domingo, 29 de abril de 2012

Com dois de 'curinga', Guarani bate Ponte no dérbi e pega Santos na final
Medina substitui Fumagalli ainda no primeiro tempo, faz dois gols no segundo tempo e comanda classificação bugrina à decisão do Estadual
 
 
A CRÔNICA
por Murilo Borges
O representante de Campinas na decisão do Campeonato Paulista veste verde e branco. Mas, ao contrário do que esperavam os pouco mais de 13 mil bugrinos que estiveram neste noite de domingo no Brinco de Ouro, a classificação à final não passou pelos pés do maestro Fumagalli. Machucado e substituído ainda no primeiro tempo, o camisa 10 deu lugar ao reserva Medina, que, em minutos, passou de desacreditado à herói da classificação. Com um gol de Fábio Bahia e dois do lateral, o Guarani derrotou a Ponte Preta por 3 a 1, de virada, e decide o título estadual contra o Santos.
Esta será a segunda final de Paulista da história do Guarani, que, em 1988, perdeu para o Corinthians, no Brinco de Ouro, gol marcado por Viola na prorrogação. Depois de vencer o Palmeiras no Brasileiro de 1978 e ser derrotado por São Paulo (Brasileiro de 1986) e Corinthians, o Bugre fecha o "ciclo" de finais ante os grandes contra o Santos, que neste domingo passou pelo São Paulo.

A vaga na final coroa o momento de 'ressureição' do Bugre. Na temporada passada, o time quase caiu para a Série C do Brasileiro. Os jogadores ficaram sete meses sem receber salários. Houva cassação do mandato do então presidente e, no início deste ano, Oswaldo Alvarez foi contratado com a missão de montar um time às pressas. Deu certo. Desde o início do estadual, o Bugre esteve  nas primeiras colocações. Fechou a primeira fase em quarto, à frente do Palmeiras, e voltou a brilhar contra o Verdão, nas quartas, ao vencer por 3 a 2.
fabio bahia guarani gol ponte preta (Foto: Gustavo Tilio / Globoesporte.com)Bugrinos comemoram gol de Fábio Bahia: Guarani está na decisão (Foto: Gustavo Tilio / Globoesporte.com)
Nos próximos dois finais de semana, o time de Oswaldo Alvarez tentará o primeiro título paulista de sua história. A Federação Paulista de Futebol anunciará na quarta-feira os locais dos duelos - o Peixe sugere duas partidas no Pacaembu, mas o Guarani fará de tudo para mandar a primeira em Campinas. Na primeira fase, curiosamente, o Peixe foi o único a vencer o Guarani no Brinco: 2 a 0, gols de Arouca e Ibson.
A vitória no dérbi também deixa o time alviverde ainda mais em vantagem sobre o arquirrival. Em 189 clássicos, o Guarani tem 66 vitórias e a Ponte, 60 - houve ainda 62 empates e um resultado desconhecido, justamente no primeiro encontro entre os times, em 24 de março de 1912.
Se o Guarani tem motivos de sobra para festejar - o time quebrou o jejum de dois anos sem vencer um dérbi e mantém a invencibilidade do técnico Oswaldo Alvarez no clássico -, o mesmo não acontece com a Ponte Preta. Empolgada após passar pelo Corinthians no Pacaembu, a Macaca perde a chance de alcançar sua quinta decisão de Paulista.
Eliminada nas semifinais após passar pelo Corinthians nas quartas, a Ponte agora foca suas atenções na disputa da Copa do Brasil, onde pegará o São Paulo nos dias 2 e 10 de maio, pelas oitavas de final. No Brasileiro, o time estreia dia 20 de maio, contra o Atlético-MG, em Campinas.
Lance do jogo entre Guarani e Ponte Preta (Foto: Gustavo Tilio/ Globoesporte.com)Oziel e Renato Cajá disputam bola no clássico de
domingo (Foto: Gustavo Tilio/ Globoesporte.com)
Bugre perde Fumagalli, mas manda no jogoO nervosismo tomou conta das equipes nos minutos iniciais da partida. Mais tenso do que o adversário, pelo fato de ter a maior parte da torcida, o Guarani errou muitos passes entre a defesa e o meio-campo, proporcionando perigo à Ponte. Logo no primeiro minuto, Roger recebeu na área e tentou o chute, mas a bola, prensada por Domingos, ficou fácil para Emerson.
Já mais calmo, o Guarani naturalmente tomou conta da partida. Aproveitando que Éwerton Páscoa vigiava todos os passos de Renato Cajá, o Bugre passou a incomodar, especialmente nas costas de Guilherme e Uendel. Oziel pela direita e Fabinho pela esquerda infernizaram a defesa alvinegra. A esperança alviverde era nas bolas altas.
Aos 17 minutos, Fumagalli lançou Fabinho em profundidade. O atacante passou como quis por Guilherme, perdeu a hora do chuta e rolou para Fumagalli, que, de primeira, arriscou o chute. A bola saiu pela linha de fundo. Em seguida, a melhor chance do Guarani. Novamente Fabinho foi acionado pela ponta esquerda e cruzou para Fábio Bahia, que, de cabeça, tocou para Bruno Mendes livre na área. Bruno Fuso saiu bem do gol e evitou a abertura do placar.
O Bugre controlava a partida e dava sinais de que poderia fazer o primeiro gol a qualquer instante, mas a história da partida mudou aos 28 minutos. Fumagalli tentou jogada pela direita e caiu no gramado. Com dores no tornozelo esquerdo, o camisa 10 e principal esperança do time pediu substituição. Saiu chorando de campo e deu lugar a Medina.
Ponte acorda, faz o primeiro e desespera o GuaraniSem seu principal articulador, o Bugre caiu de produção. Não havia quem parasse a bola no meio-campo ou lançasse Fabinho em velocidade. Melhor para a Ponte Preta, que, logo após de tomar um susto em cabeçada de Domingos, abriu o placar. Renato Cajá se livrou da “sombra” Éwerton Páscoa e deixou Caio livre na área. O meia passou por Domingos e bateu no canto direito de Emerson.
Caio comemora gol da Ponte Preta no dérbi (Foto: Gustavo Tilio/ Globoesporte.com)Caio comemora gol da Ponte Preta no dérbi: meia abre o placar (Foto: Gustavo Tilio/ Globoesporte.com)
Se o desespero já começava a tomar conta das arquibancadas da torcida mandante, a sensação aumentou com o gol. A bola parecia queimar nos pés dos jogadores bugrinos, que se renderam ao nervosismo. Com a cabeça no lugar, a Macaca quase ampliou em cabeçada de Roger, aos 42 minutos. No último lance, Fabinho quase empatou para o Guarani, mas Bruno e a zaga pontepretana afastaram o perigo.
roger ponte preta guarani (Foto: Gustavo Tilio / Globoesporte.com)Roger disputa bola no alto: atacante tem atuação
apagada (Foto: Gustavo Tilio / Globoesporte.com)
Guarani volta bem do intervalo e põe fogo no jogoA volta para o segundo tempo animou novamente os torcedores do Guarani. Mesmo sem alterações, o time voltou completamente diferente para a etapa final e, aproveitando uma bobeira de Rodrigo Pimpão, empatou logo aos oito minutos. Danilo Sacramento disparou como um foguete pelo lado esquerdo e serviu Fabinho, que cruzou. A zaga da Ponte cortou mal e, na sobra, Fábio Bahia bateu no contrapé de Bruno.
A partir daí o Brinco de Ouro deixou o silêncio do primeiro tempo para virar um caldeirão. Se o Guarani mostrava excesso de vontade, a Ponte beirava a sonolência. Por isso, a virada quase saiu aos nove. Danilo Sacramento bateu de canhota e Bruno espalmou. Na sobra, Fabinho tentou chutar entre o goleiro e a trave. A bola explodiu no pau.
Responsável indireto pelo gol de empate do Guarani, Pimpão deixou o campo aos 11 minutos para a entrada de Gerson. A substituição de Kleina visava povoar o meio-campo e aumentar a marcação em Danilo Sacramento. A estratégia pouco funcionou. O camisa 8 do Guarani seguiu perigoso e, ao lado de Fabinho, tornou-se o atleta mais acionado em campo.
medina guarani gol ponte preta (Foto: Gustavo Tilio / Globoesporte.com)Medina chora ao marcar gol: lateral decide o dérbi
(Foto: Gustavo Tilio / Globoesporte.com)
Medina vira herói e garante Guarani na decisão do títuloO segundo gol bugrino estava cada vez mais maduro e o bate-rebate na área da Ponte aos 19 minutos mostrou como seria a partida. Empolgado pelo apoio da torcida, o time de Vadão sufocou a Macaca em sua área e só não marcou porque a defesa afastou a bola de todos os jeitos. Era preciso mudar para sonhar com a vaga na final. Por isso, Gilson Kleina tirou o cansado Caio e apostou em Enrico, que havia sido titular no dérbi da primeira fase.
Nem deu tempo de o meia mostrar serviço. Assim que pisou no gramado, o Guarani puxou contra-ataque. Nome do jogo, Fabinho lançou Danilo em profundidade nas costas de Uendel pela esquerda. De direita, o meia rolou para Medina, que bateu de primeira no contrapé de Bruno e pôs o Bugre pela primeira vez em vantagem no marcador.
A virada acirrou os ânimos do clássico. Se os jogadores já se estranhavam em campo, tudo ficou multiplicado assim que Medina pôs a bola na rede. A Ponte, de centrada no primeiro tempo, perdeu toda a tranquilidade e passou a errar passes fáceis e dar espaço ao Guarani, que quase fez o terceiro aos 29. Neto cabeceou e Bruno fez ótima defesa.
As participações de Bruno foram bem mais frequentes do que as de Emerson, e tudo graças a Fabinho. Depois de decidir nas quartas contra o Palmeiras, o atacante se recuperou da expulsão no dérbi da primeira fase em grande estilo. Do outro lado, Roger foi poucas vezes acionado e Renato Cajá muito bem marcado por Éwerton Páscoa. Mas cabia a outro decidir o clássico.
Aos 41 minutos, Danilo Sacramento encontrou Oziel livre pela direita. O lateral ergueu a cabeça e cruzou na medida para Medina. O baixinho subiu entre os gigantes da zaga da Ponte e desviou no canto direito. Bruno Fuso até tentou tocar nele, mas não impediu o terceiro gol bugrino, para a explosão do Brinco de Ouro.
fabio bahia guarani gol ponte preta (Foto: Gustavo Tilio / Globoesporte.com)Guarani festeja classificação: na final, Bugre encara o Santos (Foto: Gustavo Tilio / Globoesporte.com)

