segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Amanda Nunes relembra duelo com Zingano e revela crise de ansiedade

Brasileira não acredita que ex-adversária ofereça perigo ao reinado de Rousey: "Ronda vai levar essa com tranquilidade", diz

Por Uberlândia, MG
A brasileira Amanda Nunes amargou o seu primeiro resultado negativo no UFC em setembro, quando foi derrotada por Cat Zingano em duelo pelo UFC 178. Pouco mais de um mês após o episódio, a atleta revelou ao Combate.com que teve uma crise de ansiedade dentro do octógono e acredita que esse tenha sido o principal motivo para o revés:
- A primeira coisa que aconteceu comigo foi a adrenalina. Isso já vem acontecendo comigo no decorrer da minha carreira, até mesmo em lutas que eu venci. Já tive esse problema com adrenalina, que me consome. Eu acabo ficando sem gás, fico fraca no decorrer da luta. Acredito que o problema contra a Cat tenha sido a adrenalina, pois quando eu coloco o pé no octógono, começo a ter essa crise. O coração começa a bater acelerado e a adrenalina toma conta de mim. E aí eu quero terminar logo a luta e acabo tendo esse desfecho. Mas esse é um erro que eu já cometia e que passei a enxergar melhor depois dessa luta. E ainda bem que foi agora, porque quando eu chegar no cinturão, não vou sair mais de lá.
Amanda Nunes, UFC (Foto: Ivan Raupp)Amanda Nunes diz que faz yoga para tentar controlar a adrenalina antes das lutas (Foto: Ivan Raupp)
A lutadora reconheceu a superioridade de Cat, que aguentou um castigo no início do primeiro round e se recuperou, conseguindo um nocaute técnico no terceiro assalto. Ela também garante que aprendeu a lição e que vai lutar com unhas e dentes para voltar ao topo da divisão e disputar o título da categoria:

- A única coisa que eu levei dessa derrota foi positiva, pois descobri uma coisa em mim que eu já tinha, só que não sabia com 100% de certeza que era a causa. Depois dessa luta, eu percebi o que estava errado. O meu treinamento foi perfeito para o duelo contra a Cat, eu estava muito bem no gás, a parte de trocação e o chão estavam muito afiados. Eu sabia que ela ia tentar me colocar para baixo, sabia todo o jogo dela. Mas acho que não era o meu dia e a minha adrenalina não ajudou. Era o momento dela, que é uma menina que já está há bastante tempo no ramo e eu acredito que ela mereceu a vitória. Também merece disputar o cinturão, mas estou bem, pois sei que vou continuar e vou dar a volta por cima.
Estou fazendo yoga e um trabalho de concentração mais profunda, além de alguns tratamentos na parte de suplementação, que o meu corpo realmente precisa. O atleta não é só treino duro, também tem que fazer a parte da concentração e baixar a adrenalina, para chegar lá e mostrar seu desempenho"
Amanda Nunes, atleta de MMA
A  “Leoa” explicou que, após o UFC 178, foi procurar ajuda profissional para tratar o problema.
- Estou fazendo yoga e um trabalho de concentração mais profunda, além de alguns tratamentos na parte de suplementação, que o meu corpo realmente precisa. O médico analisa o meu sangue, vê a porcentagem de todas as proteínas que eu preciso e me dá a prescrição. Estou tendo um cuidado muito grande agora com o meu corpo e na parte mental também, que é importante. O atleta não é só treino duro, também tem que fazer a parte da concentração e baixar a adrenalina, para chegar lá e mostrar seu desempenho.
Com um cartel de nove vitórias e quatro derrotas, a brasileira espera voltar ao octógono em breve. Ela, inclusive, sonha em lutar no mesmo card que Anderson Silva, que enfrenta Nick Diaz na luta principal do UFC 183, no dia 31 de janeiro, em Las Vegas, nos EUA:
- Estou muito bem, já voltei a treinar. Acho que vai ser um presente se eu voltar no card do Anderson. Com esse retorno dele, seria "a volta" dele e a minha também. Realmente eu quero voltar 100%.
Quanto à Cat Zingano, que agora disputará o cinturão de Ronda Rousey no dia 28 de fevereiro, em Los Angeles, Amanda acredita que ela não será um grande desafio para a campeã peso-galo do UFC:
- Não acho que a Cat Zingano ofereça perigo à Ronda. Nas posições que a Cat esteve comigo no duelo, ela não me finalizou.Se eu estivesse no lugar dela, eu certamente a finalizaria. Aquela chave de braço estava encaixada, meu cotovelo estava passando, era uma posição muito perigosa. Pode ver que, na luta, eu deixo o braço e começo a tirar a perna dela de cima. Então não era uma posição em que ela estava confortável. Acho que o wrestling dela é forte, mas mais porque eu não estava bem na luta. Ela não oferece perigo algum à Ronda, mas pode oferecer às meninas que estão vindo agora. A Ronda leva essa com tranquilidade - opinou.

Mondragon nocauteia Thiago Big Monster e leva o cinturão do RSF 13

A revanche entre Mondragon e Thiago Big Monster é decidida em trocação franca. Mondragon aplica um cruzado e derruba o lutador da Team Nogueira. Big quer 3ª luta

Por Boa Vista, Roraima

Cerca de quatro mil pessoas lotaram o Ginásio Totozão, em Boa Vista-RR, na noite de domingo, para assistir o Roraima Show Fight 13.0, considerado pelos organizadores como um dos maiores eventos de MMA do Norte. A 13ª edição trouxe para a luta principal a revanche entre Mondragon e Thiago 'Big Monster'. Mondragon levou a melhor com um nocaute . (Veja o video acima)
O evento começou às 20h30. Antes do principal confronto da noite, seis lutas agitaram o público. No primeiro duelo, Misael e Douglas deram o tom do que estava por vir. Milson venceu por finalização.
As lutas se seguiram com bons duelos. Na segunda luta, uma trocação franca levou o público as alturas. No 'chumbo trocado' quem levou a pior foi o lutador Maverick, que abriu o supercílio e teve que desistir, para a vitória de Ruan.
 
A terceira luta, um duelo de três rounds entre Eziu Brasil x Reginaldo. A decisão ficou para os juízes que optaram por Reginaldo com o placar de 30 a 29. Na quarta luta uma das lutas mais dramáticas da noite. Tornado e Leandro protagonizaram um verdadeiro espetáculo. Trocação e quedas misturadas com técnicas de finalização e muito preparo físico. Quem se deu melhor após três rounds foi Tornado, com decisão dividida em 30 a 29.
O combate mais rápido foi entre Jorge Marreta e Felipe Nascimento. No duelo que trouxe Marreta, que tem como ponto forte a trocação, encontrou nos punhos de Felipe o nocaute mais rápido da noite. Em poucos segundos do primeiro round, Marreta finta uma entrada e Felipe acerta um cruzado de direita em cheio no rosto de Marreta, que cai, levando a arbitragem a declarar nocaute.
 
Na sexta luta, Milson finalizou Ruan com uma chave de braço (arm-lock), após fintar uma ida para as costas de Ruan, que deixou o braço esticado.
Restava apenas mais uma luta, o duelo entre Mondragon e Thiago Big Monster. A luta vinha carregada de expectativas, no primeiro encontro dos dois, quem levou a melhor foi Thiago, que nocauteou Mondragon em um evento de MMA no Amazonas. O duelo de gigantes prometia, de um lado, um ex-integrante do UFC, e de outro um ex-lutador do Bellator, franquias mundialmente conhecidas no mundo do MMA.
 
A luta começou com muito estudo. Nos primeiros segundos ninguém queria se arriscar. Até que Mondragon lança um jab e Thiago finta uma cinturada. Mondragon se defende da queda e os lutadores ficam esgrimando na grade do octógono.
Polêmica
Após sair do clinche, Thiago Big Monster empurra Mondragon, que escorrega e cai de joelhos. Big Monster parte para cima e aplica dois ganchos com Mondragon ainda no chão. O lutador então começa a questionar o árbitro pelo que acredita ter sido algo a lhe prejudicar no duelo.
Entre os minutos gastos para decidir se foi ou não empurrão, Mondragon partia para cima de Big Monster, no que tinha que ser contido pelo árbitro.
 
