domingo, 26 de junho de 2011

Timão derruba os 100% do São Paulo com goleada histórica no Pacaembu

Corinthians aproveita expulsão de Carlinhos Paraíba e massacra o rival por 5 a 0. Liedson faz três e comanda o passeio sobre o Tricolor ao lado de Danilo

por Carlos Augusto Ferrari e Marcelo Prado
Os velhinhos do Corinthians merecem respeito. Em um clássico quente neste domingo, a garotada do São Paulo não foi capaz de manter os 100% de aproveitamento no Campeonato Brasileiro e sucumbiu frente de um Alvinegro mais experiente e inspiradíssimo. Com gols dos veteranos Danilo, Liedson (três) e Jorge Henrique e um show no segundo tempo, o Timão goleou sem piedade o Tricolor por 5 a 0, no Pacaembu, e embolou a briga pela liderança.
O Corinthians foi melhor durante toda a partida diante de um São Paulo defensivo e sem brilho ofensivo. A expulsão de Carlinhos Paraíba, aos 40 minutos da etapa inicial, foi decisiva para a história do clássico. Em apenas 16 minutos da parte final do Majestoso, o Alvinegro já vencia por três gols de vantagem, arrancando gritos de “olé” e de “o freguês voltou" da Fiel.
Mais do que o massacre, os corintianos deixaram o Pacaembu com o sabor de vingança nos lábios. Rogério Ceni, que fez seu centésimo gol no último encontro entre as equipes, falhou no gol de Jorge Henrique, que fechou o placar, e levou a torcida ao delírio. É a maior vitória do Timão sobre o rival na história, igualando feito de 1996.
Invicto, o Corinthians chega ao 17º clássico de invencibilidade no Pacaembu e se transforma em líder do Brasileirão em aproveitamento. É o segundo colocado na tabela, com 13 pontos, mas tendo ainda um jogo por fazer - o duelo contra o Santos foi transferido para 10 de agosto. Na próxima quarta-feira, visita o Bahia, às 21h50m, em Pituaçu.
O São Paulo, que atuou com cinco desfalques, perde a invencibilidade, mas continua em primeiro na tabela: segue com seus 15 pontos. Também na quarta-feira, recebe o Botafogo, às 21h50m, no Morumbi.

Expulsão e desequilíbrio tricolor
Carlinhos Paraíba em ação pelo São Paulo (Foto: Wander Roberto/VIPCOMM)Carlinhos Paraíba foi expulso no primeiro tempo
(Foto: Wander Roberto/VIPCOMM)
O Corinthians não deu tempo para o São Paulo respirar no primeiro tempo. Tite apostou novamente na marcação sob pressão, em cima dos defensores rivais, adiantando suas peças. Vaiado pela torcida alvinegra pelo gol marcado no último encontro entre os clubes, Rogério Ceni desta vez trabalhou com as mãos em ótima defesa no canto direito após chute do homem surpresa Paulinho, logo a um minuto.

O São Paulo precisou de pouco tempo para se acertar. Carpegiani rapidamente corrigiu a marcação feita pela garotada. Os meninos tricolores, aliás, se destacaram no primeiro tempo. O estreante Rodrigo Caio colou em Danilo e atrapalhou a criação corintiana. Jean e Luiz Eduardo seguraram Jorge Henrique e Willian, respectivamente, deixando Liedson isolado. Wellington foi um gigante no combate defensivo e o jogador mais lúcido na saída para o ataque.
A formação defensiva, porém, permitiu que o Corinthians dominasse o jogo. O São Paulo só reagiu nos contra-ataques. Em um dos poucos que os atacantes conseguiram acertar, faltou pontaria. Dagoberto, aos 28, desperdiçou bela oportunidade ao furar na área um cruzamento vindo de Jean pela direita.
A chuva que caiu sobre São Paulo neste domingo não esfriou os ânimos no encontro de dois grandes rivais. Depois de ser punido com cartão amarelo por se desentender com Paulinho, Carlinhos Paraíba recebeu o vermelho ao fazer falta dura em Weldinho. O clima esquentou, e o árbitro Rodrigo Braghetto não economizou, com cinco advertências. O Timão ainda reclamou de um pênalti de Bruno Uvini em Willian, aos 35.

Timão atropela Tricolor após intervalo

A vantagem de ter um jogador a mais em campo favoreceu o Corinthians durante todo o segundo tempo. O Timão voltou do intervalo pressionando novamente e não demorou a abrir o placar com um golaço, logo a um minuto. Danilo recebeu na área, deu um drible desconcertante em Bruno Uvini e tocou no canto direito de Ceni. Explosão alvinegra no Pacaembu!
liedson corinthians gol são paulo (Foto: Evelson de Freitas / Agência Estado)Liedson em dia iluminado: ele marcou três gols no clássico (Foto: Evelson de Freitas / Agência Estado)
Sem Carlinhos Paraíba, seu único articulador, o São Paulo não conseguiu deixar o campo defensivo e foi outra vez encurralado. Rogério Ceni voltou a aparecer com ótimas defesas, mas a cota de milagres tem limites. Aos oito, depois de pegar uma cabeçada de Leandro Castán, a bola sobrou nos pés do artilheiro Liedson livre na pequena área: 2 a 0.
O placar desfavorável afundou o São Paulo. A garotada se perdeu na marcação e sucumbiu diante da velocidade corintiana. Ralf carimbou a trave aos 14, dando uma amostra do que viria pouco depois, aos 15. Liedson girou sobre Xandão na área e disparou um torpedo para cima de Rogério Ceni, fazendo o terceiro.
Carpegiani ainda tentou fazer sua equipe melhorar com as entradas de Ilsinho e Henrique. Em vão. O Corinthians não deu qualquer chance de reação e entrou no embalo dos gritos de “olé” vindos da Fiel. Ainda restava tempo para mais, aos 34. Danilo fez boa jogada e cruzou na medida para Liedson fazer o terceiro dele. Dois minutos depois, Rogério Ceni engoliu um frango em chute de Jorge Henrique. Era o que a torcida queria para ir embora do Pacaembu ainda mais feliz.
CORINTHIANS 5 X 0 SÃO PAULO
Julio Cesar; Weldinho, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Danilo (Morais); Willian (Emerson), Liedson e Jorge Henrique. Rogério Ceni; Jean, Xandão, Bruno Uvini e Luiz Eduardo; Rodrigo Caio, Wellington e Carlinhos Paraíba; Marlos (Ilsinho), Dagoberto e Fernandinho (Henrique).
Técnico: Tite Técnico: Paulo César Carpegiani.
Gols: Danilo, no 1º minuto, Liedson, aos oito, aos 15 e aos 34 minutos; Jorge Henrique aos 36 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Leandro Castán, Liedson, Paulinho (COR); Rogério Ceni, Carlinhos Paraíba, Wellington.
Vermelho: Carlinhos Paraíba
Data: 26/06/2011. Local: Pacaembu, em São Paulo. Árbitro: Rodrigo Braghetto (SP). Auxiliares: Marcelo Carvalho Van Gasse (Fifa-SP) e Vicente Romano Neto (SP). Renda e público: R$ 955.263,00 / 30.351 pagantes

