quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Argentino em foco: à vontade no Flu, Lanzini vive dia de herói no clube

Herdeiro da camisa 11 de Conca, novo xodó tricolor mostra desenvoltura diante das câmeras e oferece primeiro gol entre os profissionais para a mãe, Miriam

Por Cahê Mota Rio de Janeiro
A cena já passou a ser até corriqueira nas Laranjeiras: um argentino, habilidoso, que joga com a camisa 11, se destaca em campo e se torna o centro das atenções. O personagem, no entanto, mudou, e a postura também. Após três anos e meio venerando um Darío Conca eficiente em campo e distante dos microfones, o torcedor do Fluminense está encantado com Manuel Lanzini. E, a julgar pela postura inicial, o contato com o “hermano” da vez tem tudo para ser mais próximo.
Lanzini no centro das atenções no Fluminense (Foto: Cahê Mota / GLOBOESPORTE.COM)Lanzini no centro das atenções no Fluminense (Foto: Cahê Mota / GLOBOESPORTE.COM)
Menos de um mês e meio após chegar ao clube, Lanzini compareceu na sala de imprensa tricolor pela terceira vez - média anual de Conca -, nesta quinta-feira, sem contar a apresentação oficial, e demonstrou desenvoltura diante dos microfones. Se as dificuldades com o idioma ainda são evidentes, também ficou clara a empolgação do meia-atacante com o gol marcado na vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo, quarta-feira, no Morumbi, pela 20ª rodada do Brasileirão. O feito, por sinal, foi seu primeiro entre os profissionais e foi dedicado para uma torcedora especial.
- Foi o primeiro gol da minha carreira. É uma alegria enorme. Gostaria de ter feito antes, no River, mas aconteceu agora. A comemoração foi para minha mãe, que sempre me apoiou desde a base na Argentina. Foi um gol para ajudar a equipe. Fico feliz por ter ajudado a todos. A vitória foi muito importante.
Na celebração do gol, Lanzini beijou a tatuagem que tem no antebraço esquerdo, com o nome da mãe Miriam. A fã número um do novo xodó tricolor não esteve na capital paulista, mas o jogador não tem dúvidas de sua reação com o momento especial.
- Ela viu o jogo. Não foi ao estádio porque sempre viaja o meu pai, mas ela se emocionou como acontece sempre.
De sorriso fácil, o argentino transparece viver um sonho em gramados brasileiros. Nada é capaz de lhe tirar o bom humor. Nem mesmo uma pergunta que se tornou recorrente e é sempre respondida da mesma maneira: se é o substituto de Conca.
- Não quero ser comparado a ninguém. Conca é ídolo aqui, fez sua história, foi campeão, e estou construindo minha carreira.
Confiante, Lanzini aposta em uma volta por cima do Flu no Brasileirão e lembra que a competição ainda está somente em sua metade.
- Nunca perdemos a esperança. O campeonato é longo, faltam 18 rodadas e não estamos nem perto nem longe do primeiro. Tudo é possível. Sempre há coisas para melhorar. Acredito que vínhamos fazendo boas partidas. Não conseguíamos o resultado, mas aconteceu agora.
Sobre o período de adaptação ao Rio de Janeiro, o atleta usou um chavão para demonstrar seu encantamento.
- A cidade é maravilhosa, muito linda.
E assim, como namorados recentes, Fluminense e Lanzini vivem dias de paixão mútua. Como aquela que se não substitui o amor anterior, ameniza bastante.

Missão de Joel para o returno: reconstruir o ataque do Cruzeiro

No primeiro turno, montagem do setor girou em torno de Wallyson. Agora, técnico procura nova formação com Keirrison, Bobô e Wellington Paulista

Por Richard Souza Belo Horizonte

Não houve escolha. Joel Santana teve de relacionar Bobô para a partida contra o Figueirense, nesta quarta-feira, pela rodada de abertura do returno do Campeonato Brasileiro. Medida emergencial por conta dos desfalques no ataque. O técnico não pôde contar com Wellington Paulista (volta em até quatro semanas) e Ortigoza (volta em até dez dias), machucados, e optou por não relacionar Reis e tinha Anselmo Ramon e Sebá à disposição. Os dois últimos foram titulares.