Após o imbróglio, o sangue nos olhos dos lutadores empolgou a torcida, que voltaram numa trocação sincera. Quem levou a melhor foi Mondragon, ao aplicar um cruzado no queixo de Big Monster, que caiu. Final de luta, nocaute.
Depois do confronto, Thiago Big Monster falou que quer uma terceira luta.

"Engasgado", Rony Jason treina forte em Natal para luta no UFC Barueri

Após polêmica decisão na última luta, campeão da 1ª edição do TUF Brasil quer vitória contra Tom Niinimaki. Preparação acontece com os amigos da Pitbull Brothers

Por Natal
 
A convocação para o card do UFC Fight Night 58, marcado para o dia 20 de dezembro, em Barueri, deu um novo ânimo ao lutador Rony Jason. A última participação do cearense foi em maio deste ano, na polêmica derrota para o americano Robbie Peralta, em decisão dividida dos juízes. O revés ainda está "engasgado". Com seis lutas no UFC, o peso pena encara desta vez o finlandês Tom Niinimaki, que acumula duas derrotas consecutivas na organização (veja vídeo ao lado).  Apesar da pressão em buscar a vitória, o campeão da primeira edição do TUF Brasil lembra que o duelo pode decidir o futuro dos dois atletas no UFC e espera sair do octógono com a quinta vitória na organização.
- Com certeza, o cara que vem de derrota entra o octógono mais motivado. Eu sei como é isso, porque passei por isso. Estava há mais de cinco anos invicto e perdi a luta. Depois, voltei a lutar no UFC Natal e estava mais motivado e venci com menos de dois minutos de luta. Tenho certeza que meu adversário virá motivado, mas também receoso porque ele pode ter a sua terceira derrota e ser demitido da organização - conta o lutador brasileiro.
Rony Jason, lutador do UFC (Foto: Jocaff Souza/GloboEsporte.com)Rony Jason realiza a preparação para o UFC Barueri em Natal, na Pitbull Brothers (Foto: Jocaff Souza/GloboEsporte.com)
A preparação para a próxima luta é feita em Natal, cidade a qual Jason escolheu para ficar e trabalhar ao lado dos amigos Patrício e Patricky "Pitbull" Freire, na Pitbull Brothers. Os treinos são diários e acontecem sempre ao meio-dia. Com o ambiente quente, mais de 20 atletas dividem o espaço na academia entre os tatames e um mini-octógono, construído para os atletas de MMA. Rony realiza uma forte preparação sob as orientações dos técnicos Ivan Musardo, Thiago Tourão e os irmãos Pitbull, além do irmão Yuri Mariano, que o acompanha na capital potiguar.
Com pouco mais de um mês para a luta, Rony intensifica os treinos físicos e os técnicos, principalmente no jiu-jitsu, no qual é faixa preta. Contudo, outra arte marcial ganhou atenção dos seus treinadores, o kickboxing. Especialista e treinador da modalidade, o professor Thiago Tourão acredita o que lutador fará uma boa apresentação em pé. Caso seja necessário, vai buscar a finalização da luta com a arte que melhor desempenha: o jiu-jitsu.

- O kickboxing sempre foi o carro chefe da nossa equipe e com o Rony Jason não vai ser diferente. Ele vai estar bem preparado e vai mostrar a sua luta em pé, com socos, chutes, cotoveladas. O Niinimaki é um cara que diversifica o jogo dele em pé, usando bem o boxe, trabalha bem os chutes, gosta de derrubar. Por ser um cara que vem de duas derrotas, vai querer com tudo para cima do Rony, mas nós vamos estar preparados para isso e faremos uma boa preparação. Mas se o adversário engrossar, Rony tem um jiu-jitsu excepcional, que para mim, é o melhor da sua categoria (peso pena). Ele mostrou esse potencial no TUF e depois em outras lutas - conta Tourão.
Decepção na última luta

Rony Jason, lutador do UFC (Foto: Jocaff Souza/GloboEsporte.com)Rony afirma que ainda está "engasgado" com a derrota para Robbie Peralta (Foto: Jocaff Souza)
Na última vez que entrou no octógono do UFC, Rony Jason perdeu para o americano Robbie Peralta, em uma polêmica decisão dos juízes, que mostraram um resultado dividido (29-28, 27-30 e 30-27). Na ocasião, Rony fraturou a mão esquerda ainda no primeiro round, após um soco no americano, e ficou o restante da luta evitando os golpes com o braço esquerdo.
Mesmo com o problema, o brasileiro aplicou bons golpes como joelhadas e chutes, além das quedas que abriam a guarda do adversário. Mas a derrota deixou Rony engasgado com a avaliação da comissão julgadora e quer, desta vez, evitar que o resultado seja definido pelos juízes.

- Ainda estou engasgado com o resultado da última luta. Essa derrota, que não considero como derrota, sujou muito minha carreira, porque eu poderia atingir a quinta vitória, de forma expressiva, em seis lutas pelo UFC. Acabei quebrando a mão, com dois minutos de luta, e enfrentei um cara muito duro que é nocauteador. Fiquei por dois rounds e meio lutado somente com uma mão, e sou canhoto. Mesmo assim, todos os especialistas deram a vitória para mim, mas não sei qual foi o pensamento dos jurados. Espero desta vez não deixar a decisão para os juízes e  vou procurar a todo instante a finalização - analisa.
Pressão da arquibancada

A última vitória de Rony Jason no UFC foi em Natal, no mês de março. Ao lado dos potiguares, Jason venceu o americano Steven Siler com menos de dois minutos de luta e levou o ginásio Nélio Dias à loucura. Para repetir a dose e conquistar mais um resultado positivo na organização, ele brinca que sente um "arrupeio" - em bom "cearês" - quando se depara com a arquibancada lotada. Rony Jason deve permanecer em Natal até o dia 12 de dezembro, quando embarca para Barueri.
Rony Jason, lutador do UFC (Foto: Jocaff Souza/GloboEsporte.com)Rony Mariano quer mostrar o lado "Jason" no octógono e conquistar a vitória (Foto: Jocaff Souza/GloboEsporte.com)

- No começo, eu fico nervoso e, quando sofro um golpe, fico imaginando que todos estão vendo aquilo. Mas quando a torcida começa a gritar o meu nome, eu começo a me 'arrupiar' inteiro e daí vem a vontade de vencer é ainda maior. Não tem coisa melhor - concluiu.
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Thomas Almeida comemora estreia vitoriosa no Brasil: "Estou realizado"

Peso-galo de 23 anos derrotou Tim Gorman em seu primeiro duelo no UFC e pela primeira vez fez três rounds. "Luta foi do jeito que eu queria", afirma

Por Uberlândia, MG
O brasileiro Thomas Almeida estreou com o pé direito no Ultimate. O peso-galo derrotou o americano Tim Gorman na decisão unânime dos jurados (30 a 27, 30 a 27 e 29 a 28) e ainda levou o prêmio de “Luta da Noite”, embolsando mais US$ 50 mil (cerca de R$ 125 mil) pela performance. Depois do duelo, ele confessou que sentiu um pouco o peso da estreia. Logo no primeiro round, Thominhas foi surpreendido por um jab e foi quedado por Gorman, que deu início a um ataque no jogo de solo. Após se defender de uma tentativa de mata-leão, no entanto, o brasileiro passou a impor o ritmo do combate e garantiu a vitória. E ele garante que estreia no octógono foi do jeito que esperava:
- Fiquei muito feliz com o meu desempenho. Estranhei um pouco, logo no começo da luta, a estreia, mas depois consegui mandar bem. Eu queria segurar ali, defender as quedas e colocar o meu jogo, que é a trocação, mas foi uma estreia do jeito que eu esperava. Me saí bem, era o que eu queria mesmo.
thomas almeida (Foto: Jason Silva)Thomas Almeida na coletiva em Uberlândia-MG (Foto: Jason Silva)
Invicto no MMA há 17 lutas, o atleta da Chute Box Diego Lima saiu do combate com o olho bastante inchado e se disse surpreso com a resistência do adversário. Essa foi a primeira vez que uma luta sua foi para a decisão dos juízes:
- Eu achei que ele cairia mais rápido. O Tim aguentou bastante, foi um teste muito bom para mim. Foi bom, estou bem no gás, consegui soltar até o final, foi bem importante. Agora quero lutar, ganhar experiência, andar passo a passo e trabalhar. Foi um presente para mim, foi muito gratificante poder estrear contra um estrangeiro no meu país. Estou muito realizado.

