quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Curtinhas: convidada por marinheiro, Ronda surpreende e diz que irá à festa

Jarrod Haschert faz vídeo na esperança de que campeã do UFC seja seu par em comemoração. Lutadora comenta que não sabe como vai fazer para dizer "sim" a ele

Por Las Vegas, EUA
Integrante da Marinha dos Estados Unidos, Jarrod Haschert mostrou que a bravura não está só em sua profissão, mas também presente em sua vida pessoal. O jovem, de 22 anos, não se intimidou e fez um vídeo em que convida Ronda Rousey - campeã dos galos do UFC - para ser seu par no dia 11 de dezembro, na comemoração do "Marine Corps Ball".
Ronda Rousey UFC MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)Campeã dos galos, Ronda Rousey afirmou que o marinheiro parece ser um cavalheiro (Foto: Evelyn Rodrigues)


Ronda surpreendeu ao falar que assistiu ao vídeo, cujas visualizações estão em cerca de 5 milhões de acessos, e declarou que aceita o convite - embora não saiba como mandar o recado diretamente a Haschert.

- A luta mudou de data (seria dia 2 de janeiro, agora, é 14 de novembro), então posso ir, só não sei como entrar em contato e falar: "Sim, quero ir com você". Eu deveria marcar uma hora e um lugar e aparecer quando desse o horário? Ele é meigo, deve ser um cavalheiro. Não sou uma mulher que vai a um primeiro encontro, mas irei e vou levar minhas amigas. Ele tem que arrumar pares para elas - declarou "Rowdy", em entrevista ao site "TMZ".

No dia 14 de novembro, Ronda defende o título do Ultimate contra Holly Holm, no UFC Austrália, marcado para acontecer em um estádio de rúgbi, cuja lotação poderá chegar a 70 mil pessoas.
SONNEN SERÁ COMENTARISTA DO WSOF
O polêmico Chael Sonnen está de volta ao MMA. O lutador não irá deixar a aposentadoria, porém, vai ser comentarista do WSOF, conforme anunciou a organização, na terça-feira. A estreia do americano acontece dia 18 de setembro, na edição 23, encabeçada por Justin Gaethje e Luis Palomino.

- Estamos feliz de tê-lo conosco. É um ótimo atleta e um dos melhores comentaristas que existem - declarou Ali Abdelaziz, matchmaker da companhia.

Ex-atleta do UFC e famoso pelas provocações - especialmente as direcionadas a Anderson Silva, contra quem perdeu nas duas vezes que lutou - Sonnen atua na função de comentarista em um grande canal de televisão dos Estados Unidos e está habituado com a dinâmica do trabalho.

O anúncio oficial da aposentadoria de Rodrigo Minotauro nesta terça-feira movimentou as redes sociais. Entre fãs surpresos, tristes e orgulhosos pelo novo posto ocupado pelo brasileiro no UFC - será o embaixador da organização no país -, o ex-lutador recebeu mensagem de carinho de várias personalidades do MMA. Foram muitos os compatriotas que agradeceram e reconheceram a importância do baiano para o crescimento do esporte. 

Junior Cigano, Erick Silva e Rafael Feijão, garimpados por Minotauro, postaram fotos do agora embaixador e receberam várias mensagens. Os campeões José Aldo, Fabrício Werdum e Rafael dos Anjos também se pronunciaram. Dana White, presidente do UFC, cometeu uma gafe ao confundir Minotauro com o irmão gêmeo Rogério Minotouro, mas desfez o erro e também reverenciou o ex-lutador. 

Confira algumas das homenagens:

MONTAGEM - Aposentadoria Minotauro



Cris Cyborg continua em evidência dentro e fora dos octógonos. Além dos constantes e provocações à Ronda Rousey, atual campeã do peso-galo feminino do UFC, a brasileira foi confirmada como destaque da Acadêmicos da Rocinha para o carnaval 2016 do Rio de Janeiro. 

- Adorei o convite, adoro carnaval, a cara do Brasil. Eu tenho samba no pé – afirmou a lutadora através da assessoria de imprensa. 


A Rocinha vai abrir os desfiles da Série A na sexta-feira de carnaval. A agremiação levará o enredo “Nova Roma é Brasil, Brasil é Rocinha!”. Cyborg desfilará ao lado de musas, como a modelo Sue Lasmar e a paraguaia Fabiola Martínez.