Botafogo supera vaias e apagão, vence o Grêmio e cola no G-4

Pela terceira vez em pouco mais de dois meses, falta energia no estádio. Jogo fica paralisado durante 20 minutos

por GLOBOESPORTE.COM
O Botafogo terminou a sequência de três jogos em casa com vitória. O Alvinegro superou os desfalques, as vaias e o apagão no Engenhão e venceu o Grêmio por 2 a 1. Marcelo Mattos, que pode ter feito seu último jogo com a camisa do Glorioso, e Elkeson, marcaram os gols alvinegros. Rafael Marques, no fim, descontou.
Com o resultado, o Botafogo deu um salto na tabela e encostou no G-4. Com 11 pontos, o clube carioca ocupa a quinta colocação, mas ainda pode ser ultrapassado neste domingo pelo Vasco, que joga às 18h30m, contra o Atlético-GO. O Grêmio, por sua vez, segue em situação delicada. O time de Renato Gaúcho, que não vence há três rodadas, caiu para a 12º, com sete pontos.
Os dois times voltam a campo na quarta-feira. Às 21h50, o Botafgo vai ao Morumbi enfrentar o líder São Paulo. O Grêmio recebe o Avaí, às 19h30m, no Olímpico.
O caminho é pela esquerda
Foi o Botafogo que começou a partida comandando as ações ofensivas. Com forte marcação na saída de bola do Grêmio, o Alvinegro procurou sufocar o adversário, que entrou em campo com apenas um atacante. No entanto, o time de Caio Júnior insistia em armar jogadas pelo meio da defesa adversária, que, fechada, conseguia impedir maiores perigos.
Do lado direito, um debilitado Maicosuel – que no último sábado não treinou por causa de problemas estomacais – não mostrava a habitual velocidade na combinação de jogadas com Alessandro. Pela esquerda, Márcio Azevedo formava boa parceria com Everton, que mostrava ser a melhor saída do Botafogo para o ataque.
grêmio everton botafogo (Foto: Ivo Gonzalez / O Globo)Everton teve boa atuação no 1º tempo, mas caiu de rendimento na etapa final (Foto: Ivo Gonzalez / O Globo)
E foi das raras vezes que investiu pelo lado esquerdo que o Botafogo levou perigo ao Grêmio. Herrera e Maicosuel desperdiçaram boas oportunidades iniciadas pelo camisa 10. O Alvinegro deu nove chutes a gol no primeiro tempo, mas o Tricolor gaúcho mostrou maior eficiência, levando perigo nas três oportunidades que teve nos 45 minutos iniciais.
Diante da falta de eficiência do Botafogo, o Grêmio passou a aproveitar os espaços e quase marcou nos contra-ataques, mesmo com a saída de Marquinhos, machucado, e a marcação sob Douglas, principal homem de criação. Fernando teve uma chance frente a frente com Renan, mas o substituto de Jefferson fez grande defesa. Na sequência da jogada, depois de falha de Márcio Azevedo na marcação, Lúcio pegou de voleio, e Marcelo Mattos tirou quase em cima da linha.
Vaias, apagão e gols
Na volta do intervalo, o Grêmio, com poucas opções ofensivas, continuava apostando nos contra-ataques, e quase marcou com William Magrão. O gol só não saiu porque Renan, mas uma vez de frente com um gremista, se desdobrou no lance.
Irritada com a atuação do time, a torcida do Botafogo passou a vaiar e obrigou Caio Júnior a mexer. As mudanças, no entanto, desagradaram os torcedores, que não pouparam o treinador. Cidinho e Caio entraram, enquanto Everton e Maicosuel deixaram o jogo.
Caio Jr. ouviu gritos de “burro”, mas as substituições surtiram efeito. Em seu primeiro lance, Cidinho forçou a expulsão de Fernando, que já tinha cartão amarelo. Com um a mais, o Botafogo voltou a mandar no jogo e chegou ao gol. Elkeson cruzou forte, e Marcelo Mattos, no reflexo, usou a cabeça. A mesma torcida que vaiava passou a gritar “fica, fica”, uma vez que o volante pode ter feito sua última partida pelo Alvinegro. Seu contrato termina no dia 30 e, suspenso, ele não enfrenta o São Paulo, na quarta-feira.
O gol alvinegro veio seguido de um apagão. Mais uma vez – a terceira neste ano -, faltou luz no estádio. A partida ficou paralisada durante 20 minutos. A falta de energia, porém, não "apagou" o ânimo botafoguense. Logo depois de o árbitro Jailson Macedo Freitas reiniciar o jogo, Elkeson  aproveitou o cruzamento de Caio, após linda jogada pela direita, e ampliou. Na comemoração, o meia tirou a camisa e recebeu cartão amarelo.
Mesmo com um a menos e em desvatagem no placar, o Grêmio ainda teve forças para buscar o gol de honra antes do apito final. Douglas cobrou falta, Renan rebateu para o meio da área, a bola bateu em Rafael Marques e foi para as redes.
BOTAFOGO 2  X 1 GRÊMIO
Renan, Alessandro, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Márcio Azevedo; Marcelo Mattos (Thiago Galhardo), Lucas Zen, Everton (Cidinho) e Elkeson; Maicosuel (Caio) e Herrera. Marcelo Grohe, Gabriel, Mário Fernandes, Rafael Marques, Neuton; Fernando, Willian Magrão, Lúcio, Marquinhos (Roberson), Douglas; Lins (Leandro).
Técnico: Caio Júnior Técnico: Renato Gaúcho
Data: 26/06/2011. Horário: 16h (de Brasília). Local: Engenhão, Rio de Janeiro (RJ). Árbitro: Jailson Macedo Freitas (BA). Auxiliares: Adailton José de Jesus Silva (BA) e José Oliveira dos Santos (BA).
Gols: Marcelo Mattos, aos 25, e Elkesen, aos 58, e Rafael Marques, aos 65 do 2º tempo.
Cartões Amarelos: Marcelo Mattos, Elkeson, Caio (Botafogo); Mário Fernades (Grêmio).  Cartão Vermelho: Fernando (Grêmio)
Público pagante:10.433    Público presente: 13.983   Renda: R$ 235.895,00

