quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O que è Voleibol

Voleibol
Um jogo de voleibol Itália vs Rússia.
Um jogo de voleibol Itália vs Rússia.
Olímpico desde: 1964 H/S
Desporto: Voleibol
Praticado por: Ambos os sexos
Recorde mundial


Campeão olímpico
Pequim 2008
Homens
 Estados Unidos
Mulheres
Brasil
Campeão mundial
Itália 2010 (masculino)
Japão 2010 (feminino)
Homens
Brasil
Mulheres
 Rússia
Voleibol (chamado frequentemente no Brasil de Vôlei e em Portugal de Vólei) é um desporto praticado numa quadra dividida em duas partes por uma rede, possuindo duas equipes de seis jogadores em cada lado. O objetivo da modalidade é fazer passar a bola sobre a rede de modo a que esta toque no chão dentro da quadra adversária, ao mesmo tempo que se evita que os adversários consigam fazer o mesmo. O voleibol é um desporto olímpico, regulado pela Fédération Internationale de Volleyball (FIVB).

História

O vôlei foi criado em 9 de fevereiro de 1895 por William George Morgan nos Estados Unidos da América. O objetivo de Morgan, que trabalhava na "Associação Cristã de Moços" (ACM),era criar um esporte de equipes sem contato físico entre os adversários, de modo a minimizar os riscos de lesões. Inicialmente jogava-se com uma câmara de ar da bola de basquetebol e foi chamado Mintonette, mas rapidamente ganhou popularidade com o nome de volleyball. O criador do voleibol faleceu em 27 de dezembro de 1942 aos 72 anos de idade.
Em 1947 foi fundada a FIVB. Dois anos mais tarde, foi realizado o primeiro Campeonato Mundial de Voleibol da modalidade, apenas para homens.Em 1952, o evento foi estendido também ao voleibol feminino. No ano de 1964 o voleibol passou a fazer parte do programa dos Jogos Olímpicos, tendo-se mantido até a atualidade.
Recentemente, o voleibol de praia, uma modalidade derivada do voleibol, tem obtido grande sucesso em diversos países, nomeadamente no Brasil e nos EUA. Nos esportes coletivos, a primeira medalha de ouro olímpica conquistada por um país lusófono foi obtida pela equipe masculina de vôlei do Brasil nos Jogos Olímpicos de Verão de 1992. A proeza se repetiu nos Jogos Olímpicos de Verão de 2004, nos Jogos Olímpicos de Verão de 2008 foi a vez da seleção brasileira feminina ganhar a sua primeira medalha de ouro em Olimpíadas.

Regras

Para se jogar voleibol são necessários 12 jogadores divididos igualmente em duas equipes de seis jogadores cada.
As equipes são divididas por uma rede que fica no meio da quadra. O jogo começa com um dos times que devem sacar.Logo depois do saque a bola deve ultrapassar a rede e seguir ao campo do adversário onde os jogadores tentam evitar que a bola entre no seu campo usando qualquer parte do corpo (antes não era válido usar membros da cintura para baixo, mas as regras foram mudadas). O jogador pode rebater a bola para que ela passe para o campo adversário sendo permitidos dar três toques na bola antes que ela passe, sempre alternando os jogadores que dão os toques. Caso a bola caia é ponto do time adversário.
O jogador pode encostar na rede (desde que não interfira no andamento do jogo), exceto na borda superior, caso isso ocorra o ponto será para o outro time. O mesmo jogador não pode dar 2 ou mais toques seguidos na bola, exceção no caso do toque de Bloqueio.

O campo

É retangular, com a dimensão de 18 x 9 metros, com uma rede no meio colocada a uma altura variável, conforme o sexo e a categoria dos jogadores (exemplo dos séniores e juniores: masculino -2,43 m; femininos 2,24 m).
Há uma linha de 3 metros em direção do campo para a rede, dos dois lados e uma distância de 6 metros até o fim da quadra. Fazendo uma quadra de extensão de 18 metros de ponta a ponta e 9 metros de lado a lado.

A equipe

É constituída por 12 jogadores: -6 jogadores efectivos -6 jogadores suplentes -Até 2 líberos

Equipamento

Campo de Voleibol.
As partidas de voleibol são confrontos envolvendo duas equipes disputados em ginásio coberto ou ao ar livre conforme desejado.
O campo mede 18 metros de comprimento por 9 de largura (18 x 9 metros), e é dividido por uma linha central em um dos lados de nove metros que constituem as quadras de cada time. O objetivo principal é conquistar pontos fazendo a bola encostar na sua quadra ou sair da área de jogo após ter sido tocada por um oponente.
Acima da linha central, é postada uma rede de material sintético a uma altura de 2,43 m para homens ou 2,24 m para mulheres (no caso de competições juvenis, infanto-juvenis e mirins, as alturas são diferentes). Cada quadra é por sua vez dividida em duas áreas de tamanhos diferentes (usualmente denominadas "rede" e "fundo") por uma linha que se localiza, em cada lado, a três metros da rede ("linha de 25 metros").
No voleibol, todas as linhas delimitadoras são consideradas parte integrante do campo. Deste modo, uma bola que toca a linha é considerada "dentro" (válida), e não "fora" (inválida). Acima da quadra, o espaço aéreo é delimitado no sentido lateral por duas antenas postadas em cada uma das extremidades da rede. No sentido vertical, os únicos limites são as estruturas físicas do ginásio.
Caso a bola toque em uma das antenas ou nas estruturas físicas do ginásio, o ponto vai automaticamente para o oponente do último jogador que a tocou.
A bola empregada nas partidas de voleibol é composta de couro ou couro sintético e mede aproximadamente 65 cm de perímetro. Ela pesa em torno de 270g e deve ser inflada com ar comprimido a uma pressão de 0,30 kg/cm².

Estrutura

Ao contrário de muitos esportes, tais como o futebol ou o basquetebol, o voleibol é jogado por pontos, e não por tempo. Cada partida é dividida em sets que terminam quando uma das duas equipes conquista 25 pontos. Deve haver também uma diferença de no mínimo dois pontos com relação ao placar do adversário - caso contrário, a disputa prossegue até que tal diferença seja atingida. O vencedor será aquele que conquistar primeiramente três sets.
Como o jogo termina quando um time completa três sets vencidos, cada partida de voleibol dura no máximo cinco sets. Se isto ocorrer, o último recebe o nome de tie-break e termina quando um dos times atinge a marca de 15, e não 25 pontos. Como no caso dos demais, também é necessária uma diferença de dois pontos com relação ao placar do adversário.
Cada equipe é composta por doze jogadores, dos quais seis estão atuando na quadra e seis permanecem no banco na qualidade de reservas. As substituições são limitadas: cada técnico pode realizar no máximo seis por set, e cada jogador só pode ser substituído uma única vez - com exceção do líbero - devendo necessariamente retornar à quadra para ocupar a posição daquele que tomara originalmente o seu lugar.
Os seis jogadores de cada equipe são dispostos na quadra do seguinte modo. No sentido do comprimento, três estão mais próximos da rede, e três mais próximos do fundo; e, no sentido da largura, dois estão mais próximos da lateral esquerda; dois, do centro da quadra; e dois, da lateral direita. Estas posições são identificadas por números: com o observador postado frente à rede, aquela que se localiza no fundo à direita recebe o número 1, e as outras seguem-se em ordem crescente conforme o sentido anti-horário.

