domingo, 2 de setembro de 2012

Ryu Machida e Spider Dhalsim: veja
os figurões do Street Fighter do MMA

SPORTV.COM homenageia jogo de lutas que é febre entre os atletas do
UFC. Honda é Roy Nelson, Guile é Brian Stann, e Cammy é Ronda Rousey

Por Ivan Raupp* Rio de Janeiro
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É difícil encontrar alguém que ao menos nunca tenha ouvido falar no famoso Street Fighter. Criado em agosto de 1987 pela Capcom, o jogo eletrônico de lutas marcou várias gerações, por isso mesmo ainda está em evidência e chega com todo o gás para seu aniversário de 25 anos, comemorado este mês. Como o Street Fighter é febre entre os lutadores de MMA, o SPORTV.COM resolveu prestar uma homenagem e traçou uma comparação entre os atletas atuais do UFC, a maior organização de MMA do mundo, e os personagens do jogo virtual.
Lyoto Machida, por exemplo, virou o Ryu por conta da ascendência japonesa, do fato de ambos serem craques no caratê e, claro, pela aparência bem parecida. Já o carequinha Anderson Silva é o Dhalsim devido aos seus movimentos elásticos, que são marca registrada do personagem. As exceções ao UFC são a americana Ronda Rousey e a japonesa Hiroko Yamanaka, que competem no Strikeforce, uma vez que o Ultimate não promove duelos entre mulheres. Confira a relação abaixo e saiba quem é quem no Street Fighter do MMA:
Street Fighter do MMA legendas 2 (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
* Colaboraram: Klima Pessanha e Sandro Gama.

'Sou o único cara da minha era que ainda está no topo', diz Vitor Belfort

Carioca crê que fez favor ao UFC ao aceitar Jones e não sabe se segue nos meio-pesados. Confiante, afirma: 'Chances de 50% para mim e 50% para ele'

