domingo, 20 de janeiro de 2013

Meninos marcam, e Grêmio vence
o Esportivo na estreia do Gauchão

Com o time principal em Quito para a Libertadores, Lucas Coelho
e Paulinho decidem para o Tricolor na abertura do Estadual

Por GLOBOESPORTE.COM Bento Gonçalves, RS
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  • momento decisivo
    36 do 2º tempo
    O jogo se encaminhava para o fim e para o empate. Mas aí Lucas Coelho passou por Ediglê e soltou uma bomba para abrir o placar em Bento Gonçalves.
  • nome do jogo
    Lucas Coelho
    O garoto de 18 anos atormentou a zaga do Esportivo. Além disso, fez um golaço e ainda participou diretamente do segundo gol, marcado por Paulinho.
  • deu certo
    Paulinho
    Poucos torcedores conheciam Paulinho. Mas ele mostrou que tem estrela. Entrou no segundo tempo e no primeiro toque na bola deixou o seu.
A equipe principal estava longe, em Quito, se preparando para a estreia na Libertadores. Mas quem ficou no Rio Grande do Sul fez o trabalho corretamente. Os garotos da base garantiram a primeira vitória do Grêmio no Campeonato Gaúcho. Com gols de Lucas Coelho e Paulinho, o time treinado por Marcelo Mabília venceu o Esportivo por 2 a 0 no estádio Montanha dos Vinhedos, em Bento Gonçalves.
Com o triunfo, o Grêmio assume a liderança da Chave A, com três pontos. Na próxima rodada, ainda com os meninos do técnico Mabília, o time se reencontra com o Estádio Olímpico. O jogo será na quinta-feira, contra o Canoas, às 19h30m. Já o Esportivo tentará a recuperação contra o Pelotas, fora de casa.

Na saída de campo, um dos destaques do jogo, o centroavante Lucas Coelho, mostrou alívio com o resultado positivo.

- Tiramos um peso das costas. Consegui aproveitar a oportunidade que me deram e tenho que seguir fazendo isso - disse.

O meia Rafael Bittencourt, do Esportivo, pediu ânimo para a equipe da Serra apesar da derrora na estreia.

- Não dá para desanimar. Ficamos tristes pelo placar, não tivemos uma tarde feliz, mas agora é se preparar melhor. Não podemos baixar a cabeça. É o primeiro jogo do campeonto, agora é trabalhar e pensar no próximo jogo contra o Pelotas.
Grêmio comemora gol sobre o Esportivo (Foto: Lucas Uebel / Site Oficial do Grêmio)Lucas Coelho comemora o primeiro gol do Grêmio (Foto: Lucas Uebel / Site Oficial do Grêmio)
Se o Esportivo entrava em campo cheio de experiência, contando com a mesma base do título da Divisão de Acesso do Gauchão do ano passado e dois jogadores campeões mundiais pelo Inter em 2006 (Ediglê e Léo) no time principal, o Grêmio estreava uma formação totalmente nova, recheada de garotos da base. Talvez por isso, em um encontro que não acontecia desde 2010, as duas equipes começaram o confronto se estudando em campo, sem muitos riscos.

Até praticamente a metade do primeiro tempo, Esportivo e Grêmio tentaram alguns chutes, mas sem levar nenhum perigo. Troca de passes e desarmes nortearam os primeiros minutos. A primeira boa chance veio somente aos 18 minutos, para os visitantes. Tinga roubou a bola na lateral do campo e arrancou em velocidade, cruzando para Lucas Coelho. O atacante escorou para Gustavo Xuxa, que chutou na entrada da área com força, obrigando o goleiro Fabiano a fazer uma bonita defesa, espalmando para  a linha de fundo.

A partir desse momento, as equipes acordaram em campo. O jogo, que estava um tanto sonolento, melhorou com mais oportunidades e belas arrancadas. Aos 24 minutos, Werley perdeu a chance de abrir o placar para o Grêmio. Léo Gago cobrou falta, Fabiano deu o rebote e o zagueiro-capitão acabou chutando para fora. Já aos 30, foi a vez do Esportivo ter seu momento na partida, com cobrança de falta de Filipe Athirson. Busatto fez a defesa, espalmando a bola para fora.

Estreias, mais movimentação e gol no segundo tempo

Reforço vindo do Figueirense, Jean Deretti fez sua estreia com a camisa do Grêmio. E logo nas primeiras jogadas já mostrou a que veio. O meia entrou no lugar de Rondinelly no intervalo. Após arriscar um chute logo nos primeiros segundos, recebeu na linha de fundo aos 3 minutos, passou por dois marcadores, mas lance parou na defesa do goleiro adversário.
Grêmio vence o Esportivo pelo Gauchão (Foto: Lucas Uebel/Divulgação, Grêmio)Gustavo Xuxa foi mais um menino na equipe tricolor (Foto: Lucas Uebel/Divulgação, Grêmio)
Diego Campos, que entrou no Esportivo, também incomodou. Aos 26 minutos, deu uma pedalada na entrada da área e acabou chutando fraco, bola que Busatto segurou.

No entanto, o dia parecia ser mesmo de Lucas Coelho, o destaque do Grêmio na partida. Como o capitão Werley falou no intervalo, o que faltava aos garotos era tranquilidade para conseguir finalizar com perfeição. E foi o que aconteceu aos 36 minutos. O jovem atacante recebeu do experiente Léo Gago pelo meio e ainda passou por Ediglê antes de mandar uma bomba para o gol de Fabiano.

Com o placar aberto, a vida ficou mais fácil para o tricolor. Aos 41 minutos ainda deu tempo de ampliar o placar. E novamente Lucas Coelho participou da jogada. Após cobrança de lateral, o garoto tocou de cabeça, a bola bateu na trave do gol do Esportivo e, no rebote, Paulinho, que veio do Juventude, colocou a bola para dentro do gol.

Sem cão de guarda, meio-campo une talento e marcação

Formação de setor na vitória por 3 a 0 sobre o Boavista anima o técnico Gaúcho, que lembra situação circunstancial

Por Gustavo Rotstein Volta Redonda,RJ
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Seja por filosofia de jogo, adequação ao adversário ou por conta de alguns desfalques, o primeiro jogo oficial do Vasco em 2013 mostrou um meio-campo de características especiais. O setor foi um ponto destacado na vitória por 3 a 0 sobre o Boavista, no sábado, quando o time foi a campo com uma formação sem volantes exclusivamente marcadores. O que se viu foi um setor articulador, de movimentação e toques, mas sem deixar de  lado a eficiência defensiva.
Com Sandro Silva ainda não regularizado e Fellipe Bastos está fora por uma possível negociação com o Internacional, Gaúcho escalou o meio de campo com Fillipe Soutto, Pedro Ken e Jhon Cley. Para fazer a ligação com o ataque, Bernardo e Carlos Alberto se revezavam entre fazer parte da articulação e formar dupla com Eder Luis, o único atacante de ofício.
Homem mais recuado do meio, Fillipe Soutto mostrou precisão defensiva, mas foi peça importante na armação. Com toques simples e rápidos, manteve boa cadência das jogadas. O estreante Pedro Ken atuava mais encostado ao lado direito, se desdobrando entre marcação e armação. Com características mais ofensivas, Jhon Cley ficou mais deslocado para a esquerda, auxiliando o improvisado Wendel na lateral.
análise TÁTICA GOL DO VASCO (Foto: arte esporte)
Gaúcho lembrou que o fato de o Vasco ter atuado com dois jogadores de meio de campo como laterais (Abuda na direita e Wendel na esquerda) deu mais qualidade à saída de bola e, assim, contribuiu para o bom volume de  jogo apresentado na partida contra o Boavista.
- Eram quatro jogadores com boa saída de bola, pois não tivemos aquele volante fixo, que tem o corpo a corpo como característica. Isso nos deu mais mobilidade. Mas, independentemente de quem estiver em campo, o importante é ter a posse de bola e se movimentar - explicou o treinador.
Além disso, Gaúcho deixou claro que em breve terá mais opções para o meio de campo e, assim, a escolha feita para o jogo contra o Boavista não significa que ocorrerá em todas as partidas do Vasco na temporada.
- Isso tem muito a ver com o adversário e as circuntâncias do jogo. Mesmo assim, foi ótimo ver que a formação do meio na estreia rendeu bem - destacou.

