domingo, 27 de março de 2011

Ruins de pontaria, Flu e Vasco ficam apenas no empate no Engenhão: 0 a 0

Resultado devolve a liderança do Grupo A aos cruz-matinos. Tricolor segue fora da área de classificação para a semifinal

Por Fred Huber Rio de Janeiro
Chances de marcar ambas equipes tiveram, mas este domingo não era dos ataques de Fluminense e Vasco, que ficaram em um empate em 0 a 0 no Engenhão. O duelo, que teve bola no travessão de Eder Luis e boas defesas dos dois goleiros, ficou marcado pelo equilíbrio e pela grande quantidade de erros de passe de lado a lado. A igualdade não chega a ser uma novidade para os clubes, já que eles haviam empatado 11 vezes nos últimos 16 confrontos.
O resultado, ao menos, serviu para recolocar o Vasco na liderança do Grupo A com dez pontos. A equipe da Colina bate o Boavista no número de gols marcados. O Tricolor segue em terceiro, fora da área de classificação para a semifinal da Taça Rio com oito pontos.
No próximo sábado, às 16h (de Brasília), o Flu vai até o estádio Raulino de Oliveira encarar o Volta Redonda. No domingo, às 16h, o Vasco recebe o Bangu em São Januário.
Equipes erram passes e irritam os torcedores; Eder acerta o travessão
Antes de a bola rolar, o clima era de gozação entre as duas torcidas. Os tricolores, por exemplo, ironizaram o jejum de títulos do Vasco. Quando o árbitro apitou o início do jogo, a disputa continuou forte. Empurrados por sua torcida, em maioria no estádio, os cruz-maltinos começaram no ataque, mas, atrapalhados pelos seguidos erros de passe na tentativa de encontrar Diego Souza e Eder Luis na frente, o time deu chance para o Flu crescer.
Mais objetivo, o Tricolor assustou pela primeira vez com Conca em um chute de fora da área que Fernando Prass teve dificuldade para espalmar. Pouco depois, Emerson levou pela ponta direita e cruzou para Fred, que estava de cara para o gol. O capitão, no entanto, chegou um pouquinho atrasado e não conseguiu empurrar a bola para o gol. Ele ainda teria outra chance depois após aproveitar um desviou de cabeça de Valencia. O camisa 9, desequilibrado, não conseguiu acertar o alvo.
As primeiras duas boas oportunidades do Vasco saíram dos pés de Bernardo. Primeiro, em uma cobrança de falta longa, ele mandou uma bomba e Berna mandou para escanteio. Depois, o meia recebeu passe de Diego Souza e bateu forte, cruzado, e o goleiro tricolor conseguiu aliviar o perigo novamente. Mas a melhor chance veio com Eder Luis, aos 37 minutos. O atacante aproveitou um passe errado de Conca e arrancou desde antes do meio de campo até a entrada da área, de onde chutou firme e acertou o travessão.
Antes do fim da primeira etapa, o Vasco ainda chegou com muito perigo. Após boa troca de passes, a bola sobrou limpa para Romulo, que, da entrada da área, chutou forte no ângulo. Ricardo Berna deu um voo e, de mão trocada, fez uma linda defesa.
Times perdem chances, e o placar não muda
O Flu voltou do vestiário com Deco no lugar de Souza, e o luso-brasileiro logo criou uma boa oportunidade. Ele deu passe para Fred, que enganou o marcador e bateu colocado da entrada da área. A bola passou rente à trave esquerda de Prass. Apesar do início bom, o jogo caiu um pouco de rendimento na segunda etapa. Vendo que seu time estava em dificuldade, Ricardo Gomes também mexeu: promoveu a estreia de Alecsandro, que, aos 14 minutos, entrou no lugar de Bernardo. No lance anterior, os cruz-maltinos pediram pênalti em lance que Eder Luis se chocou com Digão dentro da área, mas o árbitro mandou o jogo seguir.
Aos 24 minutos, um lance, a chance mais clara de gol até então, esquentou a partida. Marcio Careca deu lançamento na medida para Eder Luis, que ficou de cara para o gol mas chutou muito mal. Depois, foi a vez de o Flu ameaçar, mas a pontaria não estava em dia. Na primeira, Deco chutou, a bola desviou e Prass teve dificuldade para defender. Na sequência, Julio Cesar teve duas outras oportunidades. Primeiro, errou o alvo após tabelar com Araújo. Depois, chutou cruzado e o arqueiro vascaíno rebateu para o meio da zaga. Ninguém conseguiu aproveitar o rebote.
Apesar da tentativa de pressão tricolor no fim, o árbitro deu o apito final sem que o placar fosse alterad
FLUMINENSE 0 X 0 VASCO
Ricardo Berna; Mariano, Gum, Digão e Julio Cesar; Valencia, Diguinho, Souza (Deco) e Conca; Emerson (Araújo) e Fred. Fernando Prass; Allan, Dedé, Anderson Martins e Marcio Careca; Eduardo Costa, Romulo, Felipe (Jeferson) e Bernardo (Alecsandro); Eder Luis (Leandro) e Diego Souza.
Técnico: Enderson Moreira Técnico: Ricardo Gomes
Cartões amarelos: Diego Souza, Eduardo Costa, Alecasandro (Vasco); Conca, Diguinho, Deco (Fluminense)
Data: 27/03/2011. Local: Engenhão.  Árbitro: Felipe Gomes da Silva. Auxiliares: Rodrigo Pereira Joia e Rodrigo Figueiredo Correa. Público: 22.945 pagantes (27.480 presentes). Renda: R$ 632.665,00
 

informações atualizadas em tempo real clique nos números para ver o detalhamento

Grupo A

CLASSIFICAÇÃOPJVEDGPGCSG%
1
Vasco
10
5
3
1
1
11
7
4
66.7
2
Boavista
10
5
3
1
1
8
4
4
66.7
3
Americano
10
5
3
1
1
7
8
-1
66.7
4
Flamengo
9
5
2
3
0
8
6
2
60
5
Volta Redonda
7
5
2
1
2
8
9
-1
46.7
6
Resende
6
5
2
0
3
9
8
1
40
7
América-RJ
3
5
1
0
4
5
9
-4
20
8
Nova Iguaçu
3
5
1
0
4
3
8
-5
20

Grupo B

CLASSIFICAÇÃOPJVEDGPGCSG%
1
Olaria
12
5
4
0
1
9
4
5
80
2
Botafogo
10
5
3
1
1
9
4
5
66.7
3
Fluminense
8
5
2
2
1
5
4
1
53.3
4
Duque de Caxias
8
5
2
2
1
8
8
0
53.3
5
Bangu
6
5
2
0
3
7
8
-1
40
6
Madureira
4
5
1
1
3
11
13
-2
26.7
7
Cabofriense
4
5
1
1
3
3
7
-4
26.7
8
Macaé
3
5
1
0
4
7
11
-4
20

Jogos

  • Sab 26/03/2011 - 15h30 Bariri
    Olaria
    OLA
    2 0
    NOV
    Nova Iguaçu
  • Sab 26/03/2011 - 18h30 Cláudio Moacyr
    Boavista
    BVT
    0 0
    BOT
    Botafogo
  • Dom 27/03/2011 - 15h30 Édson Passos
    América-RJ
    AME
    1 2
    DUQ
    Duque de Caxias
  • Dom 27/03/2011 - 15h30 Trabalhador
    Resende
    RES
    5 2
    MAC
    Macaé
  • Dom 27/03/2011 - 15h30 Correão
    Cabofriense
    CAB
    0 1
    AMN
    Americano
  • Dom 27/03/2011 - 15h30 Moça Bonita
    Bangu
    BAN
    2 1
    VOL
    Volta Redonda
  • Dom 27/03/2011 - 16h00 Cláudio Moacyr
    Flamengo
    FLA
    3 3
    MAD
    Madureira
  • Dom 27/03/2011 - 18h30 Engenhão
    Fluminense
    FLU
    0 0
    VAS
    Vasco
Semifinalistas - Taça RioSemifinalistas do CA Torres
P pontosJ jogosV vitóriasE empatesD derrotasGP gols próGC gols contraSG saldo de gols(%) aproveitamento

Samara Felippo adere ao muay thai: veja fotos


Desde que deu à luz Alícia — de 1 ano e 4 meses — e ultrapassou a barreira dos 30 anos, Samara Felippo passou a conviver com um drama comum a muitas mulheres: seu metabolismo ficou mais lento e voltar à boa forma se tornou uma tarefa um pouco mais difícil. Foi então que decidiu seguir o conselho das amigas — e também atrizes — Carolinie Figueiredo e Bianca Bin e aderiu ao muay thai.
— Eu estava com umas dobrinhas e queria ficar definida — conta Samara, que de dois meses para cá vem lutando de segunda a sexta-feira e já percebe os ganhos: — O corpo mudou e minha disposição melhorou bastante. Sem dizer que, depois de muitos chutes e socos, saio de lá completamente aliviada. Zero estresse.
O treino da atriz dura em média uma hora e é bastante pesado: além de chutes e socos (seu exercício predileto), pular corda e polichinelos fazem parte da rotina.
— Eu saio de lá pingando.

