sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

 

Sem Schumi, Rubinho e Massa são destaques do Desafio das Estrelas

Treino livre será disputado às 20h30m de sexta-feira, como preparação para a inédita corrida noturna deste sábado. Jaime Alguersuari é o único estrangeiro

Por Rafael Lopes Direto de Florianópolis
O principal astro das últimas edições do Desafio das Estrelas não estará presente neste ano. Michael Schumacher, maior vencedor da competição (foi campeão em 2007 e 2009), teve de ficar na Europa com sua família, por causa da proximidade do Natal. Por isso, Rubens Barrichello e Felipe Massa, organizador do evento, serão os destaques da disputa em 2010, que será realizada pelo segundo ano seguido nos 1.207 metros do Kartódromo Arena Sapiens, em Florianópolis.
felipe massa de kartFelipe Massa andou bem no Desafio das Estrelas de 2009 (Foto: Rafael Lopes / Globoesporte.com)
As atividades de pista começam a ser realizadas ainda nesta sexta-feira, com um treino livre às 20h30m (de Brasília). A atividade é preparatória para a corrida noturna deste sábado, que tem largada marcada para as 21h30m, com transmissão ao vivo do SporTV2. Para isso, torres de iluminação foram instaladas ao redor e na parte interna da pista. Com capacidade para 20 mil pessoas, o kartódromo terá quatro telões para que o público possa acompanhar a ação na pista.
 Os vencedores do Desafio das Estrelas
ANO CAMPEÃO LOCAL
2005 D. Serra Bauru
2006 F. Massa Florianópolis
2007 M. Schumacher Florianópolis
2008 R. Barrichello Florianópolis
2009 M. Schumacher Florianópolis
 A programação de domingo permanece inalterada: a segunda bateria do Desafio das Estrelas será disputada às 11h. A Rede Globo mostra ao vivo dentro do Esporte Espetacular. O último dia de preparativos foi marcado pela forte chuva região da Praia de Canasvieiras e em toda a cidade de Florianópolis, o que atrapalhou um pouco os mecânicos dos 27 karts. A meteorologia aponta melhora do tempo para esta sexta-feira e sol para o fim de semana.
O espanhol Jaime Alguersuari, piloto da STR na Fórmula 1, será o único estrangeiro da prova deste ano. Ele, ao lado de Bruno Senna, da Hispania, e Helio Castroneves, da Penske na F-Indy, são os três estreantes em Florianópolis. Além deles, a corrida terá um convidado VIP neste ano: o ator Marcos Pasquim, da Rede Globo, participará ao lado dos experientes pilotos. Fã de automobilismo, ele disputa baterias regulares de kart no Rio de Janeiro, mas será a primeira vez contra profissionais.
Marcos Gomes Desafio das Estrelas kartMarcos Gomes acompanha preparativos para o Desafio das Estrelas nos boxes (Foto: Carsten Horst)
Programação do Desafio das Estrelas
17/12 - SEXTA-FEIRA
20h30m Treino livre (40 minutos)
18/12 - SÁBADO
16h10m Treino livre (40 minutos)
18h Treino classificatório
19h Top Qualifying
21h30m Primeira bateria (SporTV2)
19/12 - DOMINGO
9h Warm up
11h Segunda bateria (Rede Globo)
Será a segunda vez que o Kartódromo Arena Sapiens recebe a competição. Inaugurada no ano passado e projetado pelo piloto brasileiro Lucas di Grassi, a pista viu Michael Schumacher ser campeão pela segunda vez do evento. Entretanto, o recorde do circuito é de um brasileiro: Marcos Gomes, piloto da Stock Car. Ele foi um dos poucos a aparecer no local na quinta-feira, já que a maioria dos participantes chegou no fim da tarde.
- Andei de kart pela última vez no Desafio das Estrelas do ano passado. Sei que vários pilotos treinaram bastante nos últimos tempos, até mesmo nesta quinta-feira em São Paulo. Isso faz diferença, porque o kart não é um carro comum, não tem suspensão, e qualquer diferença acaba pesando - diz Gomes, que tem um sexto lugar, em 2007, como melhor resultado.
O público presente à prova do sábado à noite, que marca a abertura oficial do evento em 2010, verá um show de fogos de artifício, além de uma apresentação de motocross estilo livre com o piloto Jorge Negretti. Antes da corrida, a banda de pop rock ABR3, com a participação especial de Maurício Manieri, fará um show no kartódromo.
Os ingressos para o Desafio das Estrelas ainda estão disponíveis. A venda é realizada em vários pontos de Florianópolis (confira os locais no site oficial do evento) e no próprio kartódromo. A arquibancada descoberta custa R$ 20 (com meia a R$ 10); a coberta, R$ 120; o camarote VIP, R$ 1.300 (para 10 pessoas); e o HC VIP, R$ 200 (individual).
Confira a lista completa de inscritos para a edição 2010 do Desafio das Estrelas de kart:
Piloto Categoria
Felipe Massa Fórmula 1
Rubens Barrichello Fórmula 1
Bruno Senna Fórmula 1
Lucas di Grassi Fórmula 1
Jaime Alguersuari Fórmula 1
Tony Kanaan Fórmula Indy
Bia Figueiredo Fórmula Indy
Hélio Castroneves Fórmula Indy
Vitor Meira Fórmula Indy
Alberto Valério GP2
Enrique Bernoldi FIA GT
João Paulo de Oliveira Super GT Japão
Christian Fittipaldi Trofeo Linea/Stock Car
Cacá Bueno Trofeo Linea/Stock Car
Popó Bueno Trofeo Linea/Stock Car
Ricardo Maurício Trofeo Linea/Stock Car
Thiago Camilo Trofeo Linea/Stock Car
Xandinho Negrão Stock Car
Marcos Gomes Stock Car
Max Wilson Stock Car
Luciano Burti Stock Car
Ricardo Zonta Stock Car
Antonio Pizzonia Stock Car
Allam Khodair Stock Car
Leonardo Nienkötter Trofeo Linea
Felipe Giaffone Fórmula Truck
Marcos Pasquim VIP


Meninas do Brasil estão na final do revezamento 4x100m medley no Mundial

Fabíola Molina, Tatiane Sakemi, Daniele de Jesus e Tatiana Lemos conseguem o oitavo tempo na eliminatória em Dubai