Ainda longe da forma física ideal, Bobô estreou de forma discreta no segundo tempo e nada conseguiu fazer na derrota por 4 a 2, em Ipatinga (assista ao vídeo). Vale lembrar que ele chegou à Toca da Raposa II no dia 18 de agosto.
A convocação de um jogador recém-chegado comprova: o ataque celeste está em reconstrução. Além de Bobô, Keirrison foi contratado e passa por um intenso período de preparação física. É muito provável que entre na lista do jogo contra o Palmeiras, domingo, no Pacaembu.
Keirrison  Bobô  Wellington Paulista  atacantes   Cruzeiro (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)Keirrison, Wellington Paulista e Bobô são os principais nomes do ataque celeste (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
A mutação do setor começou na marra. No dia 7 de agosto, em jogo da 15ª rodada, Wallyson se machucou no fim do primeiro tempo da derrota por 3 a 2 para o Inter, em Porto Alegre. Uma lesão grave. O jogador fraturou o tornozelo esquerdo, teve rompimento parcial de ligamento, foi operado e só volta a jogar no ano que vem. Sem ele, o Cruzeiro perdeu a figura central do ataque da equipe no primeiro turno do Brasileirão. Antes de se machucar, disputara as 15 primeiras partidas da Raposa no nacional e marcara quatro gols. Sempre como titular. Ora em dupla, ora em trio, ora sozinho. Foi assim com Cuca, nas cinco primeiras rodadas, e continuou com Joel. O que variava era apenas quem jogava (e quantos) ao lado dele.
Além de Wallyson, Joel perdeu Thiago Ribeiro, negociado com o Cagliari, da Itália. Thiago fez seis partidas no Brasileirão e marcou um gol. O clube também liberou o atacante Brandão, que foi para o Grêmio, e vendeu Dudu, campeão mundial sub-20 com a Seleção Brasileira, para o Dínamo de Kiev, da Ucrânia. Com eles, a equipe fez 26 gols na primeira metade da competição. Com os dois gols marcados sobre o Figueirense, ambos do volante Charles, o time chegou a 28 e tem o sexto melhor ataque ao lado do Ceará. O Flamengo lidera com 35.
AS FORMAÇÕES DE ATAQUE DO CRUZEIRO NO PRIMEIRO TURNO DO CAMPEONATO BRASILEIRO
Thiago Ribeiro e Wallyson 5 vezes Só Wallyson 2 vezes
Thiago Ribeiro, Wallyson e Brandão 1 vez Wallyson e Reis 1 vez
Anselmo Ramon e Wallyson 4 vezes Anselmo Ramon e Wellington Paulista 3 vezes
Wallyson e Ortigoza 2 vezes Wellington Paulista e Ortigoza 1 vez
Até a 19ª rodada, o ataque celeste teve oito formações diferentes (veja a tabela). A dupla que mais se repetiu foi Wallyson e Thiago Ribeiro. Quando um trio entrou em campo, Brandão juntou-se a eles. Para se ter uma ideia, o líder Corinthians, que conta com Liedson, Willian, Emerson e Jorge Henrique, apresentou variações na linha de frente seis vezes. Assim como os mineiros, os paulistas sofreram com desfaques no setor por lesão.
Joel Santana prevê dificuldades para reformular o ataque. Além das lesões e da espera pela evolução física dos reforços, o tempo apertado é um complicador. O treinador lembra que sequer teve como testar Bobô e Keirrison no grupo.
É um momento de expectativa, de ter tranquilidade. Acima de tudo para resolver os problemas do clube e dar confiança aos jogadores que estão chegando. Eu nao sou mágico, sou estratégico."
Joel Santana, sobre o ataque do Cruzeiro
- Você só vê o jogador quando ele está com você. Se foram contratados, é porque avalizamos e o clube sentiu a necessidade. Perdi três ou quatro jogadores de ataque. Os jogadores ainda estão chegando, ainda não estão no auge da formação física deles. São jogadores que vêm do exterior. Ninguém contrata no exterior um jogador qualquer, contrata porque tem qualidade. Primeiro vamos ver o jogador de perto, sentir o jogador de perto, para depois fazermos uma avaliação correta. Melhor do que começarmos a responder antes, até porque não tivemos nem condições de botar esses jogadores com o grupo.
Ele espera que a equipe resista bem a este período de entressafra. Depois das vitórias sobre Ceará e Atlético-MG, o Cruzeiro começou o returno em sétimo na tabela, com 27 pontos, de olho na zona de classificação para a Libertadores. Com a derrota para o Figueira, caiu para o 11º lugar.
- Vamos ter um pouco de dificuldade no começo, essa semana vai ser muito difícil para nós, essa e outra semana também. Só depois da semana do Santos (na 23ª rodada, dia 10 de setembro) que vamos ter uma calmaria de uma semana para retormar. Mas só aí já são quatro jogos. Quatro jogos são 12 pontos. De 12 pontos seria bom conquistar pelo menos dez. Aí ficaríamos num situação tranquila. É um momento de expectativa, de ter tranquilidade. Acima de tudo para resolver os problemas do clube e dar confiança aos jogadores que estão chegando. Eu nao sou mágico, sou estratégico.
As opções de Joel
A pedido do GLOBOESPORTE.COM, André Rocha, do blog Olho Tático, analisou as possibilidades de formação de Joel Santana com os reforços. São três esquemas. No primeiro, Bobô e Keirrison atuariam juntos sem definir uma referência entre os zagueiros, com Montillo e Roger na armação. No segundo, apenas um atacante seria escalado, algo que Joel constuma fazer em partidas fora de casa. O argentino atuaria no ataque, mais perto do gol. Numa terceira projeção, novamente dois atacantes são escalados. Montillo continua no meio, mas Roger é sacado para a entrada de um volante.
campinho esquema tático Cruzeiro (Foto: André Rocha / Blog)
Joel pode manter o 4-2-2-2 inicial dos últimos jogos com Montillo e Roger na articulação, servindo a nova dupla de ataque: Bobô e Keirrison, que podem atuar juntos sem definir uma referência entre os zagueiros. O esquema sacrifica os volantes Fabrício e Marquinhos Paraná e exige apoio constante, mas alternado, dos laterais Vítor e Diego Renan para não centralizar demais as ações ofensivas.
campinho esquema tático Cruzeiro (Foto: André Rocha / Blog)
O treinador também tem a alternativa de prender três volantes, com Charles entrando no meio-campo, e dar liberdade para Roger armar as jogadas e Montillo atuar no ataque, mas próximo da meta adversária e de Keirrison, que ficaria mais à frente. No 4-3-1-2, os laterais podem ganhar mais liberdade, com o apoio dos volantes pelos lados no losango.
campinho esquema tático Cruzeiro (Foto: André Rocha / Blog)
Outra opção no mesmo 4-3-1-2 é manter Bobô e Keirrison na frente, liberar Montillo para criar e sacrificar Roger, que sairia para a entrada de Charles.

