Aliviado, Cielo afasta pressão: 'Entro nos 50m livre mais para competir'
Depois do ouro nos 50m borboleta, nadador brasileiro evita criar muitas expectativas para a conquista do tricampeonato na sua principal prova
- Estou muito mais aliviado. Entrei nessa competição para tentar representar o Brasil da melhor forma possível. Agora entro nos 50m livre mais para competir e tentar fazer o meu melhor, sem aquela pressão de ter que dar desculpa. Imagina se eu ficasse em quinto lugar e falasse que o meu joelho doeu. O pessoal poderia achar que eu estava dando desculpa. Mas, graças a Deus, não tem desculpa, não. Espero que nos 50m livre venha mais medalha - disse Cielo, que disputa as eliminatórias da prova mais rápida da natação na próxima sexta-feira pela manhã.
Cielo comemora o bicampeonato mundial nos 50m borboleta, em Barcelona (Foto: AP)
Mesmo somando em seu currículo três medalhas olímpicas e quatro
mundiais (em piscina longa), Cielo estava nervoso na final dos 50m
borboleta nesta segunda. O resultado inferior ao que tinha programado
para Londres, ao sair com uma medalha de bronze nos 50m livre, e a
dúvida se conseguiria voltar a ser tão veloz depois das cirurgias nos
dois joelhos, pesaram até subir ao bloco de partida do Palau Sant Jordi.
Mas, quando o árbitro geral deu a largada, o brasileiro esqueceu de
tudo.- Anos atrás eu ficava nervoso e sentia minha mão tremendo, minha perna tremendo. Dessa vez, fiquei nervoso e fiquei com aquela briga interna de pensamentos. Ao mesmo tempo que eu estava nervoso, ficava me perguntando o motivo de estar nervoso. Foi uma conversa interna meio maluca - contou Cielo, que agora soma dez medalhas em mundiais, contando as disputas em piscinas curtas e longas.
Brasileiro ficou nervoso antes da largada, mas conseguiu bater na frente (Foto: Agência AP)
O ouro tirou alguns quilos das costas do nadador. Foi a prova que
precisava de que está recuperado da cirurgia nos dois joelhos, realizada
em setembro do ano passado. Só a dor que ainda insiste em permanecer
com ele.- Está doendo agora. Durante a prova, tem tanta adrenalina que você acaba não sentindo nada. Para dizer a verdade, hoje eu nem senti a água. Parecia que estava nadando em uma geleia, em um óleo, sei lá - brincou.
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