Por Ivan Raupp Rio de Janeiro
338 comentários
Um turbilhão de emoções levou Vitor Belfort da luta contra Alan Belcher no Rio de Janeiro pela categoria dos médios à disputa do cinturão meio-pesado contra o temido Jon Jones no UFC 152, no dia 22 de setembro, em Toronto. Ao contrário de Lyoto Machida e Mauricio Shogun, que recusaram a oferta e optaram por mais tempo de preparação para encarar o atual campeão, de quem já perderam, o lutador carioca aceitou o duelo na hora, mesmo tendo de fazer dois esforços: deixar de atuar novamente em sua terra natal e ter de subir para uma categoria na qual não compete há mais de quatro anos. Movido a desafios, Vitor mostrou enorme confiança em entrevista por telefone ao SPORTV.COM. Aos 35 anos, se considera na melhor fase da carreira:
Vitor Belfort e Rashad Evans na Blackzilians (Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)Vitor Belfort (Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)
- Se o cara me convida para lutar pelo cinturão significa que eu tenho história. Sou o único cara da minha era que ainda está em atividade e no topo, na melhor fase da minha carreira. Quando eu fui campeão aos 19 anos, o Jon Jones tinha nove anos de idade. Estou indo para ganhar a luta, não pelo cinturão  - disse Vitor, que venceu sete de suas últimas oito lutas (perdeu apenas para Anderson Silva).
Belfort deixou claro que não mudou definitivamente de categoria, mas fez um favor à organização ao aceitar o duelo. Independentemente de vitória ou derrota no Canadá, preferiu não falar sobre os planos de voltar aos médios ou seguir nos meio-pesados após o combate:
- A minha categoria é o peso-médio. Estou subindo para fazer essa luta contra o Jon Jones. (...) Vamos ver isso depois. Eu ia lutar no Rio e estou fazendo um favor para o UFC. Eu lutava nessa categoria (dos meio-pesados) e atualmente luto nos médios. Não estou lutando pelo cinturão, mas pela paixão e pelo prazer de lutar.
Vote na enquete do SPORTV.COM - Quem sairá vitorioso: Jon Jones ou Vitor Belfort?
Vitor também se disse muito triste pelo cancelamento do UFC 151 - devido à recusa de Jon Jones em enfrentar Chael Sonnen após a lesão de Dan Henderson - e detalhou o rápido processo até o convite do Ultimate para que enfrentasse o campeão. Foi ele próprio quem entrou em contato com a organização e se ofereceu para cobrir qualquer problema que houvesse e pudesse resultar em outro cancelamento de evento. Mas ficou incrédulo ao receber o contrato do UFC 152 para assinar. A seguir, leia a entrevista completa:
Jon Jones, Twitter (Foto: Reprodução / Twitter)Jones faz graça no treino: Vitor foi o único que aceitou enfrentá-lo no UFC 152 (Foto: Reprodução / Twitter)
SPORTV.COM: O que te fez aceitar essa luta contra o Jon Jones?
VITOR BELFORT: O desafio. Eu sou movido a desafios. E confio em mim, acredito que sou capaz. Além de criar minha atmosfera, antes de tomar uma decisão, eu consulto quem está ao meu lado, e todos pensaram a mesma coisa, que era mais um desafio.
Como sua família reagiu à notícia?
Eles ficaram superfelizes pelo desafio, por depois de 17 anos de carreira eu poder ter uma oportunidade dessa.
Foi um tapa de luva de pelica em quem costuma recusar adversários, inclusive no Jon Jones, que recusou o Sonnen?
Não tem nada disso. Cada um toma sua decisão, e eu decidi porque quero, porque eu acredito que posso ganhar dele. As chances são de 50% para mim e 50% para ele. Vou lutar contra o melhor da categoria dos meio-pesados que existiu até hoje. O leão antigo contra o leão novo.
As pessoas criam polêmica, principalmente quando envolve meu nome e o nome do Anderson (Silva). Adoram botar lenha na fogueira"
Vitor Belfort
Como ocorreu tudo isso? Quem falou com você? Quando?
Eu nunca tinha visto um UFC ser cancelado na minha vida. Já faço isso há muito tempo, então imagina isso para mim... Ver um UFC ser cancelado foi muito difícil, então me coloquei à disposição. Não gostaria que isso acontecesse. Liguei direto para o Lorenzo (Fertitta, um dos donos do UFC), e disse que ajudaria no que fosse possível. Fiquei muito triste. O Lorenzo é um cara que me conhece, trabalhamos juntos há anos, tenho boa relação com ele. No mesmo dia o Lorenzo me mandou uma mensagem: "Vitor, está tranquilo. Já marcamos a luta do Jon Jones contra o Lyoto (Machida) em Toronto". E era uma ótima luta, eu estava esperando muito. Aí à noite eu estava em casa lendo a Bíblia com o Mark (Shubert, pastor e amigo) na sala, e o Pedro (Lima, seu empresário) estava trabalhando no computador. Aí ele (Pedro) vira e fala: "Vitor, você vai lutar contra o Jon Jones". E eu: "Ah, Pedro! Conta outra! Está de brincadeira...". Aí ele: "É isso mesmo, está aqui o contrato". Falei: "É mentira!". Logo depois o Lorenzo me mandou uma mensagem falando isso. Eu já tinha conversado com todo mundo, Joana (Prado, esposa), (Gilbert) Durinho, Pedro, Mark, todo mundo que está perto de mim, e liguei para o Lorenzo. "Você está falando sério mesmo?", eu perguntei. E ele: "Vamos precisar de você. Ninguém quis lutar contra o Jon Jones e preciso muito que você nos ajude. Falei: "É sério que você está me dando essa oportunidade?". Só tive de agradecer. Já fui campeão dos pesados, dos meio-pesados e tenho feito ótimas lutas nos médios.
poster do UFC 152 com Jon Jones x Vitor Belfort na luta principal (Foto: Divulgação)Pôster oficial do UFC 152, com Jon Jones x Vitor
Belfort na luta principal (Foto: Divulgação)
Você reclamou da imprensa após ter dito que o Jones é o melhor da história, só que nos meio-pesados. Recebeu muitas críticas nas redes sociais?
Nenhuma. As pessoas criam polêmica, principalmente quando envolve meu nome e o nome do Anderson (Silva). Adoram botar lenha na fogueira. Botaram o que eu falei de outra forma. Até hoje o melhor peso por peso do mundo é o Anderson. Ele já provou isso.
Você se considera o azarão, aquele cara que não tem nada a perder?
Eu me considero o lutador com vontade de vencer.
O que o Rashad tem te passado, já que ele era companheiro de treino do Jon Jones e também já o enfrentou no UFC?
Ele tem me passado tudo que sabe sobre o Jones, tudo que pode me ajudar.
Você disse que não vinha treinando com o Alistair Overeem na Blackzilians para a luta contra o Alan Belcher. Vocês têm treinado agora, já que ele é da altura do Jon Jones?
O Overeem faz parte da Blackzilians, então me ajuda com essa coisa de distância, de chute. Todo mundo está me ajudando para que eu possa vencer esse combate. Estamos juntando as nossas forças.
O Rashad será seu head coach (treinador principal) ou isso é boato?
Aqui está todo mundo em um todo. O Zé Mário (Sperry) está chegando na segunda-feira, tem o Durinho, o Rashad, todos esses. O head coach aqui é Jesus.
Estou subindo (de peso) literalmente em prol da organização. A minha categoria é o peso-médio. Estou subindo para fazer essa luta contra o Jon Jones"
Vitor Belfort
Mas e em relação a quem vai ficar no seu córner? Quem será seu head coach neste sentido?
A gente está definindo como vai ser, mas ele (Rashad) vai ser um dos head coaches.
Se você não tivesse tido o gostinho de lutar no Rio de Janeiro no início do ano, pensaria mais antes de aceitar essa troca de palco?
Sacrifiquei o desejo do povo de me ver lutar (no Rio) pela jornada importante. O resultado não tenho como saber, é muito prematuro. A mídia está toda hora fazendo esse jogo de "quem vai vencer" para vender jornal, mas os meus fãs só têm mensagems boas para mim. Eu acredito, vou lá acreditando no que sou capaz. Quando entrarem ali dentro os dois têm a mesma chance de vencer. Não existe um terceiro homem. Estou feliz e alegre pela oportunidade. Foi um sacrifício, mas por um grande motivo. Estou indo para lá com toda a nação comigo.
O Jones é amplamente favorito nas casas de aposta. O que você tem a dizer para quem não acredita em você?
Não tenho nada para dizer. Cada um cria sua atmosfera e acredita na sua crença. Graças a Deus não dependo das bolsas de aposta. Se eu dependesse, meu amigo, não subiria nem para lutar. Então, não quero nem saber. Eu não aposto.
Você havia dito que pretendia subir para os meio-pesados daqui a algum tempo e acabou antecipando isso. Pode dizer que subiu em definitivo?
Acho que não. Estou subindo literalmente em prol da organização. A minha categoria é o peso-médio. Estou subindo para fazer essa luta contra o Jon Jones.
UFC vitor belfort anthony johnson (Foto: Agência Reuters)O carioca vem de vitória sobre Anthony Johnson no UFC Rio II, em janeiro deste ano (Foto: Agência Reuters)
E se você ganhar e se tornar campeão?
Esquece o "se". Vamos ver isso depois.
Tem alguma mensagem para os fãs que acreditam em você?
Eu agradeço o carinho de todos. Agradeço a todos os brasileiros que estão com a passagem comprada para poder me apoiar e vêm me apoiando durante a minha carreira inteira. Sou muito grato por sempre terem acreditado em mim. Vamos rumo à vitória. São 190 milhões de brasileiros que estarei representando lá. Como diz o hino, a gente não foge à luta. E vamos lá, sabendo que é contra um grande campeão.
MONTAGEM entrevistão Vitor belfort  (Foto: Editoria de arte / Globoesporte.com)Vitor Belfort em vários momento da carreira e da vida pessoal (Foto: Editoria de arte / Globoesporte.com)
Paulo André dá vitória ao Timão sobre Galo e embola luta pelo título
Zagueiro faz gol da vitória em bom segundo tempo do Corinthians. Atlético chega a três jogos sem ganhar, perde a cabeça, mas não a liderança
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • lance capital
    17 do 2º tempo
    Douglas cobra escanteio do lado direito, e o zagueiro Paulo André entra livre, no primeiro pau. A cabeçada, no outro canto, mata o goleiro Victor.
  • arbitragem
    polêmica
    Péricles Bassols ouviu críticas de corintianos ao não dar pênalti em Sheik e depois expulsá-lo, e dos atleticanos por anular gol de Guilherme, já no fim do jogo.
  • estatística
    marcação
    O Timão levou ampla vantagem nos desarmes: foram 33 contra 13 do Atlético. No segundo tempo, a marcação foi fator decisivo para os donos da casa.
A CRÔNICA
por Alexandre Lozetti
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"Aqui tem um bando de loucos!". "Aqui" no Pacaembu, no Engenhão, no Olímpico, em São Januário, no Beira-Rio... Até no Morumbi! O Corinthians entrou em campo com todas as cores na camisa para enfrentar o líder Atlético-MG e acabou dando cor ao Campeonato Brasileiro. Nada mais justo que um pintor para desenhar a aquarela brasileira corintiana. A cabeça de Paulo André fez todas as torcidas vibrarem, menos a do Galo, que, apesar de chegar a três jogos sem vitória, continua na ponta, agora empatado com o Fluminense em 44 pontos, mas com um triunfo a mais e ainda um jogo a menos.
O clima era fantástico para uma grande partida: sol, estádio cheio, o líder do Brasileirão, o campeão da Libertadores... Até o público era seleto. Ronaldo estava nas tribunas para ver seu Timão e Ronaldinho, seu ex-companheiro de seleção brasileira. Mas a beleza foi a entrega, disciplina, vontade e seriedade dos 22 jogadores. Talento, mesmo, só em lampejos de uns dois ou três. Por isso, natural que a bola parada resolvesse. A zaga do Atlético-MG, que havia sofrido seis gols nas últimas três rodadas, só assistiu ao cabeceio certeiro de Paulo André, no primeiro pau, após cruzamento de Douglas.
Como Fluminense e Grêmio (41 pontos), perseguidores mais próximos, apenas empataram, a rodada não foi desastrosa para os mineiros, mas a chance de abrir vantagem se transformou em pressão ainda maior de quem vem atrás. Já o Corinthians segue em sua missão de não correr nenhum risco, cumprir um papel decente na competição e se preparar adequadamente para o Mundial de Clubes, em dezembro. Tite quer bom futebol até o fim do ano para não pegar Chelsea e companhia sem ritmo.
Na quarta-feira, o Galo - sem Ronaldinho Gaúcho, Réver e Junior Cesar, punidos com cartões - tentará manter a liderança em Salvador, contra o Bahia, às 19h30m. O Corinthians também jogará fora de casa, diante do Figueirense, às 22h. O técnico Tite já avisou que vai começar a preservar alguns jogadores do grupo quando houver duas partidas por semana, já que não há mais perspectiva de título brasileiro.
Paulinho Corinthians Ronaldinho Gaucho Atlético-MG (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Ronaldinho Gaúcho é marcado por Paulinho (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Ronaldinho de um lado, Sheik do outro...
Cuca já pediu a volta de Ronaldinho à seleção brasileira, a torcida do Atlético-MG o adora, mas ainda há os que duvidam de sua redenção. O fato é que os únicos lances do primeiro tempo no Pacaembu que merecem destaque por alguma beleza plástica surgiram graças ao talento de R49. Com saúde de menino, passou duas vezes por Douglas no campo de defesa, arrancou e colocou a bola nos pés de Bernard, que rolou para Jô. Marcado, o atacante não conseguiu o chute.

jogo truncado

41 FALTAS
11 CARTÕES
  COR CAM TOTAL MÉDIA*
FALTAS 20 21 41 36.2
CARTÕES AMARELOS 5 4 9 4.9
CARTÕES VERMELHOS 1 1 2 0.3
*média parcial do campeonato até 02/09/2012
 Foi assim, no talento de Ronaldinho e Bernard, que o Galo sobressaiu. A velocidade de Emerson, que teve de voltar ao campo de defesa para buscar jogo, fez com que Leandro Donizete e Leonardo Silva levassem cartões amarelos em faltas sobre o atacante.
O Sheik também jogou bola, e bem. Em contra-ataque puxado por ele, com participação de Danilo, Douglas e Paulinho, o Corinthians teve sua melhor chance na etapa inicial. O desvio de Marcos Rocha contra seu próprio gol foi fraco e facilitou a defesa de Victor.
Mas os destaques foram mesmo os marcadores. Principalmente Ralf e Pierre travaram as tentativas de ataque. Volantes, destruidores de ofício, suaram demais para fazer com que a vontade anulasse o talento. E tiveram ainda a ajuda dos companheiros. Danilinho, por exemplo, joga do meio para frente, mas estava deitado no gramado, se esticando para conseguir desarmar Fábio Santos.
Com tanta raça e inspiração em poucos pés, o placar só poderia estar zerado no intervalo.
Paulo andré corinthians gol atlético-mg (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Paulo André comemora seu gol com os colegas de time (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Marcação adiantada e bola parada
Inverteu o lado e também a postura dos times em campo. Quem pressionava a saída de bola, agora, era o Corinthians. Emerson e Romarinho infernizaram os zagueiros e volantes do Atlético, que simplesmente parou de criar. Os lançamentos de Ronaldinho não surtiram efeito. Ele foi recordista de passes errados: sete. Justiça seja feita, foi quem mais tentou (42).

