segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Arthur Zanetti faz história e conquista o ouro nas argolas em Londres

Paulista de 22 anos é o primeiro medalhista olímpico do Brasil na ginástica. Tetracampeão mundial, chinês fica com a prata e italiano fecha com o bronze

Por Gabriele Lomba Direto de Londres
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Da frieza ao ouro. Arthur Zanetti queria ter a responsabilidade toda em suas mãos, enfaixadas e vermelhas de tanto esforço. Economizou nas eliminatórias para ser o oitavo a se apresentar ali, na final. Foi ao ginásio de aquecimento enquanto o maior dos adversários buscava o bi olímpico. Tudo calculado. Último a se pendurar nas argolas da Arena de North Greenwich, o baixinho de 1,56m desceu dela, deu um passo para trás e abriu o sorriso. Nota 15.900. Tinha desbancado o chinês Yibing Chen, favoritíssimo. A primeira medalha da história da ginástica brasileira em Olimpíadas era dele, um estreante. E de ouro.
- Estou muito feliz porque essa é a primeira medalha do meu país para a ginástica. Trabalhei por muito tempo para conseguir essa medalha - disse Zanetti, em um inglês ainda arranhado, em sua primeira entrevista como campeão olímpico.
Zanetti fecha uma campanha de altos e baixos do país na Arena de North Greenwich. Frustração com o fraco desempenho da equipe feminina; alegria com a inédita final e o 10° lugar de Sergio Sasaki no individual geral. Emoções que apenas prepararam a torcida para a segunda-feira de ouro.
Arthur Zanetti comemora ouro na prova de argola ginástica (Foto: Reuters)Arthur Zanetti comemora o ouro na prova de argola dos Jogos de Londres (Foto: Reuters)
Foi a terceira vez que o Brasil chegou a uma final na ginástica com chances reais de medalha. Em Atenas 2004, Daiane dos Santos, favorita, amargou a quinta colocação após não conseguir frear no pouso. Diego Hypolito, hoje bicampeão mundial do solo, levou o país à primeira final masculina. Caiu sentado: sexto. Em Londres, não passou à final: outra queda, desta vez de barriga, nas eliminatórias.
Série mais fraca para ser o último a se apresentar na final
Ali, nas argolas, o espaço para imprevistos e improvisos costuma ser mínimo. Quase uma matemática: nota de partida + nota de execução. Zanetti traçou uma estratégia. Queria se classificar em quarto para ser o último a se apresentar na final. Trocou um movimento de grau A por um de grau D nas eliminatórias. Fez uma série simples, com execução quase perfeita, a melhor entre os 67 adversários: 9.116 de 10.000. Passou em quarto, com 15.616 pontos. Chen liderou com 15.858 - 6.800 e 9.058 de execução.
Para a final, sim, a série mais difícil. Tão difícil quanto a do chinês. Tática meticulosa para tentar batê-lo. Yibing, "primeiro gelo" em chinês, nasceu no dia em que o pai venceu um campeonato de patinação velocidade. Para Londres, levou o favoritismo em números: duas medalhas de ouro, quatro títulos mundiais (2006, 2007, 2010 e 2011).
- Quando o Arthur ficou em segundo no Mundial, vimos que ele teria de aumentar a dificuldade. Lá, a nota de partida dele era 6.500 e ele perdeu por um décimo. Ou mudávamos, ou iríamos ficar atrás de novo - conta o técnico Marcos Goto.
Frieza era a palavra-chave. Zanetti sabia que o deslumbramento com as Olimpíadas seria fatal. Ouviu conselhos de Diego.
- Aqui, encarei com se fosse uma etapa da Copa do Mundo. No Mundial do Japão, dormi muito pouco à noite. Dormia, acordava, dormia acordava. Trouxe essa experiência para cá.