Definidas as quartas de final do Brasileiro sub-23 de Futebol de Areia

Flamengo, Portuguesa, Sport e Vasco estão entre os times classificados para a segunda fase. Rubro-negros do Rio e de Recife seguem invictos

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
8 comentários
Vasco futebol de areia sub-23 (Foto: Rodrigo Molina/Divulgação)Vasco segue no Brasileirão sub-23
(Foto: Rodrigo Molina/Divulgação)
Após três rodadas de classificação, foram definidas as oito equipes da segunda fase do 1º Campeonato Brasileiro sub-23 de Futebol de Areia. Flamengo, Portuguesa, Sport e Vasco estão entre os times que disputarão as quartas de final do torneio. Todos os confrontos serão realizados neste domingo, no estádio da Gávea, na zona sul do Rio de Janeiro. Os rubro-negros carioca e de Recife são os únicos invictos da competição.
Os classificados são: Flamengo (RJ) e Asa (AL), pelo Grupo A, Sport Recife (PE) e Bahia (BA), pelo B, e Messejana (CE) e Vasco da Gama (RJ), pelo C. Já Palmas (TO) e Portuguesa (SP) seguem no torneio como melhores terceiros colocados. Botafogo (RJ), Confiança (SE), Avaí (SC) e Aruc (DF) estão eliminados.
Confira os confrontos das quartas de final do Brasileiro sub-23 de Futebol de Areia:
8h – Flamengo x Palmas
9h15m – Sport Recife x Portuguesa
10h30m – Messejana x Bahia
11h45m – Asa x Vasco da Gama
As semifinais serão disputadas na segunda-feira (30) e a decisão será na terça, feriado do dia do trabalho.
Coisa de Loco: Botafogo atropela o Vasco e conquista a Taça Rio
Vitória de 3 a 1 sobre o Vasco no Engenhão, com dois gols de Loco Abreu, coloca o Botafogo na decisão do Campeonato Carioca, contra o Fluminense
 
 
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
É coisa de louco chegar a maio invicto, ganhar a Taça Rio com um atropelo sobre o Vasco, ir à decisão do Campeonato Carioca com sobras. É coisa de Loco. De Loco Abreu. Com dois gols do uruguaio, o Botafogo venceu o Vasco por 3 a 1 neste domingo, no Engenhão, e conquistou o segundo turno do Estadual - primeira taça erguida pelo clube no estádio. Maicosuel fez o outro. Carlos Alberto descontou.
O Alvinegro agora encara o Fluminense, campeão da Taça Guanabara, na finalíssima do Rio de Janeiro. Ao Vasco, resta remoer o jejum. Os cruz-maltinos não vencem o Estadual desde 2003. Desde então, só ganharam um turno, na temporada seguinte.
Botafogo e Fluminense reeditam a semifinal do primeiro turno, único momento de derrota do Alvinegro em 2012. Após empate por 1 a 1 no tempo normal, os tricolores ganharam nos pênaltis, por 4 a 3. Os dois jogos da final são nos próximos domingos, no Engenhão. As equipes não decidem o Estadual desde 1975 – quando a final teve um triangular, também com a presença do Vasco.
loco abreu botafogo gol vasco (Foto: Fernando Soutello / Agif)Coisa de Loco: Botafogo ganha com dois gols do goleador (Foto: Fernando Soutello / Agif)
Enlouquecido
Loco Abreu acorda antes dos zagueiros do Vasco. E também vai dormir depois deles. Quando o primeiro tempo mal despertava, lá estava o uruguaio deixando sua primeira marca; quando o primeiro tempo se espreguiçava rumo ao final, lá estava o uruguaio fazendo mais um. A vitória parcial do Botafogo foi responsabilidade, em grande parte, do centroavante cabeludo. E culpa, em outra fatia gorda, dos bocejos da zaga do Vasco.
A ausência de Dedé voltou a ser um golpe duro para o Vasco. É uma zaga com ele e outra radicalmente diferente, para pior, sem ele. A exemplo do que aconteceu no domingo passado, na vitória de 3 a 2 sobre o Flamengo, a equipe cruz-maltina foi vazada muito cedo. Com três minutos, a bola saiu pela lateral e foi rapidamente reposta por uma gandula. Maicosuel logo cobrou para Márcio Azevedo, que prontamente acionou Loco Abreu. Era moleza. Ele deu um toque leve na bola para colocar o Botafogo na frente, completando uma corrida de 90 metros, de uma área até a outra, e dando sucesso a uma jogada muito treinada por Oswaldo.
A diferença em relação ao clássico com o Flamengo é que, desta vez, o Vasco não soube reagir ao gol levado precocemente. E isso por causa da competência do Botafogo. O quinteto de meio, teoricamente ofensivo, com apenas um volante daqueles de carteirinha, soube congestionar as saídas do adversário para o ataque. Felipe foi a única válvula de escape, buscando Eder Luis para tabelamentos, enquanto Alecsandro aguardava bolas que não chegavam nunca.
Até a metade do primeiro tempo, o Botafogo esteve mais inclinado a ampliar do que o Vasco esteve de empatar. A zaga cruz-maltina falhou muito. Aos 20 minutos, houve um lance emblemático. Após cruzamento para a área, Fábio Ferreira desviou de cabeça e Loco Abreu completou, acossado apenas pelo goleiro Fernando Prass, que conseguiu defender. A situação seria repetida mais tarde. Com um final bem diferente.
O Vasco deu sinais de vida depois da parada técnica. Tentou com Alecsandro – muito mal, de canela. Arriscou com Eder Luis, duas vezes, ambas para fora. Ameaçou em cobranças de falta, com Fellipe Bastos e Diego Souza. E nada...
Do outro lado, Loco Abreu estava de olhos bem abertos. Era o último giro dos ponteiros no primeiro tempo. Elkeson alçou a bola na área, Fábio Ferreira desviou de cabeça e o uruguaio completou, em um repeteco daquele lance ocorrido 25 minutos antes. O Botafogo, enlouquecido com seu camisa 13, fechava o primeiro tempo com 2 a 0.