Veja mais fotos:





Massa lamenta sétimo lugar no GP:
'Não mostramos nosso real potencial'

Brasileiro diz que troca precoce para os pneus duros atrapalhou sua corrida

Por GLOBOESPORTE.COM Melbourne, Austrália
Após o sétimo lugar no GP da Austrália, ganho após as punições à Sauber, que teve Sergio Pérez e Kamui Kobayashi excluídos da classificação, Felipe Massa ficou decepcionado com o resultado. O brasileiro disse que a Ferrari precisa trabalhar muito para entender o que houve no fim de semana. A equipe italiana ficou atrás de RBR e McLaren durante a maior parte do fim de semana.
- O duelo com Button? Foi muito apertado: quando ele me passou, cortando a chicane, esperava que ele fosse penalizado. Fiquei um pouco decepcionado com o resultado e com o desempenho no geral neste fim de semana. Precisamos trabalhar para entender exatamente o que aconteceu. Não mostramos nosso real potencial na Austrália - diz Massa.
button mclaren massa ferrari gp da australia (Foto: agência AP)Jenson Button e Felipe Massa travaram uma bela disputa no início da corrida (Foto: agência AP)
Para Massa, a troca precoce pelos pneus duros, logo no primeiro pit stop, foi decisiva na queda de rendimento de seu carro. O brasileiro disse que perdeu muitas posições com isso.
- No começo, as coisas estavam boas, na largada e na disputa contra o Button, que tentou atacar. Depois, tentamos adiantar o uso dos pneus duros, mas a manobra não funcionou e tivemos de fazer uma terceira parada perto do fim e perdi muitas posições. Sofri muito com o desgaste dos pneus traseiros e não pude manter um bom ritmo. As novidades como a asa traseira móvel funcionaram como deveriam - diz Massa.

Grêmio vence o Pelotas e ganha conforto no Gauchão

Tricolor tem problemas no primeiro tempo, mas busca vitória por 3 a 1 na etapa final, com gols de Willian Magrão, Rodolfo e Rafael Marques

Por GLOBOESPORTE.COM Porto Alegre
Rodolfo comemora gol do Grêmio (Foto: Wesley Santos / PressDigital)Rodolfo comemora: gol dele ajudou Grêmio a vencer
(Foto: Wesley Santos / PressDigital)
Talvez tenha mais valor para a Libertadores do que para o Campeonato Gaúcho essa vitória de 3 a 1 conquistada pelo Grêmio na tarde deste domingo, sobre o Pelotas, na Boca do Lobo. Em uma chave embolada no Estadual, o Tricolor alcançou o conforto que precisava com a quase certeza da classificação. O resultado, desenhado com gols de Willian Magrão, Rodolfo e Rafael Marques, dá ao técnico Renato Gaúcho o direito de aumentar o foco na Libertadores, a competição que mais interessa ao clube do Olímpico.
A atuação do Grêmio não foi das melhores. Sem seu capitão, Fábio Rochemback, o time visitante foi muito ameaçado pelo Lobão no primeiro tempo. Quase saiu derrotado. Mas veio a etapa final, e o Tricolor, com muito mais fôlego, alcançou o resultado. Sandro Sotilli marcou o gol do Pelotas.
A vitória levou o Grêmio para nove pontos, na terceira colocação do Grupo B da Taça Farroupilha, mas com um jogo a mais para disputar. O Pelotas, com cinco, segue em quinto, fora da zona de classificação. O Tricolor volta a campo na quarta-feira, em Caxias do Sul, contra o Juventude.

Pelotas superior ao Grêmio no primeiro tempo
Makelele, de passagem discreta pelo Grêmio, resolveu infernizar o ex-clube neste sábado. Ele foi a auto-estrada que ligou a defesa do Pelotas ao ataque com uma velocidade que os tricolores não conseguiram segurar. Faltou pouco para o time de Renato Gaúcho sair perdendo na etapa inicial.
O Lobão teve mais e melhores chances de gol. E quase sempre com Makelele. Ele teve três chutes perigosos: um defendido por Marcelo Grohe, um que passou rente à trave esquerda do goleiro e outro que sobrevoou a baliza. Sandro Sotilli, de cabeça, também ameaçou o Grêmio. Mas a grande oportunidade foi de Clodoaldo. Ele recebeu livre, encaixou o corpo e bateu colocado. Grohe pegou sem grandes problemas.
O Grêmio foi a campo quase completo, excetuados os casos do lateral-esquerdo Gilson e do volante Fábio Rochemback. Mas os atletas pareciam recém-apresentados uns aos outros. Douglas não conseguiu se encontrar na articulação, e Borges acabou pouco acionado no ataque, onde esteve aco
mpanhado por Escudero.
Mas o Tricolor, ressalvada a pouca inspiração, também conseguiu ameaçar. E foi pelo alto. Rodolfo, aos 33 minutos, e Escudero, aos 40, mandaram conclusões parecidas. E forçaram o goleiro Dionattan a defesas igualmente complicadas. Quase.

Gols aparecem, e Grêmio vence o jogo
Os gols, ausentes no primeiro tempo, deram as caras na etapa final. Com o garoto Leandro no lugar de Escudero, o Grêmio tentou se tornar mais agressivo. E conseguiu marcar primeiro, mas em uma jogada de atletas de defesa.
Foi aos oito minutos. O zagueiro Rodolfo apareceu pela esquerda e, feito lateral, mandou o cruzamento. A bola passou pela defesa pelotense e foi parar do outro lado. Quem apareceu para concluir foi o volante Willian Magrão. Ele desviou do goleiro e fez a festa.
Mas por apenas um minuto. No ataque seguinte, o Pelotas alcançou o empate. Sandro Sotilli aproveitou cruzamento da esquerda e fez aquilo que virou hábito para ele há anos e mais anos no Gauchão. Marcelo Grohe não teve como salvar a conclusão do goleador: 1 a 1.
O Grêmio, apesar do gol sofrido, logo deu sinais de que estava mais sólido em campo. Leandro, mesmo bem marcado, conseguiu incomodar na frente. O garoto mandou dois chutes cruzados: um por cima, outro defendido por Dionattan. E aí saiu o gol, mas de um zagueiro.
Aos 28 minutos, Douglas apareceu na partida. Foi dele o cruzamento para Rodolfo, de cabeça, recolocar o Grêmio na frente. Com o adversário cansado, restava ao Tricolor administrar o resultado na parte final da partida. Mas ele fez mais do que isso: Rafael Marques, aos 44 minutos, de cabeça, fechou o placar.

PELOTAS 1 X 3 GRÊMIO
Dionattan, Eduardo Eré, Jonas, Junior Paulista e João Rodrigo; Wanderson (Cléber), Gavião, Makelele (Márcio Tinga) e Alan (João Paulo); Sandro Sotilli e Clodoaldo. Marcelo Grohe, Gabriel, Rodolfo, Rafael Marques e Bruno Collaço; Adílson, Willian Magrão (Vinícius Pacheco), Lúcio e Douglas; Escudero (Leandro) e Borges (Fernando).
T: Armando Desessards T: Renato Gaúcho
Estádio: Boca do Lobo, em Pelotas. Data: 27/03/2011. Árbitro: Leandro Vuaden. Auxiliares: Júlio César dos Santos e Paulo Ricardo Conceição.
Gols: Willian Magrão, aos oito, Sandro Sotilli, aos nove, Rodolfo, aos 28, e Rafael Marques, aos 44 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Adílson, Willian Magrão (Grêmio); Eduardo Eré, Wanderson, João Rodrigo (Pelotas).

