terça-feira, 31 de julho de 2012


Janela interna: mercado brasileiro oferece opções por 53 dias

Série A do Brasileiro ainda tem jogadores pouco aproveitados pelos clubes, mas contratações vão só até 26ª rodada. Veja indicações de comentaristas

Por Thiago de Lima Rio de Janeiro
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No topo dos países que mais importaram jogadores no primeiro semestre de 2012, com 478 transações, o Brasil agora pode ter um mercado interno agitado. A janela de transferências internacionais fechou no dia 20, mas muitos clubes ainda precisam reforçar seus elencos no Campeonato Brasileiro. E jogadores pouco aproveitados na Primeira Divisão surgem como as melhores opções de negócio, mas por tempo limitado. As contratações só poderão ser feitas até a véspera da 26ª rodada, na sexta-feira, dia 21 de setembro. Na contagem regressiva, restam 53 dias, a partir desta terça.
MONTAGEM JANELA TRANSFERÊNCIA André (ATL-MG) Liedson (COR) Felipe (FLA) Victorino (CRU) Rafael Moura (FLU) Luan (PAL) Bolatti (INT) Rafinha (CTB) (Foto: Editoria de arte / Globoesporte.com)André, Liedson, Victorino, Luan, Rafael Moura, Bolatti, Felipe e Rafinha: algumas opções no mercado
Na Série A, apenas atletas que ainda não completaram sete partidas podem trocar de endereço. Nas outras divisões do Brasileiro, não existe essa restrição.
Há nomes consagrados e distantes da realidade dos clubes brasileiros nas prateleiras do mercado nacional. São os casos de Neymar, Leandro Damião e Lucas, que fizeram três, cinco e seis partidas, respectivamente, por Santos, Inter e São Paulo. Com o pé na realidade financeira, o GLOBOESPORTE.COM ouviu comentaristas e separou uma lista de opções que podem reforçar os concorrentes. Um clube pode contratar no máximo cinco atletas da mesma divisão na temporada.
Info_Jogadores-Mercado_03_3 (Foto: arte esporte)

Perto dos 500 minutos sem gols, Prass destaca momento da defesa

Goleiro exalta ajuste do Vasco, mas afirma que o mais importante é minimizar recorde e pensar jogo a jogo

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
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fernando prass FIGUEIRENSE x VASCO (Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)Fernando Prass defende pênalti contra o
Figueirense (Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)
O gol do Figueirense no empate em 1 a 1, no dia 8 de julho, pelo Campeonato Brasileiro, foi a última vez que Fernando Prass precisou buscar uma bola no fundo de sua rede. Desde então se passaram 467 minutos – ou cinco jogos completos – sem que o goleiro do Vasco fosse vencido. O número é expressivo, e o camisa 1 sabe que sua invencibilidade é um grande passo para a vitória da equipe. Mas ele garante que a prioridade não é aumentar essa contagem.
Neste domingo o Vasco volta a campo para enfrentar o Corinthians, em São Januário. Fernando Prass lembra a importância de a defesa manter a boa marca, mas afirma que o principal é a equipe seguir com a postura que resultou em sua estabilidade defensiva.
- Eu disse que nós precisávamos de alguns ajustes e até achei que demoraria mais para isso acontecer. Agora nossa equipe consegue marcar e atacar sem dar muitas chances ao adversário. Entramos pensando jogo a jogo, e não nessas estatísticas. Pensamos que se não levarmos gols, será meio caminho andado para a vitória - destacou o goleiro.
No ano passado, Fernando Prass ficou 368 minutos sem sofrer gols. Ele permaneceu invicto por quatro partidas completas – 2 a 0 sobre o Botafogo, 0 a 0 com o Fluminense, 0 a 0 com o ABC e 4 a 0 sobre o Bangu – por Campeonato Carioca e Copa do Brasil. Em 2012, são cinco jogos pelo Campeonato Brasileiro: 1 a 0 sobre o Atlético-GO, 1 a 0 sobre o São Paulo, 2 a 0 sobre o Santos, 1 a 0 sobre o Botafogo e 0 a 0 com o Internacional.

Vasco minimiza consequências de possíveis mudanças em sua zaga

Jogadores afirmam que time não terá queda de rendimento com desfalques de Dedé, suspenso, e Douglas, ainda em tratamento, contra o Corinthians

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
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Nilton no treino do Vasco na praia (Foto: Gustavo Rotstein / globoesporte.com)Nilton pode ser improvisado na zaga, mas prefere
o meio (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)
Dedé vai cumprir suspensão automática. Douglas inspira cuidados do departamento médico. Renato Silva ainda não teve seu novo contrato regularizado. A zaga do Vasco é uma incógnita para o jogo contra o Corinthians. Mas em São Januário, dúvida não significa preocupação. O bom momento, com cinco partidas sem sofrer gols, faz o grupo acreditar que não haverá queda de rendimento em caso de possíveis mudanças para o duelo com o Corinthians, domingo, em casa.
- Houve uma situação parecida quando perdemos Rodolfo e Renato Silva ao mesmo tempo. Surgiram dúvidas quando o Douglas entrou e ele deu conta do recado. Da mesma maneira, temos confiança no Fabrício, no Luan e no Jomar (os dois últimos são das categorias de base). Claro que pode haver dificuldade por causa da falta de ritmo, mas eles têm nosso apoio - destacou o goleiro Fernando Prass, disparado o mais experiente da defesa, com 33 anos.
Caso todos os desfalques se confirmem, Cristóvão Borges pode mais uma vez improvisar Nilton na zaga. O volante admite que sua preferência é atuar no meio-campo e aproveitar o bom momento, mas garante estar disposto a ajudar em qualquer setor.
- Retomei a confiança com essa sequência de partidas no meio-campo e acho que o treinador tem peças para repor a zaga. Mas se precisar, vou ajudar, sem problemas. Desde 2009, quando cheguei ao Vasco, acho que joguei sete ou oito partidas como zagueiro. É preciso treinar antes para adquirir ritmo e sincronia - avaliou Nilton, que volta à equipe neste domingo após cumprir suspensão automática no empate em 0 a 0 com o Internacional.

Turbulência diária e sobrevivência: Cristóvão se define como equilibrista

Perto de completar um ano à frente do Vasco, técnico acredita estar perto do primeiro título e comemora sucesso do trabalho

