domingo, 4 de agosto de 2013

Em carta aberta, técnico de José Aldo dá resposta às críticas ao seu pupilo

Comentários sobre uma eventual queda de produção do campeão dos pesos-penas do UFC motiva desabafo emocionado de André Pederneiras

Por Rio de Janeiro
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Dizem que uma das razões do sucesso da equipe Nova União é justamente a união entre seus componentes. À frente de todo o time está o treinador André Pederneiras, o Dedé, que comanda as ações e é um verdadeiro pai para seus atletas. Como todo pai, ele puxa as orelhas de seus atletas, mas também os defende sempre que necessário.
Após ler nas redes sociais críticas sobre o que seria uma queda de produção de José Aldo na luta contra Chan Sung Jung, o Zumbi Coreano, no UFC Rio 4, o treinador decidiu escrever uma carta aberta em defesa de seu pupilo. No texto, André Pederneiras sugere que se faça um exercício de imaginação, se retire a principal arma de cada um dos campeões do UFC, e se imagine como eles se sairiam, numa clara alusão à lesão de José Aldo no pé direito, que o impediu de usar a sua maior arma, que são os chutes baixos.
José Aldo ouve atentamente os conselhos de Dedé Pederneiras durante o treino (Foto: Leandro Lima)José Aldo ouve atentamente os conselhos de Dedé Pederneiras durante os treinos (Foto: Leandro Lima)
"Depois da vitória de ontem, na qual o nosso campeão - o brasileiro José Aldo - manteve o cinturão, vi algumas pessoas falando que ele está caindo de produção. Vamos lá, então: "Perda das principais armas dos atuais campeões do UFC". Vamos imaginar, e depois repensem na luta do Aldo.
- Demetrious Johnson: Imaginem que começou a luta e, por algum motivo, o Demetrious perdeu o poder das quedas que ele tem;
- Dominick Cruz, que para mim nao é o campeão: Perdeu sua movimentação logo no primeiro round, e tem que jogar parado até o fim da luta;
- Ben Henderson: Não consegue mais dar suas quedas, e tem se que manter até o fim da luta só trocando;
- Georges St-Pierre: Também no primeiro round se machucou, e não consegue mais dar quedas;
- Chris Weidman: Assim como seus companheiros, só pode trocar na sua próxima luta contra o Anderson Silva;
- Jon Jones: Não pode mais derrubar
- Cain Velásquez: Se machuca logo no primeiro round e só pode trocar até o fim contra o Cigano
Me digam se o Aldo lutou bem ou não. Aldo demonstrou ontem que tem jogo pra ganhar de qualquer um, em qualquer situação em que ele estiver.
Sem mais.
Aldo, um campeão completo!"

Dedé Pederneiras: 'Pra mim, Anthony Pettis não se lesionou p... nenhuma'

Técnico de José Aldo diz torcer pela vitória do americano e o desafia a largar o título para encarar o campeão dos penas batendo o limite dos 66kg

Por Rio de Janeiro
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A lesão de Anthony Pettis, que o tirou da disputa do título dos pesos-penas do UFC contra José Aldo ainda não foi digerida pelo técnico do brasileiro, André Pederneiras. Em entrevista ao programa "Mundo da Luta", da rádio Beat 98FM, neste domingo, o treinador disse torcer para o americano derrotar Ben Henderson no UFC 164, em Milwaukee, e aceitar o desafio de enfrentar José Aldo pelo cinturão dos penas.
José Aldo e Anthony Pettis, UFC (Foto: Alexandre Loureiro / Inovafoto / UFC)Técnico diz torcer para que Aldo e Pettis lutem pelos pesos-penas (Foto: Alexandre Loureiro / Inovafoto / UFC)
- Eu estou rezando para que o Anthony Pettis ganhe o cinturão nos leves e cumpra o desafio de lutar entre os penas, como o Dana White sugeriu, largando o cinturão e vindo encarar o Aldo na categoria dele. Para mim, ele não se machucou p... nenhuma. Ele viu que não ia bater o peso, que não era tão fácil como ele pensava - desabafou Dedé.
José Aldo posa com seu técnico André Pederneiras, após o UFC 136 (Foto: Reprodução Twitter)José Aldo com Dedé Pederneiras: técnico pede primeiro
a vitória e, depois da luta, o show (Reprodução: Twitter)
Anthony Pettis desistiu de enfrentar José Aldo no UFC Rio 4 alegando ter sofrido uma lesão no joelho durante os treinos um mês e meio antes do evento, forçando a organização a buscar um substituto, que acabou sendo Chan Sung Jung, o Zumbi Coreano.
Pederneiras também falou sobre a estratégia de luta de Aldo contra o Zumbi, analisou a luta e fez um novo desabafo sobre as críticas que as pessoas fazem aos atletas, não importando qual fosse o resultado das lutas.
- A estratégia do coreano era se poupar e jogar dentro do que ele pudesse nos primeiros rounds, para cansar o Aldo e tentar controlar a luta no quarto ou no quinto round. Mas não vi isso acontecer. O Aldo dominou os três primeiros rounds, e no quarto o Zumbi até tentou ser agressivo, mas o Aldo respondeu à altura. Eu até pedi a ele pra se poupar um pouco, mesmo que perdesse o quarto round, e entrasse no quinto para garantir a vitória. Quem cansa não faz o que o Aldo fez no quarto round, dando chutes altos, derrubando e partindo pra tentar finalizar a luta. Algumas pessoas reclamam de tudo. Dizem que o Aldo não dá mais show, como o Anderson. Por acaso, por um acidente, o Anderson deu show e perdeu uma luta. Se o Aldo tenta dar show e cai duro, o pessoal cai na pele dele. Se ele ganha dando show, também reclamam. Não sei o que o público quer, é difícil como treinador e promotor entender o que as pessoas querem.

Cielo explica sensação do tri: 'Pronto para desafiar qualquer um de novo'

Depois de um período difícil desde as Olimpíadas de Londres, tricampeão mundial diz que vitória em Barcelona resgata a sua vontade de nadar

Por Lydia Gismondi Direto de Barcelona
Aquele Cesar Cielo confiante e seguro que o torcedor brasileiro conheceu andava meio escondido. O fim do reinado olímpico, uma lesão crônica e a difícil recuperação o impediam de acreditar que ainda era o mesmo campeão de sempre. Em momentos de crise, no ano passado, duvidou se conseguiria voltar a nadar depois da delicada cirurgia nos joelhos e perdeu o interesse pelo esporte. A fase ruim se encerrou de vez neste sábado, exatamente um ano depois de quando ela começou, com o bronze nos 50m livre dos Jogos Olímpicos de Londres. O agora tricampeão mundial voltou a ser aquele mesmo nadador destemido de antes.
Cesar Cielo posa com medalha de ouro em Barcelona (Foto: Satiro Sodré/CBDA)Cesar Cielo posa com as medalhas de ouro conquistadas em Barcelona (Foto: Satiro Sodré/CBDA)
Logo depois de conferir no placar a vitória na final dos 50m livre do Mundial de Barcelona, o confiante Cielo de outrora reapareceu. O nadador vibrou como nunca. Sentou na raia, deu um tapa no peito e disse: "Vem aqui! Vem!". Depois da euforia, o tricampeão explicou o que passou pela sua cabeça exatamente naquele momento de explosão.
- Aquela hora eu estava assim... "Estou pronto para desafiar qualquer um de novo". Antes da prova, senti que tinha que me desafiar o tempo inteiro. Meu joelho vai estar bom ou não vai estar bom, vou conseguir ou não vou conseguir. Você não controla os pensamentos. No  balizamento você olha para os lados e fala: "Queria muito ganhar essa prova". Mas você vê que não é brincadeira isso aqui. É uma final de Mundial - disse Cielo, que foi bicampeão nos 50m borboleta.
Cesar Cielo brinca com suas medalhas de ouro em Barcelona (Foto: Satiro Sodré/CBDA)Tricampeão mundial dos 50m livre faz graça com
as medalhas (Foto: Satiro Sodré/CBDA)
Mesmo um ano depois dos Jogos Olímpicos de Londres, aquela indigesta medalha de bronze nos 50m livre ainda insistia em seguir presa em sua garganta. Para completar, sofria com a dura reabilitação da cirurgia nos joelhos, realizada em setembro. Só realmente uma grande conquista, como o terceiro ouro mundial consecutivo nos 50m livre, seria capaz de fazê-lo apagar de vez a decepção na Inglaterra.
- Vim para esse Mundial querendo uma medalha de ouro, porque não queria ficar com aquele gosto amargo das Olimpíadas. Foi um ano que eu não gostava de ver notícia de natação. Via vídeo das Olimpíadas e ficava louco, queria jogar o computador longe. Era mais para eu conseguir viver comigo mesmo. Estava em uma maluquice que estava odiando o esporte que mais gosto. Não queria em momento nenhum olhar para a natação, daqui a dez anos, e ainda sentir o que senti nas Olimpíadas. Agora deu uma zerada em relação a isso. A vontade de competir está maior do que nunca. Aquele desafio antes da prova, aquela adrenalina é muito louca. Quando consegue ter sucesso então...É isso que me faz continuar voltando. Independentemente do que acontecer daqui para frente, essa medalha me fez gostar da natação de novo.
Ainda sem firmeza na largada com os "novos" joelhos, Cielo estava mais confiante no ouro na prova dos 50m borboleta, que também acabou se confirmando. Era difícil prever o que aconteceria na final dos 50m livre. O francês Florent Manaudou, atual campeão olímpico, era o principal favorito. Mas a noite do último sábado era mesmo do brasileiro. Talvez a melhor noite de sua carreira.
- Vim, sinceramente para conquistar uma medalha. Achei que a prova dos 50m borboleta era minha única chance real. E essa medalha de ouro era meio que para eu sentir que estava de volta, que a cirurgia não afetou minha capacidade de nadar. A hora que vieram as duas mesmo... foi uma surpresa. Acho que foi o melhor sentimento pós-prova da minha carreira inteira -  opinou.