Por GLOBOESPORTE.COM Dubai, Emirados Árabes
Revezamento 4x100 metros medley Tatiane Sakemi, Tatiana Lemos, Fabiola Molina e Daniela de Jesus mundial de nataçãoRevezamento 4x100 metros medley do Brasil
comemora vaga na final (Foto: Satiro Sodré / CBDA)
A equipe feminina do revezamento 4x100m medley garantiu classificação para a final do Mundial de Piscina Curta (25m), de Dubai, Emirados Árabes. Cravando 3m59s92, Fabíola Molina, Tatiane Sakemi, Daniele de Jesus e Tatiana Lemos conseguiram o oitavo tempo e terão chance de brigar por medalha.
O time chinês conseguiu a melhor marca (3m50s69), batendo o recorde da competição. Em segundo lugar ficaram as australianas (3m52s73) e em terceiro, as americanas (3m53s66).
Com a classificação no revezamento, o Brasil estará em duas finais nesta tarde (a partir das 13 horas de Brasília). Henrique Rodrigues já garantira presença nos 200m medley.


Resultados dos brasileiros nesta sexta:


50m costas masculino – 8º Guilherme Guido (23s88) – qualificado para semi
50m costas masculino – 33º Fabio Santi (25s38)
50m borboleta masculino – 3º Glauber Silva (22s85) – qualificado para semi
50m borboleta masculino – 4º Nicholas Santos (22s87) – qualificado para semi

100m peito feminino – 26º Tatiane Sakemi (1m09s03)
400m livre masculino – 23º Lucas Kanieski (3m46s82)
200m medley masculino – 3º Henrique Dias (1m53s96) – qualificado para final
200m medley masculino – 25º Diogo Yabe (1m58s36)
200m peito masculino – 9º Tales Cerdeira (2m06s39)
200m peito masculino – 26º Felipe França (2m10s71)
Revezamento 4x100m feminino – 8º Fabíola Molina, Tatiane Sakemi, Daniele de Jesus e Tatiana Lemos (3m59s92) – equipe qualificada para a final
 

Garotada da sub-20 exibe cabelos estilosos e lança moda na Granja

Moicanos tomam conta da preparação da Seleção Brasileira. Jogadores chamdos por Ney Franco mostram os mais variados cortes em Teresópolis

Por Márcio Iannacca Teresópolis, Rio de Janeiro
A moda foi lançada na Vila Belmiro, no Santos. Começou com Neymar e logo virou mania na cabeça da garotada nas ruas pelo Brasil e também dos companheiros de clube. Os laterais Alex Sandro e Danilo e o apoiador Alan Patrick compiaram o cabelo estiloso do craque do Peixe. O moicano é o corte predominante da Seleção Brasileira sub-20, que se prepara na Granja Comary, em Teresópolis, para o Sul-Americano da categoria, em janeiro, no Peru.
cabelos seleção sub-20Bruno Uvini usa um corte mais comportado. Por outro lado, Henrique, Danilo e Alex Sandro seguem o exemplo de Neymar, que lançou o moicano no Santos (Foto: Montagem sobre foto de O Globo)
Mas não são apenas os santistas que utilizam o penteado. O atacante Henrique, que atuou em 2010 no Vitória, mas pertence ao São Paulo, inovou. O moicano do jogador tem uma particularidade: um mullet que cobre uma parte do pescoço. Na última quinta-feira, o jogador brincou com o estilo da Seleção sub-20.
- É a moda, né? Tem um monte de cara feio aí que tenta dar uma espetada no cabelo para dar uma melhorada no estilo, mas acho que não tem jeito não - brincou Henrique.
Mas não são apenas os moicanos que chamam atenção durante um treino da sub-20. O atacante Diego Maurício, do Flamengo, mostra outro tipo de penteado. O centroavante prefere as tranças ao melhor estilo Drogba. Na Gávea, o jogador já ganhou até o apelido de Drogbinha por conta das madeixas e por parecer com o atacante do Chelsea. E ele não reclama.
Diego Maurício na apresentação da seleção sub-20Diego Maurício prefere as tranças na sub-20
(Foto: Márcio Iannaca / GLOBOESPORTE.COM)
- Fico feliz de ser comparado com um jogador como o Drogba. Acho que as pessoas falam mais isso pelo porte físico e pelo cabelo, que é parecido - disse o jogador.
Durante a primeira coletiva de Diego Maurício na Granja Comary, Lucas Gaúcho brincou com o companheiro ao deixar o local.
- Que cabelinho, hein? - disse o sorridente atacante do São Paulo, que não poupa nenhum companheiro das brincadeiras.
Por outro lado, enquanto uns chamam mais atenção, outros são mais conservadores. São os casos do zagueiro Bruno Uvini e do atacante William, por exemplo. Eles mantém o corte simples e sem muito alarde.

Oitavas da Liga dos Campeões têm reedição da final entre Inter e Bayern

Italianos e alemães se enfrentam. Real Madrid pega o antigo algoz Lyon, enquanto Barcelona duela contra Arsenal. Tottenham e Milan prometem jogão

Por GLOBOESPORTE.COM Nyon, Suíça
O sorteio das oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa, realizado nesta sexta-feira, na sede da Uefa, em Nyon, na Suíça, colocou dois gigantes do continente frente a frente. Mais do que isso: a final da última temporada entre Bayern de Munique, da Alemanha, e Inter de Milão, da Itália, será reeditada entre fevereiro e março, às terças e quartas-feiras, com quatro datas (15, 16, 22 e 23/02; 8, 9, 15 e 16/03). Mas não será somente a decisão que terá duelo repetido.
sorteio da liga dos campeõesEquipes à direita farão segunda partida das oitavas de final em casa (Foto: agência AFP)
O Real Madrid, agora com José Mourinho no comando, terá oportunidade de se vingar do Lyon, algoz na mesma fase em 2010 e equipe que ainda não derrotou em seis oportunidades. Na ocasião, os franceses eliminaram os espanhóis com um empate no Santiago Bernabéu. O Barcelona, por sua vez, encara o Arsenal, adversário que massacrou com um show de Lionel Messi nas quartas de final. Tottenham e Milan também prometem um grande jogo. As equipes que terminaram em primeiro em suas chaves, à esquerda, fazem o segundo jogo em casa.
O sorteio foi conduzido pelo secretário-geral da entidade, Gianni Infantino, e pelo diretor de competições, Giogo Marchetti, mas sem a ajuda do ex-campeão europeu Bobby Charlton, que não conseguiu voo para Nyon por conta do mau tempo na Inglaterra.
Novo sorteio no dia 18 de março, após a decisão dos duelos nas oitavas, definirá os caminhos dos clubes até a finalíssima do dia 28 de maio, no tradicional estádio de Wembley, em Londres.
Gianni Infantino sorteio da liga dos campeõesGianni Infantino ao lado da almejada taça da Champions, que será entregue no dia 28 de maio (Foto: AFP)
 
