segunda-feira, 29 de julho de 2013

Neymar faz primeiro treino com bola e é relacionado para viagem à Polônia

Barcelona confirma inclusão do atacante no elenco que enfrenta o Lechia Gdansk nesta terça-feira. Brasileiro pode fazer sua estreia pela equipe

Por Cláudia Garcia, especial para o GLOBOESPORTE.COM Barcelona, Espanha
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Em seu primeiro dia na rotina de jogador do Barcelona, Neymar reencontrou a bola e ficou mais perto de sua estreia: o atacante fez uma atividade com o resto do elenco na tarde desta segunda-feira e logo depois do treino foi confirmado na delegação que viaja à Polônia, onde deve entrar em campo por alguns minutos no amistoso contra o Lechia Gdansk, terça.
A princípio, a estreia de Neymar estava marcada para sexta, em amistoso contra o Santos, no Camp Nou, às 16h30m (de Brasília), pelo Troféu Joan Gamper. Entretanto, o craque acabou relacionado para o jogo desta terça com o Lechia Gdansk, da Polônia, às 15h45m (de Brasília), que terá transmissão ao vivo do SporTV e cobertura em Tempo Real do GLOBOESPORTE.COM.
Neymar, aliás, é uma das poucas estrelas do Barça a viajar para a Polônia. Todos os outros jogadores que disputaram a Copa das Confederações permanecerão na Catalunha, onde seguirão treinando normalmente. Por outro lado, Messi também está confirmado para a partida.
neymar barcelona treino (Foto: Cláudia Garcia)Neymar faz seu primeiro treino com bola no Barcelona (Foto: Cláudia Garcia)
Daniel Alves: companheiro inseparável
Faltavam poucos minutos para as 19h (13h em Brasília), quando Neymar e Messi entraram no gramado do centro de treinamento do Barcelona para o primeiro treino orientado pelo novo técnico, o argentino Gerardo Martino. Os dois craques foram os últimos a entrar, mas não vieram juntos nem sozinhos. Das arquibancadas se escutavam os cliques das câmeras, todas elas apontadas na direção da porta que dá acesso ao gramado. Era Daniel Alves, seguido por Neymar. Logo em seguida, estava Messi, lado a lado com um dos seus melhores amigos no Barça, o goleiro reserva Pinto.
O argentino e o goleiro reserva formam uma das duplas mais próximas no vestiário. Porém, com a chegada de Neymar, o craque brasileiro e o lateral-direito da Seleção estão tão próximos que parecem uma fotocópia de Pinto/Messi. Para sorte do novo camisa 11, Alves e Messi também são amigos. O lateral-direito demonstrou no primeiro treino que terá um papel fundamental no sucesso da dupla Messi-Neymar dentro de campo.
neymar barcelona treino (Foto: Cláudia Garcia)Neymar e Daniel Alves (de costas) iniciam os trabalhos (Foto: Cláudia Garcia)
Finalmente, toque na bola
Neymar caminhava em passo lento e um pouco tímido. Cabisbaixo, o craque se limitou a seguir o colega da Seleção. Dani Alves correu na direção de Adriano e Jonathan dos Santos, que trocavam passes entre eles e alargaram a roda para os dois. O mexicano Jonathan (irmão de Giovani dos Santos e filho de um ex-jogador brasileiro) também fala português, e o grupo ficou bem animado. Os 32 jogadores (22 da primeira equipe e dez do time B) aqueciam de forma livre com bola, à exceção de Messi e Pinto, que ficaram em pé, do outro lado do campo, apenas conversando. O treino oficialmente ainda não tinha iniciado, mas o argentino e o goleiro eram os únicos que não tocavam na bola.
Neymar fez precisamente o contrário. Pouca conversa, mesmo com Dani Alves. O brasileiro estava muito concentrado, sobretudo na bola, e parecia um pouco desconectado das conversas externas. O novo camisa 11 chegou em Barcelona como um ídolo, mas tem um comportamento ainda tímido. Na roda de quatro, Jonathan, Alves e Adriano estavam bem animados, dando risada e trocando abraços, mas Neymar se limitava a sorrir, mostrando que ainda não está no seu habitat natural.
Pouco depois, o grupo foi chamado para fazer exercícios de alongamentos. As duplas voltaram a ficar juntas para os exercícios de pares. Messi sempre com Pinto, e Neymar com Daniel Alves. Mas as duplas estavam distantes. Até então, não havia qualquer contato entre o brasileiro e o argentino. Tata Martino observava de longe e comentava sobre o treino com Jordi Roura, que trocou umas palavras rápidas com Neymar. O camisa 11 continuava sorrindo e seguindo os passos de Dani Alves, que se mostrou muito empenhando em facilitar a adaptação do ex-santista ao novo time.
Neymar e Messe Bacrlona treino (Foto: Reuters)Neymar e Messi durante o treino do Barcelona (Foto: Reuters)
Terminados os exercícios de alongamento, a bola voltou a ser a protagonista do gramado. Rapidamente, a comissão técnica ordenou a formação de três grupos para a tradicional roda de bobinho. Dani Alves, Jonathan e Montoya começaram fazendo a contagem do número de jogadores para realizar as divisões. E como o lateral-direito da Seleção e o camisa 10 do Barça sempre ficam na mesma roda do bobinho, Neymar também ficou junto. O momento fez a festa dos fotógrafos, que rapidamente dispararam para captar a primeira troca de bola entre os dois craques do Barcelona.
Na roda de bobinho, Messi e Neymar não ficaram lado a lado, nem conversaram. Já Pinto e Daniel Alves, os fieis companheiros, eram os mais animados, se jogavam no chão e simulavam entradas de “carrinho” nos companheiros. Neymar ria e aplaudia. Montoya também trocou uma rápida conversa com o atacante brasileiro, que continuava sorrindo naturalmente, tal como Messi, que apesar de estar no seu meio natural, não se deixava entusiasmar muito com o ambiente.
O novo camisa 11 ficou algumas vezes no centro. Mas como eram sempre dois jogadores no meio da roda ao mesmo tempo, não deu para ver muito o toque de bola de Neymar durante os 15 minutos de treinamento abertos à imprensa. Messi também ficou na sombra. Ambos tentavam evitar os flashes das dezenas de jornalistas que estavam nas arquibancadas a uma distância significativa.
neymar barcelona treino (Foto: Cláudia Garcia)Atacante brasileiro participa da roda de bobinho (Foto: Cláudia Garcia)
A outra roda era formada pelos atletas da seleção espanhola e a terceira pelos jogadores do Barcelona B. Mas naturalmente, todas as atenções estavam voltadas para a dupla Messi-Neymar.
No período aberto à imprensa, Tata Martino não interagiu com o grupo, nem com Neymar em particular. O argentino se mostrou muito observador e pouco falou nestes primeiros minutos do treinamento.
Neymar e Daniel Alves Barcelona (Foto: Getty Images)Neymar e Daniel Alves: inseparáveis no primeiro
dia do atacante no Barça (Foto: Getty Images)
Neymar se separa dos parças, da família e de Daniel Alves por um dia
Na terça-feira, Neymar vai viajar para a Polônia. Adriano também está no grupo, assim como alguns jogadores do Barça B. Os jogadores da Fúria e Daniel Alves (por disputarem a Copa das Confederações) ficam em Barcelona. O ex-craque do Santos deve entrar em campo durante alguns minutos no amistoso contra o Lechia Gdansk.
A intenção do Barça ao levar Neymar até Gdansk é limpar a imagem perante o time polaco e os patrocinadores do jogo, já que este duelo foi adiado há duas semanas, por conta da saída de Tito Vilanova do comando técnico da equipe catalã.
Mas o mais importante dessa viagem é que será a primeira de Neymar e Messi juntos. O brasileiro e o argentino terão a primeira grande chance para baterem um papo e se entrosarem em campo e fora dele. Logo no segundo dia em Barcelona, o novo camisa 11 vai ter de tentar se ambientar sozinho mesmo, já que Daniel Alves não viaja com o grupo.
Confira a lista completa dos relacionados:
Goleiros: Oier Olazábal e Pinto;
Defensores: Montoya, Bartra, Adriano, Sergi Gómez, Planas e Bagnack;
Meio-campistas: Song, Sergi Roberto, Jonathan dos Santos, Kiko Fermenía, Dani Nieto, Juan Román, Samper, Espinosa, Ilie e Patric;
Atacantes: Neymar, Messi, Alexis, Tello e Dongou.