Conca faz a diferença, e Fluminense derrota o Avaí na Ressacada: 1 a 0

Mesmo com um a menos desde o fim do primeiro tempo, Tricolor domina boa parte do jogo e vence a primeira sob o comando do técnico Abel Braga

por Edgard Maciel de Sá
A primeira vitória do técnico Abel Braga em seu retorno ao Fluminense foi bem ao estilo tricolor: guerreira. Com um jogador a menos desde o fim do primeiro tempo, após a polêmica expulsão de Rafael Moura, o time carioca ainda conseguiu dominar boa parte do jogo e derrotou o Avaí por 1 a 0 neste domingo, na Ressacada. Com muito frio em Florianópolis, o Tricolor reencontrou o caminho das vitórias após dois resultados negativos diante de Corinthians e Bahia. Já o time catarinense segue sem saber o que é vencer no Campeonato Brasileiro e deixou o gramado sob protestos de seus torcedores.
O nome do jogo foi o argentino Conca. De seus pés sairam várias oportunidades e ainda o gol da vitória tricolor. Na comemoração, todos os jogadores do Fluminense correram para abraçar o camisa 11, em um claro apoio diante das constantes críticas às atuações recentes do jogador na atual temporada. No finzinho, o apoiador deu lugar a Ciro e deixou o gramado muito aplaudido pelos tricolores que foram à Ressacada. Coincidentemente, a última vitória do Tricolor sobre o Avaí também havia sido por 1 a 0, gol de Conca, pelo Brasileiro de 2010. Com o resultado deste domingo, o time carioca chegou aos nove pontos e subiu para a oitava posição após seis rodadas, enquanto os donos da casa continuaram na lanterna da competição, com apenas um ponto.
O Fluminense volta a campo na próxima quinta-feira, para enfrentar o Atlético-PR, às 21h (de Brasília), no Engenhão. Já o Avaí encara o Grêmio, um dia antes, às 19h30m, no Olímpico.
conca fluminense acleisson avaí (Foto: agência Photocamera)Conca tenta passar pela marcação do avaiano Acleisson (Foto: agência Photocamera)
Domínio, gol e expulsão exagerada
Com o frio que fazia na Ressacada, cerca de 10ºC, o jogo começou corrido. Logo no início, um recuo do zagueiro Gustavo Bastos, que o goleiro Aleks pegou com as mãos, gerou a primeira chance do Fluminense. O chute na barreira do atacante Rafael Moura mostrou a dificuldade que o Tricolor teria de chegar ao gol do Avaí em boa parte do primeiro tempo. Na cabeça do técnico Abel Braga, o esquema 4-5-1 treinando durante a semana não deixaria a equipe defensiva, uma vez que Souza, Marquinho e Conca tinham a missão de encostar em He-Man. Mas não foi isso que aconteceu nos primeiros 20 minutos.
Com os laterais Carlinhos e Mariano presos na defesa, o Tricolor tinha dificuldades na saída de bola. Lanterna do Campeonato Brasileiro com apenas um ponto em seis jogos, o Avaí justificava as vaias de seus torcedores com muitos passes errados. O time do técnico Alexandre Gallo só chegava perto do gol de Diego Cavalieri em jogadas de bola parada. E todas as chances iam, invariavelmente, para fora.
À beira do gramado, Abel Braga esbravejava a cada erro tricolor. De tanto reclamar, o técnico conseguiu acordar seus jogadores. Bastou Carlinhos e Mariano entrarem no jogo para o Fluminense passar a dominar a partida. Na defesa, o zagueiro Márcio Rosário se destacava com boas antecipações e passava segurança aos companheiros. No ataque, as chances começaram a surgir. Marquinho já tinha perdido uma ótima oportunidade na pequena área ao cabecear em cima de Aleks, quando o Tricolor abriu o placar. Marquinho cruzou, a bola passou por Rafael Moura e sobrou para Conca: 1 a 0, aos 37 minutos. A comemoração registrou uma bela cena: todos os outros nove jogadores do clube das Laranjeiras correram para abraçar o argentino, que vem sendo criticado por suas atuações na atual temporada.
Mas o que parecia o início de uma tarde tranquila para o Fluminense em Florianópolis, logo virou complicação. Um minuto após o gol tricolor, o árbitro Luiz Flávio de Oliveira expulsou o atacante Rafael Moura, alegando cotovelada do atacante no zagueiro Gustavo Bastos em uma disputa normal de bola (veja o lance no vídeo acima). Pouco antes, o juiz tinha dado apenas cartão amarelo para o volante Bruno após entrada por trás em Conca.
Guerreiros tricolores; protestos avaianos
A já esperada pressão do Avaí em busca do empate começou junto com o apito inicial da segunda etapa. Com menos de um minuto, o goleiro Diego Cavalieri precisou se virar para evitar o gol catarinense após boa cabeçada de William. As duas substituições do técnico Alexandre Gallo, colocando Cleverson e Fábio Santos nas vagas de Bruno e Julinho, respectivamente, deixaram a equipe catarinense um pouco mais ofensiva. Sem Rafael Moura, Abel manteve o mesmo time para a etapa final, com Conca jogando avançado.
Apesar da vantagem e da superioridade na posse de bola, o Avaí mostrava em campo por que começou a rodada na lanterna do Campeonato Brasileiro. Errando demais, o time catarinense vivia de alçar bolas na área tricolor. Na melhor oportunidade, Rafael Coelho, livre, cabeceou para fora. Enquanto isso, mesmo sem um atacante de ofício em campo, o Fluminense seguia criando as melhores chances e quase ampliou o placar com Conca, duas vezes, e Carlinhos. No melhor espírito guerreiro, os tricolores corriam sem parar.
A última tacada do técnico Alexandre Gallo foi a entrada do atacante Maurício Alves no lugar do volante Acleisson. Abel, por sua vez, trocou Marquinho por Matheus Carvalho. O jovem tricolor puxou bons contragolpes e foi e o Fluminense se manteve sempre mais perto do segundo gol do que o Avaí do empate.
Já no finzinho, Abel Braga tratou de segurar o jogo. Souza deu lugar a Fernando Bob, e Conca saiu para a entrada de Ciro. O Tricolor se protegeu bem e levou a partida até o apito final sem sustos. Em meio a vaias da torcida do Avaí para seus atletas, o técnico Abel reuniu os jogadores no meio do campo e agradeceu um a um pelo empenho e dedicação que garantiram sua primeira vitória no retorno às Laranjeiras.
Avaí 0 X 1 Fluminense
Aleks, Daniel, Welton Felipe, Gustavo Bastos e Julinho (Fábio Santos); Acleisson (Maurício Alves), Bruno (Cleverson), Estrada e Pedro Ken; Rafael Coelho e William. Diego Cavalieri, Mariano, Gum, Márcio Rosário e Carlinhos; Edinho, Diguinho, Souza (Fernando Bob), Marquinho (Matheus Carvalho) e Conca (Ciro); Rafael Moura.
Técnico: Alexandre Gallo. Técnico: Abel Braga.
Data: 26/06/2011. Horário: 16h (de Brasília). Local: Ressacada, Florianópolis (SC). Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (Asp. Fifa/SP). Auxiliares: Herman Vani (SP) e Danilo Ricardo Manis (SP).
Gols: Conca, aos 37 minutos do primeiro tempo;
Cartões Amarelos: Bruno, Cleverson, Pedro Ken (Avaí); Marquinho, Mariano, Diego Cavalieri (Flu) Cartões Vemelhos: Rafael Moura (Flu)
Renda:  R$ 49.110 Público: 4.139 pagantes