Dossiê gramados: clubes brasileiros investem em pisos mais resistentes

'Pasto aparado' durante décadas, campos da Série A melhoram com técnicas avançadas de drenagem, corte, irrigação e uso de grama de inverno

Por Bernardo Pombo Rio de Janeiro
Muito se fala que jogadores como Pelé e Garrincha não teriam a mesma facilidade para se destacar no futebol atual, dado o grande equilíbrio físico. Mas a contrapartida tem em um dos seus argumentos o fato de que os dois craques desfilavam por gramados péssimos, com uma dificuldade muito maior de colocar as jogadas em prática. A preocupação com o cuidado aos campos é algo recente no Brasil, e o país, na busca pelo padrão europeu, ainda está longe do ideal. O ponto importante para a evolução dos pisos esportivos por aqui está no tipo de grama, muito mais resistente ao pisoteio.
Gramado do Morumbi, estádio do São Paulo (Foto: Daniel Tapia - Divulgação)O gramado do Morumbi, estádio do São Paulo, é um dos melhores do país (Foto: Daniel Tapia - Divulgação)
Antigamente, predominava nos estádios do país a famosa grama de jardim, Batatais/São Carlos, que não suporta muito o desgaste e tem uma recuperação lenta. O castigo imposto por 22 jogadores durante uma hora e meia de uma partida era tratado com mais dificuldade, sem as técnicas evoluídas encontradas atualmente, e a grama, aos poucos, morria, formando grandes partes carecas.
- Era, literalmente, pasto aparado com um elevado grau de ervas invasoras. Campos duros, esburacados, com base argilosa - lembra Artur Melo, engenheiro agrônomo responsável pelo gramado do Engenhão, campo que só não está careca por ter um gramado mais resistente.
- Se a grama do Engenhão fosse a Batatais, estaria careca de trave a trave em função do grande número de jogos - garante.
info tipos de grama (Foto: arte esporte)Os tipos de grama dos estádios brasileiros e as respectivas características (Foto: Arte esporte)
Entre o final da década de 1980 e o início de 1990, alguns estádios brasileiros passaram a fazer a troca para uma grama mais evoluída para o pisoteio, a Esmeralda. Com um verde mais escuro e folhas que se entrelaçam, o piso ficou mais fofo, formando um 'colchão' que melhorou o toque de bola consideravelmente. Mas a grama não era do agrado de todos os profissionais do futebol. Foi o caso do técnico Telê Santana, então no São Paulo, que pediu urgência na troca do gramado por uma espécie ainda melhor, desenvolvida nos Estados Unidos.
- O Telê não gostava da Esmeralda. Ele conheceu a Bermuda Tifway em alguma viagem e pediu a troca, mas não havia esse tipo de grama no Brasil. Tivemos que importar e, aos poucos, fomos trocando o gramado. Ele mandava - lembra Daniel Tapia, responsável pelo gramado do Morumbi.
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A visão futurista de Telê se confirmou. Atualmente, 14 estádios da Série A usam a grama que o treinador ajudou a trazer para o Brasil. Telê chegava antes dos treinamentos para procurar buracos e exigir soluções imediatas. A preocupação deixou um grande legado para o clube paulista, que hoje colhe os frutos da ótima estrutura. Um dos exemplos é a manutenção do campo do Morumbi. Para evitar treinamentos no local, mesmo aqueles antes dos jogos, o clube faz os cuidados do campo 1 do seu centro de treinamento exatamente da mesma maneira que são feitas no estádio. Com isso, o famoso reconhecimento do gramado ‘in loco’ não se faz necessário.
- Colocamos exatamente a mesma quantidade de adubo, água, enfim, tudo igual. O campo 1 do CT é exatamente igual ao do Morumbi - garante Daniel Tapia.
A grama Esmeralda ainda é encontrada em alguns estádios do Brasil, como a Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG), mas não suporta o desgaste como as gramas Bermuda. Um exemplo foi a final da Copa do Brasil do ano passado, quando Vitória e Santos decidiram o título no então péssimo gramado do Barradão. Naquela oportunidade, a Esmeralda virou lama diante das fortes chuvas e da sequência de jogos.
mapa gramas 2 (Foto: arte esporte)Tipos de grama e número de jogos nos estádios da Série A até 31 de agosto (Foto: Arte esporte)
O futebol brasileiro teve um salto de qualidade nos gramados no final da década de 1990, com o cruzamento em laboratório formando Bermudas híbridas (Cinodon dactilum x Cinodom transvaliensis). Esta variedade resultou na Tifton, Tifway 419, ITG 6 e Celebration, entre outras, sendo ainda mais resistente ao pisoteio e marcando um crescimento muito rápido.
Sementes de grama de inverno conservam o gramado de verão
Gramado do Engenhão e do Serra Dourada, a Bermuda Celebration é o que há de mais novo em termos de pisos esportivos no Brasil. Com a recuperação ainda mais rápida em relação aos 'primos' Bermuda, a Celebration pode atingir o crescimento de um centímetro em apenas 24 horas, minimizando o desgaste. No entanto, a espécie requer cuidados maiores, como uma adubação mais complexa, exigindo consequentemente mais investimento dos clubes.
A grama de verão (Bermuda) não morre, mas cresce pouco no frio e, por isso, temos a necessidade de plantar a grama de inverno junto com a de verão. Lá por outubro, quando o inverno acaba, essa grama morre e a Bermuda, que estava adormecida, volta a crescer"
Bruno Coev, supervisor de patrimônio do Vasco
Mas, mesmo diante de tantas variações de gramados de verão, da Batatais à Bermuda, os estádios brasileiros ainda sofrem durante o inverno, período em que os gramados crescem menos devido ao frio e à menor incidência de luz do sol, combustível vegetal. Por isso, a exemplo do que é feito no Uruguai e na Argentina, os agrônomos brasileiros passaram a adotar a técnica do 'Overseeding', a plantação de sementes da grama de inverno Ryegrass PHD. O procedimento é feito atualmente em todos os estádios do sul, de São Paulo e Rio de Janeiro.
- A grama de verão (Bermuda) não morre, mas cresce pouco no frio e, por isso, temos a necessidade de plantar a grama de inverno junto com a de verão. Lá por outubro, quando o inverno acaba, essa grama morre e a Bermuda, que estava adormecida, volta a crescer - explica Bruno Coev, supervisor de patrimônio do Vasco.
Viveiro para plantio de gramado danificado no Orlando Scarpelli, estádio do Figueirense (Foto: Richard de Souza)Figueirense usa grama de inverno durante a época
mais fria do ano (Foto: Richard de Souza)
Sem a ajuda da grama de inverno, o desgaste da Bermuda fica praticamente irreparável, como aconteceu este ano na Arena da Baixada. Houve um atraso de três meses na entrega das sementes, importadas, e a semeadura tardia fez com que o piso passasse a sofrer desgaste e muitas críticas.
- Era para plantarmos em abril, mas fizemos só no final de junho em função do atraso na importação. No frio, a Bermuda não cresce mais e o desgaste fica nítido - diz Flávio Vaz Teixeira, engenheiro agrônomo do Atlético-PR.
Além da espécie mais resistente, o que pesa muito para a conservação de bons gramados brasileiros, como a Vila Belmiro, Olímpico, Beira Rio, Morumbi e Ressacada, é o corte feito com a moderna máquina helicoidal, que consegue manter o campo na mesma altura de grama, além de não estragar as folhas durante a poda. Outro fator fundamental é a drenagem. É consenso entre os agrônomos que, sem um bom escoamento da água, os gramados não resistem.
O caso da Vila Belmiro é simbólico.  De mais criticado do país na década de 1980, o campo se transformou num verdadeiro tapete a partir de 1996, após a reforma do sistema de drenagem.
O gramado da Vila ficava num nível abaixo da rua, toda a água da chuva caía alí. Na obra que fizemos em 1996, levantamos o nível do gramado e colocamos embaixo uma espécie de piscina de plástico para receber esse grande volume de água""
Luiz Fernando Vella, gerente de patrimônio e segurança do Santos
- Antes, o gramado ficava num nível abaixo da rua, toda a água da chuva caía alí, chegando a ter algumas vezes alagamento em uma das traves. Na obra que fizemos em 1996, com o dinheiro da venda do Giovanni para o Barcelona, levantamos o nível do gramado e colocamos embaixo uma espécie de piscina de plástico para receber esse grande volume de água. Atrás do gol dos visitantes há um cano que capta água e duas bombas de sucção a vácuo. Quatro sensores computadorizados controlam o nível de água no gramado, mesmo quando chove muito. É tudo automático. Com isso, a gente tem condição de determinar o nível da água que fica nesta piscina - conta Luiz Fernando Vella, gerente de patrimônio e segurança do Santos.
Mas a obra não foi barata.
-  O investimento foi de 1 milhão de dólares quando o dólar estava 1 para 1 com o real.
Antigamente, os campos brasileiros eram instalados sob superfície argilosa, o que dificulta muito o escoamento da água. Agora, as camadas estão divididas com mais areia, como acontece no Morumbi (veja na imagem abaixo).
drenagem Gramado Morumbi (Foto: Site Oficial do Clube)A drenagem do gramado do Morumbi tem várias camadas (Foto: site oficial do São Paulo)
Fazer do campo de jogo uma superfície plana e bela é uma tarefa árdua, requer muitos cuidados diários e investimento a longo prazo. Os gramados hoje são mais resistentes, suportam bem mais o pisoteio, e só perdem em um quesito para as gramas antigas: não tiveram o prazer de receber Garrincha e Pelé.

