quarta-feira, 22 de março de 2017


Ring girl mais famosa do Ultimate, Arianny Celeste chamou a atenção de seus seguidores nas redes sociais ao publicar foto de topless com uma amiga e postar uma legenda provocativa.

- Nossas caras quando dizem que roupa é opcional - escreveu a musa.

Arianny Celeste UFC

Contra violência à mulher, Érica Paes repassa técnicas adaptadas da luta

Única lutadora a derrotar Cris Cyborg no MMA ensina defesa pessoal em novo projeto intitulado "Eu Sei Me Defender" e planeja atender até 200 alunas por turma no futuro

Por Rio de Janeiro
Érica Paes, projeto Eu Sei Me Defender, MMA, jiu-jítsu (Foto: Adriano Albuquerque)Érica Paes ajusta a pegada de uma aluna do projeto "Eu Sei Me Defender" (Foto: Adriano Albuquerque)
Lutar jiu-jítsu e MMA não deixa ninguém imune a sofrer agressão, em casa ou na rua, especialmente se for mulher. Que o diga Érica Paes. A única mulher a vencer Cris Cyborg no MMA já foi vítima da violência doméstica dentro de sua própria casa, e também sofreu tentativas de estupro. Seu conhecimento de artes marciais a salvou, e a escalada da violência à mulher no país - de acordo com o estudo "Mapa da Violência 2015 - Homicídios de mulheres no Brasil", 13 mulheres são assassinadas por dia em território nacional - a alertou à necessidade de repassar sua sabedoria. No último fim de semana, a lutadora paraense deu o pontapé inicial na versão carioca de seu projeto "Eu Sei Me Defender", em que ensina técnicas de luta adaptadas para a defesa pessoal de mulheres em situações de assédio, abuso e agressão.
- (O projeto) Começou devido a eu ter sido vítima tanto de violência doméstica, quanto de duas tentativas de estupro, e, justamente, o sentimento de ter conseguido sair dessa situação… (Pensei) “Nossa, ainda bem que era eu”. Sempre pensava na possibilidade de ter sido outras mulheres, porque ocorre, infelizmente, o crescimento da violência contra a mulher está desordenado, em todos os sentidos. Aí surgiu a ideia de passar um pouco do meu conhecimento nessa forma, encontrar parcerias que me passassem esses números, essas estatísticas e começar a estudar os movimentos que eu já fazia no sistema progressivo e de conhecimento durante a vida toda, são 17 anos de faixa preta (de jiu-jítsu). Então eu comecei a adaptar algumas coisas para situações reais. Por exemplo, esse mês, o crescimento de abuso sexual foi em ambiente doméstico, então essa estatística me leva a pensar: “O que eu vou fazer no ambiente doméstico?” Passei a imaginar e a gente começa a simular. Eu estou deitada de lado, o cara vem e pula em cima de mim; estou de peito para cima e o cara vem; estou de bruços e o cara vem para me estuprar, em um ambiente doméstico, estou dentro da minha casa, né? Então eu comecei a fazer o estudo para poder replicar para as minhas alunas, para que elas não passem por esse tipo de traumas - explicou Paes ao Combate.com.