Ranking de cartões

01 PAL 0 x 0 GRE 21ª RODADA 13
02 PAL 1 x 0 FLA 17ª RODADA 13
03 COR 1 x 0 CAM 21ª RODADA 11
04 PON 2 x 2 FLA 3ª RODADA 10
05 CRU 1 x 3 GRE 9ª RODADA 10
média do campeonato: 5.19 média e ranking até 02/09/2012
 Já o lançamento de Cássio surtiu efeito. Cássio? Isso mesmo: a reposição de bola do goleiro, forte e rápida, encontrou Sheik. Ele ganhou de Réver e rolou para Romarinho finalizar para fora.
Insatisfeito com o rendimento ofensivo, Cuca trocou Jô por Guilherme, mas a marcação corintiana não deixou nem mesmo o substituto pegar ritmo de jogo. Muito mais parecido com o time aplicado que conquistou o último Brasileiro e a Libertadores, o Corinthians sufocou, não conseguiu criar muitas chances, mas resolveu o problema com a precisão de Douglas na cobrança do escanteio. Paulo André, zagueiro, escritor, pintor nas horas vagas, decolou para o delírio dos 36 mil corintianos presentes, e dos gremistas, vascaínos, tricolores cariocas e paulistas, e por aí vai...
Preocupante para a apaixonada torcida atleticana foi a falta de poder de reação da equipe. Só após as entradas de Neto Berola e Escudero nos lugares de Marcos Rocha e Leandro Donizete, o primeiro colocado pressionou. Ajudou também o fato de ter um homem a mais. Emerson, que havia recebido cartão amarelo por reclamação, levou a bola com o braço em contra-ataque e foi expulso. No mesmo lance, o inconformado Tite também foi tirado do banco de reservas pelo árbitro.
Emerson deixa o gramado revoltado, ao lado do técnico Tite (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)Expulsos, Emerson e Tite deixam o gramado
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Nos últimos minutos, o Galo conseguiu chegar à área corintiana. Guilherme até fez um gol, em posição legal, mas o árbitro Péricles Bassols marcou falta de Leonardo Silva, que havia escorado de cabeça. Depois, o atacante recebeu livre, mas bateu nos pés de Cássio, que saiu bem.
Mais preocupante ainda foi o desequilíbrio de alguns jogadores. Junior Cesar reclamou tanto, que foi expulso e saiu de campo empurrado pelo companheiro Pierre. Réver também exagerou na força e recebeu o terceiro cartão amarelo. O Corinthians, alheio à luta pela liderança, aderiu ao nervosismo e também viu Chicão e Alessandro serem advertidos. Foram nove cartões amarelos e dois vermelhos na partida. E um sinal amarelo para o líder da competição.
Forlán chegou: com dois do uruguaio, Inter faz 4 a 1 no Flamengo
Goleada colorada tem primeiros gols do atacante no futebol brasileiro, grande retorno de D’Alessandro e muitos erros dos cariocas
 
DESTAQUES DO JOGO
  • o nome do jogo
    Forlán
    O uruguaio quebrou jejum após 609 minutos sem gol. Entendeu-se bem com D'Alessandro e marcou duas vezes em cinco conclusões.
  • estatística
    recorde
    As 28 finalizações do Inter são um recorde neste Brasileiro. A marca pertencia ao próprio Colorado (27, contra a Ponte Preta). O Fla teve sete.
  • deu errado
    pontas
    O Flamengo foi inofensivo no ataque, com Thomás discreto e Negueba mal. No intervalo, Dorival Júnior sacou o segundo e Luiz Antonio.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Se Forlán começa a fazer aquilo que tanto se espera dele, é um problema para o adversário. Se D’Alessandro volta de lesão para fazer aquilo que está acostumado a fazer, o problema aumenta. Se Leandro Damião mantém sua rotina, aí não tem jeito. Com dois gols do uruguaio, mais um do centroavante e grande atuação do argentino, o Inter atropelou o Flamengo. Venceu por 4 a 1, de virada, no Beira-Rio - no reencontro do atual técnico rubro-negro, Dorival Júnior, com o time que ele treinou no primeiro turno do Brasileirão. Josimar fez o outro gol vermelho. Vagner Love marcou para o Flamengo.
Forlán, melhor jogador da última Copa do Mundo, acumulou 609 minutos sem gols - e algumas chances claras desperdiçadas. Deixou para expulsar seus traumas neste domingo, justamente no jogo do retorno do argentino, peça-chave do time.
- Quando você tem a oportunidade e está na posição correta, tem que estar tranquilo. Sempre falei que fazer gols para mim é muito bonito, é uma sensação de felicidade muito boa. Mas o melhor desses gols é ganhar os três pontos, que necessitávamos - disse Forlán, que finalizou a gol cinco vezes e teve índice de acerto de passes de 93%.
As sucessivas falhas do Flamengo fecharam o filme de terror dos cariocas, que só marcaram graças a uma furada do goleiro Muriel.
- Perder do jeito como perdemos hoje não pode. Mais difícil era sair na frente no placar, conseguimos, mas não aproveitamos. Faltou fazer o que fizemos nos outros jogos. Chutar, marcar, tocar - disse Love, única fonte de ameaça ao gol colorado neste domingo.
O resultado é incontestável. Uma prova: o Inter bateu o recorde de finalizações a gol no Campeonato Brasileiro. Foram 28, superando os 27 do próprio time gaúcho, contra a Ponte Preta, na 16ª rodada. O Flamengo teve sete.
Com o resultado, o Inter subiu a 34 pontos, na sexta colocação no Campeonato Brasileiro. O Rubro-Negro, com 27, é o 11º. A equipe treinada por Fernandão volta a campo na quarta-feira, contra o São Paulo, no Morumbi. No mesmo dia, o Flamengo recebe a Ponte Preta.
Forlan internacional gol flamengo (Foto: Wesley Santos / Agência Estado)Forlán celebra seu encontro com os gols no futebol brasileiro (Foto: Wesley Santos / Agência Estado)
Jogo de erros
Os erros de um lado costumam dar à luz os acertos de outro, lembrou o jogo do Beira-Rio. No primeiro tempo do duelo entre Inter e Flamengo, sobraram falhas. Dos três gols nascidos no período, dois brotaram de erros que beiraram a comédia. Somadas qualidades e subtraídos defeitos, o time colorado saiu atrás, mas conseguiu virar a partida nos 45 minutos iniciais.
Boa parte das chances de gol foi herdada, não criada. O primeiro lance de perigo do jogo já foi um aviso de como seria o domingo. Nei avançou pela direita e acionou Fred, que não conseguiu concluir. A bola ficou viva na área, e a defesa do Flamengo, em módulo tartaruga, permitiu que Fabrício chegasse antes. Ele driblou Felipe, mas não conseguiu fazer o gol.