Obcecado por rivais de ponta, Julio César abre olho para não perder lugar

Goleiro da Seleção Brasileira quer uma rápida recuperação do Brasil antes que o técnico Mano Menezes decida trocar os jogadores

Por Leandro Canônico Direto de Londres, Inglaterra
Adversária do Brasil no amistoso da próxima segunda-feira, em Londres, Gana é apenas a 36ª colocada no ranking de seleções da Fifa. Pouco para as ambições de Julio César. Insatisfeito com o rendimento da Seleção Brasileira diante de rivais de ponta, o goleiro quer voltar a vencer e também a convencer.
É claro que ganhar de Gana será importante para a recuperação do Brasil, que foi eliminado de maneira vexatória da Copa América (errando quatro pênaltis nas quartas de final contra o Paraguai) e perdeu da Alemanha no desafio seguinte. Esse tipo de derrota é que tem incomodado Julio César.
- Temos de vencer todos os jogos daqui para frente, mas o fato de não termos ganhado das seleções mais fortes incomoda. Aí eu escuto as pessoas citando que o time não tem identidade. Temos de aproveitar melhor as oportunidades, porque daqui a pouco o Mano começa a convocar outros jogadores – disse, aos risos, o goleiro.
Julio Cesar no treino da Seleção Brasileira (Foto: Mowa Press)Julio César está com a Seleção Brasileira em Londres para jogo contra Gana (Foto: Mowa Press)
Na era Mano Menezes, a Seleção Brasileira fez 13 partidas, com seis vitórias, quatro empates e três derrotas. Esses tropeços, por sinal, foram para três fortes seleções: Argentina (nona no ranking da Fifa), França (15ª) e Alemanha (terceira). Houve ainda um empate com a Holanda, primeira na lista da entidade.
- O que todos nós queremos é rapidamente criar essa identidade que nos cobram para logo apresentar um bom futebol contra seleções grandes. De qualquer maneira, eu tenho certeza que o bom momento vai chegar – acrescentou Julio.
Depois de Gana, o Brasil tem dois jogos com a Argentina. Mas nas duas partidas, ambas as seleções só poderão convocar jogadores que atuam no próprio país. O primeiro duelo será no dia 14, em Córdoba. E o segundo em Belém, no dia 28. Ainda este ano, a Seleção encara México, Costa Rica e Gabão.
Existe ainda a possibilidade de enfrentar Inglaterra ou Suíça na última data Fifa da temporada. Mas o acordo ainda não foi fechado pela CBF.