UFC anuncia saída de Grace Tourinho do comando da empresa no Brasil

Organização está procurando um novo nome para assumir a função

Por Uberlândia, MG
O UFC está à procura de um novo CEO no Brasil. O diretor de desenvolvimento internacional Marshall Zelaznik anunciou na coletiva do evento de Uberlândia-MG que Grace Tourinho não é mais a diretora geral da empresa no país. Ele elogiou os serviços prestados por Grace:
- O UFC vai sentir falta dela, fez um grande trabalho e tomou conta do nosso produto. Levou o esporte e o UFC a lugares que os americanos não conseguiram. Estamos muito orgulhosos dela.
Grace Tourinho, presidente do UFC no Brasil (Foto: Rodrigo Malinverni)Grace Tourinho em coletiva do UFC em fevereiro (Foto: Rodrigo Malinverni)
Marshall não quis revelar nomes, mas disse que negociações já estão em andamento:
- Não tenho ninguém ainda, estamos olhando o mercado para repor a vaga da Grace. Tenho uma reunião na terça-feira com o grupo que está nos ajudando nisso. Estamos procurando alguém e vamos tentar achar alguém que se encaixe bem no lugar.

Warlley e Jouban trocam elogios, mas discordam do resultado do combate

Segundo round dá margem para dois lados e ambos creem terem vencido

Por Uberlândia, MG
Warlley Alves e Alan Jouban protagonizaram um dos confrontos mais disputados do "UFC: Shogun x St. Preux", em Uberlândia-MG. O primeiro round foi favorável ao brasileiro, principalmente pela pressão imposta nos momentos iniciais, quando quase liquidou seu adversário. O terceiro foi claramente do americano, que dominou do início ao fim contra um rival desgastado e que soltava poucos golpes. A grande questão ficou por conta do segundo assalto, que dividiu opiniões quanto ao vencedor. Os juízes laterais marcaram a favor do campeão da terceira edição do TUF Brasil.
warlley alves (Foto: Jason Silva)Warlley Alves venceu em Uberlândia-MG (Foto: Jason Silva)
Na coletiva de imprensa realizada após o evento, já no início da manhã de domingo, os dois trocaram elogios, mas disseram que se acharam merecedores da vitória. Jouban foi o primeiro a comentar o assunto e mostrou chateação com a decisão dos árbitros.
- Primeiramente não concordei com os juízes, claro. Dou muito crédito ao Warlley, fez uma ótima luta e foi um competidor muito duro. Acho que alguns golpes que dei nele poderiam ter acabado com outros adversários, mas ele ficou sempre em pé. Ele venceu o primeiro round, não fez muito no segundo, me derrubou, mas eu fiquei em pé novamente, e o terceiro foi bem óbvio. Tenho que conversar com a equipe, mas estou muito triste neste momento - afirmou.
Warlley elogiou a decisão dos juízes e declarou que a queda que aplicou no início do segundo round foi fundamental para que ele saísse vitorioso.
alan jouban (Foto: Jason Silva)Alan Jouban após a derrota (Foto: Jason Silva)
- Vi que o primeiro round foi meu, o segundo foi mais duro, mas consegui botar para baixo e segurei um pouco por cima, e o terceiro claro que foi dele. Acho que os juízes estão preparados para julgar. Acredito na decisão deles e não estou aqui para contestar nada. É voltar e, da próxima vez, não deixar na mão deles para ninguém ter qualquer tipo de dúvida. O Alan é muito duro. Não esperava que absorvesse tanta porrada no começo. Trocamos farpas no começo da luta, sabia que eu ia entrar com tudo, mas ele me surpreendeu. Machuquei minha mão na cara dele. O Jouban bate muito duro também. Independentemente do meu estado, acho que o Alan valorizou muito a luta. Queria até agradecer a ele por essa batalha e em breve estarei de volta para dar meu melhor - prometeu.

Caio Monstro se defende e diz que não percebeu socos na nuca do rival

Lutador brasileiro nocauteou Trevor Smith aos 31 segundos, mas alguns golpes, não decisivos para o resultado, foram na parte de trás da cabeça

Por Uberlândia, MG
O brasileiro Caio Monstro precisou de apenas 31 segundos para nocautear o americano Trevor Smith, pelo card preliminar do “UFC: Shogun x St. Preux”, que aconteceu na madrugada deste domingo, em Uberlândia, Minas Gerais. Mas a vitória do peso-médio foi marcada por certa polêmica, pois alguns dos socos desferidos pelo atleta no momento da finalização do duelo acertaram a nuca do adversário, o que não é permitido pelas regras do MMA. Ao final do combate, Caio conversou com a imprensa e explicou que não percebeu que os golpes tinham atingido a parte de trás da cabeça do oponente:
- Não percebi. O treinador dele me falou que achou que eu dei um soco na nuca dele, mas na hora eu não percebi. Se eu fosse o árbitro, tinha ido lá, ver qual era, mas ele levou aquele cruzado e aquela joelhada e ali já estava entregue. (Os golpes) Foram só para finalizar a luta, mas não percebi não. Quando ele dava aquele jab, o Dedé (Pederneiras, seu treinador) falou que ele estava abaixando a cabeça, que era para eu soltar o gancho, o upper e o cruzado. O upper não entrou, mas o cruzado entrou. Agora se ele quiser voltar lá em cima para lutar de novo, a gente sobe lá e resolve - declarou.
Caio Monstro, UFC (Foto: Jason Silva)Caio Monstro acumulou sua terceira vitória por nocaute em nove triunfos no cartel (Foto: Jason Silva)
A vitória sobre Trevor foi a terceira por nocaute da carreira de Caio, que agora tem um cartel de nove triunfos e apenas uma derrota, justamente em sua estreia no UFC, em junho de 2012. De lá para cá, o lutador acredita que amadureceu bastante, tanto que conquistou em Uberlândia um nocaute ainda mais rápido do que a sua marca anterior, quando atropelou Luke Zachrich aos 44 segundos do primeiro round em duelo válido pelo “UFC: Werdum x Browne", em abril passado.
- Eu entrei no UFC com cinco lutas de MMA, tinha cinco vitórias, estreei perdendo e depois disso que eu me conscientizei que sou um atleta de MMA profissional e procurei melhorar em todos os aspectos. Eu sou faixa-preta de jiu-jítsu, que é a arte marcial em que sou mais forte. E hoje estou conseguindo nocautear. Tenho um condicionamento físico bom e devo isso a todos os meus amigos e companheiros de treino. A gente faz esse intercâmbio e é por isso que o nosso treino é muito bom. Agora são dois nocautes seguidos, por isso o próximo a me enfrentar vai vir lutar pensando que eu posso fazer mais do que tentar finalizar - comemorou.

