terça-feira, 19 de novembro de 2013

Modelo gaúcha, Kelly Bueno é a nova ring girl do Coliseu Extreme Fight

Ao lado de Aryane, Kelly vai representar as cage girls no evento alagoano

Por Maceió-AL
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Kelly Bueno ring Girl Coliseu (Foto: Arquivo/Pessoal da modelo)Kelly Bueno se destaca pelas curvas (Foto: Arquivo/Pessoal da modelo)
Brilho feminino. Além de espetáculo de lutas, a VIII edição do Coliseu Extreme Fight promete ser também um espetáculo de beleza e sensualidade. A organização do evento já confirmou a presença de Aryane Steinkopf como a grande musa do evento. Como ring girl, a modelo capixaba participa pela terceira vez do evento de MMA.
A novidade da competição, que em 2012 recebeu o título de melhor evento de Artes Marciais Mistas do Brasil, foi anunciada nesta terça-feira: a participação da modelo gaúcha Kelly Bueno como cage girl. Kelly tem 27 anos e foi escolhida pela organização do evento por ter o perfil da mulher brasileira. A sensualidade, o charme e as curvas femininas foram decisivos, conta Márcio Mrotzeck, um dos organizadores do evento.
A Kelly tem o perfil da mulher brasileira: forte presença, brilho no olhar e curvas bem acentuadas."
Márcio Mrotzeck, organizador do evento
- A Kelly Bueno tem o perfil da mulher brasileira: forte presença, brilho no olhar e curvas bem acentuadas. Ela tem tudo para enriquecer o show do Coliseu Extreme Fight. Ela é gaúcha e com seu charme e beleza vai dar um belo espetáculo ao lado de Aryane Steinkopf no cage do Coliseu VIII.
Mrotzeck adiantou que durante a competição será lançado ainda um concurso que elegerá a próxima musa do Coliseu.
- A Kelly já está acertada com a gente até 2014. Já posso adiantar que durante o evento também lançaremos o concurso para eleger mais uma musa fixa para 2014, onde vamos tentar descobrir uma "alagoana". Até hoje não tivemos nenhuma alagoana como ring girl, sempre as meninas são de fora - observou.

Irmão de Lyoto Machida é atração no Ressurrection Fight Alliance, nos EUA

Chinzô enfrenta o norte-americano Brian Wood nesta sexta-feira, dia 22, em Denver, no Colorado. Será a quarta luta do brasileiro no MMA

Por Belém
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Chinzô Machida (Foto: Adriano Albuquerque)Chinzô Machida é a atração no RFA11, nos EUA
(Foto: Adriano Albuquerque)
Nesta sexta-feira, dia 22, tem Machida no octógno. O brasileiro Chinzô, irmão do ex-campeão dos meio pesados do UFC, Lyoto Machida, será uma das atrações do Ressurrection Fight Alliance 11 (RFA11). A luta válida pela categoria até 66kg será contra o norte-americano Brian Wood. O evento acontece na cidade de Denver, nos Estados Unidos.
Esta será a quarta experiência de Chinzô no MMA. Até agora, o lutador acumula uma vitória e duas derrotas.
– Tive uma preparação muito boa. Foram 10 semanas de treinamentos, sendo seis no Brasil e quatro nos Estados Unidos. Eu espero colocar em prática o que treinei nesse período e conseguir essa vitória. Tive uma equipe muito boa, composta de atletas renomados em diversos estilos. Então estou me sentindo bastante preparado – diz Chinzô.
A equipe do irmão de Lyoto foi composta por Luciano Pitbul (muay thai); Frankiko (jiu-jítsu); Eduardo Lisboa (preparação fisica); André Sampaio (karatê); Breno (boxe); Lyoto Machida (lutador); Perceu Friza (lutador); Rener Gracie (jiu-jítsu); Kenny Johnson (Wrestiling); Rafael Cordeiro (muay thai).
Apesar do time variado de especialistas, Chinzô tem no karatê sua principal arma para desbancar o adversário.   
– Ele sabe lutar bem em pé, mas pode ser que venha procurar a luta mais agarrada, foi o que tem demonstrado nos vídeos, mas estou preparado para todas as situações – comenta o carateca.
Lyoto será a atração no corner
Do lado de fora, além da torcida brasileira, Chinzô também terá um grande aliado. Em papeis invertidos, Lyoto é quem será o corner do irmão.
– Sem dúvida a vivência e experiência dele vai me ajudar muito. Na verdade acho que quem fica no corner como treinador a missão é mais difícil, a preocupação é um pouco maior – opina.

Matt Riddle é dispensado do Bellator após sair do card de sexta-feira

Organização não informa o motivo alegado pelo lutador para não atuar:
'Desejamos a ele o melhor em seus futuros empreendimentos' diz dirigente

Por Rio de Janeiro
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Duas demissões nas principais organizações de MMA do mundo em menos de um ano. Esse é o retrospecto de Matt Riddle em 2013. Dispensado em fevereiro pelo Ultimate após o segundo teste antidoping positivo para maconha, o americano foi contratado pelo Bellator. Ele participaria do Grand Prix dos meio-médios a partir de setembro, mas machucou as costelas e anunciou a aposentadoria, alegando que a nova organização não daria a ele uma luta neste ano.
UFC 143 Matt Riddle x Henry Martinez (Foto: Getty Images) Matt Riddle (de calçao branco) em ação contra Henry Martinez no UFC 143 (Foto: Getty Images)
O Bellator voltou atrás e marcou uma luta para Matt Riddle no Bellator 109, na próxima sexta-feira, em Bethlehem (EUA). Só que Riddle avisou na semana passada que não iria participar do evento. Nesta terça, o Bellator anunciou que dispensou o lutador por conta disso.
- Matt era um cara que nós tínhamos grandes esperanças. Depois que Matt sofreu a lesão nas costelas e retirou-se do nosso torneio, marcamos uma outra luta no dia 22 de novembro. Infelizmente, Matt muito recentemente nos informou que lutaria em Bethlehem, e nesse ponto nós decidimos liberar Matt do Bellator. Desejamos a ele o melhor em seus futuros empreendimentos - disse o diretor de comunicação do Bellator, Anthony Mazzuca, em nota enviada à imprensa.
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O Bellator 109 terá como luta principal a disputa do cinturão dos médios entre o campeão Alexander Shlemenko e o desafiante Doug Marshall. Dois GPs também serão decididos na sexta-feira: Alexander Sarnavskiy x Will Brooks, pelo peso-leve, e Rick Hawn x Ron Keslar, no peso-meio-médio.

Curtinhas: Suspensão médica pode deixar Hendricks seis meses fora

Meio-Médio precisa da opinião de um ortopedista para ver o joelho direito. CABMMA divulga lista de atletas para Seletiva Regional do Centro-Oeste