Oscar se sente bem ao dividir articulação com D’Alessandro

Garoto elogia inteligência do argentino e vê futuro na parceria. ‘Acreditamos um no outro’, diz ele

Por Alexandre Alliatti Porto Alegre
oscar internacional treino (Foto: Lucas Uebel / Vipcomm)Oscar diz que ele e D'Alessandro se entendem bem
(Foto: Lucas Uebel / Vipcomm)
O segundo tempo do jogo contra o São Luiz marcou aquilo que deve ser o início de novos tempos no time colorado. Foi o começo da parceria entre Oscar, o maior destaque vermelho em 2011 (ao lado de Leandro Damião), e D’Alessandro, o principal jogador do clube. Já foi possível ver como funcionará a união entre os dois meias. O garoto prevê bons resultados.
Oscar gosta de jogar ao lado de D’Alessandro. E por um motivo em especial: a confiança que um tem no outro.
- O D’Ale é nosso camisa 10. Ele é muito inteligente. Sempre gostei de jogar do lado dele. Nos entendemos muito bem. (...) Acreditamos um no outro. Quando ele toca em mim, ele sabe que vou fazer alguma coisa. Quando eu toco nele, sei que ele vai fazer alguma coisa. Pegando entrosamento, isso vai melhorar – comentou o garoto.
Celso Roth também aposta na dupla. Ele vê nos jogadores a capacidade de formar um time técnico e agressivo ao mesmo tempo – mas quer alguém que também dê profundidade ao setor ofensivo. Oscar acredita que, com o tempo, o entendimento por ali ficará melhor.
- Não só pode como tem que melhorar. Pegando alguns jogos de entrosamento, a gente vai se dar super bem. Do meio para a frente, o Inter é muito forte. A gente espera entrosar mais e mais.
O retorno de D’Alessandro, afastado há mais de um mês por causa de lesão na sola do pé direito, e a permanência de Oscar devem representar a saída de Andrezinho no jogo de quarta-feira, contra o Jorge Wilstermann, no Beira-Rio, pela Libertadores.
 

Na base da transpiração, Fla cozinha o Brasília e continua na cola do líder

Em clássico tenso e cheio de erros, Rubro-Negro supera o rival no forte calor do ginásio do Tijuca e se iguala ao Pinheiros, que lidera pelo confronto direto

Por Rodrigo Alves Rio de Janeiro
Guilherme Teichmann dá enterrada na partida do Flamengo contra o Brasília (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)Teichmann passa pela marcação e consegue uma
enterrada (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)
Para um ginásio que o Flamengo chama de caldeirão, a temperatura devia estar muito perto do ponto de fervura. Enquanto o sol castigava os cariocas – os que não foram à praia, claro – em plena hora do almoço no domingo, o Rubro-Negro abria as portas do Tijuca Tênis Clube para o clássico de maior rivalidade no basquete nacional. Do outro lado da quadra estava o Brasília, com prestígio de líder do NBB. Da beleza técnica, ninguém pôde se orgulhar. Em jogo tenso do início ao fim, repleto de erros e precipitações, riu por último quem manteve o controle. O Flamengo aproveitou o desequilíbrio do adversário no segundo tempo para deslanchar e cravar a vitória por 93 a 80. Mais que o sabor de cozinhar os arquirrivais, o resultado vale o retorno à parte de cima da tabela, a duas rodadas do fim da primeira fase.
O Flamengo tem agora 19 vitórias em 26 jogos, mesma campanha do Pinheiros, que leva vantagem no confronto direto e por isso é o líder de fato. Os dois próximos jogos serão na estrada, contra São José e Limeira. Se tivesse vencido por um ponto a mais, o clube carioca teria vantagem no confronto direto com o Brasília – cada um ganhou uma, mas o saldo favorece a equipe da capital. Os atuais campeões do NBB só jogam mais uma vez, em casa, contra Joinville, e precisam torcer muito por tropeços dos concorrentes se quiserem terminar o campeonato no alto da classificação.
No duelo de 58 tiros de três, muitos deles precipitados, até os lances livres contaram com erros acima do normal. O Flamengo venceu com 27 pontos de Marcelinho, mais do que acostumado à tensão de enfrentar o Brasília.
- É uma rivalidade de muito tempo. O jogo teve ingredientes de playoffs, foi mérito das defesas. Sabíamos da importância desta vitória, e agora temos essa sequência fora de casa. É muito difícil. Mesmo faltando apenas duas rodadas, não dá para fazer previsões – comentou Marcelinho logo após a partida, quando o clima tenso já tinha se dissipado e seu filho Gustavo batia bola no garrafão.
O Brasília teve 29 pontos de Alex, único do time a manter a regularidade nos quatro períodos. Nezinho fez 16, mas cometeu oito desperdícios e falhou em lances bobos, tirando do sério o técnico José Carlos Vidal. Encharcado de suor, Alex foi até o banco e pegou uma toalha branca antes de falar sobre a missão de secar os rivais.
- Jogar neste ginásio, neste horário, com o calor do Rio, é muito difícil. Desgasta bastante. Cometemos erros nesta partida e em outras, poderíamos estar mais perto da liderança. Mas todo mundo ainda pode ser surpreendido. Vamos jogar em casa contra Joinville e esperar para ver – afirmou o ala-armador, perseguido pela torcida o tempo todo.
Marcelinho na partida de basquete entre Flamengo e Brasília (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)Marcelinho foi o segundo maior pontuador do clássico (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)
Em condições normais, o confronto seria na Arena da Barra, mas o show da banda Iron Maiden neste domingo forçou o Fla a mudar o palco do clássico. O calor implacável do Rio afugentou parte da torcida, que não chegou a lotar as arquibancadas do Tijuca. Mas o número era suficiente não só para brindar os jogadores do Brasília com os "elogios" de sempre como também para abafar o Hino Nacional cantando o do Flamengo por cima a plenos pulmões.
Quem também não compareceu, mas por outros motivos, foi a dupla de pivôs que deveria tomar conta dos garrafões. Do lado rubro-negro, Bábby sofreu uma lesão no ombro esquerdo e pode ficar até 20 dias parado. Pelo Brasília, Lucas Tischer, com um estiramento na panturrilha, também era desfalque.
Àquela altura, Pinheiros, Franca, Uberlândia, Bauru e Joinville já tinham vencido na rodada. Ou seja, quem perdesse no Rio ficaria numa enrascada na briga pela liderança.
Antes de a bola subir, foi respeitado um minuto de silêncio pela morte da mãe do pivô Átila dos Santos, do Fla – o único momento da tarde com decibéis reduzidos. Em seguida, Teichmann e Cipriano pularam para o tapinha inicial. Deu Cipriano, mas a bola caiu na mão de Duda, que partiu para a bandeja e levantou a torcida pela primeira vez.
O time da casa emplacou um início arrasador com 7 a 0, enquanto os visitantes erravam tudo e só pontuaram após três minutos, com Alex num chute de três. O Brasília chegou a cortar para 9 a 7, mas o Fla emendou sete pontos seguidos e abriu uma vantagem confortável.
Como de hábito no clássico, as duas equipes, nervosas, abusavam dos erros no ataque. O Flamengo ao menos aproveitava as brechas na defesa rival e se mantinha à frente. Chegou a abrir 13 pontos e virou o primeiro quarto vencendo por 20 a 12.
Na volta para o segundo período, mais um festival de falhas. Após um minuto e meio, com o placar ainda zerado, Alex tentou uma infiltração e foi ao chão, levando a mão à perna esquerda. Ficou quase um minuto caído e deixou a quadra mancando, com cara de dor, sob uma chuva de vaias.
A primeira cesta veio após dois minutos de bola quicando, com Nezinho, mas o Fla logo respondeu com duas bolas de três de Jefferson, cestinha da equipe no primeiro tempo com nove pontos. Mesmo sem Alex, o Brasília cortou a vantagem para dois. O ala voltou a quatro minutos do intervalo e viu o Fla abrir cinco outra vez. Antes do estouro do cronômetro, Duda quase acertou do meio da quadra. A torcida ficou com o grito engasgado, mas ao menos viu o time sair para o vestiário vencendo por 34 a 29 – placar baixo que ilustrava os erros.
Na volta para o terceiro período, Nezinho tentava manter o Brasília na briga, mas o Flamengo atacava com Hélio, Duda e Marcelinho. Assim abriu 11 pontos, e o jogo voltou a ficar ruim, cheio de precipitações nos dois lados da quadra. Os chutes eram basicamente de três, e foi preciso que Alex acertasse dois seguidos para enfim mexer no placar. A diferença caiu para meia dúzia, mas voltou para dez com uma cravada de Teichmann que levantou a torcida no ginásio. Logo depois, pulou para 12 com uma bandeja de Marcelinho, e àquela altura o clima era de festa total. Apesar de uma boa bola – de três, claro – de Rossi, os donos da casa venciam por 66 a 56 na virada para os últimos dez minutos, com direito a cesta de Teichmann no estouro do relógio.
 David Teague na partida do Flamengo contra o Brasília (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo) O americano David Teague é marcado de perto por Rossi (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)
Depois de um minuto e meio com arremessos precipitados amassando o aro, o placar do último período se mexeu com um tiro de longe de Marcelinho. O Brasília cometia erros bobos no ataque, e os anfitriões aproveitavam para manter sua zona de conforto no placar. Livres ou marcados, os visitantes erravam tudo. Neste momento Vidal pediu tempo e nem permitiu que os atletas se sentassem. Com todos de pé, caprichou na bronca. Não adiantou muito.
O primeiro ponto do Brasília no último quarto só veio após quase quatro minutos, quando o Flamengo já liderava por 18. Nezinho, jogando muito mal, bateu boca com Wagner e passou a ser "homenageado" pelos gritos da torcida. O Rubro-Negro ainda conseguiu organizar um pouco seu esquema ofensivo, mas o clima ficou tenso, com faltas técnicas dos dois lados e muita reclamação com a arbitragem. Com o jogo truncado e ainda baseado quase exclusivamente nas bolas de longa distância, o cronômetro correu até o fim.
Ao Brasília, resta vencer sua última partida, contra Joinville, e secar os rivais. O Fla, que ainda joga duas vezes fora de casa, passa a ser o maior rival do Pinheiros na luta pela liderança. Ao fim do jogo, a torcida no Tijuca nem queria saber disso. Só pensava em saudar seus atletas no caldeirão. Sem trégua do calor, mas com a alma lavada.
Confira todos os resultados da rodada:
Joinville 102 x 57 Vila Velha
Franca 92 x 68 Assis
Bauru 95 x 73 Araraquara
Pinheiros 83 x 74 São José
Minas 62 x 96 Uberlândia
Paulistano 70 x 61 Limeira
Flamengo 93 x 80 Brasília