A Carroça voltou: Ceará espanta crise e quebra invencibilidade do Palmeiras

Jogando bem no PV, Vozão faz 2 a 0 e reage no Brasileirão, com direito a gritos relativos ao apelido da equipe. Verdão sofre quarta derrota em 2011

por Diego Ribeiro
Foram necessárias seis rodadas de Campeonato Brasileiro para a Carroça Desembestada sair do atoleiro e voltar a andar. Neste domingo, o Ceará reencontrou seu bom futebol dos tempos de Copa do Brasil e conseguiu a primeira vitória no Brasileirão - justo contra o Palmeiras, adversário que nunca havia batido em dez jogos na história do campeonato, e que vinha invicto. Os 2 a 0 para o Vozão, no Presidente Vargas, expõem algumas observações. O Ceará tem potencial para deixar a parte de baixo da tabela e pode, ao menos, lutar pela Sul-Americana. E o Palmeiras, apesar de toda a organização construída por Felipão, precisa aprender a jogar bem quando sai atrás no placar - esta foi apenas a quarta derrota em 2011.
A equipe alviverde permanece com 11 pontos e cai para o terceiro posto na classificação. Ficou claro que o time sentiu demais a falta de Luan, suspenso. Por mais que passe alguns jogos sem fazer gols ou impressionar, o camisa 21 é fundamental no sistema tático, fechando pelo lado esquerdo e protegendo ainda mais a defesa palmeirense. Sem ele, o Verdão sofreu com os ataques pelas pontas, levou o gol logo cedo, aos sete minutos, e se perdeu depois disso. Ninguém acertou muita coisa, nem mesmo o capitão Kleber. Até Marcos errou, ao quase soltar uma bola cruzada no pé do adversário.
Do outro lado, o Ceará chegou aos sete pontos, ficou mais longe da zona da degola e ouviu da arquibancada os cânticos relativos à Carroça Desembestada, apelido carinhoso dado no início da temporada. Com a força da torcida, o técnico Vágner Mancini sobrevive no cargo depois das ameaças de demissão.
Na próxima rodada, o Ceará visita o Coritiba. A partida está marcada para quinta-feira, às19h30m, no Couto Pereira. No mesmo dia e horário, o Palmeiras recebe o Atlético-GO, no Canindé.
washington ceará gol palmeiras (Foto: Cesar Greco / Agência Estado)Washington, ex-Palmeiras, comemora o primeiro gol do Ceará (Foto: Cesar Greco / Agência Estado)
De novo, a bola aérea
Felipão sabia exatamente o que ia encontrar no Presidente Vargas. Por isso, escalou o volante Chico para reforçar o meio-campo e tentar neutralizar os laterais Boiadeiro e Vicente, que mais pareciam pontas. Do outro lado, Vágner Mancini fez uma formação “espelho” da do rival, com três volantes e três homens mais avançados. E foi o Vozão que se aproveitou melhor do esquema.
Sem a presença de Luan, suspenso, o Palmeiras viu Boiadeiro se aproveitar de uma avenida aberta pela direita do ataque cearense. Do outro lado, Vicente levou a melhor sobre Cicinho enquanto o camisa 2 esteve em campo - machucado, deu lugar a Patrik ainda no primeiro tempo. A torcida do Vozão, que parecia não vir em grande número, lotou o PV a poucos minutos do apito inicial, mesmo com o time em má fase. Dentro de campo, os donos da casa sentiram o apoio e deram um esforço extra.
Com um repertório variado, o Ceará chegou ao gol em uma jogada bem conhecida pelos alviverdes. Tem sido assim com esse Palmeiras: cada escanteio é um susto, uma chance real para o adversário. Desta vez foi o ex-palmeirense Washington - ironia do destino. Durante a semana, ele havia prometido um gol contra o Verdão e cumpriu logo aos sete minutos. O problema é crônico. A cada bola levantada, um confia demais no outro e ninguém vai para o lance, deixando o adversário livre para marcar.
Mas o Palmeiras não jogava mal. Na frente, Wellington Paulista se sentia mais à vontade atuando dentro da área - Kleber, para variar, buscou o jogo no meio-campo. Após o gol, as avenidas pelas laterais também foram controladas. No melhor momento em campo, quando não deixava o Ceará atacar, o time sofreu o segundo gol, com Thiago Humberto. Era a senha para a bronca de Felipão no vestiário.
felipão palmeiras ceará (Foto: LC Moreira / Agência Estado)Scolari leva as mãos ao rosto: Palmeiras sofreu mais um gol em escanteio (Foto: LC Moreira / Ag. Estado)
Resposta? Nem tanto
O técnico do Palmeiras tratou de corrigir o buraco deixado pelo lado esquerdo da defesa. Na vaga de Lincoln, Adriano fez funções semelhantes às de Luan e conseguiu tirar um pouco do ímpeto de Boiadeiro, um dos melhores em campo no Presidente Vargas. Além disso, o ataque ganhou um pouco mais de corpo. Natural que, perdendo o jogo, o Palmeiras saísse mais de seu campo de defesa.
E foi aí que o Ceará quase ampliou, só atacando na boa, aproveitando as falhas do Verdão. Thiago Humberto acertou a trave, Marcos fez defesas difíceis, e o time de Felipão foi perdendo a empolgação. A tentativa de incendiar o jogo com o garoto Vinícius não surtiu efeito - não era mesmo dia para o time alviverde.
A organização que faz o Palmeiras ser um dos times mais sólidos do país desapareceu. A partir dos 25 minutos, era Kleber na meia, Adriano recuado, Patrik dentro da área e Chico finalizando. Foi o camisa 3 que perdeu a melhor chance da equipe: sozinho e sem goleiro, ele isolou uma bola vinda da esquerda. Desse jeito, ficou difícil buscar um pontinho em Fortaleza. O Palmeiras - quem diria? - vai comemorar a volta de Luan na próxima rodada. E o Ceará busca, de ânimo renovado, seus melhores dias em 2011, no ritmo do "Ah, sai do meio, sai que a carroça tá sem freio".
ceará 2 x 0 palmeiras
Fernando Henrique, Boiadeiro (Diego Macedo), Fabrício, Diego Sacoman e Vicente; Michel, Heleno, João Marcos e Thiago Humberto (Iarley); Osvaldo e Washington (Geraldo) Marcos, Cicinho (Patrik), Leandro Amaro, Thiago Heleno e Rivaldo; Chico, Márcio Araújo, Marcos Assunção e Lincoln (Adriano); Kleber e Wellington Paulista (Vinícius)
Técnico: Vágner Mancini Técnico: Luiz Felipe Scolari
Gols: Washington, aos sete, Thiago Humberto, aos 45 do primeiro tempo
Cartões amarelos: João Marcos (CEA); Wellington Paulista, Thiago Heleno (PAL)
Estádio: Presidente Vargas, em Fortaleza (CE). Data: 26/6/2011. Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa-PR). Auxiliares: Gilson Bento Coutinho e José Amilton Pontarolo (ambos do PR)