Por Rio de Janeiro
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Parece que Johny Hendricks está mesmo vivendo uma espécie de "inferno astral". Além de ter perdido por decisão dividida a luta pelo título dos pesos-meio-médios contra Georges St-Pierre no UFC 167 - quando muitos, inclusive Dana White, acharam que ele venceu - , ter recebido bolsa oito vezes menor que a do canadense, e ainda ter sido "eliminado" do torneio virtual promovido pelo Ultimate para saber quem será capa do jogo do videogame da organização, o americano foi informado pela Comissão Atlética de Nevada que ainda poderá ficar seis meses sem lutar, até que um ortopedista esclareça seu problema no joelho direito.
Além de Johny Hendricks, os dois atletas da primeira luta do card preliminar do UFC 167, Gian Villante e Cody Donovan, receberam a mesma suspensão médica e precisarão visitar um ortopedista para serem liberados de problemas nas mãos. O russo Ali Bagautinovo também poderá ficar parado até maio de 2014 e por isso, precisará ter a lesão no pé esquerdo vista por um ortopedista.
Johny Hendricks MMA UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Johny Hendricks poderá ficar até seis meses sem lutar (Foto: Evelyn Rodrigues)
Confira todas as suspensões médicas do evento:
Georges St-Pierre: suspenso até 1/1/2014, sem contato físico até 17/12/2013
Johny Hendricks: suspenso até 17/05/2014 ou até ser liberado por um ortopedista pelo joelho direito, e suspenso até 17/12/2013, sem contato físico até 8/12/2013
Chael Sonnen: suspenso até 1/1/2014, sem contato físico até 17/12/2013
Rory MacDonald: suspenso até 17/12/2013, sem contato físico até 8/12/2013
Josh Koscheck: suspenso até 1/1/2014, sem contato físico até 17/12/2013
Ali Bagautinov: suspenso até 17/05/2014 ou até ser liberado por um ortopedista pelo pé esquerdo, e suspenso até 17/12/2013, sem contato físico até 8/12/2013
Evan Dunham: suspenso até 1/1/2014, sem contato físico até 17/12/2013 por laceração da sombrancelha esquerda
Rick Story: suspenso até 1/1/2014, sem contato físico até 17/12/2013 por laceração da sombrancelha esquerda
Erik Perez: suspenso até 17/12/2013, sem contato físico até 8/12/2013 por laceração no nariz
Gian Villante: suspenso até 17/05/2014 ou até ser liberado por um ortopedista pelas duas mãos, e suspenso até 17/12/2013, sem contato físico até 8/12/2013
Cody Donovan: suspenso até 17/05/2014 ou até ser liberado por um ortopedista com o raio-x da mão direita, e suspenso até 17/12/2013, sem contato físico até 8/12/2013
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Nesta segunda-feira, a Comissão Atlética Brasileira de MMA (CABMMA) divulgou a lista dos atletas aprovados para a Seletiva Regional de MMA Amador na etapa Centro-Oeste. Nos dias 23 e 24 de novembro, em Goiânia, irá acontecer o torneio que irá classificar lutadores para a Seletiva Nacional. Só depois serão conhecidos os atletas que formarão a Seleção Brasileira de MMA, que irá representar o país no Mundial de MMA Amador no ano que vem, em Las Vegas, Estados Unidos.
Como em todas as cinco Seletivas Regionais, a análise do currículo pela equipe técnica da CABMMA foi o critério para a escolha dos lutadores. Além do Centro-Oeste, Manaus, Fortaleza, Florianópolis e Rio de Janeiro são as outras cidades onde irá ser escolhido três atletas por cada categoria de peso, por cada região, para disputar a vaga na Seleção Brasileira na Seletiva Nacional.
Segue abaixo os nomes dos lutadores aprovados para competir na Seletiva Regional na etapa Centro-Oeste. Segundo a assessoria de imprensa da CABMMA, no torneio classificatório, as categorias que possuem números ímpares de lutadores, será feito um sorteio para que um atleta fique em "bye" (na espera) e assim, também por sorteio, irá enfrentar um dos perdedores das lutas na divisão.
Peso-Mosca (56,7kg): Weverson Silva de Souza / Tiago Pereira Pinto / Wagton Pinto Dutra / Lucas Alves Fontoura / Larry Monteiro Vasconcelos;
Peso-Galo (61,2kg): Carlos Eugênio Cunha Assunção Júnior / Bruno dos Santos Pereira / Carlos Henrique Marques da Cruz / Jhoni Martins Vanzin / João Pedro Villa Saldanha / Danilo Alves Garcia / Jefferson Macedo Aragão;
Peso-Pena (65,7kg): Tarcisio Henrique Oliveira e Silva / Cleiton Lucena Batista / Antonio Geovar Sabino Sales / Geltovacino dos Santos / Patrick Rodrigues Ribeiro / Olivio Acosta Filho / Fabio Alex Deniz Silva;
Peso-Leve (70,3kg): Matheus Cartaxo / Douglas Rodrigues Lobo Pinheiro / Vanute Patreve de Oliveira / Evaldo da Silva Correa Junior / Antonio Humberto Soares Costa / Paulo Rafael Calixto e Silva Marins / Fernando Fernandes Botelho / Daniel Alves dos Santos / Alfredo Pereira Lima / Wellington Jesus da Silva / Wemerson Vasco Gomides / Bruno Berce Dos Santos;
Peso-Meio-Médio (77,1kg): Ozeias Ferreira Campos / Cleydson Gomes da silva Junior / Edson Marques de Jesus / João Paulo de Fátima Alves Ferreira / Hernane Calixto Leal / Leandro Gonçalves da Costa / Eliziar Gomes da Silva Junior / Rafael Oliveira Franco;
Peso-Médio (83,9kg): Horácio Barcelos de Rezende Júnior / Marcelo dos Santos Alves Tenorio / Wallace Duarte Araújo / Gledson Ferreira Alves;
Peso-Meio-Pesado (92,9kg): David Rios Pedroso Neme Hamú (automaticamente classificado para a Seletiva Nacional);
Peso-Pesado (120,2kg): Victor Hugo do Amaral Bertin / Dyego Mendes Barros / Ravan Alves Santos / Enderson Elias Carvalho de Assis;

Wanderlei Silva não perdoa e recita poema para provocar Chael Sonnen

Brasileiro usa da mesma tática do americano anteriormente para não deixar passar batido o nocaute sofrido pelo rival para Rashad Evans, no UFC 167

Por Rio de Janeiro
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Print de Wanderlei Silva na luta de Sonnen x Evans (Foto: Reprodução Instagram)Wanderlei Silva publica imagem de Sonnen contra
Rashad Evans (Foto: Reprodução Instagram)
No meio de tantas provocações e ameaças entre Wanderlei Silva e Chael Sonnen, próximos treinadores do TUF Brasil 3 em 2014, o brasileiro já publicou um vídeo raivoso em agosto e o americano já fez poesias falando mal do curitibano. Dessa vez, o "Cachorro Louco" decidiu brincar com o nocaute sofrido por Sonnen no último sábado diante de Rashad Evans, no UFC 167, em Las Vegas (EUA), e publicou em sua conta no Instagram (rede social de fotos) uma imagem do momento em que o americano era castigado pelo ex-campeão meio-pesado com um poeminha como legenda.
- Batatinha quando nasce, "esparrama" pelo chão. Quando está falando, ruge mais que um leão. Mas quando a porta do octógono fecha, vemos que não passa de um tremendo de um...- provocou Wanderlei Silva.
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A tática de provocar o adversário usando um poema ou pequenas rimas, na realidade, começou com o próprio Chael Sonnen. Em agosto e outubro desse ano, o americano recitou algumas poesias bastante provocativas, onde sobrou até mesmo para o sempre calmo Maurício Shogun, antes da luta entre os dois em 17 de agosto. Na época, Sonnen afirmou que iria acabar com a carreira de Shogun e deixou claro que Wanderlei Silva seria o próximo:
"Em 17 de agosto, uma luta vai acontecer e o protetor de tela de todo mundo será o rosto de Wanderlei. Não carrancudo, ou fazendo beicinho, ou batendo com o punho, ou tropeçando no inglês, ou rolando seu pulso, mas olhando horrorizado enquanto médicos tentam acordar seu pequeno capanga Shogun, que cometeu o erro de cortar a fila no meu caminho para o seu chefe e acabou nocauteado e tentando explicar a derrota. Sentado à mesa da coletiva de imprensa, com Wanderlei do lado de fora, um táxi para um passeio cheio de pânico para o aeroporto de Logan, ou melhor ainda, para as docas, para entrar despercebido em um barco para o Brasil para fugir deste gângster aqui, que acabará por deixá-lo virado para baixo e terminará sua carreira"

Felipe Sertanejo planeja volta ao UFC e faz campanha por luta no exterior

Peso-pena paulista fez todas as suas lutas pela organização no Brasil e admite ter chances de lutar no card de Jaraguá do Sul, em fevereiro de 2014

Por Rio de Janeiro
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MMA felipe sertanejo  (Foto: Adriano Albuquerque)Sertanejo não luta desde 4 de setembro, quando
enfrentou Kevin Souza (Foto: Adriano Albuquerque)
O lutador brasileiro Felipe "Sertanejo" Arantes está parado desde 4 de setembro, quando foi derrotado pelo compatriota Kevin Souza no UFC Fight Night Combate: Glover x Bader, e já está ansioso por seu retorno ao octógono. O atleta, todavia, confessou nesta terça-feira uma vontade de fazer essa volta num combate fora do Brasil. Desde que assinou com o Ultimate, em 2011, o peso-pena fez todas as suas cinco lutas em eventos dentro do país.
- Eu sempre falei que lutar no Brasil é melhor. Além do apoio da torcida, não tem muita viagem, fuso horário, nem dificuldade com alimentação e suplementação. Mas acho que já lutei demais aqui, podia dar uma oportunidade a outros atletas, como o Charles do Bronx, por exemplo, que nunca lutou aqui. Eu também tenho muita vontade de lutar lá fora - admitiu Sertanejo, em declaração dada através da assessoria de imprensa de um de seus patrocinadores.
O lutador tentou disfarçar sua campanha e acrescentou que seus treinadores, Diego Lima e Jorge Patino Macaco, já cogitaram junto ao UFC a possibilidade de encaixar o peso-galo no próximo evento da companhia no Brasil, marcado para 15 de fevereiro de 2014, em Jaraguá do Sul-SC.
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Sertanejo não tem ainda previsão de um adversário para seu retorno. Chegou a se especular que o peso-pena enfrentaria Rony Jason, derrotado por Jeremy Stephens em 9 de novembro, em Goiânia, mas o campeão do TUF Brasil 1 está suspenso preventivamente por seis meses pela Comissão Atlética Brasileira de MMA, e mais um mês além disso devido à cotovelada em uma parede de vestiário após a luta.
- O Jason seria uma boa luta, mas não vai acontecer agora. Escolher adversário, no fim das contas, não muda nada. Achei que meu jogo iria casar muito bem contra o Kevin, mas não tive o desfecho esperado, então estou me preparando para qualquer um, pronto para vencer. Já estou treinando pesado há algum tempo e fazendo ajustes para não me sentir tão fadigado como da última vez - analisou Sertanejo.