O jogo

Posicionamento e rotação.
No início de cada set, o jogador que ocupa a posição 1 realiza o saque, e, acerta a bola com a mão tencionando fazê-la atravessar o espaço aéreo delimitado pelas duas antenas e aterrissar na quadra adversária. Os oponentes devem então fazer a bola retornar tocando-a no máximo três vezes, e evitando que o mesmo jogador toque-a por duas vezes consecutivas.
O primeiro contato com a bola após o saque é denominado recepção ou passe, e seu objetivo primordial é evitar que ela atinja uma área válida do campo. Segue-se então usualmente o levantamento, que procura colocar a bola no ar de modo a permitir que um terceiro jogador realize o ataque, ou seja, acerte-a de forma a fazê-la aterrissar na quadra adversária, conquistando deste modo o ponto.
No momento em que o time adversário vai atacar, os jogadores que ocupam as posições 2, 3 e 4 podem saltar e estender os braços, numa tentativa de impedir ou dificultar a passagem da bola por sobre a rede. Este movimento é denominado bloqueio, e não é permitido para os outros três atletas que compõem o restante da equipe.
Em termos técnicos, os jogadores que ocupam as posições 1, 6 e 5 só podem acertar a bola acima da altura da rede em direção à quadra adversária se estiverem no "fundo" de sua própria quadra. Por esta razão, não só o bloqueio torna-se impossível, como restrições adicionais se aplicam ao ataque. Para atacar do fundo, o atleta deve saltar sem tocar com os pés na linha de três metros ou na área por ela delimitada; o contato posterior com a bola, contudo, pode ocorrer no espaço aéreo frontal.
Após o ataque adversário, o time procura interceptar a trajetória da bola com os braços ou com outras partes do corpo para evitar que ela aterrisse na quadra. Se obtém sucesso, diz-se que foi feita uma defesa, e seguem-se novos levantamento e ataque. O jogo continua até que uma das equipes cometa um erro ou consiga fazer a bola tocar o campo do lado oponente.
Se o time que conquistou o ponto não foi o mesmo que havia sacado, os jogadores devem deslocar-se em sentido horário, passando a ocupar a próxima posição de número inferior à sua na quadra (ou a posição 3, no caso do atleta que ocupava a posição 4). Este movimento é denominado rodízio.

Líbero

O líbero é um atleta especializado nos fundamentos que são realizados com mais frequência no fundo da quadra, isto é, recepção e defesa. Esta função foi introduzida pela FIVB em 1998, com o propósito de permitir disputas mais longas de pontos e tornar o jogo deste modo mais atraente para o público. Um conjunto específico de regras se aplica exclusivamente a este jogador.
O líbero deve utilizar uniforme diferente dos demais, não pode ser capitão do time, nem atacar, bloquear ou sacar. Quando a bola não está em jogo, ele pode trocar de lugar com qualquer outro jogador sem notificação prévia aos árbitros, e suas substituições não contam para o limite que é concedido por set a cada técnico.
Por fim, o líbero só pode realizar levantamentos de toque do fundo da quadra. Caso esteja pisando sobre a linha de três metros ou sobre a área por ela delimitada, deverá exercitar somente levantamentos de manchete, pois se o fizer de toque por cima (pontas dos dedos) o ataque deverá ser executado com a bola abaixo do bordo superior da rede.

Pontos

Existem basicamente duas formas de marcar pontos no voleibol. A primeira consiste em fazer a bola aterrissar sobre a quadra adversária como resultado de um ataque, de um bloqueio bem sucedido ou, mais raramente, de um saque que não foi corretamente recebido. A segunda ocorre quando o time adversário comete um erro ou uma falta.
Diversas situações são consideradas erros:
  • A bola toca em qualquer lugar exceto em um dos doze atletas que estão em quadra, ou no campo válido de jogo ("bola fora").
  • O jogador toca consecutivamente duas vezes na bola ("dois toques").
  • O jogador empurra a bola, ao invés de acertá-la. Este movimento é denominado "carregar ou condução".
  • A bola é tocada mais de três vezes antes de retornar para o campo adversário.
  • A bola toca a antena, ou passa sobre ou por fora da antena em direção à quadra adversária.
  • O jogador encosta na borda superior da rede.
  • Um jogador que está no fundo da quadra realiza um bloqueio.
  • Um jogador que está no fundo da quadra pisa na linha de três metros ou na área frontal antes de fazer contato com a bola acima do bordo superior da rede ("invasão do fundo").
  • Postado dentro da zona de ataque da quadra ou tocando a linha de três metros, o líbero realiza um levantamento de toque que é posteriormente atacado acima da altura da rede.
  • O jogador bloqueia o saque adversário.
  • O jogador está fora de posição no momento do saque.
  • O jogador saca quando não está na posição 1.
  • O jogador toca a bola no espaço aéreo acima da quadra adversária em uma situação que não se configura como um bloqueio ("invasão por cima").
  • O jogador toca a quadra adversária por baixo da rede com qualquer parte do corpo exceto as mãos ou os pés ("invasão por baixo").
  • O jogador leva mais de oito segundos para sacar
  • No momento do saque, os jogadores que estão na rede pulam e/ou erguem os braços, com o intuito de esconder a trajetória da bola dos adversários. Esta falta é denominada screening
  • Os "dois toques" são permitidos no primeiro contato do time com a bola, desde que ocorram em uma "ação simultânea" - a interpretação do que é ou não "simultâneo" fica a cargo do arbitro.
  • A não ser no bloqueio. O toque da bola no bloqueio não é contabilizado.
  • A invasão por baixo de mãos e pés é permitida apenas se uma parte dos membros permanecer em contato com a linha central.

Fundamentos

Um time que deseja competir em nível internacional precisa dominar um conjunto de seis habilidades básicas, denominadas usualmente sob a rubrica "fundamentos". Elas são: saque, passe, levantamento, ataque, bloqueio e defesa. A cada um destes fundamentos compreende um certo número de habilidades e técnicas que foram introduzidas ao longo da história do voleibol e são hoje consideradas prática comum no esporte.

Saque ou serviço

Jogador preparando-se para sacar.
O saque ou serviço marca o início de uma disputa de pontos no voleibol. Um jogador posta-se atrás da linha de fundo de sua quadra, estende o braço e acerta a bola, de forma a fazê-la atravessar o espaço aéreo acima da rede delimitado pelas antenas e aterrissar na quadra adversária. Seu principal objetivo consiste em dificultar a recepção de seu oponente controlando a aceleração e a trajetória da bola.
Existe a denominada área de saque, que é constituída por duas pequenas linhas nas laterais da quadra, o jogador não pode sacar de fora desse limite.
Um saque que a bola aterrissa diretamente sobre a quadra do adversário sem ser tocada pelo adversário - é denominado em voleibol "ace", assim como em outros esportes tais como o tênis.
No voleibol contemporâneo, foram desenvolvidos muitos tipos diferentes de saques:
  • Saque por baixo ou por cima: indica a forma como o saque é realizado, ou seja, se o jogador acerta a bola por baixo, no nível da cintura, ou primeiro lança-a no ar para depois acertá-la acima do nível do ombro. A recepção do saque por baixo é usualmente considerada muito fácil, e por esta razão esta técnica não é mais utilizada em competições de alto nível.
  • Jornada nas estrelas: um tipo específico de saque por baixo, em que a bola é acertada de forma a atingir grandes alturas (em torno 25 metros). O aumento no raio da parábola descrito pela trajetória faz com que a bola desça quase em linha reta, e em velocidades da ordem de 70 km/h. Popularizado na década de 1980 pela equipe brasileira, especialmente pelo ex-jogador Bernard Rajzman, ele hoje é considerado ultrapassado, e já não é mais empregado em competições internacionais.
  • Saque com efeito: denominado em inglês "spin serve", trata-se de um saque em que a bola ganha velocidade ao longo da trajetória, ao invés de perdê-la, graças a um efeito produzido dobrando-se o pulso no momento do contato.
  • Saque flutuante ou saque sem peso: saque em que a bola é tocada apenas de leve no momento de contato, o que faz com que ela perca velocidade repentinamente e sua trajetória se torne imprevisível.
  • Viagem ao fundo do mar: saque em que o jogador lança a bola, faz a aproximação em passadas como no momento do ataque, e acerta-a com força em direção à quadra adversária. Supõe-se que este saque já existisse desde a década de 1960, e tenha chegado ao Brasil pelas mãos do jogador Feitosa. De todo modo, ele só se tornou popular a partir da segunda metade dos anos 1980.
  • Saque oriental: o jogador posta-se na linha de fundo de perfil para a quadra, lança a bola no ar e acerta-a com um movimento circular do braço oposto. O nome deste saque provém do fato de que seu uso contemporâneo restringe-se a algumas equipes de voleibol feminino da Ásia.

Passe

Passe realizado com manchete.
Também chamado recepção, o passe é o primeiro contato com a bola por parte do time que não está sacando e consiste, em última análise, em tentativa de evitar que a bola toque a sua quadra, o que permitiria que o adversário marcasse um ponto. Além disso, o principal objetivo deste fundamento é controlar a bola de forma a fazê-la chegar rapidamente e em boas condições nas mãos do levantador, para que este seja capaz de preparar uma jogada ofensiva.
O fundamento passe envolve basicamente duas técnicas específicas: a "manchete", em que o jogador empurra a bola com a parte interna dos braços esticados, usualmente com as pernas flexionadas e abaixo da linha da cintura; e o "toque", em que a bola é manipulada com as pontas dos dedos acima da cabeça.
Quando, por uma falha de passe, a bola não permanece na quadra do jogador que está na recepção, mas atravessa por cima da rede em direção à quadra da equipe adversária, diz-se que esta pessoa recebeu uma "bola de graça".