Ferrero revive dias de número 1 e vence Monfils em jogo de quase 5h

Atual 105º do ranking, espanhol triunfa em cinco sets. Aniversariante do dia,
francês aplica 81 bolas vencedoras, mesmo número de erros não forçados

Por SporTV.com Nova York, EUA
Número 1 do mundo entre outubro e novembro de 2003, o espanhol Juan Carlos Ferrero, que está com 31 anos e atualmente ocupa a 105ª colocação do ranking da ATP, reviveu momentos de raça e categoria do tenista de outrora. Após 4h48m de intensa e emocionante disputa, o campeão de Roland Garros em 2003 conquistou uma suada vitória e estragou a festa do francês Gael Monfils, sétimo do mundo e que completava 25 anos nesta quinta-feira, por 3 sets a 2, com parciais de 7/6(5), 5/7, 6/7(5), 6/4 e 6/4. Com o triunfo, o "Mosquito", como é conhecido, classificou-se para a terceira rodada do torneio.
Juan Carlos Ferrero comemora vitória sobre Monfils no US Open (Foto: Reuters)Juan Carlos Ferrero comemora a vitória sobre o francês Monfils no US Open (Foto: Reuters)
Essa foi a segunda vitória de Ferrero em dois jogos contra o francês: ele já havia vencido no Masters 1000 de Montreal, no Canadá, em 2009. Na próxima fase, o espanhol vai enfrentar o compatriota Marcel Granollers, número 32 do mundo, que venceu o cazaque Mikhail Kukushkin em três sets: 7/5, 6/3 e 6/4.
Os três primeiros sets foram marcados pelo enorme equilíbrio entre os dois tenistas. Enquanto Ferrero se mostrava estável e firme no fundo de quadra, Monfils alternava jogadas sensacionais, como uma rebatida de costas no décimo game da primeira parcial, com erros displicentes em smashes fáceis. O resultado de tanta disputa foram dois tie-breaks, um para cada lado, e um 7/5 para o francês entre os dois sets de desempate.
Os números, no entanto, mostram larga vantagem de Monfils. Ao longo de todo o duelo, aplicou 81 bolas vencedoras, contra 34 do espanhol, e 21 aces, contra apenas dois do "Mosquito". Mas o sétimo do mundo também teve mais erros não forçados: foram 81 contra 52.
Gael Monfils no jogo contra Juan Carlos Ferrero no US Open (Foto: Reuters)Número 7 do mundo, Gael Monfils 'voa' para tentar rebater uma pancada do 'Mosquito' (Foto: Reuters)
No quarto set, sacando em 5/4 para levar o jogo para o quinto, Ferrero abusou da frieza ao arriscar tudo no 30/40 e cravar uma direita na linha, após longa troca de bolas, salvando o break point. Na sequência, foi firme mais uma vez no fundo de quadra e contou com dois erros não forçados do rival para alongar a partida.
Logo no primeiro game do set decisivo, quando sacava em 30/40, Monfils demonstrou insegurança e isolou novamente um smash fácil, cedendo a quebra. No game seguinte, Ferrero saiu de 0/30 para confirmar o saque. Daí em diante, não houve mais quebras de serviço, e o espanhol teve tranquilidade e segurança para aproveitar a chance e fechar a parcial em outro 6/4 e a partida em sensacionais 3 sets a 2.
Cilic atropela Tomic e vai encarar Federer
O croata Marin Cilic, de 22 anos, número 28 do mundo, também avançou à terceira rodada do US Open. Ele venceu com inesperada facilidade a promessa australiana Bernard Tomic (60), de 18 anos, por 3 sets a 0. As parciais foram de 6/1, 6/0 e 6/2. O próximo adversário de Cilic será o suíço Roger Federer, terceiro do ranking e pentacampeão do torneio americano.
Outros resultados desta quinta:
Roger Federer [3] 3 x 0 Dudi Sela - 6/3, 6/2 e 6/2
Tomas Berdych [9] 3 x 0 Fabio Fognini - 7/5, 6/0 e 6/0
Jo-Wilfried Tsonga [11] 3 x 0 Sergei Bubka - 6/3, 7/5 e 6/2
Kevin Anderson 3 x 0 Michael Llodra - 6/1, 6/2 e 6/2
Janko Tipsarevic [20] 3 x 1 Philipp Petzschner - 6/0, 6/3, 3/6 e 6/3
Tommy Haas 3 x 0 Alejandro Falla - 7/6(5), 6/1 e 7/5
Juan Monaco 2x0* Radek Stepanek - 6/4, 6/1, 2/0 e abandono

Bateria da União da Ilha inova e ensaia movimentos do João Sorrisão

Ritmistas farão paradinha coreografada inspirada no mascote do EE. Enredo da escola representa contagem regressiva para Jogos Olímpicos de 2016