'Pausa' de GSP faz Lawler sugerir luta com Hendricks por cinturão interino

Lutador americano provoca parada na carreira de campeão dos meio-médios e pede combate contra o compatriota, que não comenta o desafio

Por Direto de Las Vegas, EUA
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UFC Robbie Lawler Rory MacDonald (Foto: Agência Reuters)Robbie Lawler festeja sua vitória no UFC 167
(Foto: Agência Reuters)
Uma das surpresas da noite de sábado no octógono em Las Vegas, Robbie Lawler também surpreendeu na hora que usou o microfone. Pouco depois de derrotar o favorito Rory McDonald por decisão dividida dos jurados, o norte-americano sugeriu um combate contra o compatriota Johny Hendricks pelo cinturão interino dos meio-médios (até 77kg).
Na entrevista coletiva após o UFC 167, o lutador aproveitou o fato de o canadense Georges St-Pierre ter anunciado que irá dar um "tempo na carreira" após vencer de forma polêmica, por pontos, Henridcks, e sugeriu à organização um combate com o norte-americano.
- Eu me sinto ótimo. Acho que, se o GSP ficar fora por um tempo, podemos fazer eu contra o Hendricks pelo cinturão interino. E quando GSP voltar, vou acabar com ele também. - disse um provocador Lawler.
Johny Hendricks evitou comentar o desafio proposto. Abalado e bastante chateado com a derrota por pontos em decisão dividida pelos jurados psrs GSP, o lutador só preferiu manifestar sua obsessão por voltar a subir no octógono em busca do cinturão. O norte-americano não admitia o revés no combate principal da noite.
- Não me importo com o Georges. Disse isso desde o começo. Eu o bati de várias formas. Eu só quero o cinturão do UFC. Não me importa quem o tem. Eu achei que me saí muito bem hoje na minha primeira luta por cinturão. Eu dei tudo em cima do campeão, mas vou voltar, vou estar melhor e o cinturão estará em volta da minha cintura -  disse Hendricks.
Um pouco antes, Dana White, presidente do UFC, havia demonstrado sua contrariedade com a decisão dos jurados na disputa do cinturão dos médios. Revoltado, o dirigente criticou o resultado e disse temer continuar a fazer lutas em Las Vegas por conta dos juízes.
Confira os resultados completos do UFC 167:
UFC 167
16 de novembro de 2013, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
Georges St-Pierre venceu Johny Hendricks por decisão dividida
Rashad Evans venceu Chael Sonnen por nocaute técnico aos 4m05s do primeiro round
Robbie Lawler venceu Rory MacDonald por decisão dividida
Tyron Woodley venceu Josh Koscheck por nocaute aos 4m38s do primeiro round
Ali Bagautinov venceu Tim Elliott por decisão unânime

CARD PRELIMINAR
Donald Cerrone venceu Evan Dunham por finalização (triângulo) aos 3m49s do segundo round
Thales Leites venceu Ed Herman por decisão unânime
Rick Story venceu Brian Ebersole por decisão unânime
Erik Perez venceu Edwin Figueroa por decisão unânime
Jason High venceu Anthony Lapsley por decisão unânime
Sergio Pettis venceu Will Campuzano por decisão unânime
Gian Villante venceu Cody Donovan por nocaute técnico a 1m22s do segundo round

No prejuízo como peso-meio-pesado, Sonnen vai voltar a lutar nos médios

Após superioridade de Rashad Evans no UFC 167, americano contabiliza segunda derrota em três lutas na divisão e decide voltar à categoria 84kg

Por Rio de Janeiro
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Nas três lutas que Chael Sonnen fez como peso-meio-pesado, o americano saiu derrotado em duas: por nocaute técnico para Jon Jones, em abril deste ano, no UFC 159, e para Rashad Evans, no último sábado, no UFC 167, em Las Vegas (EUA). O único triunfo na categoria foi frente ao brasileiro Maurício Shogun, em agosto, quando encaixou uma guilhotina no primeiro round. Além dos números negativos na divisão, Sonnen admitiu a supremacia do adversário de sábado e, com isso, revelou que voltará a competir como peso-médio, onde lutou pela última vez em julho de 2012, na derrota para o ex-campeão da categoria Anderson Silva.
- Eu tive um problema esta noite (sábado), que foi lutar contra um lutador melhor que eu. Eu achava que poderia vencê-lo em algumas situações, mas eu tive problemas nas minhas últimas três lutas exatamente nessa posição. Tenho que trabalhar melhor sobre isso - disse Chael Sonnen ao site "Fox Sports".
Chael Sonnen MMA UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Chael Sonnen revela que voltará a lutar nos pesos-médios do UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)
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Apesar de já ter sua próxima luta acertada contra o brasileiro Wanderlei Silva, já que ambos serão os treinadores da terceira edição do TUF Brasil em 2014, ainda não ficou definido quando e em que categoria o confronto irá acontecer. No entanto, Chael Sonnen reiterou sua vontade de competir na divisão dos 84kg.
- Eu sempre lutei com 93kg para me acostumar com o peso. Eu sei que posso fazer algo melhor do que isso, mas estou mesmo voltando para os 84kg. Lá é onde eu posso fazer meu melhor trabalho, me movimentar e não ser pego nessas posições - revelou o americano.
Aos 36 anos, Chael Sonnen se mostrou feliz por fazer parte da edição comemorativa dos 20 anos do UFC, mesmo que no final não estivesse "cantando blues (gênero musical)" como esperava. O veterano lutador, que coleciona rivais na organização por conta de suas provocações, possui um cartel de 28 vitórias, 13 derrotas e um empate.

Askren diz que abriria mão de bolsa se perdesse para Rory MacDonald

Campeão peso-meio-médio do Bellator, que tem passe livre, afirma ainda que se aposentaria caso fosse incapaz de vencer prodígio canadense

Por Rio de Janeiro
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Ben Askren Bellator (Foto: Divulgação/Site Oficial do Bellator)Ben Askren está atualmente com passe livre no MMA
(Foto: Divulgação/Site Oficial do Bellator)
Uma das notícias mais chocantes do mundo do MMA na semana passada foi a de que o Bellator abriu mão do contrato de seu campeão peso-meio-médio, Ben Askren, que poderia então assinar com qualquer organização de lutas que desejasse. O interesse de Askren em lutar no UFC e seus desafios ao campeão do evento, Georges St-Pierre, não são novidade, mas o presidente da companhia, Dana White, negou interesse no lutador durante entrevistas subsequentes.
"Funky", todavia, não desistiu. Em entrevista ao podcast "The MMA Hour", do site americano "MMA Fighting", o peso-meio-médio se ofereceu para enfrentar Rory MacDonald, prodígio da academia de GSP derrotado no último sábado por Robbie Lawler, e disse que abriria mão de sua bolsa e deixaria o esporte caso fosse incapaz de vencê-lo.
- Rory MacDonald é outro cara que realmente me irrita e incomoda. Foi muito legal vê-lo ser derrubado de seu pedestal na noite de sábado, mas, se Dana White estivesse disposto, se eu perdesse para ele (Rory), eu lutaria de graça e me aposentaria do MMA, porque tenho tanta confiança assim que eu venceria Rory MacDonald. Não sou completamente motivado financeiramente. Obviamente, quero ganhar a vida, mas, ao mesmo tempo, quero derrotar os melhores lutadores do mundo - afirmou Askren.
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O campeão do Bellator fez proposta semelhante por uma oportunidade de enfrentar St-Pierre, mas disse acreditar que o canadense teria de fazer uma revanche contra Johny Hendricks antes de entreter outros desafiantes.
- Já disse ao Dana (obviamente via Twitter, não cara a cara, não tenho seu telefone), disse que eu enfrentaria GSP de graça se eu perdesse. Se eu perdesse, você não teria que me pagar nada, eu sou tão confiante assim nas minhas habilidades. Agora, farei uma nova oferta ao Dana. Obviamente, GSP e Hendricks vão fazer uma revanche, salvo por uma aposentadoria de GSP, que acho que não vai acontecer - declarou.
Ben Askren está invicto em 12 lutas de MMA na carreira. O ex-wrestler foi bicampeão nacional universitário de luta livre e competiu nas Olimpíadas de Pequim-2008. Atualmente, é companheiro de treinos do campeão peso-leve do UFC, Anthony Pettis, no time Roufusport.