Julio César fica fora de estreia do QPR, e técnico admite transferência

'É questão de alguém chegar aqui e querer comprá-lo', afirma Redknapp

Por GLOBOESPORTE.COM Londres
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Julio cesar queens park rangers (Foto: Agência Getty Images)Julio César defendeu o QPR na última temporada
após deixar o Inter de Milão (Foto: Getty Images)
O goleiro Julio César ficou fora do primeiro jogo do Queens Park Rangers na Segunda Divisão da Inglaterra: vitória de 2 a 1 sobre o Sheffield Wednesday, sábado, no estádio Loftus Road. Antes da partida, o técnico Harry Redknapp admitiu que dificilmente o brasileiro continuará no clube.
- Julio é um goleiro de classe mundial, jogou a Copa das Confederações com o Brasil e foi campeão. Eu acho que ele pode jogar em qualquer time do mundo e acho que ele quer atuar em um campeonato melhor que a Segunda Divisão. Então, é questão de alguém chegar aqui e querer comprá-lo. Eles estarão comprando um grande goleiro - disse Redknapp.
A vitória sobre o Sheffield Wednesday marcou a volta do meia Joey Barton ao QPR, após uma temporada emprestado ao francês Olympique de Marselha. O atleta ganhou fama recentemente no Brasil por ter feito críticas polêmicas a Neymar e Thiago Silva pelas redes sociais. Sem Julio César, Redknapp escalou o goleiro Rob Green como titular.
O nome do brasileiro tem aparecido constantemente em especulações na imprensa internacional. Clubes como Arsenal, Napoli, Fiorentina e Villarreal já surgiram como candidatos a contratar Julio César, que ainda não aceitou nenhuma proposta para deixar o QPR.
Aos 33 anos, o goleiro começou a carreira no Flamengo e depois passou pelo Chievo Verona antes de chegar ao Internazionale, clube que defendeu de 2005 a 2012, com sucesso, até ir para o QPR. Com o clube de Milão, Julio César ganhou cinco vezes o Campeonato Italiano (2005/2006, 2006/2007, 2007/2008, 2008/2009 e 2009/2010), quatro Copas da Itália (2004/2005, 2005/2006, 2009/2010, 2010/2011) e Supercopas da Itália (2005, 2006, 2008, 2010), uma Liga dos Campeões (2009/2010) e um Mundial de Clubes da Fifa (2010).
Vitória vira no fim, faz as pazes com a torcida e mantém Lusa em penúltimo
No Barradão, Portuguesa sai na frente com Cañete, mas Danilo Tarracha e Fabrício viram para o time baiano, que sobe para sexto
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • lance capital
    40 do 2ºT

    Fabrício cobra falta, a bola desvia na barreira da Portuguesa e engana o goleiro Lauro. Vitória vira a partida no Barradão.
  • estatísticas
    finalizações

    A Portuguesa pressionou e chutou 18 vezes a gol, contra apenas cinco do Vitória.  Mas o time baiano foi mais eficiente..
  • como fica?
    contrastes

