de aceitar esse convite', afirmou o ex-jogador

Por Débora Santos Do G1, em Brasília
Dilma e Pelé (Foto: Ricardo Stuckert / PR)Dilma e Pelé durante o encontro no Palácio do
Planalto em Brasília  (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
A presidente Dilma Rousseff nomeou Pelé "embaixador honorário" do Brasil para a Copa do Mundo de 2014 nesta terça-feira após reunião com o Rei do Futebol e o ministro dos Esportes, Orlando Silva, em Brasília.
Depois do encontro, Pelé afirmou que "não poderia deixar de aceitar" o convite de Dilma. Ele terá como função fazer a promoção no país e no exterior da Copa do Mundo do Brasil. A função não é remunerada.
- Eu não poderia deixar de aceitar esse convite da nossa presidenta. Como brasileiro vocês sabem que eu já faço isso desde quando nasci. Desde a primeira Copa do Mundo que eu defendo e faço a promoção do Brasil. É uma responsabilidade muito grande, mas eu não poderia deixar de aceitar -  disse Pelé.
Logo após o anúncio do novo cargo, Pelé pediu o apoio dos brasileiros para a realização do mundial de futebol no Brasil. Pelé lembrou a Copa da Suécia, em 1958, quando a vitória da Seleção “enalteceu” o nome do país. Segundo ele, todos os 190 milhões de brasileiros precisam contribuir para a organização do mundial.
- Eu gostaria de pedir para todo o povo brasileiro que acreditasse, porque estava meio confuso, meio em dúvida com alguns problemas que nós tivemos aqui e que a gente sabe ainda das condições, mas que podemos acreditar, porque a presidente disse que vai fazer todo o esforço e espero que a gente entregue bem essa Copa do Mundo. Agora essa administração será feita com com 190 milhões de brasileiros e todos ficaremos orgulhosos de entregar bem essa Copa - disse o ex-jogador.
O ministro dos Esportes, Orlando Silva, afirmou que a presidente Dilma ficou "feliz" em receber o ex-camisa 10 em seu gabinete. Segundo Orlando Silva, a função de embaixador é uma homenagem a Pelé "pelo que ele fez pelo esporte e pelo Brasil”.
- É um homem que conhece muito do mundo do futebol. Vai nos ajudar, vai nos representar em eventos. Até junto à Fifa. Pelé significa superação, vitória, é um símbolo importante para o Brasil - afirmou.
Para o ministro, a experiência de Pelé ajudará a orientar o governo e na interlocução dentro e fora do Brasil.
- Ela (presidente Dilma Rousseff) acredita que pela força da imagem do Pelé, pela história dele, um homem que viveu 10 copas, a presidente acredita que seria a melhor face da Copa do Mundo de 2014 e esse título [de embaixador] tem um pouco esse sentido - disse Orlando.
O ministro afirmou ainda que está prevista na agenda da presidente Dilma a participação no sorteio das chaves para as eliminatórias da Copa de 2014. O sorteio será o primeiro evento oficial da Copa. O evento será realizado no Rio de Janeiro no próximo sábado, dia 30.
Jogos Militares
Dilma havia se encontrado com Pelé na cerimômia de abertura da 5ª edição dos Jogos Mundiais Militares, que ocorreu no Engenhão, no Rio de Janeiro, no sábado (16). Durante o evento, a pira olímpica foi acesa por Pelé, que foi escolhido por ser o atleta do século 20 e por ter jogado na seleção militar no início da sua carreira representando as Forças Armadas.

Preso, Zé Elias diz à mulher que não imaginava que caso repercutiria tanto

Da prisão do 33º Distrito Policial, ex-jogador acompanha as notícias pela televisão e revela que não imaginava que caso teria tamanha dimensão