Confirmação
A largada do segundo tempo deu o aviso de que o Vasco buscaria a reação. Aviso falso. Com Juninho Pernambucano no lugar de Alecsandro e Allan na vaga de Felipe, o time comandado por Cristóvão Borges ameaçou. Fellipe Bastos acertou pancada no travessão. Eder Luis chutou com perigo. A pressão era prenúncio de gol. Do Botafogo...
Aos nove minutos, o zagueiro Antônio Carlos, do campo de defesa, se posicionou para cobrar uma falta ofensiva do Vasco. Parecia mais um daqueles chutões despretensiosos. Não era. A bola sobrevoou o campo e foi na direção de Maicosuel. Fagner, na marcação, ficou a ver navios. Foi encoberto pela bola, que caiu nos pés do meia alvinegro, disposta a encontrar a rede. O Mago avançou na direção da área e desviou de Prass. Era o terceiro gol do Glorioso. Era o fim até para o Vasco, tão acostumado a viradas.
A entrada de Carlos Alberto foi a última cartada do Vasco. E uma das poucas ações de sucesso da equipe da Colina no clássico. O jogador entrou bem, tabelou com Rodolfo e fez, aos 35 minutos, o único gol vascaíno.
Naquele momento, o Botafogo já cozinhava o relógio em água morna. O Glorioso foi com tranquilidade para a final. E invicto. E com um centroavante enlouquecido.
'Moleque atrevido', Neymar faz três, Santos bate São Paulo e vai à final
Com grande atuação, atacante desequilibra clássico bem disputado, dança, homenageia Juary e garante quarta final consecutiva do time no Paulistão
 
 
A CRÔNICA
por Alexandre Lozetti
"Quem foi que falou que eu não sou um moleque atrevido?". A voz do sambista Jorge Aragão ecoou no saguão do Morumbi quando Neymar desceu do ônibus e caminhou para o vestiário. O craque ouvia e se inspirava. Tanta gente boa em campo, mas ninguém com seu poder de decisão. A vitória do Santos por 3 a 1 sobre o São Paulo, que resultou na a classificação para a final do Campeonato Paulista, tem o carimbo de Neymar.
De um Neymar centenário. Mais que centenário. O gol 100, de pênalti, teve comemoração discreta. Sem dancinhas, sem tchu, sem tcha... Seriedade de um clássico muito bem jogado pelas equipes. No gol 101, homenagem a Juary, atacante dos anos 70 e 80 que viu sua marca ser exterminada pelo gol 102, marcado com a colaboração de Denis e festejado, aí sim, com o gingado da certeza da vaga.
"Respeite quem pôde chegar onde a gente chegou". O verso da música também explica o Santos, na decisão pelo quarto ano consecutivo. Explica Neymar, que já chegou longe e parece não ter limites. E explica o São Paulo, que chegou aonde podia. Com bons jogadores, mas frágil defensivamente durante todo Paulistão, foi eliminado com boa atuação, mas sem um moleque tão atrevido assim.
O Santos vai a Campinas no próximo domingo para abrir a decisão contra Guarani ou Ponte Preta, que se enfrentam às 18h30 no Brinco de Ouro. Ao São Paulo, resta a Copa do Brasil. Na próxima quarta-feira, no Moisés Lucarelli, o time fará o primeiro jogo das oitavas de final contra a Ponte.
paulo miranda são paulo alan kardec santos (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Paulo Miranda derruba Alan Kardec: pênalti para o Santos (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Gol logo no início
O São Paulo finalizou mais (7 a 5), levantou mais bolas (11 a 2), teve mais escanteios (4 a 0), e provou que quantidade não é qualidade. O Santos precisou de pouco tempo e poucos toques na bola. Cada um em sua especialidade. Adriano roubou a bola, Neymar clareou a jogada, Arouca avançou e tocou para Alan Kardec ser derrubado por um estabanado Paulo Miranda, que manteve a regularidade de falhas da primeira fase. De azul, de pênalti, aos três minutos, Neymar fez o 118º da carreira, somando gols por Santos e Seleção Brasileira.
Quando o melhor time do país, dos garotos craques, abre o placar tão cedo, a impressão de domínio e goleada é inevitável. Engano de quem pensou que o Tricolor fosse se acuar. Trocou passes com velocidade no meio, usou bem Cortez pela esquerda, mas esbarrou na trave após cabeçada de Paulo Miranda e na dificuldade quase comovente de Willian José em dominar a bola.
Campo aberto, cheio de espaços, ótimo para quem sabe jogar. Novamente em poucos toques, Ganso e Neymar deram de canela na teórica superioridade são-paulina, e de chapa, mostraram a verdade na prática. Aos 31, o meia dominou e lançou para o atacante, que deixou Paulo Miranda para trás e tocou na saída de Denis.
denis são paulo edu dracena santos (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Edu Dracena, Paulo Miranda e Denis disputam pelo alto (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
São Paulo presiona, Denis falha, Peixe mata o jogo
No clássico da fase de classificação, Rodrigo Caio havia tomado cartão amarelo no primeiro tempo, não saiu, e foi expulso no segundo. Emerson Leão aprendeu a lição. Dessa vez, tirou o amarelado Piris e colocou justamente Rodrigo Caio para marcar Neymar. A outra substituição foi tradicional: Fernandinho no lugar de Jadson.
Pobre do torcedor que se atrasou no banheiro ou na pipoca no intervalo. Não viu Paulo Miranda dar joelhada na bola e perder gol incrível. Não viu Neymar (sim, é verdade!) acertar a trave com Denis deitado no chão. Não viu o gol anulado de Alan Kardec, após falta de Edu Dracena em Paulo Miranda.Talvez não tenha visto Willian José, após bela jogada de Lucas, chutar por cima. Mas teve tempo de ver o centroavante se redimir. Impedido, recebeu de Casemiro, ajeitou para o pé esquerdo e bateu firme. Vacilo do bandeira, festa nas arquibancadas do Morumbi.
A pressão esfriou. O Santos, mesmo tendo que trocar Rafael, lesionado, por Aranha, equilibrou a posse de bola, a torcida passou a gritar mais baixo e Neymar teve ajuda inesperada para, pela terceira vez em 2012, fazer três gols num jogo. Ajuda de Denis, que deixou a barba crescer para impor respeito. Não impôs. As mãos fraquejaram no chute do craque e todos passaram a esperar o apito final. A expulsão de Cícero em falta sobre o camisa 11 só serviu para dar tempero à sua atuação.
Faltam dois jogos para o Santos conquistar o tricampeonato paulista consecutivo, fato que não se repete com ninguém desde 1969, quando o time da Vila levantou a taça pela terceira vez. Contra o tabu, há Ganso, há o vencedor Muricy Ramalho e, acima de todos, há Neymar.
neymar santos são paulo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Neymar faz tripleta e garante o Santos na final (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Inter vence o Grêmio, conquista a Taça Farroupilha e decide o Gauchão

Dátolo e Fabrício marcaram os gols da vitória colorada no Beira-Rio

Por Diego Guichard Porto Alegre
24 comentários
Em uma partida nervosa, repleta de reclamações, o Inter venceu o Grêmio por 2 a 1 em partida disputada na tarde deste domingo, no Beira-Rio. Com isso, conquistou a Taça Farroupilha e ganhou o direito e disputar a final do Gauchão diante do Caxias. O jogo foi caracterizado por uma discussão após cobrança ensaiada de escanteio para o Inter, o que irritou Vanderlei Luxemburgo e resultou na expulsão do treinador. Dátolo e Fabrício marcaram os gols colorados, enquanto Werley descontou para os gremistas.

Passado o Gre-Nal, o Inter ganha a semana livre para se preparar para o primeiro jogo da decisão do Gauchão. A partida ocorre no próximo domingo, no Centenário. Fora do regional, o Tricolor se foca na Copa do Brasil. Na quarta-feira, enfrenta o Fortaleza, no Estádio Presidente Vargas, pelo jogo de ida das oitavas de final.

O Grêmio fez mistério literalmente até o último minuto. Vanderlei Luxerburgo somente liberou a escalação no exato momento em que o time ingressou no gramado, o que deve gerar multa para o clube. Para se ter uma ideia, até mesmo o anúncio oficial no telão do Beira-Rio foi o time errado (Julio Cesar, lesionado, foi anunciado erroneamente entre os titulares).