Choro e drama: River Plate empata e
é rebaixado no Monumental de Nuñez

No aniversário de 15 anos do título da Libertadores, gigante argentino perde pênalti e não consegue vencer o Belgrano por dois gols de diferença em casa

Por GLOBOESPORTE.COM Buenos Aires
O dia 26 de junho era até este domingo motivo de muita festa e alegria para o River Plate. Em 1996, há exatos 15 anos, os Milionários venciam o América de Cali, da Colômbia, por 2 a 0, e se sagravam campeões da Taça Libertadores da América pela segunda vez. Agora, o gigante argentino terá de dividir a data com a maior decepção de seus 110 anos de história. Com o empate por 1 a 1 com o Belgrano, no Monumental de Nuñez, o clube presidido por Daniel Passarella foi rebaixado para a Segunda Divisão nacional.
Após perderem na quarta-feira por 2 a 0 em Córdoba, na última quarta-feira, o River precisava vencer por dois gols de diferença. Saiu na frente, logo aos cinco minutos, permitiu a igualdade na etapa final e até desperdiçou um pênalti em seguida. No fim, torcedores invadiram o gramado e paralisaram a partida, que sequer teve continuação.
BLOG FUTEBOL ARGENTINO: leia mais e comente sobre o rebaixamento do River Plate
pavone river plate perde pênalti belgrano (Foto: Agência Reuters)Pavone não acredita: autor do gol do River desperdiçou um pênalti no segundo tempo (Foto: Agência Reuters)
Primeiro tempo é animador
Apesar do gol anulado do Belgrano logo aos quatro minutos, corretamente marcado pelo árbitro Sergio Pezzota, foi o River Plate quem mandou no primeiro tempo. Empurrado por sua torcida, que lotou o Monumental e fez linda festa, os Milionários nem pareciam a mesma equipe apática de quarta-feira.
Não à toa a resposta ao susto foi efetiva e muito rápida. Após lançamento, Pavone dominou, girou e emendou bonito, de fora da área. O chute rasteiro entrou no canto. Eram apenas cinco minutos de jogo.
Os donos da casa foram para cima e passaram a acreditar ainda mais na possibilidade de se salvar do descenso. Aos 25, reclamaram com razão de um pênalti não marcado pelo juiz em cima de Caruso. No lance seguinte, a cabeçada de Díaz passou raspando o travessão e assustou. A última jogada de grande perigo veio aos 30, com Pavone, em chute de fora da área.
pavone lamela roiver plate gol belgrano (Foto: agência AFP)Pavone (7) e Lamela comemoram: primeiro tempo
foi animador para o River Plate (Foto: agência AFP)
Falha da zaga, pênalti perdido: River não resiste e é rebaixado no Monumental
O apito final trouxe minutos de incrível atmosfera no estádio. A torcida colocou a paixão no canto e enviou mensagem de apoio à equipe. Mas foi novamente o Belgrano quem criou ótima oportunidade na etapa final. Aos 3, Pereyra avançou livre em contra-golpe e tentou por cobertura. Carrizo rezou e a viu sair por cima.
O tempo passava rápido para o River, que já não era o mesmo e tentava administra o nervosismo com o futebol. Mas nova falha do sistema defensivo praticamente pôs tudo a perder. Aos 17, Díaz e Ferrero protagonizaram cena de trapalhões e viram a bola sobrar limpa para Farré empurrar.
As expressões da torcida já eram de desânimo e desespero quando Caruso sofreu pênalti aos 22. Pavone, autor do primeiro gol, assumiu a responsabilidade e foi para a cobrança pela qual certamente não será esquecido. Um chute rasteiro, no centro do gol, acabou nas mãos do goleiro Olave, que sequer deu rebote.
Àquela altura, alguns torcedores já choravam. O River ocupou boa parte do tempo restante no campo ofensivo, ensaiou uma pressão, mas a missão era mesmo espinhosa. Aos 45, alguns invadiram o gramado e o jogo foi paralisado. Bombeiros usaram mangueiras d'água para afastar os mais nervosos. Não houve volta. Houve choro e muito drama, refletido no rosto do goleiro Carrizo e de tantos outros. Era o fim de uma era na elite, agora com o espaço ocupado pelo modesto Belgrano.
lamela roiver plate ribair rodriguez belgrano (Foto: agência AFP)Jovem promessa do River, Lamela não foi capaz de salvar o River Plate do descenso (Foto: agência AFP)

Site da Fifa destaca atuação de Ronaldinho: ‘A vez dos aplausos’

Camisa 10 do Flamengo fez um dos gols na vitória por 4 a 1 sobre o Atlético-MG e voltou a ser exaltado pela torcida após semana complicada

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
 A boa atuação de Ronaldinho Gaúcho contra o Atlético-MG não se restringiu ao Engenhão. Além de ser destaque na imprensa nacional, o camisa 10 do Flamengo foi um dos principais assuntos no site da Fifa. Na capa, com o título “A vez dos aplausos”, a entidade máxima faz menção à maneira com que a torcida se comportou no estádio. Autor de um golaço na goleada por 4 a 1 sobre os mineiros (veja ao lado), pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro, o craque foi reverenciado e reverenciou os rubro-negros presentes.
Na matéria, além de Ronaldinho, o atacante Deivid também é citado. Com dois gols, ele é lembrado da mesma maneira que o camisa 10, com destaque para a superação em relação ao mau momento. O texto diz: “outro que deu a volta por cima foi Deivid, que entrou no lugar de Wanderley e fez dois gols”.
Ronaldinho site da FIFA (Foto: Reprodução)Ronaldinho Gaúcho é destaque no site da Fifa após boa atuação pelo Flamengo (Foto: Reprodução)
Destaque para Bahia e Joel
Depois de contar a história do jogo, a publicação faz referência à vitória do Bahia (2 a 0) sobre o Atlético-PR, na Arena da Baixada, que resultou na saída de Adilson Batista do comando da equipe parananense.
Em seguida, a vez de Joel Santana. Na sua estreia pelo Cruzeiro, o treinador viu a equipe conquistar a primeira vitória no Campeonato Brasileiro ao vencer o Coritiba por 2 a 1, na Arena do Jacaré, e também foi mencionado.
 