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
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cristovao borges vasco treino (Foto: Jorge William / Agência O Globo)Cristóvão celebra equilíbrio em meio a turbulências
(Foto: Jorge William / Agência O Globo)
As declarações são fortes. Cristóvão Borges fala temendo soar como soberba. Mas a maneira serena de se expressar mostra que tudo não passa de autoconfiança. Perto de completar um ano como técnico titular do Vasco – após substituir Ricardo Gomes, afastado em 28 de agosto por problema de saúde –, o baiano de 53 anos tomou gosto pelo desafio, pela pressão e pelo sucesso. Embora líder de uma campanha quase impecável no Campeonato Brasileiro, ele ainda não é unanimidade no clube, principalmente com a torcida. Em sua trajetória, os bons resultados estão lado a lado com problemas a serem resolvidos.
Cristóvão garante lidar com tudo isso da melhor maneira possível. Mesmo com a saída quase simultânea de Romulo, Diego Souza, Fagner e Allan, ele se orgulha de manter o Vasco competitivo e imune ao que define como “turbulências diárias”. Em pouco tempo como treinador, entendeu que precisa se alimentar das cobranças e responder a elas com bons resultados. Até o momento, sua missão é um sucesso.
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, Cristóvão admite que temeu pelo seu trabalho com a debandada de jogadores no Vasco. Por outro lado, comemora como um título o que, segundo ele, foram três semanas de provação no momento seguinte à negociação dos quatro jogadores. Por fim, define o seu trabalho à frente de um time de grande expressão.
- Treinador deveria se chamar equilibrista - resumiu.
A habilidade mostrada em pouco tempo de carreira dá a Cristóvão a confiança de acreditar que o carimbo de campeão está perto:
- Se não for agora, vai ser daqui a pouco.
GLOBOESPORTE.COM - O Vasco faz uma excelente campanha no Brasileiro, com sete jogos de invencibilidade e cinco sem sofrer gols, apesar das recentes perdas de jogadores importantes. Como foi possível manter o alto nível?
Cristóvão Borges - Desde o início da temporada venho buscando o equilíbrio da equipe. Sabia que em algum momento isso aconteceria. No fim do ano passado nós trocamos alguns jogadores e chegaram outros com características diferentes. Por isso, o time precisou ser refeito. O Vasco sempre teve vocação ofensiva, mas agora tem mais força física. Aliás, a excelente preparação física é a base dessa reorganização tática. Está ficando do jeito que eu quero.
Que mudanças foram essas?
A Copa Sul-Americana e a Libertadores me confirmaram que havia a necessidade de aumentar nossa dinâmica e a intensidade do jogo. O grande alerta foi ver e jogar contra o Universidad de Chile. Falta essa dinâmica e essa intensidade no futebol brasileiro. Atualmente isso acontece aqui apenas em jogos pontuais. Estou muito feliz, porque os resultados vieram e a equipe se mantém sem levar gols. Um grande teste foi o clássico contra o Botafogo. Foi uma partida de alta intensidade, como imagino que deva ser o futebol brasileiro. Fomos bem e vencemos uma grande equipe.
As negociações de Romulo, Allan, Diego Souza e Fagner surpreenderam?
cristovão borges vasco x Botafogo (Foto: Wallace Teixeira / Agência Estado)Cristóvão orienta o Vasco: sonho do carimbo de
campeão (Foto: Wallace Teixeira / Agência Estado)
Sabia que as saídas eram inevitáveis. Terminamos a última temporada em alto nível, tivemos jogadores convocados para a Seleção e fomos para outro patamar. Eu contava com a saída do Romulo e do Dedé. Em relação ao Dedé, o que me aliviava era seu desejo de permanecer no Brasil. Mas tinha certeza de que o Romulo não ficaria. Meus amigos que moram fora do Brasil só falavam do Romulo. Todo europeu que vinha ver o Vasco jogar só falava dele.
Chegou a temer pelo futuro do seu trabalho no Vasco quando viu tantos jogadores deixarem o clube quase ao mesmo tempo?
Sabia que teria de achar soluções para as perdas. Desde o início do ano trabalhei pensando nisso. Mas nesse período me preocupei muito e tive dúvidas sobre a sequência do trabalho, sim. As últimas três semanas foram desafiadoras. Poderia acontecer o que aconteceu ou o trabalho poderia ter sido quebrado. Vínhamos de um jogo contra o Atlético-GO que foi o pior do Vasco sob o meu comando, apesar da vitória por 1 a 0. Naquela partida fizemos muitas coisas ruins. Foi assustador, mas serviu como alerta.
Como é possível manter o Vasco no rumo do sucesso convivendo com problemas como a desconfiança da torcida e a insatisfação declarada de jogadores com o banco de reservas?
Minha resposta é estar no Vasco esse tempo todo com um trabalho regular"
Cristóvão Borges
Mesmo com essa boa campanha, vivemos turbulências diárias. Isso não é fácil. Por isso, vejo a gente sobrevivendo. E qualquer turbulência, dependendo da administração dela, pode atrapalhar o trabalho. Por exemplo, nem sei explicar como sobrevivi a essa insistência de Juninho e Felipe não jogarem juntos. Inflaram algo que é simples de resolver e durante um tempo isso virou uma verdade. Isso não tem qualquer proveito para nós, mas tem proveito para as redes sociais e para enquetes. Também não tenho problemas com a insatisfação de jogadores, mas tem muita gente que valoriza demais. Nos grandes clubes, qualquer um pode ser reserva. É normal Juninho, Felipe e Diego Souza não ficarem satisfeitos. Mas isso acaba virando um monstro e se não for bem administrado, pode quebrar tudo. Claro que precisa ser noticiado, mas a repercussão acaba sendo a repercussão, e não o fato. Do jeito que nós sobrevivemos a isso, podemos fazer coisas boas.
Deve ser complicado em pouco tempo de carreira conseguir trabalhar todas essas situações...
Treinador deveria se chamar equilibrista. Todo dia alguém dá um beliscão na corda. Mas não reclamo, porque sou treinador do Vasco. Caso contrário, como diz o Felipão, deveria treinar o Bambala. O pior é quando você vai para a guerra de revólver. Mas quando você tem uma artilharia, tudo bem. Eu tenho um grande time. Então, apesar de qualquer problema, eu levo fé. O diferencial é o grupo de jogadores, que é sensacional. Tenho apoio e já mostrei que tenho capacidade. Então, estou pronto.
Por conta de tudo isso, acredita que ainda falta reconhecimento?
Não reclamo de nada. Minha resposta é estar no Vasco esse tempo todo com um trabalho regular. Acho difícil que haja algum outro time com a regularidade do Vasco neste período de um ano. Com 76% de aproveitamento no Brasileiro, vou reclamar de quê? Mas para mim é pouco. Eu quero mais. Eu quero muito.
Um título de campeão brasileiro serviria para consolidar sua carreira como treinador?
A carreira precisa de um carimbo de campeão. Estou no caminho. Se não for agora, vai ser daqui a pouco. Se mantiver esse ritmo, acho que vou chegar. Mas sei que isso custa, é trabalhoso. É difícil até para os experientes.

Douglas é ausência, e Tenorio treina fisicamente com o grupo na praia

Zagueiro segue em tratamento, após pancada na coxa contra o Inter, enquanto atacante equatoriano dá mais um passo rumo à recuperação

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
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Carlos Tenório no treino do Vasco na praia (Foto: Gustavo Rotstein / globoesporte.com)Tenorio cabeceia bola em treino físico na praia
(Foto: Gustavo Rotstein / globoesporte.com)
Após dois dias de folga, o Vasco voltou ao trabalho na manhã desta terça-feira em treino físico na praia da Barra da Tijuca. A ausência foi Douglas, que se recupera de uma pancada na coxa direita, sofrida no empate em 0 a 0 com o Internacional, e segue como dúvida para o jogo contra o Corinthians, no próximo domingo, pelo Campeonato Brasileiro. O clube carioca é o vice-líder, dois pontos atrás do Atlético-MG.
O zagueiro permaneceu em São Januário fazendo tratamento intensivo em dois períodos para retornar aos treinos ao longo da semana. O lateral-direito Jonas, recém-contratado, também não apareceu. Ele se juntará ao grupo nesta quarta, quando será apresentado oficialmente pelo Vasco.

Mas o dia não foi apenas de desfalques. Carlos Tenorio treinou com todo o elenco na praia, mostrando estar cada vez mais próximo do retorno. Nesta sexta-feira o atacante equatoriano completa cinco meses desde que rompeu o tendão de Aquiles do pé direito, e a partir de agora ele entra em processo de condicionamento físico para voltar às ordens do técnico Cristóvão Borges.

Vasco evita revanche, mas admite gosto especial contra o Corinthians

Jogadores lembram eliminações passadas, mas concentram forças em novo duelo, agora pelo Brasileirão

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
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Fernando Prass treino Vasco (Foto: Marcelo Sadio / Flickr Vasco)Prass admite gosto especial contra o Timão
(Foto: Marcelo Sadio / Flickr Vasco)
Desde 2009 o Vasco se acostumou a enfrentar o Corinthians em momentos importantes. Mas há três anos a equipe cruz-maltina não consegue desbancar o rival. Seja na Copa do Brasil, na Libertadores ou no Campeonato Brasileiro, os cariocas ficaram para trás. Mas neste domingo haverá um novo encontro, e o grupo comandado por Cristóvão Borges rejeita a palavra revanche. Mas não esconde que uma possível vitória em São Januário terá um gosto diferente.
- O Corinthians é o atual campeão brasileiro e da Libertadores. Então, é sempre um sabor especial vencer um time que tem esses dois títulos. A expectativa é que os ingressos para a partida se esgotem logo e que tenhamos o apoio da nossa torcida. O jogo vale os mesmos três pontos de qualquer outro, mas uma vitória em casa é fundamental para a nossa matemática - avaliou o goleiro Fernando Prass.
Na Copa do Brasil de 2009, Vasco e Corinthians duelaram pela semifinal, e o time paulista levou a melhor com empates em 1 a 1 no Maracanã e 0 a 0 no Pacaembu. No ano passado, o Timão foi campeão brasileiro, deixando os cruz-maltinos na segunda posição. Ao longo da competição, o Corinthians venceu por 2 a 1 no primeiro turno e houve empate em 2 a 2 em São Januário. Em 2012, as duas equipes voltaram a se encontrar nas quartas de final da Libertadores. Após empate sem gols em São Januário, o Corinthians levou a melhor vencendo por 1 a 0 em São Paulo.
Para o Vasco, a lembrança mais recente é também a mais dolorida. A eliminação da Libertadores é encarada como uma grande frustração, por ter ficado a impressão de que era possível derrotar o Corinthians no Pacaembu e conquistar a classificação para a semifinal.