A grandeza de Chen estava na arena antes mesmo de a competição começar. No telão, imagens de momentos históricos da ginástica em Olimpíadas. E lá estava ele, dividindo espaço com a maior de todas, a romena Nadia Comaneci, primeira a conquistar a nota 10 na história, nos Jogos de Montreal, em 1976.
Mas Londres era, para Zanetti, sinônimo de boas lembranças. Em 2009, ficou em quarto no Campeonato Mundial, em sua primeira grande aparição internacional. Em janeiro deste ano, no evento-teste para as Olimpíadas, levou a medalha de ouro.
Zanetti se enfileirou aos sete finalistas para saudar o público na apresentação, mas saiu logo dali. Queria se aquecer. Não viu Chen, o primeiro a se apresentar. O chinês tirou nota pior do que na estreia, mas ainda assim comemorava. Com 15.800, sorriu. Estava confiante. O brasileiro, ao retornar e ver a nota, não se assustou.
- Pensei: vai ser difícil, mas não impossível.
Chen ficou sentado, com fones nos ouvidos, escutando música. Achava que o ouro era questão de tempo.
- Achei que ele se desequilibrou na chegada - disse, depois do pódio.
Dos oito finalistas, Zanetti, de 22 anos, era o mais baixinho - 1,56m - e o segundo mais jovem.
O argentino Federico Molinari caiu na saída. O russo Balandin e o italiano Matteo se candidataram ao pódio com 15.666 e 15.733. O búlgaro Iordan Iovtchev, aos 39 anos, em sua sexta edição de Jogos, buscava sua quarta medalha olímpica. Pousou de joelhos, mas ainda assim foi aplaudido: 15.108.
Zanetti, todo de azul, deixou o casaco amarelo sobre os ombros, como uma capa de super-herói. Precisaria de um ato heroico para superar o chinês e chegar ao pódio. Teria de beirar a perfeição. Tirou o agasalho, apertou ainda mais os punhos, enfaixados. Passou magnésio nas mãos, enxugou os braços.
Seguiu para as argolas, fez a segunda melhor apresentação da carreira e saiu comemorando. Sabia que em minutos faria história. E fez. Nota no telão: 15.900. Medalha inédita para o Brasil. O chinês ficou com a prata, e o italiano Matteo Morandi (15.733) terminou com o bronze.
- Não fiquei olhando a série dos outros, só uma olhadinha rápida. A nota demorou um pouquinho, para sair, mas foi maravilhosa. Valeu pela espera - disse Zanetti, ao SporTV.
Pedido de campeão: portas abertas para a ginástica
Arthur Zanetti pódio ouro na prova de argola ginástica (Foto: Getty Images)Arthur Zanetti sobe ao pódio com o chinês e o
italiano em Londres (Foto: Getty Images)
Longe da capital britânica, o paulista de São Caetano do Sul também foi medalhista de prata no Pan-Americano de Guadalajara e no Mundial, em 2011. Já neste ano, ganhou o ouro nas etapas de Maribor (Eslovênia) e Ghent (Bélgica) da Copa do Mundo.

- Queria muito ganhar essa medalha não só para mim, mas para a ginástica toda, todos os clubes, para abrir portas para o Brasil todo. Espero que mude a ginástica no Brasil porque precisa mudar - afirmou o novo campeão olímpico.
 

Dupla Deco e Nem sofre estiramento
e não tem previsão de retorno no Flu

Exame de ressonância magnética nesta segunda apontou lesão grau 2 no apoiador e grau 1 no atacante. Ambos os problemas foram na coxa esquerda