Manchete

É uma técnica de recepção realizada com as mãos unidas e os braços um pouco separados e estendidos, o movimento da manchete tem início nas pernas e é realizado de baixo para cima numa posição mais ou menos cômoda, é importante que a perna seja flexionada na hora do movimento, garantindo maior precisão e comodidade no movimento. Ela é usada em bolas que vem em baixa altura, e que não tem chance de ser devolvida com o toque.
É considerada um dos fundamentos da defesa, sendo o tipo de defesa do saque e de cortadas mais usado no jogo de voleibol. É uma das técnicas essenciais para o líbero mas também é empregada por alguns levantadores para uma melhor colocação da bola para o atacante.

Levantamento

O levantamento é normalmente o segundo contato de um time com a bola. Seu principal objetivo consiste em posicioná-la de forma a permitir uma ação ofensiva por parte da equipe, ou seja, um ataque.
A exemplo do passe, pode-se distinguir o levantamento pela forma como o jogador executa o movimento, ou seja, como "levantamento de toque" e "levantamento de manchete". Como o primeiro usualmente permite um controle maior, o segundo só é utilizado quando o passe está tão baixo que não permite manipular a bola com as pontas dos dedos, ou no voleibol de praia, em que as regras são mais restritas no que diz respeito à infração de "carregar".
Também costuma-se utilizar o termo "levantamento de costas", em referência à situação em que a bola é lançada na direção oposta àquela para a qual o levantador está olhando.
Quando o jogador não levanta a bola para ser atacada por um de seus companheiros de equipe, mas decide lançá-la diretamente em direção à quadra adversária numa tentativa de conquistar o ponto rapidamente, diz-se que esta é uma "bola de segunda".

Ataque

Jogador atacando.
O ataque é, em geral, o terceiro contato de um time com a bola. O objetivo deste fundamento é fazer a bola aterrissar na quadra adversária, conquistando deste modo o ponto em disputa. Para realizar o ataque, o jogador dá uma série de passos contados ("passada"), salta e então projeta seu corpo para a frente, transferindo deste modo seu peso para a bola no momento do contato.
O voleibol contemporâneo envolve diversas técnicas individuais de ataque:
  • Ataque do fundo: ataque realizado por um jogador que não se encontra na rede, ou seja, por um jogador que não ocupa as posições 2-4. O atacante não pode pisar na linha de três metros ou na parte frontal da quadra antes de tocar a bola, embora seja permitido que ele aterrisse nesta área após o ataque.
  • Diagonal ou Paralela: indica a direção da trajetória da bola no ataque, em relação às linhas laterais da quadra. Uma diagonal de ângulo bastante pronunciado, com a bola aterrissando na zona frontal da quadra adversária, é denominada "diagonal curta".
  • Cortada ou Remate: refere-se a um ataque em que a bola é acertada com força, com o objetivo de fazê-la aterrissar o mais rápido possível na quadra adversária. Uma cortada pode atingir velocidades de aproximadamente 200 km/h.
  • Largada: refere-se a um ataque em que jogador não acerta a bola com força, mas antes toca-a levemente, procurando direcioná-la para uma região da quadra adversária que não esteja bem coberta pela defesa.
  • Explorar o bloqueio: refere-se a um ataque em que o jogador não pretende fazer a bola tocar a quadra adversária, mas antes atingir com ela o bloqueio oponente de modo a que ela, posteriormente, aterisse em uma área fora de jogo.
  • Ataque sem força: o jogador acerta a bola mas reduz a força e conseqüentemente sua aceleração, numa tentativa de confundir a defesa adversária.
  • Bola de xeque: refere-se à cortada realizada por um dos jogadores que está na rede quando a equipe recebe uma "bola de graça" (ver passe, acima).

Bloqueio

Bloqueio triplo.
O bloqueio refere-se às ações executadas pelos jogadores que ocupam a parte frontal da quadra (posições 2-3-4) e que têm por objetivo impedir ou dificultar o ataque da equipe adversária. Elas consistem, em geral, em estender os braços acima do nível da rede com o propósito de interceptar a trajetória ou diminuir a velocidade de uma bola que foi cortada pelo oponente.
Denomina-se "bloqueio ofensivo" à situação em que os jogadores têm por objetivo interceptar completamente o ataque, fazendo a bola permanecer na quadra adversária. Para isto, é necessário saltar, estender os braços para dentro do espaço aéreo acima da quadra adversária e manter as mãos viradas em torno de 45-60° em direção ao punho. Um bloqueio ofensivo especialmente bem executado, em que bola é direcionada diretamente para baixo em uma trajetória praticamente ortogonal em relação ao solo, é denominado "toco".
Um bloqueio é chamado, entretanto, "defensivo" se tem por objetivo apenas tocar a bola e deste modo diminuir a sua velocidade, de modo a que ela possa ser melhor defendida pelos jogadores que se situam no fundo da quadra. Para a execução do bloqueio defensivo, o jogador reduz o ângulo de penetração dos braços na quadra adversária, e procura manter as palmas das mãos voltadas em direção à sua própria quadra.
O bloqueio também é classificado, de acordo com o número de jogadores envolvidos, em "simples", "duplo" e "triplo".

Defesa

Defesa.
A defesa consiste em um conjunto de técnicas que têm por objetivo evitar que a bola toque a quadra após o ataque adversário. Além da manchete e do toque, já discutidos nas seções relacionadas ao passe e ao levantamento, algumas das ações específicas que se aplicam a este fundamento são:
  • Peixinho: o jogador atira-se no ar, como se estivesse mergulhando, para interceptar uma bola, e termina o movimento sob o próprio abdômen.
  • Rolamento: o jogador rola lateralmente sobre o próprio corpo após ter feito contato com a bola. Esta técnica é utilizada, especialmente, para minimizar a possibilidade de contusões após a queda que é resultado da força com que uma bola fora cortada pelo adversário.
  • Martelo: o jogador acerta a bola com as duas mãos fechadas sobre si mesmas, como numa oração. Esta técnica é empregada, especialmente, para interceptar a trajetória de bolas que se encontram a uma altura que não permite o emprego da manchete, mas para as quais o uso do toque não é adequado, pois a velocidade é grande demais para a correta manipulação com as pontas dos dedos.

Principais competições

Organizadas pela federação internacional (FIVB), as principais competições de voleibol são torneios internacionais que podem ser divididos em dois grupos: grandes eventos que ocorrem em ciclos de quatro anos e eventos anuais, criados a partir da década de 1990. De menor importância, mas igualmente tradicionais, são os torneios organizados por cada uma das cinco grandes confederações continentais.
Por fim, diversas federações possuem torneios e ligas nacionais, que ganham em prestígio de acordo com o volume de capital investido e a qualidade dos atletas envolvidos.
Entre as principais competições de voleibol, destacam-se:

Internacionais

Nacionais

Curiosidades




  • Durante uma partida, um jogador dá de sessenta a oitenta saltos entre os saques, ataques e bloqueios. Alguns podem chegar a cem saltos.
  • Bebeto de Freitas, treinador da Seleção Brasileira tinha um estoque interminável de superstições. Numa excursão a Europa, em 1988, o Brasil perdia para a Holanda quando Bebeto pediu tempo. Havia um prego solto na cadeira e sua calça ficou presa. O resultado foi um indisfarçável buraco nos fundilhos. Só que, a partir disso, o Brasil virou o marcador. Nos jogos seguintes, a conta da supervisão, ele continuou usando a calça daquele jeito mesmo. Mas era só aparecer uma derrota para ele desistir da coisa. A calça furada aguentou quatro partidas.
  • A Seleção Masculina de Voleibol do Brasil possui os dois recordes mundiais de público na história do voleibol: Em 26 de Julho de 1983, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, 95.887 pessoas viram o Brasil derrotar num amistoso a União Soviética por 3-1, num recorde absoluto da história do esporte. No dia 6 de Julho de 1995, no Ginásio do Mineirinho, em Belo Horizonte, foi batido o recorde de público numa partida in door: 25.326 torcedores superlotaram o ginásio para ver a Itália bater o Brasil por 3-2, na fase decisiva de classificação para as finais da Liga Mundial daquele ano.
  • Antes do estouro do voleibol, durante os anos 1980, a Seleção Brasileira se resumia a um único grande jogador. A dinastia de Antônio Carlos Moreno durou 21 anos e 366 jogos. Uma trajetória exemplar, iniciada aos dezessete anos, em que ele disputou sete campeonatos sul-americanos e quatro jogos Pan-Americanos. Participou também de quatro mundiais e cinco Olimpíadas.
  • A jogadora brasileira Fernanda Venturini nasceu com a perna esquerda um centímetro mais curta que a direita. Por isso, ela é obrigada a usar uma palmilha especial.
  • A partir dos Jogos Olímpicos de 1988, uma nova regra impediu a interrupção do jogo para que se pudesse secar a quadra. Os times passaram a entrar com toalinhas presas na parte de trás do calção, usadas sempre que o suor molha o piso. (Esta regra não está mais em vigor)
  • O carioca Dartagnan Jatobá, ex-campeão carioca de judô, tem uma profissão insólita: é um torcedor profissional de voleibol. Sua corneta já é conhecida desde 1982. Depois de ajudar a fundar a torcida flamenguista Raça Rubro-Negra, ele recebeu dinheiro do Banco Econômico para torcer pelo Brasil na Copa do Mundo da Espanha. O Brasil perdeu e Dartagnan achou melhor trocar o futebol pelo voleibol. Estreou no Mundialito de 1982. Dartagnan foi o responsável por distribuir em Barcelona 15 mil camisetas e mil bonés com o logotipo do Banco do Brasil. Para isso ele recebeu passagem de avião, ingressos para os jogos e diária de quarenta dólares.
  • O saque Jornada nas Estrelas. Tipo específico de saque por baixo, em que a bola é acertada de forma a atingir grandes alturas, em torno 25 metros. O aumento no raio da parábola descrito pela trajetória faz com que a bola desça quase em linha reta, e em velocidades da ordem de 70 km/h. Ao contrário de que todos imaginam o primeiro atleta brasileiro a executá-lo, não foi o Bernard Rajzman, e sim, Vicente Pinheiro Chagas, no início da década de 50. Vicentão, como era conhecido em Minas Gerais, executou esse tipo de saque quando jogava pelo Clube Atlético Mineiro. Naquela ocasião, a maiorias das quadras eram descobertas em Belo Horizonte, e esse saque surtia, segundo os mais antigos, um efeito devastador. A bola subia além do feixe de luz dos holofotes e, momentaneamente, não era vista pelos jogadores. Muitos anos depois, Bernard, diga-se de passagem, com grande maestria e talento, aplicou esse tipo de saque na praia no início da década de 80, e o levou para os ginásios com muito sucesso.Interessante ressaltar que, na ocasião, passava na televisão brasileira um seriado chamado "Jornada nas Estrelas". Pronto, foi o bastante para o saque ser batizado com esse nome em alusão ao seriado. Para evitar mal-entendido, de forma alguma estamos tirando os méritos de Bernard. Pelo contrário. Além de extraordinário jogador, foi ele, sem dúvida, a dar notoriedade ao saque Jornada nas Estrelas. Mas atribuí-lo à invenção desse tipo de saque é injusto ao seu real criador: Vicente Pinheiro Chagas.

Nove candidaturas lutam por Copas de 2018 e 2022: conheça as propostas

Países começam a mostrar projetos nesta quarta-feira à Fifa. Decisão sobre onde serão os Mundiais depois de 2014 será revelada na quinta, em Zurique

Por Lucas Loos e Márcio Iannacca Rio de Janeiro
O planeta vai saber nesta quinta-feira quais serão as sedes das Copas do Mundo de 2018 e de 2022. Mas, a partir desta quarta, 11 países divididos em nove candidaturas começarão a apresentar ao Comitê Executivo da Fifa, em Zurique, os seus projetos pela última vez. Rússia, Inglaterra e as propostas conjuntas de Portugal/Espanha e Bélgica/Holanda estão no páreo para receber o primeiro evento, enquanto Japão, Qatar, Coreia do Sul, Estados Unidos e Austrália brigam pelo direito de organizar a edição seguinte.
As apresentações finais começarão com os países que sonham sediar o Mundial de 2022. Nesta quarta, a Austrália vai ser a primeira a mostrar o seu projeto, às 11h (horário de Brasília). Em seguida, Coreia do Sul, Qatar, Estados Unidos e Japão, respectivamente, terão uma hora. No dia seguinte, a candidatura de Bélgica e Holanda será a primeira a fazer a sua exposição, às 6h (de Brasília), para depois entrarem Espanha/Portugal, Inglaterra e Rússia. O anúncio das sedes das duas Copas depois de 2014 será feito às 13h (de Brasília) na quinta.
O GLOBOESPORTE.COM pesquisou cada uma das candidaturas e selecionou os principais pontos fortes e fracos de cada uma delas. Além disso, um infográfico mostra todos os estádios oferecidos pelos países à Fifa. Embora a entidade só tenha exigido 12 arenas de cada, alguns oferecem mais do que o necessário e essa escolha está sujeita à mudanças futuras. Portugal e Espanha, por exemplo, sugeriram 21 estádios, enquanto o Qatar foi mais econômico, com apenas 12, sendo que nove deles ainda precisarão ser erguidos. Confira abaixo tudo sobre a briga para 2018 e 2022.
01/12/2010 07h40 - Atualizado em 01/12/2010 12h27

Nove candidaturas lutam por Copas de 2018 e 2022: conheça as propostas

Países começam a mostrar projetos nesta quarta-feira à Fifa. Decisão sobre onde serão os Mundiais depois de 2014 será revelada na quinta, em Zurique