Neymar é alvo de racismo durante vitória do Brasil sobre a Escócia

Casca de banana é atirada na direção do craque do Santos

Por GLOBOESPORTE.COM Londres, Inglaterra
O triunfo do Brasil sobre a Escócia, neste domingo, em Londres, não teve só festa e alegria. Durante a partida realizada no Emirates Stadium, uma casca de banana foi atirada na direção de Neymar (assista no vídeo ao lado do SporTV).
É o terceiro episódio de racismo em pouco mais de uma semana no futebol europeu. Recentemente, os laterais Roberto Carlos, do Anzhi, da Rússia, e Marcelo, do Real Madrid, foram hostilizados por torcedores do Zenit e do Atlético de Madri, respectivamente, com atos discriminatórios.
- Esse clima do racismo é totalmente triste. A gente sai do nosso país, vem jogar aqui e acontece isso. Prefiro nem tocar no assunto, para não virar uma bola de neve - afirmou o próprio Neymar, em entrevista ao SporTV.
O volante Lucas também reclamou.
- Racismo não tem espaço no mundo. Na Europa, que se diz ser do primeiro mundo, é onde acontece mais - reclamou Lucas, que defende o Liverpool, após a partida.
 

Montillo decide mais uma vez, e Cruzeiro derrota o Coelho por 3 a 2

Argentino foi o grande maestro da vitória celeste, além de marcar o terceiro gol. Resultado deixa a Raposa matematicamente classificada e na ponta da tabela

Por Rodrigo Fuscaldi Varginha, MG
Um grande jogo. Essa é a definição da partida entre América-MG e Cruzeiro, realizada no estádio Melão, em Varginha, válida pela oitava rodada do Campeonato Mineiro. As equipes buscaram a vitória desde o início, e o placar de 3 a 2 a favor da equipe celeste fez justiça ao time que se apresentou mais ao ataque. O América-MG também fez um bom jogo, mas, em determinados momentos, deixou o parte ofensiva de lado. Os gols do Cruzeiro foram marcados por Thiago Ribeiro, Léo e Montillo. O Coelho descontou com Leandro Ferreira.
A torcida que lotou o estádio viu uma partida muito movimentada, repleta de alternativas no placar. Mas viu principalmente a grande partida de Montillo. O argentino foi o grande maestro da equipe e responsável direto pelos três pontos conquistados. O Cruzeiro teve mais posse de bola e mais presença no ataque, mas o América-MG, com um futebol de muita consciência, equilibrou a partida e também teve chances de vencer.
Com o resultado, o Cruzeiro se manteve na liderança, com 22 pontos ganhos, matematicamente classificado para as semifinais. Já o Coelho caiu para a quarta posição, com 16, atrás também de América TO e Atlético-MG, segundo e terceiro colocados respectivamente.
Agora, a Raposa volta a se concentrar na Taça Libertadores. Na próxima quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), o time enfrentará o Guaraní, do Paraguai, pela quinta rodada do grupo 7. Pelo estadual, o compromisso será no domingo, às 16h, na Arena do Jacaré, diante do Guarani, de Divinópolis. O América-MG, por sua vez, encara o Tupi, sábado, às 16h, em Juiz de Fora.
Igualdade no Melão
O clássico de Varginha começou empolgante. Logo de cara, o Cruzeiro partiu para o ataque, com bolas cruzadas na área do goleiro Flávio. Porém, o América-MG tratou de mudar a característica da partida e, já no primeiro ataque, chegou ao gol, ainda aos 4 minutos. Leandro Ferreira avançou com a bola e, da entrada da área, após tabelar com o marcador cruzeirense, bateu no canto esquerdo de Fábio: 1 a 0.
O Cruzeiro sentiu o golpe, e o Coelho, na sequência, quase fez o segundo. A bola tocou na trave direita de Fábio, depois de um bate-rebate incrível. O zagueiro Gil, de forma definitiva, mandou para a lateral.
O América-MG marcava forte, no meio-campo e defesa, e irritava os jogadores do Cruzeiro. Por reclamação, Roger levou o cartão amarelo, em uma falta que favorecia o Cruzeiro. O Coelho tocava a bola com muita consciência e buscava os contra-ataques, sempre com muito perigo.
Mas o Cruzeiro cresceu de produção e começou a espremer o América-MG na própria defesa. Roger e Montillo começaram a jogar bem e a criar várias situações de gols. O zagueiro Léo, de cabeça, também perdeu a oportunidade de empatar.
E foi dos pés de Montillo que saiu o gol de empate, aos 41 minutos. O argentino, pela direita, descolou um cruzamento perfeito, na medida para Thiago Ribeiro, que só teve o trabalho de tocar para o fundo das redes. Depois da pressão celeste, a Raposa empatou o jogo: 1 a 1.
Montillo decisivo
O América-MG voltou mudado para a segunda etapa. O técnico Mauro Fernandes mexeu no ataque e tirou Luciano, que quase não pegou na bola no primeiro tempo, e colocou Thiago Silvy. Mas quem de verdade se modificou em campo foi o Cruzeiro. A equipe voltou elétrica, com muita força no ataque. E logo aos 4 minutos, a Raposa virou o placar. Roger, pela esquerda, cruzou para Gil, e, no rebote, Léo tocou para o fundo das redes.
O América-MG, por sua vez, não sentiu o golpe e empatou logo em seguida, aos 6 minutos. Após um escanteio pela esquerda, a bola sobrou para Leandro Ferreira que, de fora da área, bateu firme, no canto direito baixo de Fábio. A bomba morreu nas redes cruzeirenses: 2 a 2.
A partir daí, o ritmo caiu um pouco, e os treinadores partiram para as substituições. Netinho entrou no América-MG, enquanto Everton e Wellington Paulista reforçaram o Cruzeiro, que passou a jogar com três atacantes.
Aos poucos, o Cruzeiro passou a merecer a vitória, já que o Coelho abdicou de atacar. E aos 39 minutos, Montillo avançou pela intermediária adversária, tabelou com Wallyson e finalizou com perfeição, no canto direito de Flávio: 3 a 2. Mais uma vez, o argentino garante a vitória celeste.
américa-mg 2 x 3 cruzeiro
Flávio; Marcos Rocha, Otávio, Gabriel e Jean Batista; Dudu (Davi Ceará), Leandro Ferreira, Nando e Irênio (Netinho); Luciano (Thiago Silvy) e Fábio Júnior. Fábio; Pablo, Gil, Léo e Gilberto (Everton); Leandro Guerreiro, Marquinhos Paraná, Roger (Wellington Paulista) e Montillo; Thiago Ribeiro (Ortigoza) e Wallyson.
Técnico: Mauro Fernandes. Técnico: Cuca.
Motivo: oitava rodada do Campeonato Mineiro. Data: 27/3/2011. Horário: 16h (de Brasília). Local: Melão, em Varginha (MG). Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira. Auxiliares: Helbert Costa Andrade e Pablo Almeida Costa.
Cartões amarelos: Gilberto, Gil, Roger e Marquinhos Paraná (Cruzeiro); Nando, Jean Batista, Irênio, Leandro Ferreira e Gabriel (América-MG).
Gols: Leandro Ferreira (América-MG), aos 4 minutos, Thiago Ribeiro (Cruzeiro), aos 41 do primeiro tempo; Léo (Cruzeiro), aos 4 minutos, Leandro Ferreira (América-MG), aos 6 minutos, e Montillo (Cruzeiro), aos 39 minutos do segundo tempo.