 

Copa-2014: Fifa pressiona, fala em datas e aposta em melhorias

Em Abu Dhabi, Joseph Blatter diz que é hora de o ‘tocar o sino’ no Brasil, porque a Copa do Mundo se aproxima

Por Alexandre Alliatti Direto de Abu Dhabi, Emirados Árabes
joseph blatter na fifa, copas do mundo 2018 e 2022Blatter em dois atos: pressão e apoio para Copa no
Brasil (Foto: Reprodução / Site Oficial da FIFA)
Soam os sinos da Copa de 2014. Nesta sexta-feira, em Abu Dhabi, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, colocou pressão na organização brasileira para o próximo Mundial. Ele pede agilidade especialmente na construção de uma infraestrutura sólida para a chegada das 32 seleções e de torcedores de todos os cantos do mundo. Mais do que com as reformas nos estádios, a preocupação é com hotéis, estradas e aeroportos.
A mesma preocupação reside nos pensamentos de Jérôme Valcke, secretário geral da Fifa. Eles pedem agilidade ao Brasil nas melhorias.
- Talvez tenhamos que tocar o sino no Brasil para dizer que a Copa é em três anos e meio. Com os estádios, eles farão um bom trabalho, mas não estou tão certo quanto à infraestrutura – disse Blatter.
O dirigente máximo da Fifa age em dois lados: enquanto pressiona, dá apoio. Ele se mostra convicto de que o Brasil resolverá seus problemas até 2014.
- Tivemos as mesmas perguntas sobre a África do Sul. O que vai acontecer se não forem bons estádios? E se os hotéis não estiverem prontos? Talvez tenhamos um plano B em um bolso e um plano C no outro. O plano B se chama Brasil. O plano C é Brasil. Confiamos que o Brasil vai conseguir. Não podemos acreditar que não vão fazer todos os esforços. Eu realmente não posso acreditar nisso. São 200 milhões de pessoas no Brasil, a economia é forte. Não tenho problemas: tenho confiança de que farão. Claro, com um pouco de pressão aqui e ali, mas os planos B e C são o Brasil – afirmou Blatter.
Datas da Copa
Jérôme Valcke aproveitou a entrevista coletiva, da qual também participou, para fazer um esclarecimento. Segundo ele, há dois períodos pré-definidos para a Copa do Mundo: ou de 6 de junho a 6 de julho, ou de 13 de junho a 13 de julho. Está descartada a ideia de o Mundial no Brasil ficar restrito apenas ao mês de junho.
Estádio da abertura
A Fifa também não foi definitiva sobre o estádio de abertura da Copa do Mundo de 2014. Jérôme Valcke teve encontro nesta quinta-feira, em Abu Dhabi, com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Novas reuniões ocorrerão nos próximos dias. A ideia é organizar as sedes de modo que seleções e torcedores não precisem se deslocar de uma ponta a outra do país.
- Estamos trabalhando para que haja um pequeno movimento dos clubes e dos torcedores na primeira fase. Por enquanto, não decidimos onde vai ser disputado (o primeiro jogo), e também não definimos as datas – afirmou Valcke.

O que è Rugby


Um jogo de rúgbi no Stade de France.
O rugby, rúgbi (português brasileiro) ou râguebi (português europeu) (em inglês: rugby) é um esporte coletivo originário da Inglaterra de intenso contato físico.[1][2] Por ter sido inicialmente concebido como uma variação do futebol,[3] foi chamado anteriormente de futebol-rúgbi ou futebol-râguebi.[4] Hoje, ele é o segundo desporto de equipas mais popular no mundo, só sendo superado pelo futebol.
Com essa grande popularidade, variações do esporte surgiram. A mais praticada é o rúgbi de quinze (em inglês: rugby union), em seguida está o râguebi de treze (em inglês: rugby league). Para além dessas duas, há o rúgbi de praia, de toque, de sete, em cadeira de rodas e
subaquático.

História

Uma lenda bem difundida diz que o desporto surgiu de uma jogada irregular do futebol (Football Association), na qual um jogador do colégio de Rugby (situado na cidade inglesa com o mesmo nome, em Warwickshire), de nome William Webb Ellis[5], teria pegado a bola do jogo com as mãos e seguido com ela até a linha de fundo adversária, em 1823. Contudo, sabe-se que várias formas de jogo com bola existiram pela Europa no século XIX, e que tanto o Rugby Football (o rugby atual que atualmente é controlado pela IRB) quanto o Football Association (o futebol atual que agora é controlado pela FIFA) tiveram caminhos correlatos, sendo, portanto, dissidências de uma mesma forma de jogar futebol.[6]

Fundação da Football Association

A fundação da Football Association deu-se em 26 de outubro de 1863 com 21 clubes unificando as regras das principais vertentes do futebol da Inglaterra como as de Cambridge, as de Sheffield e as de Rugby, durante quase uma década o futebol e o rugby foram o mesmo esporte.

Rompimento com a Football Association e formação da Rugby Football Union

Devido a um desentendimento do clube de futebol Blackheath (um dos fundadores da FA) cujo presidente era Francis Maude Campbell, sobre a retirada de 2 regras do futebol pela Football Association (uma era sobre carregar a bola com as mãos, a outra sobre os tackles), em 26 de janeiro de 1871 em uma reunião em um restaurante em Londres com representantes de 21 teams da Inglaterra é fundada a Rugby Football Union, a primeira entidade controladora do esporte no mundo. Algernon Rutter foi eleito o primeiro presidente da RFU e as primeiras leis do esporte foram oficializadas em junho de 1871.

Primeiro jogo internacional


Seleção da Inglaterra no primeiro jogo internacional de rugby.
O primeiro jogo internacional de rugby foi disputado no Raeburn Place em andrew's na Escócia em 27 de março de 1871 entre Escócia e Inglaterra. O jogo foi vencido pela Escócia por 1 gol e 1 try contra 1 try da Inglaterra.