Por Lucas Loos e Márcio Iannacca Rio de Janeiro
O planeta vai saber nesta quinta-feira quais serão as sedes das Copas do Mundo de 2018 e de 2022. Mas, a partir desta quarta, 11 países divididos em nove candidaturas começarão a apresentar ao Comitê Executivo da Fifa, em Zurique, os seus projetos pela última vez. Rússia, Inglaterra e as propostas conjuntas de Portugal/Espanha e Bélgica/Holanda estão no páreo para receber o primeiro evento, enquanto Japão, Qatar, Coreia do Sul, Estados Unidos e Austrália brigam pelo direito de organizar a edição seguinte.
As apresentações finais começarão com os países que sonham sediar o Mundial de 2022. Nesta quarta, a Austrália vai ser a primeira a mostrar o seu projeto, às 11h (horário de Brasília). Em seguida, Coreia do Sul, Qatar, Estados Unidos e Japão, respectivamente, terão uma hora. No dia seguinte, a candidatura de Bélgica e Holanda será a primeira a fazer a sua exposição, às 6h (de Brasília), para depois entrarem Espanha/Portugal, Inglaterra e Rússia. O anúncio das sedes das duas Copas depois de 2014 será feito às 13h (de Brasília) na quinta.
O GLOBOESPORTE.COM pesquisou cada uma das candidaturas e selecionou os principais pontos fortes e fracos de cada uma delas. Além disso, um infográfico mostra todos os estádios oferecidos pelos países à Fifa. Embora a entidade só tenha exigido 12 arenas de cada, alguns oferecem mais do que o necessário e essa escolha está sujeita à mudanças futuras. Portugal e Espanha, por exemplo, sugeriram 21 estádios, enquanto o Qatar foi mais econômico, com apenas 12, sendo que nove deles ainda precisarão ser erguidos. Confira abaixo tudo sobre a briga para 2018 e 2022.
Rússia
Estádio Krasnodar Copa 2018 RussiaProjeto do estádio de Krasnodar, na Rússia: país
é o favorito para a  Copa de 2018 (Foto: Divulgação)
Favorita nos bastidores para receber a Copa do Mundo de 2018, a Rússia aposta no seu forte poderio econômico para receber a competição. Com a promessa de investir U$ 3,8 bilhões (R$ 6,5 bilhões) em estádios, U$ 2,2 bilhões (R$ 3,8 bilhões) no futebol no país e U$ 11,5 bilhões (R$ 19,8 bilhões) em infraestrutura, a candidatura promete erguer nada menos que 13 arenas e ainda reformar outras três. Os russos ainda usam o argumento de que nunca sediaram uma Copa e, com isso, poderiam abrir novos mercados para o torneio, assim como aconteceu com a África do Sul, neste ano, e com os Estados Unidos, em 1994.
- Nunca recebemos uma Copa do Mundo. Recebê-la aqui seria abrir novas cabeças e corações para o futebol. Seria um capítulo completamente novo para a Copa do Mundo - disse o meia Arshavin, um dos principais nomes do Arsenal, capitão da seleção russa e embaixador da candidatura.
Maior país em território do planeta (17.075.200 km²), a Rússia atravessa a Europa e a Ásia, ligando Ocidente e Oriente. Isso implica também em longas distâncias de uma sede para outra. A organização da candidatura, porém, diz que vai concentrar os jogos na parte leste do país para evitar longas viagens das delegações. Por conta da questão dos transportes, a candidatura é considerada de médio risco na avaliação da Fifa, enquanto as suas concorrentes europeias são mais bem avaliadas nesse sentido.
Inglaterra
David Beckham no estádio olímpico de LondresBeckham no Estádio Olímpico de Londres, que
poderá ser usado na Copa (Foto: Reuters)
Berço do futebol, a Inglaterra usa a sua tradição no esporte e suas arenas bem cuidadas como trunfos na votação desta quinta-feira. Na capital, por exemplo, a candidatura oferece o futuro estádio Olímpico de Londres (ainda em construção), a nova casa do Tottenham (ainda um projeto), o lendário e remodelado Wembley e o Emirates Stadium, do Arsenal. Fora outras cidades com clubes fortes, como Manchester (Old Trafford e City of Manchester) e Liverpool (Novo Anfield Road), que também serão sedes. Além disso, a comunidade britânica está bem envolvida com o projeto. Nomes como o primeiro-ministro do país, David Cameron, e o astro David Beckham vão a Zurique para a votação.
- Os ingleses querem muito ser sede da Copa. E eu acho que eles estão muito preparados para isso. Mesmo sem terem sido eleitos para organizar a Copa do Mundo, eles já estão preparados desde antes - disse o brasileiro Gomes, que atua no Tottenham.
Pesa contra os ingleses o fato de já terem sediado uma Copa do Mundo e ainda receberem as Olimpíadas de Londres de 2012. Isso porque a Fifa não gostaria que os britânicos organizassem dois grandes eventos desse nível em um pequeno intervalo de tempo para dar a oportunidade a uma outra nação. Outro ponto que levantou polêmica é a questão do torneio de Wimbledon, que pode coincidir com os jogos da competição. A Fifa exige que nenhum outro evento esportivo de grande porte aconteça em uma das sedes simultaneamente ao Mundial e, por isso, levou em conta o Grand Slam do tênis em seu relatório.
Holanda e Bélgica
Após organizarem a Eurocopa de 2000, Holanda e Bélgica se juntaram novamente para tentar realizar uma Copa do Mundo. E dessa vez sustentabilidade e facilidade de locomoção são as palavras de ordem. Com planos de reaproveitar água e reciclar resíduos, os dois países pretendem utilizar materiais que produzam um Mundial verde. Além disso, enquanto a Rússia enfrenta dificuldades com as longas distâncias, o maior trajeto a ser percorrido entre as sedes dos dois países será de 374km, das cidades de Enschede (Holanda) para Charleroi (Bélgica).
Pouco cotada nos bastidores, a candidatura perdeu força com a desistência dos Estados Unidos na briga por 2018 para se concentrar exclusivamente para 2022, na qual são favoritos. Com isso, holandeses e belgas só podem brigar pelo direito de sediar a edição logo após o Mundial do Brasil, já que os europeus não estarão na concorrência de 2022 devido ao rodízio de continentes promovido pela Fifa. Além disso, a pouca tradição da Bélgica no futebol não fortalece a proposta.
gullit, campanha para copa de 2018Ex-jogador Gullit (esquerda) é o principal nome da campanha de Holanda e Bélgica (Foto: AP)
Espanha e Portugal
montagem Cristiano Ronaldo José Mourinho camisa candidatura CopaCristiano Ronaldo e José Mourinho dão apoio à
candidatura ibérica (Fotos:EFE)
O grande trunfo de Portugal e Espanha para receberem a Copa do Mundo de 2018 é a boa estrutura de estádios e hotéis que os países contam atualmente. Das 21 arenas oferecidas para o Mundial, apenas cinco vão precisar ser construídas, sendo que das existentes sete não precisariam nem de reforma. Além disso, a boa rede hoteleira é considerada boa e vai além do que a Fifa exige para a competição. Jogadores e ex-jogadores consagrados dos países também fazem parte da campanha e alguns deles, como Iker Casillas, Fernando Hierro, Luís Figo e Cristiano Ronaldo, prometeram marcar presença na escolha em Zurique.
Com a grande quantidade de estádios oferecidos pela candidatura conjunta, a Espanha vai dominar o Mundial caso a dupla seja escolhida pelo Comitê Executivo da Fifa. Isso porque Portugal só teria três dessas sedes - Dragão (Porto), José Alvalade e Estádio da Luz (ambos em Lisboa). Além disso, a situação econômica dos países não é das melhores e pode pesar contra a proposta ibérica.
Austrália
Daniel Jordaan, Mayne-Nicholls Inspeção FIFA copa 2018 AustráliaAustrália espera levar a Copa pela primeira vez
para a Oceania (Foto: Getty Images)
Assim como a Rússia, a Austrália argumenta que sua candidatura poderá conduzir o futebol a novas localidades, podendo levar a Copa pela primeira vez para a Oceania e a deixar próxima da Ásia ao mesmo tempo. Além disso, o país é dono de um grande potencial turístico e abriga uma das mais antigas civilizações do mundo. Após organizar grandes eventos recentemente, como as Olimpíadas de Sidney (2000) e o Mundial de Rugby (2003), os australianos garantem que já têm uma infraestrutura bem adiantada para o evento.
Apesar de estar presente nas duas últimas edições da Copa, a Austrália deixa a desejar quando o assunto é tradição no futebol. Potência olímpica, os australianos só participaram de três Mundiais e, a partir das eliminatórias passadas, filiou-se à AFC (Confederação de Futebol Asiático) para ter chances maiores de disputar a competição. Além disso, a questão da rede hoteleira deixa a desejar, já que o país apresentou 43 mil quartos enquanto a Fifa exige 60 mil.
Japão
projeto estádio de osaka, copa de 2022Projeto do estádio de Osaka, o único que ainda
não está pronto no Japão (Foto: Divulgação)
O Japão tem uma nova paixão: o futebol. Desde os anos 90, o esporte no país se desenvolveu a ponto de a seleção local participar os últimos quatro Mundiais de forma consecutiva. Os números são impressionantes se levar em conta que a equipe nipônica fez sua estreia em Copas em 1998. Além disso, a tecnologia desenvolvida e a cultura milenar também são argumentos usados pelos organizadores para sensibilizar o Comitê Organizador da Fifa na próxima quinta-feira.
Pesa contra o país o fato de ter organizado o evento há oito anos. Sede da Copa de 2002, em conjunto com a Coreia do Sul, o país receberia a competição por duas vezes em um intervalo de 20 anos, caso seja o escolhido na votação em Zurique. Até hoje só o México organizou duas edições em um intervalo próximo a esse, em 1970 e 1986, e assim mesmo porque a Colômbia, que deveria sediar o Mundial vencido pela Argentina, desistiu por conta dos problemas políticos e econômicos que atravessava na década de 80.
Coreia do Sul
É com o legado de competições do porte das Olimpíadas de Seul, em 1992, e da Copa do Mundo, em 2002, que a Coreia do Sul espera convencer os membros do Comitê Executivo da Fifa para receber novamente o Mundial. Com uma boa infraestrutura por conta dos eventos recentes, a candidatura aposta também nas vitórias da seleção local, que garantiu vaga nas últimas sete edições da Copa, para se mostrar como a maior força do futebol asiático dos últimos anos e ganhar uma nova oportunidade.
Assim como o Japão, a Coreia recebeu um Mundial recentemente e, caso seja a escolhida nesta quinta, estaria tirando a chance de uma outra nação receber o evento. Além disso, tem a questão da eterna tensão com a Coreia Norte, que pode servir como empecilho para o sonho asiático. A candidatura, no entanto, promete usar essa questão a seu favor e pretende oferecer dois ou três jogos do torneio para os vizinhos.
estádio da Coreia do Sul Seoul Coreia do Sul aposta no sucesso de 2002 para repetir os estádios cheios em 2022 (Foto: Reprodução)
Estados Unidos
Há 16 anos, os Estados Unidos organizavam a Copa do Mundo mais lucrativa da história, ao faturar cerca de R$ 3,4 bilhões. Favoritos nos bastidores para organizar novamente o evento, os americanos preferem deixar de lado o passado e focam o presente e o futuro ao usar como trunfo a boa disponibilidade de estádios no país aliada à possibilidade de abrir ainda mais o mercado do esporte para a América do Norte. Com nomes como Brad Pitt, Morgan Freeman e Bill Clinton apoiando a candidatura, os EUA apostam ainda que a sua população cosmopolita poderá atuar como um fator preponderante na decisão da Fifa.
Uma escolha favorável aos americanos, no entanto, iria contra a política de rodízio da Fifa. Apesar da experiência bem sucedida, o país recebeu a Copa em 1994 e estaria tirando a oportunidade de uma outra nação que nunca recebeu uma Copa. Além disso, a Fifa apontou em seus relatórios que os governantes locais não estariam dando o devido apoio à candidatura
Brad PittBrad Pitt é um dos embaixadores dos Estados Unidos para sediar novamente a Copa (Foto: Getty Images)
Qatar
Estádios com tecnologia de ponta, sedes próximas umas das outras e a possibilidade de levar a primeira Copa do Mundo até o Oriente Médio, região apaixonada pelo futebol. Estes são os três grandes trunfos do Qatar para convencer os membros do Comitê Executivo da Fifa. Com o apoio de nomes de peso, como Zinedine Zidane e Pep Guardiola, a proposta asiática oferece estádios climatizados e facilidade de locomoção para driblar os contras que ameaçam a candidatura.
O primeiro deles é o forte calor que faz no país nos meses de junho e julho, época em que acontece o torneio. Por conta disso, a Fifa inclusive inseriu em seu relatório que um eventual Mundial no Qatar poderia oferecer riscos à saúde dos jogares, classificando a proposta - entre outros motivos - como de grande risco. A pouca tradição no futebol é outro fator que pesa contra os asiáticos, que não estão nem entre as 100 seleções mais bem colocadas do ranking e nunca disputaram uma Copa do Mundo.
camisa gigante promove a candidatura da copa do mundo Qatar 2022O comitê do Qatar produziu a maior camisa do mundo para divulgar a candidatura do país (Foto: Reuters)