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
As escolas de samba do Rio de Janeiro já começaram a esquentar os tamborins para o próximo carnaval. Ano após ano, ritmistas de todas as agremiações usam a criatividade para superar as expectativas do público. Afinal, a bateria é o coração da escola. Em 2012, um personagem já bem conhecido dos fãs de esporte servirá de inspiração para a União da Ilha do Governador, escola do grupo especial do Rio de Janeiro. O mascote do "Esporte Espetacular", João Sorrisão, emprestará seus movimentos aos músicos comandados pelo mestre Riquinho. (Confira um aperitivo no vídeo acima!)
O samba da escola ainda não foi escolhido, mas o enredo já é certo: "De Londres ao Rio... Era uma vez uma ilha". A ideia é representar na avenida a contagem regressiva para os Jogos Olímpicos de 2016, que serão disputados no Brasil. Com o tema esportivo em mente, Riquinho planeja a apresentação de seus ritmistas na Sapucaí com muita criatividade e estilo. A paradinha da bateria, já tradicional em muitas escolas de samba, vem sendo ensaiada na Ilha com uma coreografia à la João Sorrisão.
João Sorrisão na União da Ilha do Governador (Foto: Divulgação)Passistas e ritmistas da União da Ilha fazem dancinha do João Sorrisão (Foto: Divulgação)
A dança contagiou todos os integrantes da escola, que se reuniram nesta quinta-feira, no estádio Luso-Brasileiro, sede da Portuguesa carioca, para fazer uma pequena exibição do que o público acompanhará na Sapucaí. Nesse domingo, você confere o desempenho da bateria da União da Ilha no "Esporte Espetacular".
 

Alecsandro diz que sorriso de Gomes valeu mais do que os três pontos

Atacante visita o técnico no hospital e escuta dos médicos que a recuperação tem ocorrido da melhor maneira possível

Por Fred Huber Rio de Janeiro
O atacante Alecsandro, do Vasco, fez nesta quinta-feira mais uma visita ao técnico Ricardo Gomes, que está internado desde domingo depois de ter um AVC (acidente vascular cerebral) durante o clássico com o Flamengo, no Engenhão. O jogador comentou o fato de Gomes ter sorriso ao ser informado da vitória do time sobre o Ceará por 3 a 1, quarta-feira.

Alecsandro disse que dar alegria ao treinador foi mais valioso até do que os três pontos que colocaram o Vasco na vice-liderança do Campeonato Brasileiro.
Alecsandro visita Ricardo Gomes no hospital (Foto: Fred Huber / GLOBOESPORTE.COM)Alecsandro em visita ao hospital onde Gomes está internado (Foto: Fred Huber / GLOBOESPORTE.COM)
- Ficamos felizes ao saber disso. Muitas equipes fizeram homenagens a ele, isso realmente emociona. Para nós jogadores, o objetivo era entrar em campo, mesmo sabendo que nosso comandante estava em um leito de hospital, e conquistar a vitória. Ainda bem que o resultado veio e conseguimos tirar um sorriso do Ricardo. Acho que isso foi mais precioso até do que os três pontos. Ele está dando muitas alegrias para nós.

O atacante contou que foi até o CTI, viu Ricardo Gomes e escutou dos médicos e dos familiares que a recuperação do técnico tem ocorrido da melhor maneira possível.

- Estou muito feliz com a recuperação dele. É uma pessoa que já trabalhou com meu irmão (Richarlyson), que eu já trabalhei antes no Vitória... Consegui dar uma olhada rapidamente nele. Eu queria conversar com a família e os médicos. Me disseram que está tudo correndo da melhor maneira possível. Agora, o que menos tem que ter é pressa. O Ricardo é um cara muito forte e vai sair rápido dessa situação.

Do hospital, Alecsandro seguiu direto para uma clínica fazer um exame de imagem. Ele deixou o campo na quarta-feira com um problema na coxa esquerda e está fora do duelo com o América-MG, domingo, em Sete Lagoas.

Lincoln liga saída do Palmeiras a Felipão: 'Eu não estava feliz'

Meia do Avaí admite que teve 'problema' com treinador, afirma que ambiente do clube paulista não é bom e garante que outros jogadores estão 'infelizes'

Por SporTV.com São Paulo
Após ser pouco aproveitado no Palmeiras, o meia Lincoln recuperou a boa fase no Avaí e foi um dos responsáveis pelas duas últimas vitórias da equipe catarinense (contra o Figueirense e Flamengo). Mas o bom momento no time catarinense não reduz a mágoa do atleta com o Palmeiras. E o experiente jogador liga a sua saída do clube paulista ao treinador Luiz Felipe Scolari.
- O principal de tudo é que eu não estava feliz no Palmeiras. Por onde eu passei eu sempre tive a oportunidade de jogar com alegria, e no Palmeiras foi diferente. Não me adaptei ao Felipão e ele não se adaptou a mim. Eu estava infeliz no Palmeiras e eu vim procurar a felicidade em outro lugar (...) Eu só queria um pouco mais de alegria (...) Infelizmente o ambiente do Palmeiras não proporciona momentos de alegria, não te dá tranquilidade necessária para se atuar dentro de campo - destacou o jogador no "Arena SporTV" desta quinta-feira.
Segundo o meia, as poucas vezes que Felipão o utilizou foi fora de sua posição original, e isto fez com que o seu aproveitamento não fosse o esperado. O jogador também alegou que outros atletas continuam no clube apesar de não estarem "felizes com a forma que as coisas são sempre conduzidas lá".
- Que eu tive problema com o Felipão, tive. Ele (Felipão) me usou pouco e quando que me utilizou eu joguei fora da minha posição. Ele nunca chegou para dizer o que era. Com a experiência que eu tenho no futebol, senti e vi que entre eu e ele não existia o ambiente ideal para continuar. Não era um clima para jogar feliz. Assim como tem outros jogadores no grupo que estão ali por contrato ou por estarem em um grande clube, mas que também não estão felizes com a forma que as coisas são sempre conduzidas lá.
Lincoln também falou sobre o comportamento do treinador do Palmeiras.
- Todo mundo sabe a filosofia dele, a forma como ele trabalha. Eu não concordei com algumas coisas e acredito que tenham outros jogadores infelizes ali, que não têm a liberdade para jogar da forma que renderiam mais. Todo mundo sabe que o Felipão, às vezes, tem estes momentos de destempero, de desrespeito a uma ou a outra pessoa. Mas, enfim, é o jeito dele. Não tenha nada a ver com isso - afirmou.
O jogador afirmou que o Palmeiras ainda lhe deve dinheiro e que não entrou na Justiça contra o clube.
- Nunca fui para a imprensa questionar alguma coisa, brigar (pelo pagamento da dívida). O Palmeiras é um clube que vive muitos problemas sempre e eu não queria ser mais um. Era algo que eu guardava para mim. O Palmeiras não cumpriu aquilo que é devido, que era de contrato. Mas até hoje não fiz nada, não acionei a Justiça.