Sob os gritos de Adriano, Fla empata com Madureira e se complica

Time fica em quarto lugar na Taça Rio, e Vanderlei Luxemburgo convive com chuva de ofensas após veto à contratação do Imperador

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
 A invencibilidade foi mantida às duras penas. O Madureira abriu 3 a 1 aos 17 do segundo tempo. Deivid e Thiago Neves arrancaram o empate por 3 a 3. Mas o que ficou da atuação do Flamengo neste domingo em Macaé é que a opção de Vanderlei Luxemburgo e da diretoria de esnobar Adriano trará consequências a cada resultado negativo.
Quando a derrota parecia consumada, os torcedores gritaram pelo Imperador, que acertou contrato até o fim de 2012 com o Corinthians, e pediram a saída do treinador. Mas não foi a ausência de Adriano, que está machucado e só tem condições de jogar daqui a dois meses, que causou o tropeço rubro-negro.
Mais uma vez, o time foi frágil ofensivamente, com pouca mobilidade e exagerando na previsibilidade. Desta vez, porém, ainda aparecer o componente da defesa instável. Welinton fez um gol contra constrangedor e os atacante do Madureira tiveram facilidade para entrar na área de Felipe.
Campeão da Taça Guanabara, o Flamengo acumula três empates seguidos na Taça Rio e segue fora da zona de classificação às semifinais. O time está em quarto no Grupo A, com nove pontos. O próximo jogo será contra o Duque de Caxias, sábado, no Engenhão.
Lutando contra o rebaixamento, o Madureira está em sexto lugar na chave B, com quatro pontos.

Gol contra de Welinton e foguete de Léo Moura

O sexto jogo do Flamengo no Cláudio Moacyr não foi diferente dos demais. Time adversário recuado, dificuldade na armação e reação inicial fria da torcida, longe do “caldeirãozinho” propagado por Vanderlei Luxemburgo para defender os jogos em Macaé, a 200km de distância da capital.
A atuação do Flamengo também não ajudou. Mesmo com as voltas de Ronaldinho e Thiago Neves, o time seguiu burocrático, sem movimentação e pecando pela falta de fundamentos de alguns jogadores. Wanderley, por exemplo. Apesar de esforçado, vibrante e dos cinco gols no ano, o atacante se enrolou com a bola em diversos lances.
Pode parecer pouco crível, mas a primeira boa chance do jogo só aconteceu aos 33. Léo Moura levantou da direita, Thiago Neves subiu e cabeceou para fora.
A síntese da atuação desastrosa do Flamengo aconteceu no lance seguinte, aos 34. Abedi cruzou da esquerda e a bola cairia mansamente nas mãos de Felipe. Porém, afobado, Welinton resolveu cortar. Pegou mal na bola e acertou o ângulo direito. Constrangedor a ponto de os jogadores do Madureira nem comemorarem direito o gol.
- Bateu na canela e entrou. Não foi o primeiro da carreira – disse o zagueiro, que encarou o lance com bom humor.
Em desvantagem, o Rubro-Negro foi para o abafa. Aos 42, Wanderley rolou e Léo Moura chutou forte, no alto, para empatar. Foi o primeiro gol dele em 2011.
"Ah, é Adriano" desnorteia Luxa e comissão técnica
No intervalo, Vanderlei tirou o estreante Lorran, que até teve boa movimentação pela esquerda, e colocou Diego Maurício. Aos quatro minutos, Drogbinha driblou um zagueiro, chutou forte e Cleber teve dificuldade para espalmar.
O Madureira ficou novamente em vantagem aos 11. Michel recebeu de Abedi, driblou Galhardo e Welinton com facilidade e tocou rasteiro no canto direito.
 A torcida se irritou e aos 17 minutos o fantasma se materializou. O estádio inteiro começou a pedir em coro por Adriano. A situação piorou. Aos 18, o Madureira fez o terceiro. A defesa esburacada do Flamengo deu espaço e Baiano tocou na saída de Felipe.
Ronaldinho tentou diminuir cobrando falta. Cleber espalmou. Enquanto o estádio criticava Luxemburgo, a Polícia Militar tomou precauções. Quase uma dezena de homens ficou posicionada atrás do banco de reservas.
Diego Maurício, aos 27, recebeu de Thiago Neves na esquerda, cruzou à meia altura e Deivid empurrou para o gol vazio. O time ficou “mordido” e passou a disputar cada bola como se estivesse numa final de campeonato. O empate veio aos 39. Thiago Neves chutou forte de longe e Cleber espalmou para dentro: 3 a 3 e comemoração exagerada no banco. O preparador físico Antônio Mello pediu silêncio aos torcedores e Vanderlei Luxemburgo também se virou para as arquibancadas. Mas o empate após o apito final fez reacender as vaias da torcida.
FLAMENGO 3 x 3 MADUREIRA
Felipe; Léo Moura, Welinton, David Braz e Rodrigo Alvim; Maldonado, Lorran (Diego Maurício), Galhardo (Bottinelli) e Thiago Neves; Ronaldinho e Wanderley (Deivid) Cleber, Caio Cézar, Luiz Otávio, Douglas Assis e Nil; Vinícius, Rodrigo, Abedi (Gomes) e Michel (Alex); Baiano e Adriano Magrão
Técnico: Vanderlei Luxemburgo Técnico: Roy
Gols: Welinton, contra, aos 33, Léo Moura, aos 42 do primeiro tempo; Michel, aos 12, Baiano, aos 17, Deivid aos 29, Thiago Neves, aos 37 minutos do segundo tempo
Cartão amarelo: Abedi (Madureira)
Estádio: Cláudio Moacyr, em Macaé (RJ). Data: 27/3/2011. Árbitro: Pahtrice Maia. Auxiliares: Ediney Guerreiro e Luiz Antônio Muniz. Público: 5.038 presentes. Renda: R$ 81.330,00

Ceni marca 100º gol, e São Paulo encerra tabu: 2 a 1 sobre o Timão

Na Arena Barueri, Tricolor Paulista derruba jejum de quatro anos sem vitórias sobre o Corinthians em tarde histórica para Rogério Ceni