Com derrota de Ellenberger, Demian Maia sobe no ranking oficial do UFC

Brasileiro passa à quarta posição na categoria peso-meio-médio do Ultimate. Chris Weidman sobe à nona colocação no ranking peso-por-peso

Por Rio de Janeiro
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O lutador Demian Maia (Foto: Agência EFE)Demian Maia segue subindo no ranking dos
meio-médios do UFC (Foto: Agência EFE)
Demetrious Johnson manteve o cinturão dos pesos-moscas e Rory MacDonald confirmou seu favoritismo nos pesos-meio-médios no evento do UFC do último sábado, UFC: Johnson x Moraga, e, por consequência, o ranking oficial da entidade não teve grandes mudanças nesta semana. A alteração mais significativa foi a queda de Jake Ellenberger, motivada por uma péssima atuação contra MacDonald. O desempenho ruim do americano acabou beneficiando o brasileiro Demian Maia, que o ultrapassou pela quarta posição entre os meio-médios.
A nova classificação geral, divulgada nesta segunda-feira após a aferição dos votos da mídia especializada que vota no ranking, teve ainda a subida do americano Chris Weidman, novo campeão peso-médio da organização, à nona posição, ultrapassando o campeão linear dos pesos-galos, Dominick Cruz, que segue sem lutar desde outubro de 2011 por causa de uma lesão no joelho esquerdo. No peso-galo feminino, a holandesa Germaine de Randamie subiu à oitava colocação após sua vitória sobre Julie Kedzie, que caiu ao nono lugar.
Demian teria a chance de consolidar sua posição entre os meio-médios e até subir mais neste fim de semana, quando enfrentaria Josh Koscheck no UFC 163, no Rio de Janeiro. Todavia, uma lesão tirou o americano do combate e o brasileiro do evento. O lutador paulista agora negocia para voltar ao octógono novamente no Brasil, desta vez contra o americano Jake Shields, em 9 de outubro.
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Confira a classificação completa na imagem abaixo. Para acompanhar as atualizações do ranking e saber mais sobre os lutadores do UFC, acesse a página de Lutadores do Combate.com.
Ranking UFC 29 de julho de 2013 (Foto: Reprodução)

Primeira imagem do pôster da luta entre Velásquez e Cigano é divulgada

Brasileiro e americano se enfrentam pela terceira vez em menos de dois anos, no UFC 166, em outubro, no Texas, Estados Unidos

Por Rio de Janeiro
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O final da trilogia Cain Velásquez x Junior Cigano acontecerá no UFC 166, somente dia 19 de outubro. Mas o site "MMA Mania" publicou uma primeira imagem do pÔster oficial do esperado combate com os dizeres "A história é escrita pelo vencedor".
Poster UFC 166 - Velazquez x Cigano (Foto: Divulgação)Primeira imagem do pôster do UFC 166 - Cain Velázquez x Junior Cigano (Foto: Divulgação)
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A rivalidade entre Cigano e o americano começou a se desenvolver em novembro de 2011, quando o brasileiro nocauteou Velásquez e passou a ser o novo campeão dos pesos-pesados. Após nocautear Antônio Pezão, Velásquez se candidatou novamente à disputa do cinturão, saindo vencedor da revanche por decisão unânime, em dezembro do ano passado.
UFC 166
19 de outubro de 2013, em Houston (EUA)
CARD DO EVENTO
Cain Velásquez x Junior Cigano
Daniel Cormier x Roy Nelson
Nate Marquardt x Hector Lombard
Gilbert Melendez x Diego Sanchez
Luke Rockhold x Tim Boetsch
Gabriel Napão x Shawn Jordan
George Sotiropoulos x KJ Noons
Tony Ferguson x Mike Rio

Para Thales Leites, luta contra Watson termina por nocaute ou finalização

No retorno ao Ultimate, ex-desafiante do peso-médio espera combate
aberto contra o inglês: 'Vamos dançar conforme a música'

Por Rio de Janeiro
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Thales Leites lutador MMA (Foto: Ana Hissa / SporTV)Thales Leites tem um cartel de 20 vitórias e
quatro derrotas (Foto: Ana Hissa / SporTV)
Quatro anos afastado do UFC, Thales Leites foi recontratado e vai fazer sua reestreia no próximo sábado contra Tom Watson. Desafiante do peso-médio contra Anderson Silva em 2009, ele retorna ao Ultimate para lutar em sua cidade natal, o Rio de Janeiro, no UFC 163. E o carioca está bastante motivado, esperando por uma grande luta contra o inglês. Thales acredita que o duelo não vai parar nas mãos dos jurados, então é bom o espectador ficar ligado para não perder um nocaute ou uma finalização.
- Sei que meu oponente é um lutador bem aguerrido, não foge da luta, sempre vai para cima, e não vai ser diferente comigo. Nós vamos dançar conforme a música, e acho que essa luta não vai para a decisão, não. Ele busca a luta, e eu também busco, então vai acabar antes dos três rounds certamente - disse o brasileiro ao site oficial do UFC.
Thales Leites (20-4) lutou na principal organização de MMA do mundo entre 2006 e 2009. Ele estreou com derrota para Martin Kampmann, mas depois emendou uma sequência de cinco triunfos seguidos que lhe garantiram a chance de desafiar Anderson Silva. Superado pelo Spider por pontos, ele perdeu também para Alessio Sakara na sequência e acabou demitido.
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Na sexta-feira, o canal Combate e o Combate.com transmitem a pesagem do UFC 163 a partir de 16h. No sábado, o canal Combate exibe todo o evento ao vivo a partir de 19h15m. O Combate.com acompanha todo o evento em Tempo Real e transmite, também ao vivo, a primeira luta da noite, entre Viscardi Andrade e Bristol Marunde.
UFC 163 (UFC Rio 4)
3 de agosto de 2013, no Rio de Janeiro
CARD PRINCIPAL
José Aldo x Chan Sung Jung
Lyoto Machida x Phil Davis
Cezar Mutante x Thiago Marreta
Thales Leites x Tom Watson
John Lineker x José Maria 'No Chance'
CARD PRELIMINAR
Vinny Magalhães x Anthony Perosh
Amanda Nunes x Sheila Gaff
Serginho Moraes x Neil Magny
Ian McCall x Iliarde Santos
Rani Yahya x Josh Clopton
Ednaldo Lula x Francimar Bodão
Viscardi Andrade x Bristol Marunde

Após derrota, 'Homem mais forte do mundo' terá revanche contra ex-UFC

Mariusz Pudzianowski vai fazer a luta principal do KSW 24 contra Sean McCorkle. Campeão olímpico Pawel Nastula disputa cinturão dos pesados

Por Rio de Janeiro
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Mariusz Pudzianowski terá uma segunda oportunidade para derrotar Sean McCorkle. Depois de ser finalizado com uma kimura pelo ex-lutador do UFC no KSW 23, no dia 8 de junho, o cinco vezes campeão do concurso "Homem Mais Forte do Mundo" vai ter a revanche na luta principal do KSW 24, marcado para o dia 28 de setembro em Lodz, na Polônia.
Sean McCorkle x  Mariusz Pudzianowski MMA (Foto: Reprodução / Facebook)Sean McCorkle x Mariusz Pudzianowski no KSW 23 (Foto: Reprodução / Facebook)
No MMA, Pudzianowski tem até agora uma carreira irregular. São cinco vitórias, três derrotas e um "no contest" (luta sem resultado). Já McCorkle (17-5) estreou bem no UFC com vitória sobre Mark Hunt, mas foi demitido após derrotas para Stefan Struve e Christian Morecraft.
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O KSW 24 terá ainda duas disputas de cinturão. Campeão olímpico no judô em Atlanta (1996), Pawel Nastula enfrentará Karol Bedorf pelo título vago dos pesados. E no peso-leve, o campeão Maciej Jewtuszko vai encarar o também ex-UFC Andre Winner.
Confira o card completo:
Mariusz Pudzianowski x Sean McCorkle
Pawel Nastula x Karol Bedorf
Michal Materla x Jay Silva
Maciej Jewtuszko x Andre Winner
Borys Mankowski x Ben Lagman
Karolina Kowalkiewicz x adversária a ser divulgado
Marcin Rozalski x adversário a ser divulgado
Anzor Azhiev x Artur Sowinski
Kamil Walus x Oli Thompson

Mudança na regra de MMA pode fazer valer joelhada e chute na cabeça

Em nota, dirigente americano explica que lutador será considerado de pé, caso coloque intencionalmente dedo ou mão no chão para levar vantagem