    Enquanto o Vitória volta a se aproximar do G-4, a Portuguesa segue na zona do rebaixamento, na penúltima colocação.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Após 20 dias longe do Barradão, a torcida atendeu a um pedido do técnico Caio Júnior e compareceu em bom número, com a missão de ajudar o Vitória a voltar a vencer. E, depois de muita irritação, pôde comemorar. Com gols de Danilo Tarracha e Fabrício, o Rubro-negro venceu a Portuguesa de virada na noite deste domingo, por 2 a 1, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. O argentino Cañete abriu o placar para a Lusa.
Antes de soltar o grito, os torcedores sofreram com a atuação do time. Apesar do triunfo, o Vitória finalizou apenas cinco vezes ao gol, enquanto os visitantes incomodaram o goleiro Wilson, grande destaque da partida, em 18 ocasiões.
Falhas à parte, o resultado trouxe paz à equipe de Caio Júnior, que não vencia há três jogos. Agora com 18 pontos, o Vitória está em sexto lugar, a um ponto do Internacional, primeiro time dentro do G-4. Na próxima rodada, o Rubro-negro volta a jogar no Barradão, diante do Fluminense, na quarta-feira, às 19h30 (de Brasília).
Já a Lusa, que mais uma vez deixou o resultado escapar nos minutos finais, chega a seis jogos sem vencer. A equipe de Guto Ferreira é a vice-lanterna, com duas partidas a mais em relação ao Náutico, e tentará sua recuperação na quarta-feira, às 21h, contra o Flamengo, no Rio de Janeiro.
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Dinei vitória Portuguesa série A (Foto: Edson Ruiz / Agência Estado)Dinei e Ferdinando, em disputa de bola (Foto: Edson Ruiz / Agência Estado)
Torcida comparece, mas só vê a Lusa jogar
De volta ao Barradão após 20 dias, o Vitória não mostrou sintonia com sua torcida. O técnico Caio Júnior pediu e os rubro-negros compareceram em bom número para uma noite de domingo. Cantaram, empurraram, mas viram apenas a Portuguesa jogar. Reforçada pela volta do meia Souza, a equipe rubro-verde não se intimidou no campo adversário e foi para cima, em busca da vitória após cinco rodadas de jejum.
Souza, aliás, foi o principal nome da Lusa na etapa inicial. Teve a melhor chance para marcar, mas Wilson fez grande defesa. O goleiro do Vitória vibrou muito com o próprio feito, porém o árbitro marcou tiro de meta a favor dos donos da casa, gerando revolta no técnico Guto Ferreira. O camisa 10 também deu trabalho em cobrança de falta, que novamente parou em Wilson.
Até os 25 minutos, a Lusa tinha 60% da posse de bola e o Vitória ainda não havia finalizado a gol. Mas foi um chute de Cañete na trave rubro-negra que fez Caio Júnior se mexer. Imediatamente após o lance o técnico sacou Daniel Borges e colocou Leilson. Não funcionou. Os visitantes continuaram a levar perigo e a torcida, convocada para ajudar, passou a vaiar os jogadores do próprio time.
- A torcida tem de ajudar e não atrapalhar. A gente está correndo, quer vencer. Quando o jogo é fora, a gente vê a torcida de outros times apoiando e queria isso aqui dentro também, mas só vaiam - reclamou Renato Cajá, um dos mais criticados pelos rubro-negros.
escudero vitória Portuguesa série A (Foto: Edson Ruiz / Agência Estado)Escudero chuta, frente à marcação do jogador da Portuguesa (Foto: Edson Ruiz / Agência Estado)
Vitória vira e faz as pazes com a torcida
Não houve tempo para reconciliação entre Cajá e torcida. O Vitória voltou para o segundo tempo com Camacho no lugar do criticado meia. Mudou o time, mas o duelo seguiu com a mesma toada: a Portuguesa com mais posse de bola e dona das melhores chances, mas ainda sem sorte.
E parecia que continuaria assim, até os 18 minutos da etapa final, quando a Lusa tentou três vezes consecutivas e finalmente balançou a rede no Barradão. Gilberto saiu em disparada pelo meio, mas parou em Wilson. Na sequência, o próprio atacante ficou com a bola e cruzou para Souza cabecear firme, mas o goleiro do Vitória salvou novamente. No rebote, então, Cañete pegou de primeira e abriu o placar.
Era o que faltava para o Rubro-negro acordar. Artilheiro do campeonato, Maxi Biancucchi fez boa jogada pela direita e cruzou para a área. A bola passou por toda a defesa rubro-verde e sobrou para Danilo Tarracha empatar. A torcida explodiu e voltou a empurrar, e o Vitória passou a ser melhor na partida.
A virada quase veio aos 36 minutos, mas Escudero, com o gol livre, chutou para fora, entrando para o Inacreditável Futebol Clube. Já perto do fim, ainda contando com o apoio das arquibancadas, Fabrício não desperdiçou e, numa cobrança de falta perfeita, que contou com desvio na barreira, balançou a rede e acabou com o jejum rubro-negro.
No duelo dos iguais, Atlético-PR leva a melhor e vence o Goiás por 2 a 0
Furacão conquista a terceira vitória seguida no Brasileirão e pula para a sétima colocação, enquanto o Goiás permanece na zona intermediária
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • momento decisivo
    43 min
    Após perder algumas bolas no ataque, Dellatorre soube aproveitar o passe na medida que Éverton deu. Um simples toque tirou o goleiro Renan.
  • nome do jogo
    Renan
    Apesar de sair desconsolado no primeiro tempo, o goleiro do Goiás evitou uma derrota maior por causa das boas defesas durante o jogo.
  • amarelou
    Tartá
    O atacante poderia dar uma tranquilidade maior para o Goiás, mas desperdiçou três chances claras no primeiro tempo. Como castigo, o Furacão abriu o placar.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Na disputa de quem continuaria embalado no Campeonato Brasileiro, o Atlético-PR levou a melhor sobre o Goiás, com uma vitória de 2 a 0. Os gols marcados pelos atacantes Dellatorre e Éderson possibilitaram que o Furacão conquistasse a primeira vitória em casa, além do terceiro triunfo seguido no Nacional.
O Rubro-Negro continua com a ascensão na tabela. No início da rodada, as duas equipes estavam exatamente iguais na classificação, mas o Furacão subiu para a sétima colocação, com 16 pontos - três de diferença para o G-4. Já o Goiás caiu para a 13ª colcoação, com 13 pontos.
O primeiro tempo foi equilibrado, mas quem se deu melhor foi o Furacão. Um castigo para o Esmeraldino, que teve três chances claras com Tartá, mas desperdiçou todas com chutes para fora. Com uma pressão maior, o time mandante insistiu e conseguiu marcar aos 43 minutos, após passe de Éverton, e conclusão de Dellatorre. Na etapa final, a pressão rubro-negra continuou, conseguindo o gol decisivo aos 45 minutos.
Luiz Alberto atlético-pr goiás série A (Foto: Joka Madruga / Agência Estado)Atlético-PR conseguiu pressionar e segurar a vitória de 2 a 0 (Foto: Joka Madruga / Agência Estado)
Na rodada do meio da semana, o Furacão continua em casa e enfrenta o Bahia, na quarta-feira, às 21h (de Brasília). Já o Goiás retorna para o Serra Dourada onde recebe o lanterna Náutico, no mesmo dia, mas às 21h50.
Furacão pressiona, Goiás aposta no contra-ataque
O Atlético-PR começou com um sentimento duplo: embalado com duas vitórias fora de casa, mas pressionado por ainda não ter vencido nos seus domínios. O técnico Vagner Mancini repetiu a dupla de ataque, com Marcelo e Dellatorre, além de colocar o veterano Baier no meio. A intenção do Furacão era pressionar, só que a boa defesa do Goiás impediu a movimentação - com até dez homens atrás da linha da bola.
O forte do Atlético-PR era pelo lado direito, com o apoio de Baier, só que a proposta de aproveitar o contra-ataque deu mais certo para o Goiás. O atacante Tartá chegou três vezes na cara do gol, só que não aproveitou. A situação melhorou para o time da casa só aos 19 minutos, quando Éverton arriscou um chute de fora, e Dellatorre não alcançou um passe de Paulo Baier.
No entanto, quem assustou mesmo, de forma bonita, foi Marcelo, que quase encobriu o goleiro Renan, mas o arqueiro conseguiu evitar que a bola fosse por cima dele. O gol atleticano só saiu aos 43 minutos, quando Dellatorre aproveitou um passe na medida de Éverton, abrindo o placar na Vila Capanema.
Atlético-PR continua na pressão; Éderson amplia nos instantes finais
O gol atleticano no finalzinho do primeiro tempo esfriou os ânimos do Goiás. No retorno do intervalo, quem dominou o jogo foi o Furacão, com as principais jogadas caindo no lado direito. Até os 20 minutos, o Esmeraldino não chegou perto da área de ataque, enquanto o Atlético-PR teve três chances claras. Numa delas, Éverton teve todas as condições de ampliar, mas chutou fraco nas mãos de Renan.
Em seguida, Dellatorre disputou com o zagueiro Valmir Lucas, mas o atacante preferiu cair no gramado, simulando um pênalti, ao invés de tentar a conclusão. Logo após o lance, Mancini tirou o jogador para colocar o artilheiro Éderson. Nos minutos finais, o jogo perdeu graça e ficou preso no meio-campo, com muitas faltas e passes errados. Mesmo assim deu tempo ainda para Éderson fazer o segundo gol, após rebote no chute de Zezinho.
Fred perde novo pênalti, e Flu e Ponte ficam no empate em Campinas: 1 a 1
Tricolor desperdiça muitas chances na etapa final, mas conquista o primeiro ponto fora de casa no Brasileiro. Macaca segue irregular como mandante
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • personagem
    Igor Julião
    O lateral de 18 anos fez sua estreia como titular e foi um dos destaques do Flu: sofreu pênalti, deixou Wagner livre para marcar e mostrou personalidade.
  • lance capital
    40 do 2º tempo
    A Ponte chegou ao empate no fim do jogo. Alemão fez boa jogada pela esquerda e acertou um cruzamento rasteiro na medida para William empatar.
  • roteiro repetido
    Fred
    Assim como diante do Cruzeiro, o atacante viu o goleiro defender o pênalti e o rebote. Foi a 30ª cobrança de pênalti de Fred pelo Flu, com 24 gols e seis erros.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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A Ponte Preta tentava melhorar seu desempenho como mandante e ainda se recuperar da derrota para o Coritiba. Já o Fluminense queria alcançar sua segunda vitória seguida sob o comando do técnico Vanderlei Luxemburgo. Mas nenhum dos dois adversários conseguiu alcançar seu objetivo na tarde deste domingo com o empate em 1 a 1 no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. Gum abriu o placar para o Tricolor no início do segundo tempo e William empatou para a Macaca no fim do jogo.
Na segunda partida de Luxemburgo, o Fluminense perdeu muitas chances de garantir a vitória e acabou castigado. A principal lamentação dos tricolores, porém, aconteceu ainda na etapa inicial, quando o capitão Fred voltou a desperdiçar um pênalti. Mas ao contrário do que aconteceu diante do Cruzeiro na última quarta-feira, dessa vez o gol fez falta. Foi a 30ª cobrança do atacante com a camisa do clube das Laranjeiras - incluindo três em decisões por pênalti - e o sexto erro. Em compensação, a equipe conseguiu seu primeiro ponto atuando como visitante e viu o jovem lateral Igor Julião, de apenas 18 anos, se destacar como um dos melhores do jogo.
- Futebol é assim mesmo. O primeiro tempo foi disputado. No segundo, o nosso time jogou bem, mas erramos muito. Erramos o pênalti e o último passe - lamentou Fred.
Já a Ponte do técnico Paulo César Carpegiani segue irregular em casa. Em seis jogos até agora, apenas uma vitória, dois empates e três derrotas.
- Entro sempre na intenção de fazer o meu melhor e hoje eu pude ajudar o time da Ponte Preta. Saio de campo feliz - afirmou o atacante Alemão, autor da assistência para William.
william ponte preta gum fluminense série A (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Gum e William disputam a bola em Campinas: atacante e zagueiro marcaram os gols no empate em 1 a 1 entre Ponte Preta e Fluminense na tarde deste domingo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
O resultado pouco mudou a situação das duas equipes na tabela de classificação. O Fluminense chegou aos 13 pontos e subiu para a 11ª posição. Já a Ponte alcançou os 11 pontos ganhos e ocupa o 15º lugar. O Tricolor volta a campo na próxima quarta-feira para encarar o Vitória, às 19h30m (de Brasília), no Barradão. No dia seguinte, a Macaca encara o Vasco, às 21h (de Brasília), em São Januário.
Jogo morno, roteiro repetido no pênalti
roberto ponte preta fluminense série A (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Roberto comemora a defesa no pênalti de Fred
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
O jogo começou devagar no Moisés Lucarelli. Enquanto a Ponte Preta buscava melhorar sua campanha como mandante, o Fluminense queria mostrar que a má fase tinha ficado no passado. Entre passes errados e poucas faltas (apenas quatro nos primeiros 20 minutos de bola rolando), os rivais optaram pela cautela antes do ataque. Jogando em casa, a Macaca dominava a posse de bola, mas pouco ameaçava a meta de Diego Cavalieri. A primeira chance clara surgiu apenas na metade do primeiro tempo, quando Geovani deixou Régis na cara do gol e o lateral chutou por cima.
Enquanto isso, o técnico Vanderlei Luxemburgo gritava muito à beira do campo e tentava orientar o Fluminense. Com Fred apagado e chegando até a tropeçar sozinho em um lance, o Tricolor demorou a se encontrar no jogo. Mas quando o fez, passou a dominar as ações e quase abriu o placar. Primeiro com Rafael Sobis, que cobrou falta da entrada da área no travessão. Depois, em pênalti sofrido pelo jovem Igor Julião em bela jogada pela direita. Fred pegou a bola e repetiu o roteiro apresentado na última quarta-feira contra o Cruzeiro: viu Roberto defender a cobrança e o rebote. Na sequência, o goleiro da Ponte ainda fez outra grande defesa em cabeçada de Carlinhos após cobrança de escanteio.
Flu perde chances e a vitória
A cautela da etapa inicial deu lugar à velocidade no segundo tempo. E bastaram quatro minutos para o Fluminense abrir o placar. No primeiro lance de perigo, Wagner lançou Fred, mas a defesa fez o corte. Logo em seguida, a bola de Wagner achou Rafael Sobis na área. O atacante cruzou para trás e Gum, livre na pequena área, cabeceou para fazer 1 a 0. Foi o sétimo gol de cabeça do Tricolor no Brasileirão.
A vantagem do Flu no placar deixou o jogo mais aberto. E a Ponte Preta quase empatou em um lance de inteligência de Adrianinho. O apoiador bateu direto para o gol uma falta lateral e obrigou Cavalieri a se esticar todo para fazer grande defesa. Ainda assim, era o time carioca que mais criava. Em seu primeiro jogo como titular entre os profissionais, Julião era a principal válvula de escape e se destacava com boas jogadas pela direita. Em uma delas, o lateral achou Wagner livre na área, mas o meia chutou por cima. Gum também quase ampliou após escanteio.
Vendo seu time acuado, Carpegiani mandou a Macaca para o ataque. Além de Adrianinho, colocou em campo mais dois jogadores ofensivos: o meia Brian Sarmiento e o atacante Alemão. E chegou ao empate em um das poucas falhas da defesa tricolor. Alemão recebeu livre pela direita e cruzou rasteiro para William dar números finais ao jogo.
gum fluminense ponte preta série A (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Gum festeja seu gol contra a Ponte Preta neste domingo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