- O que ganha jogo é trabalho. Isso faz parte do jogo. Se eu fosse jornalista, estaria achando do cacete. Vocês estão discutindo a escalação até agora – brincou Luxemburgo, enquanto todos os jogadores (incluindo o banco) estavam no gramado para a foto oficial.
Dátolo comemora o gol contra o Grêmio (Foto: Diego Guichard/Globoesporte.com)Dátolo comemora o gol contra o Grêmio (Foto: Diego Guichard/Globoesporte.com)
Sem D’Alessandro e Dagoberto, lesionados, além de Oscar, impossibilitado de atuar, Dorival Júnior manteve o sistema da equipe, com Jajá, Tinga e Dátolo na linha de três armadores. Já o zagueiro Jackson foi improvisado na lateral-direita, na função do suspenso Nei, com o objetivo de frear os avanços de Miralles. O curioso é que o árbitro Márcio Chagas convocou uma reunião com os bandeirinhas para evitar as cobranças de escanteio ensaiadas.

A partida iniciou com seis minutos de atraso. Com a bola rolando, o lado azul iniciou a partida propondo as ações, com marcação adiantada. No entanto, o Inter era mais agudo e teve as primeiras chances de gol, em duas cabeçadas de Leandro Damião. Em ambas, Victor se mostrou seguro nas defesas.

A partir de então a partida entrou em um estado de hiato de poucas emoções e concentração de jogadas no centro do campo. Eram erros excessivos de passes, lançamentos para área adversária, faltas e reclamações. Um jogo feio, em que as oportunidades de gol eram praticamente inexistentes.

Dátolo abre o marcador

datolo internacional gol grêmio (Foto: Carlos Eduardo de Quadros / Agência Estado)Primeiro gol do Inter foi marcado pelo argentino Dátolo (Foto: Carlos Eduardo de Quadros / Agência Estado)
Quando a partida era carente de emoção, surgiu o pé de Dátolo para abrir o marcador. Aos 36 minutos, Tinga lançou para a área, Damião não conseguiu dominar e Gabriel, ao invés de afastar de balão, saiu jogando errado para a própria área. A bola sobrou frontal, limpa para o camisa 23 bater seco para as redes. O argentino se redimia então do pênalti desperdiçado contra o Fluminense. Deu um soco no ar e comemorou sozinho, frente a torcida.

O primeiro tempo gremista teria passado virgem em conclusões a gol, se não fosse uma cobrança de falta fechada de Fernando, da intermediária, em que Muriel afastou de soco. A resposta colorada foi imediata. Jajá lançou Tinga na área e, sob pressão de Marco Antônio, conseguiu apenas desviar fraco, sem maior pretensões.

Mudanças providenciais


Com a fraca postura ofensiva no tempo inicial, Luxemburgo voltou do intervalo com o ataque modificado. Miralles e André Lima deixaram o gramado para os ingressos de Marcelo Moreno e Marquinhos.

O primeiro chute real do Grêmio na partida ocorreu somente aos três minutos do segundo tempo, quando Pará fez jogada individual na ponta esquerda, se livrou da marcação de Jackson e arriscou alto sobre a meta. Logo depois, foi a vez de Moreno cabecear fraco para o gol.

O Tricolor ganhava ousadia, enquanto o Inter trocava passes na defesa sem objetividade. Aos nove, Moledo recuou fraco para Muriel e acabou cometendo falta frontal em Moreno. Fernando realizou a cobrança com maestria e a bola só não entrou porque teimou em rebater na trave esquerda de Muriel. Só que o zagueiro Werley estava postado quase na pequena área para pegar o rebote e igualar a partida.

Confusão com o gandula

Antes da partida, Márcio Chagas havia solicitado que os gandulas não ajeitassem a bola para cobranças de escanteio ensaiadas. Não aconteceu. Aos 19, alguém ajeitou a bola para cobrança rápida de Dátolo e o juiz anulou a cobrança. Só que Luxemburgo saiu enfurecido para cima do gandula, o que gerou empurrões e um princípio de confusão que resultou na expulsão do treinador gremista.

Por coincidência, o segundo gol colorado saiu em nova cobrança de escanteio, mas sem gandulas envolvidos. Após cobrança de Jajá, Fabrício subiu no meio da área e desviou para as redes. Foi aos 31 do segundo tempo.

A vantagem deu moral ao time vermelho. A equipe ganhou as ações de jogo e seguiu no campo ofensivo. De fora da área, Jajá ainda teve nova chance de ampliar o placar.

Coelho faz 2 a 1 no Cruzeiro e, no ano do centenário, joga finais com Galo

Jogo ficou empatado até os 47 minutos do segundo tempo, mas Fábio
Júnior fez o gol que garantiu o América-MG, após dez anos, nas finais

Por Marco Antônio Astoni Sete Lagoas, MG
31 comentários
Num jogo dramático, repleto de emoção e lances de perigo, o América-MG fez 2 a 1 no América-MG e garantiu sua vaga na grande final do Campeonato Mineiro de 2012. O público de 17.780 pessoas, que proporcionou uma renda de R$ 301.056 viu o América-MG abrir o placar com um gol contra de Victorino. O Cruzeiro empatou com Wellington Paulista, que também havia perdido um pênalti.
As finais do Campeonato Mineiro começam no próximo domingo, às 16h (de Brasília). O primeiro jogo entre América-MG e Atlético-MG será na Arena do Jacaré. O Galo joga por dois empates ou derrota e vitória pela mesma diferença de gols. A Raposa tem compromisso pela Copa do Brasil. Quarta-feira, às 12h50m, enfrenta o Atlético-PR, no Estádio Durival de Brito, em Curitiba.
De tudo um pouco
Assim como foi no jogo da semana passada, a decisão entre Cruzeiro e América-MG começou a todo vapor. Antes que os times fizessem o costumeiro estudo de terreno, o Coelho abriu o placar, com apenas dois minutos de bola rolando. Rodriguinho passou com facilidade por Diego Renan e cruzou na área. Victorino se afobou com a presença de Alessandro e marcou contra. Esta foi a sexta partida consecutiva que a Raposa saiu atrás no placar.
O Cruzeiro não se abalou com o gol-relâmpago sofrido e continuou atacando o América-MG, correndo atrás da virada, já que só a vitória lhe interessava para avançar à final. Tanto que teve um pênalti a seu favor, aos nove minutos. Wellington Paulista, porém, bateu mal e Neneca defendeu. No rebote, o atacante cruzeirense mandou a bola nas arquibancadas da Arena do Jacaré.
Depois do pênalti perdido, o Cruzeiro teve uma ligeira queda na partida, e o América-MG equilibrou as ações. Como tinha o contragolpe a seu favor, o Coelho entregou totalmente a criação de suas jogadas ao habilidoso Rodriguinho, e assim, levava muito perigo ao gol de Fábio.
A persistência era a melhor qualidade do Cruzeiro na partida. E, por ser tão insistente, foi premiado com o gol de empate. O autor foi Wellington Paulista, que até então não vivia uma tarde feliz, porque, além do pênalti, já havia perdido outras chances. Dessa vez, no entanto, WP9 não perdoou. O atacante cruzeirense aproveitou falha do zagueiro americano Gabriel e mandou para o fundo das redes de Neneca, aos 27 minutos.
Com o placar empatado, os dois times diminuíram um pouco ritmo, que foi acelerado durante todo o primeiro tempo. Como o calor também era forte, Cruzeiro e América-MG se deram por satisfeitos com o empate nos primeiros 45 minutos e deixaram a decisão para a etapa final.
Vaga na raça

Os dois times voltaram para o segundo tempo com o mesmo ímpeto do primeiro. A velocidade continuou alta, assim como a disposição dos jogadores, o que fez com que a qualidade da partida continuasse muito boa.
Como era de se esperar, o Cruzeiro partiu pra cima do América-MG, tentando várias jogadas, comandado pela dupla de meias, Roger e Montillo. O Coelho, por sua vez, usava e abusava dos contra-ataques, no embalo de Rodriguinho, um dos destaques da partida. O armador americano aproveitava a boa movimentação de Fábio Júnior e Alessandro, e assim, seu time chegava com perigo várias vezes.
Na metade do segundo tempo, Vágner Mancini foi para o tudo ou nada. Mandou o atacante Wallyson a campo no lugar do volante Marcelo Oliveira. Com isso, o Cruzeiro foi com tudo para cima do América-MG.
O problema cruzeirense foi o buraco criado no meio-campo, setor que passou a ser dominado pelo Coelho, que ficou melhor em campo e passou a criar mais jogadas incisivas.
Já nos acréscimos, aos 47 minutos, Bruno Meneghel deu excelente passe para Fábio Júnior, que, na cara do goleiro Fábio, só empurrou para o fundo das redes.
Por mais que tentasse e pressionasse nos minutos finais, o Cruzeiro não teve forças para conseguir o gol da virada, e a vaga nas finais do Campeonato Mineiro ficou mesmo com o América-MG, que comemora seu centenário nesta segunda-feira com muita festa.