Velhos conhecidos dão o tom do novo Vasco

Carlos Alberto, Eder Luis e Bernardo brilham em equipe reformulada, e grupo destaca importância dos novatos

Por Gustavo Rotstein Volta Redonda, RJ
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O Vasco sofreu uma grande reformulação em seu elenco para 2013, e o último sábado marcou de forma oficial o início de um novo tempo. A principal característica da mudança foi a troca de nomes experientes por muitos atletas ainda em início de carreira ou em busca de afirmação. No jogo contra o Boavista, a expectativa era por conta da atuação desses novatos. Mas os gols da vitória por 3 a 0 foram marcados por velhos conhecidos da torcida cruz-maltina, representantes da ala que vai guiar os recém-chegados pelos caminhos de São Januário (assista aos melhores momentos).
Remanescentes da última temporada, Carlos Alberto e Eder Luis marcaram os dois primeiros gols do Vasco em jogos oficiais em 2013. Bernardo, que retornou ao clube após empréstimo ao Santos, fechou o placar e ganhou de volta o carinho da torcida. Ao lado de jogadores como Dedé e Wendel, eles terão a responsabilidade de conduzir um elenco que ainda busca sua nova identidade.
Carlos Alberto comemora gol do Vasco contra o Boavista (Foto: Marcelo Sadio / Site do Vasco)Carlos Alberto: uma das velhas caras do novo
Vasco (Foto: Marcelo Sadio / Site do Vasco)
- O Vasco hoje conta com muitos jovens e atletas que buscam seu espaço no futebol. Mas aqueles que têm a carreira mais longa servem de exemplo. Quem puxa a fila são os mais experientes. São eles que transmitem mensagens importantes dentro de campo - explicou o técnico Gaúcho.
Um dos líderes do novo time do Vasco, Carlos Alberto ressaltou que os novatos do elenco também têm muito a contribuir fora de campo.
- É um time com muita gente nova, mas são garotos com responsabilidade. E é certo que ainda vão evoluir para ajudar ainda mais o time - observou.
Mas embora destaque a importância dos velhos conhecidos da torcida, Gaúcho também lembra que o ímpeto dos recém-chegados deve ser valorizado e entendido como algo que pode contagiar todo o grupo a mostrar em campo, que apesar do descrédito de muitos, o Vasco está certo de que fará um bom papel na temporada.
- A primeira coisa é focar o trabalho, e o grupo está fazendo isso. Os jogadores percebem que a mensagem que vem sendo passada é verdadeira. Assim, eles conseguem compreender tudo e vêm fazendo da melhor maneira possível - frisou Gaúcho.

Atuações: Carlos Alberto e Eder Luis marcam e recebem maiores notas

Camisa 10 do Vasco ganha 8 por atuação contra o Boavista, enquanto atacante fica com 7,5, na vitória por 3 a 0

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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NOTAS VASCO (Foto: arte esporte)

Entrevistão: língua afiada, Romarinho segue os passos do pai em Brasília

Agora profissional, jovem do Brasiliense fala sobre comparações, saída do Vasco e vida noturna do Baixinho: 'Não é fácil acompanhar o ritmo dele'