Por Rio de Janeiro
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UFC 148 Anderson Silva; Chael Sonnen (Foto: Getty Images)Contra Chael Sonnen, joelhada de Anderson Silva
gerou polêmica no UFC 148 (Foto: Getty Images)
Antes de se tornar artes marciais mistas (MMA, em inglês), o esporte era chamado de “vale-tudo”. Como o próprio nome sugeria, praticamente todo tipo de golpe era válido para levar o adversário ao nocaute ou finalizá-lo. Hoje em dia, uma das regras do MMA nos Estados Unidos é aquela em que não é permitido chute ou joelhada na cabeça do oponente enquanto este se encontra na posição de “três apoios”. Mas este item será revisto na reunião da Comissão da Associação de Boxe de 2013, organização que estrutura regulamentos e regras de Boxe e MMA dos EUA e Canadá, principalmente porque há alguns lutadores que estão colocando um dedo ou uma parte da mão (ou a mão inteira) intencionalmente no chão para tirar vantagem da regra.
Se a mudança realmente acontecer, o anúncio deverá ser feito dia 31 de julho, último dia de reunião da Comissão e resolveria casos em que um lutador usa esta regra para evitar ser golpeado, tentando inclusive levar seu adversário a uma falta ou perda de ponto. Em nota divulgada pelo site "MMA fighting", Nick Lembo, da Comissão Atlética de Controle de New Jersey, explicou como os árbitros devem proceder em caso de mudança no regulamento.
- Os árbitros devem instruir que os lutadores ainda são considerados em pé mesmo que tenham um dedo ou uma parte da mão (ou a mão inteira) no chão. O árbitro terá o critério para decidir se um lutador que está com um dedo ou a mão no chão ainda pode, legalmente, ser atingido na cabeça com os joelhos e chutes. O árbitro pode decidir que o lutador nesta posição está colocando o dedo ou a mão no chão apenas para provocar uma falta (para o adversário) - esclareceu Nick Lembo.
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Esse tipo de situação ocorre com alguma frequência nas lutas de MMA e um dos exemplos mais recentes e notórios foi na disputa do título de campeão dos pesos-moscas entre Demetrious Johnson e John Dodson, em janeiro deste ano. Na ocasião, Johnson deu uma joelhada na cabeça de Dodson, logo após o segundo ter posto a mão no chão voluntariamente. John McCarthy , árbitro do combate, interrompeu a luta e deu um tempo para Dodson se recuperar, mas não foi dada infração a Johnson. Se a nova regra for aprovada, o juiz deste exemplo poderia ter considerado o golpe legal e a luta não teria sido interrompida.

Luke Rockhold quer lutar com Bisping após UFC 166, em outubro, no Texas

Sem esquecer chute incrível de Vitor Belfort, ex-campeão dos médios do Strikeforce planeja lutar com grandes nomes como Bisping e Muñoz

Por Rio de Janeiro
Luke Rockhold, mesmo tendo lutado apenas uma vez no UFC, quando foi derrotado por Vitor Belfort, em maio deste ano, é considerado um dos principais nomes dos pesos-médios da atualidade. Com um cartel de 10 vitórias e duas derrotas, sendo que se manteve invicto em nove lutas seguidas, quando foi campeão da categoria até 84kg no Strikeforce, Rockhold já tem um novo compromisso agendado contra Tim Boetsch, em outubro, no UFC 166. Entretanto, focado no próximo adversário, o americano citou, em entrevista ao site “mixedmartialarts.com”, o britânico Michael Bisping como uma possível luta que ele gostaria de fazer para continuar em alta no Ultimate.
- A luta com Bisping definitivamente é algo que eu quero fazer no futuro. Ele disse um monte de besteira em rede nacional e falou que ele levou a melhor sobre mim nos treinamentos. Eu já treinei com ele em Las Vegas e não vi nada disso que falam sobre se parecer com meu estilo de luta. No combate real, as coisas são um pouco diferentes e fico muito confiante quando penso nesse duelo. Acho que seria um grande show para os fãs e espero que aconteça logo – disse Rockhold.
UFC Vitor Belfort e Luke Rockhold (Foto: Agência Getty Images)Luke Rockhold foi nocauteado por Vitor Belfort em Jaraguá do Sul (Foto: Getty Images)
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Sem esquecer como foi surpreendido por Vitor Belfort em sua estreia no UFC, Luke Rockhold credita a derrota à desatenção e afirma que continua em busca de ser o melhor da categoria dos pesos-médios.
- Eu estou cansado de ouvir as pessoas falarem sobre esse chute do Belfort. Eu quero seguir em frente e, por isso, estou focado no Tim Boetsch. Mas, na ocasião, eu tinha estudado muito o jogo de socos e o repertório de boxe do Vitor e acabei me desconcentrando com os seus chutes. Essa derrota não mudou meus objetivos – falou o lutador.

Aldo ainda vê Spider no topo e se coloca à frente de Jones e St-Pierre

'Tirando o Anderson Silva, sou eu, lógico (risos). Aí quem sabe no dia em que ele parar eu tome o lugar dele', brinca o campeão peso-pena

Por Rio de Janeiro
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Anderson Silva e José Aldo se encontram em vídeo do UFC (Foto: Reprodução/Youtube)José Aldo (à direita) encontra Anderson nos
bastidores do UFC (Foto: Reprodução / Youtube)
José Aldo já dizia que era o segundo melhor peso por peso do mundo, só atrás de Anderson Silva. Agora que o Spider perdeu para Chris Weidman e não é mais campeão do UFC, será que o detentor do cinturão dos penas passou a se considerar o número 1? Na humilde opinião de Aldo, isso não será possível enquanto Anderson estiver lutando. Mas ele também se valoriza ao se colocar ainda à frente de Jon Jones e Georges St-Pierre, campeões meio-pesado e meio-médio, respectivamente:
- Sempre falei que o melhor peso por peso é o Anderson. Para mim ele não desceu e nem subiu, continua sendo a mesma pessoa. É uma luta, 50 a 50. Acho que o Weidman conectou um bom golpe, e ele foi nocauteado. Mas o Anderson continua sendo o Anderson. Ele é um grande campeão. Todo mundo viu o potencial dele na luta, viu que é muito difícil ganhar dele. O Chris acabou ganhando, mas eu ainda acho o Anderson o melhor peso por peso. Tirando ele, sou eu, lógico (risos). Acho que nesse ranking conta muito coisa. Ele tem uma experiência muito maior. Aí quem sabe no dia em que ele parar eu tome o lugar dele (risos) - disse ao Combate.com.
O ranking oficial peso por peso do UFC, feito por jornalistas do mundo inteiro, mostra uma lista diferente. Jon Jones aparece na liderança, seguido de St-Pierre e o Spider. Aldo é o quarto.
José Aldo tem compromisso marcado contra o Zumbi Coreano no UFC 163, ou UFC Rio 4, na noite deste sábado, na Arena da Barra. O canal Combate fará a transmissão do evento ao vivo, e o Combate.com vai acompanhar tudo em Tempo Real.
UFC 163 (UFC Rio 4)
3 de agosto de 2013, no Rio de Janeiro
CARD PRINCIPAL
José Aldo x Chan Sung Jung
Lyoto Machida x Phil Davis
Cezar Mutante x Thiago Marreta
Thales Leites x Tom Watson
John Lineker x José Maria No Chance
CARD PRELIMINAR
Vinny Magalhães x Anthony Perosh
Amanda Nunes x Sheila Gaff
Serginho Moraes x Neil Magny
Ian McCall x Iliarde Santos
Rani Yahya x Josh Clopton
Ednaldo Lula x Francimar Bodão
Viscardi Andrade x Bristol Marunde

Dana White nega ser 'showman' ou celebridade: 'Apenas amo o que faço'

Presidente do UFC diz ter se apaixonado pelo MMA há 15 anos, lembra como foi a construção da organização e revela gostar de conversar com fãs