- Enfrentamos o Corinthians algumas vezes desde 2009 e em algumas delas ficou o sentimento de que poderíamos ter vencido. Mas futebol é bola no gol, então o que podemos fazer é buscar a vitória no domingo. Estive há pouco tempo em São Paulo e muitas pessoas me disseram que o Vasco foi o adversário mais difícil do Corinthians. Fizemos jogos dignos de time grande pela Libertadores, mas agora o pensamento é todo no Brasileiro - afirmou o volante Nilton.

Juninho lidera top 5 do Armandão, e Luis Fabiano aparece em segundo

Deco, Bernard e Réver fecham o grupo dos melhores. Junior Cesar assume a ponta na lateral-esquerda, e Danilinho surge entre os atacantes

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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Juninho, Vasco x Atlético-GO (Foto: Marcelo Sadio / Flickr do Vasco)Juninho assumiu a liderança do top 5 do Armandão
(Foto: Marcelo Sadio / Flickr do Vasco)
Líder dentro e fora de campo, Juninho Pernambucano prova a cada rodada que seus 37 anos apenas o ajudam a ter atuações cada vez mais seguras pelo Vasco. Em comparação às duas últimas rodadas, o Reizinho pulou da terceira para a primeira posição geral, graças ao 8,5 que recebeu contra o Botafogo. Suspenso, ele não pôde enfrentar o Internacional, mas a bela atuação no clássico já foi suficiente para que ele alcançasse a média de 7,2.

Luis Fabiano, que sequer aparecia entre os cinco melhores, assumiu a segunda colocação, com média de 6,99. O Fabuloso, como é chamado pela torcida do São Paulo, recebeu nota 9,0 pela excelente partida que fez diante do Flamengo, contra quem marcou dois gols e ainda deu uma assistência na vitória do Tricolor paulista por 4 a 1. O zagueiro Réver, por sua vez, assumiu a quinta posição do ranking geral, com 6,83, graças às notas 7,5 e 7,0 nas duas últimas partidas que disputou.
No gol, Marcelo Grohe segue na liderança, enquanto que na lateral-direita Marcos Rocha continua à frente, mas com a nova companhia na lista de Diego Renan. Isso porque Fagner foi negociado pelo Vasco e não atuou nas últimas rodadas. Pela esquerda, Junior Cesar assumiu a liderança, com média 6,13, e Guilherme Santos, do Figueirense, deu lugar a Fabrício, do Internacional, na lista.

Entre os zagueiros, Chicão e Gilberto Silva entraram no top 5 da posição, substituindo Rafael Donato e Rafael Marques. Serginho e Paulinho estão agora entre os melhores volantes, nos lugares de Túlio e Renato. Mais à frente, Juninho assumiu a liderança entre os meias, e Lucas tomou o lugar de Oscar, que já está negociado com o Chelsea, da Inglaterra. No ataque, Luis Fabiano é o primeiro, e Danilinho ocupou a posição de Marcos Junior.
Parcial do Armandão 30/07/12 - 2 (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
É importante ressaltar que cada craque da rodada recebe um bônus de 0,05 somado à sua média geral. Para um jogador entrar na seleção parcial do campeonato é preciso que tenha disputado, ao menos, 40% das partidas da sua equipe no Brasileirão. A seleção do campeonato é montada após a apuração das médias de todos os jogadores da Série A. O Troféu Armando Nogueira não tem nenhuma relação com a pontuação dos atletas no Cartola FC.

Bastidores: família pediu que Shogun parasse após luta contra Henderson

Vídeo mostra a intimidade dos quatro protagonistas do UFC deste sábado. Lyoto compra casa nos EUA, Bader troca fralda, e Vera quer ter dez filhos

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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FRAME Mauricio Shogun e a esposa (Foto: Reprodução / Facebook)Shogun e a esposa, Renata, em gravação de
vídeo do UFC (Foto: Reprodução / Facebook)
Os fãs de MMA já podem se familiarizar um pouco mais com os protagonistas do "UFC: Shogun x Vera", que ocorre neste sábado, em Los Angeles. O Ultimate disponibilizou o vídeo "Road to the octagon" (em português: caminho para o octógono), que mostra boa parte da intimidade de Mauricio Shogun, Lyoto Machida, Brandon Vera e Ryan Bader.
Blog do Sensei SporTV: clique aqui
e assista ao vídeo completo do UFC

Uma das histórias contadas por Shogun, por exemplo, é sobre um pedido especial de sua família, mais precisamente a mãe e a esposa, após a derrota em luta épica e sangrenta contra Dan Henderson, no fim do ano passado. Na ocasião, ele saiu bastante machudo, assim como o rival.
FRAME Lyoto Machida e os filhos na praia (Foto: Reprodução / Facebook)Lyoto Machida e os filhos em praia nos Estados
Unidos (Foto: Reprodução / Facebook)
- Disseram que queriam conversar comigo. Queriam que eu parasse de lutar. Falei: "Ah!". Virei as costas e fui embora - conta Shogun, que, segundo sua mãe, nunca foi muito de sair e sempre gostou de ficar mais em casa.
Já Lyoto aparece jogando futebol com os filhos na sala da nova casa que comprou na Califórnia, nos Estados Unidos, e levando a família à praia. Ele diz que está aprendendo a falar melhor a língua inglesa.
Adversários dos brasileiros, Brandon Vera e Ryan Bader também tem seus momentos de intimidade. O segundo é mostrado andando de bicicleta na cidade onde mora, um de seus passatempos favoritos, e trocando a fralda do filho. O primeiro, por sua vez, faz churrasco para a família em casa e fala sobre o desejo de ter dez filhos. Só dele, por sinal.
brandon vera faz churrasco em casa. (Foto: Reproduçåo)Vera faz churrasco em casa (Foto: Reprodução)
- A não ser que nós adotemos ou que seis sejam cachorros, não (risos) - brincou a mulher de Vera.
O "UFC: Shogun x Vera" ocorre na noite deste sábado, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Além de Shogun e Lyoto, outros dois brasileiros estarão no card: Wagner Caldeirão faz sua estreia na organização contra Phil Davis, enquanto Rani Yahya encara Josh Grispi. O evento terá transmissão ao vivo do canal Combate, a partir das 17h45m (horário de Brasília).
ryan bader com o filho e a esposa (Foto: reproduçåo)Ryan Bader com o filho e a esposa: costume de trocar as fraldas (Foto: Reprodução)
CARD PRINCIPAL
Mauricio Shogun x Brandon Vera
Lyoto Machida x Ryan Bader
Joe Lauzon x Jamie Varner
Mike Swick x DaMarques Johnson
CARD PRELIMINAR
Nam Pham x Cole Miller
Phil Davis x Wagner Caldeirão
Josh Grispi x Rani Yahya
Oli Thompson x Phil De Fries
Manny Gamburyan x Michihiro Omigawa
Ulysses Gomez x John Moraga

Rick Story anuncia que vai encarar Demian Maia no UFC Rio III

Brasileiro vai fazer sua segunda luta como peso-meio-médio do Ultimate

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Demian Maia vai fazer sua segunda luta como peso-meio-médio do Ultimate no Rio de Janeiro, no dia 13 de outubro. Nesta terça-feira, Ricky Story anunciou no Twitter que vai encarar o brasileiro no UFC 153. A assessoria de imprensa da organização confirmou ao SPORTV.COM o combate e também revelou que o combate do paulista vai ser a primeiro do card principal.
Demian Maia e Rick Story, UFC (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)Demian Maia (esq.) e Rick Story vão se enfrentar no UFC Rio III (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
Após perder para Chris Weidman em janeiro, Demian Maia (16-4), então no peso-médio, optou por descer uma categoria. Na estreia como meio-médio, o brasileiro enfrentou o sul-coreano Dong Hyun Kim, em julho, e precisou de apenas 47 segundos para superar o rival por nocaute técnico.
Já Rick Story vai tentar manter a recuperação na categoria. Ele vinha de seis vitórias seguidas, bem perto de disputar o cinturão, até ser surpreendido por Charlie Brenneman em junho do ano passado. Depois, perdeu mais uma, para Martin Kampmann, em novembro. Em junho deste ano, superou Brock Jardine por pontos.
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Confira o grande card provisório do UFC 153:
UFC 153
13 de outubro de 2012, no Rio de Janeiro
CARD PRINCIPAL*
José Aldo x Erik Koch
Vitor Belfort x Alan Belcher
Quinton "Rampage" Jackson x Glover Teixeira
Jon Fitch x Erick Silva
Demian Maia x Rick Story
CARD PRELIMINAR*
Rony Jason x Sam Sicilia
Diego Brandão x Joey Gambino
Francisco Massaranduba x adversário a ser divulgado
Serginho Moraes x Renée Forte
Reza Madadi x Cristiano Marcello
* A ordem dos combates ainda não está definida oficialmente
** Os combates ainda não foram anunciados oficialmente