Por Fabrício Marques Brasília, DF
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Com um 1,78m de altura, Romarinho não é o tipo de jogador que pode ser chamado de "baixinho". O gosto pelos treinos é outra característica que não o aproxima muito do pai. Em campo, costuma jogar como segundo atacante, saindo mais da área. Fora dele, se considera caseiro e tranquilo. Nenhuma semelhança com Romário? Não é bem assim. Basta conversar alguns minutos com o jovem reforço do Brasiliense para perceber que, além do nome, há uma marca registrada do tetracampeão fácil de reconhecer no filho de 19 anos: a língua afiada.
- Sempre tem alguns babacas falando m... Então, eu nem ligo. Eu só jogo meu futebol e procuro mostrar para quem gosta de mim que eu sou um bom jogador - respondeu Romarinho ao ser perguntado sobre como lidava com as críticas dos que dizem que sua qualidade em campo não chega nem perto da do pai.
romarinho brasiliense treino (Foto: Fabrício Marques)Romarinho imita comemoração tradicional do pai: chance no Brasiliense  (Foto: Fabrício Marques)
A verdade é que o filho de Romário tem consciência de que o talento e a carreira vitoriosa construída pelo Baixinho no futebol são para poucos.
- Meu pai foi um dos melhores jogadores da história. Para mim, o melhor jogador depois do Pelé. Dos que eu vi, foi o melhor. Isso é um orgulho muito grande. Não tem como eu fazer os mesmos passos dele. Cada um tem seu caminho. Eu procuro me espelhar muito no meu pai, mas tenho que fazer meu próprio caminho.
Em conversa com o GLOBOESPORTE.COM antes da estreia como profissional (derrota de 2 a 0 para o Brasília, sábado, pelo Candangão), o atacante falou ainda sobre a adaptação a Brasília, a pressão por ser filho de Romário, as diferenças entre ele e o pai, a saída conturbada do Vasco (que não é seu time do coração) e as "baladas" ao lado do deputado:
- Não é fácil acompanhar o ritmo dele não (risos).
GLOBOESPORTE.COM: Por que a decisão de ser jogador de futebol, seguir a carreira do seu pai?
Romarinho na partida do Brasiliense  (Foto: Adalberto Marques / Ag. Estado)Romarinho em ação na estreia pelo Brasiliense,
sábado (Foto: Adalberto Marques / Ag. Estado)
ROMARINHO: Minha mãe conta que quando eu era bebê e começava a chorar, ela colocava um barbante com uma bola no berço e eu ficava batendo com o pé. Quando fui crescendo, fui gostando de bola. Meu pai era jogador, eu ia sempre para o estádio, vestiário, entrava em campo com ele. Então, não vi outra coisa para fazer que não fosse o futebol.
Como lida com a expectativa criada em torno de você por ser o filho do Romário?
Desde quando eu comecei no futebol que tem essa pressão. Mas foi uma decisão minha seguir a carreira. Mesmo se um dia eu for um astro, vou continuar escutando isso (comparação com Romário). Então, já me acostumei e nem ligo mais. Meu pai foi um dos melhores jogadores da história. Para mim, o melhor jogador depois do Pelé. Dos que eu vi jogar, meu pai foi o melhor. Isso é um orgulho muito grande. Não tem como eu fazer os mesmos passos. Cada um tem seu caminho. Eu procuro me espelhar muito nele, mas sei que tenho que fazer meu próprio caminho.
No próprio GLOBOESPORTE.COM, já recebemos comentários em reportagens suas de pessoas dizendo que o seu futebol não chega nem perto do que seu pai apresentou. Como lida com esse tipo de comentário?
Vai ter isso sempre. Até quando estiver bem, vão querer falar mal. Nem ligo para isso, melhor nem ler. Sempre tem alguns babacas falando m... Então, eu nem ligo. Eu só jogo meu futebol e procuro mostrar para quem gosta de mim que eu sou um bom jogador. Não entro em campo para responder a esses babacas. Eu gosto das pessoas que gostam de mim e é por eles que eu jogo.
Como é ser o Romarinho "original", em meio a tantos outros jogadores que estão surgindo no Brasil com o nome de Romário?
Não tem essa de original ou falso. Os outros Romarinhos também são originais e muitos ganharam o nome por conta da carreira que meu pai teve. Tenho orgulho de ter tantos jogadores com o nome de Romário, porque sei que foi por conta da história do meu pai.
Como tem sido sua adaptação ao futebol profissional?
Agora já estou entrando no ritmo. Venho melhorando a cada dia e sei que vou melhorar ainda mais. Os treinos estão sendo muito mais pesados. Estou sendo mais exigido. Outra diferença da base para o profissional é a força dos jogadores. É um futebol muito mais forte. Com o tempo, vou ficar mais forte também.
Romario e Romarinho, Brasiliense (Foto: Cláudio Bispo / Brasiliense FC)Romário com o filho no dia da assinatura do contrato com o Brasiliense  (Foto: Cláudio Bispo / Brasiliense)
Tem conversado com seu pai sobre essa primeira experiência no futebol profissional?
Ele tem me orientado, dizendo para eu ficar calmo, tranquilo. Fala para ficar perto da área, perto do gol, que a oportunidade vai aparecer. Tem me dado muitas dicas, que guardo sempre comigo.
Na sua apresentação no Brasiliense, seu pai brincou dizendo que, diferentemente dele, você é um jogador que gosta de treinar. É isso mesmo? E a vida noturna? Nunca foi de fugir de concentração?
Não sou muito baladeiro, não. Claro que, às vezes, dou minhas saídas, vou me divertir com os amigos. Mas sempre vou treinar. Nunca saio antes de treino. Só quando tem folga mesmo. Na base a gente não se concentrava. Em viagens do time, só saía quando tinha liberação da diretoria. Sair em noite antes de treino e ficar cansado no outro dia, não sou de fazer.
Apesar de não gostar muito de treinar e curtir bastante a noite, seu pai nunca foi de beber. Você também é assim?
Meu cuido muito. Sou muito focado no futebol. Também não gosto de beber. Sair, às vezes eu saio, mas só no fim de semana. E não ligo para bebida não.
romarinho - fabio braga - carolina portaluppi - boleirama (Foto: Reprodução / Instagram)Romarinho na balada no Rio com Carolina e Fábio,
filhos de Renato Gaúcho e Abel (Foto: Instagram)
Você já foi para a balada com seu pai?
Já sim. Lá no Rio a gente saía junto. Mas não é fácil acompanhar o ritmo dele não (risos). Meu pai brinca muito. Coloca pilha para eu ir conhecer as mulheres, mas eu sou mais tranquilo.
Está em algum relacionamento sério?
Estou solteiro, estou tranquilo. Cabeça focada no futebol. Tem uma menina no Rio, mas nada muito sério. Penso em firmar algo mais para frente, ficar tranquilo, quem sabe trazer ela para Brasília. Mas ainda não é nada muito sério. Não coloca aí que estou namorando não. Eu estou solteiro (risos).
Em Brasília, você também está mais perto do lado político do seu pai, que é deputado federal. O que tem achado do desempenho dele como político?
Para falar a verdade, eu não entendo nada de política. Acho que mais para frente, quando for mais velho, vou entender melhor. Mas escuto os comentários das pessoas e todo mundo está elogiando muito ele como deputado. Fico feliz com isso. Então, estou do lado dele e vou apoiar sempre. Acho que é um deputado nota 10.
Do que tem sentido mais falta desde que mudou do Rio para Brasília?
Da família, dos amigos e da praia. Ficar sem a praia tem sido complicado. Eu era viciado em praia, em futevôlei. E carinho de mãe não tem igual. Dá saudade da minha mãe, dos irmãos. Mas eles vão estar sempre me visitando. Eu também vou tentar ir mais ao Rio.
Como é o relacionamento com seus irmãos? São cinco, mas só uma (Moniquinha) é da mesma mãe, não é isso?
Eu e minha irmã mais velha somos da mesma mãe. E tem outras três meninas e um menino, só por parte de pai. Mas lá no Rio a gente estava quase toda semana junto. A gente se dá muito bem, somos muito amigos. Um cuida do outro. Agora em Brasília não dá mais para ver tanto.
Tem muitos amigos jogadores de futebol?
A maioria dos meus amigos mais próximos não é do futebol. Claro que conheço muitos jogadores, por viver nesse mundo desde pequeno. Mas o pessoal que eu mais ando não é do futebol. Na verdade, tem dois grandes amigos, que considero mesmo lá no Rio, que jogam no Flamengo. O Thomas e o Yago, do juniores. A gente costumava sair no fim de semana, estava sempre junto.
romarinho brasiliense treino (Foto: Fabrício Marques)Romarinho e o zagueiro Fábio Braz: dupla inseparável no Brasiliense  (Foto: Fabrício Marques)
Aqui em Brasília, você está sempre com o Fábio Braz (zagueiro do Brasiliense), que é amigo do seu pai desde os tempos em que jogaram juntos no Vasco. O que tem feito para se divertir na cidade?
Estamos sempre juntos. Não aguento mais olhar para ele (risos). Brinco com isso, mas quando a gente fica um tempo sem se falar um já manda mensagem para o outro. A gente joga videogame, para passar o tempo. Ele até que é bom, mas não ganha de mim (risos e protestos de Fábio Braz). Tá bom, vou dizer que é equilibrado (mais risos). O treino no Brasiliense está bem pesado, todo dia dois turnos, então não estou nem tendo como sair, conhecer outras pessoas. Vejo muita TV. Gosto da novela das sete e da das nove. Agora estou vendo também o Big Brother. Estou torcendo pelo Yuri, que já conheci lá no Rio.
E a saída do Vasco? Ficou alguma mágoa pela maneira como você deixou o clube depois de tantos anos?
Tenho um carinho muito grande pelo Vasco. Comecei no futebol lá. Passei a vida toda. Fiquei triste com a saída, porque eu sonhava em fazer historia lá. Infelizmente, não foi possível, mas agradeço muito ao Vasco por todos esses anos que passei lá e não tenho mágoa nenhuma não.
Romarinho no juniores do Vasco (Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)Romarinho ainda no Vasco: saída conturbada
(Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)
Seu pai criticou muito o Vasco na sua saída e teve aquela troca de acusações com o Roberto Dinamite. O que achou disso tudo?
Essa briga aí eu não tenho nem porque me meter. Até falei com o Rodrigo, filho do Dinamite, que a gente não tem nada a ver com isso. Deixa eles resolverem e a nossa amizade continua a mesma. Não encontrei mais com o Rodrigo depois que vim para Brasília, mas, quando tem oportunidade, a gente se fala. Não mudou nada.
Agora, apesar desse carinho que você tem pelo Vasco, torce por outro time do Rio, não é verdade? É o América, do seu pai, ou algum dos grandes?
Torço para outro time, mas sempre que joguei pelo Vasco colocava meu coração na ponta da chuteira. Sempre lutei com todas as minhas força para ajudar o Vasco. Quando decidi ser profissional, não tem mais essa de ficar pensando no time do coração. Eu torço por esse outro time, mas não fico vendo jogos, não sou fanático. Que time é? Eu não vou dizer. É um dos grandes. Sobram três opções, agora você tenta adivinhar (risos).
Você nasceu na Espanha e veio pequeno para o Brasil. Tem a nacionalidade europeia? Defenderia a camisa da Fúria?
Agora vou começar a ver esse negócio da dupla nacionalidade. Por ter nascido lá, eu sempre gostei muito da Espanha. Torço sempre pelo Brasil e por eles na Copa do Mundo, nos campeonatos de seleções. Em primeiro lugar, quero jogar pelo Brasil. É um sonho que eu tenho. Mas, se surgisse uma oportunidade de jogar pela Espanha é lógico que eu aceitaria.
O Romário já deu declarações dizendo que queria te ver jogando pelo Barcelona, onde ele foi ídolo. Disse inclusive que te levaria para fazer testes no clube catalão. Jogar pelo Barça é um desejo seu também?
É uma vontade muito grande do meu pai que eu jogue no Barcelona. É claro que é um sonho de qualquer jogador e, se um dia eu tiver a oportunidade, vou muito feliz. Mas, por enquanto, estou pensando só no Brasiliense e em jogar meu futebol aqui. Tenho os pés no chão. Vim para o Brasiliense para jogar com minhas próprias pernas, crescer com minhas próprias forças. Meu pai quer que eu vá para lá, eu também quero, mas, por enquanto, tenho que jogar aqui no Brasil.
Romário na partida do Brasiliense Romarinho (Foto: Fabrício Marques )Família de Romarinho em peso na estreia: a mãe Mônica, a avó Lita e  Romário  (Foto: Fabrício Marques )