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Quando se fala de UFC, é inevitável não lembrar da figura de Dana White. O presidente da organização tornou-se uma referência do esporte e - talvez - o maior promotor de esportes do mundo. A chegada dele e dos irmãos Fertitta fizeram o Ultimate alcançar outro patamar e o MMA cada vez mais virar global. Em entrevista ao "SporTV Repórter", Dana negou ser uma celebridade ou um "showman" e revelou que aprecia a relação que tem com os fãs.
- Eu sou um "showman"? Eu não diria. Eu apenas amo este esporte, amo esta companhia, o UFC, e amo falar sobre isso. Então eu acho que, às vezes, eu estou muito empolgado e as pessoas me veem como um showman, mas não, eu só amo o que faço. Também não diria que sou uma celebridade. Diria que as pessoas amam o que eu faço tanto quanto eu. E estas são as pessoas que estão empolgadas e eu amo bater papo e conversar com elas sobre isso. Eu me sinto um pouco estranho falando sobre mim como uma celebridade - afirmou.
Dana White, durante entrevista exclusiva para o SporTV Repórter (Foto: SporTV.com)Dana White, durante entrevista exclusiva para o SporTV Repórter (Foto: SporTV.com)
Para Dana White, o diferencial dos donos do UFC foi que eles entraram no MMA sem visar dinheiro e em uma época na qual não era possível afirmar que se tornaria um esporte tão lucrativo como é hoje.
- Eu me apaixonei pelo esporte provavelmente cerca de 15 anos atrás. Esta coisa foi construída. Este negócio foi comprado e construído por paixão, por amor pelo esporte. Eu acreditei que isto poderia crescer por todo o mundo. Muitas pessoas tentam entrar no MMA agora porque elas veem dinheiro. Eu e meus parceiros entramos no esporte sem ver dinheiro. Nós entramos por amar isto. Nós não entramos porque estávamos olhando em fazer muito dinheiro. Eu sempre fui um grande fã de luta. Eu sei o que eu como fã adorava e o que era a melhor parte disso. Nós construímos essa coisa e criamos o que eu pensei que iria gostar e eu acredito que sabia o que os fás de luta queriam - concluiu.

Falta de tempo faz Spider desistir de disputar taekwondo nas Olimpíadas

'Não deu certo, mas era uma coisa que eu gostaria de ter feito sim', diz

Por Rio de Janeiro
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Anderson Silva coletiva UFC 162 (Foto: Evelyn Rodrigues)Anderson Silva vai lutar pela próxima vez no
dia 28 de dezembro (Foto: Evelyn Rodrigues)
Se você gosta da ideia de ver Anderson Silva disputando as Olimpíadas, melhor se acostumar a acompanhá-lo apenas no UFC mesmo. O ex-campeão peso-médio da principal organização de MMA do mundo disse ao jornal "O Estado de S. Paulo" que desistiu de tentar uma vaga no taekwondo. De acordo com Anderson, os compromissos com patrocinadores e a rotina de treinos e lutas nas artes marciais mistas impedem que ele se dedique ao esporte olímpico.
- Essa ideia estava superfixa na minha cabeça, mas eu tenho tanta coisa, tantos compromissos para serem cumpridos com meus patrocinadores, com o UFC, que eu precisaria de um tempo para fazer um treinamento específico para me preparar da forma correta de participar de algumas competições para que eu pudesse me credenciar para disputar uma competição olímpica. Mas eu não consegui tempo, mas é uma coisa que eu gostaria de ter feito sim, infelizmente o tempo não me deu essa oportunidade. Eu ia participar como qualquer outro atleta, fazer as seletivas. Como eu não tenho tempo para treinar, me adaptar, ter treino suficiente para participar das seletivas para tentar uma vaga, não deu certo, mas era uma coisa que eu gostaria de ter feito sim - disse o Spider.
Mais Combate.com: confira as últimas notícias do mundo do MMA
Anderson também deu sua opinião sobre a possibilidade da entrada do MMA na relação de esportes disputados nas Olimpíadas. Segundo o lutador do UFC, isso será bem difícil de acontecer.
- Acho que não tem nenhuma possibilidade desse esporte virar olímpico, não tem a ver com esporte olímpico - respondeu.
Pelo UFC, Anderson Silva vai voltar a lutar no dia 28 de dezembro. Ele terá a revanche contra Chris Weidman no último evento do ano, em Las Vegas.

Ex-traficante de armas, lutador muda de vida e torna-se protegido de Spider

Morador de comunidade carente do Rio, Paulo Bananada disputa cinturão interino do Wocs na sexta-feira e segue para os EUA para virar professor