Termômetro da arquibancada: torcida xinga e ovaciona Fábio e Joel Santana

Goleiro e técnico sofrem com reclamações ao longo da partida

Por Fernando Martins Y Miguel Sete Lagoas, MG
O jejum de vitória mexeu com os ânimos do torcedor, dos jogadores e do treinador do Cruzeiro. Durante a partida contra o Coritiba, o goleiro Fábio e o técnico Joel Santana sofreram com o descontrole de alguns torcedores. (Veja os gols da partida).
Religioso e de personalidade serena, o goleiro Fábio se transformou ao ouvir xingamentos de um grupo que ficou atrás do banco de reservas celeste. O camisa 1 se voltou para a torcida e esbravejou no mesmo tom, mas se arrependeu ao final da partida.
- Gostaria de pedir desculpas pela exaltação, mas aqui é Cruzeiro. A gente está em campo para defender e fazer o melhor para esse clube maravilhoso. Às vezes a gente ouve algumas coisas do torcedor. Fica chateado e no calor ali a gente fica nervoso. Mas faz parte – lamentou.
Em sua estreia, Joel também conheceu a irritação de alguns torcedores que estavam logo atrás do treinador, no alambrado. Joel explicou o episódio, que teve um final feliz.
- Ele estava reclamando e me chamando. Pedi para me dar um tempo porque eu estava ligado no jogo. E ele entendeu e parou. Foi legal – brincou.
Com a vitória por 2 a 1, ao final da partida, a torcida do Cruzeiro ovacionou Joel Santana e soltou o tradicional grito de ‘é o melhor goleiro do Brasil’ para Fábio.

Marta lidera a turma das chuteiras personalizadas na Seleção Brasileira

Melhor do mundo nos últimos cinco anos, brasileira adere à moda e já usa o calçado nos treinamentos antes do jogo de quarta-feira contra a Austrália

Por Clícia Oliveira Mönchengladbach, Alemanha
Marta seleção feminina de futebol (Foto: Clícia Oliveira / Globoesporte.com)Marta é o destaque do Brasil na luta pelo título do
Mundial (Foto: Clícia Oliveira / Globoesporte.com)
A moda das chuteiras personalizadas chegou ao futebol femino. Já "tradicional" entre os homens, a mania também está em alta entre as mulheres da Seleção Brasileira. Diversas jogadoras terão nos pés calçados diferenciados, lideradas por Marta, que inclusive, já treinou com a sua neste domingo.
Eleita melhor jogadora do mundo pela Fifa nos últimos cinco anos, a camisa 10 do Brasil provou estar ligada não só no futebol como também à moda e tem seu nome bordado na chuteira verde que vai usar na Copa do Mundo Feminina da Alemanha.
O Mundial começou neste domingo com vitória da França sobre a Nigéria. O Brasil, "com os pés no chão e se medo", chegou ao país no ritmo do pagode e vai estrear na próxima quarta-feira na competição, com Marta calçando suas chuteiras novas, contra a Austrália.
chuteira Marta seleção feminina de futebol (Foto: Clícia Oliveira / Globoesporte.com)Chuteira personalizada de Marta para a Copa do Mundo Feminina (Foto: Clícia Oliveira / Globoesporte.com)

Jogadores da Seleção curtem o domingo de folga na Argentina

Alguns atletas aproveitam os momentos livres fora da concentração em Campana. Volta aos treinos está marcada para segunda, às 15h30m

Por Julyana Travaglia, Leandro Canônico e Márcio Iannacca Direto de Campana, Argentina
Após a atividade tática comandada por Mano Menezes na manhã deste domingo, os jogadores da Seleção Brasileira ganharam o restante do dia de folga. Enquanto alguns atletas preferiram ficar nos quartos, descansando, outros decidiram deixar a concentração para dar uma volta pela região ou se aventurar em Buenos Aires para fazer compras. O goleiro Julio César, o lateral-esquerdo Adriano, o volante Lucas Leiva, o meia Jadson e o atacante Robinho foram alguns deles.
Robinho deixa hotel em Campana para curtir dia de folga (Foto: Julyana Travaglia / Globoesporte.com)Robinho deixa hotel em Campana para curtir dia de folga (Foto: Julyana Travaglia / Globoesporte.com)
As opções não eram muitas. Os atletas poderiam ir até Buenos Aires, que fica a 60km de Campana, ou seguir para um shopping, localizado perto do resort onde a delegação está hospedada. Enquanto alguns atletas preferiram espairecer antes do retorno aos treinos, nesta segunda-feira, às 15h30m (de Brasília), a comissão técnica permaneceu na concentração. Os jogadores estão liberados para dormir de domingo para segunda-feira fora do hotel.
O grupo que permaneceu no hotel e organizou um animado churrasco. Mais cedo, na coletiva de imprensa, Mano brincou ao comentar a folga deste domingo.
- Folga é folga. Técnico observa os jogos quando está trabalhando. Folga é uma coisa. Quando está entre um treino e outro e você retira um período de treino, nós colocamos na programação a palavra repouso - brincou o comandante canarinho.
A estreia da Seleção Brasileira na Copa América será no dia 3 de julho, contra a Venezuela, em La Plata. Os outros dois adversários no Grupo B serão o Paraguai, no dia 9, e o Equador, no dia 13. Os dois confrontos serão em Córdoba.

Rossi sai em defesa de Simoncelli: 'Não foi uma manobra suja'

Ao contrário de Jorge Lorenzo, heptacampeão mundial isenta seu compatriota de culpa pelo acidente ocorrido no GP da Holanda

Por SporTV.com Assen, Holanda
Depois do quarto lugar no GP da Holanda, o heptacampeão Valentino Rossi, que ainda não conseguiu vencer nesta temporada, comentou mais um acidente envolvendo seu compatriota Marco Simoncelli. Diferentemente da grande maioria dos pilotos da MotoGP, Rossi saiu em defesa do piloto italiano, que foi pole position em Assen, mas acabou na 9ª posição.
Confira a classificação da MotoGP
- Tenho muita pena do Simoncelli. Ele continua forte e conseguindo pole, mas tudo tem acabado de forma terrível. Desta vez, ele não fez nada de especial, mas acabou escorregando - disse Rossi.
Atingido na primeira curva após a lambança, Jorge Lorenzo criticou duramente Marco Simoncelli. O italiano, por sua vez, alegou ter perdido controle por causa de pneus frios. Ao ser informado  das criticas feitas pelo espanhol, Valentino Rossi foi direto.
- Não foi uma manobra suja ou algo fora dos limites - ressaltou.