Felipe se diz focado apenas no Flu e avisa: 'Meu ciclo no Vasco acabou'

Apoiador se esquiva de pergunta sobre o ex-clube e garante que vai fazer o possível para ajudar o Tricolor a conquistar sua primeira Libertadores

Por Edgard Maciel de Sá Rio de Janeiro
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Felipe chegou ao Fluminense disposto a deixar o passado para trás. Seja ele mais antigo, como a passagem apagada pelas Laranjeiras em 2005, ou recente, como o desligamento do Vasco há pouco mais de uma semana. O jogador, aliás, esquivou-se de uma pergunta sobre o ex-clube na sua primeira entrevista coletiva. Indagado sobre a saída conturbada de São Januário, o apoiador logo passou a falar do Tricolor.
- Meu ciclo no Vasco acabou. O importante agora é falar do Fluminense. Vasco foi em 2012 e nós já estamos em 2013 - frisou.
Felipe e Monzón, Apresentação Fluminense (Foto: Ricardo Ayres / Agência Photocamera)Felipe ao lado de Sandro Lima, Monzón e Rodrigo Caetano (Foto: Ricardo Ayres / Agência Photocamera)
Por mais de uma vez, Felipe se disse motivado e feliz por voltar as Laranjeiras. Segundo suas palavras, o reencontro com a torcida tricolor será tranquilo. Nem mesmo a rejeição de parte dos torcedores - 70% foram contra a contratação em enquete realizada pelo GLOBOESPORTE.COM - desanimou o reforço.
- A expectativa da minha parte é a melhor possível. Se eu tenho algum débito com a torcida, eu vou pagá-lo dentro de campo com muito comprometimento e dedicação. Quero ajudar meus companheiros e estou muito feliz com essa oportunidade. O Fluminense é hoje no Brasil o time a ser batido, ao lado do Corinthians. Vem fazendo um excelente trabalho e espero poder responder em campo com um bom futebol.
O principal foco do jogador em 2013, assim como o do clube, será a conquista da Libertadores. Campeão em 1998 com o Vasco, Felipe busca o bi e garantiu que fará de tudo para ajudar na busca da inédita taça para o Fluminense.
- Já conquistei um título nas Laranjeiras (Carioca de 2005) e espero que este ano não seja diferente. Sabemos das dificuldades da Libertadores. É a meta de todo tricolor. Esperamos fazer o possível para conquistar esse título para a torcida. Todos sabem que temos um elenco muito qualificado. Já tive a oportunidade de conquistar a taça uma vez e disputei outras tantas. Queremos um ano de conquistas e isso só será possível com o apoio da torcida - encerrou.
Clique aqui e veja mais vídeos do Fluminense

Bernardo admite que problemas incomodam, mas promete empenho

Meia garante que time sempre jogará com 'coração na ponta da chuteira'

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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Toda a turbulência pela qual o Vasco passou desde o fim da última temporada parece ter dado um alívio aos torcedores neste sábado. Com uma vitória por 3 a 0 sobre o Boavista, o Vasco estreou sem problemas no Campeonato Carioca. E Bernardo garante que a dedicação será sempre o trunfo da equipe.
- Nossa pré-temporada foi muito boa, estou feliz e começamos bem o campeonato. Todo mundo vai se empenhar o jogo todo, vamos com tudo. Sabemos das dificuldades fora de campo, mas dentro de campo vamos botar o coração na ponta da chuteira.
O camisa 31 vascaíno, no entanto, admitiu que há incômodo dentro do elenco por conta dos problemas extracampo.
- Nós jogadores temos que pensar em jogar futebol, que é o mais importante. Incomodam um pouco, mas temos que focar no campeonato - afirmou Bernardo, que não disse não ter se surpreendido com a atuação da equipe.
O Vasco volta a campo na próxima quarta-feira, às 22h, quando enfrenta o Macaé, em São Januário.

Novo lateral do Vasco tem apelido
de Yoshi e velocidade como arma

Jornalista peruano cita veia ofensiva de Yoshimar Yotún, autor de nove
gols na carreira. Emprestado, jogador tem passe fixado em R$ 3 milhões