Por Rafael Cavalieri Rio de Janeiro
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deco fluminense (Foto: Edgard Maciel de Sá / Globoesporte.com)Deco vai desfalcar o Flu após lesão na coxa
(Foto: Edgard Maciel de Sá / Globoesporte.com)
As previsões se confirmaram e o Fluminense sofreu duas baixas importantes para a sequência do Campeonato Brasileiro. Substituídos no início do segundo tempo da vitória por 2 a 0 sobre o Coritiba, o apoiador Deco e o atacante Wellington Nem realizaram exames de ressonância magnética nesta segunda-feira. Os resultados apontaram estiramento grau 2 no camisa 20 e grau 1 na revelação tricolor. Segundo o departamento médico do clube, a dupla não tem previsão de retorno aos gramados.
- Deco sofreu uma lesão grau 2 na coxa esquerda, um problema importante. Já o Nem teve lesão grau 1 também na coxa esquerda. Os dois vão entrar em fase de analgesia (trabalho para diminuir a dor no local) e serão reavaliados a cada semana. Não temos como dar um prazo para o retorno. O departamento médico do Fluminense não trabalha com prazos, e sim com avaliações semanais - resumiu o coordenador geral médico do Tricolor, Victor Favilla.
O tempo de recuperação varia da resposta do organismo do jogador ao tratamento. Recentemente, por exemplo, o atacante Rafael Sobis também sofreu um estiramento grau 2 e ficou dois meses fora do time. Em casos de grau 1 como o de Nem, o volante Valencia precisou de quase 50 dias para voltar a jogar entre maio e junho. Já o zagueiro Anderson teve o mesmo problema no início de maio e ficou pouco menos de 20 dias longe dos gramados.
Após comentar os casos de Deco e Wellington Nem, o coordenador médico do clube explicou a situação do zagueiro Leandro Euzébio. O jogador terminou a partida contra o Coritiba com muitas dores no joelho direito.
- Ele bateu com o joelho no chão e está com dor. Mas esse tipo de contato é sempre mais fácil de tratar - explicou.
Também sem falar em prazos, Favilla comentou as situações do lateral-direito Bruno e do zagueiro Anderson, que ainda estão no departamento médico se recuperando de lesões na coxa direita.
- Eles estão fazendo reforço muscular com a fisioterapia. Ainda não temos uma projeção do retorno para o campo - explicou.
Com 29 pontos e ocupando a terceira posição do Campeonato Brasileiro, o Fluminense volta a campo na próxima quinta-feira para enfrentar o São Paulo, em São Januário. Wagner deve ser o substituto de Deco. Já Marcos Junior e Rafael Sobis disputam a vaga de Nem.

Avaí adia apresentação mais uma vez e pode ficar sem o atacante Jobson

Fato de ter atuado este ano em outros dois clubes (Botafogo e Barueri) em competições nacionais é o impedimento para que jogue pelo Leão

Por João Lucas Cardoso Florianópolis
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jobson botafogo treino (Foto: Satiro Sodré / Agif)Botafogo libera, mas Jobson vive impasse no Avaí
(Foto: Satiro Sodré / Agif)
Ainda não foi nesta segunda-feira que o polêmico atacante Jobson vestiu a camisa do Avaí. O clube azul e branco havia remarcado a apresentação do atleta, anteriomente programada para a última quinta-feira. Mas quem apareceu no auditório da Ressacada foi o gerente de futebol do clube, Marcelinho Paulista.
O dirigente foi ao microfone para justificar o porquê de o jogador não ter sido apresentado novamente. Se na semana passada o problema era a falta de documentos, desta vez foi o impedimento de que Jobson atue por um terceiro clube em uma competição nacional no mesmo ano. O que praticamente afasta a possibilidade de Jobson vestir a camisa do Avaí em 2012.

- Ele havia feito apenas quatro jogos no Grêmio Barueri (na Série B), mas esteve em campo com o Botafogo no início do ano pela Copa do Brasil. Pelo regulamento das competições, não haveria problema. A questão é o regulamento geral da CBF, que acompanha a Fifa. O jogador não pode atuar por três clubes no mesmo ano — justificou o gerente.

Segundo Marcelinho, tudo está acertado entre Avaí e Botafogo, que cederia o atleta por empréstimo, bem como Jobson e os dois clubes. Os avaianos ainda não desistiram da contratação.

- Já enviamos um ofício à CBF para fazer uma consulta e saber se temos a autorização para efetuarmos a contratação. Esperamos que no máximo até a tarde de amanhã (terça-feira) tenhamos uma resposta. Caso contrário, o jogador pode procurar seu advogado e ir à Justiça pedir por seu direito de trabalhar - explica o gerente de futebol.

Na manhã desta segunda-feira, Marcelinho conversou com o atacante, antes do horário marcado, para explicar o motivo de novo adiamento. O dirigente relatou o abatimento do atacante por causa de uma nova apresentação frustrada.

- Ele ficou bem triste. Mas vai continuar os trabalhos físicos com a gente até que tenhamos uma definição.