Treinador de Georges St-Pierre diz que recuperação está evoluindo bem

Firas Zahabi disse que joelho do lutador não está totalmente recuperado e que trabalho é para readaptação na maneira do canadense se movimentar

Por SporTV.com Los Angeles, EUA
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UFC - Georges St-Pierre (Foto: Marcelo Russio/Globoesporte.com)Georges St-Pierre se recupera de lesão no joelho
(Foto: Marcelo Russio/Globoesporte.com)
O campeão dos meio-médios do UFC, Georges St-Pierre, continua sua recuperação da cirurgia no joelho direito. O treinador do lutador, Firas Zahabi, afirmou que o lutador voltou a treinar mais forte, e que a recuperação está progredindo num bom nível. O canadense tem seu retorno aos octógonos marcado para o dia 17 de novembro, no UFC 154, em Montreal, quando enfrentará Carlos Condit, dono do cinturão interino, pela unificação dos títulos.
Zahabi disse que o joelho do lutador ainda não está totalmente recuperado e que o trabalho atual é para uma readaptação na maneira de se movimentar do canadense.
- Estruturalmente, acho que seu joelho não está totalmente recuperado. A confiança e a coordenação estão longe do ideal. Durante os últimos oito meses ele compensou todo o peso do outro lado, criando um movimento particular. Agora estamos tentando fazê-lo movimentar-se como ele costumava fazer, antes da lesão - disse Zahabi, ao site "Bloody Elbow".
O treinador afirmou que St-Pierre voltou a treinar artes marciais há cerca de quatro semanas. No repertório, estão sessões de sparring e de wrestling.
- Ele tem evoluido muito bem a cada sessão de treinamento. O primeiro mês é mais complicado, mas acredito que em agosto, ele esteja pronto para um ritmo mais intenso de treinos.
Georges St-Pierre ufc (Foto: agência Getty Images)Georges St-Pierre não luta desde abril de 2011, pelo UFC 129 (Foto: agência Getty Images)
O canadense não luta desde 29 de abril de 2011, quando derrotou Jake Shields no UFC 129 em sua sexta defesa consecutiva do cinturão dos pesos-meio-médios. Em outubro, ele deveria enfrentar Carlos Condit pelo UFC 137, mas uma lesão no joelho esquerdo o tirou do evento. Mais tarde, GSP foi escalado para encarar Nick Diaz no UFC 143, mas sofreu uma ruptura no ligamento cruzado anterior do joelho direito e precisou passar por cirurgia.

Sondado pelo Palmeiras, Julio César nega declaração sobre saída do Inter

Goleiro desmente imprensa italiana sobre adeus ao clube de Milão. Agente diz ter propostas e revela ter sido procurado pelo Palmeiras

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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Julio César goleiro Inter de Milão (Foto: Getty Images)Há sete anos no Inter, Julio César está com o
futuro indefinido (Foto: Getty Images)
O goleiro Julio César negou nesta terça-feira ter declarado na internet que deixará o Inter de Milão em breve, como foi publicado pela imprensa italiana. No Brasil, o empresário do atleta, Josias Cardoso, revelou que foi sondado pelo Palmeiras antes do fechamendo da janela de transferências internacionais, mas que a intenção do jogador é continuar na Europa.
Na manhã desta terça, veículos como o jornal "Gazzetta dello Sport" e o canal "Sky" publicaram uma declaração que Julio César teria dado no Facebook, afirmando que "nos próximos dias a aventura no Inter ia acabar" depois de sete anos no clube. Mas o goleiro divulgou que não tem página na rede social e que não falou sobre o futuro.
Em entrevista à Rádio Brasil, no Rio de Janeiro, Josias Cardoso afirmou que o goleiro foi procurado por alguns clubes para deixar o Inter de Milão, mas que até agora nenhuma proposta foi aceita pelo clube. Do Brasil, apenas um interessado:
- Só o Palmeiras. Mas não caminhou pelos poucos dias para o fechamento da janela internacional. Alguns clubes realmente nos procuraram, nós analisamos, mas falei para entrarem em contato com o Inter de Milão, que detém os direitos dele e precisa negociar. Até agora, não há nada certo. - disse o empresário à rádio, revelando ainda ter encaminhado algumas ofertas para o Inter:
O Palmeiras confirmou que procurou o agente do goleiro há algumas semanas, mas fez apenas uma sondagem. Sem Julio, o técnico Luiz Felipe Scolari efetivou Bruno como goleiro titular e liberou o reserva Deola para o Vitória, por empréstimo.
Segundo Josias Cardoso, Julio César não planeja retornar ao futebol brasileiro antes de 2015, quando terá 36 anos de idade. Até lá, o goleiro sonha com mais uma Copa do Mundo pela Seleção:
- Ele tem isso em mente, sim. Jogar a Copa é uma realidade. E o Julio vai trabalhar bastante como tem feito nos últimos anos para voltar a ser chamado e chegar lá.

Em nome do amor, Cicinho supera problemas com o alcoolismo

Lateral do Sport fala sobre a dependência que atrapalhou sua carreira e diz ter encontrado o caminho da 'cura' na fé e no amor pela mulher, Marri

Por Tiago Medeiros Recife
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Se a tranquilidade tivesse que escolher uma capital em São Paulo, Pradopólis seria uma das favoritas à vaga. A 336 quilômetros da capital paulista, a cidadezinha de 17 mil habitantes se orgulha de ter a vida simples como patrimônio. Mas um pradopolense, por muito tempo, escolheu a agitação como meio de vida e quase comprometeu uma carreira vitoriosa com isso. O sucesso veio na velocidade de um cometa na vida de Cícero João, o Cicinho.
Em menos de seis anos, o garoto revelado pelo Botafogo-SP chegava ao estrelato: titular da Seleção Brasileira e do 'galático' Real Madrid. A trajetória vencedora agiu como uma cortina escondendo os problemas que perseguiram o jogador até pouco: o alcoolismo. Vício que fez Cicinho pensar em largar o futebol.
Marri e Cicinho (Foto: Tiago Medeiros/Globoesporte.com)Marri e Cicinho na Praia de Boa Viagem (Foto: Tiago Medeiros/Globoesporte.com)
O lateral do Sport falou sobre a relação com a bebida e que encontrou forças para superar o drama no amor pela mulher.

- Eu me deixei levar pela fama, o sucesso. Deixei o dinheiro subir para minha cabeça e me achava capaz de tudo. Passei dos limites.

Babilônia mineira

Do Botafogo-SP, Cicinho se transferiu para o Atlético-MG, onde chegou com a missão de substituir Mancini. Foi bem em campo, mas vacilou fora dele, e acabou sendo emprestado ao Botafogo-RJ.

- Eu só queria andar com os jogadores mais velhos e me lembro que o presidente (Alexandre Kalil) me dizia: "Vai sair com os mais velhos? Garoto,se liga senão eu vou colocar você para fora."

A mudança para Belo Horizonte trouxe um turbilhão de novidades à vida de Cicinho.
A popularidade e o dinheiro deram ao jogador o falso poder de achar que era capaz de tudo.

- Eu ganhava R$ 800 no Botafogo-SP e fui para o Atlético-MG para ganhar R$ 7.800.
Achava que estava rico, pegava R$ 1.000 e mandava para os meus pais. E o resto do dinheiro eu torrava em balada e festa.