Por Carlos Augusto Ferrari e Marcelo Prado Barueri, SP
Domingo, 27 de março de 2011. Arena Barueri, 17h09min. Data, local e horário que jamais serão esquecidos pela torcida do São Paulo. A falta, cobrada com maestria, na entrada da área, pelo lado esquerdo, entrou no ângulo direito da meta de Julio Cesar, que voou apenas para aparecer na imagem. Nesse exato momento, Rogério Ceni escreveu mais um capítulo de sucesso na sua incrível carreira. Após 20 anos, 965 partidas disputadas e 15 títulos conquistados, o camisa 1 do time do Morumbi chegou ao seu centésimo gol. E, para tornar esse feito ainda mais especial, no dia em que o São Paulo venceu o Corinthians por 2 a 1 e quebrou um incômodo jejum de quatro anos sem vitória sobre o rival.
Além da quebra da invencibilidade, o resultado pôs o Tricolor na vice-liderança do Campeonato Paulista, com 34 pontos, um a menos que o líder Palmeiras, que no sábado fez a lição de casa ao bater o Bragantino. O Timão tem a mesma pontuação da equipe do Morumbi, mas caiu para a terceira colocação por ter uma vitória a menos. Pelo estadual, os dois times voltarão a jogar no final de semana. No domingo, o São Paulo receberá o Mirassol no Morumbi. No mesmo dia, a equipe de Parque São Jorge irá a Ribeirão Preto para enfrentar o Botafogo.
Rogério Ceni 100 gols  (Foto: Wander Roberto / VIPCOMM)Rogério celebra marca histórica na carreira: são 100 gols do goleiro-artilheiro (Wander Roberto / VIPCOMM)
Que pontaria, Dagoberto!
Toda a rivalidade que cerca são-paulinos e corintianos nos últimos anos foi demonstrada no primeiro tempo do clássico. O bom futebol deu lugar ao nervosismo, a um excessivo número de passes errados e a algumas faltas mais violentas. Faltou futebol. O Timão foi discretamente melhor no controle do jogo, mas Dagoberto, artilheiro da equipe em 2011, deu a vantagem ao Tricolor com um chute certeiro nos minutos finais.
Paulo César Carpegiani surpreendeu ao sacar Marlos para a entrada de Rodrigo Souto. O São Paulo ganhou um homem a mais na marcação, porém, perdeu força ofensiva. O Corinthians agradeceu. Até aos dez minutos, só o Timão jogou, sobretudo pelo lado direito, com Alessandro e Dentinho. A única chance, contudo, não foi aproveitada por Morais, que carimbou a zaga na área depois de falha de Miranda.
Aos poucos, o São Paulo conseguiu equilibrar a partida e cresceu. Junior Cesar e Carlinhos Paraíba eram as principais opções pela esquerda. Com Rivaldo no banco, o time sentiu falta de um meio de campo mais criativo. Ilsinho, aberto pelo lado direito, pouco fez para abrir espaços. O time só chegou ao gol de Julio Cesar em chutes de fora da área de Jean, Dagoberto e Fernandinho, todos sem muita direção.
Quando a pontaria melhorou, o São Paulo abriu o placar, aos 39. Dagoberto recebeu a bola pelo lado esquerdo do ataque já próximo à área e soltou a bomba. Julio Cesar voou, mas não conseguiu evitar que ela entrasse no canto esquerdo. Explosão tricolor nas arquibancadas da Arena Barueri! O Corinthians ainda quase empatou na etapa inicial, aos 46, com Dentinho cabeceando para fora um cruzamento de Fábio Santos.
Ceni é 100!
O Corinthians voltou para o segundo tempo tentando pressionar o São Paulo novamente. O empate quase veio aos dois minutos. Após cruzamento da esquerda, Jorge Henrique dividiu com Alex Silva, e Rogério Ceni fez linda defesa, espalmando para escanteio.
Mas o clássico ainda reservava um momento especial. Mais que isso, histórico para os são-paulinos. Fernandinho foi derrubado perto da área por Ralf. No mesmo instante em que o árbitro assinalou falta, a torcida tricolor já celebrava como um gol. Aos oito minutos, Rogério Ceni, ídolo maior do clube, ajeitou a bola e cobrou com perfeição, no ângulo direito, impossível de Julio Cesar pegar. Foi o centésimo gol dele na carreira, justamente como a torcida queria: diante do maior rival nos últimos anos.
Na comemoração, Ceni tirou o uniforme e correu até a linha de fundo. Todos os jogadores acompanharam e abraçaram o capitão. Enquanto isso, uma bateria de fogos foi disparada por quase dez minutos. No placar eletrônico, mais homenagens ao maior goleiro-artilheiro da história do futebol mundial.
A Arena Barueri se transformou numa festa completa para os são-paulinos. O Corinthians foi para cima. A reação ficou mais complicada quando Alessandro cometeu falta violenta sobre Dagoberto e foi expulso. Mesmo assim, os alvinegros descontaram, aos 22, com Dentinho chutando rasteiro no canto direito de Ceni.
Para ajudar o Timão a ganhar mais confiança, Dagoberto fez falta no ataque e recebeu o cartão vermelho. Entretanto, aos 28, Dentinho tratou de “ajudar” o rival. Ele deu um pisão em Rodrigo Souto e também disse adeus ao duelo. Na saída de campo, o jogador provocou torcedores do São Paulo, que arremessaram garrafas, calçados e até uma bomba para o gramado.

SÃO PAULO 2X1 CORINTHIANS
Rogério Ceni; Rhodolfo, Alex Silva e Miranda; Ilsinho (Marlos), Jean, Carlinhos Paraíba, Rodrigo Souto (Casemiro) e Junior Cesar; Dagoberto e Fernandinho (Rivaldo). Julio César; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos (Danilo); Ralf, Paulinho, Morais (Ramirez) e Jorge Henrique (Willian); Dentinho e Liedson.
Técnico: Paulo César Carpegiani. Técnico: Tite
Cartões amarelos: Dagoberto, Rhodolfo, Junior César, Ilsinho e Rogério Ceni (São Paulo). Jorge Henrique (Corinthians). Cartão vermelho: Alessandro e Dentinho (Corinthians) e Dagoberto (São Paulo).
Gols: Dagoberto, aos 39 minutos do primeiro tempo. Rogério Ceni, aos 8, e Dentinho, aos 22 minutos do segundo tempo.
Estádio: Arena Barueri. Data: 27/03/2011. Árbitro: Guilherme Ceretta de Lima. Auxiliares: Celso Barbosa de Oliveira e Carlos Alberto Funari..

Osasco ganha fácil do Praia Clube e sai em vantagem nas quartas

Atual campeão faz jus ao favoritismo e garante vitória por 3 sets a 0 em casa

Por GLOBOESPORTE.COM Osasco, SP
jogadoras do Osasco comemoram vitória na Superliga  (Foto: João Pires / VIPCOMM)Jogadoras do Osasco comemoram a vitória sobre
o Praia Clube (Foto: João Pires / VIPCOMM)
Atual campeão da Superliga feminina, o Osasco começou bem a disputa por uma vaga nas semifinais da edição 2010/2011, abrindo em 1 a 0 o placar da série melhor de três  contra o Praia Clube pelas quartas de final. Neste domingo, a equipe paulista não teve problemas para garantir a primeira vitória por 3 sets a 0, parciais de 25/22, 25/14 e 25/18, no Ginásio Municipal José Liberatti, em Osasco.
- Não era o resultado esperado. O time delas cometeu alguns erros que não acontecem normalmente, mas isso também é mérito nosso. Agora vamos estudar ainda mais a equipe delas para fechar a série em Uberlândia - disse Sassá, escolhida a melhor do jogo.
O duelo começou equilibrado. Os potentes ataques da oposta cubana Daymi, porém, garantiram ao Praia Clube a primeira boa vantagem no placar: 17/12. Mas parou por aí. Logo depois, a oposta Natália liderou a incrível reação do Osasco. A equipe visitante sentiu a virada, começou a cometer muitos erros e foi derrotada por 25/22.
As donas da casa seguiram embaladas na segundo set. Agora com o apoio de Thaisa, que estava apagada no set inicial, o Osasco logo abriu vantagem no placar. Aproveitando bem os contra-ataques, Sassá também garantiu pontos importantes para a equipe paulista. Do outro lado da quadra, o Praia Clube seguiu cometendo muitos erros, principalmente no passe. O técnico Boni chegou a mexer no time, mas de nada adiantou. O time paulista fechou a parcial em 25/14.
No terceiro set, o Praia Clube não teve forças para desequilibrar o ótimo conjunto do time adversário. Contando com a boa distribuição da levantadora Carol Albuquerque, o Osasco continuou sendo eficaz nos ataques. Para completar a boa partida da equipe, Jaqueline, que estava há seis semanas longe das quadras, entrou por alguns minutos e mostrou que está recuperada da lesão no joelho esquerdo. Com um potente saque de Natália, o atual campeão da Superliga fechou o set em 25/18.
- Estou muito feliz. Hoje é o meu dia de glória. É muito bom poder voltar a ajudar o time. Estamos crescendo na hora certa e isso é importante - destacou Jaqueline.
O segundo confronto da série será na próxima quinta-feira, às 19h, no Ginásio Praia Clube, em Uberlândia, Minas Gerais.