goleada

última goleada entre os times
FLA 3 x 0 INT
16/10/2010
maiores goleadas do Campeonato Brasileiro 2012
01 SPO 4 x 0 BOT 30/08/2012
02 GRE 4 x 0 FIG 19/08/2012
03 CFC 4 x 0 CRU 19/08/2012
Os primeiros minutos de jogo foram atropelados, confusos. O Inter parecia um bando em campo. Repetiram-se lances de passes tortos, daqueles típicos de quem não sabe onde o colega está. O Flamengo deu falso sinal de solidez e foi ao ataque. Vagner Love teve chance clara para marcar, depois de passe preciso de Ibson, mas perdeu. Em vez de acionar Ramon ou Thomás, que entravam pela direita, preferiu concluir. Muriel salvou.
Salvou, mas depois levou o frango de sua vida. Eram 14 minutos. D’Alessandro, pressionado pela marcação, achou melhor recuar para o goleiro. Lá foi a bola, calma, mansa, na direção do pé esquerdo do camisa 1 gaúcho. E ele se embananou todo. Furou. Vagner Love aproveitou para colocar o Fla na frente.
A vantagem parecia a melhor das notícias para os cariocas. Afinal, era na casa do adversário, contra um time abalado pela conquista de apenas um ponto nos últimos 12 disputados. O cenário tinha tudo para ser rubro-negro.
Que nada. A partir do gol, só deu Inter. Forlán e D’Alessandro (de volta ao time, sempre fundamental para a mecânica colorada) passaram a se entender. E as chances de gol se proliferaram. Até o final do primeiro tempo, foram 16 conclusões para o Inter (contra apenas quatro para o Flamengo). Duas delas entraram.
vagner love flamengo rodrigo moledo internacional (Foto: Wesley Santos / Futura Press)Autor do gol do Fla, Love enfrenta marcação de Rodrigo Moledo (Foto: Wesley Santos / Futura Press)
E a primeira entrou graças a outra falha do tipo que faz o jogador pensar em cavar um buraco no campo e pular dentro. Aos 28 minutos, Fred tramou boa jogada com Fabrício, que mandou o cruzamento. Ramon, ex-Inter, tentou cortar. Só tentou. Bateu fraco, torto, e deixou a bola pronta para Forlán desviar e fazer seu primeiro gol pelo clube gaúcho.
O empate foi a senha para o Inter prensar o Flamengo na defesa. Já poderia ter virado com Forlán, de cabeça, com Índio, em chute por cima, ou com Damião, em batida cruzada. Mas chegou lá com Josimar, aos 39. Fabrício cruzou da esquerda, o centroavante desviou de cabeça e o volante apareceu bem para concluir.
Uma tarde para Forlán
Não era uma tragédia para o Flamengo. Havia um segundo tempo inteiro pela frente. Mas também havia Forlán em uma tarde pré-fabricada para marcar, agora na prática dos gols, a chegada dele ao futebol brasileiro.

jogo movimentado

5 GOLS
35 FINALIZAÇÕES
  INT FLA TOTAL MÉDIA*
GOLS 4 1 5 2.4
FINALIZAÇÕES 28 7 35 23.4
NA TRAVE 0 1 1 0.5
DEFESA DIFÍCIL 2 5 7 3.1
*média parcial do campeonato até 02/09/2012
 Antes de o uruguaio fazer mais um, o Flamengo quase reagiu. Vagner Love mandou uma pancada no travessão de Muriel. Mattheus também ameaçou. E o Inter reagiu com Rodrigo Moledo, duas vezes, e também com D’Alessandro.
O gol era palpável, para um lado ou para outro. Acabou sendo para o lado colorado. Em jogada que viajou o campo, passou por Fred e Damião, a bola caiu nos pés de D’Alessandro. Dali costuma sair coisa boa. Ele passou pela marcação e mandou o chute na trave. Forlán, no rebote, completou: 3 a 1.
O que era ruim para o Flamengo ficou pior. Fabrício, outro muito bem no jogo, encaixou mais um cruzamento, desta vez para Leandro Damião. O cabeceio foi letal. A goleada estava formada em uma tarde totalmente colorada.
 
Botafogo encerra seca e, sem Seedorf, bate Coritiba: 2 a 0
Gols de Elkeson e Lodeiro dão um pouco de paz ao Alvinegro após três jogos sem vitórias. Coxa segue ameaçado de rebaixamento
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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O Botafogo não vencia há três rodadas, vivia momento de contestação a seu treinador e estava sem Seedorf, seu principal astro. O Coritiba vinha de vitória sobre o Inter e somava dois triunfos nos últimos três jogos. Entre a instabilidade alvinegra e a confiança alviverde, o Engenhão viu vitória do primeiro neste domingo. A equipe carioca ganhou por 2 a 0, com gols de Elkeson e Lodeiro, ambos ainda no primeiro tempo.
É um sopro de paz em meio à turbulência pela falta de resultados mais expressivos. O Botafogo teve atuação sólida, competente, e soube controlar bem o oponente. Pela primeira vez sem Seedorf desde a chegada do holandês, mostrou que não é dependente dele – aliás, o time tem melhor aproveitamento no Brasileiro sem o holandês do que com ele em campo.
Elkeson botafogo gol coritiba (Foto: Celso Pupo / Agência Estado)Elkeson comemora primeiro gol do Botafogo na partida (Foto: Celso Pupo / Agência Estado)
Com a vitória, o Botafogo foi a 31 pontos, na oitava colocação. O Coritiba é o primeiro fora da zona de rebaixamento, em 16º, com 22. Na quarta-feira, o Coxa visita a Portuguesa, e o Glorioso encara o Cruzeiro em Belo Horizonte.
Na mosca
O Botafogo teve precisão, mais do que controle de jogo, para abrir 2 a 0 sobre o Coritiba no primeiro tempo. Foi certeiro. Quando teve chances, atirou na mosca. É interessante: fez dois gols e perdeu um pênalti mesmo tendo bem menos posse de bola – 45% contra 55% do Coxa.
Em seu primeiro jogo sem Seedorf (lesionado) desde a chegada do holandês, o Alvinegro foi um bocado mais prático do que o adversário. As duas equipes tiveram quatro finalizações cada nos 45 minutos iniciais, mas chances reais de gol foram privilégio apenas do time da casa. O Coritiba foi nulo no ataque. Não soube o que fazer com a bola que teve sob o domínio de suas chuteiras.
O Botafogo foi vertical. Tramou jogadas com agilidade, usando especialmente Lodeiro e Elkeson. O uruguaio quase marcou com 12 minutos, em cabeceio à queima-roupa defendido por Vanderlei. Logo depois, o goleiro falhou ao sair do gol pelo alto, e Elkeson, de costas, desviou de cabeça e colocou a equipe carioca na frente.
O lance desestabilizou o Coritiba. Júnior Urso fez pênalti em Renato, e Elkeson, com 20 minutos, teve a chance de marcar mais um. Mas não fez. Vanderlei defendeu a batida.
O desperdício não fez tanta falta. Aos 28 minutos, o Botafogo tramou bonita jogada e fez o segundo. Fellype Gabriel firmou a bola no chão com um pé e já emendou passe com outro. Lucas, na direita, cruzou por baixo, e Lodeiro desviou para a rede.
Resposta tímida
O Coritiba resolveu fazer no segundo tempo aquilo que negligenciou na etapa inicial: jogar futebol para vencer. A entrada de Lincoln no lugar de Júnior Urso fez bem à equipe paranaense. Os visitantes passaram a explorar mais o campo de ataque.
O próprio Lincoln teve uma chance, em chute cruzado, para fora, com perigo. Everton Ribeiro também esteve em vias de marcar. Dentro da área, girou para fora, por cima. Mas, apesar do crescimento, o Coritiba não conseguiu firmar uma pressão suficiente para dar pinta de empate.
O Botafogo, com o conforto do placar, ficou em condições de só atacar na boa, sem pressa. Elkeson, Lodeiro e Fellype Gabriel seguiram tramando jogadas, mas sem a ambição de antes. O time de Oswaldo de Oliveira parecia disposto a deixar o tempo passar.
Essa morosidade, claro, tem seu preço. Anderson Aquino, que entrou no lugar de Marcel, teve a faca e o queijo nas mãos para descontar. Mas não teve o gramado. Livre, frente a frente com Jefferson, o atacante encaixou o corpo para fazer o gol, mas a bola bateu em um buraco justamente no instante do chute. Restou ao jogador do Coxa rir do próximo azar e apontar para o campo.
A reação alviverde, no fim das contas, foi tímida. Na parte final do jogo, o Botafogo soube controlar o tempo para assegurar a vitória diante de uma torcida ainda incomodada. E presente em pequeno número no estádio - 2.616 pagantes e 4.241 no total.
 