Além do samba no pé, Cris Cyborg também é estrela de um filme norte-americano. Ao lado de Miesha Tate e Holly Holm, a brasileira participou das gravações do longa-metragem “Fight Valey”. 

Bethe Correia anuncia temporada de treinos nos EUA: "Vou para a AKA", diz

Brasileira quer melhorar seu jogo para continuar dando trabalho na divisão: "Já pedi uma Top 5 para o UFC e vou fazer tudo o que puder para voltar a disputar o cinturão"

Por Las Vegas
Bethe Correia UFC treino aberto (Foto: André Durão)Bethe Correia está animada para treinar no mesmo time que Daniel Cormier e Cain Velásquez (foto: André Durão)
Bethe Correia está de malas prontas para os EUA. A paraibana embarca nos próximos dias para uma temporada de treinos na American Kickboxing Academy (AKA), em San José, na Califórnia, mesmo local onde treinam Daniel CormierCain VelásquezLuke Rockhold e Khabib Nurmagomedov.
- Eu nunca fiz um intercâmbio e nem treinei em outra academia, a não ser a Pitbull Brothers. Foi lá que fiz todos os meus 10 camps, mas  sempre tive um desejo muito grande de treinar em outra academia, de ter novas experiências e tive a grande honra de ser convidada pelo Leandro Vieira, treinador de jiu-jítsu da AKA, para passar uma temporada treinando lá. Eu já tinha ouvido falar bastante da AKA, porque a equipe é muito forte, com atletas campeões e ex-campeões do UFC, como o Daniel Cormier e o Cain Velásquez, além do Leandro, que é conhecido no mundo todo por conta de seu jiu-jítsu. É uma academia muito tradicional, conhecida pelo kickboxing também, então vou ter o privilégio de ter a minha primeira experiência treinando fora nesse super time - revelou a peso-galo em entrevista exclusiva ao Combate.com.
Segundo Bethe, a ideia de treinar fora do Brasil veio logo após a derrota para Ronda Rousey, no UFC 190. Apesar de não ter conseguido impor o seu jogo contra a campeã e de ter sofrido o primeiro revés de sua carreira no combate, a peso-galo diz que nunca sentiu uma vontade tão grande de dar a volta por cima. E ela já tem o plano perfeito para que isso aconteça: conseguir lutas duras, começando por uma adversária classificada entre as Top 5 do ranking da divisão.
- Estou muito animada, porque quando terminou a minha luta com a Ronda, eu fiquei pensando em várias coisas, mas em nenhum momento fiquei depressiva, triste, ou pensando em desistir. Por ser a minha primeira derrota, eu fiquei pensando em reviravoltas e vi o quanto era perseverante. Fiquei pensando em como eu poderia dar a volta por cima e chegar o mais rápido possível a uma nova disputa de cinturão. E esse é o meu foco: voltar a treinar duro, para pegar uma adversária dura, porque foi isso que eu pedi ao UFC, uma Top 5 - revelou.
academia AKA (Foto: Evelyn Rodrigues)A American Kickboxing Academy fica em San José, na Califórnia, e é considerada uma das melhores academias de MMA do mundo (Foto: Evelyn Rodrigues)

A brasileira já tem até algumas possíveis adversárias em sua mente:
- Tenho assuntos inacabados, por exemplo, com a Miesha Tate. Além disso, a Sarah Kaufman está sempre me desafiando. Sei que as duas são grandes desafios e eu quero realmente fazer quantas lutas for preciso para poder fazer a minha revanche contra a Ronda. Foi uma luta histórica, que bateu recorde de vendas de pay-per-view no mundo todo e, além disso, eu tenho uma vontade realmente de acertar as contas com ela. Depois da luta, a Ronda virou para a minha família e disse: "Não chore". Ela que dissesse isso para mim, porque eu estou preparada para tudo, mas a minha família não estava preparada para essa zoação dela e do time dela, tirando onda e mostrando o dedo do meio para a minha família logo depois da luta. Então, é essa a batalha que vou fazer. Estou muito animada em treinar duro, numa academia top que eu sei que é conhecida como uma família e sei que serei muito bem acolhida e treinada por lá. Ainda não sei quanto tempo vou ficar, porque vai ser a minha primeira experiência com intercâmbio, então vou ficar o tempo que achar necessário para desenvolver tudo o que tiver de bom, fazer novas amizades e aprender um pouquinho com esses grandes atletas de lá, para que eu possa me fortalecer e aumentar a minha experiência para continuar lutando.
A ida para os EUA é só uma parte do plano de Bethe de continuar superando desafios. Com apenas três anos de carreira e uma bagagem imensa colhida durante seus 10 duelos como profissional, "Pitbull" não se deixa abalar pelas críticas que vem sofrendo desde a derrota para Ronda:
- Eu tenho um grande potencial para mostrar ainda para o UFC e quero mostrar a nova Bethe. Depois da luta contra a Ronda, de toda repercussão e de toda a zoação que eu escutei, eu sei que a galera vai querer ver como é que eu vou voltar, ainda mais agora que vou treinar fora. Sei que todo mundo está curioso para ver minha próxima luta, para saber se eu vou conseguir fazer essa reviravolta. E eu vou sim. Vou ser como uma fênix, vou ressurgir das cinzas. Sou brasileira e não desisto nunca - finalizou.