St. Preux sugere luta com Maldonado, que responde: "Desafio está aceito"

Americano admite que ficou surpreso por ter nocauteado Shogun em apenas 34 segundos de luta e diz ter "respeito tremendo" pelo Caipira de Aço

Por Uberlândia, MG
Ovince St. Preux surpreendeu ao nocautear Maurício Shogun e voltou a surpreender no microfone do UFC. Em vez de pedir para enfrentar alguém que estivesse pelo menos no top 10 da categoria dos meio-pesados (até 93kg), sugeriu dois nomes que estão abaixo dele próprio, décimo colocado pelo menos até este domingo:
- Tenho que ver. Tem algumas pessoas na fila... Fábio Maldonado, Anthony Perosh... Luto contra qualquer um - disse OSP, que completou o raciocínio sobre o brasileiro na coletiva:
- Tenho um respeito tremendo por ele. Ele está na lista, sim.
ovince st. preux (Foto: Jason Silva)Ovince St. Preux na coletiva do UFC (Foto: Jason Silva)
O Caipira de Aço não demorou a se manifestar por meio de sua conta no Twitter, aprovando a sugestão de St. Preux e se mostrando surpreso:
- Nunca corri de um desafio. Pensei que você fosse pedir alguém mais bem ranqueado do que eu. O desafio está aceito.
OSP surpreso com resultado contra Shogun
St. Preux também falou sobre a vitória em cima de Shogun e admitiu que ficou surpreso pela forma como o duelo terminou, um nocaute em apenas 34 segundos:
- Sim, fiquei um pouco surpreso. Era para chegar bem relaxado, senti-lo um pouco, mas ele entrou bem agressivo. Sabia que quando a mão entrasse poderia acabar a luta, mas realmente fiquei surpreso.
Perguntado se achou Shogun lento no início do combate, o americano disse que não:
- Não acho que ele estava lento. Sou extremamente explosivo. Ele confundiu meu alcance, por isso eu o peguei. Ele me acertou com alguns chutes baixos. Não acho que ele seja lento.

Maurício Shogun desabafa após nocaute: "Derrota sempre é uma m..."

Brasileiro reconhece erro contra St. Preux e diz que vai pensar no futuro

Por Uberlândia, MG
Maurício Shogun talvez tenha sofrido a maior derrota de sua carreira. Certamente a mais surpreendente. No dia em que completou 12 anos de sua estreia no MMA, o brasileiro foi nocauteado por Ovince St. Preux em apenas 34 segundos no "UFC: Shogun x St. Preux", em Uberlândia-MG. Na coletiva de imprensa, o lutador estava visivelmente abatido e fez um desabafo ao ser questionado sobre o combate:
- Perder é sempre ruim. Essa categoria dos meio-pesados é assim, mas vou conversar com a minha equipe e pensar no futuro. Derrota sempre é uma m**** - disparou.
Mauricio Shogun (Foto: Jason Silva)Shogun pensativo na coletiva em Minas Gerais (Foto: Jason Silva)
Shogun ainda reconheceu que errou nos poucos segundos em que resistiu a St. Preux. O brasileiro pouco fez na luta e caiu após receber um cruzado de esquerda.
- Na verdade trabalhei chutes antes, mas infelizmente ele foi feliz e me acertou. Nessa categoria quando pega limpo é provável que aconteça um nocaute. Eu errei - analisou.

José Aldo leiloa luvas usadas na luta contra Chad Mendes pelo UFC 179

Fãs podem tentar obter o par através de um site especializado em leilões

Por Rio de Janeiro
A vitória de José Aldo sobre Chad Mendes no UFC 179, no Maracanãzinho, entrou para a história como uma das melhores - senão a melhor - lutas de 2014, quando o brasileiro defendeu o cinturão dos pesos-penas do Ultimate pela sétima vez ao vencer o americano por decisão unânime. Agora, os fãs do lutador da Nova União podem tentar conseguir as luvas utilizadas pelo campeão no duelo, já que ele colocou o par para ser vendido em um site de leilões.
O leilão começa nesta segunda-feira, através do site de leilões virtuais Bazar Sports e quem der o maior lance fica com o par de luvas do único brasileiro detentor do cinturão do UFC na atualidade.
Luvas do Aldo no UFC Rio 5 (Foto: Divulgação)Luvas do José Aldo no UFC Rio 5 (Foto: Divulgação)

Nelsinho Piquet se arrisca no MMA em treino na cidade de Las Vegas

De passagem pela cidade americana por conta de um campeonato de rally, piloto tem aula com Ricardo Demente e Michael Costa na academia de Wand

Por Las Vegas, EUA
Na semana passada, a cidade de Las Vegas, nos EUA, sediou a etapa final do Global RallyCross Championship, que contou com a participação do piloto Nelsinho Piquet. À convite do brasiliense, a equipe do Combate.com levou o peso-médio do UFC, Ricardo Demente, e o treinador de muay thai, Michael Costa, para acompanharem a corrida e conhecerem os bastidores do campeonato mundial de rally.
Nelsinho Piquet, Michal Costa e Ricardo Demente, treino MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)Nelsinho Piquet trocou o volante pela academai de MMA após competir em rally (Foto: Evelyn Rodrigues)
O circuito foi montado no estacionamento do hotel The Linq e reuniu famosos, como a musa fitness Bella Falconi, que acompanhou o evento ao lado do marido, o empresário Ricardo Rocha. O campeonato, no entanto, não acabou da forma como Nelsinho gostaria. O piloto disputou duas baterias preliminares, mas teve problemas na caixa de câmbio do carro e precisou abandonar o circuito na terceira bateria, terminando o campeonato em quarto lugar.
Demente e Michael viram de perto todos os detalhes do evento e se empolgaram com as similaridades entre o esporte e o MMA:
- Foi bacana, superou a expectativa. Achei que ía ser mais parado, mas é muita adrenalina. Os carros batem, tentam ultrapassar, é porrada mesmo! A gente viu o Nelsinho em ação e indo com tudo em uma das baterias, disputando cada segundo com “sangue no olho” (risos). Participamos bastante, foi bacana, principalmente por poder conhecer o Nelsinho e entender um pouco como é a parte profissional de atletas de outros esportes. Tem muita coisa parecida com o MMA, principalmente a parte da concentração e de se manter a calma e o foco para poder desenvolver a parte técnica. Foi muito legal - declarou Ricardo.
Nelsinho Piquet, Michal Costa e Ricardo Demente, treino MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)Ricardo Demente deu aula de jiu-jítsu sem quimono e testou Nelsinho no chão (Foto: Evelyn Rodrigues)
Como Nelsinho é fã de artes marciais mistas, no dia seguinte, foi a vez de Demente e Michael convidarem o piloto para um treino. A sessão aconteceu na academia de Wanderlei Silva, também em Vegas, onde os dois trabalham como professores de jiu-jístu e muay thai, respectivamente. Nelsinho se mostrou bastante empolgado com a experiência. Ele já tinha feito algumas aulas de jiu-jítsu com os irmãos Pedro e Guilherme Valente, em Miami, mas afirmou que nunca teve muito tempo para se dedicar aos treinos da arte suave.
- Eu fiz umas 10 a 15 aulas em um espaço de dois anos. Como eu viajo muito, eu só ia lá de vez em quando, mas eu tinha uma ideia bem básica de jiu-jítsu. Eu sempre incentivei meus irmãos a começarem um pouco cedo, mais por conta da defesa pessoal, principalmente para quem mora no Brasil. Hoje em dia, infelizmente, você precisa ter uma noção de defesa. Mas é uma coisa que eu sempre gostei de fazer. Onde eu moro, em Charlotte, não conheço nenhum lugar onde eu possa treinar, então é muito bom ter uma aula dessa, principalmente porque hoje a aula vai além da arte suave. Estou ansioso - declarou.
Nelsinho Piquet, Michal Costa e Ricardo Demente, treino MMA (Foto: Evelyn Rodrigues)A aula de muay thai foi com Michael Costa, que testou Nelsinho na trocação (Foto: Evelyn Rodrigues)
Demente testou a experiência de Nelsinho no chão, em uma aula de jiu-jítsu sem quimono, e se surpreendeu com a performance do piloto:
- Eu acho que ele leva jeito. Está fazendo bem os movimentos e está forte. Ele é magrinho, mas tem força, está aplicando as posições de forma correta. Acho que ele está escondendo o jogo - brincou o lutador.
Após mais alguns minutos de aula no chão, foi a vez de Michael Costa trazer um par de luvas e testar as habilidades de Piquet Jr na trocação.
- A aula está ficando cada vez mais difícil e eu estou cansando cada vez mais (risos) - disse Nelsinho, arrancando gargalhadas dos professores.
Nelsinho Piquet e Ricardo Demente, Red bull Global Rallycross (Foto: Evelyn Rodrigues)Especialistas em artes marciais veem semelhanças entre MMA e rally de Nelsinho (Foto: Evelyn Rodrigues)
O piloto, então, aprendeu algumas posições e noções de alcance, clinch, diferentes tipos de soco e de defesa. Depois de quase duas horas de treino, o veredicto:
- Aprendi bastante hoje! Deu para aprender, por exemplo, que eu preciso melhorar o meu preparo físico (risos). Com certeza vou procurar aula perto de casa, porque quero continuar praticando - declarou.
Michael, então, explicou que o esporte pode ser muito bom para o brasiliense:
- Vai te ajudar bastante, não só na parte de condicionamento físico, mas, principalmente, na concentração, que é algo que você usa muito na sua profissão. Enquanto você está lutando, você tem que esquecer o que está acontecendo em volta. Aprender outra modalidade esportiva sempre ajuda, pois pode acrescentar alguma coisa, talvez não para a sua carreira, mas para a sua vida pessoal - finalizou.