Formação da IRFB (International Rugby Football Board)

Devido a uma discussão sobre um try entre as seleções da Inglaterra e da Escócia em um jogo em 1884, foi criada em 1886 a International Rugby Football Board por Escócia, Irlanda e País de Gales. A Inglaterra se recusou a participar da IRFB pelo fato de terem uma quantidade maior de clubes e por não aceitarem o fato da IRFB reger as leis do esporte. A IRFB proibiu seus membros de organizarem partidas contra a Inglaterra ou contra clubes ingleses até que a RFU aceitasse entrar para IRFB. A Inglaterra só aceitou entrar na IRFB em 1890. Em 1997 a IRFB mudou a sua sede de Londres para Dublin. Em 1998 a entidade passou-se a chamar simplesmente International Rugby Board (IRB).

Desavenças e formação da Rugby League

Devido a desavenças sobre o pagamento de jogadores e profissionalismo do rugby em 29 de agosto de 1895 em um encontro em um hotel em Huddersfield 20 clubes deixaram a RFU e fundaram NRFU (Nothern Rugby Football Union) que em 1922 passaria a se chamar Rugby Football League. O mesmo aconteceu em 1907 com 8 clubes em Sydney na Austrália e foi formada a New South Wales Rugby League. Mais tarde com a autonomia dos 2 códigos do esporte eles começaram a se diferenciar em relação as regras.

Evolução das regras


O Twickenham Stadium, um dos mais tradicionais estádios de rugby do mundo.
Várias mudanças foram aplicadas ao rugby ao longo do tempo e continuam até hoje.[7]
  • O número de jogadores foi reduzido de 20 para 15 em 1877.
  • O primeiro sistema de contagem de pontos foi feito em 1889. Antes era marcado apenas o ensaio e o gol separadamente.
  • O valor do ensaio e da conversão variou ao longo dos anos. Até 1891 o ensaio valia 1 ponto e uma conversão valia 2 pontos. Depois o ensaio passou a valer 2 pontos e a conversão 3. Em 1893 o valor foi trocado e o ensaio passou a valer 3 pontos com a conversão valendo 2 (o valor da conversão mantém-se esse até hoje). Em 1971 o ensaio passou a valer 4 pontos e em 1992 o ensaio passou a valer 5 pontos.
  • O pontapé de ressalto passou a valer 4 pontos em 1891. Em 1948 passou a valer 3 pontos e mantém-se até hoje.
  • O pontapé de penalidade valia 2 pontos até 1891, depois passou a valer 3 pontos e mantém-se até hoje.
  • O goal from mark foi introduzido em 1899 inicialmente valendo 4 pontos, em 1905 passou a valer 3 pontos, e foi abandonado em 1971.
  • Em 1892 foi adotado o formato da bola oval.

Primeiro campeonato internacional

Em 1883 foi realizado a primeira competição internacional entre seleções, a Home Nations composta por Inglaterra, Escócia, Irlanda e País de Gales, sendo a Inglaterra a primeira campeã. Em 1910 a França entrou no campeonato que passou a se chamar Five Nations. Em 1931 a França saiu do campeonato que voltou a se chamar Home Nations. Em 1947 após a Segunda Guerra Mundial o campeonato voltou a ser disputado juntamente com a França e voltou a ser chamado de Five Nations. Até 1993 não havia nenhum prêmio ao vencedor da competição (nenhum tipo de medalha ou troféu). No ano 2000 a Itália entrou no campeonato que passou a se chamar Six Nations

A Copa do Mundo

As primeiras idéias de um campeonato mundial de rugby surgiram no século XIX, mas nunca foram postas em prática. Em 1982 foi sugerida a IRFB a primeira edição da Copa do Mundo em março de 1983 no Reino Unido, mas a idéia não foi a frente. Em junho de 1983, a Austrália propôs ser sede do evento, a Nova Zelândia propôs uma junção a campanha da Austrália para realizar a Copa do Mundo. Em um encontro da IRFB em Paris em 1985 a princípio todas as Home Nations eram contra a realização do evento, mas os esforços da Austrália, Nova Zelândia e França fizeram com que a África do Sul também votasse a favor (mesmo ela estando fora do evento devido ao Apartheid). Logo após a Inglaterra e País de Gales passaram a votar a favor.
Em maio de 1987 começava a primeira Copa do Mundo de Rugby disputada em conjunto com a Austrália e a Nova Zelândia com 16 nações convidadas de todos os continentes, a Nova Zelândia sagrou-se campeã. Em 1991 a segunda Copa do Mundo era disputada na Inglaterra com a introdução das primeiras eliminatórias tendo a Austrália como campeã. Em 1995 com o fim do Apartheid a África do Sul sediou a terceira copa do mundo sagrando-se campeã. Em 1999 a quarta Copa do Mundo foi realizada no País de Gales sendo vencida pela Austrália que passou a ser a primeira seleção a ser bicampeã. Em 2003 a Copa do Mundo foi disputada na Austrália e a Inglaterra tornou-se a primeira campeã mundial do hemisfério norte. Em 2007 a Copa foi disputada na França sendo vitoriosa a seleção da África do Sul (igualando o bicampeonato da Austrália), e em 2011 será na Nova Zelândia.

1995, o profissionalismo

Por tradição e por lei da IRB o rugby era um esporte amador, tanto que essa foi a principal questão do rompimento da rugby union e da rugby league. A questão do amadorismo versus profissionalismo sempre foi muito discutida em torno do rugby union, por um lado se defendia o amadorismo por preservar a verdadeira essência de amor ao esporte, por outro se criticava o fato do rugby ter se tornado um esporte de elite onde apenas os ricos tinham condições de jogar.
Em 26 de agosto de 1995 curiosamente 100 anos após a criação da rugby league, a IRB declara o rugby como esporte "aberto" removendo todas as limitações sobre pagamentos e contratos. O possível motivo dessa decisão se dá ao fato da dificuldade da IRB em controlar o amadorismo no esporte.
Há aqueles que criticam a profissionalização argumentando que ela fez aumentar a qualidade de jogo entre as nações profissionais e não profissionais, o fato é que até hoje em dia muitas uniões ainda relutam contra a profissionalização (como a UAR) e muitas outras ainda limitam a quantidade de clubes e competições profissionais.

