quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Argentino em foco: à vontade no Flu, Lanzini vive dia de herói no clube

Herdeiro da camisa 11 de Conca, novo xodó tricolor mostra desenvoltura diante das câmeras e oferece primeiro gol entre os profissionais para a mãe, Miriam

Por Cahê Mota Rio de Janeiro
A cena já passou a ser até corriqueira nas Laranjeiras: um argentino, habilidoso, que joga com a camisa 11, se destaca em campo e se torna o centro das atenções. O personagem, no entanto, mudou, e a postura também. Após três anos e meio venerando um Darío Conca eficiente em campo e distante dos microfones, o torcedor do Fluminense está encantado com Manuel Lanzini. E, a julgar pela postura inicial, o contato com o “hermano” da vez tem tudo para ser mais próximo.
Lanzini no centro das atenções no Fluminense (Foto: Cahê Mota / GLOBOESPORTE.COM)Lanzini no centro das atenções no Fluminense (Foto: Cahê Mota / GLOBOESPORTE.COM)
Menos de um mês e meio após chegar ao clube, Lanzini compareceu na sala de imprensa tricolor pela terceira vez - média anual de Conca -, nesta quinta-feira, sem contar a apresentação oficial, e demonstrou desenvoltura diante dos microfones. Se as dificuldades com o idioma ainda são evidentes, também ficou clara a empolgação do meia-atacante com o gol marcado na vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo, quarta-feira, no Morumbi, pela 20ª rodada do Brasileirão. O feito, por sinal, foi seu primeiro entre os profissionais e foi dedicado para uma torcedora especial.
- Foi o primeiro gol da minha carreira. É uma alegria enorme. Gostaria de ter feito antes, no River, mas aconteceu agora. A comemoração foi para minha mãe, que sempre me apoiou desde a base na Argentina. Foi um gol para ajudar a equipe. Fico feliz por ter ajudado a todos. A vitória foi muito importante.
Na celebração do gol, Lanzini beijou a tatuagem que tem no antebraço esquerdo, com o nome da mãe Miriam. A fã número um do novo xodó tricolor não esteve na capital paulista, mas o jogador não tem dúvidas de sua reação com o momento especial.
- Ela viu o jogo. Não foi ao estádio porque sempre viaja o meu pai, mas ela se emocionou como acontece sempre.
De sorriso fácil, o argentino transparece viver um sonho em gramados brasileiros. Nada é capaz de lhe tirar o bom humor. Nem mesmo uma pergunta que se tornou recorrente e é sempre respondida da mesma maneira: se é o substituto de Conca.
- Não quero ser comparado a ninguém. Conca é ídolo aqui, fez sua história, foi campeão, e estou construindo minha carreira.
Confiante, Lanzini aposta em uma volta por cima do Flu no Brasileirão e lembra que a competição ainda está somente em sua metade.
- Nunca perdemos a esperança. O campeonato é longo, faltam 18 rodadas e não estamos nem perto nem longe do primeiro. Tudo é possível. Sempre há coisas para melhorar. Acredito que vínhamos fazendo boas partidas. Não conseguíamos o resultado, mas aconteceu agora.
Sobre o período de adaptação ao Rio de Janeiro, o atleta usou um chavão para demonstrar seu encantamento.
- A cidade é maravilhosa, muito linda.
E assim, como namorados recentes, Fluminense e Lanzini vivem dias de paixão mútua. Como aquela que se não substitui o amor anterior, ameniza bastante.

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