No clube mineiro, também teve problemas com o então técnico Levir Culpi. Depois de uma passagem apagada pelo Botafogo, voltou ao Galo e reencontrou o bom futebol. Mas após uma briga na Justiça com o clube mineiro, se transferiu para o São Paulo.
Do Tricolor à amarelinha
No São Paulo, Cicinho brilhou. Conquistou o Paulista, a Libertadores e o Mundial, em 2005. O tricolor foi uma ponte para a Seleção, onde foi campeão da Copa das Confederações em 2005. E e no ano seguinte fez parte do grupo que disputou o Mundial da Alemanha. Com a amarelinha foram 15 jogos, um gol marcado e o sentimento de que poderia ter feito ainda mais, se não fosse o gosto pela bebida.
- Se eu tivesse sido profissional, estaria brigando para ir à Seleção, mas não quis brigar por isso e entreguei de mãos beijadas a vaga.
Ego galático
A conquista do Mundial pelo São Paulo e da Copa das Confederações pelo Brasil crendeciaram Cicinho a se transferir para o Real Madrid, que tinha no elenco astros como Beckham, Ronaldo, Roberto Carlos e Zinedine Zidane. Cicinho vinha bem no Real até sofrer uma séria lesão no joelho, que o afastou dos gramados por seis meses. A chegada a um dos maiores clubes do planeta inflou o ego do jogador, que se sentiu ainda mais 'dono do mundo'.
- Quando o avião subiu para Madri, minha cabeça foi junto, o sucesso subiu igual a um foguete. Eu queria ser dono de tudo. Por exemplo, eu chegava numa choperia e mandava o cara abrir para mim dizendo que eu ía beber tudo lá.
Após voltar da cirurgia, Cicinho acabou perdendo espaço no Real e foi vendido ao Roma da Itália, onde passou a receber um salário maior do que tinha no clube merengue. Na Itália, Cicinho teve a companhia de Adriano, mas garante não ter compartilhado os excessos fora de campo com o atacante.
Adriano Cicinho Roma (Foto: AFP)Adriano e Cicinho jogaram juntos no Roma, mas não fizeram 'tabela' fora de campo (Foto: AFP)
A passagem pela Itália foi longa (quase cinco anos), mas não muito proveitosa. Esteve em campo em 72 partidas, marcando três gols, mas voltou a viver um novo drama na carreira, ao ter que operar o joelho direito pela segunda vez em menos de dois anos. Diferentemente da primeira lesão, Cicinho não se dedicou na recuperação e voltou aos gramados um ano depois.
- Aquela lesão mexeu com a minha cabeça. Eu senti o baque. Fui fazer minha recuperação na minha cidade (Pradopólis) e ia para a fisioterapia pela manhã, à tarde e logo depois emendava num churrasco - lembrou.
Sofrimento da família
Já cheguei ao ponto de, no melhor hotel da minha cidade, enquanto o cara fazia o meu check-in , às três da manhã, eu fazia xixi no saguão do hotel"
Cicinho
Mesmo com o filho conhecendo os luxos proporcionados pelo futebol, Dirce e Cláudio, pais do lateral, mantiveram a vida tranquila em Pradopólis. Nas férias, Cicinho sempre visitava os pais. Presente no espaço, mas distante no carinho.

- Eu fazia da casa dos meus pais um ambiente para as minhas festas. Lembro que minha mãe fez um aniversário e eu chamei um monte de amigos meus. Havia umas 200 pessoas na festa, e minha mãe não conhecia metade daquela gente.
Mesmo em sua cidade natal, convivendo com as pessoas que o conheciam desde a infância, Cicinho continuava desrespeitando os limites.
- Já cheguei ao ponto de, no melhor hotel da minha cidade, enquanto o cara fazia o meu check-in , às três da manhã, eu fazia xixi no saguão do hotel - se recordou, com um sorriso amarelo no rosto.
A bebida distanciou Cicinho também do filho Heitor, hoje com cinco anos. Cicinho carrega no braço direito o nome do primogênito tatuado, e por muito tempo esse foi o contato mais próximo que permanecia com ele.
- Eu tentava 'comprar' o amor do meu filho com presentes. Ele me chamava para jogar bola e eu falava que estava jogando baralho, tomando uma cerveja. Eu deixei muito a desejar com meus pais e meu filho.
A profecia do pastor
O mesmo roteiro do Real Madrid se repetiu no Roma. Cicinho começou bem pelo clube italiano, mas caiu de rendimento, e em 2010 chegou a ser emprestado para o São Paulo. De volta à velha casa, o lateral não apresentou nem uma vaga lembrança do futebol da primeira passagem.
- Eu faltei com o São Paulo na minha segunda passagem. Queria nada com nada.
Cicinho encara a marcação do Atlético-GO (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)Cicinho em ação com a camisa do Sport (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Cumpriu o contrato de empréstimo e voltou para o Roma, onde perdeu espaço e acabou novamente emprestado ao Villareal da Espanha. Lá, esteve em campo em apenas sete jogos até voltar para a Itália. Entregue ao alcoolismo e sem perspectivas de futuro, Cicinho pensou em largar o futebol. Evangélico, foi para um congresso em Manaus, quando ouviu de um pastor uma vontade, que mais tarde se transformaria numa 'profecia'.
- Havia um pastor aqui do Recife chamado Daniel  que orou por mim e disse que eu ia voltar a jogar futebol no Sport. Dias depois, o pessoal aqui do clube entrou em contato comigo.

Resgatado por Marri
Cicinho e Marri (Foto: Tiago Medeiros/Globoesporte.com)Cicinho e Marri estão juntos há pouco tempo
(Foto: Tiago Medeiros/Globoesporte.com)
Os tempos de Roma não foram de todo ruim para Cicinho. Na capital italiana, por intermédio de amigos em comum, ele conheceu a estudante Marri. Os olhos castanhos e os cabelos loiros da jovem goiana encantaram Cicinho, desconhecido para ela, que jamais gostou de futebol. A paquera no inicio não deu certo, e os dois só voltaram a se reencontrar quando o jogador retornou da passagem pela Espanha, em agosto do ano passado.
A amizade permaneceu, e, depois de resistir bastante, Marri cedeu aos flertes de Cicinho. O namoro começou, e a desconfiança veio a reboque.
- Eu passei um 'bocado' com ele também. Quando nos reencontramos, ele estava numa das piores fases, bebia todos os dias e as pessoas vinham até mim e diziam que ele estava aprontando. Eu falava: "Meu Deus, eu não estou com esse garoto para ser traída" - recordou.
Em Marri, Cicinho encontrou o caminho para largar a bebida, mas redescobriu uma paixão antiga: o futebol. Os dois se casaram em junho deste ano e dias depois o jogador assinava contrato com o Sport. Felizes, os dois curtem a lua de mel no Recife.
- O amor que ela sente por mim, que eu sinto por ela, fez com que eu retomasse o amor que eu sinto pela minha vida. E assim eu percebi que não posso desperdiçar o que Deus me deu, o dom de jogar futebol. Estou muito feliz no Sport, num clube que me acolheu numa cidade maravilhosa, e quero fazer história aqui como o Magrão, que é um ídolo do clube  - disse Cicinho.
- O Cicinho representa o amor para mim, e o amor é a base, a função de tudo. Ele pode contar comigo pro que der e vier - garantiu Marri
Aos 32 anos, Cicinho é titular do Sport, está livre do álcool,se reaproximou do filho, já pensa em encomendar outro e tem curtido o 'dia' do Recife ao lado de sua 'salvadora'. Na vitória do amor, Cicinho também  saiu vencedor.
Cicinho e Marri se divertem na praia de Boa Viagem (Foto: Tiago Medeiros/Globoesporte.com)Cicinho e Marri se divertem na Praia de Boa Viagem (Foto: Tiago Medeiros/Globoesporte.com)

Jon Jones é condenado por acidente de trânsito, perde carteira e é multado

O lutador volta ao octógono no dia 1º de setembro, quando coloca o cinturão dos meio-pesados em jogo contra Dan Henderson, pelo UFC 151

Por SporTV.com Rio de Janeiro
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Jon Jones UFC MMA (Foto: Divulgação/UFC)Jon Jones foi condenado (Foto: Divulgação/UFC)
Jon Jones foi finalmente julgado pelo acidente de trânsito que provocou, em maio. O lutador bateu seu carro contra um poste, ao dirigir supostamente alcoolizado. O campeão dos meio-pesados do UFC esteve no tribunal na manhã desta terça-feira e foi condenado a pagar uma multa de US$ 1 mil (cerca de R$ 2 mil reais), além de ter a carteira suspensa por seis meses, fazer um curso de reciclagem, ter que colocar uma trava na ignição (funciona como uma espécie de bafômetro), e ter de restituir o prejuízo pela danificação do poste, orçado em US$ 6,5 mil (R$ 13 mil reais).
O campeão dos meio-pesados, de 24 anos, foi detido pela Polícia de Binghamton, no estado de Nova York, após bater seu carro. O atleta apresentou sinais de embriaguez e foi levado para a chefia de Polícia local para prestar esclarecimentos. Jon Jones dirigia seu automóvel aproximadamente às 5h da manhã quando atingiu um poste.
O lutador defendeu seu título pela última vez em abril deste ano, quando derrotou seu desafeto Rashad Evans no UFC 145. O prodígio de apenas 24 anos volta ao octógono no dia 1º de setembro, quando coloca o cinturão dos meio-pesados em jogo diante do veterano Dan Henderson, pelo UFC 151.