Falcão é contratado para ser a estrela do time de futsal montado pelo Santos

Craque da seleção brasileira vestirá a camisa do Peixe por duas temporadas

Por GLOBOESPORTE.COM Santos, SP
Falcão, futsalFalcão será apresentando na próxima semana
(Foto: AFP)
Nas próximas duas temporadas, Falcão defenderá a camisa do Santos. Ele chega para ser o grande nome da equipe de futsal que está sendo montada para a próxima temporada e será comandada pelo técnico Fernando Ferretti. Os dois foram campeões da última edição da Liga Futsal, pelo Jaraguá. Para o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, o clube terá a chance de ter em seus quadros mais um "melhor do mundo".
- O Santos consolida-se como o time dos melhores futebolistas do planeta: Pelé, Marta, Falcão e craques como Neymar e Ganso, que têm totais condições de disputarem o título no futuro próximo - disse.
A apresentação do jogador está marcada para a próxima semana, assim como os detalhes do projeto. O time contará com a parceria da prefeitura da cidade e com o patrocínio da Cortiana Plásticos, que cederá ao clube sua vaga na liga nacional. A casa do Peixe será a Arena Santos, com capacidade para 5.000 pessoas.
- Montamos um projeto ousado, que conseguiu sensibilizar atletas de ponta como o Falcão e uma competente comissão técnica. E é fundamental observar que conseguimos parceiros que confiaram na ideia e a viabilizaram financeiramente, ou seja, o Santos não está tirando dinheiro do futebol para o futsal - afirmou o gerente de marketing, Armênio Neto.
As participações no Campeonato Paulista e na Liga Nacional de 2011 já estão confirmadas.

He-Man pede total entrega e Serra Dourada lotado para primeiro jogo

Rafael Moura diz que não vai cair na catimba argentina, evita clima de oba-oba e recebe elogios do técnico Artur Neto por sua liderança em campo

Por Carolina Elustondo Goiânia
Rafael Moura comemora gol do Goiás contra o FluminenseRafael Moura comemora gol do Goiás
(Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo)
Símbolo da caminhada do Goiás até a final da Copa Sul-Americana, Rafael Moura pede que todos deem um pouco mais de luta no jogo desta quarta-feira, às 22h (de Brasília), contra o Independiente-ARG, no Serra Dourada. Aos companheiros, o atacante solicita total entrega e concentração de toda a força nesta primeira partida. Aos torcedores, o He-Man faz um convite para que o estádio esteja lotado e fervendo a favor do Esmeraldino. Foram disponibilizados 40 mil ingressos para a etapa inicial da decisão.
Moura observa que o time argentino, assim como o Goiás, entrou na competição sem muita força, mas foi crescendo até chegar à decisão.
- A equipe deles também está entre as últimas do campeonato nacional, entrou desacreditada na competição, foi crescendo e venceu com superação. Tem um histórico parecido com o nosso. Agora temos que dobrar a vontade em campo, dar mais, fazer a diferença enchendo o Serra. Nos outros jogos não tivemos tanto apoio da torcida, e sei que lá na Argentina estará lotado o estádio. Queremos apoio total aqui também - explicou o jogador.
Apesar de esperar o apoio da torcida como um incentivo durante o jogo desta quarta, o atacante deixa claro que o grupo de atletas não se deixa envolver pelo clima de "já ganhou" que o torcedor adota. Na última terça, cerca de 400 torcedores estiveram no treino na Serrinha fazendo uma grande festa.
- É preciso deixar claro que a euforia do torcedor tem que ficar fora do nosso grupo, não tem oba-oba em campo. A festa no treino foi bonita, o torcedor tem que nos ajudar. No Pacaembu e no Uruguai calamos o adversário, e se não fizermos um bom jogo aqui é a nossa torcida que pode ficar calada. Queremos incentivar o torcedor e receber o apoio dele - acrescentou.
Moura espera ver catimba dos argentinos em campo nesta quarta, mas garante que está tranquilo e não vai cair na conversa dos hermanos. O técnico Artur Neto também confia na tranquilidade do He-Man e elogia o poder de liderança do artilheiro em campo.
- Eu não tenho preocupação com isso porque todos os jogos que ele esteve comigo não recebeu nem amarelo. Sempre tive um guerreiro em campo lutando, cobrando os companheiros de forma positiva, auxiliando e incentivando. Ter um jogador assim em campo é importante para nós - ressaltou o comandante.

Com sobras, Cielo faz melhor tempo, mas reclama: 'Errei todas as viradas'

Nadador do Flamengo lamenta falhas na prova do Troféu Daltely Guimarães, que serve de eliminatórias para as disputas do Open, em Guaratinguetá