Diretor da comissão atlética nega que vitória de GSP tenha sido controversa

Alvo das críticas de Dana White, Keith Kizer diz que promotor considera juízes que pontuaram evento principal do UFC 167 'dois dos melhores no MMA'

Por Rio de Janeiro
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 Keith Kizer  executive director of the Nevada State Athletic Comission (Foto: Getty Images) Keith Kize, diretor executivo da Comissão Atlética do
Estado de Nevada (Foto: Getty Images)
O presidente do UFC, Dana White, fez duras críticas à Comissão Atlética do Estado de Nevada (NSAC) após a controversa vitória de Georges St-Pierre sobre Johny Hendricks por decisão dividida, no UFC 167, e ameaçou até fazer menos lutas em Las Vegas por medo dos julgamentos dos juízes laterais designados pela comissão. O diretor executivo da NSAC, Keith Kizer, todavia, negou que haja uma crise na comissão, defendeu os julgamentos de seus juízes e considerou o desabafo de White um exagero.
As comissões atléticas estaduais são responsáveis pelas regulamentações dos eventos de lutas nos EUA; seja no MMA ou no boxe ou em outras artes marciais, são as comissões quem designa árbitros, juízes, inspetores e médicos para os combates. No caso de Las Vegas, cidade onde está localizada a sede do UFC e onde a organização realiza a maioria de seus eventos, é a NSAC a comissão responsável. Esta comissão recebeu muitas críticas recentemente devido não só à decisão na luta entre St-Pierre e Hendricks, mas também no boxe: na vitória indiscutível de Floyd Mayweather Jr. sobre Saul "Canelo" Alvarez, em setembro passado, um dos árbitros pontuou o duelo como empate. Além desses dois duelos, muitas outras lutas de menor dimensão que foram à pontuação dos árbitros resultaram em decisões polêmicas nos últimos anos.
Apesar das críticas, Kizer negou que haja uma crise e disse ainda que a vitória de GSP sobre Hendricks não deveria ser considerada tão polêmica.
- Não (há crise). Eu entendo a controvérsia na luta do Mayweather, mas não vejo essa controvérsia na decisão de GSP x Hendricks. A mídia parece dividida sobre quem venceu. O jornal "L.A. Times" pontuou para GSP. Todos pareceram concordar que Hendricks venceu os rounds 2 e 4 e que St-Pierre venceu o 3 e o 5. O primeiro round poderia ter ido para qualquer lado - disse Kizer ao blog americano "Cagewriter".
White afirmou na entrevista coletiva pós-evento que marcou apenas o terceiro round para Georges St-Pierre, e houve jornalistas, lutadores e fãs que afirmaram ter pontuado os primeiros quatro rounds a favor de Hendricks. O presidente do UFC foi duro, chamou a NSAC de "pior comissão atlética do planeta", disse ter medo de levar lutas para Las Vegas e chegou ao ponto de pedir intervenção do governador do estado de Nevada para "corrigir" os problemas da entidade.
UFC Georges St-Pierre e Johny Hendrick (Foto: Stephen R. Sylvanie / USA TODAY Sports)Para Keith Kizer, mídia ficou dividida sobre vitória de Georges St-Pierre sobre Johny Hendricks (Foto: Stephen R. Sylvanie/USA Today Sports)
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Kizer, todavia, considerou as reclamações exageros, e lembrou que, apesar das declarações públicas de White, o UFC costumeiramente contrata os juízes e árbitros da NSAC para eventos no exterior, em países em que não há uma comissão atlética estabelecida e nos quais o próprio Ultimate age como órgão regulador, caso do Brasil até o ano passado.
- Mesmo que você discorde da pontuação, como isso é algo para se criticar a comissão? Antes da luta, ambas as equipes do St-Pierre e do Hendricks concordaram com os juízes propostos. Marc Ratner (vice-presidente de assuntos regulatórios do UFC) e Dana White já me disseram que consideram Sal D'Amato e Tony Weeks (os dois árbitros que deram a vitória a St-Pierre) dois dos melhores juízes, senão os melhores, no MMA. Dá para notar que eles acreditam nisso pelos lugares que o UFC levou (esses juízes) - argumentou o diretor executivo.
Keith Kizer assegurou ainda que a comissão seguirá organizando seminários para repassar critérios de julgamento e ética no esporte, e que a entidade discute decisões e pontuações regularmente e informalmente com seus juízes e árbitros. No dia 2 de dezembro, a NSAC organiza um workshop público para receber comentários de qualquer parte interessada.

Ronaldo Jacaré volta a Jaraguá do Sul e enfrenta Francis Carmont

Lutador capixaba volta à cidade onde estreou no UFC contra francês, oitavo colocado do ranking. Evento passa para o dia 15 de fevereiro de 2014

Por Rio de Janeiro
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Com Vitor Belfort garantido como próximo desafiante ao cinturão dos pesos-médios, o capixaba radicado em Manaus Ronaldo Jacaré recebeu um adversário mais abaixo do que ele no ranking dos pesos-médios, mas ainda no Top 10 da categoria: o francês Francis Carmont, atual oitavo colocado na classificação. De acordo com fontes próximas ao UFC, o duelo acontece no próximo evento da organização em Jaraguá do Sul-SC, em 15 de fevereiro de 2014.
Francis x Jacaré (Foto: Rodrigo Malinverni / Getty Images)Francis Carmont (esq.) é o próximo adversário de Ronaldo Jacaré (Foto: Getty Images e Rodrigo Malinverni)
Jacaré fez sua estreia no Ultimate na cidade catarinense, em maio deste ano, quando finalizou Chris Camozzi. Desde então, nocauteou o japonês Yushin Okami, ex-desafiante ao cinturão, e subiu à terceira posição no ranking dos pesos-médios. Seu cartel tem 19 vitórias, três derrotas e um "No Contest" (luta sem resultado), e inclui nove triunfos nas últimas 10 lutas. O capixaba foi campeão da categoria no extinto evento Strikeforce.
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Já Carmont é uma das promessas da equipe canadense TriStar, a mesma do campeão dos pesos-meio-médios, Georges St-Pierre. "Sem limites", como é apelidado, vem numa sequência de 11 vitórias consecutivas, seis delas no UFC, e tem um cartel de 22 vitórias e sete derrotas. Sua última vitória foi no UFC 165, em setembro, sobre Costa Philippou, atual nono colocado do ranking.
O evento de Jaraguá do Sul estava programado anteriormente para 8 de fevereiro de 2014, mas recentemente foi adiado para o dia 15 do mesmo mês, por motivos não divulgados. Lyoto Machida, que estreou nos pesos-médios com vitória por nocaute sobre Mark Muñoz e está na quinta posição do ranking, fará o evento principal da noite, contra o armênio Gegard Mousasi.
UFC Fight Night Combate: Machida x Mousasi
15 de fevereiro de 2014, em Jaraguá do Sul (SC)
CARD DO EVENTO
Lyoto Machida x Gegard Mousasi
Ronaldo Jacaré x Francis Carmont

Pai de GSP nega que esteja morrendo e apoia decisão do filho de parar

Roland St-Pierre diz que Georges 'vai ficar bem'. Irmã do campeão peso-meio-médio diz que boatos magoaram família e que pai está em forma

Por Rio de Janeiro
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George ST-Pierre Coletiva UFC 167 (Foto: Evelyn Rodrigues)Rumores sobre Georges St-Pierre eram falsos, diz
família (Foto: Evelyn Rodrigues)
Os boatos de que o pai de Georges St-Pierre estaria "morrendo", conforme publicado pelo site especializado em celebridades "TMZ Sports", foram negados nesta terça-feira. Após Dana White, presidente do UFC, afirmar ao jornal "L.A. Times" que os rumores eram falsos, o próprio pai do campeão peso-meio-médio do UFC, Roland St-Pierre, declarou ao jornal canadense "La Presse" que está bem de saúde.
- Está tudo OK neste momento. Coisas foram ditas, e elas não são verdade - declarou Roland ao periódico.
A irmã de GSP, Myriam St-Pierre, também negou os boatos em entrevista ao mesmo jornal e disse que Roland, aos 60 anos de idade, está em ótima forma.
- Meu pai está indo muito bem! Recebemos muitas ligações e este boato tem que parar. Isso nos causa muita dor. Meu pai toma conta dos meus filhos. Ele não conseguiria fazer isso se estivesse morrendo. Não sei de onde esse boato veio, mas é mentira - garantiu Myriam.
Roland St-Pierre apareceu recentemente no primeiro episódio da minissérie "UFC Primetime", especial que promoveu o duelo entre Georges St-Pierre e Johny Hendricks. No programa, o pai do campeão peso-meio-médio aparenta estar em boas condições de saúde e é alvo de brincadeiras de GSP, que reclama que Roland era mais duro com ele e teria "amolecido" com os netos.
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Roland também falou brevemente da declaração de Georges de que "daria um tempo" após sua vitória sobre Hendricks para cuidar de problemas pessoais. Ele não quis comentar quais seriam os motivos de seu filho.
- Se ele fizer uma pausa, ele tomará uma decisão e vai ficar bem, de uma forma ou de outra. Ele vai tomar a decisão certa - limitou-se a dizer Roland St-Pierre.
Outro boato levantado pelo "TMZ Sports" foi que o campeão dos pesos-meio-médios estaria lidando com uma gravidez indesejada, e estaria numa disputa com uma mulher não-identificada para decidir pela manutenção ou não do filho. Stephane Paltry, ex-manager de GSP, porém, levantou outra especulação na rádio canadense 98,5FM, de que o problema pessoal enfrentado pelo lutador seria um processo de US$ 4 milhões (cerca de R$ 9 milhões) movido por sua ex-empresária Shari Spencer. Nem Roland, nem Myriam comentaram nenhum desses dois rumores.