A primeira semana de Neymar no Barça: cansaço e parceria com Messi

Viagens, treinos, goleada, idolatria... Neymar se aproxima do craque argentino, mas tira camisa 10 das principais manchetes da imprensa local

Por GLOBOESPORTE.COM Barcelona, Espanha
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Chegar em Barcelona, treinar, viajar para a Pôlonia, disputar primeiros minutos em campo, treinar novamente, estrear no Camp Nou contra o Santos e seguir viagem para a Ásia. A primeira semana de Neymar em Barcelona foi intensa, o craque não parou nem por um minuto, mas sempre que apareceu esboçou um sorriso. O GLOBOESPORTE.COM acompanhou os passos do camisa 11 nesta nova fase e lembra a nova rotina do atacante.
Além de ter de se adaptar à equipe dentro e fora de campo, Neymar ainda foi requisitado para eventos do Barcelona fora das quatro linhas e viajou para a Pôlonia, fora do previsto, logo no segundo dia de trabalho: jogou cerca de 15 minutos contra o Lechia Gdansk, na última quarta, em empate de 2 a 2. A estreia "para valer", com apenas 16 minutos ao lado de Messi, foi na sexta, no Camp Nou, em noite de goleada por 8 a 0 sobre seu amado Santos.
- Cansado, mas feliz - disse o craque após a vitória.
neymar e daniel alves (Foto: Globoesporte.com)Neymar chega ao primeiro treino no Barcelona: Daniel Alves como 'padrinho' (Foto: Globoesporte.com)
O novo camisa 11 desembarcou em Barcelona no domingo passado, visitou alguns pontos da cidade com os amigos, conheceu o centro de treinamentos do clube e descansou na sua nova casa no bairro de Pedralbes. Logo no segundo dia, o craque compareceu duas vezes ao CT, de manhã bem cedo para exames médicos e ao final do dia para o primeiro treinamento do técnico argentino Gerardo "Tata" Martino com o time. Um treino intenso, mas Neymar ainda teve fôlego para ficar além da hora, praticando com Messi.
Neymar chega a Barcelona (Foto: Reprodução)A chegada em Barcelona, domingo passado, ao
lado do pai e amigos (Foto: Reprodução)
A expectativa era que Neymar só estreasse contra o Santos, em jogo valendo o Troféu Joan Gamper. Porém, de forma inesperada, o craque entrou na lista de relacionados para viajar à Pôlonia no dia seguinte, para disputar o amistoso com Lechia. Foi mais uma maratona para Neymar, que se apresentou às 8h (horário local) no aeroporto, jogou e regressou com a equipe no mesmo dia para Barcelona, aterrisando em piso catalão de madrugada.
Nos dias seguintes, o craque treinou com o time duas vezes por dia, compareceu na coletiva prévia para o Joan Gamper, fez sessões de fotos para a nova temporada junto do elenco e ainda foi a estrela do congresso anual com grupos de torcedores organizados do Barcelona. No meio de tudo isso, Neymar ainda teve tempo para jantar ao lado de Daniel Alves na quarta-feira à noite em um restaurante da cidade e no dia seguinte com os ex-companheiros do Santos, no hotel Princesa Sofia. A vantagem do craque são os acessos facilitados, já que o hotel tradicionalmente frequentado pela delegação do Barcelona, a sua nova casa, o estádio e o centro de treinamentos ficam todos no mesmo perímetro.
Neymar Barcelona x Lechia (Foto: Getty Images)A estreia contra o Lechia: cerca de 15 minutos em campo pelo Barça na Polônia (Foto: Getty Images)
Neymar, novo ídolo mundial do Barcelona
Agora em viagem com os novos companheiros pela Ásia (patrocinada pela companhia aérea Qatar Airways) para o chamado Tour da Paz que o Barcelona está realizando em Israel, Palestina e em seguida Tailândia e Malásia para disputar duas partidas amistosas, Neymar está observando de perto a dimensão do Barcelona nos quatro cantos do mundo. Mesmo sem nunca ter representado um time europeu antes, o camisa 11 do Barça já é um dos mais requisitados do elenco durante as viagens. Isso é apenas o espelho do que se passou na cidade do clube durante a semana. Nos primeiros sete dias do brasileiro na Catalunha, a região viveu uma autêntica febre Neymar.
- Aqui a meninada só procura camisa do Neymar. Vendemos cerca de 40, 50 camisas do brasileiro por dia. Do Messi, mais ou menos igual. Nesse momento está equilibrado. O Neymar é a novidade, se as vendas se mantiverem assim para nós vai ser ótimo - comentou Josh Illiah, gerente de vendas da principal loja da Nike de Barcelona.
Chuteiras de Neymar em loja em Barcelona (Foto: Claudia Garcia)Patrocinadora aproveita para faturar com a imagem de Neymar nas lojas (Foto: Claudia Garcia)
A empresa americana, aliás, só tem a ganhar com a contratação de Neymar pelo clube catalão. O Barcelona é o principal time de futebol que usa uniforme da marca, mas o melhor jogador do time, Lionel Messi, é patrocinado pela alemã Adidas. Faltava um grande símbolo da Nike na Catalunha e desde que Neymar chegou, a empresa já decorou suas lojas com fotos, uniforme e chuteiras do brasileiro. O argentino ficou para segundo plano, tal como explica Illiah.
- Do Messi vendemos apenas a camisa do Barcelona. Mas agora estamos aproveitando ao máximo a imagem do Neymar, usando banners, as chuteiras dele estão aqui em evidência e estamos vendendo muito também. Uns 25 pares por dia, é muita coisa. O outro grande produto da Nike é Cristiano Ronaldo, que tem aqui sua chuteira também, mas aqui em Barcelona, o nosso destaque é o Neymar e as vendas estão disparando - contou.
carro Neymar Barcelona (Foto: Reprodução)A casa de Neymar fica em região próxima ao
Camp Nou e ao CT do Barça (Foto: Reprodução)
Além das lojas da Nike e do Barcelona espalhadas pela cidade, os uniformes de Neymar também são o sucesso nos comércios de rua. A camisa de Messi agora aparece em destaque ao lado da do ex-santista. O argentino já não é o único ídolo de Barcelona e isso também se reproduz na mídia.
- O Messi é muito sério e a imagem dele em campo não transmite alegria para as pessoas. O Neymar faz a gente recordar o Ronaldinho Gaúcho, aquela alegria nata de jogar futebol. As pessoas querem isso aqui em Barcelona. Para nós jornalistas, até agora só tínhamos o Messi para colocar na capa, agora temos o Neymar, então vamos usar essa imagem e as pessoas gostam. No futuro, tudo vai depender do que ele fizer em campo. Para já, é só a novidade - esclareceu Javier Giraldo, repórter que segue o Barcelona para o diário “Sport”, que na véspera do Troféu Joan Gamper, usou o brasileiro na sua manchete com o título: o “Joan Gamper de Neymar”.
Camisa do Neymar na loja do Barcelona (Foto: Claudia Garcia)Camisa de Neymar ganha destaque na loja da patrocinadora do Barça (Foto: Claudia Garcia)
Messi e Neymar, a nova parceria
Apesar do entendimento entre Messi e Neymar ter funcionado nos primeiros dias do brasileiro em Barcelona, o protagonismo do camisa 11 na mídia parece não ter agradado à família de Messi. Segundo comentários entre os jornalistas locais, os assessores do argentino teriam até contestado com o diário “Sport” a manchete da última sexta, onde não havia qualquer referência a Messi. Afinal, o camisa 10, eleito pela Fifa como o melhor do mundo nos últimos quatro anos, é e pretende continuar sendo o símbolo do clube.
messi e Neymar, Barcelona (Foto: Getty Images)Messi e Neymar conversam de forma animada antes da goleada sobre o Santos (Foto: Getty Images)
É ainda muito cedo para saber se a parceria entre Neymar e Messi vai realmente funcionar ou não. Mas, no momento, as duas partes estão fazendo um esforço. Em todas as aparições públicas, desde o dia da apresentação oficial, o craque brasileiro repetiu que o argentino é seu ídolo e que sonhava jogar a seu lado. Messi, como todos sabem, é homem de poucas palavras. O camisa 10 não respondeu aos elogios de Neymar, mas correspondeu com simpatia a hospitalidade nos primeiros dias do ex-santista na cidade.
- O que ele falou para a gente é que o Messi o recebeu muito bem, e todo o grupo o surpreendeu pela recepção positiva - contou o meia Arouca, um dos parceiros de Neymar no Santos e que esteve com o craque durante a semana em Barcelona.
Cartões de Messi e Neymar à venda em Barcelona (Foto: Claudia Garcia)Cartões de Messi e Neymar à venda, juntos, em
banca de Barcelona (Foto: Claudia Garcia)
Segundo os diários esportivos da Catalunha, a receção de Messi foi tão calorosa, que chegou mesmo a surpreender os dirigentes do Barça. No próprio domingo, quando Neymar chegou na cidade e se deslocou até ao centro de treinamentos para conhecer o percurso, o craque deu de cara com Messi, que estava fazendo trabalho físico no CT. Logo ali, deu para sentir um feeling positivo. De acordo com a imprensa, foi o argentino quem procurou Neymar e foi “muito amável”.
- Está claro que Neymar “caiu” bem a Messi, pois lhe agradou todas as palavras e elogios do brasileiro antes de chegar. E o Messi é assim, quando ele gosta de uma pessoa no primeiro impacto, depois ele é bem legal. Quando ele não simpatiza muito, depois fica mais difícil se aproximar, por que é uma pessoa fechada, só se abre um pouco mais para os seus amigos - explicou David Bernabéu, jornalista da TV “Cuatro” espanhola, que segue o Barcelona há mais de 10 anos e conhece Messi desde os tempos de La Masia (a divisão de base do clube).