Shogun é suspenso por dois meses, e Warlley leva gancho de 180 dias

Campeão do TUF Brasil 3 pode ser liberado antes caso médico dê aval

Por Uberlândia, MG
A Comissão Atlética Brasileira de MMA (CABMMA) divulgou nesta segunda-feira as suspensões médicas dos lutadores do UFC: Shogun x St. Preux, realizado em Uberlândia-MG no último sábado. Derrotado na luta principal com um nocaute em apenas 34 segundos, Maurício Shogun precisará ficar de molho por dois meses e sem atividades de contato físico por 45 dias. Apesar da vitória rápida, Ovince St. Preux levou uma suspensão de 14 dias, sendo sete deles sem contato físico.
Mauricio "Shogun" Rua x Ovince "OSP" Saint Preux (Foto: Jason Silva)Mauricio Shogun foi suspenso por 60 dias pela CABMMA (Foto: Jason Silva)
As maiores suspensões foram de Warlley Alves e Colby Covington, mesmo com os dois saindo vitoriosos de seus combates. O campeão do TUF Brasil 3 sofreu uma lesão na costela direita e levou gancho de 180 dias, mesmo período dado para Covington, que lesionou o pé esquerdo no triunfo sobre Wagnão Silva. Entretanto, eles podem ser liberados antes, caso sejam liberados por um médico.
Confira as suspensões do UFC Uberlândia:
Colby Covington – 180 dias ou apresentar liberação de um ortopedista
Wagnão Silva – 30 dias, sendo 21 sem contato físico
Tim Gorman - 45 dias, sendo 30 sem contato físico
Thomas Almeida - 60 dias, sendo 45 sem contato físico
Charlie Brenneman - 30 dias, sendo 21 sem contato físico
Leandro Silva- 30 dias, sendo 21 sem contato físico
Trevor Smith – 45 dias, sendo 30 sem contato físico
Caio Magalhães  14 dias, sendo sete sem contato físico
Rodolfo Rubio – 30 dias, sendo 21 sem contato físico
Diego Rivas – 45 dias, sendo 30 sem contato físico
Nina Ansaroff – 30 dias, sendo 21 sem contato físico
Juliana Lima – 30 dias, sendo 21 sem contato físico
Jorge Blade – 45 dias, sendo 30 sem contato físico
Dhiego Lima – 45 dias, sendo 30 sem contato físico
Leon Edwards – 45 dias, sendo 30 sem contato físico
Claudio Hannibal – 45 dias, sendo 30 sem contato físico
Alan Jouban – 45 dias, sendo 30 sem contato físico
Warlley Alves – 180 dias ou apresentar liberação de um médico (raio-x costela direita)
Ovince Saint Preux – 14 dias, sendo sete sem contato físico
Shogun Rua – 60 dias, sendo 45 sem contato físico

Shogun lamenta "erro técnico" e pensa em mudança de categoria

Brasileiro publica desabafo nas redes sociais e garante que estava bem treinado para enfrentar St. Preux. Lutador descarta chance de se aposentar

Por Rio de Janeiro
Maurício Shogun se manifestou nesta segunda-feira, através de suas redes sociais, para comentar a derrota por nocaute técnico contra Ovince St. Preux em apenas 34 segundos de luta, no último sábado, no UFC: Shogun x St. Preux, em Uberlândia-MG. O lutador declarou em seu texto que cometeu um erro técnico contra o rival e considerou a possibilidade de mudar de categoria.
- Cometi um erro técnico, talvez por ansiedade e muita vontade de conquistar essa vitória no Brasil e, em um momento tão importante da minha carreira, paguei o preço. Méritos para o St. Preux, faz parte da luta e ele mereceu a vitória. Agora vou descansar, curtir minha família e depois pensar nos próximos passos, TUF Brasil, talvez uma mudança de categoria - declarou.
Mauricio Shogun (Foto: Jason Silva)Mauricio Shogun lamentou "erro técnico" contra St. Preux (Foto: Jason Silva)
O lutador também descartou a possibilidade de se aposentar do MMA e garantiu que seguirá lutando para dar a volta por cima.
- Sigo em frente porque vencer é fácil, mas seguir na batalha e dar a volta por cima é que faz de alguém um verdadeiro lutador - acrescentou.
Confira o comunicado de Shogun na íntegra:
"Quero deixar aqui meu agradecimento pela torcida de todos no último sábado a noite. Quero também agradecer as demonstrações de carinho e força que recebi após a luta.
Perder é sempre muito ruim, dói demais, mas o que mais está doendo é perder sem poder mostrar o que treinei e o que sei fazer. Luta é luta, e eu sei que nesse peso qualquer mão que entra no começo de luta pode custar muito caro. Por muitas vezes na minha carreira estive do lado feliz e infelizmente dessa vez experimentei o lado triste dessa história. Sei que muita gente vai meter o pau, uns criticam construtivamente e outros apenas aproveitam para despejar todo tipo de gozação e ofensas possíveis. Infelizmente faz parte de estar em evidência e é algo que (nós), como atletas profissionais, e em especial no Brasil, temos que estar sempre acostumados a lidar.
Por mais que muitos duvidem, eu me preparei muito para essa luta e estava bem treinado. Isso é o que mais dói em perder dessa maneira, sem poder mostrar aquilo que treinei. Quem acompanhou, treinou comigo, ou viu meus treinos sabe disso. Quando você perde lutando por alguns rounds, minutos que seja, de certa forma é menos sofrido porque realmente você mostrou o que treinou e não foi capaz, mas dessa forma realmente é muito frustrante.
Cometi um erro técnico, talvez por ansiedade e muita vontade de conquistar essa vitória no Brasil e, em um momento tão importante da minha carreira, paguei o preço. Méritos para o St. Preux, faz parte da luta e ele mereceu a vitória.
Agora vou descansar, curtir minha família e depois pensar nos proximos passos, TUF Brasil, talvez uma mudança de categoria, mas sigo em frente porque vencer é facil, mas seguir na batalha e dar a volta por cima é que faz de alguém um verdadeiro lutador. Obrigado pelo carinho de todos."

Com estilo "antiboleiro", brasileiro bate de frente com ex-rival Neymar no Rayo

Autor de seis gols em nove jogos no Espanhol, santista Léo Baptistão mostra bom humor em papo sobre carreira na Europa e sucesso no Rayo Vallecano, de Madri

Por Madri

No departamento de emergência de um hospital em Madri, o médico é chamado para atender um jogador de futebol que sofreu uma pancada em campo pelo Campeonato Espanhol. Quando se depara com o rapaz na maca, o profissional pensa que errou de quarto, e inicia o diálogo:

- Você é o jogador de futebol? - questiona o médico.
- Sou - respondeu o atleta.
- Joga em qual posição? - pergunta, varrendo o garoto com os olhos.
- Atacante.
- Ué, mas você não tem tatuagem, não tem brinco, não tem nada...
Gustavo Lima Neymar Léo Baptistão Portuguesa Santista Instagram (Foto: Reprodução / Instagram)Neymar e Léo Baptistão no futsal da Portuguesa Santista (Foto: Reprodução / Instagram)
A confusão do médico não foi a primeira - e talvez nem seja a última - pela qual já passou o brasileiro Léo Baptistão, de 22 anos. É que o atacante, nascido em Santos (SP), tem estilo bem distinto do estereótipo do "boleiro" - principalmente do "boleiro" brasileiro na Europa. Meio desengonçado, com as pernas tortas e jeitão mais simples, para os fãs de um bom enredo de cinema, Léo se encaixaria perfeitamente no papel de antagonista de Neymar, maior estrela brasileira do esporte no momento.