Prestes a virar uma 'cidade', Interlagos recebe ajustes finais para GP do Brasil

Da pintura das zebras à limpeza da pista, circuito ganha últimos retoques antes dos carros acelerarem para a corrida brasileira. Risco de chuva merece atenção especial

Por São Paulo
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Zebras, áreas de escape, arquibancadas, placas de publicidade, cabos de telecomunicação, sistemas de drenagem... A lista de itens para que a Fórmula 1 realize um GP em Interlagos é longa, e requer muito trabalho de quem atua diretamente no autódromo para deixá-lo pronto para o GP do Brasil. Todos os anos, Luis Ernesto Morales comanda a equipe responsável por acertar cada detalhes para que pilotos, equipes e as mais de 70 mil pessoas que comparecem ao local tenham as melhores condições, seja para trabalhar ou se divertir. A três dias dos primeiros treinos, o engenheiro compara Interlagos a uma cidade.
Ajustes finais Interlagos GP do Brasil de Fórmula 1 (Foto: Alexander Grünwald / GLOBOESPORTE.COM)Trabalhadores cuidam dos ajustes finais de Interlagos para o GP do Brasil (Alexander Grünwald/GLOBOESPORTE.COM)
- Funciona como se fôssemos os síndicos deste autódromo. Temos que ajudar a mantê-lo. Verificar esgoto, água, energia, se está tudo operando normalmente em uma área de um milhão de metros quadrados. Uma área enorme, que se transforma em uma cidade de 80 mil pessoas que vai funcionar por três ou quatro dias, depois todo mundo vai embora – diz Luis Ernesto, diretor de engenharia do GP do Brasil.

Atuando desde 2000 na organização da prova, o engenheiro conta que o trabalho dura mais de um mês, mas algumas coisas precisam ser feitas justamente na semana do GP. São os ajustes finais, que dão a Interlagos a “cara” a Fórmula 1. Entre as muitas tarefas, uma é fundamental: entregar a pista aos pilotos sem qualquer tipo de detrito. Para isso, é usado um caminhão especial, que limpa o asfalto com pequenas vassouras giratórias acopladas a eletroímas.
Ajustes finais Interlagos GP do Brasil de Fórmula 1 (Foto: Alexander Grünwald / GLOBOESPORTE.COM)Área das arquibancadas passa por ajustes às vésperas da corrida (Alexander Grünwald / GLOBOESPORTE.COM)

- O principal é a limpeza da pista, que eu sempre alerto: retirada de detritos e peças metálicas que possam causar algum tipo de acidente. E também as pinturas em seu aspecto final, a tinta antiderrapante, verificação das barreiras e grades de proteção, aberturas para as câmeras de TV, retaguarda de box, tudo isso – conta.

Enquanto supervisiona sua equipe, Morales afirma que tudo deve ser feito sem margem de erro, já que a dinâmica do evento não permite que eles esperem um problema acontecer, para então verificar o que deve ser feito. É tudo preventivo, para deixar o circuito em condições para que os pilotos acelerem seus carros e o os espectadores assistam à corrida sem maiores preocupações. Prevenção, esta, que inclui a possibilidade de chuva, que muitas vezes cai para valer nos fins de semana de corrida.
Ajustes finais Interlagos GP do Brasil de Fórmula 1 (Foto: Alexander Grünwald / GLOBOESPORTE.COM)Pista do circuito passou por obras complementares para evitar problemas (Alexander Grünwald / GLOBOESPORTE.COM)
- Na parte de pista, todo ano é feita uma vistoria minuciosa na questão da drenagem. O próprio asfalto tem um desgaste natural, então a drenagem superficial pode sofrer alterações, isso também é verificado. E que as áreas adjacentes não tenham nenhum problema que possa trazer água para a pista em caso de uma chuva intensa. Também foram feitas obras complementares, que não aparecem para o público, para dar fluidez a esta água da chuva, para que ela não se transforme em um problema no dia da corrida – informa o engenheiro.
Ajustes finais Interlagos GP do Brasil de Fórmula 1 (Foto: Alexander Grünwald / GLOBOESPORTE.COM)Antes da vistoria da FIA, organização faz retoques na montagem das cadeiras (Alexander Grünwald)
Nestes últimos dias de trabalho antes da vistoria da FIA, a equipe do GP do Brasil ainda trabalha na pintura do grid, da linha de chegada e das zebras, além dos últimos retoques na montagem das cadeiras em algumas arquibancadas. Em paralelo, os times da Fórmula 1 já providenciam a montagem dos boxes, em um trabalho integrado que exige muita coordenação, especialmente na parte logística. Mas, em meio a tantas demandas, quando será que Luis respira aliviado, com a sensação de dever cumprido?

- São três respiros. Um na hora da largada, duas horas da tarde de domingo, outro no final da corrida, e outro na terça-feira, quando a carga vai embora. Aí a gente pode dormir umas 24 horas seguidas com tranquilidade – brinca.
Ajustes finais Interlagos GP do Brasil de Fórmula 1 (Foto: Alexander Grünwald / GLOBOESPORTE.COM)Equipe ainda trabalha na pintura do grid, da linha de chegada e das zebras (Alexander Grünwald / GLOBOESPORTE.COM)

Ajustes finais Interlagos GP do Brasil de Fórmula 1 (Foto: Alexander Grünwald / GLOBOESPORTE.COM)Equipe de Interlagos começa a trabalhar um mês antes da corrida (Foto: Alexander Grünwald / GLOBOESPORTE.COM)
info circuito BRASIL 2013 - 690px (Foto: arte esporte)

'Local' na Vila Capanema, Fla se livra de palco onde é freguês histórico

Fechada por obras para Copa, Arena da Baixada é estádio onde cariocas têm pior aproveitamento entre principais do país. No Durival Britto, time tem só uma derrota

Por Curitiba
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A atmosfera prevista para o Flamengo na Vila Capanema, quarta-feira, para final da Copa do Brasil não é das melhores. Com os ingressos esgotados, cerca 16 mil torcedores prometem transformar o estádio Durival Britto em um verdadeiro caldeirão para apoiar o Atlético-PR. Ainda assim, os rubro-negros cariocas têm o que comemorar. Afinal, poderia ser pior. Poderia ser na Arena da Baixada. As obras para Copa do Mundo de 2014 afastaram o Furacão de sua casa e, de quebra, impediram que o time do Rio de Janeiro começasse a decidir o título no palco onde tem pior aproveitamento entre os principais do Brasil.
Obras na Arena da Baixada, estádio do Atlético-PR (Foto: Fernando Freire)Arena da Baixada passa por obras para ser palco da Copa do Mundo de 2014 (Foto: Fernando Freire)

Desde que o estádio foi inaugurado, em junho de 1999, o Flamengo entrou em campo 13 vezes, e o aproveitamento é trágico: 15,3%. Para se ter ideia do baixo rendimento, no Beira-Rio e no Olímpico, que vêm em seguida no ranking, a equipe conquistou 24,6% e 27,6% dos pontos, respectivamente. Na Arena da Baixada, são nove derrotas, três empates e somente uma vitória, justamente na última vez em que o Rubro-Negro jogou por lá: 1 a 0, pela Copa Sul-Americana de 2011, gol de Ronaldinho Gaúcho.
 Fla na Arena da Baixada:
1 vitória
3 empates
9 derrotas
15,3% de aproveitamento
 Se levadas em conta partidas no antigo estádio Baixada da Água Verde, os cariocas ainda somam mais duas vitórias. Nenhuma delas, porém, diante do Atlético-PR: 7 a 1 sobre o Internacional do Paraná e 9 a 1 diante de uma seleção local, ambas no longínquo ano de 1914. Contra o Furacão, o único encontro antes da criação da Arena aconteceu em 1994, com derrota por 1 a 0. Para André Santos, porém, a troca de casa não diminui a força dos paranaenses em seus domínios.
- O Atlético-PR não vai estar jogando em casa, mas fez com que o Durival Britto fosse sua casa na maioria dos jogos esse ano. São detalhes que não vão pesar numa final, serão dois jogos difíceis. O Atlético está acostumado com a Vila Capanema, a torcida deles vai para lá incentivá-los. O Flamengo tem que se apegar em fazer o que vem fazendo, pregar humildade e fazer o melhor para  buscar o resultado lá em Curitiba.
E o lateral-esquerdo do Flamengo tem razão. Na temporada atual, o Atlético-PR disputou 20 partidas no Durival Britto e o retrospecto é de respeito: 14 vitórias, cinco empates e somente uma derrota - 5 a 3 para o Vitória, pelo Brasileirão. Ao todo, são 32 gols marcados, 14 sofridos e um aproveitamento de 78,3% dos pontos. O diferencial em relação a arena, porém, está nos números do Flamengo. Freguês na Baixada, o time carioca costuma aprontar para cima de times do Paraná na Vila Capanema.
 Fla na Vila Capanema
9 vitórias
6 empates
1 derrota
68,7% de aproveitamento
Nos últimos 60 anos, o Fla entrou em campo no estádio em 16 oportunidades - mesmo número se somadas as duas construções na Baixada - e o rendimento é digno de mandante: nove vitórias, seis empates e somente uma derrota. O revés, por sua vez, aconteceu justamente para o Furacão: 3 a 2 em amistoso realizado em 1962. De lá para cá, a invencibilidade é de 10 partidas, com quatro vitórias nas últimas visitas - todas sobre o Paraná.
As estatísticas, favoráveis ou não, são ignoradas por André Santos. Em sua quarta decisão de Copa do Brasil como titular (disputou uma pelo Figueirense e duas pelo Corinthians), o lateral sabe que o retrospecto não entra em campo e prefere se apegar a somente um número: 1.700, quantidade de torcedores do Flamengo prevista para decisão em Curitiba.
- É sempre difícil jogar fora de casa, longe do torcedor, mas o Flamengo tem torcedores em todos os lugares. Tenho certeza que a área destinada para a torcida do Flamengo vai estar cheia. O campo realmente é pequeno, mas trata-se de uma final. Não podemos nos deixar levar por nenhum detalhe. Estamos totalmente focados em ir para lá e fazer o nosso melhor.
Flamengo e Atlético-PR começam a decidir a Copa do Brasil às 21h50m (de Brasília), desta quarta-feira, no Durival Britto, em Curitiba. E se a previsão é de equilíbrio, os cariocas, supersticiosos ou não, entram em campo com uma boa notícia: pelo menos, não é na Baixada.