Por Rio de Janeiro
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Paulo Bananada Anderson Silva MMA (Foto: Reprodução/Facebook)Paulo Bananada com Anderson Silva no córner, em
luta nos EUA (Foto: Reprodução/Facebook)
Na próxima sexta-feira, o carioca Paulo Bananada entra no cage do Wocs 27, no Rio de Janeiro, para disputar o cinturão interino dos pesos-leves contra Andrews Tigrão com um alvo no peito. Não só por ser considerado um dos melhores lutadores da categoria no país, mas também por ser sparring e "protegido" de Anderson Silva. Conhecer o Spider abriu portas e os olhos de adversários para o atleta da Team Nogueira/XGym, que graças ao amigo famoso vislumbra a possibilidade de fazer carreira no exterior e deixar a rotina difícil em que vive no Rio de Janeiro, com lutas em sequência e longos deslocamentos diários entre muitas academias e sua casa no subúrbio da cidade. Chegar até aqui, porém, envolveu uma vitória maior sobre as dificuldades que se abatem sobre menores de comunidades carentes.
Bananada, ou Paulo Gonçalves Silva, nasceu no Rio de Janeiro, mas morou na Paraíba até os nove anos de idade. Quando voltou para a capital fluminense, sua família se estabeleceu na comunidade da Chacrinha, na Zona Oeste da cidade. Aos 11 anos, passou a praticar jiu-jítsu com um dos moradores da área, professor da academia Gracie Barra que dava aulas para crianças locais, na intenção de afastá-las do tráfico. Quando este professor deixou a favela, porém, Bananada largou o esporte e passou a ser atraído pelo crime. Aos 14 anos, começou a traficar armas.
- Sempre gostei de armas. No interior do Nordeste, por falta de conhecimento, não precisa de permissão para usar armas. Todo mundo usava armas, até para a própria defesa. Muitas vezes, a polícia pede socorro para as pessoas que "têm coragem" ajudarem - lembra.
Apesar do apelo das armas e da atividade ilegal, Bananada ainda se manteve longe das drogas e jamais comprava ou vendia para traficantes. Vendia, porém, para usuários, o que começou a lhe incomodar. Quando uma namorada engravidou de Pablo, seu primeiro e único filho, foi o fator decisivo para deixar a carreira criminosa, que durou cerca de dois anos.
- Vi que era furada. É dinheiro fácil, mas pode morrer fácil também. Não estou a fim de morrer e deixar meu filho por aí. Ele podia morrer devido a uma pessoa que comprou arma comigo e fez besteira. Meu filho foi a coisa que mais pesou para mim. O olhar de um cara quando vendi uma arma me fez sentir que, para esse tipo de gente, o dinheiro vale mais que a amizade - explica.
Paulo Bananada comunidade Chacrinha MMA (Foto: Reprodução/Facebook)Bananada e a comunidade da Chacrinha ao fundo: trocar, só pelo exterior (Foto: Reprodução/Facebook)
Para sustentar a si mesmo e à nova família, Bananada teve que parar de estudar e "se virar nos 30". Foi pedreiro - ainda ajuda amigos a construírem novos barracos pela Chacrinha, onde mora até hoje - pasteleiro, segurança, guardião de piscinas, balconista da escola de samba Renascer. Foi nessa escola, também, que ele voltou a praticar e competir no jiu-jítsu, aos 17.
Na "arte suave", o lutador reencontrou sua paz e seu dom, mas, ao mesmo tempo, se frustrou com alguns resultados negativos ("Pagava para competir e era roubado, ou seja, pagava para ser roubado", reclama). Foi no vale-tudo e no MMA que se descobriu. Bananada passou a treinar na TFT e logo se tornou um dos destaques do Rio Heroes, polêmico torneio que seguia a fórmula antiga: sem luvas, com as únicas regras de proibir puxar o cabelo, morder, golpe na coluna ou região íntima e colocar dedo no olho. O carioca protagonizou luta sangrenta contra Udi Lima e um longo combate com Márcio "Zé Pequeno" - listado oficialmente em 23m11s, mas que segundo ele durou mais de 45 minutos - e viu ali que tinha jeito para a coisa.
Aos poucos, Bananada foi encontrando seu caminho pelo esporte e, entre janeiro de 2009 e setembro de 2012, venceu 12 lutas consecutivas, incluindo a conquista de cinturões no Wocs (vago após não acertar termos para defendê-lo), Shooto e Coliseu Extreme Fight. No meio dessa sequência, conheceu Anderson Silva numa situação curiosa. O então campeão dos pesos-médios do UFC era córner de seu adversário, Paulo Rambinho, no Face to Face 2, evento realizado no CT dos irmãos Nogueira em outubro de 2009.
- Escutei aquela voz que a gente conhece fácil, e pensei, "Po, Anderson está contra mim? Não pode não!" (risos) Mas voltei ao foco rápido e ficava ligado em tudo que ele falava. Aí ele gritou, "Rambinho, marca o jab dele e cruza em cima!"  O Rambinho parou na minha frente esperando. Pensei: "Vou ameaçar o jab e eu vou cruzar em cima dele". Quando mexi o ombro e ele fez menção de se mexer, cruzei e deu certo. Ele caiu e eu nocauteei no ground and pound. Depois, fui lá e agradeci a ele (Anderson). Ele riu e tirou uma foto comigo - conta o lutador.
Escutei aquela voz e pensei, 'Po, Anderson está contra mim? Não pode!' Mas voltei ao foco e ficava ligado em tudo que ele falava. Ele gritou, 'Rambinho, marca o jab dele e cruza em cima!'  Pensei: 'Vou ameaçar o jab e vou cruzar em cima dele'. Deu certo. Ele caiu e nocauteei no ground and pound. Depois, fui lá e agradeci"
Sobre como conheceu Spider
Poucos meses depois, os dois virariam companheiros de time quando Bananada, desanimado com a falta de estrutura e comprometimento que percebia na TFT, decidiu se mudar para a Team Nogueira, cujo treinador de boxe, Edélson Silva, já trabalhava com ele. Mais tarde, o peso-leve passou a frequentar também a XGym, levado por um amigo americano, e logo foi acolhido por Anderson como um de seus parceiros de treino. A sintonia foi tanta que ele foi chamado pelo ídolo para viajar aos EUA, com todas as despesas pagas, e ajudá-lo na preparação para a luta contra Vitor Belfort, em 2011.
- Eu nem acreditei, só fui acreditar quando a passagem chegou e vi que era real. Foi irado, inesquecível. Desde essa época, ele já estava treinando o chute frontal para o Vitor, eu tenho os vídeos aqui até hoje. Ele treinava bastante aquilo, repetia, e ensinava - lembra.
Foram quatro meses nos EUA, dois deles morando na casa de Anderson Silva. Desde então, essas viagens ficaram mais frequentes: de 2011 para cá, foram quatro, e o ex-campeão arrumou até lutas para o amigo em eventos americanos, no Arizona e no Havaí. Na última viagem, Bananada foi à inauguração da Muay Thai College, academia do Spider em Los Angeles, que pode ser a porta de entrada para uma mudança em definitvo para os EUA. Ele já foi convidado pelo amigo para atuar como professor de jiu-jítsu no local e alavancar a carreira internacional.
Paulo Bananada MMA (Foto: Adriano Albuquerque)Bananada participou do camp de Anderson para a revanche contra Chael Sonnen (Foto: Adriano Albuquerque)
O plano é seguir viagem no final do ano. Por ora, Bananada segue se virando como é comum no cenário nacional de MMA. Diariamente, passa uma hora no trânsito para chegar à XGym. Depois de duas horas de treino, faz a preparação física na TFT. Mais uma hora e meia no ônibus e chega ao Tanque, na Zona Oeste da cidade, onde treina muay thai. Mal sobra tempo para curtir o filho, hoje com 13 anos, e a namorada, mas, pelo menos, graças aos patrocínios de uma marca de suplementação alimentar e uma marca de roupas, não precisa de um outro emprego. Mesmo assim, pega lutas em sequência para completar a renda. Após a luta com Andrews Tigrão nesta sexta, defende o cinturão do Coliseu em Maceió contra Gilbert Durinho em 6 de setembro, e mais tarde segue para o Chile para mais um combate, em outubro.
- São poucos eventos que valorizam os atletas e, por isso mesmo, fiquei um tempo sem lutar por aqui, preferi lutar lá fora, para poder lutar num evento que valorize e que a grana seja justa para as duas partes. Quem tem patrocínio, pode se dar a esse luxo de escolher. Quem não tem, ou aceita lutar por merreca, ou fica sem lutar - lamenta o lutador.
Dos três duelos pela frente, Bananada se mostra concentrado na reconquista do cinturão do Wocs, em que enfrenta Andrews Tigrão após uma contusão sofrida por Giovanni Diniz, mas não esconde que está motivado para enfrentar Gilbert Durinho, que é treinador de jiu-jítsu de Vitor Belfort - justamente o homem para quem Bananada ajudou Anderson a se preparar.
- O Tigrão é um grappler (especialista na luta agarrada), troca também, mas minha expectativa é ir para finalizar, assim como quero fazer a luta de solo com o Durinho. Vou pegar três grapplers pela frente, dois brasileiros e um chileno. Acho que essas lutas vão acabar no jiu-jítsu. Seria interessante pegar o Tigrão, que é de Manaus e é aluno do Dedé Pederneiras na Nova União, duas boas escolas de jiu-jítsu, e depois pegar o Durinho, campeão mundial, no chão, que é onde ele é bom, onde ele é melhor. Seria legal - sorri Bananada.
O Wocs 27 acontece na próxima sexta-feira, no clube A Hebraica, no Rio de Janeiro. O canal Combate transmite o evento na íntegra, ao vivo, a partir de 20h (horário de Brasília). O SporTV exibe o card principal a partir de 22h. Confira o card na íntegra:
Wocs 27
2 de agosto de 2013, no Rio de Janeiro
CARD PRINCIPAL
Andrews Tigrão x Paulo Bananada
Alexandre "Baixinho x Thiago Jambo
Luis "Betão" Nogueira x Francisco De Assis
Fabiano "Bob Esponja" x Bruno "Robusto"
Julian "Jabba" x Francinei Farinazzo
Fernando Camoles x Wagner "Vagão"
CARD PRELIMINAR
Alex Cowboy x Bruno da Rosa
Erivaldo Santos x Felipe de Jesus
Carlos Alberto "Lobo" x Marcos Nene
André Lourenço x Antonio Alves
Wellington Pierre x Gabriel Timoteo

GSP imita Spider e oferece cinturão para Hendricks em pose para foto

Diferente de Chris Weidman, porém, desafiante dos pesos-meio-médios não aceita oferta. Lutadores iniciaram em Las Vegas turnê mundial do UFC

Por Las Vegas
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O UFC iniciou nesta segunda-feira a turnê mundial que vai levar seus campeões, em uma semana, a 11 cidades de cinco países diferentes. Em Las Vegas, o campeão do peso-meio-médio, Georges St-Pierre, e seu desafiante, Johny Hendricks, participaram de um evento com a imprensa e os fãs no lobby do MGM Hotel e Casino, sede do UFC 167, em 16 de novembro, evento no qual os dois lutadores farão o combate principal.
George Saint Pierre e Hendricks UFC Las Vegas (Foto: Evelyn Rodrigues)Georges St-Pierre e Johny Hendricks se encaram na abertura da turnê mundial (Foto: Evelyn Rodrigues)
Depois de conversar com a imprensa, o campeão e seu desafiante posaram para fotos e protagonizaram sua tão esperada primeira encarada. Depois de alguns cliques, GSP recebeu o cinturão para posar com o objeto e, a exemplo do que Anderson Silva fez na coletiva pré-UFC 162 com Chris Weidman, ofereceu o objeto para Hendricks segurar. O americano respondeu imediatamente se esquivando e arrancando risos dos jornalistas:
- Não, não! Não quero não! Obrigado!
George Saint Pierre e Hendricks UFC Las Vegas (Foto: Evelyn Rodrigues)Os oponentes sorriem após GSP oferecer cinturão
a Hendricks (Foto: Evelyn Rodrigues)
Pouco antes do meio-dia, o local já estava tomado por fãs ansiosos em ver seus ídolos. Eles se espremiam no pequeno cercado ao redor do famoso leão, símbolo do hotel. Hendricks e GSP chegaram sorridentes e aparentando tranquilidade. Cada um se sentou em um dos locais reservados para falar com os jornalistas, que se revezavam entre os dois para garantir as entrevistas. O papo com a imprensa durou cerca de 20 minutos e eles falaram, entre outras coisas, do duelo que irão protagonizar em novembro na cidade.
- Lutar em Las Vegas alivia a pressão. Quando eu luto em Montreal (Canadá), eu tenho que fazer a entrevista em francês e inglês, enquanto o meu adversário só precisa falar inglês a maioria das vezes. Então, é tudo em dobro para mim, inclusive a parte de imprensa. Estou feliz em voltar a lutar nos EUA, foi aqui que iniciei a minha carreira no UFC e estou feliz em poder lutar de novo em Vegas. Eu lutei mais aqui do que em qualquer lugar do mundo. Essa é a capital da luta no mundo. Eu considero Vegas minha segunda casa - confessou St-Pierre, que admitiu ainda estar ansioso a voltar a lutar nos EUA depois de três anos e meio.
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Já Hendricks afirmou que disputar o cinturão em seu país não lhe dá vantagem:
- Vegas é um território neutro, porque eu também tenho que pegar um avião para chegar aqui. Além disso, nós dois somos de locais mais úmidos e estamos vindo para uma cidade super seca. Também estamos quase no mesmo nível do mar, então não acho que lutar aqui me traz vantagens, mas é muito bom lutar fora do Canadá (risos).
George Saint Pierre UFC Las Vegas (Foto: Evelyn Rodrigues)Georges St-Pierre distribui autógrafos aos fãs
presentes (Foto: Evelyn Rodrigues)
Ao final do evento, os lutadores atenderam os fãs, que puderam tirar fotos e pedir autógrafos, enquanto um grupo de seguranças fazia a proteção pela grade. O duelo entre St Pierre e Hendricks acontece no dia 16 de novembro, no MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas.
A turnê internacional do UFC continua na terça-feira com uma coletiva de imprensa em Los Angeles, com a presença de St-Pierre, Hendricks e os lutadores principais do UFC 165, 166 e 168 - Jon Jones, Alexander Gustafsson, Cain Velásquez, Junior Cigano, Ronda Rousey e Miesha Tate - às 15h (horário de Brasília).