Não só pela diferença de estilo. Os dois estão conectados desde pequenos. Neymar e Baptistão jogaram juntos no futsal da Portuguesa Santista, mas logo se separaram, e a rivalidade entre os times do "Léo" e do "Ney" esquentava as competições infantis e peladas na cidade. Nunca foi problema, os dois sempre se davam bem, mas acabaram perdendo contato pelas circunstâncias da vida. Enquanto Neymar já ganhava altas cifras nas categorias de base do Santos, aos 16 anos, o carismático" anti-herói" vivia fase de incerteza.

Quem acabou com isso foi seu pai, Haroldo, em diálogo com Feijó, ex-jogador do Santos - os dois trabalhavam juntos na Ótica da família Baptistão, localizada na rua Amador Bueno, centro da cidade de Santos. Acostumado a ir para a Espanha, e cheio de contatos, Feijó ouviu de seu amigo um insistente pedido para levar Léo a Europa, e arrumar um teste para o garoto. Depois de um tempo de argumentação, os dois chegaram a um acordo, mas Feijó avisou: "Vou ainda nesta semana".
Léo Baptistão, atacante do Rayo Vallecano da Espanha (Foto: Cassio Barco)Léo Baptistão no estádio do Rayo Vallecano: atacante se sente em casa no pequeno time de Madri (Foto: Cassio Barco)


Ainda aos 15 anos, mas com o mesmo jeitão de hoje, o brasileirinho passou por cima da correria da viagem e foi sucesso no teste das categorias de base do Getafe, de Madri. Só precisou voltar ao Brasil para buscar as roupas de frio. No retorno à Espanha, precisou trocar de clube: o Rayo Vallecano era o único que oferecia alojamento aos jovens atletas. Meio a contragosto na época, Léo foi jogar na quarta força da capital, mas logo se apaixonou. No Estádio de Vallecas fez seus primeiros gols, foi vendido para o Atlético de Madrid, e, nesta temporada, desembarcou mais uma vez, emprestado. Com seis gols em nove jogos neste Espanhol, ele já reencontrou o amigo Neymar algumas vezes em campo. Hoje, na mesma liga, as duas figuras antagonistas mantêm mais contato e brigam pela artilharia da competição, ainda que, desta vez, a rivalidade entre o "time do Ney", Barcelona, e o do Léo, Rayo Vallecano, não possa ser considerada tão justa.
Léo Baptistão, atacante do Rayo Vallecano da Espanha (Foto: Cassio Barco)Léo voltou ao Rayo por empréstimo após ter sido vendido ao Atlético (Foto: Cassio Barco)
- Não tenho do que reclamar. Mesmo na primeira divisão da Espanha, já reclamei muito de estar longe da namorada e dos amigos, de não poder ir para a balada, de passar feriados treinando... Mas acabei me tocando que tenho uma vida privilegiada, que milhões sonham ter - diz Léo no mesmo tom tranquilo e sincero que manteve durante toda a entrevista ao Globoesporte.com.

Esse "acabei me tocando" de Léo não aconteceu do dia para a noite. O atacante passou por três lesões na clavícula, chegou a perder meses de jogos por problemas de documentação e pensou seriamente em desistir de tentar a sorte fora do Brasil, principalmente antes de se profissionalizar. Com o apoio do pai por telefone, que pedia ao filho para encarar sua estadia na Espanha como um "vestibular da vida", o brasileiro cresceu. Ao invés de voltar para Santos e trabalhar com o pai na loja da família, ele conseguiu um bom salário para fazer a família "se aposentar" e mudar para Madri. Tudo se desencadeou em um momento perfeito.

- Quando saí do Rayo para o Atlético (vendido por cerca de R$ 22 milhões), esperava ter meu ano e não tive. Não joguei muito e precisava recuperar minha confiança. Queria voltar a me sentir jogador de futebol. Eu me sinto em casa no Rayo, e a sensação de voltar a me sentir algo importante em um grupo é demais, eu tinha perdido no ano passado - lembra Baptistão.

Com o técnico Diego Simeone, em 2013, Léo não teve muitas oportunidades: 11 jogos oficiais, com apenas um gol marcado. Embora esteja realizado em Vallecas, o atacante espera mostrar ao argentino que merece uma vaga entre os colchoneros quando voltar do empréstimo, no fim da próxima temporada. Se conseguir, ele sabe que terá outro grande desafio pela frente:

- O jogo do Atlético hoje não me convém em nada. Não sou um atacante de jogar de costas, para bater com a defesa, saltar, chocar, como fazia o Diego Costa e faz hoje o Mandzukic. Sou de liberdade de movimento, buscar a bola, entrar no espaço. Estou feliz aqui. Mas se puder voltar para lá e fazer o que estou fazendo no Rayo, marcar gols, é mais gostoso fazer em time grande.
Léo Baptistão, atacante do Rayo Vallecano da Espanha (Foto: Site Oficial do Rayo Vallecano )Léo Baptistão com a camisa do Atlético: sonho de voltar ao clube de Simeone e repetir sucesso do Rayo (Foto:Divulgação)


A atual meta do brasileiro é voltar e brilhar no Atlético de Madrid, onde possui outro caso de amizade inusitada. Quando criança, o pequeno Baptistão era torcedor do São Paulo, e chegou a entrar no Morumbi como mascote, ao lado do zagueiro Miranda. Quando enfrentou seu ídolo pela primeira vez em um clássico em Madri, pediu a camisa e deu um abraço no zagueiro. Atualmente, tem boa relação, alimentada pela vislumbre de que em breve possam ter sucesso atuando juntos. Pelo ritmo e a boa média de gols, se conseguir se manter assim, Léo Baptistão nem precisará fazer mais para chamar a atenção, nem mudar muito seu estilo, que ele mesmo abraça como" antiboleiro".

- Sou meio molenga, né? - brinca consigo mesmo o atacante. - Sempre fui assim, perna torta, magro, desse tamanho. Foi o que me fez sair do futsal e tentar o campo. Mas eu não tenho estilo nenhum, cara! Vejo vídeo dos meus gols e é meio estranho. Vejo os feras como Neymar, Cristiano, Ronaldinho, dominam a bola com o maior estilão. Comigo, a bola bate no peito, sai estranha. Mas o importante é que no final cai lá dentro do gol, com estilo ou não. Sempre vai entrar - reforçou, demonstrando suas qualidades de segurança e senso de humor.

Com seus passos desengonçados, e cheio de história para contar ainda aos 22 anos de idade, Léo Baptistão busca espaço entre os grandes. Pouco conhecido também no Brasil, o atacante já ponderou ter saído muito cedo de seu país, e que talvez devesse ter ficado mais tempo, como Neymar, mas sempre chega na mesma conclusão: não se arrepende, e nem mudaria nada do que fez até aqui. Estar no Rayo, para Léo, é menor do que ele tem como ambição para sua carreira, e ao mesmo tempo uma grande vitória em sua vida, valorizada pelo jogador: "Em time que está ganhando não se mexe", diz.
Léo Baptistão, atacante do Rayo Vallecano da Espanha (Foto: Cassio Barco)Aos 22 anos, Léo tem estilo bem diferente dos "boleiros" brasileiros na Europa (Foto: Cassio Barco)

Declaração de Guto Ferreira gera novo mal-estar na Portuguesa

Vice-presidente jurídico diz não se sentir confortável para comentar frase de técnico, mas ressalta que há investigação interna em curso sobre o "caso Héverton"

Por São Paulo
Guto Ferreira participou do Arena SporTV desta segunda-feira (Foto: Marcelo Braga)Guto Ferreira participou do Arena SporTV desta segunda-feira (Foto: Marcelo Braga)
A declaração de Guto Ferreira, hoje técnico da Ponte Preta, no programa Arena SporTV desta segunda-feira, gerou mal-estar na Portuguesa. Treinador da equipe rubro-verde na ocasião da escalação do meia Héverton em jogo contra o Grêmio, na última rodada do Brasileirão do ano passado, Guto disse ter "ideias do que pode ter acontecido", mas, por não possuir provas, não tem como "ficar falando". Héverton havia sido suspenso pelo STJD na sexta-feira anterior ao jogo, mas o treinador não foi informado e acabou usando o jogador no segundo tempo da partida, o que acarretou na perda de quatro pontos no tribunal. Com isso, a Lusa foi rebaixada.
José Luiz Almeida, vice-presidente jurídico da Portuguesa, diz não se sentir confortável para comentar a declaração de Guto Ferreira, mas ressalta que há uma investigação interna em curso e que está perto de ser concluída.
Se eu tivesse visto algum ato ilícito, teria falado, teria denunciado na hora. Mas não posso ser leviano nem irresponsável, porque isso só prejudica o clube
Orlando Cordeiro Barros,
ex-vice jurídico da Portuguesa
– Se ficar comprovado que houve qualquer erro, os responsáveis serão punidos pelo clube – disse Almeida.
Orlando Cordeiro de Barros, antecessor de Almeida, ficou surpreso com a declaração de Guto Ferreira, já que ele era o técnico na época. Barros mostrou preocupação com as acusações genéricas, sem provas, sem base, sem nomes.