Por Thiago de Lima Rio de Janeiro
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Yoshimar Yotún jogo Vasco x Boavista em Volta Redonda (Foto: Gustavo Rotstein )Para um lateral, Yoshi tem faro de gol: marcou nove
vezes, sendo dois em 2012 (Foto: Gustavo Rotstein)
Se o nome do lateral-esquerdo peruano Yoshimar Yotún, anunciado neste sábado como novo reforço do Vasco para a temporada, causou estranheza em parte da torcida cruz-maltina - seja pela falta de informação sobre o atleta ou simplesmente pela sonoridade incomum no Brasil -, talvez seja melhor conhecê-lo por Yoshi. Com o apelido, que é uma abreviação de seu nome, o jogador ficou famoso no Peru e no Sporting Cristal, clube que defendeu no país, e agora tenta romper as fronteiras nacionais. Com experiência por sua seleção e depois de ser eleito em 2012, pelo jornal uruguaio El País, como o segundo melhor de sua posição na América do Sul - atrás de Mena, do Universidad de Chile -, ele tem pela frente o desafio de se firmar no maior mercado do continente.
Embora seja estrangeiro, suas características remetem ao futebol ofensivo brasileiro. Pelo menos é o que garante César Miguel Rojas, jornalista do jornal peruano Líbero. Aos 22 anos, o lateral tem nove gols marcados na carreira, sendo dois na última temporada, contra Sport Huancayo e Universitario do Peru. Sua consolidação começou na Copa América de 2011, quando virou o titular da seleção peruana, e no ano seguinte foi um dos principais jogadores do Sporting Cristal, que voltou a ser campeão nacional após sete anos.
Ele apoia muito o ataque e tem
um bom pé para cruzamentos. É muito veloz e recompõe a defesa. Talvez seu defeito é que não
tem muita pegada na marcação,
mas não que ela seja ruim.
Foi o jogador mais regular
(do Campeonato Peruano)"
César Miguel Rojas,
do jornal peruano Líbero, sobre Yoshi
- Yoshi é seu apelido, como diminutivo de seu nome. É um lateral-esquerdo jovem, revelado nas divisões de base do Sporting Cristal, mas que estreou no profissional pelo José Galvez, em 2008, onde ficou emprestado por um ano. Em 2012 teve sua melhor temporada. Ele apoia muito o ataque e tem um bom pé para cruzamentos. Além disso, é muito veloz e recompõe a defesa. Em contra-ataques, não tem problemas para voltar rápido para seu campo. Talvez seu maior defeito é que não tem muita pegada na marcação, mas não que ela seja ruim. Foi o jogador mais regular do Descentralizado (Campeonato Peruano) - analisou Rojas, revelando que o atleta recebeu também ofertas da Fiorentina e do Catania, da Itália, além de ter sido sondado pelo Rubin Kazan, da Rússia.
Vindo de uma lesão no joelho esquerdo, que o tirou do segundo jogo da final contra o Real Garcilaso, Yoshi já está recuperado e foi aprovado nos exames médicos do Vasco no sábado, logo após desembarcar no Rio de Janeiro. Ele foi contratado por empréstimo de um ano, com passe fixado como opção de compra no fim do vínculo. O valor não foi divulgado, mas, de acordo com o site oficial do Sporting Cristal, seria a maior transferência de um atleta do país diretamente para um clube do exterior. Segundo o GLOBOESPORTE.COM apurou, o Cruz-Maltino terá que desembolsar algo em torno de U$ 1,5 milhão (cerca de R$ 3 milhões) se quiser exercer a opção de compra.
Em entrevista ao site do jornal Líbero, do Peru, o jogador se mostrou entusiasmado com a oportunidade de atuar no Brasil.
- É algo muito bom para a minha carreira, o Vasco é um grande clube do Brasil e me sinto orgulhoso de jogar aí - declarou.
As laterais são consideradas as posições mais carentes do elenco cruz-maltino. Antes do peruano, o clube já havia tentado outros nomes, como Nei, ex-Internacional, e Nélson, do Bétis, da Esapnha. A contratação de um lateral-direito ainda está em pauta.

Dollaway frustra festa da torcida e vence Sarafian por decisão dividida

Paulista entra chorando no Ginásio do Ibirapuera, faz luta equilibrada
com americano em casa, mas leva a pior no resultado final

Por SporTV.com São Paulo
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Emocionado desde sua entrada no octógono do Ibirapuera, Daniel Sarafian estreou no UFC com derrota. Ex-integrante do TUF Brasil, o brasileiro foi o único paulista no card e por pouco não saiu vitorioso. O lutador perdeu para o americano C.B. Dollaway por decisão dividida (29 a 28, 28 a 29 e 29 a 28) no coevento principal da noite de sábado. Essa foi a terceira derrota na carreira de Sarafian e o décimo terceiro triunfo do "Doberman".
UFC São Paulo CB Dollaway venceu Daniel Sarafian  (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com) C.B. Dollaway venceu Daniel Sarafian por decisão dividida (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Dollaway entrou mais ativo no combate com chutes baixos, mas logo recebeu o troco. Sarafian desferiu uma combinação de golpes em linha finalizada com um chute alto, que levantou o público. Um golpe de direita pesado levou o americano ao chão, que logo se levantou. Sarafian tomou o controle das ações e, mais uma vez, soltou bons socos no rosto do adversário. Mesmo com o nariz sangrando, o paulista soltou boas combinações e terminou o round com o domínio do octógono.
O segundo round não foi diferente. Sarafian e Dollaway soltaram os braços e após um chute rodada mal-sucedido, o paulista aplicou um golpe forte que abalou o americano novamente. Em uma tentativa de queda, acabou caindo por baixo, mas logo se levantou. De pé outra vez, Sarafian se mostrava mais confiante, já bloqueando as pernas do oponente. Dollaway então decidiu reagir, e devido a um upper de direita bem encaixado, Sarafian se jogou nas pernas do adversário e acabou em apuros. O americano aproveitou e tratou de dar marretadas em sequência na cabeça do brasileiro, somente interrompidas pelo gongo final do segundo round.
Sarafian voltou para o terceiro round sem ter acusado os golpes duros do round anterior e desferiu bons golpes até que Dollaway respondeu. No entanto, um golpe fez o brasileiro bambolear e fazer esquivas até ser pressionado contra a grade e ser derrubado. Embolados no chão, Dollaway controlou as costas e logo depois montou no brasileiro, que surpreendemente conseguiu inverter a posição e cair montado. Em uma espécie de reviravolta, Sarafian pegou as costas do americano e tentou o mata-leão. Mas Dollaway novamente reverteu a situação. Com ambos os lutadores já de pé, já não restava tempo para mais nada. Na decisão dos jurados, derrota do brasileiro.
- Tenho que tirar o chapéu para o Daniel, ele foi impressionante - elogiou o americano.
Confira os resultados anteriores:
Gabriel Napão Gonzaga venceu Ben Rothwell por finalização no segundo round
Khabib Nurmagumedov venceu Thiago Tavares por nocaute técnico no primeiro round
Card Preliminar:
Godofredo Pepey vence Mitinho Vieira por decisão dividida dos jurados
Ronny Markes vence Andrew Craig na decisão unânime dos jurados
Nik Lentz venceu Diego Nunes por decisão unânime
Edson Barboza venceu Lucas ''Mineiro'' por nocaute técnico no primeiro round
Luta entre Iuri Marajó e Pedro Nobre termina sem resultado
Ildemar Marajó venceu Wagner Caldeirão por finalização no segundo round
Francisco Massaranduba venceu C.J. Keith por finalização no segundo round

Belfort vence Bisping com chutaço no rosto e pede revanche contra Jones

Brasileiro não dá chances ao rival inglês e acerta chute potente no segundo round. Após triunfo, Vitor pede disputa de título dos meio-pesados