São Paulo encerra polêmica e diz que jogará segunda semifinal em Mogi

Vice-presidente tricolor afirma que o Ministério Público autorizou a realização da partida no estádio Romildo Gomes Ferreira

Por São Paulo
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Embora a Conmebol ainda não tenha feito a confirmação, o São Paulo já trabalha com o fato de que o jogo de volta da semifinal da Copa Sul-Americana, contra a Ponte Preta, marcado para o dia 27, será disputado no estádio Romildo Gomes Ferreira, em Mogi Mirim. Isso porque o Moisés Lucarelli foi vetado por não ter capacidade suficiente para realizar a partida.
– Para nós não tem mais problema, essa questão está definida. Houve uma reunião na Federação Paulista de Futebol, e o Ministério Público nos disse que o estádio de Mogi atende os requisitos para sediar o jogo. Com isso, está tudo encerrado e vamos jogar lá. Voltamos a dizer que o jogo saiu de Campinas porque o local não dá a segurança necessária para a realização da partida – afirmou o vice-presidente de futebol do clube do Morumbi, João Paulo de Jesus Lopes.
Mogi Mirim Corinthians e Bahia (Foto: Marcos Ribolli)Estádio Romildo Gomes Ferreira, em Mogi Mirim (Foto: Marcos Ribolli)
O dirigente não se mostrou preocupado com possíveis incidentes no novo palco da partida, que fica a 57 quilômetros de Campinas. Há o temor de que torcedores das duas equipes se encontrem na estrada.
– Fiquem tranquilos, vocês vão ver, não vai acontecer nada. Teremos até a Aeronáutica e o Exército trabalhando nesse jogo. Se acontecer algo, o São Paulo fez a sua parte, que foi alertar as autoridades competentes. O jogo será em Mogi porque quem manda deu aval para a realização – ressaltou o dirigente.
Questionado sobre a polêmica que dominou a semana, o técnico do São Paulo, Muricy Ramalho, ficou em cima do muro.
– Se fosse técnico da Ponte, também não estaria gostando do que aconteceu. Estamos cumprindo ordens. A gente joga onde mandam – finalizou.

Royce Gracie conta que desafios na garagem o prepararam para UFC 1

Vinte anos depois, campeão da primeira edição do evento conta que teve orelha mordida na final e que não conseguia mais assistir após se aposentar