Pacotão da F-1: triunfo com amor de Lewis, e cavadinha de Alonso na RBR

Fim de semana agitado dentro e fora das pistas na Hungria, também tem duelo Kimi x Vettel, Massa com problema no bico e Grosjean perseguido

Por GLOBOESPORTE.COM Budapeste, Hungria
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Lewis Hamilton - GP da Hungria (Foto: Getty Images)Hamilton - GP da Hungria (Foto: Getty Images)
As pequenas retas do travado circuito de Hungaroring não foram capazes de impedir uma movimentada corrida, cheia de pegas e ultrapassagens. Até o vencedor Lewis Hamilton, que largou na pole position, precisou ser arrojado para se livrar de adversários após cada um de seus pit stops, para voar até seu primeiro triunfo pela Mercedes. Kimi Raikkonen e Sebastian Vettel protagonizaram um eletrizante duelo pela segunda posição e completaram o pódio. Acelerado também estava o coração de Hamilton. Tanto que após a prova o britânico dedicou a vitória a sua ex, Nicole Scherzinger. Confira o resultado do GP da Hungria.
Um fim de semana agitado também nos bastidores. Tudo porque o empresário de Fernando Alonso foi flagrado em uma conversa particular com o chefe da RBR, Christian Horner. Especula-se que o espanhol, insatisfeito com a falta de reação da Ferrari em mais uma temporada, esteja de olho na vaga de Mark Webber em 2014. Seria uma cavadinha ou um blefe para pressionar o time de Maranello? E por falar na Ferrari, Felipe Massa fechou em um discreto oitavo lugar após danificar seu bico logo na primeira volta em toque com Nico Rosberg.
E antes de começar a saudade com a chegada das férias da Fórmula 1, que só volta  com o GP da Bélgica, de 23 a 25 de agosto, confira os destaques positivos e negativos do GP da Hungria deste fim de semana, válido pela 10ª etapa da temporada:
Header_O-Cara (Foto: arte esporte)
Lewis Hamilton
Senhoras e senhores, Lewis Hamilton está de volta. Oito meses após sua última vitória na McLaren (GP dos EUA, 2012), o campeão mundial de 2008 conquistou seu primeiro triunfo na Mercedes. E com direito a uma atuação de gala. Além de deixar para trás o problema do carro alemão com o desgaste de pneus, o britânico teve como grande mérito a audácia em momentos cruciais da prova. Logo depois de seus três pit stops, livrou-se imediatamente dos rivais à sua frente, ganhando segundos preciosos que fizeram a diferença. No primeiro, deixou seu ex-companheiro Jenson Button para trás. Nos dois seguintes, a vítima foi Mark Webber (RBR), com direito a um “espalhadão” no australiano no segundo duelo. Já Vettel não teve a mesma eficiência. Ficou preso atrás de Button no início e chegou até a se tocar com piloto da McLaren, deixando o caminho livre para Hamilton vencer.
Header_Parabens (Foto: arte esporte)
Lewis chega a marcas importantes
Além de sua primeira vitória na Mercedes, Hamilton obteve outras marcas importantes no fim de semana. Foi seu quarto triunfo em Hungaoring. Ele já havia vencido em 2007, 2009 e 2012. Com isso, torna-se o maior vencedor do circuito, ao lado do heptacampeão Michael Schumacher, que faturou os GPs da Hungria de 1994, 1998, 2001 e 2004. No sábado, já havia alcançado sua 30ª pole postion na carreira, ultrapassando a lenda Juan Manuel Fangio no ranking dos pilotos que mais largaram na frente.
header holofotes (Foto: Arte esporte)
Hamilton dedica vitória à ex, Nicole Scherzinger
Mas Hamilton queria ganhar parabéns de uma pessoa em especial. Queria celebrar a vitória e as marcas com alguém que tanto já comemorou seus feitos nos autódromos: Nicole Scherzinger. Há pouco mais de um mês, o piloto terminou um relacionamento com a cantora, ex-Pussycat Dolls. Mas Hamilton não se deu por rogado, e usou a vitória deste domingo como trunfo para tentar trazer de volta o seu amor. Mesmo sem mencionar o nome da amada, ele admitiu o período difícil que tem passado e abriu seu coração em entrevista às TVs britânicas após a corrida:
- Não tem sido os meses mais fáceis. Só digo que minha família tem me apoiado muito. Parece um pouco estranho sem aquele alguém por aqui. Pensei durante toda minha corrida neste alguém especial. Este é o tipo de corrida que gostaria de dedicar a ela – reconheceu.
montagem nicole scherzinger e lewis hamilton (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)Nicole Scherzinger e Lewis Hamilton terminaram há pouco mais de um mês (Fotos: Getty Images)
header sai da frente (Foto: Arte esporte)
Raikkonen x Vettel
E apesar do travado traçado húngaro, foi um GP recheado de duelos. O principal deles ficou guardado para as voltas finais: a briga pela segunda posição entre Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen, possíveis companheiros de RBR em 2014. Com uma estratégia de uma parada a menos, o finlandês – que havia começado em sexto – estava em segundo. A três voltas do fim, o piloto da RBR tentou dar o bote e retomar a posição de onde havia largado, mas o “Homem de Gelo” jogou duro e segurou o ímpeto do jovem alemão. Vettel achou que o rival lhe fechou e chegou a reclamar com a equipe pelo rádio. No fim, foi pessoalmente falar sobre o incidente e revelou a reação do irreverente finlandês.
- Fui dizer a Kimi que eu não estava feliz, mas ele apenas deu uma risada.
Sebastian Vettel foi tirar satisfações com Kimi Raikkonen após GP da Hungria (Foto: Getty Images)Sebastian Vettel foi tirar satisfações com Kimi Raikkonen após GP da Hungria (Foto: Getty Images)
Header_Ligeirinho (Foto: arte esporte)
Grosjean, o perseguido
Uma das grandes atrações da prova foi Romain Grosjean. O franco-suíço deixou a cautela de lado e mostrou ousadia na disputa por posições e pintava como concorrente pela vitória nas primeiras voltas. No fim, a sexta posição ficou abaixo do esperado. Na mira dos comissários em razão dos inúmeros incidentes do ano passado, acabou levando duas penalidades para casa. Primeiro, recebeu um drive-through (passagem pelos boxes) por usar a parte de fora da pista para completar uma ultrapassagem sobre Massa (veja no vídeo), que, inclusive, considerou a punição exagerada. Além disso, depois da prova recebeu um acréscimo de 20s em seu tempo total em razão de um incidente com Button. Como a diferença dele para o sétimo (o próprio Button) era de 21s, a penalidade não alterou o resultado final da prova.
header momento chave (Foto: Arte esporte)
Massa e o bico quebrado
Felipe Massa não tem boas memórias de Hungaroring. Um acidente gravíssimo em 2009 e uma quebra que lhe tirou uma vitória no ano anterior. E o brasileiro saiu de Budapeste com um discretíssimo oitavo lugar, novamente sem ter o que comemorar. E suas chances de um bom resultado foram embora logo nas primeiras curvas em razão de um toque com Nico Rosberg. Com o bico danificado, evitou trocar nas primeiras voltas para não voltar no meio do pelotão. Entretanto, começou a perder rendimento e se afastar das primeiras posições.  Na sequência, optou por não trocar o a peça nos pit stops, o que acabou custando caro.
- A corrida foi difícil do início ao fim, pois já na primeira volta após tocar com Rosberg, perdi parte da asa dianteira. Naquela hora, se parássemos no boxe para trocar o bico perderíamos um tempo precioso, então decidimos não entrar. Porém, na sequência, o balanço do carro nunca mais foi o mesmo e perdi muito em termos de performance. Sofri muito com saídas de frente e de traseira e meus pneus começaram a degradar mais do que deveriam - justificou o piloto da Ferrari.
Após toque com Nico Rosberg, Felipe Massa perdeu parte do bico de sua Ferrari (Foto: Getty Images)Detalhe do bico quebrado de Felipe Massa (Foto: Getty Images)
header roda presa (Foto: Arte esporte)
Alonso GP Hungria (Foto: AP)Alonso , durante GP da Hungria (Foto: AP)
Ferrari se arrasta
O retrospecto recente da Ferrari em Hungaroring não é dos melhores. Mesmo assim, o desempenho de seus carros neste domingo causou preocupação para o restante do campeonato. Além do resultado discreto de Massa, Fernando Alonso também teve uma atuação apagado. Largou em quinto e em quinto chegou, sem em nenhum momento ameaçar brigar sequer pelo pódio. Pouco para quem almeja disputar o título. Para piorar, o espanhol ainda perdeu a vice-liderança para Raikkonen. Após a corrida, ele desabafou:
- A superioridade da RBR agora é esmagadora, e ainda tem Lotus e Mercedes. Se a Ferrari encontrar peças e eu ganhar três ou quatro corridas, terei chances. Do contrário, será um milagre lutar pelo título do campeonato. Só poderei me divertir - disse o espanhol.
Nesta segunda-feira, justamente no dia de seu aniversário, Alonso tomou um puxão de orelha do presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo.
- Todos os grandes campeões que pilotaram pela Ferrari sempre foram solicitados a colocar os interesses da equipe acima dos seus. Este é o momento de manter a calma, evitar polêmicas e mostrar humildade e determinação para dar sua contribuição, estando junto do time e dos membros, dentro e fora da pista – disse Montezemolo a Alonso.
Header_Fora-da-Pista (Foto: arte esporte)
Alonso na RBR em 2014?
Se na pista, Alonso esteve apagado, fora dela foi o nome que agitou o paddock. Tudo por causa de uma conversa particular de seu empresário, Luis Garcia Abad, com o chefe da RBR, Christian Horner. O jornal alemão “Sport Bild” descobriu o encontro e soltou a bomba: afirmou que o agente negocia a ida do bicampeão para o time austríaco em 2014, no lugar do australiano Mark Webber, que se deixa a categoria no fim do ano. Abad negou a especulação. Já Horner desconversou, mas admitiu que seria interessante uma dupla estelar Vettel/Alonso. Confira o caso completo.
Alonso carro Red Bull (Foto: Getty Images)Estaria Fernando Alonso de olho na RBR para 2014? (Foto: Getty Images)
Arte circuito de Hungaroring, GP da Hungria de Fórmula 1 (Foto: Infoesporte)