Por SporTV.com São Paulo
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A cidade de São Paulo e o peso-médio Vitor Belfort voltaram a viver um história de alegria. Assim como em 1998, quando o ainda jovem lutador nocauteou Wanderlei Silva no primeiro e último Ultimate na cidade, o Fenômeno levou a torcida do UFC São Paulo, no Ginásio do Ibirapuera, ao delírio ao derrotar o falastrão Michael Bisping com um nocaute raro e espetacular. Aos 1m27s do segundo round, ele disparou uma canelada poderosa no rosto do inglês, que já foi à lona seminocauteado. Vitor completou o serviço com uma sequência de socos (assista no vídeo acima).
Após o triunfo,  Vitor Belfort, quase sempre comedido, soltou o verbo e pediu uma nova chance contra o campeão dos meio-pesados, Jon Jones. Ele aproveitou para criticar o americano Chael Sonnen, que ganhou a chance de disputar o título da divisão até 93kg, em abril.
UFC São Paulo vitor belfort (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Vitor Belfort comemora nocaute em Bisping no UFC São Paulo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
- Eu quero muito o cinturão. Dana White, deixa eu lutar com Jon Jones de novo, quero minha revanche. Campeão contra campeão! Tira o Sonnen de lá, ele é um palhaço. Eu que mereço - disse Vitor, ainda dentro do octógono.
Belfort lutou contra Jon Jones em setembro do ano passado e acabou finalizado no quarto round. Após o revés, ele voltou para sua categoria, a dos pesos-médios. Com a vitória sobre Bisping, o brasileiro pode até voltar a ganhar uma chance de disputar o cinturão dos médios, novamente, diante do campeão Anderson Silva. Para o UFC, isso dependia de um triunfo convincente.
UFC São Paulo vitor belfort e michael Bisping (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Vitor Belfort castiga Bisping no UFC São Paulo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Após muita provocação durante a semana, Michael Bisping mostrou humildade. O britânico aceitou bem a derrota e, inclusive, parabenizou o brasileiro.
- Parabéns ao Vitor pela vitória, a gente perde, a gente ganha. Isso faz parte. Mas eu vou voltar - disse o inglês.
A luta
Vitor e Bisping começaram a luta se estudando, medindo a distância no centro do octógono. O brasileiro optou por arriscar um chute alto, mas não passou perto do rosto do rival. Bisping então desferiu dois socos cruzados, mas também não levou perigo para o carioca. Arisco, Vitor tentou um chute rodado, mas não obteve sucesso. Apenas na metade do primeiro assalto, os dois começaram a trocar socos de forma mais aberta, mas ainda bastante equilibrada. No fim do round, Belfort, acidentalmente, acertou o olho do rival. Nos segundos finais, o brasileiro voltou a procurar espaço na guarda do inglês e acertou uma canelada potente no rosto de Bisping, seguida de uma sequência de uppercuts.
O SPORTV.COM teve acesso às notas dos jurados. Dois deles deram a vitória a Belfort no primeiro round, e um viu o inglês melhor no período inicial.
A trocação começou mais franca no início do segundo assalto. Cauteloso, Vitor atuava no contra-golpe do inglês, esperando o momento exato para golpear. Quando encontrou espaço, ele surpreendeu e acertou uma outra canelada no rosto de Michael Bisping, desta vez sem perdão. O britânico caiu seminocauteado e coube ao brasileiro completar com socos, carimbando sua vitória no Ibirapuera.
UFC São Paulo vitor belfort e michael Bisping (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Vitor Belfort dispara chute em Michael Bisping (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Confira os resultados anteriores:
Card principal
CB Dollaway venceu Daniel Sarafian na decisão dividida dos jurados
Gabriel Napão Gonzaga venceu Ben Rothwell por finalização no segundo round
Khabib Nurmagumedov venceu Thiago Tavares por nocaute técnico no primeiro round
Card Preliminar:
Godofredo Pepey vence Mitinho Vieira por decisão dividida dos jurados
Ronny Markes vence Andrew Craig na decisão unânime dos jurados
Nik Lentz venceu Diego Nunes por decisão unânime
Edson Barboza venceu Lucas ''Mineiro'' por nocaute técnico no primeiro round
Luta entre Iuri Marajó e Pedro Nobre termina sem resultado
Ildemar Marajó venceu Wagner Caldeirão por finalização no segundo round
Francisco Massaranduba venceu C.J. Keith por finalização no segundo round

Decepcionado, Sarafian diz que ansiedade foi seu maior obstáculo

Estreante agradece apoio da torcida e revela que ansiedade o fez se perder durante a luta contra o americano C.B. Dollaway no UFC São Paulo

Por Adriano Albuquerque, Ivan Raupp, João Gabriel Rodrigues e Marcelo Russio São Paulo
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O semblante castigado do peso-médio Daniel Sarafian durante a entrevista coletiva revelava mais do que hematomas pelos golpes sofridos contra o americano C.B. Dollaway. A frustração pela derrota em sua estreia no UFC era evidente. Com o olhar distante a maior parte do tempo, o lutador paulista esforçou-se para responder as perguntas sobre a luta. Sincero, não escondeu as razões que o levaram a perder a disputa.
- Fiquei muito tempo sem lutar, passei por uma cirurgia, mas quando entrei no octógono, senti que estava tudo dominado. Eu estava bem. Em algum momento eu fiquei ansioso e me perdi. Comecei a jogar golpes, pensando: "se pegar, pegou". Vou voltar e analisar tudo, pra retomar a minha tática para vencer as próximas lutas. A ansiedade me tirou da tática traçada. Acho que evoluí e dei o meu melhor, mas posso dar mais que isso. Me conheço como atleta e sei disso. Vamos em frente. Essa foi a primeira de muitas.
Sarafian garantiu, no entanto, que não sentiu efeitos da pressão por lutar em casa e do assédio dos fãs.
Daniel Sarafian fala após a derrota para C.B. Dollaway no UFC SP (Foto: Adriano Albuquerque / SPORTV.COM)Daniel Sarafian fala após a derrota para C.B. Dollaway (Foto: Adriano Albuquerque / SPORTV.COM)
- Pressão sempre existe, mas estava dominada. O assédio também. Eu tenho é que treinar para ser alguém na vida. Não perdi uma luta porque fiquei de oba-oba. Não quero nem pretendo que isso aconteça na minha vida. Também não perdi hoje por causa de peso. Perdi porque o C.B. Dollaway foi melhor que eu. Não senti falta de força. Existe isso de pensar em mudar de peso, ir para o meio-médio. Mas eu sou peso-médio. Não adianta descer de categoria e não fazer uma luta como essa de hoje. Tenho que pensar bem.
Perguntado sobre qual teria sido o seu erro contra C.B. Dollaway, Sarafian preferiu manter a calma e ver a luta antes de tecer comentários sobre a sua performance.
- Ainda não vi a luta, mas pretendo assistir para ver onde errei e melhorar para a próxima luta, que espero que seja em breve. A luta foi bem parelha, e tenho que ver para saber se eu mereci vencer ou não. Não me lembro de tudo. Eu procurava uma vitória, claro, porque é vencendo que a gente evolui. As derrotas às vezes nos atrasam, mas podem nos fazer evoluir também. Vamos ver.
Questionado se uma luta contra Cézar Mutante faria sentido após a derrota contra C.B. Dollaway, Sarafian disse que a decisão é do UFC.
- Eu sei que todo mundo quer ver essa luta com o Mutante, mas o UFC é que tem que decidir isso. Quando o TUF Brasil 1 acabou, e eu não pude lutar a final, a luta contra o Mutante perdeu a razão de acontecer. Não há essa preferência, há muitos outros atletas na categoria. O Mutante é meu amigo, mas se tiver que lutar, vamos lutar.

Belfort chama Sonnen de 'palhaço': 'Não pode ganhar com a garganta'

Brasileiro nega que pedido por nova oportunidade contra Jon Jones seja 'furada de fila': 'Foi um desejo que expressei, está no meu coração'