Por Renato Cury São Paulo
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zé elias frame (Foto: Reprodução/TV Globo)Zé Elias está detido em Pirituba desde a última
quinta-feira (Foto: Reprodução/TV Globo)
Dentro da cela do 33º Distrito Policial (Vila Mangalot), em Pirituba, onde está preso pelo não pagamento de pensão alimentícia a sua ex-mulher, o ex-jogador do Corinthians Zé Elias acompanha a repercussão do caso pela televisão. À atual mulher, Renata Loretto Ribeiro, Zé Elias revelou que não imaginava que a sua detenção o deixaria com tamanha dimensão na mídia.
- Ele me escreveu dizendo que não imaginava que o caso teria essa repercussão toda, já que faz um bom tempo que ele parou de jogar. Não esperava que teria essa dimensão. Eles têm televisão lá dentro, e o Zé está acompanhando tudo – revelou Renata.
De acordo com a atual mulher, Zé Elias está tranquilo e tem conversado com ela diariamente por meio de cartas. A advogada do ex-jogador, Rita de Cássia, é a única que pode visitá-lo diariamente.
- Nas cartas ele pede para eu ter forças para cuidas das crianças. Ele tem muita saudade, mas está relativamente tranquilo, está muito calmo – contou a atual esposa.
No último domingo, Zé Elias escreveu uma carta para seus filhos com a atual esposa. Mas para preservas as crianças, que têm 1 e 3 anos, Renata preferiu não contar a eles que o pai está preso. Para explicar a ausência do ex-jogador, ela contou aos filhos que o pai está em viagem jogando futebol.
Entenda o caso
Elias recebeu um mandado de prisão por não pagamento de pensão alimentícia a ex-mulher e advogada, Silvia Regina Corrêa de Castro, com quem teve dois filhos. O tempo de prisão inicialmente determinado é de 30 dias. Ele, que se apresentou de forma voluntária, não concorda com o valor pedido pela ex-mulher, que, por sua vez, argumenta que os vencimentos dele permitem uma melhor remuneração.
O processo está em andamento desde 2006, quando Zé Elias solicitou uma revisão do valor da pensão, cuja ação, cinco anos depois, ainda não foi julgada. Na época, Silvia Regina apresentou um documento que dizia que o ex-jogador, então no Olympiakos-GRE, possuía um contrato de direito de imagem com uma empresa de refrigerante. Sendo assim, ele teria dinheiro suficiente para seguir desembolsando o mesmo valor todo mês.
Segundo a esposa atual de Zé Elias, Renata, o mandado de prisão foi emitido no dia 23 de junho de 2010, durante a Copa do Mundo, quando o marido ainda trabalhava como comentarista na Rádio Globo. Mas só após uma audiência em 2 de maio deste ano, novamente sem acordo entre as partes, que ficou decidido que o ex-jogador precisaria se apresentar à polícia, o que aconteceu nesta quinta-feira.
Ainda de acordo com Renata, Silvia Regina está irredutível em sua pedida e exige R$ 1 milhão referentes a estes cinco anos (mais juros) e mais R$ 25 mil mensais. Como se nega a desembolsar tal quantia, Zé Elias preferiu se apresentar à polícia e cumprir pena de 30 dias.
Ele parou de pagar a pensão em outubro de 2010, quando ficou desempregado. Na época, o valor era de R$ 5 mil. Renata afirma também que eles acabaram de receber um documento que comprova que ele não tinha qualquer contrato de exploração da imagem com a empresa de refrigerante e que isso pode ajudá-lo no caso.
José Elias Moedim Júnior foi revelado no Corinthians, clube que defendeu profissionalmente de 93 a 96. Além deles, teve passagens por Bayer Leverkusen-ALE, Internazionale-ITA, Bologna-ITA, Genoa-ITA e Santos. Também defendeu a Seleção Brasileira e conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em1996.

Luis Fabiano fará nova cirurgia para cicatrizar local da última operação

Incisão do procedimento no tendão próximo ao joelho não fechou como os médicos esperavam e precisará ser reparada com mais uma intervenção