Sport segura o Náutico, na Ilha, e está na final do Pernambucano

Em jogo fraco técnicamente, Leão e Timbu ficam no 0 a 0 e está na decisão do estadual; agora aguarda o vencedor de Santa Cruz x Salgueiro

Por GLOBOESPORTE.COM Recife
4 comentários
 Longe de ser um espetáculo, Sport e Náutico fizeram um jogo bastante disputado na Ilha do Retiro, mas que não passou do 0 a 0, resultado que garante o Rubro-negro na decisão do Estadual.
Com uma vantagem imensa debaixo do braço (após ter vencido o primeiro jogo por 2 a 1 nos Aflitos), o Leão jogou com o regulamento debaixo do braço e vai em busca do seu 40º título pernambucano. Ao Náutico agora resta se preparar para a estreia na Série A, marcada para o dia 19/05, fora de casa, contra o Figueirense.
Timbu melhor na primeira etapa
Antes da bola rolar, supresa na escalação do Sport. Mazola Júnior sacou o atacante Jael e o meio-campo Rivaldo do time colocando Naldinho no meio-campo e avançando Marcelinho Paraíba para o ataque, ao lado de Jheimy. Com uma desvantagem gigante às costas, o Náutico começou o jogo partindo para cima do Sport. Logo aos três minutos, Derley foi à linha de fundo e cruzou: ao cortar para escanteio,  Edcarlos quase manda contra o próprio gol. O Timbu tentava explorar a velocidade dos atacantes Rodrigo Tiuí e Siloé.
Aos oito minutos, uma excelente chance para o Sport: Naldinho achou Jheimy, que teve uma excelente oportunidade para marcar, mas acabou chutando fraco para a defesa de Gideão.
Aos 18, Ramon passou para Rodrigo Tiuí, que ajeitou para Derley dentro da área, o volante alvirrubro dominou e encheu o pé para grande defesa de Magrão. No rebote, Edcarlos mandou para escanteio. Náutico pressionava o Leão e aos 22 foi a vez de Siloé desperdiçar uma boa oportunidade chutando dentro da área para a defesa de Magrão. Quatro minutos depois, novamente Siloé perdeu uma grande chance finalizando para fora.
Aos 35, os jogadores do Sport esperavam cobrança de falta de Souza, mas o volante Timbu rolou para Jefferson que chutou com muito perigo para o gol de Magrão. Com 57% de posse de bola na primeira etapa, o Náutico pressionava o Sport, mas esbarrava no mau aproveitamento de seus atacantes. Do lado do Leão, a formação montada por Mazola Júnior não surtiu efeito e o time particamente viu o adversário jogar no primeiro tempo, que terminou em 0 a 0.
Sport x Náutico - Marcelinho Paraíba - Auremir (Foto: Aldo Carneiro)Deslocado para o ataque, Marcelinho Paraíba pouco fez no primeiro tempo (Foto: Aldo Carneiro)
Equilíbrio na segunda etapa
As duas equipes voltaram com alterações para a segunda etapa. Alexandre Gallo tirou Rodrigo Tiuí e colocou Léo Santos; Mazola Júnior sacou Jheimy, que deu lugar a Jael e o atacante já chegou mostrando o cartão de visitas. Logo a um minuto, ele avançou pela esquerda, puxou para dentro de mandou um chutaço para sensacional defesa de Gideão.Aos cinco minutos, Marcelinho Paraíba cobrou falta da intermediária: para fora.
Aos nove minutos, Alexandre Gallo colocou o terceiro atacante na equipe com Dorielton entrando na vaga de Ramon. Prontamente, Mazola Júnior também mexeu no time. O zagueiro Bruno Aguiar foi substituído por Rivaldo. Aos 12 minutos, o Sport teve uma excelente oportunidade com uma cobrança de falta quase da linha da área alvirrubra.Jael foi para cobrança e mandou a bola para longe.
A necessidade de fazer dois gols obrigava o Náutico a se expor e o Leão tentava explorar os espaços deixados pelas investidas do Alvirrubro. Em uma delas, Jael dominou na entrada da área e passou para Hamilton, que preferiu dominar e acabou sendo travado pela defesa Timbu. Aos 30 minutos, Tobi derrubou Ronaldo Alves na entrada da área. Souza foi para cobrança e 'tirou tinta' da trave esquerda de Magrão.
Náutico questiona gol mal-anulado
Sport x Náutico - Derley (Foto: Aldo Carneiro)Derley lamenta joga desperdiçada
(Foto: Aldo Carneiro)
Aos 32 minutos, Julinho errou na saída deixando a bola nos pés de João Ananias. O jogador alvirrubro entrou na área e passou para Souza mandar para as redes, mas o gol foi anulado pelo auxíliar Jossemar Diniz - no replay do lance, percebe-se que Souza estava em condição legal.
Aos 40 minutos, Naldinho derubou Derley na intermediária. Como já tinha o amarelo, recebeu o segundo cartão e foi expulso. Com um a menos, o Sport se fechou ainda mais e segurou o empate que o garantiu na final do Pernambucano.

Bahia sofre, mas marca no final e avança para a decisão do Baianão

Gol que garantiu a vaga para a final contra o Vitória foi marcado por Rafael Donato aos 43 minutos do segundo tempo

Por GLOBOESPORTE.COM Salvador
4 comentários
Foi na raça. Na emoção. No estilo Bahia de ser. Assim o Tricolor baiano garantiu a vaga na grande final do Campeonato Baiano. O Bahia venceu o Vitória da Conquista por 1 a 0, no estádio de Pituaçu, com um gol marcado por Rafael Donato, aos 43 minutos do segundo tempo. Depois de pressionar o Conquista durante quase 90 minutos, o Tricolor venceu e fez a festa da torcida que lotou o estádio. A mistíca e a tradição falaram mais alto. O valente Vitória da Conquista vai enfrentar o Feirense, na disputa pela terceiro lugar, que vale vaga no Campeonato do Nordeste de 2013.
Com a classificação do Bahia, o estádio de Pituaçu vai receber a sua primeira decisão de estadual. Desde 1994, o Bahia não disputava uma final com vantagem de dois resultados iguais. O adversário será o Vitória. O primeiro jogo será no próximo domingo, no estádio do Barradão. Enquanto a partida decisiva será no próximo dia 13, em Pituaçu. Campeão estadual no ano passado pelo Internacional, Falcão vai tentar conquistar o bi e tirar o Bahia de uma fila que já dura 10 anos.
Primeiro tempo de um time só
A partida começou prometendo muita emoção. O Bahia dominou completamente a primeira etapa. No entanto, foi o Conquista quem teve a primeira. Aos 20 segundos, Átila cruzou na área e Carlinhos por muito pouco não conseguiu marcar o primeiro gol da partida. Depois disso, só deu Bahia. No entanto, o Tricolor esbarrou na forte marcação imposta pelo Conquista e nos seus próprios erros de passes.
Apesar da pressão, o Bahia não conseguiu criar jogadas de perigo nos primeiros minutos da partida. Quando enfim conseguiu chegar, o Bahia passou a esbarrar nas boas defesas do goleiro Rodolfo, melhor em campo no primeiro tempo. Coelho cobrou falta com muita veneno e o camisa 1 do time do interior fez uma grande defesa. Aos 22, Coelho deixou o campo com problema muscular. Como Falcão não levou o garoto Madson para o banco, teve que improvisar Fabinho na ala direita até o final da partida.
Gabriel e Morais, na melhor chance da primeira etapa, também tiveram grandes chances de abrir o placar para o Bahia, mas esbarraram no paredão Rodolfo. No final do primeiro tempo, Rafael Donato também teve uma boa chance de abrir o placar, mas jogou para fora, desperdiçando uma boa oportunidade.
Desespero e vaga na raça
Nos primeiros minutos do segundo tempo, a partida parecia que teria um novo enredo. O Bahia começou sonolento, enquanto o Vitória da Conquista se lançou um ataque. Jogando por um empate, a equipe do interior tentava o gol que aumentaria a sua vantagem. No entanto, foi só impressão. O Bahia voltou a dominar a partida, mas a necessidade do resultado passou a atrapalhar o time tricolor. Visivelmente nervoso, o time de Paulo Roberto Falcão tentava resolver de qualquer maneira. Ansiedade e falta de criatividade em campo e desespero nas arquibancadas.
Sem poder ofensivo, o Vitória da Conquista passou a se defender com muita eficiência. Enquanto o Bahia se desesperava com as jogadas mal sucedidas, o time do interior passou a assustar. No lance mais perigoso, Mauricio Pantera, livre de marcação, mandou na trave. No rebote, o atacante jogou para fora e fez o torcedor do Bahia engolir seco.
Aos 38, o Bahia teve a melhor oportunidade do segundo tempo. Gerley chutou da entrada da área e Rodolfo fez uma grande defesa. . Aos 42, mais um momento de desespero. A torcida pediu e Marcelo Lomba foi para área tentar o gol, mas pouco adiantou. Na sequência, sem goleiro, o Conquista quase marca.
Aos 43, o que parecia impossível aconteceu. Gabriel levantou na área e a estrela do Bahia brilhou. Rafael Donato subiu mais que a defesa e o herói Rodolfo não conseguiu segurar. Bahia 1 a 0 e explosão nas arquibancadas de Pituaçu para alegria dos 19.358 torcedores. No sufoco e na emoção, o time de melhor campanha do estadual está na grande final do Campeonato Baiano.