Por Adriano Albuquerque, Ivan Raupp, João Gabriel Rodrigues e Marcelo Russio São Paulo
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Após pedir publicamente por uma revanche com Jon Jones logo após vencer Michael Bisping por nocaute no UFC São Paulo, na madrugada deste domingo, o lutador brasileiro Vitor Belfort desenvolveu o tema na coletiva de imprensa pós-evento. O ex-campeão peso-meio-pesado do Ultimate afirmou que a luta com o homem que o finalizou no quarto round em setembro passado é o desafio que deseja em seguida e tratou de atacar Chael Sonnen, próximo adversário de "Bones" e que o chamou de "fingidor" há duas semanas.
Vitor Belfort MMA UFC (Foto: Adriano Albuquerque/SporTV.com)Vitor Belfort afirmou que revanche contra Jones 'está no coração' (Foto: Adriano Albuquerque/SporTV.com)
- Vocês me conhecem e sabem que sou um cara que sempre topou desafios. Não sou promotor, mas o microfone é dado para a gente. Não faz sentido nenhum um palhaço como o Chael Sonnen lutar contra o Jon Jones. Fazer o reality show, tudo bem, mas lutar? Ele não tem história nenhuma. Deixa ele fazer o show dele, e eu luto. É o desafio que eu quero. Já fiz minha carreira, agora quero lutas que vão me trazer grandes desafios. Vocês querem isso, os fãs querem isso - afirmou Belfort.
Questionado se não estaria "furando a fila" na divisão de cima, que já tem Alexander Gustafsson, Lyoto Machida e Dan Henderson à espera de uma oportunidade, Belfort defendeu seu histórico no esporte e voltou a atacar Sonnen.
poster do UFC 159 com Jon Jones x Chael Sonnen (Foto: Divulgação)Jon Jones e Chael Sonnen se enfrentam no dia 27
de abril (Foto: Divulgação)
- Furar fila é o Chael Sonnen, né? Ele fura fila. Não precisa nem ser pelo cinturão (contra o Jones). Quero ganhar uma luta que quase ganhei. É um desejo que tenho, não é uma coisa que tem que ser estipulada. Furar fila é o Sonnen. Vamos decidir isso. Foi só um desejo que expressei. Está no meu coração - explicou.
Apesar das farpas disparadas na direção de Sonnen, o carioca descarta qualquer chance de enfrentar o americano.
- Muda de nome, não dá moral para ele. De jeito nenhum. Quero lutar contra quem tem história. Você não pode conquistar luta na garganta. Isso não é WWE. Quero lutar contra campeões, poder estar desenvolvendo desafios. Não gosto de quem faz venda de luta, sempre lutei contra o WWE. Nas antigas, a gente era massacrado por eles. Sou contra isso. Arte marcial é uma coisa pela qual tem que ter respeito.

Jon Jones faz pouco caso de desafio de Vitor Belfort após o UFC São Paulo

Campeão dos meio-pesados 'faz graça' após brasileiro pedir revanche

Por SporTV.com São Paulo
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Jon Jones (Foto: Reprodução / Twitter)Amigo  postou foto de Jon Jones rindo do
desafio de Belfort (Foto: Reprodução / Twitter)
Campeão dos meio-pesados do UFC, Jon Jones não se importou com o desafio feito por Vitor Belfort, que pediu publicamente por uma revanche logo após vencer Michael Bisping por nocaute no UFC São Paulo, na madrugada deste domingo. Em seu Twitter pessoal, o americano elogiou o ''chutaço'' do brasileiro no britânico, mas, quando questionado sobre o desafio por um fã, mostrou descaso.
- Parece que isso (desafiá-lo) tem sido a melhor coisa para se fazer recentemente - postou Jon Jones.
O detentor do cinturão até 93kg não parou por aí. Ele replicou  um post de um amigo que mostrava uma foto sua dando risada.
- Jon Jones rindo de Vitor Belfort o desafiando - postou o amigo.
Jones e Chael Sonnen são os atuais treinadores da 17ª edição do The Ultimate Fighter, que estreia nesta terça-feira nos Estados Unidos. Eles estão com o duelo marcado para abril. Para Belfort, a decisão do Ultimate de dar a disputa de título para o falastrão Sonnen, estreante entre os meio-pesados, foi equivocada.
 - Não faz sentido nenhum um palhaço como o Chael Sonnen lutar contra o Jon Jones. Fazer o reality show, tudo bem, mas lutar? Ele não tem história nenhuma. Deixa ele fazer o show dele, e eu luto. É o desafio que eu quero - criticou Belfort, na coletiva de imprensa após a luta de São Paulo.
Vitor Belfort lutou contra Jon ''Bones'' Jones em setembro do ano passado, aceitando a luta na categoria de cima com poucas semanas de antecedência. Apesar de aguerrido no octógono, o brasileiro acabou finalizado no quarto round.

Sonnen responde provocação de Belfort e avisa: 'Você é o próximo'

Americano alfineta brasileiro e pede para enfrentá-lo após duelo com Jones

Por SporTV.com São Paulo
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Chael Sonnen, na coletiva do UFC 148 (Foto: Reprodução - YouTube)Chael Sonnen respondeu Vitor Belfort
(Foto: Reprodução - YouTube)
Como esperado, o falastrão Chael Sonnen não ficou calado diante das críticas que recebeu de Vitor Belfort após o UFC São Paulo, neste sábado. Depois de nocautear Michael Bisping, o brasileiro pediu uma revanche contra Jon Jones e questionou a chance dada ao falastrão, a quem chamou de palhaço, para disputar o título em abril. Em entrevista ao canal ''Fuel'', logo após o evento do Ibirapuera, Sonnen disparou contra Vitor e aproveitou para desafiá-lo.
- Primeiro, vou deixar uma coisa bem clara para você, Vitor. Você vem dizendo ao mundo que quer encontrar Jesus. Terei muito prazer em providenciar essa viagem. Mas, primeiro, tenho que me livrar de Jon Jones. Você é o próximo - disparou o falastrão, que lutou pela última vez em julho, quando foi nocauteado pelo campeão dos médios, Anderson Silva.
Jon Jones e Chael Sonnen são os atuais treinadores da 17ª edição do The Ultimate Fighter, que estreia nesta terça-feira nos Estados Unidos. Eles estão com o duelo marcado para abril, em Nova Jersey. Para Belfort, a decisão do Ultimate de dar a disputa de título para o falastrão Sonnen, estreante entre os meio-pesados, foi equivocada.
Vitor Belfort lutou contra Jon ''Bones'' Jones em setembro do ano passado, aceitando a luta na categoria de cima com poucas semanas de antecedência. Apesar de aguerrido no octógono, o brasileiro acabou finalizado no quarto round.

Na apresentação de Cissé, Al Gharafa diz que Tardelli continua no Catar

Twitter do time árabe afirma que ídolo do Atlético-MG tem propostas, mas que ainda não há acordo com nenhuma equipe para a transferência

Por GLOBOESPORTE.COM Doha, Catar
Diego Tardelli comemora gol doAl-Gharafa contra o Al-Hilal (Foto: AFP)Diego Tardelli seguirá treinando no Al Gharafa,
apesar de propostas (Foto: AFP)
O sonho da torcida do Atlético-MG ficou mais difícil de ser realizado neste domingo. Durante a apresentação do atacante francês Djibril Cissé, o Al Gharafa comunicou pelo Twitter que não há nenhum acordo para a transferência de Diego Tardelli até o momento e que o jogador continuará trabalhando normalmente no clube.
Com a chegada de Cissé, o elenco do time do Catar ultrapassou a cota de estrangeiros e o técnico Alain Perrin terá que se desfazer de um deles. A equipe tem quatro brasileiros no momento: o meia Alex e os atacante Afonso Alves, Nenê e Tardelli.
Durante a coletiva de apresentação do francês, que foi emprestado pelo Queens Park Rangers por seis meses, o Al Gharafa confirmou que recebeu algumas propostas por Tardelli, mas que ainda não há acordo para a saída do atleta e afirmou que o atacante continuará treinando com a equipe.
Na última sexta, a mãe de Tardelli, Ivânia Cordeiro, publicou no Twitter que o filho já teria acertado o retorno ao Galo. Porém, o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, logo em seguida desmentiu:
- Continuamos na briga para trazer o Tardelli. A chance é de 50% - disse o dirigente na sexta.