Semelhanças com Tinga
Caso a CBF responda que Jobson não possa atuar pelo Leão de Santa Catarina, será a segunda negativa do Avaí em anunciar um novo atleta e não concretizar a negociação. No início da semana passada, o volante Tinga não obteve aval para jogar. Nesse caso, foi o número de partidas pelo Ceará, também da Série B. O jogador havia entrado em cinco partidas pelo time cearense, mas havia ficado no banco de reservas em outras duas — ultrapassando o limite de seis jogos.

Tudo certo: Liedson é aprovado nos exames médicos do Flamengo

Atacante passa por tomografia no joelho esquerdo e tem acerto oficializado pelo clube. Apresentação é nesta terça-feira. 'É uma honra', vibra Liedson

Por Janir Júnior e Richard Souza Rio de Janeiro
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Liedson Corinthians (Foto: Leo Bianchi / Globo Esporte)Liedson tem 34 anos de idade
(Foto: Leo Bianchi / Globo Esporte)
Tudo certo. Examinado pelo médico Márcio Tannure na tarde desta segunda-feira, o atacante Liedson foi aprovado e, de acordo com nota oficial emitida pelo Flamengo, será apresentado na manhã desta terça, no Ninho do Urubu. Depois de receber todos os resultados da última bateria de exames feita pelo Corinthians, o departamento médico rubro-negro realizou uma tomografia no joelho esquerdo do atacante, de 34 anos. Liedson já passou por três cirurgias no local, mas foi considerado apto.
- Fizemos o exame, foi tudo normal, dentro do esperado. É o joelho de um atleta de 34 anos. É um joelho que já tem alguns desgastes normais da idade, mas nada que seja problema. Ele não sente dores, não sente nada. Vinha treinando normalmente, sem problemas. Ele fez uma artroscopia no ano passado, já havia passado por outras duas cirurgias, mas tudo era sabido por nós. Os outros exames recebemos do Corinthians - disse o médico Márcio Tannure.
Liedson divulgou um comunicado celebrando a finalização do processo de contratação.
Estou muito feliz com o acerto, recebi algumas propostas, mas escolhi o Flamengo. Não poderia ser diferente, é um grande clube, já joguei lá em 2002 e tenho boas recordações. É uma honra poder vestir essa camisa mais uma vez"
Liedson
- Estou muito feliz com o acerto, recebi algumas propostas, mas escolhi o Flamengo. Não poderia ser diferente, é um grande clube, já joguei lá em 2002 e tenho boas recordações. É uma honra poder vestir essa camisa mais uma vez. Volto depois de 10 anos e quero fazer ainda mais do que fiz na minha primeira passagem. Estou bem fisicamente e chego para ajudar a equipe nessa temporada – disse o atacante.
A empresa que gerencia a carreira do atacante havia anunciado o acerto até o fim de 2013 na última quinta-feira, mas os dirigentes rubro-negros decidiram esperar o laudo médico. Liedson passou, em meados de 2011, por uma cirurgia no joelho esquerdo por conta de uma tendinite. Foi a terceira intervenção feita no mesmo joelho (passara por outras duas em Portugal).
O rendimento em campo caiu e, em 2012, o jogador foi gradativamente perdendo espaço no Corinthians, que optou por não renovar seu contrato (encerrado no fim de julho). Ele disputou seis jogos pelo Timão neste Brasileiro, número que ainda permitia uma transferência para outro clube da Série A, e não enfrentou Botafogo e Náutico para não estourar a cota.
Liedson só teve chance de começar jogando quando Tite escalou os reservas: contra Fluminense, Palmeiras e Sport. Contra Atlético-MG, Figueirense e Ponte Preta, ele entrou durante a partida. Nessas seis participações, acumulou cinco finalizações, 11 faltas cometidas, 12 faltas sofridas, três impedimentos e duas roubadas de bola. Teve índice apenas razoável de passes certos: 76% (a média no Corinthians é de 87%).
O jogador teve uma passagem pelo Flamengo em 2002. Na época, o time não foi bem e chegou a ficar ameaçado de rebaixamento, mas Liedson se destacou: foram 15 gols em 29 jogos - dois deles podem ser vistos no vídeo ao lado, contra o Atlético-MG. No ano seguinte, teve sua primeira passagem pelo Corinthians e foi vendido ao Sporting, de Portugal, clube que defendeu até o ano passado. Chamado de Levezinho pelos portugueses, Liedson se naturalizou e defendeu a seleção lusitana na Copa do Mundo de 2010.
O retorno ao Corinthians se deu em 2011. Liedson foi peça importante na conquista do título brasileiro. Em 2012, entretanto, o jogador perdeu espaço e passou a coadjuvante no time que foi campeão da Libertadores. O Timão optou por não renovar o contrato do atleta, que se despediu do clube dizendo estar "de cabeça erguida". Foram 23 gols na segunda passagem pelo Corinthians.