Por João Gabriel Rodrigues Guaratinguetá, SP
Cielo Open de nataçãoCielo se prepara para pular na piscina
(Foto: João Gabriel / Globoesporte.com)
Foram três batidas em cada braço, dois sinais da cruz e a checagem da temperatura antes de ir para a água. Quando os primeiros pingos de chuva começavam a cair no Itaguará Country Club, em Guaratinguetá, onde está sendo disputado o Open de natação, Cesar Cielo foi para a piscina pela primeira vez, na prova dos 100m livre. Marcou o recorde do Troféu Daltely Guimarães, parte do Brasileiro Sênior e que serve como eliminatórias para a disputa principal, com o tempo de 47s83, bem acima de sua melhor marca, 45s87, no Troféu José Finkel. A competição é o último teste para o Mundial em piscina curta, em Dubai, de 15 a 19 de dezembro.
Cielo não saiu satisfeito da piscina. Reclamou dos próprios erros, mas disse que deve estar melhor pela manhã, quando os oito melhores disputam o Open.
- Eu consegui errar todas as minhas viradas. Amanhã, acho que dá para melhorar pelo menos um segundo o tempo. Vamos torcer para que não chova ou vente tanto. A ideia já era nadar forte hoje, mas não deu. Fiz o que costumo fazer nos treinos, errei todas as viradas. Na última, só encostei a pontinha do pé, então já diminuí o ritmo, não fiz tanta força. Mas tudo bem. Não posso errar assim no Mundial. Isso aqui serve justamente para isso – afirmou o nadador do Flamengo.
Cielo também reclamou das condições da piscina em Guaratinguetá.
- A piscina não está legal. A posição do placar também dificulta muito os nadadores na hora da virada - disse.
Nicholas dos Santos, que também nadou a nona série, fez o segundo melhor tempo, com 48s35. André Daut foi o terceiro, com 48s48. Os nadadores voltam à piscina nesta quinta, a partir das 10h.
Pinheiros domina as outras provas
Na prova dos 50 metros costas, Guilherme Guido, do Pinheiros, fez o melhor tempo, com 23s88, novo recorde do campeonato. Seu companheiro de clube, Gabriel Manga, foi o segundo, com 24s22, enquanto Daniel Orzechowski, também do Pinheiros, foi o tercerio, com 24s57.
Nos 100m feminino, o Pinheiros também dominou as primeiras colocações. Tatiana Lemos Barbosa foi a vencedora, com 53s46, à frente de Julyana Kuri, com 54s98. Flávia Delaroli foi a terceira, com 55s35.
A veterana Fabíola Molina, do AESJ/Fadenp, foi a vencedora nos 50m costas feminino, com 27s44. Natalia Mendes, do Pinheiros, veio logo atrás, com 28s62. Ana Claudia Hatsumi, do Minas, completou as primeiras colocações.
Nos 200m peito, Tales bate Henrique por dois centésimos
Nos 200m peito, Tales Cerdeira, do Pinheiros, bateu Henrique Barbosa, do Flamengo, por apenas dois centésimos (2m09s04 contra 2m09s06). Felipe França, também do clube paulista, foi o terceiro, com 2m11s82.
Na prova feminina, Joanna Maranhão, do Minas, fez o melhor tempo, com 2m14s42, Larissa Cieslak, também do clube mineiro, foi a segunda, com 2m17s91, e Thamy Ventorin, do CNRAC, com 2m17s91.
Nos 200m medley, André Schultz, do Pinheiros, sobrou, com 1m57s42. Lucas Salatta, do Minas, foi o segundo, com 2m00s12, e Diogo Yabe, da AESJ/Adenp, foi o terceiro, com 2m00s32.

Irritada com especulação, diretoria do Timão vê Adriano como ilusão

Mário Gobbi, diretor de futebol do Corinthians, volta a negar interesse na contratação do atacante do Roma. Clube precisa também de um zagueiro

Por Carlos Augusto Ferrari e Leandro Canônico São Paulo
As pessoas falam do Adriano, mas eu não posso fazer isso com o torcedor do Corinthians. Não posso iludir ninguém"
Gobbi
Desde que Ronaldo declarou que gostaria de ter Adriano ao seu lado no ataque do Corinthians, uma série de especulações e informações surgiu sobre o atacante do Roma. Dentre os boatos está que o Imperador já está apalavrado com o Timão, negociando detalhes de contrato, e o próprio jogador confirmou conversa com o Fenômeno e demonstrou interesse em voltar a jogar em solo brasileiro.
No entanto, o assunto irrita a diretoria corintiana. Preocupado em não iludir o torcedor, o diretor de futebol do Corinthians, Mário Gobbi Filho, descarta qualquer possibilidade de Adriano reforçar o elenco em 2011. Mas ao mesmo tempo mantém discurso padrão dos cartolas, afirmando que todo bom jogador tem espaço no time.
- As pessoas falam do Adriano, mas eu não posso fazer isso com o torcedor do Corinthians. Não posso iludir ninguém. Eu vejo que todos comparam com o Ronaldo, mas quando acertamos ele não tinha clube, não tinha vínculo com ninguém. É claro que não posso afirmar que o Adriano jamais jogará no Corinthians. Pode acontecer, mas não agora.
Nos bastidores do Parque São Jorge, o nome de Adriano divide opiniões. Há um grupo que acha um ótimo reforço e outro que teme por conta dos problemas extracampo do jogador, algo já vivido por São Paulo e Flamengo recentemente. Nesta semana, o empresário do jogador, Gilmar Rinaldi, disse que se a vontade dele for voltar ao Brasil vai ajudar.
Adriano treino Roma 22/11/10Adriano durante treinamento do Roma, na Itália. Ronaldo o quer como companheiro (Foto: AFP)
Além de Adriano, outros nomes são especulados no Timão. Especialmente no ataque. Até porque uma das metas da diretoria é arrumar um jogador para suprir as ausências de Ronaldo durante a temporada. Seja por lesão ou opção da comissão técnica.
- Eu estou ouvindo e lendo as pessoas falando de Luis Fabiano, de Grafite... Vocês estão viajando demais. O problema é que o Corinthians é quem tem de desmentir – disse Gobbi.
Além de um atacante, a outra prioridade do Timão é a contratação de um zagueiro para o lugar de William, que neste domingo, contra o Goiás, em Goiânia, se despede do futebol.

Cuca pode selar boa campanha e
se consagrar com o título brasileiro

Treinador supera desconfiança da torcida, mostra trabalho consistente
e ainda acredita na conquista diante do Palmeiras, na Arena do Jacaré

Por Fernando Martins Y Miguel Belo Horizonte
Cuca na coletiva do CruzeiroCuca superou desconfiança da torcida celeste
(Foto: Washington Alves / Vipcomm)
Ele chegou cercado de muita desconfiança por parte da torcida do Cruzeiro. Seu currículo, apenas com o título carioca do ano passado, conquistado no comando do Flamengo, contribuiu para que os torcedores celestes ficassem receosos em acreditar em um bom trabalho do técnico Cuca.
A tarefa de substituir Adilson Batista não foi fácil. Afinal de contas, o antigo treinador, que havia classificado a Raposa para duas Libertadores anteriores, deixou o clube em um momento delicado, após a eliminação do time nas quartas de final do torneio continental. Mas Cuca manteve boa parte da equipe titular e contou com algumas mudanças que surtiram efeito, como as entradas dos zagueiros Caçapa e Léo e do meia argentino Montillo.
Humilde, após cada vitória da equipe, Cuca sempre creditava a boa performance aos jogadores. Trabalhando como um autêntico mineirinho, o time saiu do 13º lugar, posição em que o Cruzeiro figurava quando assumiu o comando, para brigar pela liderança e, consequentemente, pelo título.
Inicialmente, o primeiro objetivo era a classificação para a Taça Libertadores. Agora, ‘a menina dos olhos’ do cruzeirense é o título de campeão brasileiro. Mas para isso, o time precisa conquistar a vitória diante do Palmeiras, neste domingo, às 17h (de Brasília), na Arena do Jacaré, e ainda torcer por tropeços de Fluminense e Corinthians, que jogam contra os já rebaixados Guarani e Goiás, no mesmo horário.
Cuca treino Cruzeiro
Cuca, no entanto, tem um trunfo importante. Seu desempenho à frente do Cruzeiro é de campeão. Em 30 rodadas, o treinador conquistou 63,3% de aproveitamento. Rendimento superior ao líder Fluminense, que tem 61,3%. Ao saber desses números, Cuca ficou surpreso.
- Não sabia desses números. Mas é bom saber que o trabalho vem sendo bem feito, a estrutura que o clube dá, a vontade que os jogadores vêm mostrando na competição. A gente fica muito feliz e só lamenta pela equipe ter tido alguns percalços durante a competição, mas todas as outras também tiveram. Temos mais um jogo pela frente e quem sabe esses números não melhoram – destacou.
Cuca não estará no banco de reservas no último confronto da equipe no Brasileirão, justamente no jogo que poderá consagrá-lo. Ele foi punido com suspensão de dois jogos por conta de gestos e declarações após a polêmica derrota para o Corinthians, no Pacaembu.
Contra o Flamengo, em Volta Redonda, o treinador ficou nas arquibancadas do estádio Raulino de Oliveira, passando orientações para seu irmão e auxiliar técnico, Dirceu Stival, o Cuquinha. O comandante celeste preferiu minimizar o fato de não ter comandado a equipe à beira do gramado e contou como foi a experiência.
- Isso é o que menos importa. O importante foi que o Cruzeiro venceu o jogo, foi forte, soube o que fazer em uma partida decisiva, jogando com estádio lotado em um jogo complicado. Mas foi normal, como sempre ocorre quando você conversa com um auxiliar. Ele ficou em meu lugar, como se eu tivesse ali.
Indicado como um dos três melhores técnicos no prêmio Craque do Brasileirão, juntamente com Muricy Ramalho e Renato Gaúcho, Cuca se mostrou honrado com a escolha e revelou qual é o melhor treinador do Brasileiro em sua opinião.
- Eu fico muito feliz por ter sido escolhido ao lado de dois grandes treinadores como o Muricy e o Renato. Não só nós três, mas todos os outros também mereciam estar na lista, porque não é fácil. Indiquei o Renê Simões para homenageá-lo por tudo o que ele fez no campeonato. Não é fácil passar por tudo o que ele passou e continuar, não ir embora. Às vezes, se é outro, não aguentaria ficar lá com tudo o que ele passou.