Érica Paes, projeto Eu Sei Me Defender, MMA, jiu-jítsu (Foto: Adriano Albuquerque)Érica Paes demonstra como tirar satisfação de assediadores em lugares públicos (Foto: Adriano Albuquerque)
O projeto começou em Belém, cidade natal da lutadora, e ganhou notoriedade após Érica Paes apresentá-lo no programa "Encontro com Fátima Bernardes" no início do mês - a lutadora vem atuando como consultora e atriz na próxima novela das 9 da Rede Globo, "A Força do Querer", de Glória Perez. A partir daí, a paraense recebeu centenas de mensagens de todo o país, incluindo de médicas, advogadas, juízas, engenheiras - em resumo, mulheres bem sucedidas em suas profissões - relatando casos de violência doméstica e pedindo para participar do projeto. A primeira turma, que terá aulas gratuitas na Ilha da Gigoia, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, já está lotada, e Paes também abriu turmas pagas às terças e quintas, às 12h e às 19h, na academia KS, na Barra da Tijuca.
- O foco é passar o conhecimento de uma vida inteira dedicada às lutas, dedicada aos treinos, e de uma forma social. Esse trabalho é gratuito, no projeto social é gratuito. Já o programa “Eu sei me defender”, aqui na KS, existe uma mensalidade, para aquele povo que não pode estar lá. Em menos de 24h, a gente lotou a turma e está com lista de espera. É grandioso o trabalho. Estamos com a pretensão de lançar na Cidade da Polícia, em parceria com a Polícia Civil. Estamos caminhando para lançar um grande polo, com capacidade para mais ou menos 200 alunas por turma - contou.
Érica Paes, projeto Eu Sei Me Defender, MMA, jiu-jítsu (Foto: Adriano Albuquerque)Érica Paes instrui uma aluna do projeto "Eu Sei Me Defender": primeira turma já está lotada (Foto: Adriano Albuquerque)
Na primeira aula, com cerca de 20 pessoas, Érica Paes repassou diversas situações de agressão, desde tentativas de estupro a assédios na rua e em boates. Ela contou com a ajuda de alguns alunos masculinos e femininos para demonstrar as técnicas. Na plateia, estavam os atores Raul Gazolla e João Camargo, que estão no elenco da novela "A Força do Querer", e a lutadora enfatizou: o projeto não é contra os homens, mas contra a violência.
- Sempre ajudo e sempre participo quando posso. Acho o projeto fantástico, toda mulher tem o direito de saber se defender da truculência de um homem covarde. Um homem que quer agredir uma mulher pra conseguir qualquer coisa, seja um abraço, um beijo, um estupro, uma violência a mais, merece o extermínio. Acho esse trabalho essencial. Existe uma violência que a gente desconhece, mas é verdadeira, que é a violência caseira, doméstica, e isso acontece em várias classes sociais, em que o cara acha que pode se sobrepor à mulher porque é do sexo masculino. Acho isso um absurdo. Graças a Deus a Érica está fazendo esse trabalho, conscientizando e ensinando algumas técnicas, que a mulher pode se defender e escapar de uma situação difícil - disse Gazolla.