Por Las Vegas
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Há exatos 20 anos, no dia 12 de novembro de 1993, um rapaz magro e alto chamado Royce Gracie espantava o mundo ao derrotar, na mesma noite, três lutadores de diferentes artes marciais para se sagrar o primeiro campeão do Ultimate Fighting Championship, ou UFC, como mais tarde ficaria famoso o evento que mistura diferentes estilos de luta dentro de um octógono. Seu triunfo foi um assombro para pessoas que acreditavam que o boxe tinha os maiores lutadores do mundo, ou para os que achavam que músculos eram essenciais para se vencer uma luta. Todavia, para Royce, o título no torneio que revolucionou as artes marciais era algo esperado e corriqueiro. Ele já estava acostumado a enfrentar homens maiores e dos mais diferentes tipos de combate na garagem da casa de seu irmão mais velho, Rorion, em Los Angeles.
Royce Gracie UFC 1 (Foto: Arquivo Pessoal/Jose Fraguas)Royce Gracie tem o braço erguido apos vencer o UFC 1, há 20 anos (Foto: Arquivo Pessoal/Jose Fraguas)
- Eu já estava me preparando há anos, bem antes…Quando eu vim para os Estados Unidos, tinha vários alunos que, no tempo da garagem ainda, antes da academia, vinham, "Aqui tem um primo meu faixa-preta de caratê, eu estava falando sobre vocês, ele não acredita…" Não tem importância, ele não acredita? Traz ele aqui, a gente mostra para ele. Era quase que um desafio, mas sob controle. Mas com a intenção não de bater - um desafio seria com a intenção de bater nele. Era mais para conquistar o cara, para fazer: "Esse aqui vai virar aluno nosso". Na garagem, dando aula particular, toda hora tinha um aluno novo, pegava, entrava, dava aula de meia hora, saía, entrava outro. Não parava, o dia inteiro. Na garagem, já volta e meia, aparecia um querendo testar. Mas a intenção não era ganhar, era conquistar o aluno. No UFC, já foi diferente: vamos mostrar ao mundo a eficiência do jiu-jítsu Gracie - conta Royce.
Vinte anos depois de sua histórica conquista - o primeiro de três títulos em quatro eventos e o início de uma série de 11 vitórias consecutivas - Royce Gracie recebeu o Combate.com em um hotel em Las Vegas para lembrar como ele foi escolhido para representar sua família no primeiro UFC, como se desenrolou o histórico torneio, e como ele se sentiu após ser retirado da organização quando Rorion Gracie vendeu sua parte na companhia, após o quinto campeonato.
- Sempre que passava, eu não conseguia nem assistir. Não conseguia nem assistir, com vontade de estar lá - confessou.
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Confira a entrevista na íntegra abaixo:
Royce Gracie MMA UFC (Foto: Ivan Raupp/Globoesporte.com)Royce Gracie atualmente viaja pelo mundo dando
seminários de jiu-jítsu (Foto: Ivan Raupp)
COMBATE.COM: Quando você soube pela primeira vez que seu irmão estava criando um torneio para decidir qual era a melhor arte marcial do mundo, e o quanto você esteve envolvido no desenvolvimento dessa ideia?
Royce Gracie: O Rorion sempre teve a ideia de trazer o que meu pai criou, o que minha família criou no Brasil, para os Estados Unidos. Vamos voltar um pouquinho? No Brasil, começou como se fosse uma busca - meu pai, meus tios, meus primos queriam saber qual era a melhor arte marcial. Não era para desafiar todo mundo, que a gente era casca grossa e queria bater nos outros… Era uma busca. Você diz que o seu é bom, eu digo que o meu é melhor, vamos ver qual é o melhor. Quando o Rorion veio para os Estados Unidos, cada um dizia que seu estilo era melhor, então continuamos a busca aqui. "Para. Você diz que o seu é melhor, eu digo que o meu é melhor!" Com o passar do tempo, o Rorion resolveu trazer a ideia, botar isso em público, na televisão. Muita gente foi contra. Muita gente… "Você está maluco, rapaz? Como é que você vai botar dois caras brigando - que é proibido brigar na rua nos Estados Unidos - vai colocar dois caras brigando na televisão ao vivo? Não há condição!" (Risos)
Você assistiu aos vale-tudos da família antes de vir para os Estados Unidos. Por que você veio para os EUA? Foi por um sonho de ser lutador?
Sempre assisti aos vale-tudos no Brasil e sempre cresci dentro da família com aquela vontade. "Quando é que vai ser minha vez? Posso fazer também?" (Risos) Quando eu vim para os Estados Unidos, eu vim mais para ajudar o Rorion, não só para ajudar a tomar conta dos filhos dele, que precisavam de uma ajuda, uma babá (risos), mas para ajudar a dar aula também, que ele fazia três dias por semana aula na garagem e três dias ele trabalhava no cinema. Os dias que ele ia para o cinema, eu comecei a dar aula na garagem também, aula particular. Mas vim para ajudá-lo, não vim para os Estados Unidos com a intenção de virar lutador. Mas a intenção sempre existia, desde o Brasil, desde que eu comecei a ver meus irmãos, meus primos lutando, sempre tive a vontade de fazer também.
Como você ficou sabendo que seria o representante da família no UFC 1?
Quando ele começou a montar o show, que ele conseguiu juntar o pessoal que ia fazer junto com ele, quando já estava mais ou menos todo o esquema montado, só faltava começar a produção, foi quando ele me chamou. Falou, "Aí, vou botar você, o que você acha?" Eu falei, "Era a hora que eu estava esperando, era a chance que eu queria. Eu quero me testar também."
Rickson Gracie e Royce Gracie UFC 1 (Foto: Arquivo Pessoal/Jose Fraguas)Rickson (esq.) era tido como o melhor lutador da
família (Foto: Arquivo Pessoal/Jose Fraguas)
Você se surpreendeu em ter sido escolhido em favor do Rickson, que estava aterrorizando todo mundo no Brasil?
Não fiquei surpreso que ele me escolheu ao invés do Rickson. Todo mundo na família é bom. O Rickson, na época, era o melhor da família. Mas, eu também quero a minha chance, eu também consigo, quero mostrar o que eu tenho! Não é só porque ele é o melhor que eu vou deixar… Deixa eu mostrar também, deixa eu fazer.
Quanto tempo você teve para se preparar para o UFC 1? Como você se preparou?
Para me preparar para o UFC 1, teve mais ou menos uns quatro ou cinco meses. Quando ele falou, "Você que vai fazer, está tudo esquematizado, vamos começar a produção agora, vamos encaixar o quebra-cabeça todo, você que vai representar e entrar lá". Foram quatro ou cinco meses. Mas depois disso, a cada três ou quatro meses tinha um UFC de novo, então ficava… Mas eu já estou me preparando há anos, bem antes…Quando eu vim para os Estados Unidos, tinha vários alunos que, no tempo da garagem ainda, antes da academia, vinham, "Aqui tem um primo meu faixa-preta de caratê, eu estava falando sobre vocês, ele não acredita…" Não tem importância, ele não acredita? Traz ele aqui, a gente mostra para ele. Era quase que um desafio, mas sob controle. O seu técnico de judô, de luta olímpica, não acredita? Acha que isso aqui não vale nada? Manda ele vir aqui, a gente faz uma brincadeira. Mas com a intenção não de bater - um desafio seria com a intenção de bater nele. Era mais para conquistar o cara, para fazer: "Esse aqui vai virar aluno nosso". E aconteceu várias vezes. Um amigo de um aluno, um parente de um aluno, que vinha, que trazia para ver a aula, e dizia que treinava caratê, ou kickboxing, ou kung fu. Mas para conquistar o cara, em vez de quebrar a cara dele, de jogar ele no cimento, mais para ganhar um aluno.
Então os primeiros UFCs foram dentro da garagem, né? Claro, os primeiros foram ainda no Brasil…
Já no Brasil, o conceito veio dessa busca, a gente queria saber qual era o melhor estilo de arte marcial. Já começou no Brasil, do Brasil o Rorion trouxe o conceito para os Estados Unidos. Na garagem, dando aula particular, toda hora tinha um aluno novo, pegava, entrava, dava aula de meia hora, saía, entrava outro. Não parava, o dia inteiro. Na garagem, já volta e meia, aparecia um. Volta e meia vinha um querendo testar. Mas a intenção não era ganhar, era conquistar o aluno. No UFC, já foi diferente: vamos mostrar ao mundo a eficiência do jiu-jítsu Gracie.
Qual era sua estratégia para o torneio? Como era sua mentalidade entrando naquele UFC 1?
A estratégia para o UFC 1, não só para o 1, mas até o 4, que era torneio, é difícil, porque você não sabe com quem você vai lutar. O UFC 1 eram oito lutadores, então eu tenho que me preparar para os outros sete. Eu não sei com quem eu vou lutar até um dia antes - um dia antes é o sorteio. O UFC 2 foram 16 lutadores, foram quatro lutas. Então, de novo, não sei mais, tenho que me preparar para todo mundo. Mas o estilo de um carateca para um kickboxer para um boxer para um taekwondo é mais ou menos o mesmo, os caras são briga de soco, em pé. Os caras vão trocar em pé, ninguém sabia chão nessa época. E o judoca e o luta livre olímpica sabem o chão, mas não eram tão eficientes na parte em pé. A estratégia mudava um pouquinho de um para o outro, do cara que fazia a luta em pé pra quem fazia a luta no chão.
Nessas lutas na garagem, você alguma vez se lesionou?
Nunca (risos). E era bem controlado, até como o UFC 1. Antes de entrar, meu pai me chamava e dizia, "Meu filho, não bate nos caras". Não bate nos caras, a ordem era essa. "Ganha limpo, ganha sem arrebentar a cara de ninguém, pra mostrar a eficiência". Aí a hora que eu voltava, eu falava, "Poxa, pai, assim não vale! Você bateu em todo mundo que você lutou, mandou todo mundo para o hospital! Eu não posso bater?" Aí ele falava, "Meu filho, os lutadores da minha época eram burros! Eram grandes e burros. Eles caíam por cima de mim, eu batia neles e dizia, Sai de cima de mim! Sai de cima de mim! E os caras não saíam. Se eles tivessem me escutado, não precisava apanhar tanto…"(risos)
Antes de entrar, meu pai me chamava e dizia, 'Meu filho, não bate nos caras.' Não bate nos caras, a ordem era essa. 'Ganha limpo, ganha sem arrebentar a cara de ninguém, pra mostrar a eficiência'"
sobre pedidos de Hélio Gracie
Você falou que o sorteio das chaves era feito na véspera, como hoje acontece a pesagem… Na época não tinha peso, era o sorteio. As más línguas dizem que as chaves eram sorteadas de forma a evitar que você pegasse os caras mais duros no começo do torneio. Existe alguma verdade nisso?
Totalmente mentira. Se você notar, o UFC 1, o UFC 2, o 3 e o 4, eu fui o último homem da chave. Os sorteios foram sempre feitos, mas eu sempre caí como último da chave, pra ninguém poder reclamar que, enquanto a primeira luta acontece, então ele vai descansar todas as outras lutas, até voltar a ele de novo. Eu sendo o último, a última pessoa, tenho menos tempo, que acontece a chave, fica mais curta, então volta mais rápido. O tempo de descanso é menor. Então o Rorion sempre casava as lutas, mas me botava como último, pra ninguém poder falar nada que ele me puxou para cima, para poder descansar mais. Sempre fui o último da chave. E as chaves eram feitas na frente de todo mundo. Não era em porta fechada e ele escolhia, era tipo uma conferência pra imprensa, com os lutadores, todo mundo ali, tira o nome, bum, você vai aqui. Vai lutar com, botava a mão no saquinho com você. Rodava, rodava, mexia, não tem como enganar isso.
E teve muito chororô dos outros lutadores em cada torneio que você lutou?