– Se eu tivesse visto algum ato ilícito, teria falado, teria denunciado na hora. Mas não posso ser leviano nem irresponsável, porque isso só prejudica o clube. E isso vale para dirigentes, Ministério Público, imprensa... – disse o ex-vice jurídico da Lusa.
"Escalação premeditada"
A suspeita de Guto reforça uma declaração recente do presidente Ilídio Lico. Em entrevista ao jornalista Jorge Nicola, do portal Yahoo, no último dia 29, o dirigente afirmou que a participação do atleta, de forma irregular, teria sido “premeditada”.
Foi coisa premeditada. Não dá para falar muito, porque eu não tenho como provar e ainda vou acabar processado, mas sabemos da participação do departamento jurídico. E agora estamos tentando eliminar o Manuel da Lupa
Ilídio Lico, presidente da Portuguesa, falando sobre seu antecessor ao portal Yahoo
– Foi coisa premeditada. Não dá para falar muito, porque eu não tenho como provar e ainda vou acabar processado, mas sabemos da participação do departamento jurídico. E agora estamos tentando eliminar o Manuel da Lupa – afirmou Ilídio Lico, referindo-se a seu antecessor no cargo.
A declaração gerou constrangimento no Canindé. Em contato com o GloboEsporte.com, Lico afirmou que não poderia sustentar uma acusação como esta sem ter provas. No clube, foi duramente repreendido por outros dirigentes por levantar a suspeita sem indícios concretos.
No último sábado, quando o time venceu o Luverdense por 1 a 0 após 14 jogos de jejum, Lico não foi ao estádio – da diretoria, apenas dois membros estavam nas tribunas: os vices de comunicação, Luiz Filho, e de marketing, Armando da Costa Gonçalves. Pouco antes do duelo, torcedores se reuniram para protestar. Eles responsabilizaram tanto a antiga quanto a atual administração pela situação da equipe.
Investigação do MP-SP
Um inquérito do Ministério Público de São Paulo investiga os motivos que fizeram Héverton ser escalado naquela tarde – uma ação que encontrou também suspeitas movimentações de dinheiro de cartolas, envolvendo o banco Banif, parceiro do clube por anos.
Responsável pelo inquérito, o procurador Roberto Senise Lisboa já deu declarações sobre existência de indícios de uma suposta corrupção para que Héverton jogasse de forma proposital – nenhuma prova contundente foi apresentada até agora.

Chances: Atlético-MG fica perto da Libertadores, e Coritiba ganha fôlego

Galo tem 63% de probabilidade de chegar à competição continental via Brasileiro; Coxa aproveita triunfo sobre o Flu para respirar, e Vitória se complica no Z-4

Por Rio de Janeiro
Tabela Chances Libertadores após 33ª rodada (Foto: Fonte InfoBola)(Foto: Fonte InfoBola)
A cada rodada, uma reviravolta. Uma não, mais de uma, em pontas diferentes da tabela. A apenas cinco rodadas do fim do campeonato, a gangorra deste fim de semana colocou Atlético-MG e Coritiba no alto, cada um com sua briga. O Galo, que bateu o Palmeiras em São Paulo, mesmo jogando com os reservas, tem agora 63% de chances de se classificar pela Libertadores via Brasileirão. O Coxa, que superou o Fluminense em casa, viu seu risco de rebaixamento cair de 56% para 26%.

Os dados são do site Infobola, do matemático Tristão Garcia, que a cada rodada atualiza chances de título, Libertadores e rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Veja no vídeo abaixo todos os gols da 33ª rodada.
Como se não bastasse ter aumentado suas chances de Libertadores via Brasileiro, o Atlético-MG ainda tem o caminho alternativo da Copa do Brasil, caso conquiste o título. A batalha mineira contra o Cruzeiro começa nesta quarta-feira, no Independência, e continua daqui a duas semanas, no Mineirão. A Raposa, por sinal, está praticamente garantida na competição continental, com 99% de chances, assim como o São Paulo, com 97%. O Galo, quarto colocado no Brasileiro, ainda joga três vezes em casa. Por isso tem 63%, número superior ao do Grêmio, terceiro colocado, que tem 40%. O Inter, sexto do Brasileirão, é o quarto em chances de Libertadores, com 43%, pelo mesmo critério que vale para o Galo.
- Estamos em rodada ímpar. Os times que jogaram em casa terão três jogos fora e dois em casa. Atlético-MG e Internacional terão três jogos em casa e dois fora. Isso faz bastante diferença, sobretudo com o equilíbrio no número de pontos. Mas isso não quer dizer que quem joga em casa vai aproveitar – explica Tristão Garcia.
A disputa para uma vaga na Libertadores agora envolve sete equipes que podem conquistar cinco vagas. O Cruzeiro, líder com 67 pontos, pode abrir uma vaga se vencer a Copa do Brasil. O São Paulo, vice-líder com 62, está vivo também na Copa Sul-Americana. Se for campeão, nada mudará, pois deve conquistar também um lugar no G-4 (a vaga na Sul-Americana só tem efeito se o campeão não se classificar por seu próprio país).

Se o Atlético-MG for campeão da Copa do Brasil, Grêmio, Internacional, Corinthians e Fluminense terão um concorrente a menos na briga por duas vagas. Teoricamente, o mesmo valeria para o caso de título do Cruzeiro, mas dificilmente os rivais alcançariam a Raposa na tabela do Brasileiro.
Tabela Chances Rebaixamento após 33ª rodada (Foto: Fonte InfoBola)(Foto: Fonte InfoBola)
No pé da tabela, a briga é de foice. E qualquer resultado pode mudar o panorama. Coritiba e Vitória que o digam. O Coxa conseguiu segurar o Fluminense em casa, venceu por 1 a 0 e viu seu risco de rebaixamento cair de 56% para 26%. Quem segurou o bastão foi o Vitória, que perdeu em casa para o São Paulo por 2 a 1, tinha 47% de risco na última rodada e agora viu o número subir para 65%.

Quem lidera as possibilidades de queda é o Criciúma, com 96%. E a torcida catarinense chegou a ter um gostinho de melhora, com o time abrindo 1 a 0 sobre o Cruzeiro no Mineirão. Mas a Raposa reagiu, virou para 3 a 1 e afundou o Tigre. O Bahia, que visitou o Goiás e perdeu por 3 a 0, tem agora 92% de risco. O Botafogo, que também perdeu na rodada (para o Atlético-PR, 2 a 0), amarga 81%. E o Vitória completa o grupo no Z-4.
Tabela Chances título após 33ª rodada (Foto: Fonte InfoBola)(Foto: Fonte InfoBola)
A briga pelo título continua muito favorável ao Cruzeiro. O líder do campeonato tem 83% de chances de se sagrar campeão, contra 13% do São Paulo. Outros quatro times aparecem empatados e se apegam a um fio de esperança. Grêmio, Atlético-MG, Corinthians e Internacional têm apenas 1% de chances de superar a Raposa ao fim da temporada. A vantagem do Cruzeiro para o São Paulo é ligeiramente menor que a da última rodada, quando a comparação era de 85% a 10%. O Inter, que tinha 2%, caiu para 1%. E o Fluminense, que ainda tinha esperança, nesta rodada já aparece sem chances de título, segundo o matemático.