O jogo


O Western Force da Austrália (de azul) contra Waratahs do mesmo país (de branco) no torneio Super 14.
Existem duas versões do rugby, o Rugby Union (aqui em questão) e o Rugby League. Ver artigo: Comparação entre rugby union e rugby league
O Rugby é disputado por duas equipes de quinze jogadores, numa partida de duas partes de quarenta minutos contínuos, o relógio só para quando algum jogador da 1ªlinha necessita de cuidados médicos.

O Objetivo do Jogo

O objetivo do jogo é marcar o maior número de pontos.

Bola

Bola de rugby metrificada.
A bola de rugby é de formato oval, de couro ou de material sintético apropriado. Ela pode ser tratada de modo a torná-la resistente à água e facilitar a aderência. Seu comprimento varia de 28,0 cm à 30,0 cm, com uma circunferência total de 74,0 cm a 77,0 cm, e de seção transversão de 58,0 cm à 62,0 cm, sua pressão deve estar entre 65,71 e 68,75 kPa, tendo assim, entre 410 à 460 gramas. Bolas menores podem ser utilizadas para jogadores mais novos.[8]

O Campo

O campo é de formato retangular, tem comprimento máximo de 144 metros e largura máxima de 70 metros. É dividido pela linha do meio de campo que separa os dois lados. Também é dividido em 2 regiões de touch in entre 10 e 22 metros de comprimento. A superfície deve ser de grama, mas também pode ser areia, barro, neve ou grama artificial. O jogo pode ser sobre a neve, desde que a neve e a superfície subjacente sejam seguros para tal. Não é permitido jogar-se em uma superfície dura permanente como concreto ou asfalto. E no caso de grama artificial, elas devem estar em conformidade com o Regulamento 22 da IRB.[9]
Campo medidas-rotated.png

Equipe

Uma equipe de rugby contém 15 jogadores titulares e, normalmente, 7 suplentes. As equipes constituem-se de 8 Avançados, 2 médios, e de 5 defesas ou Linhas Atrasadas. A posição dos jogadores em campo geralmente é composta em linha paralela, sendo que os jogadores não podem se posicionar a frente da bola em jogo.[10]

Posições do rugby.
Formação da equipa de râguebi com 15 jogadores
1 Pilar aberto
2 Hooker
3 Pilar Fechado

4 Segunda Linha
5 Segunda Linha
6 Asa Cego
8 Oitavo
7 Asa Aberto


9 Half-Scrum



10 Abertura




12 Primeiro Centro





13 Segundo Centro
11 Ponta Invertido




14 Ponta



15 Fullback
  • Azul: Forwards
  • Vermelho: Backwards

Equipamento

No rugby são usadas apenas proteções flexíveis, feitas geralmente de tecido, espuma ou borracha. Algumas delas são obrigatórias.
  • Chuteira - Utiliza-se chuteiras exclusivas do desporto, com travas maiores.
  • Shoulder pad - Espécie de colete com partes amaciadas. Existem modelos que protegem os ombros, o abdômen, o peitoral, as costas e o bíceps, ou apenas algumas dessas partes. O uso é feito por debaixo da camisa, então o protetor não é visto pelas pessoas.
  • Boqueira - Proteção para os dentes. Sendo mais comum apenas a proteção única (apenas para os dentes superiores), pois não atrapalha a respiração, nem a comunicação entre os jogadores.
  • Scrum cap - Espécie de capacete com partes amaciadas para proteger o crânio de impactos de pequena e média força. Seu principal uso é de proteção para as orelhas, evitando o atrito dessas e possível deformação das mesmas. O scrum cap é mais utilizado pelos Avançados do que pelos Linhas. Essa não é obrigatória e a maioria dos jogadores não a utilizam.
Pontuação
  • Ensaio ou Try (5 pontos) - É marcado quando um jogador consegue apoiar a bola com uma das mãos no chão (toque-no-solo) dentro da "área de validação" adversária, que corresponde a área após a linha dos postes.[11]
  • Conversão (2 pontos) - Sempre após o try, a equipe marcadora tem a possibilidade de chutar em direção aos postes do ponto paralelo dentro do campo de jogo àquele em que a bola foi apoiada na "área de validação", tentando fazer com que a bola passe por cima da trave e entre os postes da equipa adversária.
  • Pontapé de ressalto ou Drop goal (3 pontos) - Durante a partida, um jogador pode desferir um chute tentando fazer a bola passar por cima da trave e entre os postes da equipa adversária. O jogador deve obrigatoriamente fazer a bola tocar no chão e no retorno fazer um chuto imediato.
  • Pontapé de Penalidade ou Penalty Goal (3 pontos) - Ao sofrer uma falta a equipa pode optar por tentar fazer um chuto aos postes no local onde ocorreu a infracção.

Pontuação em torneios

O sistema de pontuação de torneios geralmente usa o seguinte esquema:
  • Vitória - 4 pontos
  • Empate - 2 pontos
  • Derrota - 0 pontos
  • Ponto bônus - independentemente do resultado do jogo um time pode ganhar um ponto de bônus através dos seguintes critérios:
    • Marcar pelo menos 4 tries no jogo
    • Perder por uma diferença de 7 ou menos pontos

Regras do rugby

Passe


Jogador passando a bola com as mãos.
No rugby só é possível passar a bola para o lado ou para trás, sendo que os avanços são decorrentes das corridas com posse de bola, só é possível passes para a frente com pontapés. No chute, só podem perseguir a bola, além do chutador, os jogadores que estiverem em linha ou atrás do mesmo no momento do pontapé.

Tackle ou placagem


O tackle ou placagem.
O tackle é feito agarrando-se o jogador adversário que está portando a bola e o jogando no chão para que se possa fazer a tentativa de tomada da posse de bola através do ruck.

Ruck


O ruck.
Quando um jogador é tacleado ele solta a bola e é formado um ruck podendo mais jogadores também serem adicionados eles se empurram para tentar fazer a bola ficar do lado do time, os jogadores dentro do ruck não podem usar as mãos para empurrar a bola.