Dentro de campo, os primeiros sinais também foram positivos. Apesar de terem disputado apenas 16 minutos juntos no Troféu Joan Gamper, Neymar e Messi mostraram entendimento, conversaram antes da partida e trocaram sorrisos durante a apresentação oficial do time. Do pouco que foi possível ver dos treinamentos, a dupla integrou sempre a mesma roda de bobo, apadrinhados pelo lateral Daniel Alves, amigo de ambos. No final dos treinos, Neymar ficou ainda praticando no gramado junto do argentino. Os dois treinaram cobranças de falta com a ajuda do goleiro Pinto, fiel companheiro de Messi, e também algumas jogadas técnicas na companhia de Daniel Alves.
Camisas de Neymar e Messi em loja de Barcelona (Foto: Claudia Garcia)Neymar divide as atenções com Messi entre as mercadorias do Barça em banca (Foto: Claudia Garcia)
Por enquanto, há entrosamento. Falta, porém, saber como será dentro de campo, já que 16 minutos não são suficientes para tirar ilações.
- A maioria das pessoas não conhece bem o Messi. Apesar de ele ser tímido, nós estamos falando de um cara que venceu quatro Bolas de Ouro. Vocês nem imaginam a ambição e a competitividade desse cara em campo. O David Villa, por exemplo, foi vítima disso. Às vezes o Villa dava um passe ruim para o Messi e o Messi xingava ele em campo como se fosse um jogador da base. Mas você está falando com o melhor marcador da história da seleção espanhola, não com um qualquer. Isso não agradou ao Villa e foram várias situações. Se o Neymar, com seu estilo brasileiro, fizer muito drible, der de calcanhar e errar passes importantes que poderiam deixar Messi em boa condição, aí ele vai reclamar. Em campo, ele é muito competitivo e exigente com os colegas, fora de campo, ele é tranquilo. Nos casos de Xavi, Iniesta e Fabregas, eles jogam com o Messi há muito tempo e ele tem muito respeito por esse trio, sabe que precisa deles - analisou David Bernabéu.
Neymar, pouco disponível com os torcedores
Apesar da sua simpatia, humildade e carisma junto dos fãs, Neymar não está gerando, por agora, uma boa impressão para os moradores do bairro San Joan Despi, onde se encontra o CT do Barcelona. No local, Messi continua sendo o rei junto da meninada e mesmo dos mais velhos.
Crianças fazem o 'Tois' para Neymar no Barcelona (Foto: Claudia Garcia)Crianças fazem o 'Tois' para Neymar na porta do CT do Barcelona (Foto: Claudia Garcia)
Durante sua primeira semana de treinos, o craque brasileiro não parou nenhuma vez para dar autógrafos e tirar fotos com os torcedores. Aconselhado pelos seus assessores, Neymar está ainda se ambientando à cidade e procura evitar situações de aglomeração que possam se tornar perigosas. Porém, na porta do CT, são apenas umas 20, 30 pessoas, sobretudo crianças do bairro, que vêm diariamente em busca de uma assinatura. Em contrapartida, Messi para, cerca de duas, três vezes por semana, e já autografou até camiseta número 11 de Neymar.
- Nessa primeira semana, ele nunca parou. Passa por aqui com seu carro Audi Q7, fala tchau, mas não pára. É uma desilusão para as crianças - comentou Jordi Baragan, industrial de 37 anos, que mora no bairro e traz os seus filhos Jonathan e Owen para conhecer os craques.
torcida Neymar saída treino Barcelona (Foto: Claudia Garcia)Pequenos fãs levam faixa em português para
tentar autógrafo do craque (Foto: Claudia Garcia)
- O Messi é atencioso. Ele para várias vezes, o Montoya, o Batra e o Piqué também são muito simpáticos. O Neymar também parece ser legal, mas esperávamos mais dele nesses primeiros dias. Era caso de ele tentar ser mais simpático com os torcedores - completou Oscar Lopes, operário de 36 anos, que estava acompanhado pelos dois filhos.
Já a pequena Lurdes, de 10 anos, não perdoa o craque brasileiro e Iniesta.
- O Iniesta sempre fala que gosta de crianças. Ontem estava aqui só eu com o meu pai à noite, eu sou criança e ele não parou. O Neymar não tem sido legal, você fala para ele parar aqui, por favor? - pediu a menina.
Os torcedores estão começando a cobrar de Neymar o carinho demonstrado nesses primeiros sete dias. Na porta do CT, a maioria dos meninos vestia a nova camisa 11 do craque, alguns escreveram mensagens em português e até fizeram o "Tois" para Neymar ver. Quando voltar da excursão pela Ásia, o craque seguirá viagem para a Suíça para o amistoso da Seleção e depois regressa a Barcelona para os treinos de preparação para o primeiro jogo do campeonato, contra o Levante. É só o início de uma nova era para Neymar - e para o Barça.
Gre-Nal estreia na Arena com empate, três expulsos e gols dos matadores
Barcos e Damião definem o resultado do clássico deste domingo, disputado em clima tenso; Jorge Henrique deixa Colorado com um a menos
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • DEU CERTO
    Torcida do Inter
    Depois de uma semana de muita polêmica, a torcida do Inter foi até a Arena e não encontrou problemas no deslocamento de ônibus.
  • polêmica
    Arbitragem
    A atuação do árbitro Fabrício Neves Corrêa foi contestada pelas duas equipe. Foram três expulsões em um jogo muito truncado.
  • histórico
    Primeiro gol
    Um dos destaques do jogo, Barcos marcou um gol histórico. Foi o primeiro de um Gre-Nal na Arena do Grêmio, de pênalti, ainda no primeiro tempo.
A CRÔNICA
por Diego Guichard
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Todos os ingredientes que fazem do Gre-Nal um dos clássicos de maior rivalidade do Brasil estiveram presentes na tarde deste domingo, na Arena do Grêmio, pela 11ª rodada do Brasileirão. Muita marcação, faltas, três expulsões e dois gols, um para cada lado. No primeiro clássico no novo estádio tricolor, os centroavantes foram protagonistas. Barcos abriu o placar, enquanto Leandro Damião igualou em 1 a 1 para o Inter.
O Colorado, que jogou boa parte do segundo tempo com um a menos após o cartão vermelho para Jorge Henrique, subiu para a quarta colocação, com 19 pontos. O Grêmio fica em oitavo, com 16.
A partir de segunda-feira, Renato começa a preparação para o jogo contra o Coritiba, na quinta, novamente na Arena. Os comandados de Dunga folgam no meio da semana e enfrentam o Atlético-PR no domingo.
Juan e Kleber disputam a bola no Gre-Nal (Foto: Lucas Uebel/Divulgação, Grêmio)Juan e Kleber disputam a bola no Gre-Nal: clima tenso no clássico (Foto: Lucas Uebel/Divulgação, Grêmio)
O clima de mistério seguiu até o início da partida. Pelo lado azul, novidade: o esquema era o 3-5-2. Testado no treinamento fechado, Rhodolfo foi confirmado pela primeira vez na equipe, permanecendo entre Werley e Bressan. No Inter, uma singular dúvida. Mesmo sem as melhores condições físicas, Índio se concentrou e participou do aquecimento. Dez minutos antes da partida, Dunga divulgou a escalação de Ronaldo Alves na função do jogador mais experiente do Colorado.
Em casa, com mais de 95% de torcedores a favor, o time gremista era vista com maior volume de jogo. Agora alas, Pará e Alex Telles ganhavam liberdade para surgir como pontas, o que criava dificuldade a defesa visitante. Assim, duas chances foram criadas. Tímidas, é verdade, com chute de Elano e cabeceio de Barcos.
Gol imortal e resposta imediata
Gladiador tem tudo a ver com Arena. Dentro da área, no melhor estilo Kleber, o atacante segurou a bola, aos 16 minutos, e levou o tranco de Willians. Pênalti. na cobrança, Barcos cumpriu o que manda o manual dos centroavantes. Bateu forte, no canto. Muriel até pulou certo, mas não chegou a tempo. Com direito a tapa-olho e o gesto do Pirata, o argentino comemorou muito o gol imortal: o primeiro dos clássicos na casa tricolor. 
A resposta colorada foi quase instantânea. Lançamento de Willians para a área, em curva. Ligado, Leandro Damião entrou na diagonal e chutou de primeira: 1 a 1. Era um novo Gre-Nal.
Cautela nos dois lados
Nenhum dos  times arriscava demais. Partia-se do princípio: primeiro a defesa, depois do ataque. Oportunidades reais de gol, escassas. Seriam inexistentes, se não fosse uma cobrança de falta fechada de D’Alessandro e cabeceio de Kleber. Os dois lances bem defendidos por Dida e Muriel, respectivamente.
Gre-Nal com Jorge Henrique e Riveros (Foto: Lucas Uebel/Divulgação, Grêmio)Gre-Nal com Jorge Henrique e Riveros (Foto: Lucas Uebel/Divulgação, Grêmio)
Como já faz parte do gene de qualquer clássico,  havia muitas faltas e reclamações. Aos 33, D’Alessandro foi puxado pela camisa por Adriano, que já tinha amarelo. O camisa 10 esbravejou para o juiz Fabrício Neves Correia, mas o juiz manteve a postura e não aplicou o cartão. Só que o lance alertou o técnico Renato. “Adriano poderia ser expulso”. Cinco minutos depois, Ramiro substituía o volante.
Segundo tempo truncado