Ponte Preta constrói virada pelo alto e vence o Atlético-GO em 'tira-teima'
Giaretta deixa Dragão em vantagem, mas Macaca vira com Giancarlo, Ferron e Cleber. Vitória faz Ponte subir; goianos seguem mal no Z-4
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • deu certo
    Mudanças
    Kleina colocou Renê Jr e Nikão logo no intervalo. Com os dois, a Ponte foi diferente e dominou a partida. O Atlético-GO pouco fez no segundo tempo.
  • estrela
    Luan
    Ele não fez gols, mas liderou a virada da Ponte. O baixinho usou sua velocidade para irritar os adversários e esquentar o Moisés Lucarelli.
  • jejum
    Atlético-GO
    Seis derrotas e cinco empates fora de casa. Com baixo aproveitamento nesta quesito, o Dragão não consegue deixar a zona de rebaixamento
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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A Ponte Preta fez o Atlético-GO provar de seu próprio veneno na noite deste domingo. Depois de sair em desvantagem no primeiro tempo, em um lance de bola parada, a Macaca se revigorou no segundo tempo e construiu a virada praticamente com a mesma moeda. Com três cruzamentos e dois toques de cabeça (o outro saiu em rebote), o time de Gilson Kleina derrotou o Dragão por 3 a 1 no Moisés Lucarelli, em Campinas, e saiu vitorioso no "tira-teima" com o rival: em cinco partidas na temporada, a Ponte venceu duas, empatou duas e perdeu apenas uma.
DIego sacoman ponte preta atlético-GO (Foto: Denny Cesare / Futura Press)Diego Sacoman tenta parar ataque do Atlético-GO: virada importante (Foto: Denny Cesare / Futura Press)
Empolgada por segurar o líder Atlético-MG em Belo Horizonte, a Ponte encerrou o trauma de perder pontos para rivais da parte de baixo da tabela - já havia acontecido com Sport (1 a 1) e Bahia (0 a 2). O resultado faz o time alvinegro subir três posições na classificação, deixando Flamengo, Santos e Portuguesa para trás. A Macaca fecha o domingo com 27 pontos, em 11º.
Já o Atlético-GO mantém o inferno dos jogos como visitante. Vindo de quatro empates consecutivos fora de casa, contra Sport, Corinthians, Santos e Bahia, o Dragão ainda não sabe o que é vencer longe de sua torcida. De quebra, perdeu a segunda partida consecutiva no Brasileirão e segue na vice-lanterna, apenas um ponto a frente do Figueirense.
Os dois times voltam a jogar pelo Brasileirão já no meio de semana. A Ponte Preta vai a Volta Redonda enfrentar o Flamengo, que, ao contrário da Macaca, foi derrotado neste domingo - 4 a 1 para o Internacional. Enquanto isso, na tentativa de acabar com o jejum fora, o Atlético-GO encara uma pedreira: o Grêmio, no Olímpico, em Porto Alegre.
Golaço deixa Dragão tranquilo e aumenta nervosismo da Macaca
O Atlético-GO entrou disposto a evitar a pressão inicial da Ponte, que, repetindo o esquema com três zagueiros, liberou os alas para diminuir a saída de bola atleticana. Ao menos nos primeiros minutos, a estratégia vencedora foi do Dragão. Logo aos oito minutos, Diego Giaretta aproveitou cobrança de escanteio e emendou um voleio dentro da área. O chute surpreedeu Edson Bastos, que, sem teve tempo de reação, só enxergou a bola balançar as suas redes.
O gol logo no primeiro ataque do adversário deixou os jogadores pontepretanos ansiosos. Como nada tinha a ver com isso, o Atlético-GO tentou se aproveitar. Aos 11, Patrick teve a chance de ampliar, mas, mesmo cara a cara com Edson Bastos, chutou para fora. Na sequência, Danilinho balançou na frente do marcador e emendou um forte chute, espalmado pelo camisa 1 pontepretano.
A Macaca demorou para se sentir à vontade em sua própria casa. Travada pelos muitos erros de passe, a equipe de Campinas deu o primeiro chute a gol perigoso aos 28 minutos, quando Luan pegou rebote em cruzamento de Ricardinho e bateu de primeira - a marcação desviou para escanteio.
A melhor chance dos donos da casa foi a um minuto do intervalo. Após jogada de velocidade que começou pelo lado esquerdo, a bola sobrou para Giancarlo. Fora da área, o camisa 77 errou ao chutar de canhota, e Marcinho pegou a sobra. A dois passos da marca do pênalti, o meia finalizou rasteiro no canto esquerdo de Márcio, mas o goleiro atleticano fez a defesa, mantendo o zero no placar da Ponte.
Ponte muda da água para o vinho e esmaga o Dragão
Os erros de passes chamaram atenção do técnico Gilson Kleina, que, logo na volta do intervalo, promoveu duas mudanças na Ponte: Renê Júnior e Nikão, outrora titulares, substituiram Diego Sacoman e Ricardinho. O time melhorou, passou a criar chances (Luan, de cabeça, perdeu uma boa oportunidade) e não demorou a empatar. Aos 12 minutos, Luan fez jogada pela esquerda e cruzou na medida para Giancarlo. O grandalhão ganhou dos zagueiros pelo alto e cabeceou no canto direito de Márcio. Foi o terceiro gol do artilheiro, todos no Moisés Lucarelli.
Jairo Campos respondeu às trocas de Kleina, ao tirar Danilinho e colocar Diogo Campos. Com sangue novo, o Atlético-GO se mostrou perigoso em lances isolados, com Patric e o próprio Diogo, mas não recuperou o futebol que deu ao time a vantagem no primeiro tempo. O jeito era torcer para que a recuperação da Ponte não atingisse a virada.
Nem a torcida rubro-negra fez efeito. Aos 22 minutos, dez após o empate, a Ponte Preta virou a partida. Em nova jogada pelo alto, Ferron aproveitou cobrança de falta de Marcinho e desviou de cabeça. O toque sutil entrou no canto esquerdo de Márcio e inverter as situações em Campinas: depois de tanto ficar em desvantagem, era a Macaca que daria as fichas.
A bola aérea voltou a dar problema à defesa do Atlético-GO. Abalado pelos dois gols sofridos quase em sequência, o Dragão tomou o terceiro e deu fim às chances de reação. Após novo cruzamento de Marcinho, o estreante Cléber cabeceou para o gol. Márcio fez a defesa, mas não evitou o rebote nos pés do zagueiro. De primeira, ele mandou para as redes e fechou a bela noite pontepretana.
Terror paulista, Sport aproveita ausência de Neymar e bate o Santos
Rubro-Negro abre 2 a 0 no primeiro tempo e consegue sustentar a pressão santista mesmo com um homem a menos
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • lance capital
    3 do 1º tempo
    Após cruzamento da direita de Cicinho, Hugo aparece livre para cabecear  e abrir o marcador a favor do Sport logo no primeiro lance de perigo da partida.
  • deu certo
    Marcação
    Após a expulsão de Edcarlos, o Sport abdicou do ataque com a entrada de Bruno Aguiar e conseguiu sustentar a pressão santista na etapa final
  • deu errado
    Chuveirinho
    Com dificuldade de encontrar espaços para chegar ao gol, o Santos investiu nas bolas alçadas na área. O gol de André saiu assim. Mas foi só.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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O Sport manteve o bom retrospeco contra adversários paulistas quando joga na Ilha do Retiro e, neste domingo, deu fim a uma série de onze jogos sem vitória e bateu o Santos, desfalcado de Neymar e Paulo Henrique Ganso, por 2 a 1, em partida válida pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Os gols do triunfo rubro-negro saíram no primeiro tempo, marcados por Hugo e Felipe Azevedo. Na segunda etapa, André diminuiu para o Peixe - que sofreu sua segunda derrota consecutiva no Brasileirão. O Alvinegro dominou as ações na etapa final, principalmente após a expulsão de Edcarlos, mas não conseguiu furar o bloqueio do time da casa.
Com o resultado, o Santos desceu uma posição e foi para o 12º lugar, com 26 pontos. Já o Sport, embora siga na zona de rebaixamento, subiu um posto: foi para a 17ª colocação, com 19.
Os dois times voltam a jogar na quinta-feira pelo Brasileirão. O Santos encara o Fluminense, às 21h, no Engenhão, no Rio de Janeiro. Já o Sport pega o Palmeiras, no mesmo horário, no Pacaembu, em São Paulo, num confronto direto contra o rebaixamento.
MOacir sport gerson magrão santos (Foto: Otávio de Souza / Agência Estado)Moacir tenta levar o Sport ao ataque acompanhdo por Gérson Magrão (Foto: Otávio de Souza/Agência Estado)
Pressão do Leão dá resultado
Empurrado pela torcida, que compareceu em bom número à Ilha do Retiro, o Sport iniciou a partida mostrando uma postura ofensiva, avançando a linha de marcação e apostando nas jogadas pelas laterais. Logo aos três minutos, a estratégia rubro-negra mostrou-se eficiente  ainda que com colaboração do sistema defensivo santista. Após cruzamento de Cicinho pela direita, Hugo apareceu com liberdade para escorar para o gol defendido por Rafael: 1 a 0.
O lance mudou o panorama que os primeiros movimentos do jogo indicavam. Ainda que com cautela, o Santos passou a marcar mais presença no campo de ataque, enquanto o Sport reforçou a marcação, apertando o avanço santista a partir do meio-campo com Tobi e Rithelly, e apostando nos contra-ataques em velocidade.
Aos poucos, o time paulista se acertou na defesa, diminuiu os espaços do ataque rubro-negro e assumiu a posse de bola. O Peixe, porém, sentia falta de Neymar, encontrando dificuldades na criação e apostando em chuveirinhos direcionados a André. Felipe Anderson e Patito Rodriguez, substitutos dos astros santistas, esforçavam-se para embocar em direção à grande área, mas travavam nos laterais.