Sensação após imobilizar assaltante, lutadora sonha com futuro no UFC

Monique Bastos afirma que treinamentos de jiu-jítsu desde a infância ajudaram a tomar decisão no momento delicado e mira vaga no Ultimate: "Sonho de todo atleta"

Por Rio de Janeiro
Imobilização Monique Bastos Ladrão (Foto: Reprodução/YouTube)Após ter celular roubado, Monique imobilizou o ladrão com um triângulo (Foto: Reprodução/YouTube)
Com a violência cada vez mais inserida no cotidiano das cidades brasileiras, uma orientação aparece com mais frequência: não se deve reagir a um assalto. Contudo, uma maranhense não só tomou uma atitude em uma situação delicada, como virou sensação na internet. Monique Bastos teve o celular roubado nesta terça-feira, mas conseguiu imobilizar um dos assaltantes com um triângulo digno de "bônus da noite". 
A jovem de 23 anos, natural de Açailândia, no Maranhão, treina jiu-jítsu na Granola Bronx Gold Team, afiliada da Bronx Gold Team, de Charles do Bronx. Apaixonada pelo MMA, começou a se dedicar há aproximadamente sete anos. A confiança adquirida nos treinamentos fez com que a lutadora percebesse o momento ideal para derrubar um dos homens e aplicar um mata-leão, seguido de um triângulo.
- Estávamos indo treinar, eu e duas amigas, quase perto da academia. Eu estava com celular da minha prima na mão, dois rapazes vieram encostando. Um deles puxou o celular, tentei pegar de volta e não consegui. Iam arrancar a moto, mas eu suspendi a traseira e derrubei os dois. Antes de fazer isso tudo eu vi que eles não estavam armados, por isso deu tempo. O que roubou o celular conseguiu correr e o que estava pilotando ficou desconcertado. Eu dei um mata-leão nele, tirei ele do meio da rua, coloquei na calçada, deitei e apliquei o triângulo. Fui me defender. Vi que no momento dava para reagir porque ele não tinha nada em mãos, e deu um bom resultado. Ele ficou quietinho lá, tentou sair algumas vezes, machucou minha perna, e eu falei que se me machucasse de novo eu iria apagar ele. Aí ele ficou desesperado, gritando mãe, pai, Jesus. Todos queriam fazer algo com ele, eu não deixei. Poderia até ter deixado, mas não achei que era o certo - disse Monique em entrevista por telefone ao Combate.com.
Após imobilizar o assaltante por cerca de 15 minutos, Monique aguardou a chegada da polícia, mas não teve o celular devolvido. A boa notícia é que o homem que conseguiu escapar da lutadora já foi identificado. 
Monique Bastos Imobilização Ladrão (Foto: Reprodução/Facebook)Monique Bastos treina MMA desde a adolescência e quer ter oportunidade no UFC no futuro (Foto: Reprodução/Facebook)
O caso teve grande repercussão nacional e o telefone de Monique não parou na manhã desta quarta-feira. Tímida, mas bem-humorada, a lutadora destacou que o sonho é chegar ao UFC e se juntar a nomes como Ronda Rousey, Claudinha Gadelha e Amanda Nunes, ícones femininos da organização. Como profissional foram poucas lutas - Monique não soube precisar o número exato -, mas a confiança de um caminho vitorioso dentro do esporte é grande.
- Muita gente ligou, mandou mensagem no Face, no Instagram, de todos os modos. Várias TVs ligaram, não sei muito bem como lidar com isso, até porque sou muito tímida. Mas estou me saindo bem, estou tranquila (risos). Eu só me defendi, né? Não tenho muito o que falar. Minha paixão é o MMA, quero seguir nessa profissão. Se eu não estou enganada é isso mesmo. Ttenho algumas lutas, vitórias, derrotas. Mas quero chegar lá sem desistir. É o sonho de todo atleta, chegar no UFC. Sou lutadora e quero chegar lá, sim.
*Igor Rodrigues, estagiário sob supervisão de Marcelo Russio

