sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Holm revela decepção de Miesha e deixa no ar duelo com Cris Cyborg

Próxima adversária de Ronda conta que Tate admitiu estar devastada após deixar lutar pelo cinturão e diz que aceitaria uma luta contra brasileira: "Por mim, tudo bem"

Por Las Vegas, EUA
Próxima adversária de Ronda Rousey no UFC 193, no dia 14 de novembro, em Melbourne, na Austrália, Holly Holm intensifica preparação, mas também aproveita para aparecer em outras funções. Durante o mês de agosto, a americana participou das gravações do filme "Fight Valley", ao lado da compatriota Miesha Tate e de Cris Cyborg.
Holly Holm Coletiva Go Big UFC (Foto: Evelyn Rodrigues)Holly revelou decepção de Miesha Tate ao deixar luta pelo cinturão do contra Ronda Rousey (Foto: Evelyn Rodrigues)

Em entrevista ao Combate.com, Holm revelou que Tate, a quem substituiu como desafiante ao cinturão do peso-galo feminino do Ultimate, fez questão de parabenizar pela oportunidade, mas não escondeu a tristeza de ter deixado a briga pelo título da categoria. 
- Eu, Cris Cyborg e Miesha Tate começamos as filmagens um dia e meio após o anúncio da minha luta contra Ronda, e Miesha veio dar os parabéns por ter conseguido a luta. "Estou devastada por não ter sido eu, mas sei que você não tem nada a ver com isso. Boa sorte." Foi o que ela disse. No restante do tempo nós nos ocupamos com as filmagens e não falamos mais sobre o assunto.
Cris Cyborg; Holly Holm; Miesha Tate (Foto: Divulgação)Cris Cyborg, Holly Holm e Miesha Tate participaram de gravação de longa metragem (Foto: Divulgação)
O contato com Cyborg também foi assunto. Holly lembrou das brincadeiras da brasileira quanto ao peso e afirmou ser difícil bater 66kg. Porém, enquanto Ronda Rousey não aceita uma luta em peso intermediário, Holly admitiu que as duas poderiam se enfrentar no futuro.
- Cyborg veio falar comigo e viu que temos a mesma altura. Ela brincou dizendo que, se eu conseguia bater o peso, ela conseguiria também. Não sei se ela vai conseguir. Acho que ela deveria tentar bater um peso intermediário antes e ver como seria. Eu nunca vou dizer que ela não consegue. Pode ser que eu a enfrente no futuro, quem sabe? Por mim, tudo bem, não tem nada de errado nisso. Eu respeito muito Cris Cyborg e todos que trabalham comigo, mas quando se fala em luta, todos querem ganhar. Lutadores são muito competitivos.
Ao falar de Ronda Rousey, a desafiante voltou a demonstrar respeito. Após encontrar pessoalmente com a campeã pela primeira vez na coletiva "Go Big", Holm destacou que não existem problemas entre as lutadoras, e ainda disse que Ronda deve entrar no octógono querendo mostrar a qualidade na trocação. 
- Ronda mostrou que é muito completa hoje em dia. Acho que ela se cansou de ouvir as pessoas dizerem que ela ia vencer com a chave de braço e decidiu provar que é capaz de muito mais que apenas aquilo. Minha tarefa é muito dura, sem dúvida nenhuma. Acho que ela vai tentar a trocação contra mim, vai vir com tudo o que tem e tenho que estar preparada para isso. A primeira vez que vi Ronda foi na conferência de imprensa do "Go Big". Nós não temos problemas uma com a outra. Eu a respeito muito. Sei que ela está se preparando para me vencer, e eu estou fazendo o mesmo.
Ronda Rousey x Holly Holm encarada UFC Go Big (Foto: Getty Images)Ronda Rousey e Holly Holm em encarada no evento "Go Big" do Ultimate, nos Estados Unidos (Foto: Getty Images)

Pedreira, atleta e estudante: lutadora do AM sonha com futuro no UFC

Gleucivânia Melo, de 18 anos, divide rotina entre treinos de MMA, obras e estudos da faculdade de engenharia civil. Atleta tem luta para o dia 19 de setembro