O Sport estava acuado. Nada, porém, que um contra-ataque certeiro não pudesse resolver. E resolveu: aos 36 minutos, Felipe Azevedo recebeu lançamento na esquerda, cortou Bruno Rodrigo e bateu colocado. A bola desviou em Bruno Peres e morreu no ângulo de Rafael, para delírio da torcida rubro-negra.
Hugo, comemora gol pelo Sport (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)Hugo comemora o primeiro gol do Sport na partida (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
Peixe pressiona, Sport segura
Com Victor Andrade no lugar de Juan, e Gerson Magrão deixando o meio-campo para atuar na lateral esquerda, o Santos voltou à etapa final com mais um homem de frente. A mudança permitiu ao Peixe pressionar mais o Sport no campo de defesa. O Leão, por sua vez, manteve a aposta na marcação firme já no meio-campo.
Desta vez, porém, o Alvinegro achou o caminho do gol. O irônico é que o lance, aos seis minutos, começou com Durval - que ainda no intervalo teve seu nome gritado pela torcida na Ilha do Retiro. O zagueiro lançou a bola para o ataque, Gerson Magrão ganhou da marcação na corrida e, mesmo sem jeito, fez o cruzamento para André, que se antecipou à zaga e Magrão para desviar, de cabeça, para a rede.
Se no primeiro tempo o Sport, mesmo recuado, ainda conseguia buscar o jogo com Gilsinho e Felipe Azevedo, na etapa final a estratégia não se repetiu. Sem a mesma velocidade e intensidade no apoio a marcação, a solução para o Leão foi apostar na saída de jogo pelo toque de bola, com paciência.
O problema é que o Peixe, com mais gente no ataque, adiantou a marcação e impediu que o Rubro-Negro avançasse além do meio-campo. A situação ficou ainda mais delicada para o Leão quando, aos 13 minutos, depois de Victor Andrade roubar a bola de Diego Ivo e encontrar André, Edcarlos fez falta no atacante santista e acabou expulso - o zagueiro já tinha cartão amarelo.
Daí em diante, a postura de Sport e Santos para o desenrolar da partida ficou clara: preocupado em reforçar a marcação e assegurar o placar favorável, Waldemar Lemos tirou Gilsinho e colocou em campo o zagueiro Bruno Aguiar. Já Muricy pôs o Peixe em cima do Leão, promovendo a entrada de Bill na vaga de Gerson Magrão, puxando Victor Andrade para a ponta direita e Patito Rodriguez - depois Bernardo, que voltou a jogar após quase cem dias - para a esquerda. Com Felipe Anderson na ligação e André na área com Bill, o Santos passou a ter cinco jogadores no campo de ataque.
Apesar do volume de jogo santista ter se intensificado, o Alvinegro prosseguiu com a dificuldade apresentada na etapa inicial: muita posse, poucos arremates. Melhor para o Sport, que mesmo com um homem a menos sustentou a pressão e redescobriu o que é vencer após onze partidas.
Após 77 dias, Bahia volta a ganhar em casa e freia reação do São Paulo
Gabriel faz o gol da vitória baiana, que leva equipe a abrir quatro pontos de distância da zona de rebaixamento. Já os paulistas se afastam do G-4
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • lance capital
    25 do 2º tempo
    Após saída errada de Rhodolfo, Gabriel fica com a bola, avança, passa por Douglas e bate com categoria no canto direito de Rogério Ceni: golaço
  • nome do jogo
    Marcelo Lomba
    De volta ao time após cumprir suspensão contra o Santos, o goleiro brilhou em Pituaçu, com pelo menos quatro grandes defesas na partida
  • decepção
    Jadson
    O garçom do São Paulo na temporada não foi bem na partida deste domingo. Bem marcado, perdeu um gol incrível na etapa complementar
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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A escrita já durava 77 incômodos dias. Durante esse tempo, o Bahia disputou sete partidas em casa e passou em branco, para desespero de sua torcida. A angústia acabou neste domingo. Com um belo gol do meia Gabriel, o Tricolor da Boa Terra venceu por 1 a 0, conquistou sua segunda vitória consecutiva no Campeonato Brasileiro e freou a reação da equipe comandada por Ney Franco, que vinha de quatro triunfos seguidos (três no nacional e um na Copa Sul-Americana).
A segunda vitória em casa no torneio fez o time de Jorginho se afastar um pouco mais da zona de rebaixamento. A equipe foi a 23 pontos, subiu para a 15ª colocação na tabela e abriu quatro de vantagem para o Sport, que é o primeiro time no grupo dos que cairiam para a segunda divisão.
Já o São Paulo voltou a se afastar do grupo da Taça Libertadores da América. A equipe segue com 34 pontos, quatro a menos que o Vasco, o quarto na tabela. Se tivesse vencido, além de seguir na cola de seu primeiro objetivo, teria diminuído a distância para Atlético-MG, Fluminense e Grêmio, que também tropeçaram na rodada.
Os dois times voltarão a campo no meio de semana pelo Campeonato Brasileiro. Na quarta-feira, o São Paulo receberá a visita do Internacional no Morumbi. No mesmo dia, o Bahia voltará a atuar diante do seu torcedor, desta vez contra o Atlético-MG.
danny morais bahia cicero são paulo (Foto: Erik Salles / Agência Estado)Cícero exigiu duas boas defesas de Marcelo Lomba no primeiro tempo  (Foto: Erik Salles / Agência Estado)
São Paulo melhor no primeiro tempo
Satisfeitos com o rendimento de suas equipes nas vitórias sobre Santos e Botafogo, os técnicos Jorginho e Ney Franco só fizeram uma alteração nos times para o duelo deste domingo. Na equipe da casa, o goleiro Marcelo Lomba voltou após ter cumprido suspensão. No visitante, sem Luis Fabiano, suspenso, a novidade entre os titulares foi Cícero, que novamente atuou improvisado como atacante.
Quando a bola rolou, o Bahia, que estreava novo uniforme, tomou a iniciativa, mas foi o São Paulo quem criou a primeira chance, aos cinco, com Cícero, que exigiu bela defesa de Marcelo Lomba em chute de pé esquerdo. O Bahia, após o susto inicial, organizou-se e passou a sair para o ataque pelas pontas, principalmente pelo lado direito, onde Cortez tinha muitas dificuldades com os avanços de Neto.
Aos 12, Souza assustou em cabeçada, que foi por cima do gol de Rogério Ceni. O São Paulo respondeu dois minutos depois, em novo lance de Cícero. O forte calor fez as duas equipes diminuírem o ritmo a partir dos 20. E isso fez bem ao time do Morumbi, que, com mais qualidade e posse de bola, chegou com perigo em outras duas ocasiões. Aos 27, Lomba defendeu chute de Jadson, após bobeada de Titi e Jussandro. Aos 30, Lucas, em jogada individual, bateu à esquerda da meta adversária.
O Bahia tinha dificuldade para atacar, principalmente depois de Maicon ter sido deslocado para a esquerda para ajudar Cortez na marcação. No meio, Gabriel era vigiado por Paulo Assunção, enquanto Zé Roberto tinha dificuldade com a marcação pessoal de Denilson. Sem alternativas para chegar com a bola rolando, o time forçou bastante a jogada aérea com Souza, mas não teve êxito.
 