 A reclamação dos caras no começo era mais com negócio de regra. Aí tinha uns que diziam, "Não é meu estilo de arte marcial"… "Meu estilo de arte marcial vale morder". Meu amigo, morder não vale, a única coisa que não vale é morder e dedo no olho. "Pô, mas no meu estilo, vale botar o dedo no olho, por que eu não posso usar isso?" A reclamação era mais ou menos por causa disso. Era besteira, porque a luta era limpa, não tinha regra. "E se eu quiser botar uma atadura na mão?" Pode botar o que você quiser, rapaz.
Como era o clima nos bastidores? Tinha muito nervosismo no ar? O clima esquentou entre os lutadores em algum momento?
O clima nos bastidores era time mesmo, eu não falava com adversário, não queria nem conversa. Às vezes, eles vêm, "Oi, vou lutar com você? Prazer!" Vou lutar contigo, vou ser seu amigo? Não tem conversa contigo. Conversamos depois da luta. O clima estava fechado, mas não tem empurra-empurra, não tem "vamos lá bater nele antes da luta"… Se bater nele antes da luta, eu não ganho! (risos)
Mas você esbarrava com eles no hotel? Como era isso?
Na minha mentalidade, no meu ponto de vista, eles não existem. Então eu passava pelos caras sem… Ignorava os caras, eles não existem. Não está ali.
Alguém tentou te intimidar no meio do caminho, antes do torneio?
Não, nunca ninguém tentou me intimidar.
Como era a arena, os vestiários? Você tinha um espaço só pra você ou dividia com os outros lutadores?
Tenho quase certeza que meu time sempre pegou um quarto, isso foi uma coisa que eu sempre exigi. Meu time tinha que ficar numa sala separada. Mas, geralmente, dependendo do espaço, não me lembro direito, mas parece que alguns lutadores tinham quarto próprio e tinham alguns que estavam juntos, dividindo o vestiário.
Irmãos Gracie UFC 1 (Foto: Arquivo Pessoal/Jose Fraguas)Irmãos Gracie entram para homenagem a Hélio no primeiro UFC: entrada em 'trenzinho', com cada um colocando as mãos no ombro do outro, virou lenda (Foto: Arquivo Pessoal/Jose Fraguas)
Como surgiu o famoso "trenzinho Gracie", que foi a sua entrada no UFC 1?
Cara, como surgiu isso, eu nem me lembro isso! Só sei que, na hora de sair, os caras botaram a mão nos ombros, botei a mão no ombro do meu irmão que estava na minha frente, baixei a cabeça… Isso significa a união, a força, todo mundo junto. Um suporte da família toda.
Quem estava contigo naquele dia?
Meu pai, o Rickson, Royler, Relson, Rolker, os irmãos todos.
Menos o Rorion…
O Rorion era o promotor, então ele não podia se envolver, não podia se misturar. Tinha que ficar à parte.
O Rorion falou contigo antes de o torneio começar, ou no dia anterior, pediu alguma coisa para você?
Não, essa conversa assim, não. Ele sabia separar bem. O Rorion sempre separou. Sempre fui protegido por ele, por um lado, cresci nos Estados Unidos com ele, mas no torneio… "Treina, garoto. Treina (risos) Vai treinar." Não tinha favoritismo, não vai favorecer a mim. Não tinha isso.
Na primeira luta, você pegou o Art Jimmerson. Fala um pouco sobre como se desenrolou essa luta.
A primeira luta, com o Art Jimmerson, ele veio e botou uma luva só. Depois eu soube que ele falou que botou uma luva só porque ele ia me bater tanto que não queria quebrar a mão dele. Por isso que ele botou aquela luva. Ele, eu andei para trás no começo, eu esperava que ele vinha me bater, como boxeador. Mas ele sabia que eu era lutador de jiu-jítsu e ficou para trás, ele não criou iniciativa. Foi a hora que eu falei, "Se ele não vai vir, eu vou até ele". Vim encurtando a distância, entrei em clinche e botei ele para baixo. Quando eu montei, ele se desesperou e pediu pra parar. Foi a hora que eu olhei para o juiz e falei, "Ele está pedindo para parar, é isso mesmo?" Estava todo mundo no ar ainda, não sabia o que aconteceu… Para, ele desistiu, então desistiu. Não teve uma finalização, não teve um soco, não teve nada.
Você ficou surpreso com a facilidade com que você conseguiu pegar o Jimmerson?
Sim e não. Sim, porque na hora que ele desistiu ali, foi muito fácil, mas depois eu entendi. Bateu o desespero, o cara não sabia nada no chão. O cara não sabia nada. Desesperou, bateu um pânico nele.
Royce Gracie Ken Shamrock UFC 1 (Foto: Arquivo Pessoal/Jose Fraguas)Luta contra Ken Shamrock, na semifinal, foi
polêmica (Foto: Arquivo Pessoal/Jose Fraguas)
Em seguida, veio o Ken Shamrock. Você já conhecia ele?
Não. Eu não conhecia ninguém! Quer dizer, sabia quem eles eram, tinha muita pouca informação na época.
Mas você sabia de que arte marcial cada um vinha…
Sabia, todo mundo sabia de todo mundo. Isso daí, a informação era igual.
Como se desenrolou essa luta com o Ken Shamrock?
O Ken Shamrock, os meus irmãos já falaram: "Esse daí, nem pisca, parte pra dentro, entra em clinche rápido com ele que ele vai aceitar a luta de corpo a corpo. Ele faz um negócio de chão também, faz um wrestling, faz umas finalizações, lutou no Japão…" Então já vim andando para ele, já parti pra dentro e já entrei rápido no clinche com ele. Entrei em clinche, a luta deu um rodo, deu uma rodada na luta, ele virou de costas e eu o peguei no estrangulamento. Quando ele bateu, eu larguei. Quando eu larguei, ele segurou a minha perna e quis continuar. Foi a hora que eu falei no ouvido dele: "Você sabe que você bateu. Mas você quer continuar? A gente continua." Olhei pro juiz e falei, para o Hélio Vígio, "Deixa continuar. Deixa que ele quer continuar. Vai, continua. Continua!", gritei no ouvido dele. Ele sentiu que eu ia agarrar no pescoço dele e não ia largar mais e falou, "Não, você está certo, eu bati, eu bati". (Risos)
Mais tarde, vocês se enfrentariam mais vezes, e o Shamrock se tornaria, como você, um dos maiores ídolos do vale-tudo. Naquela luta, já dava para perceber que vocês cultivariam uma grande rivalidade?
Não, não dava para perceber que essa rivalidade ia aparecer.
Nem por esse fato de ele ter batido e ter fingido que não bateu, não te deu vontade de bater nele de novo?
Ganhei! E rápido. Ele é que quis roubar. As regras eram simples. Não tinha muita coisa para esconder, na regra, mas o cara roubar num negócio simples? Da segunda vez, eu já não ia largar mais o pescoço dele. Ele sabia disso.
O seu adversário na final, o Gerard Gordeau, atropelou todo mundo no torneio antes de te enfrentar. Isso te deixou nervoso, ou preocupado, em algum momento?
Se eu tivesse ficado preocupado em algum momento, ou nervoso, eu não entraria no ringue. Confiança o tempo todo.
Quando eu montei nele, ele mordeu minha orelha. Foi a hora que eu tirei e falei no ouvido dele: 'Tu tá roubando, rapaz'. Ele deu uma olhadinha pra mim naquela de 'E daí?'"
sobre luta com Gordeau
Qual era sua estratégia contra o Gordeau?
De novo, era outro lutador que era da parte em pé. Então, eu deixei ele vir, chamei, "Vem, vem bater que eu entro em clinche". É outro também que, muito calmo, esperou um pouco, não partiu para dentro para querer me arrebentar, ele esperou, queria dar a dele. Mas, fui chegando em cima dele, com pisão, entrei em clinche. Entrei em clinche, também era outra pessoa que não sabia chão, não sabia nada. Quando eu botei ele para baixo, estava perdido. Quando eu montei nele, ele mordeu minha orelha. Foi a hora que eu tirei e falei no ouvido dele: "Tu tá roubando, rapaz". Ele deu uma olhadinha pra mim naquela de "E daí?" Foi por isso que eu segurei ele mais tempo no estrangulamento.
Você estrangulou ele mais tempo e o juiz veio te mandar largar, mas você continuou segurando.
(Risos) Ele roubou. Então agora, vou segurar, agora virou pessoal. A única coisa, não vale botar o dedo no olho, não vale morder, o cara me morde?
Royce Gracie x Gerard Gordeau UFC 1 (Foto: Arquivo Pessoal/Jose Fraguas)Royce Gracie ajusta mata-leão que finalizou Gerard Gordeau (Foto: Arquivo Pessoal/Jose Fraguas)
Quando você venceu o torneio, finalmente terminou o torneio e você venceu. Qual foi a sensação?
A sensação é de outro dia na academia treinando.
Nenhuma sensação de dever cumprido, de alívio de ter superado a responsabilidade de representar a família nos seus ombros…
Não tem alívio, não tem responsabilidade, foi outro dia de trabalho. Estou ali para isso, não treinei para perder, treinei para ganhar. Treinei para fazer o que eu sei fazer. É outro dia. Muito obrigado, vamos embora para casa. (risos)
Isso é um pouco da mentalidade que o seu pai incutiu em vocês, né? Ele dizia que quando vocês lutavam entre si e um de vocês ganhava e comemorava, ele falava, "Está comemorando por quê? Você não esperava vencer?" Era isso mesmo? Era isso que ele falava?
Você já ganhou do adversário. Você ganhou. Para você fazer uma dança agora, uma celebração, está humilhando o cara. Não há necessidade. Você não fez mais (do que a obrigação). É como você vê às vezes, eu viajo muito, estou no avião, o piloto pousa o avião e todo mundo no avião bate palmas! Ele não fez mais do que a obrigação dele, pô, pousar o avião! (Risos) O pessoal, "Uh, é!! Pousou o avião! Milagre!" É o trabalho dele. Eu estou ali para ganhar a luta. Ganhei a luta, obrigado. É o meu trabalho, é o que eu treinei para fazer. Vou dançar, "Não esperava que eu ganhasse a luta, isso foi um milagre"… Por quê? (risos)
Royce Gracie UFC 1 (Foto: Arquivo Pessoal/Jose Fraguas)Royce Gracie com o prêmio do UFC 1: frieza ao
comemorar (Foto: Arquivo Pessoal/Jose Fraguas)
O que o seu pai disse a respeito daquele torneio, logo depois da vitória?
"Foi coisa que nunca ninguém tinha feito. Três lutas numa noite. Quatro lutas numa noite. Contra adversários maiores, adversários sem luvas, sem regra, sem pontos, sem tempo, sem peso." Ninguém tinha feito isso. O que eu fiz, vai ser difícil de fazer de novo. Quatro lutas numa noite.
Qual é a memória mais marcante daquela noite para você? Qual a sua vitória favorita no UFC 1?
No UFC 1, a vitória contra o Gerard Gordeau. A final. Porque ele chegou na final, ele é bom. É bom também. Chegou na final. E bateu em todo mundo fácil.
Você esperava que se tornaria um superastro e que o UFC se tornaria um evento multimilionário?
Eu não tinha essa bola de cristal! Eu não ia saber, como é que ia acontecer as coisas, mas eu sabia que ia crescer, eu sabia que ia ficar grande. O mundo todo ia querer saber e ia querer ver.
Você acha que o UFC faria o mesmo sucesso que faz hoje se continuasse com aquele mesmo formato do UFC 1?
Não há condição de continuar o mesmo formato, porque a lei não ia deixar, não ia poder estar em vários estados. O tempo do pay per view é limitado. Imagina se todas as lutas forem longas, sem tempo. Duas lutas de uma hora, acabou.
Por que você deixou o UFC após o quinto torneio?
Porque o Rorion vendeu o UFC. Depois do quinto, eles começaram a botar muita regra, mudaram o formato do que o Rorion criou, que era para mostrar a nível de eficiência qual era a melhor arte marcial, então o Rorion saiu. Quando ele saiu, eu saí com ele.
Você voltou, fez uma luta mais tarde contra o Matt Hughes. Fora isso, te deu vontade de continuar? Você ficou chateado de ter sido tirado pelo Rorion?
Sempre que passava, eu não conseguia nem assistir. Não conseguia nem assistir, com vontade de estar lá.