Por Manaus, AM
É comum ver jovens dividirem seus dias em estudo para o vestibular e trabalho para ajudar nas contas de casa. E há quem, no meio disso tudo, ainda consiga tirar um tempo para seguir um sonho pessoal. Esse é o caso da amazonense Gleucivânia Melo. Ela divide a rotina entre o trabalho de pedreira, os estudos da faculdade de engenharia civil e os treinos de MMA. A meta é, um dia, chegar ao UFC.
Aos 18 anos de idade, Gleucivânia treina todos os fundamentos das artes marciais por sete horas diárias. No calendário, além dos serviços como pedreina, ela tem compromisso no Norte Leste Fight 4, que acontece no dia 19 de setembro, em Manaus. Sobre a meta de seguir carreira profissional na luta, ela garante: tá topando participar de qualquer evento.
- Primeiramente eu vou lutar vários eventos aqui (em Manaus). Várias competições. Depois vou lá para fora. Assim pretendo um dia chegar ao UFC - ponderou a faixa azul e multicampeã de jiu-jitsu, que enfrentará Kerolyne Teixeira pelo cinturão dos palhas no evento do dia 19. 
Amazonense divide rotina de treinos com emprego de pedreira (Foto: Reprodução/TV Amazonas)Amazonense divide rotina de treinos com emprego de pedreira (Foto: Reprodução/TV Amazonas)
E não bastam as sete horas de treino. Com o emprego de pedreira ela brinca e garante que mexer com cimento e entulho serve como um bom exercício físico.
- Quando estamos quebrando as coisas com a marreta, que tem uns 10 Kg,  ajuda muito. Dá bastante força - disse a pedreira, que afirmou ter gosto pela profissão.
Gleucivania MMA Amazonas (Foto: Divulgação/Arquivo pessoal)Gleucivania MMA Amazonas (Foto: Divulgação/Arquivo pessoal)
- Comecei a me interessar (pelo trabalho). Fui observando as pessoas fazendo e comecei a fazer o serviço também. A gente quebra muro e constrói outro. Colocamos cerâmica, enchemos várias caçambas de entulho... 
Mas não tem luta ou construção que dêem tanto trabalho como os estudos, garante. Segundo Gleucivânia, difícil mesmo são as milhares de fórmulas físicas e contas matemáticas realizadas em prol da faculdade de engenharia civil.
- Aí é desesperador! Mas com o tempo, a gente vai pegando o ritmo e nos saindo melhor - finalizou. 

Atleta com Down luta em evento de MMA por superação e por "namorada"

Transformado pela prática do jiu-jítsu, Alexandre Mucunda, de 42 anos, desafia adversário pelo amor de musa adolescente a "superluta inclusiva" no Rio de Janeiro