Ceará goleia o Tiradentes e se garante na final do Cearense 2012

Vovô mais uma vez derrotou o Tigre da PM e irá decidir o título deste ano com o rival Fortaleza. Vovô joga por dois resultado iguais

Por GLOBOESPORTE.COM Fortaleza
1 comentário
Deu a lógica. O Ceará não deu a mínima chance para o Tiradentes e o goleou pelo placar de 4 a 0, em jogo realizado na tarde deste domingo, no Estádio Presidente Vargas. Os gols do Vovô foram assinalados pelo atacante Mota (duas vezes), Régis e Apodi. Com a vitória, o Vovô além de se garantir na final do campeonato cearense, vai para o duelo contra o Fortaleza com a vantagem de dois resultados iguais por ter tido melhor campanha durante todo o resultado.
Com início arrasador, Vovô define logo no primeiro tempo
Mal começou a partida, o Ceará foi logo dando as caras. Em menos de um minuto de jogo, Rogerinho cobrou falta pela direita e Régis de cabeça marcou o primeiro. Ceará 1 x 0 Tiradentes. O Tigre não se intimidou e foi ao ataque tentando o gol de empate. Aos seis, Reginaldo Júnior tocou para Ribinha e na hora do atacante pegar a bola, zagueiro Tiego fez o corte. O Vovô tocava a bola e ia ao ataque quando queria.

Aos 12, mais um bom ataque do Tigre. Ribinha limpou o lance, mas na hora de bater para o gol chutou errado para longe do gol de Fernando Henrique. PC Gusmão foi ao delírio e bradava do banco para a equipe não deixar o Tiradentes jogar. O Ceará tentava, mas quem mais uma vez assustou foi o Tiradentes. Reginaldo Júnior fez boa jogada pela esquerda e tocou para atrás para Júnior Cearense. O meia dominou e chutou para gol. A bola passou longe do gol do Ceará.

Ceará goleia o Tiradentes e está na final (Foto: Kid Júnior/Agência Diário)Bem que o Tiradentes tentou parar o bom ataque do Vovô. Porém, em rápidos contra-ataques, o Ceará atropelou o Tigre nos dois jogos (Foto: Kid Júnior/Agência Diário
O Vovô explorava só os contra-ataques. Aos 36 minutos, Rogerinho dá belo belo passe para Mota. O camisa 9 do Vovô teve calma e tocou para Apodi que só teve o trabalho de mandar para os fundos da rede. Golaço! Ceará 2 x 0 Tiradentes. Não deu tempo nem do Tigre reagir. No minuto seguinte, Apodi recebeu lançamento na medida e tocou para Mota que fez o terceiro. Ceará 3 x 0 Tiradentes. O Tigre foi derrotado para os vestiários.

Vovô administra jogo e fica com vaga na final

O panorama da partida não mudou para desespero do técnico Filinto Holanda. A primeira boa chance de gol, da etapa final foi do Tigre. Aos seis minutos, Júnior Cearense bateu para o gol. A bola tocou na zaga do Vovô e foi para linha de fundo. O Tigre tinha maior posse de bola no início, no entanto, não sabia criar as jogadas de gol. Se o Tigre não fazia, o Vovô foi lá e fez o quarto.

Aos 14, Eusébio desceu livre pela esquerda e cruzou na medida para Mota que bem posicionado não perdoou e mandou para os fundos da rede do goleiro Rodrigues. Ceará 4 x 0 Tiradentes. Aí a partida ficou sem graça. Com jogo decidido, o Vovô se acomodou em campo. O Tigre aproveitou e foi ao ataque. Aos 16 minutos, bom ataque do Tigre. Triangulação entre Kaká, Reginaldo Júnior e Ribinha. Este último chutou fraco e perdeu bom lance.
Antes de terminar o jogo, tivemos apenas dois lançes de perigo a favor do Tiradentes. Aos 38, bom ataque do Tigre. Reginaldo Júnior desceu rápido pela direita e cruzou para a pequena área. Dedé sozinho perdeu boa chance de diminuir o marcador. Três minutos depois foi a vez de Kaká perder grande chance. O jovem meia recebeu lançamento e bateu cruzado. A bola caprichosamente passou do lado da trave do goleiro Fernando Henrique. O Ceará ainda tentou outras duas vezes, mas a partida terminou mesmo 4 a 0 para o Alvinegro de Porangabuçu.

Sonnen cria seu próprio cartaz para o UFC 148, com Spider como desafiante

Falastrão americano aparece com cinturão no ombro e os dizeres: 'O verdadeiro campeão dos médios faz sua terceira defesa de título seguida'

Por SporTV.com Rio de Janeiro
59 comentários
O americano Chael Sonnen não perde uma oportunidade de se promover. Escalado para enfrentar Anderson Silva na luta principal do UFC 148, pelo cinturão dos pesos-médios, o lutador aproveitou para criar um poster próprio para o evento. Claro, bem ao seu estilo.
Cartaz UFC 148 - Chael Sonnen Anderson Silva (Foto: Reprodução / Twitter)Cartaz do UFC 148 segundo Chael Sonnen, com Anderson Silva como desafiante (Foto: Reprodução / Twitter)
Na imagem, que também ilustra o seu perfil no Twitter, Sonnen aparece com o cinturão no ombro, e tem abaixo do seu nome a palavra "campeão". Abaixo do nome de Anderson Silva aparece a palavra "desafiante". Em destaque, o pôster tem a seguinte frase: "O verdadeiro campeão dos pesos-médios faz sua terceira defesa de título", numa alusão aos combates vencidos contra Brian Stann e Michael Bisping. A terceira luta seria, claro, contra Anderson Silva, que é o verdadeiro detentor do cinturão dos médios desde 2006.
Pôster UFC 148 (Foto: Divulgação/UFC)O verdeiro pôster do UFC 148 (Foto: Divulgação/UFC)
O brasileiro não luta desde agosto do ano passado, quando derrotou o japonês Yushin Okami na primeira edição do UFC Rio. Sonnen, por sua vez, ganhou o direito de disputar novamente o cinturão em janeiro deste ano, quando venceu o inglês Michael Bisping na decisão unânime dos jurados. Os dois desafetos já se enfrentaram em agosto de 2010, quando o americano foi finalizado pelo Spider no fim da luta após dominar amplamente os cinco rounds.
O pôster verdadeiro do UFC 148 foi divulgado pelo Ultimate no começo da semana passada

Thiago Silva pode liderar reformulação de elenco do Barça, diz jornal

Com poucos zagueiros no time, Tito Vilanova quer reforços. 'Mundo Deportivo' diz que brasileiro do Milan é o preferido: 'perfil Barça'