Basquete? Vendedora da lojinha no ginásio só quer saber do Corinthians

Aos 22 anos e fã de Carlitos Tevez, Eliana Carballa revela paixão pelo clube paulista mesmo sem jamais ter ido ao Brasil: ‘No ano que vem eu vou’, avisa

Por Rodrigo Alves Direto de Mar del Plata, Argentina
Em volta dela, bolas de basquete, cachecóis da seleção, livros sobre a Geração Dourada, canecas da Copa América de Mar del Plata. A poucos metros dali, as arquibancadas cheias de fãs que gritam por seus campeões olímpicos. A verdade é que Eliana Carballa não está interessada em nada disso. A paixão da argentina de 22 anos está muito longe dali: o Corinthians. Vendedora da tenda de produtos do ginásio Ilhas Malvinas, ela ignora a bola laranja e, mesmo sem jamais ter ido ao Brasil, venera o clube paulista, por onde passou seu ídolo Carlitos Tevez.
Eliana vendedora da lojinha da Copa América de basquete Corinthians (Foto: Rodrigo Alves/GLOBOESPORTE.COM)Eliana e o casaco do Huracán: paixão pelo Corinthians e por Tevez (Rodrigo Alves/GLOBOESPORTE.COM)
Eliana trabalha no Museu do Boca Juniors, em Buenos Aires, e vive recebendo dos turistas brasileiros convites para conhecer o país – os olhos azuis e o sorriso aberto certamente ajudam. No ano que vem, ela garante que finalmente vai.
- Muitos brasileiros vão ao Museu do Boca, e falam muito do Brasil. No ano que vem vou visitar o Norte da Argentina e aproveitar para ir ao Rio e a São Paulo. Quero conhecer o estádio do Corinthians – afirma Eliana, referindo-se ao Pacaembu, mas bem informada até sobre a construção do Itaquerão.
A paixão pelo Corinthians começou quando Tevez passou pelo clube, conquistando o título brasileiro de 2005. E a identificação com a equipe não se limita ao atacante argentino. Passa até por provocações aos rivais.
- Detesto o São Paulo, porque tem as cores do River, e os torcedores são muito calminhos. Os do Corinthians são mais “quilombos”, como dizemos aqui – diz a vendedora, que voltou a abrir o sorriso ao saber da vitória heroica do líder do Brasileirão sobre o Grêmio, na noite de quarta-feira.
tevez bairro argentina (Foto: EFE)Tevez: onde quer que o atacante esteja, Eliana fica
sempre ligada (Foto: EFE)
Lionel Messi, o "espanhol"
No coração de Eliana, Tévez só perde espaço para Maradona, o ídolo maior. Lionel Messi?
- É ótimo, mas é espanhol. Na Espanha ele nunca fala da Argentina, e não joga bem pela seleção. Por isso você pode perguntar aos argentinos, quase todos vão dizer que não gostam dele – reclama a funcionária, vestindo um casaco do Huracán, de Buenos Aires, o único time que supera a paixão pelo Corinthians.
Eliana fala sem parar sobre futebol, mesmo estando a poucos metros de alguns dos melhores jogadores de basquete do continente.
- Basquete? Zero. Só conheço o Ginóbili, e ainda assim porque joga na NBA. Estou trabalhando aqui no ginásio, mas não vou ver nenhum jogo, não me interesso. Não conheço os jogadores, as regras, nada. Ouve só essas músicas que tocam nos alto-falantes, são músicas de bambi (risos). Prefiro a atmosfera de futebol.
Se ao menos Tevez se entendesse com a bola laranja...

Diego Forlán herda a 9 de Eto´o no Inter e diz não se sentir pressionado

Atacante espera brilhar no clube como compatriotas Recoba e Ruben Sosa

Por GLOBOESPORTE.COM Milão, Itália
O Inter de Milão apresentou oficialmente nesta quinta-feira o atacante Diego Forlán, a principal contratação para temporada 2011/2012. O uruguaio herdou nada mais, nada menos do que a camisa 9 que pertencia ao camaronês Samuel Eto´o, negociado há duas semanas com o Anzhi, da Rússia.
diego forlan internazionale de milão (Foto: Agência AP)Diego Forlán é apresentado no Inter (Foto: Agência AP)
Confiante, Forlán disse que sabe da responsabilidade de substituir o africano, principal jogador na inesquecível campanha do Inter na temporada 2009/2010, quando o clube conquistou a tríplice coroa.
- Para mim não é um problema, todos nós sabemos que Eto'o é um grande jogador, mas a vida continua. Os jogadores mudam com frequência dentro de uma equipe, e eu tenho a oportunidade de estar aqui agora e vim para ganhar com este grupo – afirmou Forlán que, na entrevista ao site do Inter, também falou que espera brilhar no Inter como dois compatriotas que atuaram no clube no passado: Ruben Sosa e Recoba.
 