Messi minimiza empate com os EUA e afirma que objetivo é Copa América

Craque do Barça diz que americanos não ameaçaram a Argentina

Por Agências de notícias Nova Jersey, EUA
Clint Dempsey EUA Messi Argentina (Foto: Reuters)Messi em ação pela Argentina (Foto: Reuters)
O atacante Lionel Messi falou sobre o empate em 1 a 1 com os Estados Unidos e disse que o objetivo da seleção argentina é a Copa América. O amistoso foi realizado na noite do último sábado, em Nova Jersey.
- No segundo tempo, baixamos um pouco o ritmo pelo cansaço. O importante é que a ideia está clara. Sabemos o que temos que fazer. Obviamente todos queríamos vencer e ninguém gosta de empatar. Mas nosso objetivo é a Copa América - disse o craque do Barcelona.
- Devemos seguir com esta ideia e mentalidade. Eles não criaram chances e o gol que marcaram foi de bola parada - acrescentou em declarações à emissora de televisão argentina "TyC" Sports.
 

Bahia oficializa Lulinha, que chega em Salvador nesta segunda

Última partida do meia-atacante de 20 anos foi no dia 6 de março. Por isso, não deve demorar para estar à disposição do técnico Vagner Benazzi

Por ibahia.com Salvador
lulinha olhanense (Foto: Divulgação/Site Oficial)Lulinha chega ao Bahia nesta segunda
(Foto: Divulgação/Site Oficial)
Depois de muitas dúvidas e expectativas, o Bahia finalmente oficializou a contratação do meia-atacante Lulinha, ex-Corinthians. O jogador de 20 anos desembarca em Salvador na tarde desta segunda-feira, quando assina contrato até dezembro de 2011, e deve ser apresentado na manhã do dia seguinte. Lulinha era desejo do Bahia desde o início da temporada, mas um suposto impedimento da CBF retardou as negociações. Uma regulamentação do órgão voltada para o futebol dava conta de que um clube não poderia contar com quatro jogadores emprestado de uma mesma equipe para a Série A. Porém, a direção do Bahia consultou a CBF e recebeu o aval para a contratação. O lateral-esquerdo Dodô, o volante Boquita e o atacante Souza estão no Bahia cedidos pelo Timão.
Lulinha subiu para o time profissional do Corinthians com apenas 16 anos. Com quase 300 gols, é o artilheiro da história das divisões de base do clube paulista. Em 2007, sagrou-se artilheiro vestindo a amarelinha no Sul-Americano sub-17, com 12 gols. Ajudou a equipe com o acesso à Série A em 2008, título da Copa do Brasil de 2009 e do Paulista do mesmo ano.
Apesar da promessa, Lulinha foi perdendo espaços no Corinthians e acabou emprestado ao português Estoril em 2009. Em seguida, foi para o Olhanense, que está na primeira divisão do futebol daquele país. Em forma - a última partida disputada pelo meia-atacante foi no dia 6 de março - ele não precisará de muito tempo para estar à disposição do técnico Vagner Benazzi.
Ficha do jogador:
Nome: Luis Marcelo Morais dos Reis
Nascimento: 10/04/1990, em Mauá-SP
Altura: 1.70m
Peso: 70 kg
Clubes: Corinthians (2007-2009), Estoril (2009-2010) e Olhanense (2010-2011)
Títulos:  Campeonato Brasileiro Série B (2008), Copa do Brasil (2009), Campeonato Paulista (2009) , pelo Corinthians
 

Caio pede trabalho com pensamento positivo para Copa do Brasil

Técnico lembra importância importância de sucesso na competição, e Antônio Carlos diz que Botafogo buscará vitória em Curitiba

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Caio Junior Botafogo (Foto: Ag. Estado)Caio Júnior assiste ao jogo contra o Boavista:
foco agora é a Copa do Brasil (Foto: Ag. Estado)
Como simples espectador, Caio Júnior se limitou a fazer uma análise do empate em 0 a 0 com o Boavista. Mas logo depois da partida, quando de fato iniciou seu trabalho frente ao Botafogo, o treinador se dirigiu aos jogadores, ainda no vestiário do estádio Moacyrzão, para lembrar a importância da partida contra o Paraná Clube, nesta quarta-feira, pelo jogo de ida da segunda fase da Copa do Brasil.
Caio Júnior terá apenas dois dias de treinos para fazer os ajustes na equipe. Por isso, deu ênfase às palavras, ressaltando o significado de uma boa campanha na Copa do Brasil, competição da qual o Botafogo foi eliminado na segunda fase nos últimos dois anos.
- Conversei com os jogadores sobre a importância da Copa do Brasil, que dá uma vaga à Libertadores. Precisamos trabalhar com o pensamento positivo de que é possível chegar mais longe daqui para a frente - frisou.
Depois de uma sofrida classificação sobre o River Plate-SE na primeira fase, o Botafogo afirma que chegou a hora de deslanchar na Copa do Brasil. Por isso, o zagueiro Antônio Carlos lembrou que o grupo precisa enfrentar o Paraná com um planejamento ambicioso, mesmo atuando no Durival de Brito, em Curitiba.
- Vamos buscar um bom resultado fora de casa. Lógico que vamos tentar eliminar a partida de volta, mas nossa meta é a vitória, seja por um ou dois gols de diferença, o resultado que for.
Para a partida desta quarta-feira, Caio Júnior contará com quatro jogadores que não enfrentaram o Boavista. Jefferson volta da Seleção Brasileira, e Rodrigo Mancha, Everton e Herrera retornam ao grupo após cumprirem suspensão no Campeonato Carioca.
 

Rotina de Zé Roberto no Inter: críticas da torcida, apoio de Roth

Treinador colorado pede paciência para a torcida, que vaia sistematicamente o meio-campista

Por Alexandre Alliatti Porto Alegre
ze roberto celso roth  internacional (Foto: Divulgação/Site Oficial)Zé Roberto convive com vaias, mas ganha respaldo do chefe no Inter (Foto: Divulgação/Site Oficial)
Os dois primeiros meses de Zé Roberto no Inter já criaram uma rotina: reclamações da torcida, apoio público de Celso Roth. Foi o que aconteceu neste sábado, quando o jogador efetivamente teve participação muito ruim no primeiro tempo do empate por 0 a 0 com o São Luiz, no Beira-Rio. Enquanto o meia-atacante esteve em campo, a torcida bronqueou com ele.
Depois da partida, Celso Roth voltou a defender seu atleta. Ele pediu que a torcida seja paciente com Zé Roberto do mesmo jeito que é com outros jogadores – caso de Rafael Sobis, conforme ele mesmo citou.
- O Zé Roberto ainda é um jogador que, me parece, a torcida gostou num primeiro momento, criou uma expectativa, mas ele não foi tão bem em determinado jogo, e toda a expectativa positiva virou negativa. Na Bolívia, ele fez uma partida fantástica no sentido técnico, físico. Não colocamos o Zé contra o Novo Hamburgo, e colocamos contra o São José. Ele não teve a mesma performance, até pelo gramado, porque teve um probleminha no tornozelo. Agora, teve uma atuação que ficou abaixo do que ele pode apresentar. Ele sabe que poderia ter ido um pouquinho melhor. Mas isso é dentro da normalidade – disse Roth.
O que preocupa o treinador são críticas que ele considera exageradas. Ele não vê razão para tanta reclamação em cima de Zé Roberto.
- O que me parece um pouco além da normalidade é a cobrança do torcedor com ele. Se formos fazer uma comparação, o Sobis entrou bem contra o São José, e desta vez não entrou tão bem, mas a torcida, pelo respeito, pelo histórico, segura um pouco. Tem que ter cuidado com alguns jogadores. É preciso haver esse respeito. Não é sempre que a gente está bem. Não é sempre que as coisas fluem.
Zé Roberto deve ser mantido no time titular contra o Jorge Wilstermann, na quarta-feira, no Beira-Rio, pela Libertadores. O retorno de D’Alessandro deve implicar na saída de Andrezinho.
 