Diego e Daiane fazem bonito no solo e conquistam ouro no torneio em Natal

Ginastas superam adversários com facilidade e pegam embalo na preparação para o Campeonato Mundial do Japão, que será disputado em outubro

Por GLOBOESPORTE.COM Natal
Em busca de superação, dois dos principais nomes da ginástica brasileira pegaram embalo neste domingo no caminho que leva ao Mundial do Japão, em outubro. No Torneio Internacional de Ginástica Artística, disputado em Natal, Diego Hypolito e Daiane dos Santos deixaram os adversários para trás e embolsaram medalhas de ouro. Recuperado de uma cirurgia no tornozelo, Diego venceu as provas de salto e solo. De volta à seleção após dois anos afastada, Daiane ganhou no solo e festejou o bom retorno.
- Consegui acertar tudo direitinho. Fiz uma série mais simples no solo, e agora é botar um pouco mais de dificuldade para o Mundial – afirmou Daiane, em entrevista ao Esporte Espetacular logo após o torneio, na manhã deste domingo.
Em sua primeira competição internacional com a seleção após receber uma suspensão por doping, Daiane conseguiu uma nota 13.700, superando as também brasileiras Gabriela Soares (13.550) e Adrian Gomes (13.400). O pódio brasileiro deixou para trás as mexicanas Alexa Moreno, Karla Retiz e Areli Medina, que vieram em seguida.
Campeã mundial em 2003, Daiane não usa mais o “Brasileirinho”, trilha que virou sua marca no tablado. Com uma mistura de ritmos latinos, a ginasta abriu sua série com o famoso duplo twist carpado e foi muito aplaudida pelo público de Natal.
Diego Hypolito abriu sua prova de solo ao meio-dia em ponto. Com uma série que partia de 16.80, ele fez bonito e mostrou que está recuperado da cirurgia. Fechou a apresentação com uma tripla pirueta e também arrancou aplausos da torcida. No fim, ele ficou com o ouro, superando Victor Rosa e Santiago Lopes.
- Essa série é a mais difícil da minha carreira, que parte de 16.80. Voltei agora 100%, e tem toda uma equipe envolvida com isso para chegar ao resultado final – afirmou Diego, agradecendo, entre outros ao técnico e ao psicólogo da equipe.

Cielo domina os 50m livre e mostra que ainda é o gatilho mais rápido

Brasileiro completa a prova em 21s66 no Aberto de Paris, supera o rival Frédérick Bousquet e brinca na piscina imitando pistolas com os dedos

Por GLOBOESPORTE.COM Paris, França
Assim que bateu em primeiro lugar nos 50m livre e confirmou seu terceiro ouro no Aberto de Paris, Cesar Cielo fez questão de deixar claro para a torcida que é o gatilho mais rápido da natação mundial. Ainda na água, o brasileiro imitou pistolas com as duas mãos e soprou as pontas dos dedos, sorrindo com a missão cumprida neste domingo. Com o tempo de 21s66, melhor do ano, ele superou o rival Frédérick Bousquet, que nadava em casa e ficou com a prata ao cravar 21s78. O ucraniano Andrii Govorov completou o pódio com 22s04. O brasileiro Bruno Fratus chegou em quinto lugar, com o tempo de 22s31.
Cesar Cielo natação Open de Paris (Foto: Satiro Sodré / AGIF)Cielo sopra os dedos após a prova deste domingo: missão cumprida em Paris (Foto: Satiro Sodré / AGIF)
O melhor tempo de Cielo no ano nos 50m livre tinha sido 21s73, no Troféu Maria Lenk. Com os 21s66, ele conquista seu terceiro ouro no Aberto de Paris. Os outros dois tinham vindo no sábado, nos 50m borboleta e nos 100m livre.
Concentrado para a prova desde o início, Cielo caiu na água e conseguiu se desvencilhar dos adversários na segunda metade. Comemorou o ouro e, a caminho do pódio, ainda pegou uma bandeira do Brasil para colocar sobre o ombro esquerdo. Cumprimentou Bousquet e, após receber a medalha, agradeceu aos torcedores de Paris.
- Amo Paris, amo a torcida, aqui tem alguns dos melhores nadadores do mundo e adoro competir contra eles – disse, arrancando aplausos.
Cesar Cielo natação Open de Paris (Foto: Satiro Sodré / AGIF)A caminho do pódio, Cielo pegou uma bandeira do Brasil (Foto: Satiro Sodré / AGIF)

'Neymarmania' atravessa a fronteira e contamina pequeno argentino

Guido, de nove anos, prefere o santista a Messi, principal jogador dos rivais brasileiros. Garoto convenceu o pai, Diego, a admirar a sensação do Brasil

Por Leandro Canônico Direto de Buenos Aires, Argentina
Guido Buenos Aires 2 (Foto: Leandro Canônico/GLOBOESPORTE.COM)Guido e poster no obelisco, cartão postal de Buenos Aires (Foto: LeandroCanônico/GLOBOESPORTE.COM)
Guido Tasso Gomez nasceu em Buenos Aires, tem nove anos e torce pelo San Lorenzo. Fanático por futebol, acompanha jogos pela televisão, escuta as notícias no rádio e pesquisa sobre os jogadores na internet. É um estudioso do assunto. E como um bom argentino da sua idade, deve ser fã de Messi, certo? Errado!
Curiosamente, o atleta que Guido mais gosta não nasceu na Argentina. Ele é natural do Brasil, maior rival do seu país no futebol, atende pelo nome de Neymar e é a sensação do momento no esporte canarinho, especialmente entre a garotada. A “Neymarmania” já atravessou a fronteira e contagiou um “hermano”.
- Sou muito fã do estilo de jogo do Neymar. Ele é bem melhor do que o Messi, porque ele faz gols pela Seleção Brasileira e pelo Santos. Já o Messi faz todos os gols pelo Barcelona e não faz nada na Argentina – opinou o garoto, com estilo.
Guido e Diego Buenos Aires (Foto: Leandro Canônico/GLOBOESPORTE.COM)Diego, o pai, e Guido nas ruas de Buenos Aires
(Foto: Leandro Canônico/GLOBOESPORTE.COM)
Só que a admiração de Guido por Neymar para no futebol. Diferentemente da maioria dos garotos brasileiros que gostam do craque, ele não quer um moicano.
- Gosto dos dribles, das comemorações diferentes, do estilo de jogo, mas do cabelo não. Jamais faria igual – disse o menino argentino.
Guido é tão fã de Neymar que conseguiu até mesmo convencer outra pessoa a adotar o santista como ídolo. Seu pai, Diego Tasso, ainda não tinha visto o atacante brasileiro em ação. Foi convidado, então, para assistir a um jogo do Santos pela Libertadores. E desde que sentou no sofá para vê-lo deixou Messi de lado.
- Eu não conhecia o Neymar. Mas meu filho me mostrou um jogo dele e fiquei encantado. Tenho certeza que vai ser muito mais do que o Messi. Olha só a idade que ele tem e o que tem feito com a bola! – comentou o taxista.
Mas e na Copa América, será que Guido e Diego vão torcer pelo talento de Neymar na Seleção Brasileira ou pela Argentina? Sem titubear, o garoto afirma que caso a final seja entre os rivais, a comemoração será certo. De um jeito ou de outro.
- Eu vou ficar feliz de qualquer maneira. Não tenho preferência nesse caso. Vou comemorar de qualquer maneira – declarou o menino.
Neymar está em alta mesmo. Até na Argentina...
Guido e Diego Buenos Aires 2 (Foto: Leandro Canônico/GLOBOESPORTE.COM)Dupla exibe figurinhas do craque da Seleção Brasileira (Foto: Leandro Canônico/GLOBOESPORTE.COM)