Por GLOBOESPORTE.COM Barcelona
29 comentários
Thiago Silva no desembarque da Seleção (Foto: Márcio Iannacca / GLOBOESPORTE.COM)Thiago Silva é antigo desejo do Barça (Foto: Márcio
Iannacca / GLOBOESPORTE.COM)
O zagueiro Thiago Silva, do Milan, poderá iniciar o processo de reformulação do elenco do Barcelona. Segundo o jornal "Mundo Deportivo", a contratação do ídolo do Fluminense é uma das prioridades do clube para a temporada 2012/2013, a primeira sem Pep Guardiola no comando.
Atualmente, a equipe conta com poucas opções para a zaga e tem que improvisar atletas de outras posições quando Puyol ou Piqué não estão em condições de jogar. Nomes como Abidal, Busquets e Mascherano já passaram pela defesa com Guardiola.
De acordo com a reportagem, o novo técnico Tito Vilanova pediu a contratação de um zagueiro. Antigo sonho de consumo do clube catalão, Thiago Silva voltou a ser desejado por ser um defensor "plenamente adequado ao perfil Barça". Outro nome cotado para reforçar o time é o do meia Javi Martínez, do Athletic Bilbao.
Nas outras vezes que o ex-jogador do Fluminense foi cotado para defender o Barcelona, o vice-presidente do Milan, Adriano Galliani, afirmou que Thiago Silva não está à venda.

Stoner desbanca Lorenzo e vence pela primeira vez na carreira em Jerez

Dani Pedrosa completa o pódio, e Valentino Rossi é apenas o nono colocado

Por SporTV.com Jerez de la Frontera, Espanha
3 comentários
Casey Stoner não quis ser coadjuvante em Jerez de la Frontera. Apenas o quinto colocado no treino classificatório da MotoGP, o australiano assumiu a ponta logo no início da corrida e se defendeu com categoria de Jorge Lorenzo até a linha de chegada. Com o tempo total de 45m33s897, o atual campeão da categoria conquistou sua primeira vitória no circuito espanhol. Dani Pedrosa, que chegou a liderar no começo da corrida, completou o pódio.
Apesar do resultado, Lorenzo continua na liderança do campeonato, com 45 pontos. Stoner vem em segundo, com 41, e Pedrosa em terceiro, com 36.
A corrida
A chuva forte em Jerez, que interrompeu a prova da Moto2 antes do fim, atrasou o início da corrida da MotoGP. Logo após a volta de aquecimento, Yonny Hernández teve problemas com a moto e deixou o grid ainda antes da largada. Com o sinal verde, Dani Pedrosa anulou a pole de Jorge Lorenzo e assumiu a ponta, com Dovizioso na segunda posição.

Na terceira volta, Lorenzo recuperou a posição, para perdê-la logo em seguida para Casey Stoner. A briga entre os dois seguiu firme, enquanto Pedrosa e Cal Crutchlow duelavam pela terceira posição. Com a pista seca, os tombos da véspera não se repetiram. Mas quatro pilotos abandonaram.
Casey Stoner, Motogp, Espanha (Foto: AFP)Casey Stoner comemora no pódio em Jerez: vitória após largar em quinto (Foto: AFP)


Nas últimas voltas, a disputa pelas posições no pódio se intensificou. Stoner se defendeu bem de Lorenzo e confirmou a vitória, seguido pelo espanhol. Pedrosa cruzou em terceiro. Valentino Rossi foi apenas o nono colocado, enquanto seu companheiro na Ducati, Nick Hayden (que largou em terceiro), foi o oitavo.
Classificação final:
1) Casey Stoner - Repsol Honda Team
2) Jorge Lorenzo - Yamaha Factory Racing-
3) Dani Pedrosa - Repsol Honda Team
4) Cal Crutchlow - Monster Yamaha Tech 3
5) Andrea Dovizioso - Monster Yamaha Tech 3
6) Alvaro Bautista - San Carlo Honda Gresini
7) Stefan Bradl - LCR Honda MotoGP
8) Nick Hayden - Ducati Team
8) Valentino Rossi - Ducati Team
10) Héctor Barbera - Pramac Racing Team
11) Ben Spies - Yamaha Factory Racing-
12) Aleix Espargaró - Aspar ART-Aprilia
13) Danilo Petrucci - Ioda-Aprilia
14) Mattia Pasini - Speed Master ART-Aprilia
15) Iván Silva - Avintia FTR-Kawasaki
16) Colin Edwards - Forward Suter-BMW
17) Karel Abraham - Cardion AB Motoracing

Petrópolis presta homenagem ao ex- pivô Lenísio e aposenta a camisa 10

Cuiabano agora trabalha como auxiliar técnico na equipe fluminense

Por SporTV.com Petrópolis, RJ
Comente agora
Futsal lenísio camisa 10 petrópolis (Foto: Reprodução / Site Oficial do Petrópolis)Lenísio recebe homenagem, e nenhum outro atleta
usará a 10 do clube (Foto: Site Oficial do Petrópolis)
Jogador mais famoso a vestir a camisa 10 do Petrópolis, Lenísio recebeu uma bela homenagem do clube. A diretoria da equipe fluminense anunciou que partir de agora, nenhum outro jogador usará o número em partidas oficiais.

- Depois que ele vestiu a camisa 10, ninguém mais pode vesti-la. Este ato é uma demonstração de gratidão do clube para com ele, por tudo o que o Lenísio fez pelo futsal nacional – disse o presidente Norberto Rocha Mello, em entrevista ao site oficial do clube.

Natural de Cuiabá (MT), Lenísio foi um dos maiores goleadores da história do futsal brasileiro, tendo sido artilheiro da Liga Futsal em 1997, 2000, 2001, 2002 e 2009. Campeão mundial com a seleção brasileira em 2008, conquistou também um Pan-Americano (2007), um Grand Prix (2007) e uma edição dos Jogos Sul-Americanos (2006).
Aposentado aos 35 anos por sofrer com uma série de lesões, o pivô estreou como auxiliar técnico do treinador Cupim na vitória por 7 a 3 sobre o Marechal Rondon, em jogo válido pela Liga Futsal.

- Tem sido uma experiência muito prazerosa. Temos tido a oportunidade de conversar bastante e isso vai ser muito importante para o momento do PEC – disse o treinador.

Confira os resultados da Liga neste sábado:
Botafogo 4 x 1 Umuarama
Carlos Barbosa 5 x 6 Joinville
Petrópolis 7 x 3 Marechal Rondon
Florianópolis 2 x 1 Corinthians
São Paulo Londrinense 2 x 2 Orlândia
Atlântico Erechim 2 x 3 São José
Concórdia 3 x 3 Suzano
Ciagym Maringá 2 x 1 Minas
ADU Tubarão 3 x 3 São Caetano
Assoeva 1 x 1 Jaraguá

Ricardo/Cunha vence jogão contra Márcio/Solberg e leva ouro na Polônia

Após atropelarem os compatriotas na primeira parcial, baiano e carioca sofrem para fechar o jogo e conquistar primeiro título no Circuito em 2012