CBF padronizará escudos para a camisa dos campeões nacionais

Entidade cria desenho para vencedores das quatro divisões e da Copa do Brasil, mas mudança de última hora impede Flu de usá-lo neste domingo

Por Edgard Maciel de Sá Rio de Janeiro
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camisa fluminense fred (Foto: Divulgação)Flu vai estrear camisa neste domingo ainda sem
o escudo de campeão brasileiro (Foto: Divulgação)
O Fluminense vai estrear na temporada 2013 neste domingo, contra o Nova Iguaçu, pela primeira rodada do Campeonato Carioca de camisa nova, com um time reserva e ainda sem o escudo de último campeão brasileiro da CBF. A entidade máxima do futebol nacional resolveu padronizar os símbolos que estampam os uniformes de seus campeões. A partir de agora, os vencedores das Séries A, B, C, D e da Copa do Brasil terão desenhos diferentes. Estava tudo certo até a última quinta-feira, quando a confederação pediu mudanças de última hora no layout das novas peças à agência que cuida da arte.
A CBF entrou em contato com o Fluminense e pediu para que o clube não usasse nem mesmo o escudo que decorou sua camisa na temporada 2011 em alusão ao título do ano anterior. A tendência é que o novo desenho fique pronto já nos próximos dias. Se o cronograma for cumprido, o time já poderá estrear a peça na segunda rodada do Carioca, na próxima quinta-feira, contra o Olaria, no Engenhão.
Em 2011, o Fluminense demorou bem mais tempo para passar a usar em sua camisa a marca de último campeão nacional. A estreia do escudo da CBF foi apenas no início de março, na primeira rodada da Taça Rio.

Belfort vai com a equipe à lanchonete para comemorar vitória no UFC SP

Carioca come sanduíches, batata frita e bebe milk-shake com companheiros de treino após dar alegria à torcida brasileira com nocaute sobre Bisping

Por Ivan Raupp São Paulo
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Vitor Belfort concluiu com êxito sua missão no UFC São Paulo: venceu o inglês Michael Bisping por nocaute técnico no segundo round. Após o evento, na madrugada deste domingo, o peso-médio carioca foi com sua equipe à uma lanchonete da capital paulista para recarregar as energias e comemorar o triunfo.
Belfort equipe lanchonete UFC São Paulo (Foto: Diogo Cavalcanti)Vitor Belfort com Alexandre Rainho, Gilbert Durinho e Diogo Fofão (Foto: Diogo Cavalcanti)
Vitor comeu alguns sanduíches, batata frita e bebeu muito milk-shake. A equipe chegou ao local por volta das 4h (de Brasília) e ficou por lá até 6h30m, com direito a muito bate-papo descontraído. Estiveram presentes Gilbert Durinho, Pedro Lima, Mark Shubert, Diogo Fofão, Gustavo Coelho, Alexandre Rainho, Rachid, Pat e Marco Paulo.

Massaranduba finaliza americano e leva torcida ao delírio no Ibirapuera

Peso-leve brasileiro vence o rival C.J. Keith na abertura do card do UFC São Paulo e comemora com o público: 'Obrigado por gostarem de mim'

Por SporTV.com São Paulo
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A abertura do UFC São Paulo não poderia ser melhor para a torcida brasileira. O ex-participante do TUF Brasil, Francisco Massaranduba não decepcionou e finalizou o americano C.J. Keith com 1m50s do segundo round, com um belo katagatame. Muito emocionado, o atleta brasileiro se emocionou com o carinho recebido. Está foi a segunda vitória de Massaranduba em três combates pelo Ultimate.
- Obrigado por todos gostarem de mim. Eu treino muito, quando a gente treina, sempre tem alguma coisa boa no final. Quero agradecer ao Brasil inteiro - disse, ainda dentro do octógono.
Massaranduba comemora vitória no UFC em São Paulo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Massaranduba comemora vitória no UFC em São Paulo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Os atletas começaram o duelo se estudando muito, medindo a distância no centro do octógono. O brasileiro tomou a iniciativa e encurtou a distância, trabalhando o clinch na tentativa de derrubar o oponente. Com muita força, Massaranduba carregou Keith e o jogou no chão, onde começou a trabalhar na meia-guarda. Empurrado pela torcida no Ibirapuera, o brasileiro conseguiu encaixar a posição e desferiu bons golpes. C.J, por sua vez, conseguiu espaço e passou a ficar por cima no chão na sequência. Francisco Massaranduba tentou um armlock, mas não conseguiu encaixar.
A luta voltou a ficar de pé e o americano se jogou no chão tentando uma kimura, sem sucesso. Massaranduba então inverteu a posição e disparou bons socos nos segundos finais do primeiro assalto.
Logo no começo do segundo round, Massaranduba acertou um bom direto do rival, que se manteve de pé. Novamente mostrando muita força, Massaranduba jogou C.J Keith no chão aplicou o katagame. O americano tentou se segurar, mas não aguentou e bateu três vezes.
- Eu não queria chegar ao UFC, vencer uma lutinha e ser demitido. Eu quero mais, Quando você chega ao UFC, o maior campeonato do mundo, você sempre olha mais à frente - disse o lutador brasileiro, após o combate.
Na véspera do combate, C.J. Keith sofreu para bater o peso regulamentar da categoria dos leves. Ele precisou da ajuda de uma toalha e mesmo assim mostrou demais diante das câmeras. O americano passou uma libra do limite de sua categoria, pesando 71,2kg, e só alcançou o peso regulamentar cerca de uma hora depois.

Estreante, Ildemar Marajó vence Wagner Caldeirão por finalização

Irmão do peso-galo Iuri Marajó vence com uma chave de joelho reta no UFC São Paulo e proporciona a segunda derrota do paulista no evento

Por SporTV.com São Paulo
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No duelo entre Pará e São Paulo, Ildemar Marajó levou a melhor sobre Wagner Caldeirão no card preliminar do UFC São Paulo. O estreante no Ultimate venceu o adversário por finalização, via chave de joelho reta aos 2m39s do segundo round e chegou a uma sequência de 12 vitórias consecutivas.
Em um confronto de canhotos, Caldeirão começou a luta comandando as ações e encaixando bons golpes de boxe no rosto do oponente, até ser levado para a grade pelo paraense. Após breve momento de estudo, o paulista acertou novamente um soco e foi respondido com uma joelhada e um chute alto. A menos de um minuto do fim do round, Marajó cinturou e levou Caldeirão para baixo. Sem muita ação, Mário Yamasaki interrompeu a luta e os dois voltaram em pé.
UFC Ildemar Marajó venceu Wagner Caldeirão (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Ildemar Marajó comemora primeira vitória no UFC (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
No segundo round, a trocação continuou. Ildemar Marajó derrubou Caldeirão, mas entrou direto em uma guilhotina, sem muito efeito. O paraense tentou arranjar uma brecha para um triângulo, mas demorou muito e recebeu a raspagem. Mesmo por baixo, Ildemar teve mobilidade suficiente para pegar a perna do rival. Após resistência de Caldeirão, Marajó encaixou uma chave de joelho reta e fez o adversário bater.
- Quero agradecer ao UFC. É um sonho que se tornou realidade - disse.
Esta é a décima oitava vitória de Ildemar Marajó na carreira e a primeira no UFC. As duas únicas derrotas da carreira de Caldeirão foram no Ultimate, a úlitma para Phil Davis na terceira edição do UFC Rio.
Confira o resultado da luta anterior:
Francisco Massaranduba venceu C.J. Keith por finalização (katagatame) no segundo round