Maul


O maul.
O Maul acontece quando três jogadores, sendo um que tem a posse da bola e mais dois, um de cada time, estão em contato.
O que difere o ruck do maul é que a bola não se encontra no chão, e sim na mão do jogador. A linha de impedimento também é formada no último pé, do último homem da formação e os jogadores só podem entrar no maul por trás desse último jogador, sendo a entrada pelo lado penalizada.
Os jogadores devem manter os ombros e cabeça acima da linha da cintura, e o time que não tem a posse da bola não pode derrubar o maul intencionalmente(regras antigas, pois segundo as novas regras definidas pela IRB já é possível derrubar ajudando assim a equipe que defende) . Também não é permitido tirar os jogadores do maul, a não ser que esse seja do time adversário e esteja do lado errado do maul.

Scrum


Um scrum ou formação ordenada.

Formação de um scrum.
O scrum ou formação ordenada, é uma situação frequente no rugby, geralmente é usado após uma jogada irregular ou em alguma penalização. Os 8 Avançados das duas equipes formam uns contra os outros. O Scrum-half (Médio-Formação) da equipe que não cometeu a infração insere a bola no meio do "túnel" formado pelas duas primeiras linhas de cada equipe com a finalidade de que os jogadores da sua equipe consigam ganhar (talonar) a bola. As novas regras dizem que qualquer jogador que não faça parte da formação ordenada (composta por avançados e formação) tem que se encontrar a 10m da mesma.

Laterais


Cobrança de um lateral ou lineout no rugby.
Lateral, Lineout ou Alinhamento
Quando a bola sai pela lateral do campo, uma das formas de repô-la em jogo é realizando um alinhamento. O hooker (talonador) da equipe não responsável pelo alinhamento verificado, lança a bola por cima da cabeça no meio das duas linhas formadas por um máximo de oito jogadores Avançados de cada equipe, que tentarão pegar a bola saltando, sem haver disputas corpo-a-corpo.
No alinhamento é permitido que se levantem os jogadores no ar a fim de que seja pega a bola. Normalmente os levantados são os Segundas-Linha ou Terceiras-Linha (Asas) e os que formam o "elevador" são os Pilares, dado que estes, por fazerem parte do pack, tendem a ser mais fortes, enquanto aqueles, corredores, necessitam de maior leveza e agilidade.
Alternativamente, quando a bola é posta pela lateral, a equipe adversária pode repô-la rapidamente para dentro do campo, bastando que ela cruze a linha de 5 metros, sem formação de linhas. Caso a reposição não seja imediata, deve-se proceder ao lineout.

Mark

Quando a equipe adversária chuta a bola e o jogador da outra equipe a pega sem quicar no chão e dentro da área de 22 metros, ele pode pedir mark ou marco, que consiste na possibilidade de se dar um chute sem ter o perigo de ser tackleado. O jogador que pediu marco tem o direito de dar um chute de onde pegou a bola.

Penalidades

Existem vários tipos de penalidades no rugby, com várias formas de serem punidas. Existem 4 formas de se cobrar uma penalidade:
  • Punt - Um chute para frente, visando fazer a bola sair pela linha lateral. Neste lineout a equipe que cobrou a penalidade terá a posse de bola.
  • Scrum - Formação de um scrum, com a equipe ofendida pondo a bola no túnel
  • Run - Simplesmente correr com a posse de bola
  • Penalty Goal - Tentativa de chute entre as traves, para marcar pontos

Placagem sem a bola / Tackle off ball

Marcado quando um jogador é placado sem a bola, se for intencional pode ser considerada como atitude antiesportiva quase sempre punida com expulsão.

Pass forward

É marcado quando a bola é passada, com as mãos, pra frente. Nesse caso, é formado, no local da penalidade, um scrum.

Offside

Se o jogador fica na frente da linha de uma formação ele está offside,com isso seu time sofre um penal.

Knock on

Quando o jogador deixa a bola cair para a frente sem intenção e ela bate no chão, ocorre uma penalização chamada knock on.

Tackle alto

É quando um jogador tacleia o adversário acima da linha dos ombros.Isso é considerado "jogo perigoso",por isso o jogador leva cartão amarelo ficando fora do jogo durante um determinado tempo; se o jogador fizer isso duas ou mais vezes é expulso.

Arbitragem


Árbitro principal de um jogo de rugby.
No rugby existem três ou quatro árbitros, sendo três de campo. O principal árbitro apita e conduz o jogo em campo e outros dois são os laterais como no futebol. Em competições internacionais ou dentro das grandes ligas, existe ainda o arbitro de vídeo, que assiste a partida pela televisão e tem acesso a recursos para conferir jogadas nas quais os três árbitros têm dúvida ou não chegam a um consenso. Serve também para advertir ou punir jogadores que cometeram agressões contra os adversários durante a partida.
Algo interessante no rugby é que os jogadores não podem falar, discutir e jamais insultar os árbitros. Somente os capitães podem se dirigir ao árbitro, que pode punir um jogador e/ou o time caso tal regra seja desrespeitada.[12]
Existem dois tipos de cartões:

Campeonatos


Troféu Webb Ellis ganho pela seleção campeã da Copa do Mundo.
O mais importante campeonato de râguebi é o Copa do Mundo.

Entre seleções

Copa do Mundo

A Copa do Mundo de Rugby é o principal evento entre selecções. Disputada a cada quatro anos desde 1987, trata-se do terceiro evento desportivo mais visto no planeta (atrás apenas da Copa do Mundo de Futebol e dos Jogos Olímpicos). A penúltima edição do evento, ocorrida em 2003, foi assistida por mais de 3,4 bilhões de pessoas (conforme informação do site Rugby World Cup History). Sua última edição (ocorrida em 2007, na França) foi vencida pela seleção da África do Sul que, com essa vitória, igualou-se à Austrália, ambas agora com dois títulos. O primeiro mundial foi disputado em 1987, com a Nova Zelândia sagrando-se campeã. Austrália, 1991 e 1999), A Inglaterra (2003) e África do Sul (1995 e 2007) são os outros campeões. A próxima Copa do Mundo de Rugby será disputada em 2011 na Nova Zelândia.

Outras competições


Jogo na Irlanda pelo torneio das Seis Nações.
Outros importantes torneios são a copa das Seis Nações (torneio desportivo entre selecções mais antigas do mundo), disputado pela Inglaterra, Escócia, País de Gales, Irlanda, França e Itália; e o Três Nações, disputado pela Austrália, Nova Zelândia e África do Sul. Além desses campeonatos, as principais seleções do mundo disputam anualmente uma série de amistosos, denominados Tests, os quais são muito valorizados no mundo do rugby.