Ceni elogia Autuori e alfineta Ney: 'Com comando, fica mais fácil'

Satisfeito com o novo treinador, capitão tricolor lembra que o time terá muito trabalho para se recuperar no Brasileirão, após excursão

Por Marcelo Prado São Paulo
O técnico Paulo Autuori completou nesta segunda-feira o seu 18º dia no comando do São Paulo. São mais de duas semanas de trabalho, mas os resultados estão longe do que a diretoria esperava quando o contratou para substituir Ney Franco. Com o empate por 0 a 0 com o Corinthians, no último domingo, no Pacaembu, o clube interrompeu uma sequência de oito derrotas consecutivas, mas entrou na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro - está em 18º lugar, com nove pontos. Apesar disso, o goleiro e capitão Rogério Ceni afirma que o trabalho do novo técnico está surtindo efeito. Indiretamente, o camisa 1 criticou Ney Franco - o goleiro deixa claro que, com o ex-treinador, o time não tinha comando.
- Agora eu vejo que existe uma pessoa à frente que exerce a liderança. Um cara justo, correto, um grande profissional que está tentando resgatar algo que perdemos. Quando você tem alguém no comando, tudo fica mais fácil. Não acho que apenas a saída de um ou outro é que faz a diferença, mas o grupo está se aproximando do que deve ser. Jogamos com alma e coração contra o Corinthians. Faltou qualidade ofensiva - disse.
Rogério deixa claro que, mesmo com a chegada de Autuori, o time tem muito a melhorar, principalmente porque reencontrará um panorama totalmente desfavorável quando retornar ao Brasil, dentro de 12 dias - a delegação viaja nesta segunda-feira para uma série de amistosos na Alemanha, Portugal e Japão.
rogerio ceni são paulo (Foto: Marcelo Prado)Rogério Ceni diz que excursão será importante para
unir o grupo (Foto: Marcelo Prado)
- Futebol não é mágica. Não se resolve tudo com um estalar de dedos. Vai demorar para chegarmos ao ponto que todos querem ver o São Paulo. Estamos primeiro estancando o vazamento para depois buscar a recuperação. Quando retornarmos, muito provavelmente estaremos na lanterna, com quatro ou cinco pontos atrás do primeiro time fora da zona de rebaixamento. A tarefa não será fácil - avisou o goleiro, lembrando que o Tricolor tem até dois jogos a mais que a maioria dos concorrentes (veja a tabela do Brasileirão)
Apesar da agenda corrida, Rogério vê pontos positivos na viagem.
- Ganharemos em convivência durante os dias. Temos de aproveitar ao máximo treinamentos e jogos para que possamos estar mais próximos um do outro. Trabalhar e trazer coisas positivas que possam durar até dezembro. O Paulo, mesmo com um curto espaço de tempo, consegue fazer atividades importantes para o crescimento da equipe - finalizou o camisa 1.
O São Paulo inicia sua excursão na Alemanha. Na quarta-feira, enfrenta o Bayern de Munique, pela Copa Audi. No dia seguinte, ganhando ou perdendo seu primeiro jogo, a equipe voltará a campo pelo mesmo torneio - enfrentando Milan ou Manchester City . Na sequência, o grupo viaja para Portugal, onde encara o Benfica, no sábado, pela Copa Eusebio. Para fechar, no dia 7 de agosto, o rival será o Kashima Antlers, no Japão, pela Copa Suruga.

Concessionária do Maracanã estuda voltar com modelo tradicional da rede

Conhecida como 'véu de noiva', famosa rede tem grandes chances de retornar ao campo. Em eventos da Fifa, atual será recolocada no lugar

Por Felippe Costa Rio de Janeiro
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Reformado para a disputa da Copa das Confederações e Copa do Mundo de 2014, o Maracanã está diferente, inclusive dentro de campo. Por padrão da Fifa, o modelo de rede tradicional, que caía de forma inclinada no gramado, acabou substituído por uma com acabamento retangular. O fato causou a revolta de muitos torcedores e, mesmo com a demora, surtiu efeito. A Concessionária Complexo Maracanã Entretenimento S.A, vencedora da licitação, já estuda voltar com as antigas traves.

Conhecida como "véu de noiva", a rede acabou tornando-se uma característica do estádio e ficou marcada por momentos históricos. Para que isso seja feito, as traves deverão ter um formato diferente. As antigas tinham uma haste nos cantos superiores, de aproximadamente 40 cm, que apoiava a rede e fazia com que ela caísse na diagonal e estufasse na hora do gol.
maracanã mosaico redes (Foto: Editoria de Arte)Maracanã com suas últimas redes. Véu de noiva deve voltar ao estádio (Foto: Editoria de Arte)
Se tudo ocorrer como planejado, as novas redes já estarão instaladas para os jogos do Campeonato Brasileiro no mês de agosto. Apenas em eventos da Fifa, as "quadradas" serão recolocadas no lugar. Após críticas quanto ao alto valor dos ingressos, a Concessionária Complexo Maracanã Entretenimento S.A sabe que essa mudança será favorável para ela.