Contra violência à mulher, Érica Paes repassa técnicas adaptadas da luta

Única lutadora a derrotar Cris Cyborg no MMA ensina defesa pessoal em novo projeto intitulado "Eu Sei Me Defender" e planeja atender até 200 alunas por turma no futuro

Por Rio de Janeiro
Érica Paes, projeto Eu Sei Me Defender, MMA, jiu-jítsu (Foto: Adriano Albuquerque)Érica Paes ajusta a pegada de uma aluna do projeto "Eu Sei Me Defender" (Foto: Adriano Albuquerque)
Lutar jiu-jítsu e MMA não deixa ninguém imune a sofrer agressão, em casa ou na rua, especialmente se for mulher. Que o diga Érica Paes. A única mulher a vencer Cris Cyborg no MMA já foi vítima da violência doméstica dentro de sua própria casa, e também sofreu tentativas de estupro. Seu conhecimento de artes marciais a salvou, e a escalada da violência à mulher no país - de acordo com o estudo "Mapa da Violência 2015 - Homicídios de mulheres no Brasil", 13 mulheres são assassinadas por dia em território nacional - a alertou à necessidade de repassar sua sabedoria. No último fim de semana, a lutadora paraense deu o pontapé inicial na versão carioca de seu projeto "Eu Sei Me Defender", em que ensina técnicas de luta adaptadas para a defesa pessoal de mulheres em situações de assédio, abuso e agressão.
- (O projeto) Começou devido a eu ter sido vítima tanto de violência doméstica, quanto de duas tentativas de estupro, e, justamente, o sentimento de ter conseguido sair dessa situação… (Pensei) “Nossa, ainda bem que era eu”. Sempre pensava na possibilidade de ter sido outras mulheres, porque ocorre, infelizmente, o crescimento da violência contra a mulher está desordenado, em todos os sentidos. Aí surgiu a ideia de passar um pouco do meu conhecimento nessa forma, encontrar parcerias que me passassem esses números, essas estatísticas e começar a estudar os movimentos que eu já fazia no sistema progressivo e de conhecimento durante a vida toda, são 17 anos de faixa preta (de jiu-jítsu). Então eu comecei a adaptar algumas coisas para situações reais. Por exemplo, esse mês, o crescimento de abuso sexual foi em ambiente doméstico, então essa estatística me leva a pensar: “O que eu vou fazer no ambiente doméstico?” Passei a imaginar e a gente começa a simular. Eu estou deitada de lado, o cara vem e pula em cima de mim; estou de peito para cima e o cara vem; estou de bruços e o cara vem para me estuprar, em um ambiente doméstico, estou dentro da minha casa, né? Então eu comecei a fazer o estudo para poder replicar para as minhas alunas, para que elas não passem por esse tipo de traumas - explicou Paes ao Combate.com.
Érica Paes, projeto Eu Sei Me Defender, MMA, jiu-jítsu (Foto: Adriano Albuquerque)Érica Paes demonstra como tirar satisfação de assediadores em lugares públicos (Foto: Adriano Albuquerque)
O projeto começou em Belém, cidade natal da lutadora, e ganhou notoriedade após Érica Paes apresentá-lo no programa "Encontro com Fátima Bernardes" no início do mês - a lutadora vem atuando como consultora e atriz na próxima novela das 9 da Rede Globo, "A Força do Querer", de Glória Perez. A partir daí, a paraense recebeu centenas de mensagens de todo o país, incluindo de médicas, advogadas, juízas, engenheiras - em resumo, mulheres bem sucedidas em suas profissões - relatando casos de violência doméstica e pedindo para participar do projeto. A primeira turma, que terá aulas gratuitas na Ilha da Gigoia, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, já está lotada, e Paes também abriu turmas pagas às terças e quintas, às 12h e às 19h, na academia KS, na Barra da Tijuca.
- O foco é passar o conhecimento de uma vida inteira dedicada às lutas, dedicada aos treinos, e de uma forma social. Esse trabalho é gratuito, no projeto social é gratuito. Já o programa “Eu sei me defender”, aqui na KS, existe uma mensalidade, para aquele povo que não pode estar lá. Em menos de 24h, a gente lotou a turma e está com lista de espera. É grandioso o trabalho. Estamos com a pretensão de lançar na Cidade da Polícia, em parceria com a Polícia Civil. Estamos caminhando para lançar um grande polo, com capacidade para mais ou menos 200 alunas por turma - contou.
Érica Paes, projeto Eu Sei Me Defender, MMA, jiu-jítsu (Foto: Adriano Albuquerque)Érica Paes instrui uma aluna do projeto "Eu Sei Me Defender": primeira turma já está lotada (Foto: Adriano Albuquerque)
Na primeira aula, com cerca de 20 pessoas, Érica Paes repassou diversas situações de agressão, desde tentativas de estupro a assédios na rua e em boates. Ela contou com a ajuda de alguns alunos masculinos e femininos para demonstrar as técnicas. Na plateia, estavam os atores Raul Gazolla e João Camargo, que estão no elenco da novela "A Força do Querer", e a lutadora enfatizou: o projeto não é contra os homens, mas contra a violência.
- Sempre ajudo e sempre participo quando posso. Acho o projeto fantástico, toda mulher tem o direito de saber se defender da truculência de um homem covarde. Um homem que quer agredir uma mulher pra conseguir qualquer coisa, seja um abraço, um beijo, um estupro, uma violência a mais, merece o extermínio. Acho esse trabalho essencial. Existe uma violência que a gente desconhece, mas é verdadeira, que é a violência caseira, doméstica, e isso acontece em várias classes sociais, em que o cara acha que pode se sobrepor à mulher porque é do sexo masculino. Acho isso um absurdo. Graças a Deus a Érica está fazendo esse trabalho, conscientizando e ensinando algumas técnicas, que a mulher pode se defender e escapar de uma situação difícil - disse Gazolla.