Por Rio de Janeiro
Nas últimas semanas, a série "Qual é a diferença?" levou a milhões de telespectadores a realidade de pessoas com síndrome de Down, e mostrou que elas podem fazer a maioria das mesmas coisas que pessoas comuns fazem: namorar, trabalhar, até morar sozinho. Alexandre Mucunda, de 42 anos de idade, pretende provar que tem mais uma coisa que pessoas com Down podem fazer bem: lutar MMA. O faixa-preta de jiu-jítsu, 1,65m de altura e 96kg de peso, é destaque do New Corpore Extreme (NCE), evento do próximo sábado em Irajá, zona norte do Rio de Janeiro, numa superluta com Gilberto Vilella, atleta de 23 anos, 1,84m e 98kg, sem condições especiais. Em jogo, além da superação do preconceito em torno de sua síndrome, o amor de uma mulher: Bárbara, objeto do afeto de Mucunda e "disputada" por Vilella.
Gilberto Vilella e Alexandre Mucunda MMA Down (Foto: Divulgação)Alexandre Mucunda (dir.) e Gilberto Vilella serão adversários na "superluta inclusiva" do NCE (Foto: Vitor Reis/CornerBR)
Antes que o leitor perceba uma "covardia" e se revolte, o aviso: a luta é uma exibição, em peso-casado de 90kg - os dois passarão pela pesagem nesta sexta-feira. Serão dois rounds de três minutos cada, tempo mais curto do que os habituais três rounds de cinco minutos adotados pela maioria dos eventos da modalidade. Ambos os lutadores são estreantes no MMA, e, apesar de não haver limitação de regras, as instruções são para que Vilella, que é amigo e companheiro de treino de Mucunda, "pegue leve" no combate. A ideia de Renato Dominguez, promotor do NCE e mestre dos dois, é apenas demonstrar a capacidade de seu aluno com Down. Em outro torneio promovido por ele, o Mutatis Combat, Dominguez já havia realizado uma luta nesses moldes, com outro aluno, Alan Oliveira, que tem um problema neurológico.
- Minha inspiração maior é que ia nos torneios de jiu-jítsu e tinha luta inclusiva. Pensei, "Puxa, por que pode ter no jiu-jítsu e não pode ter no MMA?" Se for uma coisa com uma regra legal, pode colocar. Testei com o Alan num evento que fiz, e foi muito bem, ele lutou em dois eventos nossos. Deu muito certo, eles gostam muito. Não treinam em alto rendimento que nem os outros atletas, mas eles virem e fazerem uma luta já os deixa muito feliz, se sentem parte. Como ele (Mucunda) já tem uma experiência com o jiu-jítsu, queríamos mostrar que também não tem limites para o cara fazer MMA - explicou Dominguez ao Combate.com.
Segundo o Dr. Cássio Luiz de Carvalho Serão, médico geneticista do Centro de Genética Médica do Rio de Janeiro (CeGeMeRJ), há alguns cuidados a serem tomados para a prática de esporte entre pessoas com Down. Ele adverte que 5% dos pacientes apresentam instabilidade atlanto-axial, um movimento maior que o comum entre a primeira e a segunda vértebra do pescoço, e significa um risco maior de lesões na região. Além disso, seus ligamentos são mais frágeis, e é preciso verificar existências de doenças cardíacas ou problemas de tireoide. Com essas precauções, o médico garante, não há limitação para indivíduos com síndrome de Down praticarem MMA ou qualquer outra atividade. O evento comunicou que vai exigir exames médicos, exames de sangue, raio-X de cabeça e tórax.
Alexandre Mucunda já treina com Renato Dominguez há 18 anos, e chegou à faixa preta de jiu-jítsu em 2008. Neste tempo, mudou completamente. Outrora tímido e quieto, Mucunda foi se enturmando e virou aluno exemplar. Hoje, passa a tarde inteira na academia, alternando entre o jiu-jítsu, a musculação e o muay thai, que passou a treinar há cerca de um ano.
- É como se fosse um atleta normal, ele participa de todas as atividades do treino. Ele é bem extrovertido, está sempre de alto astral - conta Vilella, que chegou à academia há aproximadamente dois meses, após sete anos treinando jiu-jítsu em Marília-SP.
Alexandre Mucunda Bárbara MMA Down (Foto: Vitor Reis/CornerBR)Alexandre Mucunda posa com Bárbara, "motivo" do desafio no MMA (Foto: Vitor Reis/CornerBR)
- No começo, ele não falava muito, não conseguia se expressar muito. Hoje ele não para de falar, fala gírias, brinca com os outros. Ele é faixa-preta, aí mexe com os faixas-brancas, e não consegue falar "Paga 10", então fala "Paga três". Ele quer namorar todas as meninas da academia, diz que são suas namoradas... Todos os dias ele traz flores para a academia. Minha aula está lotada, mas ele para a aula para chamar a Bárbara - conta Dominguez.
Ah, Bárbara, a "pivô" da discórdia entre Mucunda e Vilella. O resultado da luta não vai realmente determinar quem fica com a moça (afinal, não estamos mais na Idade Média), mas motivou o desafio. Segundo Vilella, o amigo de 42 anos é especialmente ciumento em relação a Bárbara, uma moça de 18 anos que cativou seu coração, e já fica "alvoroçado" com qualquer um que converse com ela. Azar dele que foi ele quem Mucunda viu conversando com sua musa.
- Eu quero ganhar essa luta pela Bárbara! Ela é minha namorada. Vou ganhar batendo - promete Mucunda, que se diz tranquilo para a estreia no MMA e não descarta repetir a dose.
- Eu quero fazer mais! Não estou nervoso. Estou normal.
O NCE 1 acontece neste sábado no CT New Corpore Fight, na Praça Nossa Senhora da Apresentação, em Irajá, a partir de 19h (horário de Brasília). Confira o card completo:
Card Preliminar
Até 61kg – Carlos Matos x Pedro Paulo
Até 66kg – Gilberto Rodrigues x Icaro da Costa
Até 61kg – Michel Russo x Roberto Tiuí
Até 70kg – Alédio Ferreira x Duan Praia
Até 57kg – Leandro Silva x Luis Henrique
Até 52kg – Nayara Hemily x Lohana Bahiense