Por SporTV.com Myslowice, Polônia
Comente agora
Um primeiro set arrasador passou a impressão de que Ricardo e Pedro Cunha conquistariam seu primeiro título na temporada 2012 do Circuito Mundial com facilidade. O renascimento dos rivais na segunda parcial, porém, mudou o panorama da partida e adiou a festa. Com grandes ralis e emoção até o fim do tie-break, o baiano e carioca superaram Márcio e Pedro Solberg e conquistaram, em Myslowice, o primeiro título no ano na competição internacional (21/8, 19/21 e 15/13). Os espanhois Herrera e Gavira, que venceram os italianos Nicolai e Lupo por 21/16 e 21/15, levaram a medalha de bronze.
- Foi um ótimo jogo, cheio de emoções e com uma participação intensa dos torcedores. Foi uma semana incrível para nós, que conseguimos terminar o torneio invictos. É uma vitória importante na classificação olímpica, pois Márcio e Pedro são nosso principais rivais, mas ainda não acabou - disse Cunha.
Próximo compromisso será o Grand Slam de Xangai. Confira o calendário do Circuito
Este foi o terceiro título de Ricardo e Cunha no Circuito Mundial. Juntos há cerca de nove meses, os dois já haviam sido campeões no Grand Slam de Klagenfurt, na Áustria, e do Open da Holand. Este ano, os dois haviam conquistado o bronze na etapa de abertura, no Distrito Federal.
Ricardo, Pedro Cunha, volei de praia myslowice (Foto: Divulgação / FIVB)Ricardo e Pedro Cunha exibem o ouro conquistado em Myslowice, na Polônia (Foto: Divulgação / FIVB)
Set atípico e arrasador
Com o saque forçado em Pedro Solberg, Ricardo e Pedro Cunha (de verde) abriram 4 a 0 e forçaram o pedido de tempo dos rivais. No retorno à quadra, a dupla de amarelo finalmente inaugurou o placar, mas seguiu sofrendo. Após três bloqueios seguidos de Ricardo em Solberg, a vantagem chegou a 12/3 e irritou o carioca, que puxou a rede e recebeu advertência da arbitragem. Desequilibrado emocionalmente, o filho de Isabel perdeu o tempo de bola e cedeu pontos bobos. Em um ataque dele para fora, o set se encerrou em surpreendentes 21/8.
Solberg renasce e dá trabalho
A segunda parcial começou com a tônica da anterior: bloqueio de Ricardo em Solberg. Quando o placar marcou 3 a 0, Márcio e Solberg finalmente reagiram e, em uma bola de segunda do carioca, empataram em 4 a 4. Quando o cearense acertou a mão no saque, a parceria assumiu a frente pela primeira vez no jogo (9/8). As duplas se alternaram mais duas vezes na liderança e Solberg, agora confiante, conseguiu dois bons bloqueios. Ricardo e Cunha pararam o jogo, mas não conseguiram reverter a desvantagem: 21/19.
Ricardo, Pedro Cunha, Pedro Solberg volei de praia myslowice (Foto: Divulgação / FIVB)Muito mal no primeiro set, Pedro Solberg dá trabalho no restante da partida (Foto: Divulgação / FIVB)
Embalado, Solberg abriu o placar no tie-break, e a parceria abriu 4 /1 em ponto de bloqueio.
Uma série de erros permitiu que Ricardo e Cunha empatassem em 4/4. Márcio atacou bem para retomar a ponta, e a vantagem foi administrada até Cunha, com uma largada no fundo de quadra, igualar em 9/9. O pedido de tempo de Solberg e Márcio não interrompeu a excelente série do rival, que virou para 12/9. Dois erros e um bloqueio de Solberg deixaram o jogo empatado novamente. Em um ataque na linha de Cunha, ele e Ricardo puderam comemorar o ouro sobre os compatriotas: 15/13.
 

Will Power vence a terceira em SP; Helinho fica em 4º, e Rubinho é 10º

Australiano vence mais uma vez no Anhembi e dispara na liderança; Em prova com muitas bandeiras amarelas, Sato surpreende e termina em terceiro

Por Alexander Grünwald São Paulo
5 comentários
Will Power continua imbatível nas ruas de São Paulo. Depois de largar da pole position, o australiano liderou o maior número de voltas e faturou pela terceira vez a prova da Fórmula Indy disputada no circuito urbano do Anhembi, montado nos arredores do sambódromo da cidade. A chuva, que chegou a cair durante o treino de aquecimento da manhã, ficou só na ameaça. Mesmo assim, a corrida teve muitas bandeiras amarelas, especialmente por causa dos toques nas relargadas. Sobrevivendo aos acidentes que eliminaram as chances de Tony Kanaan e Bia Figueiredo, Helio Castroneves terminou em quarto lugar, atrás de Ryan Hunter-Reay e de um surpreendente Takuma Sato, que saiu da 25º para a terminar na terceira posição. Rubens Barrichello ficou em décimo.
Largada da prova da Fórmula Indy em São Paulo 2012 (Foto: Carsten Horst / FotoArena)Pole, Will Power manteve a ponta na largada da etapa de São Paulo (Foto: Carsten Horst / FotoArena)
- Gostaria de agradecer os fãs que mandaram mensagens de carinho. Estava chateado por largar tão atrás e gostaria de dar a eles uma vitória, mas esse resultado tem gosto de vitória. Esse australiano está brincadeira, lá nos Estados Unidos eu vou dar um jeito nele. Pena que não chegamos ao pódio, porque o Takuma Sato foi muito “kamikaze” – brincou Helio.
Com um ritmo consistente, Power se manteve entre os primeiro colocados todo o tempo, inclusive quando o neozelandez Scott Dixon, da Ganassi, apostou em uma estratégia alternativa e liderou a prova. Seu grande rival, o tetracampeão Dario Franchitti, precisou fazer uma corrida de recuperação depois de ser tocado por um adversário e cair para as últimas posições. O escocês chegou em quinto, minimizando o prejuízo causado pelo acidente na relargada da 26ª volta, após a primeira das cinco bandeiras amarelas. Ela foi causada pelo acidente de Ryan Briscoe, companheiro de Power na Penske, que bateu no muro externo da Marginal Tietê pouco antes de Power fazer seu primeiro pit stop.
- Tivemos que andar forte no final, mas deu tudo certo. A equipe fez um bom trabalho, com uma estratégia excelente, e felizmente tivemos pista seca. Acho que o segredo de andar bem aqui é que eu amo o Brasil. A torcida adora nosso esporte, há uma energia especial ao correr diante deles – disse Power, acenando aos fãs nas arquibancadas.
Indy - Rubens Barrichello e Tony Kanaan na corrida de São Paulo (Foto: Guilherme Lara Campos / FotoArena) Rubens Barrichello e Tony Kanaan fizeram uma prova de altos e baixos (Foto: Guilherme Campos / FotoArena)
O último grande acidente da corrida envolveu oito pilotos, e um dos grandes beneficiados foi Rubens Barrichello. O piloto da KV Racing fez uma prova agressiva e chegou a andar em terceiro lugar, mas precisou fazer uma parada extra para colocar mais combustível na parte final e voltou no meio do pelotão. Ao escapar da batida múltipla, o recordista de participações na F-1 garantiu o décimo lugar.
- Foi uma prova emocionante por diversas situações. Muitas vezes a gente acha que vai estar lá na frente, e a estratégia muda e você volta lá para trás. Cheguei a andar em terceiro, o carro estava rápido, mas precisamos fazer uma parada no final. Ainda dei uma sorte para passar ileso das confusões e terminar em décimo, mas não dá para dizer que estou feliz – desabafou Barrichello após a bandeirada.
Resultado da prova de São Paulo:
1 Will Power (AUS) - Penske - 2h08m18s2816
2 Ryan Briscoe (AUS) - Penske - 2h08m19s1861
3 Takuma Sato (JAP) - Rahal Letterman Lanigan - 2h08m20s6721
4 Helio Castroneves (BRA) - Penske - 2h08m22s8305
5 Dario Franchitti (GBR) - Ganassi - 2h08m23s.4538
6 James Hinchcliffe (CAN) - Andretti - 2h08m24s5431
7 JR Hildebrand (EUA) - Panther - 2h08m26s6580
8 Charlie Kimball (EUA) - Ganassi - 2h08m26s8721
9 EJ Viso (VEN) - KV Racing - 2h08m28s6265
10 Rubens Barrichello (BRA) - KV Racing - 2h08m29s1293
11 Oriol Servia (ESP) - Dragon Lotus - 2h08m42s7587
12 Simon Pagenaud (FRA) - Schmidt Hamilton - 2h08m30s8730
13 Tony Kanaan (BRA) - KV Racing - 2h08m31s4625
14 Marco Andretti (EUA) - Andretti - 2h08m31s8602
15 James Jakes (GBR) - Dale Coyne - 2h08m32s5026
16 Graham Rahal (EUA) - Ganassi - 2h08m32s6928
17 Scott Dixon (NZL) - Ganassi - 2h08m33s4545
18 Sebastien Bourdais (FRA) - Dragon - 2h08m38s8080
19 Mike Conway (GBR) - Foyt - 2h08m31s1709
20 Bia Figueiredo (BRA) - Andretti - 2h08m57s9192
21 Ed Carpenter (EUA) - Ed Carpenter - 2h08m35s6336
22 Justin Wilson (GBR) Dale Coyne
23 Josef Newgarden (EUA) Sarah Fisher
24 Simona de Silvestro (SUI) HVM Lotus
25 Ryan Briscoe (AUS) Penske
26 Katherine Legge (GBR) Dragon