Entre clubes, seleções regionais e franquias

 Campeonatos Nacionais


Jogo válido pelo torneio Top 14, o campeonato francês de rugby.
Os campeonatos profissionais mais importantes no mundo são: o Campeonato Inglês (Guinness Premiership), o Campeonato Francês (Top 14), a Liga Celta (Celtic League, disputada por equipes de Irlanda, Escócia, País de Gales e, a partir de 2010, da Itália), o Campeonato Italiano (Super 10), o Campeonato Sul-Africano (Currie Cup), o Campeonato Neozelandês (ITM Cup) e o Campeonato Japonês (Top League). Na Inglaterra, na França e na Itália, o modelo de competição escolhido é o de clubes. Na Liga Celta, na África do Sul e na Nova Zelândia, o modelo usado é o de seleções regionais, isto é, equipes que podem representar uma província inteira, mais de uma província, uma parcela de uma província ou uma região designada por algum motivo histórico, geográfico ou meramente esportivo. Com o profissionalismo, o caráter de seleção foi perdido, já que os jogadores podem ser contratados de uma equipe para a outra, mas a representatividade das equipes continua a mesma. No Japão, os times são mantidos por grandes corporações. Na Europa, as ligas geralmente duram o ano todo, começando em meados de agosto e terminando em meados de maio do ano seguinte. No hemisfério sul geralmente as ligas nacionais duram apenas metade do ano, sendo a outra metade disputada as competições internacionais.

Campeonatos Internacionais

Na Europa, há dois grandes campeonatos continentais interclubes: a Copa Européia de Rugby (conhecida como Heineken Cup, ou H Cup), e a Copa Desafio Europeu (ou AMLIN Challenge Cup). A Copa Européia reúne os primeiros colocados dos campeonatos profissionais da Europa, ao passo que a Copa Desafio Europeu reúne as demais equipes dos mesmos campeonatos, assim como equipes de outros países do continente. Há ainda uma terceira competição internacional importante que reúne algumas equipes profissionais e outras semi-profissionais: a Copa Britânico-Irlandesa (a British and Irish Cup), da qual participam equipes das segundas divisões de Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda.
África do Sul, Austrália e Nova Zelândia possuem uma liga internacional que opera no modelo de franquias: o Super Rugby. De 1996 a 2005, a competição era chamada de Super 12, tendo a participação de doze equipes. De 2006 a 2010, ficou conhecida como Super 14, já que dela participavam catorze equipes. A partir de 2011 será chamada de Super 15, e terá a participação de quinze equipes, cinco de cada país. Cada equipe (franquia) do Super Rugby representa uma região. No caso da Austrália, cada uma das cinco franquias representa um estado. No caso das franquias da África do Sul e da Nova Zelândia, cada uma representa um conjunto de equipes dos respectivos campeonatos nacionais (Currie Cup, na África do Sul, e ITM Cup, na Nova Zelândia).

Calendário das principais competições

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Ligas européias (2º turno e playoffs)

Ligas européias (1º turno)
Copa Heineken

Copa Heineken (playoffs)



Copa Heineken (1ª fase)

Seis Nações












Tours de Verão










Três Nações



Super 14











Currie Cup







Air New Zealand Cup

O terceiro tempo

No Rugby, diferentemente de outros esportes, existe uma "Terceira Parte", que consiste na reunião das duas equipes para comemorar o jogo e comentar lances e expectativas dos dois times. No Terceiro Tempo é esquecida a possível rivalidade existente entre as duas equipes, o que resulta numa das melhores características do esporte, que é a camaradagem entre os jogadores e entre as torcidas.
É de costume que Terceiro Tempo seja bancado pelo time da casa e oferecido ao time visitante.
O Terceiro Tempo, evidentemente, não é oficial e não há referências a ele nas regras da IRB.

O rugby no mundo


A seleção neozelandesa (os All Blacks) fazendo o tradicional haka antes de seus jogos.

Jogo entre a Argentina e França.
Disputado em mais de 120 países, é extremamente popular sobretudo nas partes do mundo de forte influência inglesa, como nas Ilhas Britânicas, na Austrália (Wallabies), na Nova Zelândia (All Blacks) e na África do Sul (Springboks), além da França (Les Bleus), sendo essas as grandes forças do esporte. É também popular na Itália (Gli Azzurri), na Argentina (Los Pumas) e no Uruguai (Los Teros). Fora dos Jogos Olímpicos desde 1928, tudo indicava que o desporto voltasse à família olímpica nos Jogos de 2012 (mas aí, talvez, com a sua versão reduzida, o rugby de sete jogadores, conhecida como Rugby Sevens), contudo tal expectativa não foi confirmada pelo Comité Olímpico Internacional, tendo sido confirmada a presença do rugby de sete jogadores nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.