Card Principal
Até 84kg – Felipe Doug x Thiago de Oliveira
Até 77kg – Moises Sabbas x Wagner Mutante
Até 61kg – Henrique Souza x Ricardo Sattelmayer
Até 93kg – Júlio Morangão x Alan Soares

Super Luta – Alexandre Mucunda x Gilberto Vilella

Até 48kg – Thaty Bergamaschi x Graziele Ricotta
Até 77kg – Humberto Norambuena x Vinícius do Ramo
Até 61kg – Sandro China x Luizinho Souza

Ingressos para Aldo x McGregor, no UFC 194, vão de R$ 780 a R$ 5200

Evento do dia 12 de dezembro, em Las Vegas, custará caro para os fãs do MMA

Por Las Vegas, EUA
Encarada José Aldo e Conor McGregor UFC Go Big (Foto: Evelyn Rodrigues)UFC 194, de Aldo e McGregor, em Las Vegas, custará caro para os fãs (Foto: Evelyn Rodrigues)
Com duas disputas de cinturão e um card repleto de nomes de peso do Ultimate, o UFC 194 promete atrair os fãs de MMA. Contudo, quem quiser acompanhar de perto José Aldo xConor McGregor - uma das lutas mais esperadas do ano -, terá que abrir o bolso.  
O preço dos ingressos para o evento do dia 12 de dezembro, na MGM Grand Arena, em Las Vegas, no Estados Unidos, varia entre US$ 195 (R$ 780) e US$ 1300 (R$5200).  
Além da disputa do cinturão dos penas entre o brasileiro e o irlandês, luta principal da noite, o UFC 194 traz a disputa do título dos médios entre o atual campeão Chris Weidman e Luke Rockhold.  
Outros seis brasileiros estão confirmados: após muita espera, Ronaldo Jacaré enfrenta Yoel Romero; Demian Maia encara Gunnar Nelson; Léo Santos está confirmado contra Kevin Lee; Warlley Alves enfrenta Colby Covington, Márcio Lyoto pega Court McGee; e Amanda Nunes duela contra Miesha Tate. 
Confira o card atualizado do evento:

UFC 194
12 de dezembro, em Las Vegas (EUA)
CARD DO EVENTO (até agora):
Peso-pena: José Aldo x Conor McGregor
Peso-médio: Chris Weidman x Luke Rockhold
Peso-médio: Ronaldo Jacaré x Yoel Romero
Peso-meio-médio: Demian Maia x Gunnar Nelson
Peso-galo: Amanda Nunes x Miesha Tate
Peso-galo: Urijah Faber x Frankie Saez
Peso-meio-médio: Warlley Alves x Colby Covington
Peso-meio-médio: Court McGee x Márcio Lyoto
Peso-leve: Léo Santos x Kevin Lee
Peso-leve: John Makdessi x Yancy Medeiros
Peso-leve: Joe Proctor x Magomed Mustafaev
Peso-palha: Tecia Torres x Michelle Waterson
Peso-pena: Max Holloway x Jeremy Stephens