Barcelona avança na operação Neymar, afirma jornal espanhol

Diário 'Marca' garante que 'brasileiro será do Barça mais cedo ou mais tarde'

Por GLOBOESPORTE.COM Madri
Neymar, Seleção Brasileira (Foto: Agência Reuters)Barcelona espera participação olímpica para ter
definição quanto a Neymar, diz jornal (Reuters)
Neymar será jogador do Barcelona mais cedo ou mais tarde, garantiu o jornal espanhol “Marca” nesta terça-feira. O diário, que destacou a participação do atacante nos Jogos Olímpicos de Londres, informou que o contato entre as duas partes - clube e jogador - tem sido constante, e a expectativa catalã é que o brasileiro desembarque logo no Camp Nou.
Apesar de saber que Neymar já garantiu que fica no Santos até 2014, o clube insiste no astro e trabalha para que o atacante seja contratado logo, acrescentou o jornal. Inclusive, o vice-presidente do clube, Josep Maria Bartomeu, não escondeu que o objetivo catalão é traze-lo após os Jogos de Londres.
- Todos nós gostaríamos que o Neymar viesse após os Jogos - disse o dirigente aos torcedores catalães que estavam no Marrocos para o amistoso do último sábado contra o Raja Casablanca.

No adeus ao Corinthians, Liedson afirma: 'Saio com a cabeça erguida'

Contrato do atacante terminou nesta terça-feira. Ainda sem clube, ele analisa propostas. No Timão, foram três títulos, 111 jogos e 50 gols

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
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Ao todo, foram duas passagens, com três títulos, 111 jogos e 50 gols. Nesta terça-feira, o contrato de Liedson com o Corinthians acabou. Ainda sem um novo clube, o atacante afirma deixar o clube alvinegro de “cabeça erguida”. Afinal, o Levezinho conquistou o Paulistão de 2003, o Brasileirão de 2011 e a Libertadores de 2012.
- Tenho um carinho muito grande pelo clube, mas o ciclo se deu por encerrado e agora é seguir em frente. Fui muito feliz nessa minha segunda passagem, ganhei títulos, entramos para a história com a conquista da Libertadores, fiz muitos gols e conquistei grandes amigos. Saio com a cabeça erguida – declarou Liedson.
Liedson, treino Corinthians (Foto: Marcos Ribolli  / Globoesporte.com)Liedson: campeão paulista, brasileiro e da Libertadores pelo Timão (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
O atacante iniciou sua segunda passagem pelo clube no ano passado, logo depois da trágica eliminação para o Tolima, na primeira fase da Libertadores do ano passado, antes mesmo da etapa de grupos. Logo de cara, Liedson carregou o time ao vice-campeonato paulista e mais adiante foi artilheiro na conquista do Brasileiro.
- Saio satisfeito pelo que fiz. Agradeço ao Corinthians, sua diretoria, aos companheiros, aos funcionários e, principalmente, à torcida – acrescentou Liedson.
O jogo de despedida do Levezinho com a camisa do Timão foi o empate por 1 a 1 com o Sport, logo depois da conquista da Libertadores. Foi dele o gol alvinegro.
- Fico feliz que no meu último jogo pude fazer um gol e ajudar o time em uma partida complicada fora de casa. Quando voltei, fiz dois na minha reestreia, contra o Ituano, e encerrei minha passagem da mesma maneira, também fazendo gol.
Liedson ainda não tem um novo clube para atuar. Está estudando propostas para saber qual será seu futuro depois dessa nova passagem pelo Corinthians.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Dedé lamenta cartão, mas garante voltar melhor para Vasco e Seleção

Zagueiro comemora volta à lista de Mano Menezes e promete aproveitar suspensão contra o Corinthians para aprimorar a forma

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
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Forlán Internacional Dedé vasco (Foto: Gustavo Granata / Ag. Estado)Dedé duela com Forlán: terceiro cartão contra Inter
(Foto: Gustavo Granata / Ag. Estado)
Foi em Volta Redonda (RJ), sua cidade natal, que Dedé recebeu a notícia de que havia sido convocado para a Seleção Brasileira. A presença no amistoso contra a Suécia, dia 15 de agosto, representa a volta à lista de Mano Menezes após cinco meses. Ao lado da família, curtindo o segundo dia de folga, o zagueiro do Vasco comemorou o que também pode ser encarado como o retorno à rota normal de sua carreira após um período de turbulência. Um edema ósseo na perna esquerda o afastou dos gramados por dois meses, e desde a volta, em junho, ele busca retomar a melhor forma.
Dedé garante estar cada vez mais próximo do ideal e tem a certeza de que, se havia alguma falta de motivação, ela está completa com o retorno à Seleção Brasileira. O zagueiro acredita que estará ainda melhor condicionado quando se apresentar para o amistoso contra a Suécia, mas garante que, até lá, dará uma contribuição cada vez maior ao Vasco.
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, Dedé lamentou o cartão amarelo por reclamação que o tirou do jogo contra o Corinthians, no próximo domingo, em São Januário, pelo Campeonato Brasileiro. Mas afirma que, por outro lado, terá mais de uma semana para recuperar o melhor condicionamento e ajudar a equipe nas partidas contra Sport e Atlético-MG, até se juntar ao grupo de Mano Menezes.
GLOBOESPORTE.COM - Desde que voltou, você convive com a apreensão por retomar a melhor forma. Por isso, a convocação para a Seleção Brasileira foi um alívio?
Dedé - Não digo que foi um alívio, mas uma felicidade por estar recuperado após dois meses parado. Todo aquele processo negativo está ficando novamente positivo. Venho conseguindo voltar à forma ideal e agora a confiança aumentou ainda mais por estar de volta à Seleção. Estou ainda mais tranquilo e comemorando.
Quando voltou a jogar, você admitiu que temeu retornar sem mostrar o mesmo desempenho de antes. Chegou a ficar apreensivo por também perder espaço na Seleção?
Dede brasil viatri argentina (Foto: Agência EFE)Dede volta à Seleção após cinco meses
(Foto: Agência EFE)
Não fiquei preocupado, porque conversei muito com amigos que sofreram lesões e eles me tranquilizaram. Sabia que uma hora pegaria novamente a forma. Já estava sentindo uma melhora, e tudo isso foi importante para a minha cabeça. Senti que o mais me atrapalhava eram força e condicionamento e sei que isso depende do ritmo de jogo.
Qual a expectativa do retorno à Seleção Brasileira? Acredita que estará com o condicionamento ideal até lá?
Estou bem tranquilo, porque o Mano sabe que minha forma ideal virá com o tempo. Tenho muito a melhorar ainda, mas como não vou enfrentar o Corinthians, terei mais de uma semana para aprimorar a forma e fazer trabalhos específicos. Foi ruim para o Vasco, mas também tenho que pensar em todo o contexto. Vou poder voltar à forma ideal e fazer melhor no Vasco e na Seleção.
Acredita que o cartão amarelo que o árbitro lhe aplicou no empate em 0 a 0 com o Internacional e o tirou do jogo contra o Corinthians poderia ter sido evitado?
Reconheço que falei com o árbitro de maneira forte, mas ele poderia ter me advertido verbalmente. No meu entendimento, o contra-ataque do Inter nasceu de uma falta sobre o Fellipe Bastos não marcada. De qualquer maneira, minha reação foi acima do normal. No ano passado tive um período de nervosismo e aprendi muito. Nesta temporada ainda não havia levado um cartão por causa disso. Fiquei arrependido e espero não cometer mais esses erros bobos. Além de me prejudicarem durante a partida, podem causar a suspensão.

Vasco anuncia contratação de Jonas

Destaque do Coritiba no ano passado, lateral-direito assina até o fim de 2015 e se diz orgulhoso por vestir a nova camisa

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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O Vasco anunciou oficialmente a contratação de Jonas. Por meio de seu site, o clube confirmou a assinatura do vínculo até 31 de dezembro de 2015. O lateral-direito de 25 anos, que estava no Coritiba, chega para substituir Fagner, recentemente negociado com o Wolfsburg, da Alemanha. Ele teve 50% dos seus direitos econômicos comprados por um valor estimado de R$ 1,5 milhão.
Jonas será apresentado nesta quarta-feira, mas a expectativa é que faça seu primeiro treino com os companheiros na manhã desta terça, na praia da Barra da Tijuca. O lateral festejou a possibilidade de atuar ao lado de grandes jogadores em São Januário.
Jonas com a camisa do Vasco (Foto: Gustavo Guimarães / Site Oficial do Vasco)Jonas veste a camisa do Vasco pela primeira vez (Foto: Gustavo Guimarães / Site Oficial do Vasco)
- É com muito orgulho que visto a camisa do Vasco. Para mim, é um honra jogar ao lado do melhor zagueiro do Brasil, o Dedé, atuar com Juninho Pernambucano, que eu via pela Seleção e escolhia para jogar videogame. O Felipe, então, nem se fala. São todos grandes jogadores. Estou muito feliz pela oportunidade, vou procurar com muita raça e vontade dar alegrias para a torcida - disse Jonas ao site oficial do Vasco.
O diretor de futebol Daniel Freitas afirmou que o clube vinha tentando há bastante tempo fechar a contratação do lateral.
- Foi uma estratégia boa. Adquirimos parte dos direitos econômicos, e ele tem uma idade interessante (25 anos), por isso o contrato longo. Já realizou exames e voltou a Curitiba para poder efetivamente encerrar o vínculo - afirmou à Rádio Tupi, acrescentando que ainda busca uma peça, "com critério e cuidado, atento ao que o mercado pode oferecer".
Jonas neste Brasileiro:
Jogos: 6
Finalizações: 3
Gols: 0
Assistências: 0
Passes certos: 89%
Roubadas de bola: 9
Faltas cometidas: 13
Faltas sofridas: 1
 