Bahia melhora e Gabriel garante a justa vitória
O segundo tempo começou em ritmo lento. Com exceção de uma bela jogada de Fahel, que passou por três marcadores e exigiu boa defesa de Rogério Ceni, aos três minutos, os dois times concentraram muito o jogo no meio-campo nos primeiros 15 minutos. No São Paulo, chamava a atenção a apatia de Lucas, que, sempre que pegava a bola, tinha marcação de pelo menos dois adversários. Irritado com o desempenho do time, Ney Franco resolveu agir e sacou Maicon para colocar Osvaldo - o atacante entrou para atuar aberto pelo lado esquerdo.
O Bahia voltou a assustar aos 16, em chute de Helder, que Rogério Ceni defendeu. O São Paulo respondeu no minuto seguinte, em grande contra-ataque puxado por Osvaldo pela esquerda. O atacante deu de bandeja para Jadson, que ficou esperando a bola chegar e permitiu a antecipação de Marcelo Lomba.
O jogo seguia equilibrado, até que a defesa do São Paulo resolveu repetir o erro que havia cometido no início do clássico contra o Corinthians. Rhodolfo resolveu sair tocando a bola, mas errou o passe. Gabriel aproveitou e, com muita categoria, passou como quis por Douglas antes de bater colocado, no canto direito do Rogério Ceni: 1 a 0 e festa em Pituaçu.
Daí para frente o time paulista se perdeu em campo. Ney Franco ainda tentou dar mais força ao ataque, com Ademilson na vaga de Cortez. Cícero, que começou como atacante, virou lateral-esquerdo. Na sequência, Denilson entrou na vaga de Wellington. Nada adiantou. No Bahia, Jorginho sacou Fahel, que já tinha cartão amarelo, e colocou Fabinho para manter a pegada. Souza só não aumentou a vantagem porque Rogério Ceni fez grande defesa em cabeçada aos 30. O time da casa soube administrar a vantagem e comemorou a importante vitória.

Vencedor em Spa, Button não quer se preocupar com disputa pelo título

Inglês fala que tática vitoriosa se moldou às circunstâncias da corrida: ‘Não tínhamos certeza sobre a estratégia, poderia fazer uma ou duas paradas'

Por GLOBOESPORTE.COM Spa, Bélgica
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 Depois de vencer pela segunda vez uma corrida na temporada 2012, Jenson Button comemorou muito. Mesmo dominando todo o final de semana na Bélgica – fez a pole e permaneceu na ponta durante a corrida inteira -, o inglês reconheceu que suas chances de vencer o campeonato são remotas, por isso não está pensando no título.
- Foram ótimos esses 25 pontos e se eu continuar lutando por vitórias como essa, ainda terei uma pequena chance de brigar pelo título. Mas, indo para Monza, eu não penso no campeonato. Nós faremos o melhor trabalho possível e vamos trazer os pontos que pudermos. - disse o britânico que ocupa a sexta colocação no mundial de pilotos, com 101 pontos, 63 atrás do líder Fernando Alonso (Ferrari).
jenson button belgica fórmula 1 (Foto: AFP)Button utilizou tática diferente para conquistar sua segunda vitória no campeonato  (Foto: AFP)
O piloto da McLaren garantiu que está motivado para as próximas corridas da temporada. Ainda lembrou que a sua equipe arriscou uma estratégia ousada para Spa: fazer apenas uma parada em uma pista que o consumo de pneus era uma incógnita.
- Não tínhamos certeza sobre a estratégia, poderia fazer uma (parada) ou duas, alguns pensaram em três. Mas quando Hulkenberg chegou na segunda colocação, ajudou muito. Eu não precisei forçar muito, mas neste ponto ainda não pensava em fazer apenas uma parada. Então, os pneus funcionaram. O carro estava consistente e eu podia controlar o desgaste dos pneus.
 

Culpado por batida na largada de Spa, Grosjean é suspenso por uma corrida

Francês da Lotus é punido por provocar acidente espetacular no GP
da Bélgica e está fora da prova de Monza, no próximo fim de semana

Por GLOBOESPORTE.COM Spa-Francorchamps, Bélgica
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Romain Grosjean, da Lotus, foi suspenso por uma corrida por ter provocado o “cinematográfico” na largada do GP da Bélgica deste domingo, vencido por Jenson Button, da McLaren. Considerado culpado pela direção de prova, o piloto está fora do GP da Itália do próximo fim de semana. Além disso, ainda recebeu uma multa de 50 mil euros (aproximadamente R$ 130 mil). O suíço naturalizado francês espremeu a McLaren de Lewis Hamilton na reta de Spa-Francorchamps. O inglês tocou na grama, perdeu o controle do carro e subiu na Lotus. Na seqüência, os dois fizeram um “strike” nos pilotos da frente, atingindo a Ferrari de Fernando Alonso e os dois carros da Sauber, de Sergio Pérez e Kamui Kobayashi. Com exceção do japonês, que voltou à prova e terminou em 13º, todos os demais abandonaram.
- Os comissários consideram este incidente como uma violação extremamente grave dos regulamentos, que tiveram o potencial de causar ferimentos a outras pessoas. Isto eliminou da corrida fortes candidatos ao título. Os comissáiros observaram que a equipe reconheceu que a ação do piloto foi um erro muito sério e um erro de julgamento. Nem equipe nem pilotos apresentaram pedido de redução de pena – informou a Federação Internacional de Automobilismo, através de comunicado.
A Lotus poderá utilizar um piloto no lugar de Grosjean em Monza. O piloto reserva da escuderia é o belga Jerome D'Ambrosio, que defendeu a Marussia em 2011. Questionado logo após a corrida se havia sido responsável pela batida, o francês disse que preferia esperar ver o replay do incidente. Depois de saber da punição, ele reconheceu o erro e pediu desculpas. Além disso, admitiu ficar chateado com a pena e se disse aliviado em niguém ter se machucado.
formula 1 grosjean hamilton belgica acidente (Foto: AFP)Mais uma vez, Grosjean esteve envolvido em batida
no início de uma corrida no ano (Foto: AFP)
- Quando você ama correr é muito difícil. Cometi um erro, julguei mal o espaço com Lewis. Tinha certeza que estava na frente dele. Um pequeno erro provocou um grande acidente. Foi uma largada louca, com Pastor (Maldonado) queimando e uma Sauber (de Kamui Kobayashi) saindo muita fumaça Não mudei minha linha. Fui da esquerda para a direita. Não queria jogar ninguém na parede. Não estou aqui para acabar a corrida na primeira curva. Sinto muito e estou feliz que ninguém tenha se machucado. Mas tenho que reconhecer que é uma decisão muito dura de ouvir. Estou com raiva de mim mesmo – falou.
Não é a primeira vez que Grosjean se envolve em confusões no começo de corridas. O francês já protagonizou incidentes nas primeiras voltas em outras quatro ocasiões: nas provas da Austrália, Malásia, China e Mônaco.

Cigano: 'Overeem merece é tomar uma surra, e eu ia providenciar isso'

Campeão peso-pesado diz que holandês terá de esperar por sua vez
para disputar o título, mas reforça desejo de enfrentá-lo em breve