MVP do Grand Prix, Destinee Hooker jogará Superliga 2011/12 pelo Osasco

Acordo com a americana de 23 anos foi firmado nesta quinta-feira

Por GLOBOESPORTE.COM Osasco, SP
Hooker (Foto: Divulgação)Hooker foi eleita a melhor jogadora da última edição
do Grand Prix, vencida pelos EUA (Foto: Divulgação)
O Osasco perdeu Natália para o Rio de Janeiro, mas contratou um nome de peso para substituir sua maior estrela. Destinee Hooker, eleita a melhor jogadora da última edição do Grand Prix, defenderá o clube na próxima temporada da Superliga feminina. O acordo foi sacramentado nesta quinta-feira.

- A Hooker é uma jogadora de muito potencial e uma das revelações do voleibol mundial. A contratação dela vem de encontro com filosofia do nosso projeto, que é formar um time com jogadoras jovens. Ela é uma atleta que desde o início se interessou e se mostrou acessível a jogar no Brasil, então esperamos que a adaptação seja a melhor possível e que ela possa apresentar todo potencial que vem demonstrando nos últimos anos. É uma atleta muito forte, que salta muito, pega a bola muito alta e tem bastante alcance. É uma grande jogadora e esperamos que ela tenha uma passagem bastante vitoriosa no voleibol brasileiro – disse o técnico Luizomar de Moura.

Hooker, hoje com 23 anos, iniciou a carreira no vôlei em 2006, na Universidade do Texas. Na temporada 2009/10, defendeu o GS Galtex Seoul, da Coreia do Sul e, no último ano, jogou pelo Pinkin de Corozal, de Porto Rico, e pelo Pesaro, da Itália. Nas duas últimas equipes, a americana conquistou os títulos da Liga Nacional Portorriquenha e da Supercopa da Itália e foi eleita a melhor jogadora dos respectivos torneios.

Webber crê na luta pelo título em
2012: 'Seria um erro me aposentar'

Australiano teve contrato renovado com a RBR no último fim de semana

Por GLOBOESPORTE.COM Londres
Webber treino GP Espanha (Foto: Getty Images)Mark Webber renova contrato (Foto: Getty Images)
Após renovar o contrato com a RBR no GP da Bélgica, no último fim de semana, Mark Webber disse que seria errado virar as costas para a Fórmula 1 no fim do ano. Companheiro de Sebastian Vettel, atual campeão e que está próximo do bi, o australiano de 35 anos acredita que ainda pode lutar pelo título mundial. Para ele, a renovação era a única opção para 2012.
- Pode parecer que levou muito tempo para decidir e estava pesando várias possibilidades. Mas no fim, as negociações foram feitas muito rapidamente. Sempre fui parte integral da RBR desde o início e continuo gostando do clima na equipe. Seria um erro me aposentar - disse em sua coluna no site da rede de TV inglesa BBC.
Vice-líder do atual campeonato, mas 92 pontos atrás de Vettel a sete corridas do fim, ele tem poucas chances de superar o companheiro. Entretanto, Webber se nega a desistir de suas chances e sente que ainda existe a possibilidade de um final surpresa para a temporada.
- Continuo pilotando bem. Tive um começo mais lento neste ano porque demorei a me acostumar com os novos pneus. Estou otimista para enfrentar Sebastian e qualquer outro piloto no próximo ano. Mas ainda não acabou. Faltam sete corridas, começando com Monza no próximo fim de semana. E tudo ainda pode acontecer.
Webber também comentou a polêmica das bolhas nos pneus que assombraram a RBR antes da corrida em Spa. Ele disse que a equipe não é a única a ficar no limite da cambagem das rodas.
- É de conhecimento público que fizemos a cambagem dos nossos pneus dianteiros além do limite das recomendações da Pirelli. Mas sabemos que não somos a única equipe a fazer isso. Em todo caso, mesmo que pudéssemos ter reduzido a cambagem, não estava claro que ia resolver o problema. Colocamos os carros no limite e este tipo de coisa pode acontecer.

Pessoas físicas poderão doar dinheiro para Rio-2016, sem valor mínimo

Doadores ganharão o reconhecimento do comitê organizador, mas não vão poder usar a marca das Olimpíadas. Processo começará apenas em 2014

Por Gabriele Lomba Rio de Janeiro
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio-2016 abrirá, em 2014, espaço para doações em dinheiro. E não apenas para empresas. Qualquer pessoa física poderá contribuir, sem um valor mínimo exigido.

Com as doações, o comitê soluciona ainda um "problema". Lá entrarão as receitas daqueles - principalmente empresários - que gostariam de fazer parte dos Jogos, porém não têm condições de cumprir todas as exigências necessárias para se associar à marca Rio-2016.
ilustração matéria 2016 (Foto: ArteEsporte / Cláudio Roberto)Pessoas físicas poderão contribuir com qualquer valor para Rio-2016 (Foto: ArteEsporte / Cláudio Roberto)
- Os doadores terão nosso reconhecimento, mas não poderão usar a marca dos Jogos – explicou Leonardo Gryner, diretor geral do Comitê Rio-2016.
Uma outra forma de receita - além de licenciamento, venda de serviços à imprensa, comercialização de selos e moedas, entre outros - é a venda do material que será comprado para a competição. Tudo está no orçamento, com preço baseado no “valor de depreciação”.
- Algumas coisas serão doadas, outras vendidas - explicou.
O orçamento inicial dos Jogos, feito em 2008, é de R$ 27,9 bilhões - sendo R$ 5,6 bilhões referentes especificamente aos Jogos e R$ 22,3 bilhões a obras de infraestrutura (como aeroportos). Os valores serão revisados no próximo ano, depois das Olimpíadas de Londres-2012.
Caso haja lucro, o comitê organizador é obrigado a repassar 20% ao COI e 20% ao comitê olímpico nacional. Sessenta por cento têm se ser investidos em esporte, com supervisão do comitê nacional. A regra foi criada pelo COI depois dos Jogos Olímpicos de Los-Angeles de 1984, primeira edição em que a receita foi maior que os gastos.