Jonas se destacou no ano passado, atuando um pouco mais recuado pela direita no esquema do técnico Marcelo Oliveira. Foi campeão paranaense e chegou à final da Copa do Brasil, perdendo para o Vasco. Despertou o interesse de Palmeiras e Santos, clube com o qual só não acertou por falta de entendimento com o Coritiba quanto a detalhes da transferência.
A negociação malsucedida fez com que Jonas começasse com atraso a pré-temporada. Além disso, sofreu uma lesão no músculo posterior da coxa direita. Ao se recuperar, demorou a pegar ritmo de jogo e sofreu principalmente na derrota por 3 a 2 para o Botafogo, pela segunda rodada do Brasileirão. Falhou no segundo gol do adversário e passou a ser vaiado pela torcida a cada vez que pegava na bola. Foi substituído no intervalo por Ayrton, que a partir de então evoluiu e ganhou a posição.
Os números de Jonas neste Brasileiro são pouco expressivos. Em seis jogos, conseguiu três finalizações e nove roubadas de bola. Sofreu uma falta e cometeu 13, recebendo cartão amarelo uma vez. Fez quatro jogadas de linha de fundo, sem fazer gol ou dar assistência.
Confira a ficha de Jonas:
Nome: Jonas Jessué da Silva Junior
Nascimento: 10/02/1987
Local de Nascimento: Votuporanga, São Paulo.
Altura: 1,81m
Clubes: Mirassol-SP (2006), Internacional (2007-2009), Sport (2009), Botafogo-SP (2010), Vitória (2010) e Coritiba (2011-2012)
Títulos: Campeonato Gaúcho (2008), Campeonato Pernambucano (2009), Copa Paulista do Interior (2010), Campeonato do Nordeste (2010) e Campeonato Paranaense (2011 e 2012).

Preocupado, Vasco apenas torce por regularização de Renato Silva

Clube busca contato com advogados do jogador para saber se registro será feito a tempo da partida contra o Corinthians

Por Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
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renato silva vasco (Foto: Rafael Cavalieri/Globoesporte.com)Renato Silva treina à espera da regularização
(Foto: Rafael Cavalieri/Globoesporte.com)
Com Dedé suspenso e Douglas ainda em dúvida por causa de dores na coxa direita, Cristóvão Borges pode ter problemas para escalar a zaga do Vasco na partida contra o Corinthians, neste domingo. Isso porque Renato Silva ainda não teve seu novo contrato com o clube regularizado, embora tenha conseguido sua liberação há mais de uma semana. Preocupado, o Vasco entrou em contato com os representates do jogador para saber os motivos da demora.
Renato Silva pertencia ao Shandong Luneng e teve 50% de seus direitos econômicos comprados pelo Vasco. Como houve problema no acordo para a rescisão do contrato, o zagueiro viajou até a China, onde passou uma semana, para resolver a situação. De volta ao Brasil desde o último dia 21, o jogador permanece sem poder atuar, embora treine sem limitações todos os dias em São Januário.
- Vamos entrar em contato com os advogados do Renato Silva para sabermos como está essa situação. Precisamos do jogador mais do que nunca. A parte do Vasco já foi feita - lembrou Daniel Freitas, diretor de futebol do Vasco.
A última partida de Renato Silva foi a vitória por 3 a 2 sobre a Ponte Preta, dia 30 de junho, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Nesta segunda-feira, portanto, o zagueiro completa um mês sem entrar em campo para disputar um jogo. Para enfrentar o Corinthians, ele precisa ter seu nome publicado no Boletim Informativo Diário da CBF até a próxima sexta.

Dupla de zaga quase perfeita se desfaz após seis rodadas

Com Dedé suspenso e Douglas em dúvida, técnico do Vasco terá de modificar defesa que sofreu um gol em seis jogos

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
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Dedé e Forlan, Internacional x Vasco (Foto: Edu Andrade / Agência Estado)Dedé, que enfrentou Forlán no sábado, está
suspenso (Foto: Edu Andrade / Agência Estado)
Por seis partidas consecutivas do Campeonato Brasileiro, Dedé e Douglas formaram uma dupla de zaga praticamente intransponível. Neste período, o Vasco sofreu apenas um gol e esteve invicto. No entanto, no jogo contra o Corinthians, no próximo domingo a parceria será desfeita, já que o Mito cumprirá suspensão automática. A expectativa fica por conta de seu companheiro, que sofreu uma pancada na coxa direita no empate em 0 a 0 contra o Internacional, no último sábado.
Nas seis rodadas em que Dedé e Douglas estiveram juntos, o Vasco somou quatro vitórias e dois empates. São cinco partidas consecutivas sem que a zaga sofra um gol, feito que não se repetia desde 1988, quando a defesa cruz-maltina ficou nove jogos invicta no Campeonato Brasileiro.
Douglas será reavaliado pelo departamento médico do Vasco ao longo da semana, mas a expectativa é de que o jogador de 22 anos tenha condição de enfrentar o Corinthians. Enquanto isso, a diretoria fica na expectativa pela liberação de Renato Silva, que ainda não teve seu novo contrato registrado pela CBF. Caso nenhum dos dois tenha condição de jogo, Fabrício deverá ser utilizado pelo técnico Cristóvão Borges e o volante Nilton pode ser improvisado na zaga.
O Vasco ainda terá mais à frente um novo desfalque de Dedé. Convocado para a Seleção Brasileira para o amistoso contra a Suécia, o zagueiro não vai defender o Vasco na partida contra o Coritiba, dia 16 de agosto, em São Januário, pela 17ª rodada do Brasileirão.

Cristóvão elogia regularidade do Vasco: ‘Não se desorganiza’

Técnico celebra cinco jogos sem gol sofrido, 38 rodadas entre os quatro melhores do Brasileiro e quer time forte em casa e fora

Por Vicente Seda Rio de Janeiro
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Cristovão Borges, Internacional x Vasco (Foto: Marcelo Sadio / Flickr do Vasco)Cristovão destaca boa organização tática
(Foto: Marcelo Sadio / Flickr do Vasco)
A defesa do Vasco é motivo de orgulho para o técnico Cristóvão Borges. Não apenas a defesa, mas a regularidade. Nos últimos cinco jogos, foram quatro vitórias e um empate. Nenhum gol sofrido. Contando o Campeonato Brasileiro do ano passado, são 38 rodadas com o time da Colina entre os quatro primeiros colocados. Fruto do trabalho e do empenho tático dos jogadores, na visão do treinador.
- A equipe não se desorganiza, continua equilibrada mesmo quando é pressionada. Isso é desejo, trabalho. Como o campeonato é muito duro e disputado, é difícil isso acontecer e você manter uma regularidade de vitórias. Mas já há algumas rodadas temos repetido boas atuações, boa organização tática e assim fica mais fácil obter os resultados. Claro que a equipe oscila em alguns momentos, mas a força do conjunto é muito grande.
A última vez que o Vasco ficou cinco partidas com a defesa invicta no Brasileirão foi em 1988. Na ocasião, a marca chegou a nove rodadas: contra Bahia, Santos, Grêmio, Cruzeiro, Botafogo, Corinthians, Coritiba, Guarani e América.
O técnico ressaltou ainda outro fator, quando questionado sobre o fato de, até o momento, o Vasco não ter sido derrotado atuando fora de casa no Brasileiro. Ele quer que os jogadores não diferenciem o local da partida, atuando no mesmo padrão onde quer que seja o confronto.
- Em casa a equipe também é muito forte e só perdeu um jogo. O importante é que não tenha essa diferença. Tem de ter personalidade, e a equipe tem. Para ganhar esse título, tem de jogar bem fora e em casa, é isso que estamos buscando fazer.