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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A decisão sobre quem seria o próximo adversário de Junior Cigano na disputa do cinturão do peso-pesado do UFC gerou algumas polêmicas entre os lutadores. O UFC se inclinou para o lado de Cain Velasquez, mas a vontade do brasileiro era enfrentar Alistair Overeem. Não que Cigano achasse que o holandês merecia mais. O desejo era o de rebater dentro do octógono as provocações que vinha sofrendo.
- Eu realmente falei para o Dana White que adoraria lutar com o Overeem. Bater no Overeem, na verdade. É isso que vai acontecer quando tiver essa luta. Seria um prazer. Na minha opinião, ele não merecia lutar pelo cinturão. O Cain merece, e a gente vai ter essa luta. O que o Overeem merece é tomar uma surra, e eu ia providenciar isso - disse Cigano à revista "Tatame".
Juniordos Cigano Alistair Overeem ufc mma (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com) Cigano e Overeem deveriam ter se enfrentado em dezembro (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
Enfrentar Alistair Overeem realmente seria um dos maiores desafios da carreira de Junior Cigano. O holandês é muito mais experiente: disputou 32 lutas a mais (48 a 16); foi campeão no Strikeforce; e venceu um Grand Prix no K-1, principal evento de trocação, justamente o ponto forte de Cigano. Mas nem mesmo todas essas referências e os 1,96m e 116kg do rival assustam.
- Estou cansado desse negócio desses caras que se acham os grandões, os fortões, que são maus e que as pessoas têm que ter medo porque eles fazem cara feia. Acabou esse negócio. A gente é atleta, e vai vencer quem fizer mais e treinar para isso. É isso que eu tenho para falar - declarou Cigano.
Home de Combate: confira as últimas notícias do mundo do MMA
Cigano e Overeem deveriam ter se enfrentado no duelo principal do UFC 146, em 26 de maio, mas o holandês caiu no exame antidoping por uso abusivo de testosterona e foi substituído por Frank Mir. Em sua defesa, ele alegou que ingeriu a substância sem saber e culpou o médico pelo ocorrido.
A luta entre Junior Cigano e Velasquez será disputa no dia 29 de dezembro, em Las Vegas (EUA). No mesmo evento, Forrest Griffin vai encarar Chael Sonnen.
UFC 155
29 de dezembro de 2012, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL*
Junior Cigano x Cain Velásquez
Forrest Griffin x Chael Sonnen
Gray Maynard x Joe Lauzon
Philip De Fries x Matt Mitrione
* A ordem dos combates ainda não está definida oficialmente

Brasileiro Kleber Ramos fatura título inédito no Tour do Rio de ciclismo

Paraibano da equipe de Sorocaba chega em 7º na quinta prova, entre Rio
das Ostras e Rio de Janeiro, que teve como vencedor Roberto Pinheiro

Por Ana Carolina Fontes Rio de Janeiro
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O brasileiro Kleber da Silva Ramos, da equipe de Sorocaba, é o grande campeão da terceira edição do Tour do Rio, que terminou neste domingo com a vitória de Roberto Pinheiro, de Pindamonhangaba, na quinta e última etapa da competição, entre Rio das Ostras e Rio de Janeiro.
- A equipe fez um trabalho perfeito, o ritmo foi muito forte. Conseguimos neutralizar a fuga com a ajuda do time de Sorocaba, e a decisão ficou para o sprint final. Estávamos cansados por causa da Volta de Portugal (disputa composta por 11 etapas, de 15 a 26 de agosto), e estávamos muito afim da dessa vitória - comemorou o potiguar Roberto Pinheiro, o único de sua equipe a conquistar um lugar no pódio.
Natural de João Pessoa, na Paraíba, e radicado em São Paulo há nove anos, Kleber foi o primeiro do país a conquistar uma das principais provas de ciclismo do Brasil, vencida nos últimos dois anos pela Itália e pela Colômbia. Alex Diniz, também de Sorocaba, ficou com a segunda posição geral, seguido por Byron Guama, do Team Ecuador.
- A equipe de Sorocaba controlou as fugas e o pelotão do início ao fim da corrida. Ser o primeiro brasileiro a vencer o Tour é maravilhoso. A nossa preparação nas montanhas de Campos do Jordão foi fundamental para superar os colombianos, que foram os adversários mais fortes - disse o paraibano, que chegou em sétimo na quinta etapa.
Kçeber Ramos Sorocaba Tour do Rio ciclismo (Foto: Hudson Malta)Kleber Ramos é o primeiro brasileiro a vencer o
Tour do Rio de ciclismo (Foto: Hudson Malta)
Vencedora de quatro das cinco etapas, Sorocaba foi a campeã da competição por equipes, seguida pela colombiana EPM-Une e pela de Ribeirão Preto.
Além de ter conquistado a camisa amarela, entregue ao líder do Tour do Rio, Sorocaba levou para casa a verde (velocista), com Edgardo Simon, e a branca de bolas vermelhas (montanhista), que teve apenas um dono em todas as etapas, Alex Diniz.
A prova
A quinta e última etapa do Tour Rio largou na manhã deste domingo da Lagoa do Iriry, em Rio das Ostras, rumo à Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, com um percurso de 184 km. As montanhas da serra fluminense, com inúmeras descidas e subidas, deram lugar à planície da Região dos Lagos, favorável aos sprintistas (atletas de explosão e decisivos nos últimos metros da prova).
Roberto Pinheiro vence quinta etapa equipe Pindamonhangaba ciclismo (Foto: Hudson Malta)Roberto Pinheiro, da equipe de Pindamonhangaba, vence a quinta etapa do Tour do Rio (Foto: Hudson Malta)
A corrida começou com um ritmo forte, com os ciclistas iniciando uma fuga (quando um grupo abre vantagem sobre o pelotão) logo após a largada. O primeiro a desgarrar do pelotão foi Cristian Rosa, da equipe de Ribeirão Preto. Em pouco tempo, outros se juntaram ao brasileiro, como o mexicano Ramon Garrido, da espanhola KTM-Murcia, Renato Ruiz, de Rio Claro, Murilo Affonso, de Foz do Iguaçu, e o cubano Luis Romero Amaran e o americano John Simes, da americana Jamis Sutter.
Depois que Romero furou um dos pneus e se afastou dos escapados, o companheiro acabou se cansando e perdeu a velocidade. A fuga abriu três minutos de vantagem sobre a maior parte dos ciclistas, mas foi neutralizada após 124 km de percurso. A decisão, mais uma vez, precisou ser definida no sprint final. Melhor para as equipes brasileiras, que dominaram o pódio da última etapa, com o campeão Roberto Pinheiro (Pindamonhangaba), Edgardo Simon (Sorocaba), em segundo lugar, e Ricardo Ortiz (Ribeirão Preto), em terceiro, ambos com tempo de 3h54m27s.
Quando o pelotão passou pela região de Rio Bonito, ciclistas amadores saudaram os profissionais com bandeiras e faixas. Os carros das equipes buzinaram como resposta. O comboio ainda passou por cidades como São Pedro da Aldeia e Niterói, até chegar à Cidade Maravilhosa, mais precisamente na Quinta da Boa Vista, ponto final dos 806 km de muita história, beleza e ciclismo. A festa do pódio terminou com um show do Emgolga às 9, bloco de rua popular do Rio, que costuma se concentrar na Praia de Ipanema no carnaval carioca.
Confira os 10 primeiros colocados da 5ª etapa do Tour do Rio:
1 - Roberto Pinheiro (Pindamonhangaba) - 3h54m27s
2 - Edgardo Simon (Sorocaba) - 3h54m27s
3 - Ricardo Ortiz (Ribeirão Preto) - 3h54m27s
4 - Byron Guama (Team Ecuador) - 3h54m27s
5 - Thiago Nardin (Ribeirão Preto) - 3h54m27s
6 - Marco Bernardinetti (Petroli Firenzi) - 3h54m27s
7 - Kleber da Silva Ramos (Sorocaba) - 3h54m27s
8 - Fabiano Mota (Rio de Janeiro) - 3h54m27s
9 - Daniele Callegarin (Team Type 1, EUA) - 3h54m27s
10 - James Driscoll (Jamis Sutter, EUA) - 3h54m27s

Saiba como ficou a classificação geral por equipes:
1 - Sorocaba - 58h11m25s
2 - EPM-Une (Colômbia) - 58h12m12s
3 - Ribeirão Preto - 58h21m49s
4 - Foz do Iguaçu - 58h22m01s
5 - Petroli Firenzi (58h23m41s)
6 - Team Type 1 (EUA) - 58h28m07s
7 - Pindamonhangaba - 58h30m10s
8 - Team Ecuador - 58h44m49s
9 - Jamis Sutter (EUA) - 58h48m31s
10 - Rio Claro - 59h07m19s
Classificação dos melhores atletas do Tour do Rio:
1 - Kleber da Silva Ramos (Sorocaba) - 19h23m16s
2 - Alex Diniz (Sorocaba) - 19h23m31s
3 - Byron Guama (Team Ecuardor) - 19h23m36s
4 - Edgardo Simon (Sorocaba) - 19h23m38s
5 - Thiago Nardin (Ribeirão Preto) - 19h24m01s
6 - Luis Romero Amaran (Jamis Sutter, EUA) - 19h24m01s
7 - Robigzon Oyola (EPM-Une, Colômbia) - 19h24m03s
8 - Mario Sgrinzato (Petroli Firenzi, Itália) - 19h24m05s
9 - Tiago Fiorilli (Pindamonhangaba) - 19h24m05s
10 - Oscar Javier Alvarez (EPM-Une) - 19h24m05s