Vettel faz passeio no parque e vence corrida movimentada em Melbourne

Alemão da RBR lidera desde o início e não é ameaçado em prova com toques e disputas mais atrás. Massa é apenas o sétimo e Rubinho para após punição

Por GLOBOESPORTE.COM Melbourne, Austrália
Atual campeão mundial, Sebastian Vettel não poderia ter escolhido melhor maneira para começar o ano em que terá de defender seu título: com vitória no GP da Austrália. Após marcar a pole com folga, o alemão da RBR fez um verdadeiro passeio no circuito montado nas ruas do Albert Park, em Melbourne, e não foi ameaçado nas 58 voltas da corrida que marcou a abertura da temporada 2011. Lewis Hamilton, mesmo com problemas na parte dianteira do assoalho, chegou em segundo com a surpreendente McLaren, e o russo Vitaly Petrov, da Renault-Lotus, foi o terceiro, subindo ao pódio pela primeira vez em sua carreira na Fórmula 1.
Os pilotos brasileiros até apareceram bem durante a corrida na Austrália, mas acabaram longe das posições esperadas. Felipe Massa, da Ferrari, fez uma excelente largada, subiu para quinto, travou um emocionante duelo com Jenson Button nas primeiras voltas, mas acabaria apenas em nono, após ser superado pelo companheiro Fernando Alonso, que chegou em quarto. Após a corrida, no entanto, ele seria alçado à sétima posição graças à desclassificação de Sergio Pérez e Kamui Kobayashi, pilotos da Sauber, por irregularidades técnicas em seus carros.
Já Rubens Barrichello, da Williams, fez uma corrida para esquecer. Após escapar na primeira volta e fazer uma bela prova de recuperação, exagerou, bateu na lateral de Nico Rosberg, da Mercedes, em uma disputa de posição, rodou, trocou a asa dianteira e caiu para 15º. No fim, ele acabou abandonando com problemas de câmbio. O alemão também parou.
vettel rbr pódio gp da austrália (Foto: agência Reuters)Com tranquilidade, Vettel vence o GP da Austrália e sobe ao alto do pódio em Melbourne (Foto: Reuters)
Grande atração da corrida, a zona de ultrapassagem acabou sendo pouco usada. A rigor, apenas Button fez uma ultrapassagem na área em que a asa traseira móvel poderia ser utilizada por quem estava atacando. O inglês da McLaren, que havia sido punido por ter cortado o caminho em uma disputa com Massa, apertou o botão e superou Kamui Kobayashi, da Sauber. Ele acabou na sexta posição. O uso do Sistema de Recuperação de Energia Cinética (Kers) acabou se revelando uma boa defesa contra a asa móvel em Melbourne.
Outro destaque da corrida em Melbourne foi o desempenho da Sauber e, principalmente, do estreante mexicano Pérez. Ele foi o único a fazer apenas uma parada no GP da Austrália e conseguiu ganhar muitas posições na fase final da corrida. Ele terminaria em sétimo, uma posição à frente do companheiro Kobayashi, mas ambos acabaram desclassificados. A próxima corrida da temporada será o GP da Malásia, em Sepang, no dia 10 de abril.
A corrida
Ao contrário do restante do fim de semana, o domingo começou com sol e temperatura acima dos 20ºC, cinco a mais do que no restante do fim de semana. Antes dos carros na pista, entretanto, um silêncio eloquente. A Fórmula 1 prestou uma homenagem no grid às vítimas do terremoto seguido de tsunami ocorrido no Japão há quase duas semanas. O país asiático, que recebe a categoria no fim do ano, já conta mais de dez mil mortos pela tragédia.
O barulho voltou no momento da largada, que transcorreu tranquilamente para Vettel, que conseguiu pular na liderança com boa folga. Em quinto, Alonso fez a escolha errada ao ir por fora e caiu para nono. Em oitavo, Massa, por sua vez, optou pela linha de dentro e subiu para a quinta posição.
Ainda na primeira volta, Barrichello se envolveu em uma disputa na freada para a curva 3 e saiu da pista, voltando apenas na última posição. Jaime Alguersuari, da STR, e Michael Schumacher, da Mercedes, acabaram se tocando e tiveram de fazer um put stop precoce na segunda volta por causa de problemas em seus carros.
Em quinto, Massa começou a ser pressionado por Button na terceira volta, que não conseguia superar o brasileiro na reta mesmo com o uso da asa traseira móvel. A disputa, que durou muito tempo, acabou permitindo a aproximação de Alonso, que já havia se livrado de dois outros carros e havia subido para a sétima posição. Enquanto isso, Barrichello já tinha subido para a 14º na sexta.
 
Jenson Button e Felipe Massa travam uma das melhores disputas do GP da Austrália (Foto: agência AP)
A disputa entre Massa e Button durou até a 12ª volta, quando o inglês tentou a ultrapassagem no S de alta após a reta oposta. O piloto da McLaren cortou caminho, passou a frente e não devolveu a posição. Alonso aproveitou a oportunidade e também superou o brasileiro, que caiu para a sétima posição na corrida naquele momento.
Na liderança, Vettel viu sua vantagem começar a diminuir para Hamilton antes do primeiro pit stop, na 15ª volta. O inglês pararia apenas duas voltas depois e retornaria na segunda posição após um trabalho ruim da McLaren nos boxes. A vantagem do piloto da RBR cresceu para tranquilos seis segundos após o ocorrido com o rival na parada para troca dos pneus.
Punido com um drive through, Button cumpriu a pena na 18ª volta, duas antes de fazer seu pit stop para troca de pneus. Ele tinha caído para fora da zona de pontuação, mas deu sorte em seguida. Na 24ª passagem, Barrichello, que já era o nono após uma bela ultrapassagem em Kobayashi, errou a freada e acertou Nico Rosberg na curva 3. O inglês da McLaren acabou beneficiado e ganhou duas posições na confusão. Rubinho acabaria recebendo um drive through.
A segunda rodada de pit stops começou na 27ª volta, quando Webber trocou para os macios. Alonso parou em seguida. Massa entrou nos boxes na 32ª, para colocar os duros e tentar ir até o fim da prova. O brasileiro acabou perdendo rendimento com os novos pneus, mais lentos e que demoram a chegar mais à temperatura ideal quando estão na pista.
Vettel e Hamilton entraram juntos para a parada final na 36ª passagem. A ordem de ambos ficou inalterada, mas o inglês começou a se preocupar por causa do assoalho solto na parte da frente do carro, problema causado por uma leve saída de pista do inglês da McLaren. Petrov, que vinha em quarto, fez o pit stop na 37ª e assumiu o terceiro posto na 42ª, quando Webber, que já perdia rendimento, colocou os macios para tentar passar Alonso, novo quarto colocado.
Na 40ª volta, o novato Pérez começou sua apresentação para a Fórmula 1. Com a volta mais rápida até aquele momento, o mexicano já estava na zona de pontuação com apenas uma parada. Após poupar pneus, ele avançava com facilidade pelo pelotão. Ele começou a pressionar Massa na 48ª, logo após Button passar o brasileiro, e assumiu o sétimo posto com a parada do ferrarista.
vettel rbr gp da austrália (Foto: agência Reuters)Sebastian Vettel não teve problemas para abrir uma vantagem confortável e vencer a prova (Foto: Reuters)
Com problemas no câmbio, Barrichello abandonaria a seis voltas do final, quando estava em 15º. Mais à frente, Massa também sofria para tentar passar Sebastien Buemi, da STR, e ganhar a nona posição. Após algumas tentativas, ele foi bem sucedido na 55ª passagem. Ao mesmo tempo, Alonso tentava chegar em Petrov para roubar o último lugar no pódio, mas o russo não deu chances ao rival.
Na ponta, Vettel cruzou a linha de chegada para vencer a corrida com muita tranquilidade, mais de 22 segundos à frente de Hamilton, que se arrastou com o assoalho danificado para chegar na segunda posição. Atual campeão, o alemão começou 2011 como terminou 2010: no alto do pódio.
Confira o resultado final do GP da Austrália, em Melbourne (307,574 quilômetros):
1 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 58 voltas em 1h29m30s259
2 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - a 22s297
3 - Vitaly Petrov (RUS/Renault-Lotus) - a 30s560
4 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 31s772
5 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - a 38s171
6 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - a 54s300
7 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 1m25s1008 - Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - a 1 volta
9 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - a 1 volta
10 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - a 1 volta
11 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - a 1 volta
12 - Nick Heidfeld (ALE/Renault-Lotus) - a 1 volta
13 - Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault) - a 2 voltas
14 - Jerome D'Ambrosio (BEL/MVR-Cosworth) - a 3 voltas
Não terminaram:Timo Glock (ALE/MVR-Cosworth) - a 8 voltas/mecânico
Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - a 9 voltas/câmbio)Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 36 voltas/acidente
Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault) - a 39 voltas/mecânico
Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 39 voltas/mecânico
Pastor Maldonado (VEN/Williams-Cosworth) - a 48 voltas/pane mecânica
Sergio Pérez (MEX/Sauber-Ferrari) - desclassificado
Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - desclassificado
Melhor volta: Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m28s947, na 55ª