Dunga também indentificou um ponto fraco no time. Ednei estava abaixo do restante da equipe. Para a segunda etapa, trocou o lateral por Fabrício. Só que o escolhido para exercer a função na direita foi o polivalente Jorge Henrique, um tipo de curinga  na equipe vermelha. Só que o jogo era truncado, brigado, faltoso... feio. Enfim, a cara de um Gre-Nal.
As jogadas pelos flancos seguiam como principal opção tricolor. Aos 11 minutos, Barcos dividiu com D’Ale, que reclamou falta, e viu a defesa colorada desconcertada, sem a organização quase militar orientada por Dunga. Então, Pirata alçou bola e encontrou Elano totalmente livre. Sem o “cacoete“ de um centroavante, ele testou por cima, desperdiçando rara chance.

Dois gringos, então, foram acrescentados ao jogo. Um de cada lado. O estreante Scocco entrava na vaga de Forlán, pouco participativo em campo, enquanto Maxi Rodríguez substituía Elano, que já vinha em queda de rendimento em campo.
Aos 31 minutos, o uruguaio já mostrou as suas armas. Lançou Barcos na entrada da área e Jorge Henrique derrubou o Pirata. Como já tinha um amarelo, foi expulso. Com um a menos, Josimar virou lateral-direito e D’Alessandro recuou como um tipo de terceiro volante. O time de Dunga teve uma única chance. Scocco recebeu na frente da área, se livrou do marcador e bateu colocado, com perigo para Dida.
Renato ainda tentou deixar o time mais rápido, colocando o atacante Paulinho na vaga de Riveros. Já no fim do jogo, Fabrício e Werley ainda foram expulsos por agressões. Mas não deu tempo de mudar o cenário do jogo. Ficou tudo igual.
Flamengo vence por 3 a 0, sai da zona de rebaixamento e afunda o Galo
Com gols de Nixon, Elias e Paulinho, Rubro-Negro sobe na tabela. Atlético-MG soma três derrotas consecutivas e entra na zona de degola
 
 
DESTAQUES DO JOGO
  • o personagem
    Nixon
    O jovem atacante ganhou chance como titular no Flamengo e correspondeu, com um gol e um chute no travessão. Por outro lado, perdeu gol feito.
  • fizeram falta
    desfalques
    Sem Ronaldinho, Bernard e Jô, o Galo esteve praticamente nulo no setor ofensivo ao longo da primeira etapa. Na segunda, leve melhora, mas nada de gols.
  • duelo de vozes
    torcidas
    No Mané Garrincha, 31.548  torcedores pagaram ingresso para ver o jogo. Flamenguistas e atleticanos fizeram um duelo de cantos. Tudo em paz.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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Ao vencer o Atlético-MG por 3 a 0 neste domingo, em Brasília, o Flamengo somou três pontos, conseguiu escapulir da zona de rebaixamento e jogou o Galo entre os times que lutam para fugir da degola. Com gols de Nixon, Elias e Paulinho, o Rubro-Negro pulou da 17ª para a 12ª colocação, com 13 pontos. Já o time mineiro, que chegou à sexta derrota na competição - sendo a terceira consecutiva - é o 17º, com 10.
O volante Elias comemorou a reabilitação do time carioca, que vinha de derrota de 3 a 0 diante do Bahia, na última quarta-feira.
- (Aquele) foi um jogo apático, foi o pior jogo nosso. Não era para esquecer da derrota, era para tirar lições. Dessa vez, a equipe foi mais agressiva, teve mais atitude e conseguimos vencer - disse o jogador, autor do segundo gol rubro-negro.
O Flamengo volta a campo na quarta-feira para enfrentar a Portuguesa, também em Brasília. O Atlético-MG receberá o Botafogo, em Belo Horizonte.
- Tomamos dois gols muito rápidos, estávamos com a posse de bola, depois que tomamos o gol, o time baixou o nível dentro de campo. Vamos acertar esses erros para o jogo que vem - analisou o atacante atleticano Diego Tardelli.
O jogo, que teve público de 31.548 pagantes (renda de R$ 1.987.775,00), começou movimentado, com ambos os times buscando o ataque. E foi o Flamengo que levou a melhor, logo aos 7 minutos, quando Richarlyson saiu jogando errado. Marcelo Moreno rolou e Nixon abriu o placar. Na jogada, Moreno sentiu dores na coxa direita, foi substituído por Rafinha e chorou no banco de reservas.
nixon flamengo gol atlético-mg série A (Foto: Adalberto Marques / Agência Estado)Nixon (encoberto) celebra o primeiro gol do Fla no Mané Garrincha (Foto: Adalberto Marques / Agência Estado)
Pouco depois, com uma bela finalização fora da área, Elias ampliou. Sem Ronaldinho Gaúcho, Bernard e Jô, o Galo perdeu muito do seu poder ofensivo.
Com boa marcação e saída de bola rápida, o Rubro-Negro dominou a maioria das ações, foi pouco incomodado e teve chance de ampliar. Em uma delas, Nixon, livre de marcação, não acertou a bola que cruzou a boca do gol e desperdiçou de forma incrível.
Galo volta melhor, mas Fla amplia
O Atlético-MG voltou melhor do intervalo, com boas investidas, mas sem conseguir transformar a superioridade em gol. O Rubro-Negro saía bem nos contra-ataques, mas caiu de produção. O Galo esteve por várias vezes próximo de marcar o gol. Em uma delas, Felipe fez boa defesa em finalização de Alecsandro.
victor atlético-mg flamengo (Foto: Joel Rodrigues / Agência Estado)O goleiro Victor sai do gol e fica com a bola (Foto: Joel Rodrigues / Agência Estado)
Ao mesmo tempo em que se lançou ao ataque, o time mineiro deu espaços no setor defensivo. O Flamengo conseguiu se acertar em campo, soube aproveitar os espaços, e Paulinho fez o terceiro gol, após belo passe de Rafinha. O tento selou o placar, e a torcida flamenguista comemorou com gritos de "olé" e "Segunda Divisão" para o Galo.
Corinthians supera 'caldeirão', vence o Criciúma e embala no Brasileirão
Com dois gols ainda no primeiro tempo, Timão não se acanha com pressão da torcida rival, vence a segunda consecutiva e se aproxima do G-4
 