Acidente fere cinco operários em obra do Estádio Nacional de Brasília

Estrutura despenca, uma pessoa ficou soterrada e trabalhadores foram liberados. Em junho, funcionário morreu ao cair de cerca de 30 metros

Por G1 e GLOBOESPORTE.COM Brasília
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Um acidente no canteiro de obras do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, deixou cinco feridos na tarde desta segunda-feira. Por volta das 21h, os bombeiros conseguiram retirar o operário que ficou soterrado nos escombros. Segundo o Corpo de Bombeiros, eles foram levados para o Hospital de Base.
De acordo com informações iniciais do Corpo de Bombeiros, a armação feita para sustentar uma das vigas de concreto do estádio despencou sobre os operários. A armação que atingiu as vítimas é feita de ferro e madeira. Até o momento, o Consórcio Brasília 2014, responsável pela obra, não se pronunciou oficialmente sobre o acidente. Segundo alguns operários, o turno da noite foi cancelado e os funcionários foram liberados logo depois do acidente.
Estádio Nacional de Brasília, Obras (Foto: Fabrício Marques / Globoesporte.com)Helicóptero dos bombeiros está na porta do Estádio Nacional (Foto: Fabrício Marques / Globoesporte.com)
Em junho, um operário morreu no canteiro ao cair de uma altura de cerca de 30 metros. O caso foi o primeiro acidente com morte nas obras do estádio, que vai sediar jogos da seleção brasileira na Copa das Confederações, em 2013, e na Copa do Mundo de 2014.
O operário tinha 21 anos e trabalhava na construção desde março como ajudante. Os bombeiros disseram que ele estava com parte do equipamento de segurança obrigatório, mas não especificaram o que faltava.
A construção do novo estádio Mané Garrincha terminou o mês de julho com 69% da obra concluída. Mas o prazo para a entrega do palco da abertura da Copa das Confederações mudou de dezembro deste ano para abril de 2013, já que a instalação do gramado, cadeiras e placar eletrônico vai demorar mais do que estava previsto.
O Estádio Nacional Mané Garrincha terá capacidade para 71 mil pessoas e será sede de sete jogos na Copa, incluindo um do Brasil na primeira fase e a disputa de terceiro e quarto lugares. Na Copa das Confederações, o campo será usado apenas na partida de abertura, dia 15 de junho de 2013, com a Seleção.

Ressuscita-me seg, 06/08/12 por Núcleo Internet | categoria Sem categoria Compartilhar As atuações atrapalhadas de um árbitro de MMA e dos médicos do Warrior Nation XFA III, realizado no dia 20 de abril, em Chicopee (EUA), começaram a circular somente na última semana entre fãs e imprensa americanos. Os lutadores David Baxter e Justin Kristie faziam suas estreias no esporte ainda como amadores. No fim do primeiro round, Kristie encaixou um triângulo no rival, que aparentemente desistiu do combate dando os três tapinhas de praxe (ir até 4m13s no vídeo abaixo). O árbitro não percebeu, e o round terminou com Baxter completamente”apagado”. O árbitro não encerrou o combate e observou por alguns segundos David Baxter sofrendo espasmos musculares. Os médicos entraram na área de luta e começaram a conversar com o lutador, que se recuperou alguns segundos depois. Eles também optaram por não encerrar o combate. Passado o minuto de intervalo entre os rounds, Baxter estava pronto para voltar a lutar. E com 1m27s, conseguiu o nocaute técnico sobre o rival. Justin Kristie, ao contrário de Baxter, não teve a sua segunda chance. Confira:

Com tie-break emocionante, Alison
e Emanuel despacham poloneses

Brasileiros salvam match point, vencem Prudel e Fijalek por 2 sets a 1
(21/17, 16/21 e 17/15) e se classificam para semifinal do vôlei de praia

Por GLOBOESPORTE.COM Londres
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emanuel alison volei de praia 2012 olimpiadas (Foto: Reuters)Alison e Emanuel comemoram a classificação
para as semifinais nos Jogos (Foto: Reuters)
Em um duelo equilibrado, Alison e Emanuel precisaram suar a camisa para despachar os poloneses Mariusz Prudel e Grzegorz Fijalek, nesta segunda-feira, por 2 sets a 1 (21/17, 16/21 e 17/15), na Arena de Vôlei de Praia, em Londres. Após um início equilibrado, os brasileiros cometerem muitas falhas, se recuperaram e superaram com muita frieza os rivais em um tie-break emocionante, depois de salvar um match point. Invictos, eles avançaram às semifinais das Olimpíadas com 100% de aproveitamento. Alison e Emanuel voltam à quadra nesta terça-feira, para enfrentar Plavins e Smedins, da Letônia.
- Foi um jogo de muito sofrimento. Tenho certeza que muita gente em casa deve ter sofrido com a gente. Obrigado pela torcida. Eu e Alison nos ajudamos muito. Ele me colocou pra cima na hora da dificuldade. É assim que tem que ser, um tem que ajudar o outro. Brasileiro é isso. Agora vou dar um abraço no Mamute (apelido de Alison), um abraço na comissão técnica, na Leila. Temos que dividir ao máximo essa felicidade depois dessa tensão que foi o jogo - disse Emanuel ao SporTV.
O jogo
O primeiro set foi marcado pelo equilíbrio. Nenhuma dupla conseguiu abrir mais de dois pontos de vantagem sobre a outra no início. As parcerias estavam empatadas por 17 a 17 quando os brasileiros desgarraram no placar, contando com o ótimo bloqueio de Alison. Ele acertou bela manchete, de segunda, para fechar a parcial em 21 a 17.
O segundo set foi o mais complicado para os brasileiros, que erraram muito e viram os poloneses crescerem no jogo. Só dava Polônia, e os europeus fizeram 21 a 16, sem dificuldades.
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emanuel alison volei de praia 2012 olimpiadas (Foto: AP)Alison bate nas mãos de Emanuel depois de um dos pontos do Brasil (Foto: AP)
Mostrando equilíbrio emocional, os brasileiros esqueceram a má atuação e voltaram a acertar no tie-break. Depois de sair atrás do placar, a dupla verde-amarela conseguiu o empate após um belo rali. Emanuel emendou o passe de Alison e soltou o braço: 2 a 2. No bloqueio de Alison, o Brasil conseguiu abrir dois pontos de vantagem: 6 a 4. Porém, os brasileiros voltaram a cometer falhas no ataque e deram cinco pontos de graça para os adversários, que assumiram a liderança no placar: 11 a 8.
Contra a parede, os brasileiros conseguiram reagir e diminuíram a vantagem para 14 a 13. Com tranquilidade, salvaram o match point dos poloneses.  Após um ace de Alison no fundo da quadra e bons ataques da equipe canarinho, o Brasil finalmente conseguiu marcar 17 a 15 e garantir a classificação.

Isinbayeva dá adeus ao tri, e ouro no salto com vara vai para americana

Russa diz que não planejou se aposentar com o bronze e afirma que vai pensar sobre os Jogos do Rio, sobre ganhar um ouro e então se aposentar