O rugby no Brasil

Ver artigo principal: Rugby no Brasil
No livro de Tomás Mazzoni, “História do Futebol no Brasil” (Edições Leia, 1950) encontra-se a afirmação de que o rugby foi introduzido no Brasil ainda no século XIX:
“O historiador Paulo Varzea afirma que o primeiro clube de esportes (terrestre e ao ar livre) fundado em 1875 pelos Srs. H.L. Wheatley, A. MacMillan, C.D. Simmons, Amaral, Robinson e Cox (…), recebendo posteriormente a denominação de Paissandu Atlético Clube. Foi esse o primeiro clube organizado no Brasil, mas a tentativa para a prática do futebol entre seus sócios durou pouco, contando-se mesmo o fato seguinte: familiarizado com o futebol, Oscar Cox mandou buscar em Londres uma bola redonda, por volta de 1896, mas teve que, por impropriedade do terreno para o ‘soccer’, aproveitá-la nos exercícios de ‘rugby’ do clube”.
Mazzoni segue dizendo:
“O segundo clube surgido em terra carioca foi o do Clube Brasileiro de Futebol Rugby[13], primeiro a cultivar este esporte no Brasil, fundado em 12 de setembro de 1891, pelos Srs. Alfredo Amaral Fontoura, Virgílio Leite, Oscar Vieira de Castro, Edwin Ral, Sidney Cox, Augusto Amaral e Luiz Leonel Moura, este jovem brasileiro, recém chegado da Inglaterra, onde fora educado no ‘Elizabeth College’, da ilha de Guernsey, no qual aprendera o ‘rugby’ e o futebol ‘soccer’. Foi por sua iniciativa que se introduziu no Rio o ‘rugby’, que logo encontrou adeptos, enquanto que o futebol ‘association’, tentado pelos rapazes do Clube Brasileiro de Cricket e reeditado por Moura, entre 1892 e 1893, foi depois esquecido.”
Mas ao que parece, o rugby tinha outros amantes. Mazzoni, no mesmo livro, relata:
“Em 1896 regressava dos Estados Unidos o Sr. Augusto Shaw, professor do Mackenzie College, que passou a desenvolver grande propaganda do Bola ao cesto e do rugby.”
Mazzoni também cita:
“Além de futebolista, Charles Miller foi ‘cricketer’ famoso, consagrado tenista e temível ‘rugby player’. Em 1888 organizara o primeiro time de rugby em São Paulo o São Paulo Atlético Club famoso como SPAC.”
Porém o desporto só começou a ser praticado com regularidade no país a partir de 1925, em São Paulo, no São Paulo Athletic Club. Neste ano, o Sr. Gordon Rule reuniu jogadores que moravam em São Paulo e que por acaso tivessem praticado esta modalidade de esporte. Cerca de 40 pessoas foram agrupadas em duas equipes que jogavam entre si nos fins de semana, no campo do Floresta e subsequentemente no do C.R. Tietê e no do C.A. Paulistano. Posteriormente, passaram a utilizar-se do Campo do São Paulo Athletic Club em Pirituba - o campo dos ingleses, como era chamado.
Neste mesmo ano, surgiram novas equipes em Santos e no Rio de Janeiro. Em maio de 1926, uma série de jogos interestaduais foram realizados no Brasil. No dia 23, os cariocas venceram os paulistas por 23 a 3; na semana anterior, no dia 16, a equipe de São Paulo havia vencido a de Santos, no primeiro jogo entre as duas cidades. Um jogo interestadual foi de fato jogado em 1911 e alguns outros até antes, mas infelizmente não se tem dados a respeito dos mesmos.
Nesta época, os jogadores, na sua grande maioria, eram membros ou filhos da colônia inglesa; outros, em menor número, eram sírio-libaneses que haviam estudado na Inglaterra. No período compreendido entre 1926 e 1940, foram realizados todo ano algumas partidas entre quadros cariocas e paulistas. Esporadicamente, eram realizados jogos internacionais, como contra os Springboks (seleção da África do Sul) em 1932, e contra a Seleção Britânica em 1936, além de partidas amistosas contra equipes de tripulantes de navios que atracavam nos portos de Santos e do Rio de Janeiro.
A partir da Segunda Guerra Mundial, os ingleses que moravam no Brasil, que praticavam o rugby, foram chamados para defender os países aliados. Desta maneira, o esporte deixou de ser praticado entre os anos de 1941 a 1946. No ano seguinte, as partidas voltaram a acontecer.
Em 1947 os jogos voltaram a ser realizados, porém com menor frequência devido ao pequeno número de jogadores interessados. Tanto que, nesta época, eram disputados apenas jogos entre paulistas e cariocas; os santistas já não conseguiam reunir condições suficientes para formar um time. A partir de 1960, atletas do São Paulo Athletic Club passaram a representar a agremiação. No mesmo ano, surgiu o Aliança Rugby Football Club, formado por atletas argentinos, franceses, ingleses e alguns brasileiros. A mesma iniciativa de se formar um clube surgiu entre os integrantes da colónia japonesa, que criaram em 1961 o São Paulo Rugby Football Club.
Com o crescimento da modalidade do país, foi fundada em 6 de Outubro de 1963 a União de Rugby do Brasil (URB), com sede em São Paulo. O idealizador da entidade foi Harry Donavan. Em 1964, a URB idealizou o 3º Campeonato Sul-Americano de Rugby. Na competição, o Brasil foi vice-campeão. Este torneio trouxe novo impulso, surgindo então, pela primeira vez, a categoria juvenil com a formação das equipes do São Paulo Athletic Club, Colégio Liceu Pasteur e Bertioga Rugby Clube.
Em outubro de 1966 aconteceu a primeira partida entre duas escolas de ensino superior, entre a A.A.A. Horácio Lane, da Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie e a A.A.A. Oswaldo Cruz, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Em 1971, houve o início do desenvolvimento do rugby infanto-juvenil em São Paulo. No ano seguinte, em 30 de Dezembro, surge a Associação Brasileira de Rugby (ABR), em substituição a URB. A nova entidade foi reconhecida pelo Conselho Nacional do Desporto. Em 1973, a ABR organizou o 7º Campeonato Sul-Americano de Rugby, em São Paulo. Cinco anos depois, a entidade promoveu o 4º Campeonato Sul-Americano de juvenis.
No início de 2010, a Associação Brasileira de Rugby muda seu nome para Confederação Brasileira de Rugby. A alteração acontece para a entidade se adequar a estrutura administrativa esportiva do Brasil e facilitar o apoio por parte do COB (Comitê Olímpico Brasileiro).
Atualmente são disputadas várias competições nas categorias masculina e feminina adulta, juvenis e universitárias no país. As principais competições realizadas são:
Competições Nacionais
Competições Estaduais
Todos os campeões do Campeonato Brasileiro de Rugby (Desde 1964)
*1976 o título foi dividido por SPAC e Niterói **1983 o título foi dividido por Alphaville e Niterói

O rugby em Portugal

A Federação Portuguesa de Rugby é a entidade máxima do Rugby em Portugal, ela foi fundada em 1957 na cidade de Lisboa. Em 2007 foi possível assistir à estreia da Selecção Portuguesa de Râguebi Masculino (também chamados "Os Lobos") no Campeonato Mundial de Râguebi, composta apenas por jogadores amadores. "Os Lobos" perderam todos os jogos, tendo sofrido 3 derrotas nos 3 primeiros jogos, mas ficaram muito perto de vencer a Seleção Romena de Râguebi no último jogo, e conseguiram marcar sempre um ensaio (try) em cada desafio.[14] As grandes equipas portuguesas de râguebi concentram-se na sua maioria na região de Lisboa, mas o jogo é praticado em toda a extensão do território, desde o Norte de Portugal, com equipas no Minho e Trás os Montes, até ao Algarve.
Competições Nacionais

Referências