A CRÔNICA
por Rodrigo Faber
550 comentários
O Corinthians precisou de onze rodadas para conquistar duas vitórias consecutivas no Campeonato Brasileiro. Após bater o Grêmio na última quarta-feira, o Timão não sentiu a pressão do lotado estádio Heriberto Hulse e venceu o Criciúma por 2 a 0 neste domingo, criando, enfim, a sequência desejada pelo técnico Tite desde o início da competição nacional. Renato Augusto, com um golaço, e Paolo Guerrero, de pênalti, definiram o placar, ainda no primeiro tempo.
Dos onze pontos que o time catarinense conquistou neste Brasileirão, dez foram em casa. Porém, o campo estreito e a torcida quase que exclusivamente contra não afetaram o Corinthians. Consistente na troca de passes e na criação de jogadas desde o primeiro tempo, o Timão abriu a vantagem de dois gols antes do intervalo, matando o jogo.
O time paulista chegou com uma má notícia ao palco onde confirmou o título do Campeonato Brasileiro da Série B há cinco anos. Alexandre Pato, com edema ósseo, foi cortado até mesmo do banco de reservas e deverá ficar dez dias em tratamento.
Agora com 17 pontos, o Corinthians subiu na tabela de classificação para o sétimo lugar, aproximando-se do G-4. Já o Criciúma, com 11, se vê perto da zona de rebaixamento, em 16º. Na próxima quarta-feira, às 19h30m (horário de Brasília), o Tigre recebe o Cruzeiro no Heriberto Hulse. O Timão vai à Vila Belmiro, onde faz clássico contra o Santos às 21h50m (horário de Brasília).
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Renato Augusto corinthians gol criciúma série a (Foto: Eduardo Valente / Agência Estado)Renato Augusto comemora o primeiro gol do Corinthians  (Foto: Eduardo Valente / Agência Estado)
Timão neutraliza pressão e abre vantagem
A força do Criciúma no caldeirão do Heriberto Hulse é notável. Dono da segunda maior média de ocupação de seu estádio, atrás apenas do próprio Corinthians, o time catarinense deixou o técnico Tite em alerta. Antes do jogo, o comandante alvinegro alertou para o campo apertado, que poderia dificultar as coisas para a sua equipe. Porém, a preocupação durou exatos dez minutos.
Embalado por uma empolgada torcida, o Tigre começou assustando o goleiro Cássio. Primeiro, Wellington Paulista recebeu bom lançamento de Marlon, mas errou o chute dentro da área adversária. Depois, o atacante escapou livre pelo meio e arriscou chute de fora da área, mandando à esquerda da trave. A precisão que faltou aos donos da casa sobrou ao Corinthians.
Titular devido à ausência de Emerson, mandado para o banco de reservas por conta de desgaste físico, Renato Augusto provou mais uma vez que a "dor de cabeça" de Tite para escalar o meio-campo é grande. O jogador teve outra grande atuação. E fez mais um golaço. Da entrada da área, limpou a marcação e disparou chute no ângulo esquerdo de Helton Leite para abrir o placar.
lance do jogo entre Corinthians e Criciúma SÉrie A (Foto: Fernando Ribeiro / Agência Estado)Timão soube aniquilar pontos fortes do Criciúma
(Foto: Fernando Ribeiro / Agência Estado)
A movimentação do Timão contrastava com as trapalhadas do Tigre no setor ofensivo. Enquanto a equipe paulista se mostrava à vontade para criar jogadas e incomodar constantemente a defesa adversária, faltava algo ao Criciúma no momento da conclusão. Na única outra chance clara dos catarinenses na etapa inicial, Ivo cabeceou sem força para defesa de Cássio.
Envolvido pela boa troca de passes do Corinthians, o Criciúma segurava o placar mínimo. Porém, uma falha na saída de bola determinou o segundo gol dos visitantes: Guilherme avançou pelo meio e deu passe preciso para Edenílson, que ganhou do volante Elton na corrida e acabou empurrado por ele. O árbitro Sandro Meira Ricci apontou pênalti, convertido por Paolo Guerrero. E a temida força do Tigre em casa se acabara, em meio a gritos de “Olé” da torcida corintiana antes mesmo do intervalo.
Criciúma insiste, mas Timão administra
Com Daniel Carvalho no lugar de Elton e Gilson substituindo Ivo, o técnico Oswaldo Alvarez melhorou a transição do Criciúma entre a defesa e o ataque. Ainda assim, os erros da etapa inicial persistiram: o Tigre pecava no momento da finalização, sofrendo principalmente com a marcação sob pressão do zagueiro Gil, preciso no combate. Faltava alguém no setor ofensivo catarinense para empurrar a bola para a rede.
Mais cauteloso, o Corinthians era combativo no meio-campo. Evitava deixar que o adversário se aproximasse da área defendida por Cássio, mas não se arriscava como no primeiro tempo. Em ritmo cadenciado, o Timão chegou a marcar o terceiro gol, com o lateral Edenílson, mas o árbitro anulou, de forma correta, por impedimento.
Ao seu estilo, Tite pouco se importava com a vantagem alvinegra no placar: à beira do campo, rasgava o verbo com seus jogadores e também com o árbitro. Menos acionado que o normal ao longo da partida, Romarinho acabou substituído por Emerson, que assumiu o lado esquerdo antes ocupado por Renato Augusto. Experiente, Sheik ajudou o Timão a travar ainda mais o jogo.
O Criciúma assustou em bate-rebate na área alvinegra, mas Ralf afastou em cima da linha. O grito de gol, para os catarinenses, ficou mesmo entalado. Os donos da casa tinham mais posse de bola, com 57% do tempo, mas o poder corintiano em desarmes foi a chave do jogo: foram impressionantes 38 roubadas de bola, contra apenas sete do Tigre – que finalizou mais: oito chutes, contra seis do Timão. Méritos para a eficiência alvinegra.
 
Em clássico movimentado, Botafogo bate o Vasco e fica com a liderança
Com gols de Rafael Marques (dois) e Seedorf, Alvinegro faz 3 a 2, chega aos 23 pontos e termina a rodada na ponta. Cruz-Maltino é o 10º, com 14
 