Por Danielle Rocha Direto de Londres
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De um dia para o outro Yelena Isinbayeva já não parecia tão ameaçadora assim. A rainha do salto com vara tinha dificuldade para ultrapassar o sarrafo, caía diante das adversárias e sequer chegava ao pódio. Já chorava mais do que ria, já duvidava mais do que confiava. Nem ela mesma se reconhecia. Descobriu que não era a máquina que pensava. Durante dez anos de domínio, as mesmas adversárias, as mesmas competições e as mesmas medalhas comeraçam a fazer o esporte perder a graça para ela. Precisava de um período sabático.
Yelena Isinbayeva, Salto com Vara, Atletismo (Foto: Agência Getty Images)Isinbayeva não consegue saltar 4,80m e dá adeus ao tricampeonato olímpico (Foto: Agência Getty Images)
Em nova fase, conseguiu em fevereiro o recorde mundial indoor e mostrou estar disposta a se despedir das Olimpíadas com sua coroa intacta e um tricampeonato. Mas não conseguiu. A única mulher do planeta que se cansou de saltar 5,00m parou nos 4,70m. Teve de se contentar com um bronze e vendo a americana Jennifer Suhr levar a medalha que tanto queria com 4,75m. A cubana Yarisley Silva ficou com a prata.
Yelena Isinbayeva salto com vara londres 2012 (Foto: Agência Reuters)A russa pretende parar em 2013
(Foto: Agência Reuters)
Ao fim da prova nos Jogos de Londres, enquanto as rivais choravam, Yelena sorria. Se aproximou para dar um abraço nas duas e partiu com elas para a volta olímpica. Cada uma correu com sua bandeira, e Yelena parecia ser a mais feliz das três.
- Estou realmente feliz. É como uma medalha de ouro para mim. Tem acontecido um monte de coisas que nos últimos três anos me desapontaram. Eu acho que esse bronze me diz algo como: "Yelena, não pare", como eu planejei parar depois de Londres. Meu plano era ganhar o ouro e me aposentar. Mas não vou me aposentar com um bronze. Eu vou pensar sobre o Rio, sobre ganhar uma  medalha de ouro e então me aposentar - disse.
Naquela que planejou ser a sua última apresentação nos Jogos, a russa de 30 anos se comportou como de costume. Deixou que as rivais fizessem as honras da casa, enquanto ela seguia sentada no chão. Um boné, um capuz e uma toalha na cabeça eram a redoma da bicampeã. Vez ou outra, saía da posição só para dar uma espiadinha. Esperou o vento ficar mais fraco e, após pouco mais de uma hora de prova, foi para a pista. Errou a primeira tentativa a 4,55m. Desistiu da segunda e resolveu tentar logo 4,65m. Não teve problemas. Com o sarrafo a 4,70m, partiu para a corrida em quarto lugar. O anúncio feito pelo narrador não demorou nem 5s para ser corrigido. Passou com sobras e assumiu a liderança.
O problema é que Suhr e Yarisley também continuavam na briga. Era hora de superar 4,75m. Uma moleza em outros tempos. Duas tentativas, dois erros. A segunda queda no colchão a fez respirar fundo e balançar a cabeça. Estava pressionada. As adversárias tinham acertado. Agora era Isinbayeva contra Isinbayeva. Precisava lembrar das palavras do técnico Yevgeny Trofimov, o primeiro de sua carreira e para quem voltou no momento difícil. Lembrar que ainda tinha o poder, que era a mesma Yelena Isinbayeva de sempre. Resolveu ir para o tudo ou nada. Sarrafo a 4,80m. Os olhos já não tinham mais uma expressão tão confiante. Ela não podia errar. Correu, saltou e fez o estádio lamentar. O ouro já não era mais dela. Com um aceno e um sorriso, a dona de 28 recordes mundiais que nos seis saltos que fez nesta segunda acertou apenas dois, agradeceu o apoio e foi acompanhar o fim da disputa.
Jennifer Suhr salto com vara (Foto: Getty Images)Jennifer Suhr, a nova campeã olímpica do salto com vara (Foto: Getty Images)
Suhr falhou nas três tentativas e cruzou os dedos para que a cubana também errasse a sua última. Deu certo. A vice-campeã olímpica de Pequim-2008, que em seu último ano na faculdade de Psicologia foi a cestinha do time de basquete, subiu um degrau. Yarisley também não tinha do que reclamar. Estava orgulhosa por ter acabado de ganhar a primeira medalha de Cuba na modalidade.
- Comecei em 2004 e ter isso aqui é mágico. Precisei ter muita força, dedicação e força mental. É realmente de perder o fôlego, é algo tão emocionante que não consigo descrever. Eu e meu marido (que também seu treinador) conseguimos manter a fé, superar lesões e trabalhar juntos para conseguir esse objetivo. É incrível - comemorou Suhr.