Talisca desvia rota da China para a Turquia "pronto para ajudar" a Seleção

Atacante do Benfica estava a duas horas de embarcar para torneio da seleção sub-21 quando recebeu telefonema de Alexandre Gallo avisando de viagem para Istambul

Por Istambul, Turquia
Anderson Talisca - Brasil (Foto: Mowa Press)Sorridente, Anderson Talisca chega ao hotel da Seleção em Istambul (Foto: Mowa Press)
O atacante Anderson Talisca, de apenas 20 anos, estava pronto para embarcar para a China quando o telefone tocou. Do outro lado da linha, Alexandre Gallo, coordenador das categorias de base da CBF e técnico da equipe sub-21. A notícia não poderia ser melhor.
- Recebi a notícia no aeroporto de Paris. Faltavam duas horas para o embarque quando fui avisado da minha ida para a seleção principal. Estava me preparando para viajar para a China. É um sonho que está sendo realizado - disse Talisca, que soube da lesão e do corte de Lucas pouco antes de embarcar para Istambul.
Talisca foi convocado por Dunga para a equipe principal que está concentrada em Istambul para os amistosos contra a Turquia, na próxima quarta-feira, e diante da Áustria, em Viena, no dia 18.
- Estou começando no futebol. Tenho muito a evoluir ainda. Esse é só o começo. É o futebol. As coisas acontecem rápido. Na minha vida as coisas estão acontecendo bem rápido. Não tenho pressa e aos poucos vou conquistando o meu espaço.
Anderson Talisca - Brasil (Foto: Mowa Press)Iluminado: Anderson Talisca espera encontrar seu espaço no meio dos astros da Seleção (Foto: Mowa Press)

Questionado sobre a semelhança com Rivaldo, Talisca preferiu não definir o seu estilo de jogo e colocou-se à disposição de Dunga.
- Deixo bem claro que sou um jogador pronto para ajudar, independentemente da posição que eu vou jogar. Não importa se for aqui, no Bahia ou no Benfica, eu estou aqui para ajudar a Seleção.
O jogador aproveitou ainda para explicar como ganhou o apelido.
- Fiquei mais conhecido como Talisca. Quando eu comecei a treinar na base do Bahia, eu era magrinho e, quando corria, o meião caía. Talisca são aqueles bambus de fazer pipa. Aqueles pequenos – contou o atleta.
Nesta terça-feira, Talisca vai participar do primeiro treino sob o comando de Dunga. Na quarta-feira, o Brasil vai encarar a Turquia, em Istambul. O duelo será transmitido ao vivo pela TV Globo, Sportv e GloboEsporte.com. O site também acompanha a partida em Tempo Real.

Setor menor de visitantes no Horto pode fazer decisão ter torcida única

Vistoria no Independência aponta capacidade inferior à necessária para abrigar os cruzeirenses no primeiro jogo da final da Copa do Brasil; Cruzeiro não aceita

Por Belo Horizonte
Um impasse em relação à quantidade de ingressos que serão destinados para a torcida do Cruzeiro no primeiro jogo da final da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, às 22h (de Brasília), no estádio Independência, pode fazer com que a decisão tenha torcida única.

Como acordado na reunião entre os representantes dos clubes, da Federação Mineira de Futebol e da Polícia Militar, realizada na última sexta-feira, as equipes visitantes teriam direito a 10% da carga total de ingressos, no Independência e no Mineirão.
Atlético-MG x Santos - independência  (Foto: Rafael Araújo)Vistoria no Independência apontou que setor de visitantes não comporta 10% da carga de ingressos (Foto: Rafael Araújo)


Entretanto, em vistoria no estádio na tarde desta segunda-feira, novamente entre os representantes de Atlético-MG, Cruzeiro e Polícia Militar, um impasse foi criado. Segundo o Coronel Machado, responsável pela segurança na área interna do estádio, o conflito acontece pelo fato de o setor destinado aos visitantes no Horto não ter capacidade suficiente para acomodar os 2.302 cruzeirenses.

- A PM determina que as duas primeiras fileiras têm que estar desocupadas por critério de segurança, o que reduziria a capacidade do setor em 431 lugares, restando cerca de 1.800 ingressos, o que não foi aceito pelo Cruzeiro.

Com o impasse, os representantes da Raposa encaminharam duas possíveis soluções a serem analisadas pela diretoria alvinegra. A primeira é realocar os demais cruzeirenses em outro setor do estádio, atendendo à quantidade de torcedores já pré-estabelecida. A outra é os visitantes abrirem mão da carga de ingressos, fazendo com que as duas partidas sejam realizadas com torcida única.

O Atlético-MG anunciou, via nota oficial, que será repassada ao Cruzeiro a quantidade de ingressos liberada pela Polícia Militar. E argumentou que os 2.219 lugares do setor destinado ao rival (sem as restrições por motivo de segurança) representam mais do que 10% da carga de ingressos (20 mil). Citou ainda que, no clássico deste ano no Mineirão, o Cruzeiro repassou 5.150 ingressos, menor do que 10% da capacidade de 62 mil, pois "apenas 51.909 foram comercializados pelo clube mandante".

Uma reunião foi convocada pelo próprio Coronel Machado para a manhã desta terça-feira, e a Polícia Militar vai assumir a responsabilidade de tomar uma decisão. A venda de ingressos para os cruzeirenses só começará quando for resolvido o impasse.

Para evitar mais desgaste, Levir poupa cinco de parte de treinamento

Diego Tardelli, Dátolo, Luan, Leandro Donizete e Maicosuel apresentam risco de lesão maior do que os demais em teste e fazem apenas corrida leve

Por Belo Horizonte
treino atlético-mg (Foto: Léo Simonini)Luiz Matter, auxiliar de Levir, conversa com elenco(Foto: Léo Simonini)
Após o retorno de São Paulo, onde venceram o Palmeiras por 2 a 0, os jogadores do Atlético-MG começaram a preparação visando à primeira partida da final da Copa do Brasil frente ao arquirrival Cruzeiro. Na primeira parte da atividade, todos em condições de jogo foram a campo, onde realizaram o trabalho de aquecimento e um leve bate-bola. Em seguida, cinco atletas voltaram para a academia do clube, mas não preocupam para a decisão de quarta-feira. Diego Tardelli, Dátolo, Luan, Leandro Donizete e Maicosuel foram poupados.
Segundo Maicosuel, uma reunião determinou que eles ficassem fora do treino, depois que um teste identificou o nível de desgaste físico dos atletas.

- Fizemos o teste do CK (teste que identifica o desgaste muscular), e o nosso deu mais alto. Tivemos uma reunião com todos e estamos meio preocupados, mas é coisa boba. Demos uma volta no campo para não nos desgastarmos mais. Foi conversado, e ficou decidido que iríamos ser poupados.

Maicosuel só se complicou na hora de explicar o que seria o tal teste CK.
Tivemos uma reunião com todos e estamos meio preocupados, mas é coisa boba. Demos uma volta no campo para não nos desgastarmos
Maicosuel
- Aí ferrou. Mas acho que é o exame em que se tira o sangue e vê o quanto o jogador está cansado. Como estamos um pouco a mais do que os outros, tivemos essa cautela - afirmou.
CK é a abreviatura para creatina quinase (creatine kinase, em inglês), uma enzima que é liberada pelo organismo quando há microlesões na musculatura.
O jogo contra o Palmeiras já teve a ausência de Tardelli, Dátolo, Luan e Maicosuel. Apenas Leandro Donizete foi escalado e atuou os 90 minutos.

O treinamento desta segunda foi realizado em campo reduzido com a participação de jogadores da base. O Atlético-MG volta a treinar na tarde desta terça, atividade que encerra a preparação para o primeiro dos dois clássicos mais importantes da história entre os clubes, marcado para quarta-feira, às 22h (de Brasília) no Independência.