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
Luis Fabiano no treino do São Paulo (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)Luis Fabiano não sabe quando voltará a jogar pelo
São Paulo (Foto: Luiz Pires / VIPCOMM)
Luis Fabiano vai passar por uma cirurgia plástica para acelerar a cicatrização do corte da operação no tendão próximo ao joelho direito, confirmou nesta terça-feira o departamento médico do São Paulo, em comunicado no site do clube. De acordo com a assessoria do Tricolor, a lesão anterior foi curada, e o novo procedimento será feito na pele, com intuito apenas de acelerar a recuperação. Confira a íntegra do comunicado.
"Em decorrência ao retardo da cicatrização da incisão cirúrgica na pele para a retirada do tendão do músculo semitendineo a que foi submetido, o atacante Luis Fabiano foi avaliado nesta terça-feira (26) por um cirurgião plástico. Por orientação do especialista foi aconselhado tratamento cirúrgico corretivo na cicatriz.
Importante ressaltar que não existe qualquer relação com a lesão anterior, já curada. A intervenção é na pele. Após a realização do procedimento, que será esta semana, o clube emitirá um boletim informativo".
Com isso, a volta do atacante aos gramados, prevista para o mês de agosto, pode ser adiada mais uma vez. O médico José Sanchez, do Tricolor, explicou mais cedo, nesta terça, o que estava acontecendo com o Fabuloso.
- O problema do jogador é que ficou um ponto no corte que não cicatriza. Chegou a um ponto em que fizemos tudo o que era possível e não deu o resultado esperado. Fizemos limpeza, cobertura com antibióticos, e o local não fechou. Excedeu o tempo que podíamos esperar – afirmou o médico José Sanchez.
O médico do Tricolor deixou claro ainda que a lesão não tem nenhuma relação com a cirurgia feita no dia 20 de maio, quando foi retirada uma fibrose do tendão semitendinoso. Ele já previa o possível atraso no retorno do atleta aos campos.
- O local está perfeito. Não tem nada a ver com isso. Se não fosse esse problema de cicatrização, ele já estaria trabalhando no gramado. Isso normalmente acontece em cirurgias maiores. Vamos ver agora o que o profissional especializado vai decidir. É claro que se ele resolver fazer a cirurgia plástica (o que vai se confirmar), o prazo para voltar a treinar vai atrasar um pouco.

Luis Fabiano foi contratado em março deste ano e custou cerca de R$20 milhões aos cofres do São Paulo.

Em carta enviada à CBF, Fifa diz que não lhe cabe julgar a polêmica de 87

Flamengo e Sport recorreram à entidade máxima do futebol mundial em busca de uma decisão para o caso que se arrasta há 24 anos

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
A polêmica envolvendo Flamengo e Sport em relação ao título brasileiro de 1987 chegou até a Fifa, mas ainda está longe de uma solução. A CBF não divulgou, mas recebeu uma carta da entidade que comanda o futebol mundial. Nela, a Fifa informa não ter competência para julgar o caso.
Nesta terça-feira, o site oficial do Sport informou que o vice-presidente jurídico do clube, João Humberto Martorelli, teve uma reunião com membros da Fifa. No entanto, a nota não deixa claro onde foi o encontro, uma vez que ela cita a sede da entidade, em Zurique, na Suíça, e a Ilha do Retiro, em Recife, como locais da reunião. O GLOBOESPORTE.COM tentou, sem sucesso, entrar em contato com os dirigentes rubro-negros por telefone para esclarecer a situação.

Ainda de acordo com a nota divulgada pelo Sport, João Humberto Martorelli afirma que a entidade máxima do futebol resolveu não se envolver na briga e não admitiu uma audiência por não ter sido procurada pelo Flamengo formalmente.
- Eles (FIFA) não admitiram a audiência por não existir nenhum processo na entidade. Diante dessa resposta, pedimos um documento por escrito falando que não existe esse processo, e ela nos deu. Estamos com o documento nas nossas mãos. A informação era que o Flamengo tinha feito uma reclamação formal, mas ela não existe... No documento por escrito, a FIFA ainda disse que não tem competência para definir quem é o campeão brasileiro de 1987 e que isso é um assunto interno da CBF - disse Martorelli, ao site oficial do Sport.
Fla desmente Sport e confirma ter ido à Fifa
O vice-jurídico do Flamengo, Rafael De Piro, informou que a CBF encaminhou ao Flamengo, por se tratar de um dos envolvidos no caso, uma carta da Fifa enviada ao Sport e à CBF, alegando que a discussão deveria ser feita na própria CBF, por se tratar da entidade máxima do futebol brasileiro. No documento, a Fifa recusa o pedido de audiência do clube pernambucano e diz que a atitude de recorrer à Justiça Comum fere o parágrafo segundo do artigo 64 do estatuto da entidade (recursos a tribunais de Justiça comum são proibidos, a menos que especificamente embasados nos regulamentos da Fifa). No entanto, não há qualquer menção a uma possível punição ao Sport.
Segundo De Piro, a Fifa não recebeu o Sport pois o clube não foi acompanhado pela CBF à sede da entidade, ao contrário do Rubro-Negro carioca, que foi à Suíça em junho representado pela presidente Patrícia Amorim, que teria ido acompanhada de Carlos Eugenio Lopes, diretor jurídico da CBF.
Rafael De Piro revelou que, na ocasião, Patrícia Amorim se reuniu com membros do Comitê Disciplinar da Fifa e solicitou que a entidade privilegiasse a decisão da CBF, que em fevereiro deste ano declarou o Flamengo como campeão brasileiro de 1987, ao lado do Sport. O clube carioca também denunciou o Sport à entidade por ter recorrido à Justiça Comum e assim estaria sujeito a punições por extrapolar a esfera esportiva.