Minotauro admite: pensou em parar já antes de luta contra Struve no UFC Rio

Lenda do MMA perdoa perguntas e pedidos por aposentadoria dos últimos anos e diz que gostaria de ser lembrado por levar outros talentos à elite do esporte mundial

Por Rio de Janeiro
Nos últimos anos, as perguntas sobre aposentadoria viraram rotina para Rodrigo Minotauro. Em cada camp de preparação, o lutador baiano precisava responder que não, a próxima não seria uma luta de despedida, às vezes visivelmente incomodado pela insistência no assunto. No último período de treinamento, entretanto, mesmo negando, o peso-pesado já considerava dar o adeus após enfrentar Stefan Struve no UFC Rio 7, em 1º de agosto passado. Na terça-feira, um mês após sair do octógono pela última vez, Minotauro enfim respondeu positivamente: sim, está se aposentando.
- Pouco antes da luta, estava sentindo isso. Eu tive alguns momentos para poder fazer isso, chegamos a tentar falar isso algumas vezes, achei que não seria o momento certo. Mas nessa coletiva, quando assumi esse novo trabalho, não conseguiria assumir as duas funções. Eu decidi que esse cargo vai ocupar o meu tempo - contou o ex-campeão do Pride e do UFC ao Combate.
Rodrigo Minotauro UFC MMA (Foto: Adriano Albuquerque)Rodrigo Minotauro sorri ao posar para os fotógrafos na coletiva de terça-feira (Foto: Adriano Albuquerque)
Não foi uma decisão fácil, deixar de lutar, mesmo após 34 vitórias. Ela foi tornada um pouco mais fácil pela aproximação com o novo diretor-geral do UFC no Brasil, Giovani Decker, e pelo convite para seguir trabalhando com a organização como dirigente, no relacionamento direto com os atletas.
- A gente sempre para pra pensar, né? (risos). Mas é uma coisa que estava em mente fazer. Há alguns meses, quando o Giovani (Decker) assumiu o UFC no Brasil, eu percebi o cuidado que teve com os atletas, me ligava, assim como liga para o José Aldo, para o (Vitor) Belfort, Thominhas (Almeida), para saber como os atletas estão. Esse acompanhamento mais de perto, face a face com os atletas, precisávamos disso. Antes de eu entrar para lutar agora, ele me ligou três dias antes e eu disse que sentia muito orgulho de ser lutador do UFC. E ele comentou que o dia que eu parasse de lutar, poderia trabalhar com ele nessa interface dos atletas da organização. Foi bem interessante, mexeu muito comigo. Após a minha luta, o Dana White tinha conversado comigo, e perguntou que dia estaria pronto para trabalhar com eles. Foi bem pensado, depois da luta, até na luta eu saberia que estava chegando a minha hora de parar. São muitas contusões, problemas físicos que não me deixam desempenhar meu trabalho no mesmo nível de anos atrás.
As perguntas sobre aposentadoria são coisa do passado, e Minotauro fez as pazes com quem insistiu na pergunta e nos pedidos, inclusive Dana White, presidente do UFC.
- Eu sempre tive muito carinho, e muitas vezes aconteceu isso não só dos fãs, mas também do Dana White. Após minha cirurgia no quadril, fui chamado para lutar e aceitei, e ele deu uma retrucada, ficou meio assim de eu lutar após a cirurgia, mas também disse que, se eu quisesse lutar, era na hora que eu quiser. Assim muitos fãs também pensam, tem muito carinho de mim, em preservar não só minha imagem como lutador, mas minha pessoa pós-carreira. Sempre fui feliz com esse carinho do público e das pessoas do UFC. É o momento certo.
Confira mais declarações de Minotauro sobre sua carreira e sua nova função no UFC:
Rodrigo Minotauro (Foto: Adriano Albuquerque)Minotauro não avisou muitos amigos sobre sua aposentadoria: "Não queria ser influenciado" (Foto: Adriano Albuquerque)
Quem sabia da aposentadoria?
- Não falei com minha filha. Só falei com meu pai e com meu irmão, mais ninguém. Não queria ser influenciado (risos).
Como gostaria de ser lembrado