Programa oficial da noite para os gremistas: secar o Goiás

Renato Gaúcho e jogadores escancaram torcida pelo Independiente

Por Eduardo Cecconi Porto Alegre
Adilson Rafael Moura Goiás x GrêmioAdilson diz que vai secar o Goiás, com ressalvas
(Foto: Ag. Estado)
É inevitável. Às 22h desta quarta-feira a audiência do Sportv vai beirar 100% nas casas dos gremistas. Incluindo os aparelhos de televisão do técnico Renato Gaúcho e dos jogadores. Todos unidos na torcida pelo argentino Independiente, na primeira partida decisiva da Copa Sul-Americana, contra o Goiás.
Um ponto à frente do Botafogo, seu adversário no próximo domingo, o Grêmio depende apenas de um empate para assegurar a 4ª colocação no Brasileirão 2010.
Associado à própria presença no G-4, um eventual insucesso goiano garantirá presença aos tricolores na Taça Libertadores 2011. Renato Gaúcho admite: vai secar o Goiás, mesmo que tenha amigos no clube compatriota:
- Vamos secar bastante, com os olhos. Tenho amigos lá, mas não nego que vou assistir e vou secar. Precisamos em primeiro lugar fazer a nossa parte, mas vou assistir esse primeiro jogo, e vou secar sim.
Quando iniciou a recuperação da equipe no Brasileirão, saindo da zona de rebaixamento, Renato disse que a classificação à Libertadores era uma 'luz no fim do túnel'. Agora, ele espera que esta luminosidade aumente até se tornar 'um sol'.
- Essa luzinha pode virar um sol, um sol que brilha bastante. É isso que esperamos domingo. Depois precisamos ver o que vai acontecer na Sul-Americana.
O volante Adilson prefere esperar. Afinal, o jogo de volta da final entre Independiente e Goiás ocorre na quarta-feira da próxima semana, após o confronto entre Grêmio e Botafogo. Ou seja: mesmo que conquiste lugar no G-4, os gremistas precisarão esperar três dias para saber se estão ou não na próxima Libertadortes:
- Procuro focar no objetivo que é passar pelo Botafogo, porque seria muito frustrante conseguir a vaga e o Goiás ganhar lá. Vamos primeiro buscar pelo menos o empate com o Botafogo, e só depois parar e ver o segundo jogo para dar uma secadinha.
Mas o jogador confessa que vai assistir ao jogo desta quarta, assim como a maioria dos companheiros. Sempre com a ressalva do 'foco no Botafogo'.
- A maioria deve assistir ao jogo, a gente pode torcer. Seria meio caminho andado o Goiás não vencer em casa, mas nosso foco é no domingo.

Joel quer dar um fim em disputa com Renato Gaúcho: 'Rei é rei; Príncipe é príncipe'

Técnico diz que seus títulos no Rio o 'catalogam' como dono da coroa no estado e alfineta rival ao questionar sua indicação ao Craque do Brasileirão

Por Gustavo Rotstein e Mariana Kneipp Rio de Janeiro
Joel Santana no treino BotafogoJoel no treino Botafogo (Foto: Agência Photocâmera)
O pedido para imortalizar o nome ou a prancheta na Calçada da Fama do Maracanã já vem desde a conquista da Taça Guanabara, em fevereiro de 2010. No entanto, ainda não foi atendido. Já o título de Rei do Rio, esse Joel Santana não quer nem mais discussão. É dele e ponto final, garante.
Questionado sobre a disputa da coroa com Renato Gaúcho, seu adversário deste domingo na disputa pela vaga na Libertadores, o técnico do Botafogo decidiu usar as estatísticas das taças levantadas nos campeonatos estaduais para “encerrar esse papo”.
- Eu ganhei oito vezes no meu estado. O melhor é aquele que tem currículo, tem história. Meu negócio é título. É só pegar os dados. Quem é rei, é rei. Príncipe é príncipe. Podem ver, eu até ganhei uma prancheta com “Rei do Rio” escrito nela. Está lá para provar. É igual a um passaporte. Carimba uma vez e pronto. Já está catalogado – afirmou.
No embalo da rivalidade com Renato Gaúcho, Joel não perdeu a oportunidade de alfinetar o companheiro da conquista do Carioca de 1995 e questionar a validade de sua indicação a melhor técnico no Prêmio Craque do Brasileirão, eleição que teve a participação de grandes nomes do esporte e jornalistas especializados.
- Isso depende de como você vê as coisas. Qual é o critério? Pode ser ele, o Cuca, o Muricy... O Joel, não. Já fui lá várias vezes. Cansaram da minha cara. Mas e se o Botafogo ganhar no domingo, como fica? Bom, é melhor renovar um pouco. Deixa o Renato ir lá. Só pensei que tinha um regulamento para definir isso, como, por exemplo, técnicos que completaram o campeonato, disputando ele todo com o time - disse Joel, lembrando que Renato Gaúcho assumiu o Grêmio apenas em agosto, na 14ª rodada do Brasileirão.

Joel quer dar um fim em disputa com Renato Gaúcho: 'Rei é rei; Príncipe é príncipe'

Técnico diz que seus títulos no Rio o 'catalogam' como dono da coroa no estado e alfineta rival ao questionar sua indicação ao Craque do Brasileirão

Por Gustavo Rotstein e Mariana Kneipp Rio de Janeiro
Joel Santana no treino BotafogoJoel no treino Botafogo (Foto: Agência Photocâmera)
O pedido para imortalizar o nome ou a prancheta na Calçada da Fama do Maracanã já vem desde a conquista da Taça Guanabara, em fevereiro de 2010. No entanto, ainda não foi atendido. Já o título de Rei do Rio, esse Joel Santana não quer nem mais discussão. É dele e ponto final, garante.
Questionado sobre a disputa da coroa com Renato Gaúcho, seu adversário deste domingo na disputa pela vaga na Libertadores, o técnico do Botafogo decidiu usar as estatísticas das taças levantadas nos campeonatos estaduais para “encerrar esse papo”.
- Eu ganhei oito vezes no meu estado. O melhor é aquele que tem currículo, tem história. Meu negócio é título. É só pegar os dados. Quem é rei, é rei. Príncipe é príncipe. Podem ver, eu até ganhei uma prancheta com “Rei do Rio” escrito nela. Está lá para provar. É igual a um passaporte. Carimba uma vez e pronto. Já está catalogado – afirmou.
No embalo da rivalidade com Renato Gaúcho, Joel não perdeu a oportunidade de alfinetar o companheiro da conquista do Carioca de 1995 e questionar a validade de sua indicação a melhor técnico no Prêmio Craque do Brasileirão, eleição que teve a participação de grandes nomes do esporte e jornalistas especializados.
- Isso depende de como você vê as coisas. Qual é o critério? Pode ser ele, o Cuca, o Muricy... O Joel, não. Já fui lá várias vezes. Cansaram da minha cara. Mas e se o Botafogo ganhar no domingo, como fica? Bom, é melhor renovar um pouco. Deixa o Renato ir lá. Só pensei que tinha um regulamento para definir isso, como, por exemplo, técnicos que completaram o campeonato, disputando ele todo com o time - disse Joel, lembrando que Renato Gaúcho assumiu o Grêmio apenas em agosto, na 14ª rodada do Brasileirão.