Sem sustos, Vettel sobra no GP da Europa e estica seu domínio no ano

Em casa, Fernando Alonso cruza em segundo e confirma subida da Ferrari; Webber chega em terceiro, e Massa, com problema nos boxes, é o quinto

Por GLOBOESPORTE.COM Valência, Espanha
Desta vez não teve chuva, não teve safety car, não teve interrupção e, principalmente, não teve erro na última volta. As ruas de Valência recolocaram a Fórmula 1 em seu ritmo normal neste domingo, e Sebastian Vettel retomou sua rotina de vitórias – foi a sexta em oito etapas da temporada 2011. O alemão da RBR largou na pole position e, enquanto os rivais se revezavam nas posições atrás dele, venceu o GP da Europa de ponta a ponta, sem sustos ou surpresas. Se uma bobeada no fim lhe custou a primeira posição no Canadá, agora Vettel não deu bola nem para a nova e polêmica regra do mapeamento dos motores: tratou de carregar seu carro até a linha de chegada e esticou a supremacia no campeonato, com 77 pontos de vantagem na liderança
Se a nova regra da FIA tinha o objetivo de reduzir o domínio da equipe austríaca, ao menos em Valência a estratégia não teve efeito. Mas deu para perceber que a Ferrari – e não a McLaren – se consolida como o time mais disposto a incomodar a RBR no campeonato. Tanto que atrás de Vettel cruzou Fernando Alonso. Correndo em casa, o espanhol passou a prova toda disputando posição com Mark Webber, que completou o pódio em terceiro.
Vettel GP de Valência (Foto: Reuters)Sebastian Vettel mantém a rotina de comemorar vitórias na temporada 2011 da Fórmula 1(Foto: Reuters)
Só então apareceu uma McLaren: a de Lewis Hamilton, quarto colocado. Felipe Massa, que teve problemas em sua segunda parada nos boxes, chegou em quinto, espremido entre a McLaren de Hamilton e a de Button, sexto colocado. O brasileiro Rubens Barrichello, da Williams, foi o 12º.
Veja aqui a galeria com as melhores imagens da corrida deste domingo em Valência
Os pilotos descansam no próximo fim de semana e voltam à pista no dia 10 de julho, para o GP da Inglaterra, em Silverstone. Clique aqui e confira a classificação geral dos pilotos.
Se o GP do Canadá começou no ritmo do safety car, o público em Valência viu uma largada de verdade (confira no vídeo ao lado). Enquanto Vettel pulou na frente, Massa saltou para terceiro, ultrapassando de uma só vez Hamilton e Alonso. Ainda tentou cortar Webber, mas o australiano lhe fechou a porta, e Alonso aproveitou para dar o troco, recuperando a terceira posição. O inglês da McLaren caiu de terceiro para quinto e logo ganhou companhia do colega de equipe: Button, que tinha perdido a sexta posição para Rosberg na largada, respondeu na sexta volta.
Na 13ª volta, começaram as paradas. Hamilton foi o primeiro do pelotão da frente a ir para os boxes, seguido por Webber, Vettel e Alonso. Massa sentiu o gosto da liderança e parou pouco depois, na 16ª. Voltou em quinto lugar, entre Hamilton e Button.
Schumacher, que voltava dos boxes, forçou para cima de Petrov e viu o russo levar parte da sua asa dianteira. Teve de retornar para trocar o bico inteiro da sua Mercedes e disse adeus à chance de uma boa corrida.
O pelotão da frente manteve suas posições até a 21ª volta, quando Alonso deu o bote para cima de Webber. No fim da reta, o espanhol abriu a asa móvel traseira, passou pelo australiano e assumiu o segundo lugar, para delírio da torcida.
Massa ganhou a quarta posição quando Hamilton parou de novo. Mas a Ferrari voltou a complicar a vida do brasileiro nos boxes. Se a primeira parada tinha sido boa, com 3.7s, a segunda teve problemas na roda traseira esquerda e levou 8,6s. Voltou na mesma quinta posição, mas se estava brigando com Hamilton pela quarta, passou a se defender de Button na luta pela sexta. Para sua sorte, o inglês reclamava com a McLaren sobre seu Kers.
Enquanto isso, lá na frente, Vettel já começava a ver no horizonte os 25 pontos da vitória. Na 34ª volta, o alemão fez a melhor da corrida até então, com 1m42s420. Atrás dele estava novamente Webber, que tinha tomado a vice-liderança de Alonso após a segunda parada. Mas o troca-troca entre o australiano e o espanhol continuou nas paradas seguintes. Alonso retomou a segunda posição e abriu um certo conforto para a RBR que vinha atrás, mas não conseguia chegar nem perto da que estava à frente. Assim desenhou-se o pódio em Valência.
Massa não conseguiu ganhar a posição de Hamilton e ficou espremido entre as duas McLarens. Pagou caro pela demora da Ferrari na segunda parada e cruzou em quinto.
Confira a classificação final do GP da Europa:
1. Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 1m46s179
2. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m44s328
3. Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - 1m49s038
4. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - 1m43s467
5. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m44s479
6. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m42s340
7. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m44s301
8. Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - 1m44s245
9. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - 1m43s952
10. Nick Heidfeld (ALE/Renault-Lotus) - 1m44s467
11. Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari) - 1m46s046
12. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - 1m44s907
13. Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - 1m44s568
14. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - 1m45s043
15. Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) - 1m45s356
16. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - 1m45s901
17. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1m48s419
18. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - 1m45s603
19. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault) - 1m49s606
20. Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault) - 1m49s785
21. Timo Glock (ALE/MVR-Cosworth) - 1m48s109
22. Jerome D'Ambrosio (BEL/MVR-Cosworth) - 1m47s799
23. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania-Cosworth) - 1m48s296
24. Narain Karthikeyan (IND/Hispania-Cosworth) - 1m49s548