DESTAQUES DO JOGO
  • o nome do jogo
    R. Marques
    Com dois belos gols, o atacante, patinho feio em 2012, tem cada vez mais mostrado sua faceta decisiva em 2013. Já são 12 gols na atual temporada.
  • guerreiro
    Juninho
    Aos 25 da etapa final, o Reizinho sentiu dor na panturrilha esquerda e pediu para sair. O time não podia mais mexer, e o veterano jogou até o fim.
  • sintonia
    time e torcida
    Terminado o clássico, os jogadores do Bota foram em direção a seus torcedores para agradecer o apoio. Houve muitos  cânticos na partida.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
461 comentários
Em um clássico movimentado e com muitos gols, o Botafogo chegou a fazer 2 a 0, cedeu o empate mas, com participação decisiva de Rafael Marques, selou a vitória por 3 a 2 sobre o Vasco, na noite deste domingo, no Maracanã. Com o resultado, o Alvinegro voltou à liderança do Brasileirão, com 23 pontos. Já o Cruz-Maltino, com 14, terminou a rodada na 10ª colocação. Rafael Marques balançou a rede duas vezes. Seedorf também deixou sua marca. André fez os gols do Vasco.
No total, 33.419 pessoas foram ao Maracanã para assistir ao clássico. Foram 24.974 pagantes, para uma renda de R$ 1.375.320,00. Após o apito final, Seedorf se mostrou feliz com o apoio que o time do Botafogo tem recebido da arquibancada.
- A gente agradeceu muito, foi uma demonstração de que eles (torcedores) estão confiando, um bom público. Foi um suporte fundamental, e quando a gente tem esta energia e também sorte, que é necessária para vencer... Acho que foi um Botafogo que tinha que ter feito mais gols, deixamos eles voltarem no jogo, mas foi um resultado merecido - destacou Seedorf, lembrando que seu time chegou a sofrer o empate depois de abrir 2 a 0.
Na quarta-feira, o Alvinegro vai a Belo Horizonte enfrentar o Atlético-MG. Na quinta, o Vasco receberá a Ponte Preta, em São Januário.
- Saímos atrás, tomamos gols bobos. O meu primeiro gol parece que não estava impedido, mas é levantar a cabeça. Fizemos um bom jogo - disse o atacante André, autor dos dois gols vascaínos, referindo-se a um lance duvidoso quando a partida ainda estava 0 a 0 e que foi anulado pela arbitragem.
rafael marques botafogo gol vasco série A (Foto: Alexandre Cassiano / agência O Globo)Rafael Marques comemora depois de marcar um de seus gols no clássico com o Vasco. Atacante teve participação decisiva na vitória (Foto: Alexandre Cassiano / agência O Globo)
Botafogo pula na frente
O jogo começou em ritmo acelerado, com boas investidas de ambos os times. O Botafogo, porém, teve as melhores chances. A disputa no meio-campo ficou acirrada, com o Vasco apostando no talento de Juninho Pernambucano e os alvinegros contando com Seedorf.
André chegou a marcar de cabeça para o Vasco, mas o árbitro anulou alegando impedimento. Na sequência, aos 22, Gabriel arriscou um chute de longe e a bola caiu nos pés de Rafael Marques, que abriu o placar. A superioridade no placar era reflexo do que acontecia em campo.  E, depois de boa assistência de Vitinho, Seedorf, com belo toque, por cima de Diogo Silva, ampliou. Apesar do placar, o holandês não parou de orientar o time para que não recuasse.
O Alvinegro passou a ter amplo domínio e poderia ter feito mais gols na etapa inicial.  Não fez e levou, depois de belo drible de Juninho e toque para André, que diminuiu.
Gols no começo do segundo tempo
André vasco bolívar botafogo brasileirão  (Foto: Dhavid Normando / Agência Estado)André, autor de dois gols, tenta se livrar da marcação de Bolívar (Foto: Dhavid Normando / Agência Estado)
Com o gol no fim do primeiro tempo, o Vasco voltou empolgado e novamente André, aproveitando rebote de finalização que bateu na trave, marcou e deixou tudo igual. Mas nem deu tempo de comemorar. Logo em seguida, Rafael Marques colocou o Botafogo novamente em vantagem com um belo chute, na gaveta, logo após executar um belo drible na área.
A partida seguiu em ritmo acelerado, com o Botafogo superior. O Vasco tinha dificuldade para se lançar ao ataque, mas ainda conseguiu levar perigo ao gol de Jefferson. Depois de uma finalização, Juninho Pernambucano sentiu dores na panturrilha esquerda e chegou a pedir para sair. Como Dorival Júnior já tinha feito as três substituições, o camisa 8 foi para o sacrifício e ficou em campo até o fim.
Por volta dos 30 minutos, o Cruz-Maltino já tinha equilibrado a partida. Aos poucos, o ritmo do jogo caiu, o Botafogo soube administrar o resultado e foi premiado com a vitória e o retorno à liderança do Brasileirão.
 

Atuações: Rafael Marques é decisivo para o Bota, e Juninho faz o que pode

Meia do Vasco mantém regularidade de bons desempenhos. André, pelo lado cruz-maltino, e Vitinho, pela equipe alvinegra, são outros destaques

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
3 comentários
Header Vasco (Foto: Infoesporte)
DIOGO SILVA - GOLEIRO
Aparentou insegurança no início do clássico, mas mesmo com três gols sofridos, fez boas defesas e não comprometeu.
Nota: 6,0
NEI - LATERAL DIREITO
Mostrou disposição para defender, mas encontrou muita dificuldade para conter o ataque do Botafogo, principalmente contra Seedorf.
Nota: 5,0
RENATO SILVA - ZAGUEIRO
Encontrou problemas ao tentar combater as combinações de jogadas do Botafogo.
Nota: 5,0
RAFAEL VAZ - ZAGUEIRO
Jogador mais lúcido da defesa vascaína, mostrando bom posicionamento e antecipação.
Nota: 6,0
YOTÚN - LATERAL ESQUERDO
Mais uma vez deixou a desejar defensivamente e teve mínima participação ofensiva.
Nota: 4,0
GUIÑAZU - VOLANTE
Ainda sem entrosamento, sentiu dificuldade em encontrar o melhor posicionamento. Como sempre, fez forte marcação, mas saiu de campo machucado ainda no primeiro tempo.
Nota: 5,5
WENDEL - VOLANTE
Substituiu Guiñazu e buscou ser firme na marcação, mas deixou alguns espaços e não ajudou muito o ataque.
Nota: 5,0
SANDRO SILVA - VOLANTE
Deixou espaços no setor defensivo e sofreu com a movimentação do meio de campo do Botafogo.
Nota: 4,0
FAGNER - LATERAL DIREITO
Entrou no lugar de Sandro Silva para jogar no meio-campo, mas não foi efetivo na tentativa de levar o Vasco ao ataque. Perdeu boa oportunidade de gol.
Nota: 5,0
JUNINHO - MEIA
Novamente o principal nome do Vasco. Movimentação constante, perigo nas bolas paradas e drible de craque no primeiro gol.
Nota: 8,0
PEDRO KEN - MEIA
Alternou momentos de extrema dispersão com algumas participações importantes na parte ofensiva. Esteve mal nas finalizações.
Nota: 5,5
EDER LUIS - ATACANTE
Outro que começou aparentando falta de atenção na partida, mas que teve participação fundamental nos dois gols do Vasco.
Nota: 6,0
ROBINHO - ATACANTE
Em sua primeira partida desde que voltou ao Vasco, em fevereiro, entrou na vaga de Eder Luis e tentou incomodar na velocidade, mas não levou perigo.
Nota: 5,0
ANDRÉ - ATACANTE
Perigo constante para a defesa do Botafogo, não se limitou a atuar na área e foi importante marcando dois gols.
Nota: 7,5
Header Botafogo (Foto: Infoesporte)
JEFFERSON - GOLEIRO
Faltou sair mais do gol para evitar o perigo das cobranças de escanteios. Sem culpa nos gols.
Nota: 5,5
GILBERTO - LATERAL DIREITO
Teve mais trabalho depois da saída de Guiñazu e entrada de Wendel, que aumentou o poder ofensivo do Vasco pelo seu lado.
Nota: 5,0
BOLÍVAR - ZAGUEIRO
Ele e Dória tiveram dificuldades para cortar as bolas cruzadas pelo Vasco. Penou com André e foi envolvido no lance do primeiro gol.
Nota: 5,0
DÓRIA - ZAGUEIRO
Superado até com facilidade por Eder Luis no lance do primeiro gol de André. Arriscou um chute perigoso.
Nota: 5,5
JULIO CESAR - LATERAL ESQUERDO
Trabalhou bem com a bola no pé, conseguindo saber a hora certa de apoiar o ataque. Defensivamente, foi regular.
Nota: 6,5
LIMA - LATERAL ESQUERDO
Substituiu Julio Cesar e apareceu bem no ataque, mas pecou na execução das jogadas.
Nota: 5,5
MARCELO MATTOS - VOLANTE
Fez bem a cobertura no meio do campo, conseguindo impedir maiores avanços dos armadores do Vasco.
Nota: 6,0
GABRIEL - VOLANTE
Arriscou o chute que resultou no primeiro gol do Botafogo. No entanto, falhou no início da jogada do primeiro gol do Vasco e prendeu demais a bola em alguns momentos.
Nota: 5,5
LODEIRO - MEIA
Subiu de produção em relação aos últimos jogos e minimizou os erros.
Nota: 6,0
ANDRÉ BAHIA - ZAGUEIRO
Entrou no lugar de Lodeiro no fim.
Sem nota
SEEDORF - MEIA
Fez um belo gol, mostrando sua categoria. Desta vez, não teve tanto espaço para armar o time como vinha acontecendo.
Nota: 6,5
VITINHO - MEIA
Deu belo passe para Seedorf fazer o segundo gol, lançou Rafael Marques no terceiro e criou várias jogadas de perigo. Bobeou no segundo gol do Vasco.
Nota: 7,5
ELIAS - ATACANTE
Entrou no lugar de Vitinho e tentou segurar a bola no ataque, mas teve poucas oportunidades.
Nota: 5,5
RAFAEL MARQUES - ATACANTE
Mais uma vez, mostrou sua importância para o time, abrindo o placar com um belo chute e fazendo um golaço logo depois de o time sofrer o empate.
Nota: 8,5