Reviravoltas

Em junho, a CBF acatou a decisão da 10ª Vara da Justiça Federal e voltou a reconhecer o Sport como o único campeão brasileiro de 1987. Na ocasião, a entidade esclareceu que a decisão judicial é passível de recurso e diz entender que o reconhecimento do Flamengo como campeão brasileiro daquele ano não contraria os limites da coisa julgada.
No dia 21 de fevereiro deste ano, a CBF reconheceu o Flamengo como campeão de 87. A decisão, a princípio, colocaria fim a uma polêmica que já dura mais de 24 anos. Na ocasião, o presidente do Sport, Gustavo Dubeux, afirmou que não aceitaria dividir o título com o clube carioca e tomou as providências cabíveis.

Após jantar na casa de Loco Abreu, presidente uruguaio recebe Celeste

Mujica entrega medalhas aos campeões e agradece trabalho do técnico

Por GLOBOESPORTE.COM Montevidéu, Uruguai
O presidente do Uruguai, José Mujica, recebeu nesta terça-feira uma comitiva com campeões da Copa América pela Celeste: o capitão Diego Lugano, o goleiro reserva Juan Castillo, o atacante Loco Abreu e o técnico Oscar Tábarez foram receber a homenagem na Torre Ejecutiva, sede do governo do país. Na noite anterior, Mujica participou de um jantar com quase todos os atletas campeões na casa do atacante do Botafogo.
O churrasco na casa de Loco contou com a presença ainda das bandas uruguaias Agarrate Catalina, Los Fatales e No Te Va Gustar. Antes da viagem para a Copa América, Mujica já havia participado de um encontro com os atletas e agora repetiu a dose para comemorar o título. Para evitar maiores problemas - como o vídeo de Loco Abreu dançando e Cáceres pelado divulgado por Forlán no Youtube -, os jogadores não foram autorizados a usar o Twitter.
Neste terça, os demais atletas não participaram do evento na sede do governo porque já haviam sido liberados para viajar de férias após o título, conquistado no último domingo com vitória de 3 a 0 sobre o Paraguai em Buenos Aires.
Mujica presenteou os presentes com uma medalha com a frase "O povo uruguaio em homenagem ao título da Copa América de 2011" e dedicou palavras especiais ao treinador campeão:
- Obrigado pela lição que deu ao nosso país e por uma longa carreira que leva anos sem saber perder - disse o presidente.
A conquista na Argentina acabou com um jejum de 16 anos sem títulos da seleção uruguaia, que não gritava "campeão" desde a Copa América de 1995. Na última Copa do Mundo, a Celeste chegou à semifinal e acabou em quarto lugar, também sob o comando de Tábarez.
oscar tabarez presidente uruguai (Foto: EFE)Mujica entrega homenagem ao técnico Tábarez, campeçao da Copa América pelo Uruguai  (Foto: EFE)

Riquelme cava vaga na seleção em crise: 'Se precisarem, voltarei'

Meia do Boca Juniors critica troca-troca de treinadores na equipe argentina

Por GLOBOESPORTE.COM Barcelona, Espanha
Riquelme dando autógrafos  (Foto: Reprodução / Marca.com)Riquelme distribue autógrafos no desembraque do
Boca em Barcelona(Foto: Reprodução / Marca.com)
De Barcelona, onde o Boca Juniors chegou nesta terça-feira para disputar um amistoso contra o Espanyol, o meia argentino Riquelme acompanha as mudanças promovidas pela Associação de Futebol Argentino (AFA). Fora da lista de Sergio Batista para a Copa América, o jogador disse que considera um retorno à seleção do país.
- Se precisarem de mim para as eliminatórias, voltarei. Se não, a seleção tem grandes jogadores - afirmou ao jornal "Olé".
Riquelme aproveitou para criticar a maneira como a equipe principal do país vem sendo conduzida.
- Não é bom que estejam trocando de treinador a cada oito ou nove meses. Espero que tragam um que possa ficar muito tempo.
A AFA busca um substituto para Batista. Entre os nomes cogitados pela imprensa argentina Alejandro Sabella e Gerardo Martino aparecem. O jornal holandês "De Telegraaf" afirmou nesta terça-feira que Louis Van Gaal também pode assumir o cargo.