'Não consigo ver ninguém batendo Cesar em Londres', diz ex-treinador

Técnico que ajudou Cielo a ganhar o ouro e o bronze em Pequim, Brett Hawke diz que ele vencerá de novo os 50m; nesta terça, faz estreia nos 100m livre

Por Danielle Rocha Direto de Londres
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Naquela manhã de agosto, em Pequim, há quatro anos, Cesar Cielo acordou  descrente. Faltavam poucas horas para a final dos 100m livre, mas aquela raia 8 incomodava. Nadar no canto da piscina, com sete adversários nadando mais rápido do que ele, foi demais para a cabeça do jovem calouro. Foi preciso ouvir palavras duras de Brett Hawke, seu treinador na ocasião, para entender que estava tão ou mais veloz do que os outros, que estava tão ou mais bem preparado do que eles para ganhar um medalha. Foi a primeira de duas. O bronze nos 100m livre marcou o despertar do campeão. Foi o primeiro passo para o ouro nos 50m livre e um ciclo vitorioso, com direito a títulos e recordes mundiais nas duas provas e o status de homem mais rápido do mundo. Nesta terça-feira, a partir das 6h (de Brasília), Cielo dará início a sua participação nos Jogos de Londres. E outra vez com os 100m livre.
cesar cielo medalha de ouro PEquim 2008 (Foto: Agência Reuters)Cielo se emociona ao receber a medalha de ouro em Pequim 2008 (Foto: Agência Reuters)
Daquele menino que ainda se mostrava frágil mentalmente, não restou nada. Essa força, aliada à qualidade técnica, ao perfeccionismo e ao apetite de se manter no topo, é o que leva Brett a pensar que seu ex-pupilo não perderá o trono nos 50m livre. Não descarta também vê-lo no pódio nos 100m, mesmo que James Magnussen, australiano como o técnico, tenha mandado um recado de que não tem medo de Cielo. Atual campeão mundial da distância, que chegou botando banca, mostrou abatimento após a disputa do 4x100m livre. Abriu o revezamento e foi superado pelo americano Nathan Adrian.
- Eu ainda acredito que Cesar é o nadador mais rápido do mundo. Eu não consigo ver ninguém o batendo nas Olimpíadas - disse Brett.
Mesmo que a parceria tenha sido rompida no fim de 2010, após os resultados do Pan-Pacífico Irvine que não deixaram Cielo satisfeito, o ex-treinador sente falta dos dias ao lado dele. O filho também. Dia desses, perguntou por onde Cesar andava. Estava com saudade dele. O pai também. O reencontro foi na beira da piscina do Centro Aquático, às vésperas do início dos Jogos. Brett, que em 2008 vestiu o uniforme do Brasil, hoje usa o das Bahamas, juntamente com a velocista Arianna Vanderpol-Wallace.
Entre as boas lembranças de Pequim, Cielo também guarda uma de quando passaram juntos um dia depois da conquista do ouro. Após um passeio para lá de agitado pelo Templo do Céu, deixaram o local num riquixá em direção à Cidade Proibida, mas acabaram sendo levados pelo condutor a um lugar errado.
-  Tive que sair correndo depois de fazer fotos lá com as medalhas. Foi um assédio louco. Entramos no requixá, e o cara que estava dirigindo foi entrando nuns becos. Perguntei para o Brett: "Ele está nos levando para onde?" E nada de parar para falar. Até que parou e cobrou 400 yuans. A gente não sabia se aquele era o valor certo. Ficamos sem dinheiro no meio do nada. Fomos andando e paramos numa praça. Nós estávamos de uniforme, e eu com medo de pegarem minhas medalhas. Lembrei que tinha um celular no bolso, só que ali não estava funcionando. Passaram três meninas e pedi o celular emprestado. Elas não entenderam nada e me deram o número do telefone delas. Brett riu e eu só queria ir embora. Até que conseguimos fazer contato e nos acharam - diverte-se Cielo.
natação Brett Hawke (Foto: Reuter)Brett Hawke acredita que ninguém irá superar
Cielo nos 50m em Londres (Foto: Reuters)
GLOBOESPORTE.COM: Você disse uma vez que teria medo de enfrentar Cielo nos tempos em que você era nadador. Que ele seria o rei das provas de velocidade até 2012 e que se estivesse numa mesma série com o russo Alexander Popov, o americano Gary Hall Jr., o holandês Pieter van den Hoogenband, ganharia. Por quanto tempo acredita que ele conseguirá se manter nessa condição?
Brett Hawke:
Eu ainda acredito que Cesar é o nadador mais rápido do mundo. Não consigo ver ninguém o batendo em Londres. Eu ainda não gostaria de encarar Cesar nas Olimpíadas porque acho que é quando está no seu melhor e é mais poderoso. Ele vai ganhar os 50m livre de novo em Londres.
James Magnussen já mandou recado e está veloz. Ele é a maior ameaça de Cesar nos Jogos?
Magnussen tem sua própria força, mas as Olimpíadas são diferentes. Se ele provar a si mesmo ser tão bom quanto Cesar, então eu serei o primeiro a parabenizá-lo.
Acha que ele poderá ser o nome que vai alavancar novamente a natação da Austrália?
Não, os EUA sempre vão estar no topo, mas a Austrália poderia ganhar um revezamento.
Você orientou Bruno Fratus em 2011, quando ele foi a Auburn. Pelo que viu, esperava que ele pudesse ser tão rápido como agora? Acredita na possibilidade de uma dobradinha dele com Cesar nos 50m livre?
Eu apenas o ajudei um pouco com sua saída. Ele é um ótimo nadador e tem no Ari (Arilson Soares) um grande técnico. Tudo o que nós fizemos foi dar uma nova perspectiva, e ele pegou muito rapidamente, porque é um aprendiz rápido. Acho que Bruno tem uma grande chance de pódio em Londres
Como foi ver Fred Bousquet sem um lugar nos Jogos?
Foi muito duro não vê-lo se classificar. No início, nós ficamos todos em choque porque ele estava nadando muito bem antes das seletivas. Então, depois ele foi para o Brasil e nadou rápido, foi para o Campeonato Europeu e ganhou o ouro. E aí vimos que isso ainda estava nele. É uma pena ele não competir contra Cesar em Londres, porque eu acho que eles ainda são os dois nadadores mais rápidos do mundo. Tudo acontece por uma razão.
Quais lembranças tem daqueles dias com ele em Pequim? Que situações você não esquece e marcaram aquelas duas medalhas?A minha lembrança mais viva é a de Cesar depois da cerimônia de premiação, envolvendo-o na bandeira brasileira ainda na piscina, com todos os integrantes da seleção brasileira. E todos nós estávamos pulando, gritando e chorando. Foi um momento muito forte que nunca mais da minha cabeça.
O Cesar de 2012 tem algo do Cesar de 2008?
Ele é mais forte, mais rápido e mais maduro agora. Se fosse um produto tecnológico, seria chamado Cesar 2.1.
cesar cielo brett hawke parque aquático treinos londres 2012 (Foto: Danielle Rocha / Globoesporte.com)Cielo e Brett se encontram no Centro Aquático de Londres (Foto: Danielle Rocha / Globoesporte.com)
Ele disse que no Mundial de Xangai, pouco depois do julgamento do TAS, você mandou um e-mail não acreditando como desafiou a todos daquele jeito. E ele respondeu que não sabia. Foi difícil vê-lo envolvido naquela situação do doping? Você acha que psicologicamente ele já está forte o suficiente para aguentar a pressão que terá em Londres?
Foi uma situação terrível de encontrá-lo envolvido. Nada disso foi planejado, procurado ou desejado. Ele é agora um atleta muito mais cauteloso, mas também mais forte para enfrentar um mundo como esse.
Como foi a etapa após o fim da parceria com Cielo e que relação mantém com ele? Que lições tirou da experiência de ter treinado um campeão olímpico? Faria algo diferente?A vida depois de Cesar é boa. Eu tenho atletas como Marcelo Chierighini, que são jovens e famintos por sucessos exatamente como Cesar era. Um arrependimento que tenho é que eu queria ser o técnico dele por toda a vida, como Popov e seu treinador ou Van den Hoogenband e o seu. Eu aprendi muitas coisa treinando Cesar, mas a coisa mais importante é apreciar o sucesso quando ele acontece e parar e aproveitar os momentos na vida, porque eles podem não acontecer novamente. Felizmente, nós ainda temos uma relação muito próxima agora. Ele sempre fará parte da minha vida, pelo menos como amigo.
Seus filhos nadam ou você acha que eles vão se interessar por outros esportes?
Meu filho nada e ele me perguntou recentemente onde Cesar estava porque disse que sente saudade dele. Espero que eles se encontrem de novo em breve!
O que você espera de Arianna em Londres?
Ela treina comigo há quatro anos em Auburn e, nesse tempo, se tornou a nadadora mais rápida na história do NCAA, assim como Cesar. E agora está nas Olimpíadas, correndo por fora, assim como o Cesar em 2008.