Durante uma luta de MMA, não é raro ver um lutador ser nocauteado e, no reflexo, segurar as pernas do juiz ou até empurrar o árbitro achando que é o adversário. No entanto, durante o evento KOP 54, Joe Nehm passou de qualquer limite. O peso-leve, além de ser nocauteado por Ryse Brink em apenas 10s, partiu inconscientemente para cima do juiz. O lutador "doidão" chegou a montar nas costas do árbitro, tentando uma finalização, e desferir alguns socos pensando se tratar do rival. A equipe do atleta teve bastante trabalho para impedir que algo pior acontecesse e salvasse a pele do árbitro do combate.


Nocauteado, lutador tenta finalizar juiz

NAC reduz pena de McGregor para US$ 25 mil por "guerra de garrafas"

Comissão Atlética de Nevada também diminuiu de 50 para 25 o número de horas de serviços comunitários a serem prestados pelo irlandês, campeão peso-leve do UFC

Por Las Vegas, EUA
reunião Comissão Atlética de Nevada, MMA, UFC, Conor McGregor (Foto: Evelyn Rodrigues)Reunião da Comissão Atlética de Nevada para rever a pena de Conor McGregor (Foto: Evelyn Rodrigues)
A Comissão Atlética de Nevada reviu a punição dada a Conor McGregor pelo incidente protagonizado por ele e por Nate Diaz na coletiva de imprensa realizada em agosto do ano passado, antes do UFC 202 (Reveja no vídeo abaixo)Pela guerra de garrafas d’água e latas de bebida energética, o irlandês havia recebido multa de US$ 150 mil (cerca de R$ 525 mil), além de ter de prestar 50h de serviço comunitário, e o comprometimento de realizar uma campanha anti-bullying em parceria com a Comissão. Nesta quarta-feira, a  Comissão aprovou a redução da multa para US$ 25 mil (R$ 87,5 mil), além de diminuir as horas de serviços comunitários de 50 para 25 horas, que devem ser cumpridas em um período de seis meses em Dublin ou em Las Vegas.


- Na audiência inicial, a Comissão foi colocada em uma situação difícil, porque nunca tínhamos tido um caso parecido. Chegaram a mencionar o caso de Daniel Cormier e Jon Jones no lobby do MGM, mas não foi a mesma coisa. O Sr McGregor assumiu total responsabilidade na época. Ele entrou por telefone e disse que passou do limite, pediu desculpas, isso sem nós termos conversado antes ou discutido um acordo. A atitude do Sr McGregor foi honrável. Não havia precedentes na época e agora, depois de analisarmos a situação, não acho que a punição imposta a ele foi justa. Ela foi mais alta do que a de Cormier x Jones porque as bolsas dos atletas envolvidos eram mais altas - declarou o diretor executivo da NAC, Bob Bennett, ao apresentar o caso.
McGregor não compareceu à reunião, e foi representado por sua advogada, Jennifer Goldstein, que informou que o atleta estava presente pelo telefone. Em uma rápida votação, a NAC entendeu que a confusão protagonizada por Conor e Diaz não afetou a luta da mesma forma que um caso de doping afetaria e, por isso, merecia ser revista.
Anthony Marnell, chairman, Comissão Atlética Nevada, UFC, MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)Anthony Marnell, chairman, Comissão Atlética de Nevada, anunciou a nova pena de McGregor (Foto: Evelyn Rodrigues)


Ao final da reunião, o chairman da Comissão, Anthony Marnell, declarou que a entidade também vai dar a Nate Diaz o direito a uma revisão da pena. Marnell explicou que o lutador não solicitou a revisão, mas que quer garantir os mesmos direitos aos dois envolvidos. Em audiência no dia 15 de dezembro, Diaz recebeu multa de US$ 50 mil (cerca de R$ 175 mil) pelo incidente na coletiva de imprensa, além de ter de prestar 50h de serviços comunitários até o fim de 2017.