Antes da Copa das Confederações, a Fifa justificou a troca alegando que seria importante manter um padrão em seus torneios, seja no Brasil ou em qualquer outro país.

- Os padrões da Fifa para jogos de futebol, inclusive no que diz respeito às redes, estão disponíveis no guia “Regras do Jogo”. Para a Fifa, é importante sempre manter a consistência dentro de campo, seja nos campos oficiais da Copa do Mundo da Fifa ou nos Centros de Treinamento, seja no Brasil ou em qualquer outro país – informou a entidade em nota.

Análise: entrada de Adryan desperta Elias e Fla e vira clássico ao avesso

Movimentação do meia na transição e na armação muda time rubro-negro após início preso. Botafogo faz escolha errada e paga alto preço

Por André Casado Rio de Janeiro
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No Maracanã, em casa ou nos bares, torcedores do Botafogo, inconformados, devem ter se perguntado após o apito final no clássico: como é possível um time que dominou o rival no primeiro tempo sofrer tanta pressão nos 45 minutos finais? A resposta no futebol pode vir de várias formas. No caso desse domingo, a movimentação de Adryan, que entrou no intervalo, foi fundamental ao Flamengo para virar o jogo ao avesso (confira no vídeo amostras dos erros e, depois, acertos). Dinâmico, o jovem meia fez o que outros três não conseguiram. De quebra, abriu espaço para Elias ser o elemento-surpresa que atormentou a defesa alvinegra.
A dupla, somada, fez nove arrancadas que terminaram em conclusão a gol ou lance de perigo, reduziu o índice de passes errados e elevou o número de chutes do Flamengo de dois na etapa inicial para 16 no segundo tempo. Por ironia, o gol, tão perto de sair em outros momentos, foi marcado apenas nos acréscimos, depois que dois do mesmo Elias foram anulados.
O técnico Mano Menzezes vem insistindo com a formação de três meias com a função de municiar Marcelo Moreno, esquema de que Oswaldo de Oliveira já não abre mão no Botafogo há um ano e meio. Mas, invariavelmente, falta o armador, aquele que carrega a bola e pensa mais nas jogadas. Ainda irregular, Adryan mostrou no domingo que suas caracteristicas se encaixam mais na função do que as de Paulinho, Gabriel e Carlos Eduardo, apáticos quando encontram uma marcação acirrada como a alvinegra.
Um abismo se abria a cada vez que o Flamengo tentava sair. E os lançamentos aleatórios se multiplicavam. Não foi raro ver um dos três cercado por até três rivais e acabar desarmado. Em um dos momentos, já irritado com a falta de produção, Carlos Eduardo desistiu de ir atrás de Dória ao perder uma disputa. Um grupo de torcedores logo o criticou, chamando a atenção até de Mano atrás do banco de reservas. O comandante se aproximou da linha lateral a passos largos e deu um puxão de orelha no jogador, exigindo que corresse mais. Curiosamente, o camisa 20 permaneceu em campo, e Gabriel foi o sacado.
  • números
    finalizações
    Apático e envolvido pelo Botafogo, o Flamengo terminou o primeiro tempo com apenas duas conclusões a gol. Na segunda etapa, conseguiu 16.
  •  
    Vitinho
    O alvinegro foi responsável por alguns números de destaque. Foi quem mais errou passes (seis das 16 tentativas) e cometeu faltas (cinco) no jogo.
  •  
    Elias
    Um dos destaques do jogo, o rubro-negro errou apenas um de seus 50 passes, roubou quatro bolas e sofreu cinco faltas (cometeu duas).
Ataque alvinegro passeia na direita
No primeiro tempo, o Botafogo tinha o mapa da mina pelo lado direito de ataque. Ágeis tabelas e passagens pelo fundo não foram impedidas. González e, principalmente, João Paulo e Diego Silva formaram uma avenida, que por pouco não comprometeu o jogo. Dali surgiram as melhores (e quase todas as) jogadas da equipe, com Gilberto, Vitinho e Rafael Marques. Seedorf e Lodeiro, notando a facilidade, de vez em quando se deslocavam para participar.
Na etapa final, Mano corrigiu a deficiência ao sacar Diego Silva para colocar Luiz Antonio, outro que ajudou na qualidade do passe e desafogou a parte ofensiva com avanços até a intermediária que atraíam a marcação. Houve também mais um fator: a saída precoce de Vitinho, aos 18 minutos do segundo tempo. O jovem, que puxava os contragolpes, viu o volante Renato assumir seu lugar e transformar as virtudes ofensivas em receio.
Recuo excessivo compromete
Não era final de campeonato ou mata-mata, mas o Botafogo se comportou como se fosse: se livrou da bola no terço final do clássico e chegou a ter os 11 homens em seu campo por pelo menos cinco vezes. Seedorf, de 37 anos, era o mais adiantado e lutava para segurar a bola, já que Rafael Marques ajudava nas jogadas aéreas com sua estatura.
Oswaldo de Oliveira tentou justificar, se disse sem opções, mas, aparentemente contrariado com o recuo excessivo, revelou que pediu ainda mais pressão no contato com os atletas no vestiário. O que se viu, no entanto, foi exatamente o oposto.
- Não houve orientação, insisti para que continuássemos pressionando. Eu tinha que escolher. Tinha que botar o Elias? Mas ia tirar quem? Não podia jogar com 12. O Rafael tira as bolas altas. Eu ia tirar o Seedorf? O Renato entrou com essa função e conseguiu em alguns momentos articular jogadas. Por três vezes tivemos chance de marcar. Mas uma bola entrou no meio da nossa defesa... coisas que acontecem - lamentou o treinador.
Artilheiro sem inspiração
Marcelo Moreno foi contratado para fazer os gols do Flamengo. No Brasileirão, isso não acontece há três rodadas. Nesse domingo, não faltaram bolas que cruzaram a área alvinegra, principalmente no segundo tempo. Mas ele encontrou obstáculos para sua performance. Primeiro, faltaram-lhe inspiração e até sorte. Diferentemente de Rafael Marques do outro lado, o boliviano perdeu a maioria das divididas, chegou atrasado em outras e teve apenas duas oportunidades. Além disso, precisou se afastar da área ao perceber a dificuldade do time, sacrificando-se e fazendo o pivô.
Preciocismo e precipitação do Bota
Se o Bota não conseguiu aumentar sua vantagem no primeiro tempo, parte da responsabilidade pode ser atribuída a Vitinho. Após roubadas de bola ou contra-ataques bem encaixados, o meia-atacante jogou fora pelo menos duas bolas em que havia um companheiro em melhor condição. Levou as mãos à cabeça e ouviu muitas reclamações. As tentativas começaram com dribles bonitos e tiveram um tom de preciosismo e precipitação.
Rafael Marques entrou para a turma e fez o mesmo em outro lance. O destaque foi que seu chute foi deferido da intermediária, sem a menor necessidade, e saiu de mansinho, longe do gol de Felipe. Já Seedorf foi solidário até demais: tocou até quando poderia ter arriscado.
Análises rápidas:
* Adryan, em 45 minutos, finalizou cinco vezes a gol, igual a Rafael Marques, do Botafogo. Paulinho, Gabriel e Carlos Eduardo, somados, tiveram apenas duas. E ambas do primeiro, sendo que em uma a bola foi parar na arquibancada.
* Rafael Marques recebeu ordens de ficar na defesa na metade final do segundo tempo. Como o Flamengo pressionava com muitos cruzamentos e teve diversos escanteios, o atacante de 1,89m inverteu de posição com Seedorf. Quando avançava, ouvia: "Segura, Rafael".
* Léo Moura só foi à linha de fundo uma vez no primeiro tempo. Coube a Carlos Eduardo esse papel. Mesmo que os ataques alvinegros tenham saído pouco por seu lado, o lateral evitou a exposição. Na etapa final, a estatística aumentou para quatro idas à linha de fundo, mas apenas uma bola terminou em finalização.
* Os chutões para frente no primeiro tempo renderam a González quatro erros de passe. Após o intervalo, com o time tocando mais a bola, o chileno do Flamengo teve zero falha nesse quesito.

análise tática Flamengo X Botafogo (Foto: arte esporte)