- Como garra, determinação. Gostaria de ser lembrado assim, por não desistir nunca. Além de ter chegado a alguns títulos mundiais, ter feito muito pelo esporte, mas por ter trazido muitos talentos. Por isso agora essa nova função no UFC de "caça talentos". Eu sempre trabalhei muito outros atletas, como grandes que citei nomes, Anderson Silva, Junior Cigano, Rafael Feijão, Rony Jason, mas também vários outros. Eu gostaria de ser lembrado assim, como o cara que não desiste nunca, para cima o tempo inteiro, ganhando ou perdendo, mas também o que pode trazer novos atletas.    
Parte mais difícil de ser embaixador
- Essa interface entre atletas e organização, o atleta dar o melhor para divulgar a organização é difícil. Ao mesmo tempo o atleta pensa nele, no camp dele, no desempenho, mas às vezes não veem que se a imprensa não está participando do camp dele, não puder divulgar isso, ele não consegue a popularidade que a organização precisa. Essa interface entre o atleta representar a organização, com boa imagem, bom costume, o tipo de foto que posta, não postar nada bebendo, isso pode ser que tenha dificuldade com atletas mais rebeldes. E na descoberta de novos talentos, essas caras que são os melhores do Brasil e não são achados aqui. Pode ser difícil, porque o Brasil é grande. Vamos ter que rodar muito para levar os melhores.
Experiência na observação de talentos
- Eu já promovi eventos, 12 eventos, e falei que o José Aldo seria o cara. O Anderson Silva, também consegui achar, ele estava dando aula em uma academia em Curitiba e consegui ter um contato com ele, sabia do potencial dele. Junior Cigano, desde o começo, nas primeiras aulas de jiu-jítsu. Eu pratico desde os quatro anos de idade, consigo identificar bem, não só o talento, mas a determinação, a raça, a coragem, vontade, humildade. Você percebe esses valores que cada um tem, potencializa e dá treinamento. Consegui fazer isso com muitos e outros se perderam por falta de estrutura financeira minha para poder ajudar, ou o próprio lutador para ajudar a família, ir trabalhar. Isso vai muito além, não é só lutador que está despontando no Jungle Fight, no Face to Face, no Shooto, mas aqueles dos eventos de jiu-jítsu. Um amigo meu me falou, “presta atenção no Thales Leites”. Comecei a olhar, o cara viu o Thales faixa-azul, em Niterói, fui percebendo, comentando com as pessoas. Então, isso vai muito além.
Se sente realizado?
- Fiz muito para o esporte, não só pelos títulos, mas por ter trazido outros. Levado o Anderson para treinar, trazido o Rafael Feijão para o UFC, o Fábio Maldonado, outros para outros eventos. O Junior Cigano até uma luta de título. Isso para mim foi muito importante. Vários títulos, o carinho da imprensa, fiz grandes amigos, pude ver isso no UFC, quando a imprensa quebrou a mesa, jogou coisa para cima (risos). Imprensa e público, pude fazer grandes amigos nesse esporte. 
A emoção da vitória no UFC Rio 1
- Eu descobri a lesão no quadril. De 2001 até 2008, estava entre os três melhores, sempre eu, Fedor (Emelianenko), Randy Couture. No final de 2008 para 2009, vi que não conseguia mais dar um salto, fazer coisas que faria normalmente. Descobrimos a lesão no quadril, operei, tive que ficar seis meses de muleta. Depressão total, frio do caramba. Voltei para o Brasil, cheguei no aeroporto, indo para a clínica da Dra. Ângela Côrtes e me ligaram do UFC, falando que chegariam no Rio em agosto. Isso era janeiro, e me perguntaram se estaria apto a lutar. A recuperação da cirurgia do quadril era de nove meses, eu não estaria apto. Conheci a Dra. Ângela, grande amuleto na minha vida, conseguiu me fazer lutar desde aquela época até hoje. Foram três meses para lutar, depois que larguei a muleta. Foi uma superação, operar o quadril, o ombro, e conseguir fazer essa luta. Uma maluquice, o público gritando, TV aberta pela primeira vez. Muita gente que não conhecia o UFC passou a conhecer naquele dia. Foi um dia muito especial para mim.